EMBALAGEM

De acordo com a ANVISA, embalagem é o recipiente destinado

a garantir a conservação e transporte dos alimentos. Para as
industrias embaladoras, embalagem é um componente
importante do custo de produção, pois muitas vezes
representa o principal item na composição do custo final do
produto. Ex.: Água mineral, etc.

LEI 986/1969
XIII - Embalagem: qualquer forma pela qual o alimento tenha
sido acondicionado, guardado, empacotado ou envasado;
 PROTEÇÃO INFORMAÇÃO CONVENIÊNCIA CONSERVAÇÃO
A embalagem é antes de A embalagem é o veículo de informação Os aspectos da embalagem que se A embalagem deve manter a
mais nada um recipiente sobre o produto, não só para o consumidor, englobam nesta função são qualidade e a segurança do produto,
que contém o produto e mas para toda a cadeia de distribuição e abertura fácil, tampas dosadoras e prolongando sua vida útil e
que deve permitir o seu venda. Ela transmite informações para a possibilidade de fechamento entre minimizando as perdas do produto
transporte, distribuição e gestão de estoque, instruções de utilizações; possibilidade de por deterioração. A embalagem
manuseio, protegendo-o armazenamento e manuseio, preço, e aquecer cozinhar e servir na deve também ser constituída por
contra choques, vibração e permite a identificação e rastreabilidade do própria embalagem; utilização em materiais e substâncias que não
compressões que ocorrem produto, além de possuir no rótulo, nome e fornos micro-ondas; permitir a migrem para o produto, em
em todo circuito. tipo de produto, quantidade, data de combinação de produtos quantidades que possam por em
validade, fabricante, informação nutricional diferentes. risco a segurança dos consumidores
e preparação para o consumo/uso. ou alterar as características
sensoriais do produto. A embalagem

PROCESSAMENTO
FINALIDADE DAS
faz muitas vezes parte integrante do
processo de preparação e
TÉRMICO conservação dos alimentos. Ela é

EMBALAGENS
As embalagens devem ser herméticos, concebida e adaptada a uma certa
resistir a temperatura e permitir as tecnologia, como no processo
variações no volume do produto durante térmico, no acondicionamento
o processo de apertização, sem perigo asséptico e na atmosfera
de deformação permanente e sem modificada.
promover a recontaminação pós-
processamento.

ACONDICIONAMENTO EMBALAGENS COM

ASSÉPTICO
O produto é esterilizado separadamente e
introduzido assepticamente numa embalagem
estéril. A embalagem deve ser adequada ao processo
de esterilização e permitir o envase do produto
processado e o fechamento em condições
perfeitamente assépticas, mantendo a integridade e
hermeticidade do material e das soldas.
ATMOSFERA MODIFICADA
Consiste no acondicionamento em uma atmosfera gasosa,
na qual emprega-se normalmente uma mistura de oxigênio,
dióxido de carbono e nitrogênio. Na maioria dos produtos, a
conservação é feita sob refrigeração. Esta tecnologia de
processamento requer materiais de embalagem com
permeabilidade seletiva e controlada que permite manter a
atmosfera gasosa da embalagem.
CLASSIFICAÇÃO DAS EMBALAGENS
As embalagens ainda podem ser classificadas em três níveis:

RÍGIDAS SEMIRRÍGIDAS PRÍMARIA SECUNDÁRIAS

São aquelas que São representadas pelas bandejas São aquelas que entram em Entram em contato com as
apresentam maior de alumínio, bandejas de contato direto com o alimento embalagens primárias, podendo
proteção para o produto à poliestireno expandido, como os podendo ser a lata, o vidro e/ou o conter uma ou várias embalagens
ações mecânica, devido fracos, copos e potes termo plástico. Sua grande primárias, tendo a finalidade de
sua maior espessura. formandos, caixas e cartuchos em responsabilidade é conservar e protegê-las das ações físicas e
Podem ser representadas cartolina. conter o produto. mecânicas durante a distribuição.
pelas embalagens A embalagem secundária também
metálicas(as latas em folha é responsável pela comunicação,
de flandres e alumínio) de servindo como um suporte de
vidro(garrafas e frascos), informação para o consumidor.
plástico(pela grande
variedade de bebidas)e a TERCIÁRIAS
de papel(caixa de cartão Agrupam diversas embalagens
canelado). primárias e/ou secundárias, sendo
responsáveis pela proteção
FLEXÍVEIS durante o transporte, como as
caixas de cartão canelado ou
São aquelas que são
moldadas no formato do caixas plásticas(engradados)
produto a ser usadas para garrafas. A escolha
acondicionando, como as para este tipo de embalagem
folhas de alumínio os depende da natureza da
filmas plásticos e as folhas embalagem individual(rígida,
de papel, que tem a semirrígida ou flexível) e o custo.
finalidade de estruturar as
embalagens aumentando
assim a barreira contra
agentes externos.
Quanto aos materiais das embalagens para fins alimentícios podem ser o:
1. Vidro
2. Metais
3. Plásticos
4. Celulósicos e materiais compostos

Para a escolha do material mais adequado ao acondicionamento de

determinado alimento, leva-se em conta vários fatores como;
Tipo de produto
Tecnologia de produção
Requisitos de proteção para o alimento
Vida Útil
Produto requerido
Mercado destinado
ETC
 VIDRO
O vidro é o material de embalagem mais antigo. No caso de alimentos, esse tipo de embalagem
é encontrado em diferentes formas, como potes, garrafas, copos e litros. O vidro é resultado da
fusão de diversas matérias-primas ricas em sílica, sódio e cal, as quais são submetidas a um
processo de resfriamento controlado transformando-o em um material rígido, homogêneo,
estável, inerte, amorfo e isótropo, possui essas propriedades em toda sua dimensão. Sua
principal característica é ser moldável em altas temperaturas e sem qualquer tipo de
degradação.
 COMPOSIÇÃO DO VIDRO
SÍLICA OU ÓXIDO DE SILÍCIO
É o principal componente que forma o vidro e nada mais é do que areia.
Sua quantidade percentual na formulação do vidro é ≅70%, é extraído
do leito de rios e de pedreiras.

CARBONATO DE SÓDIO OU OXÍDO DE SÓDIO

Utilizado para remover toda e qualquer bolha de ar que surgir durante o
processo de fabricação do vidro, além de contribuir para uma boa dureza
e facilitar a fusão da sílica.

ÓXIDO DE CÁLCIO
É o elemento cristalizante, não permite que átomos de óxido de silício
O
reorganizem-se corretamente em cristais de areia. Atua como Ca
estabilizante para melhorar a resistência ao ataque de agentes químicos
e permitir moldagem. Outros elementos estabilizantes utilizados são o
carbonato de magnésio é o óxido de alumínio.
 Composição do Vidro %

Matéria-prima Formula Molecular Concentração

Silício Si O2 70 - 72

Sódio Na2O 12 - 14

Cálcio CaO 9 - 11

Magnésio MgO 0-3

Alumínio Al2O3 1-2

Potásio K2O 0-1

PODE SER ADICIONADO PARA:
 PONTO DE VISTA
FÍSICO
É definido como um líquido sub-
refrigerado, rígido, sem ponto de
fusão definido, com viscosidade
suficientemente elevada para
impedir a cristalização.
QUÍMICO
É a substância amorfa, resultado da
união de substância inorgânicas
minerais de sílica e de outros
compostos. Quase 90% de todo o
vidro fabricado no mundo é formando
principalmente por sílica, soda de cal.
As porcentagens de cada
componente variam bastante, visto
que cada um tem uma função
específica na composição.
 CLASSIFICAÇÃO

COMPOSIÇÃO QUÍMICA COLORAÇÃO

SODO-CÁLCICOS INCOLOR

BORROSILICATOS VERDE

ÂMBAR
 CLASSIFICAÇÃO
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
SODO-CÁLCICOS
Fundentes que diminuem a viscosidade do vidro, pois quebram algumas ligações. Constituem
a maior parte das garrafas, frascos e potes.
BORROSILICATOS
É frequentemente utilizado em vidros comerciais, nos quais se deseja resistência ao choque
térmico, apresentado, em relação aos vidros comuns, um terço da dilatação pelo calor.
COLORAÇÃO
INCOLOR
Fusão utilizando agentes descolorantes, uma vez que dependendo da pureza da matéria-prima
utilizada na fabricação do vidro, poderá favorecer a obtenção de vidro com a tonalidade de
amarelo-esverdeada. O elemento descolorante mais utilizado é o selênio combinado ao óxido
de cobalto.

ÂMBAR
O óxido crônico é o agente corante primário para todos os vidros verdes.
VERDE
A cor âmbar é formada pela combinação dos elementos ferro(Fe) e enxofre(S) junto com os
íons de sódio.
 PROPRIEDADES
VISCOSIDADE RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA INTERAÇÃO
A viscosidade de um vidro MECÂNICA AO CHOQUE EMBALAGEM/
é uma de suas mais O vidro é um material
TÉRMICO ALIMENTO
importantes propriedades frágil, porém não fraco. É Esta capacidade de O vidro é considerado
sob o ponto de vista da duro e rígido, porém não resistência térmica é como material de maior
tecnologia empregada em resistente. Por isso não é inversamente inércia química para
sua elaboração e apropriado para aplicações proporcional a quanto ele contato com alimentos,
conformação. Ela sujeitas a impactos. Seu se dilata quando aquecido, isto é, que não cede
determina as condições de limite de resistência é ou seja, quantos maior for substâncias e nem absorve
fusão, temperatura de igual ao limite de ruptura. a dilatação térmica, menor compostos do alimento.
trabalho de recozimento, Uma maneira de aumentar será sua resistência
comportamento na a resistência mecânica é térmica a mudanças
afinagem ou remoção de proteger a superfície bruscas de temperatura. A
bolhas do banho, contra fissuras dilatação térmica depende
temperatura máxima de decorrentes do manuseio da composição química do
utilização e taxa de por meio de aplicação de vidro.
desvitrificação. A rótulos.
viscosidade varia
enormente com a
composição e
temperatura.
 FABRICAÇÃO DO VIDRO
Resfriamento é
Moldagem define
uma etapa
o formato e pode Acabamento
Matéria-prima é determinante
ser por sopro, final corte ou
misturada em um para as
recozimento ou lapidação por
misturador propriedades
processo jato d' água
mecânicas do
artesanal
A fusão ocorre vidro.
entre 1600 a 1800 ºC

Sopro: consiste na injeção de ar dentro de uma "gota" de

vidro fundido, forçando-o contra um molde. Pode ser feito
em escala industrial.
Recozimento: pode ser origem à chapas planas que podem
ser laminadas ou temperadas.
Artesanais: consiste na moldagem do vidro de maneira
manual, resultado em formas complexas e difíceis de
serem produzidas por moldes.
EMBALAGEM
METÁLICA
RECOMENDAÇÕES
Proteger e conservar o produto
Resiste a ações químicas dos alimentos
Resiste as condições de processamento e manuseio
Resiste as condições ambientais externas
Tem as propriedades de exposição
Ser de fácil abertura e remoção

COMPOSIÇÃO
Material ferroso - Aço: aço base, estanho, cromo e verniz
Material ferroso - Alumínio: alumínio e verniz

LATA DE AÇO
Persistência mecânica da lata
Composição X Propriedades
Carbono: quanto maior a concentração, menor a flexibilidade.
Fósforo(P): aumenta a rigidez e reduz a resistência a corrosão.
Manganês: aumenta a resistência a choques e desgaste.
Nitrogênio: aumenta a rigidez e a resistência a corrosão.
 as de Folh
Lat a
io Crom
Alumín ada Fo
de Re lha
lha res ve n
Fo nd st ão
id
Fla a

Embalagem
Metálica
 FOLHA DE FLANDRES
É o material ferroso mais usado na fabricação de latas de conserva. Trata-se de um
material heterogêneo de estrutura estratificada e com espessura entre 0,15 e 0,40
mm. Devido às suas características intrínsecas, a folha de flandres pode ser
empregada em numerosos tipos de embalagens, nas mais variadas formas e
tamanho.

Ferro ou Estanho
ESTANHO
Resistência a corrosão
Confere melhor soldabilidade e aparência.
Eletrodeposição(troca de elétrons) a partir de soluções aquosas de sais de estanho.

CAMADA DE PASSIVAÇÃO
Passivação: é uma aplicação química de compostos a base de cromo na superfície
da folha de flandres.
Função:
Proteger a camada de estanho contra corrosões
Favorecer a aderência do verniz e tintas

CAMADA DE ÓLEO OU VERNIZ

Reduzir danos mecânico
Facilitar manipulação da folha de flandres na fabricação
 FOLHA CROMADA
Trata-se de um produto laminado, desenvolvido no japão nos anos 60. Folha de aço
revestida em amabas as faces com cromo metálico e óxido de cromo. Obtidos por
eletrodeposição e protegidas por um filme de óleo. Este material não solda
facilmente, não apresenta grande resistência a corrosão. Muito resistente a
sulfuração. Apresenta excelente aderência a certos vernizes. Oferece uma
proteção compatível a um grande número de produtos alimentícios de baixa
acidez. Tem largar aplicação em conservas vegetais(tampa), carnes, pescados e
óleos.
 VANTAGENS
Boa resistência a corrosão
Ótima aderência ao verniz e tintas
Boa conformação mecânica
Mínima porosidade de revestimento
Mais barata que a folha de flandres
DESVANTAGENS
Maior desgaste dos equipamentos(dureza)
Baixa resistência a produtos ácidos
Difícil soldabilidade
 FOLHA NÃO REVESTIDA
Folhas de aço com baixo teor de carbono, sem revestimento, com a mesma
espessura que a folha de flandres. Por não possuir qualquer tipo de revestimento
superficial é de difícil conservação em condições normais de manuseio e
utilização. O processo de oxidação superficial é frequente a depender das
condições de umidade relativa e temperatura ambiente e se inicia nas bordas da
bobina. A legislação brasileira permite o uso de folha não revestida apenas para
produtos alimentícios desidratados(leite em pó e farinhas), óleo, cosméticos cuja
a interação como material é praticamente nulo.

VANTAGENS DESVANTAGENS
Baixa resistência(necessidade de uso
Baixo custo
de verniz)
Difícil soldabilidade
 LATAS DE ALUMÍNIO
O alumínio é um material não ferroso muito leve, fácil de transformar e com boa
resistência à oxidação atmosférica. É utilizado nos mais variadas formas, como
embalagens rígidas(latas), embalagens semirrígidas(formas e bandejas), embalagens
flexíveis(sacos e caixas) associados a plástico e/ou papel e folha de alumínio. Devido
à energia despendida na sua produção, o alumínio é no entanto um metal de custo
elevado. O alumínio para contato alimentar não é utilizado na sua forma pura, mas
na forma de liga, ou seja, combinada com elementos como Mn, Mg, Si, Cu, Cr, etc.,
que melhoram suas características mecânicas e de resistência à corrosão. Estas ligas
apresentam teor de alumínio ou pureza cormecial da ordem dos 98 a 99,8%.
OREMOS