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Conceitos Gerais
Funções da Embalagem
Proteção
A embalagem é antes de mais nada é um recipiente que contém o produto e que deve permitir o
seu transporte, distribuição e manuseio, protegendo-o contra choques, vibrações e compressões
que ocorrem em todo o circuito.
Conservação
A embalagem deve manter a qualidade e a segurança do produto, prolongando sua vida útil e
minimizando as perdas do produto por deterioração.
Para isso, ela deve controlar fatores como a umidade, o oxigênio, a luz e ser uma barreira aos
micro-organismos presentes na atmosfera envolvente, impedindo o seu desenvolvimento no
produto.
A embalagem deve também ser constituída por materiais e substâncias que não migrem para o
produto, em quantidades que possam por em risco a segurança dos consumidores ou alterar as
características organolépticas do produto.
Na maioria dos produtos, a conservação é também feita sob refrigeração. Esta tecnologia de
processamento requer máquinas de acondicionamento eficientes e materiais de embalagem com
permeabilidade seletiva e controlada, que permitem manter na atmosfera gasosa da embalagem,
os seus gases em proporções constantes ou dentro de determinados limites, não obstante, o
metabolismo ativo dos produtos embalados.
Informação
A embalagem é também, por excelência, o veículo de informação sobre o produto, quer seja de
informação relevante para o consumidor, quer seja para os diferentes elementos de sua cadeia
de distribuição e venda. Neste último caso, a embalagem transmite informação para a gestão de
estoques, instruções de armazenamento e de manuseio, preço e permite a identificação e
rastreabilidade do produto. Ao nível do consumidor, a embalagem é suporte dos requisitos legais
de rotulagem (nome e tipo do produto, quantidade, data de consumo, fabricante, etc.), da
informação nutricional e de instruções de armazenamento doméstico, de preparação e uso.
Conveniência ou serviço
Os aspectos da embalagem que se englobam nesta função são abertura fácil; tampas dosadoras
e possibilidade de fechamento entre utilizações; possibilidade de aquecer/cozinhar e servir na
própria embalagem; utilização em fornos micro-ondas; permitir a combinação de produtos
diferentes; como iogurte e cereais e ser adequada a diferentes ocasiões de consumo, como em
situações esportivas e em diferentes quantidades, doses individuais, etc.
As embalagens de produtos alimentícios podem ser de metal, plástico, vidro ou papel. Ainda
podem ser encontradas embalagens de madeira, têxteis e cortiça. As embalagens podem ser
classificadas como rígidas, semi-rígidas ou flexíveis.
A embalagem primária, como a lata, a garrafa ou o saco está em contato direto com o produto e é
normalmente responsável pela conservação e contenção do produto. São agrupadas em cargas
unitárias, em paletes de madeira ou plásticas, e estabilizadas com filme estirável, termorretrátil ou
com cintas.
A embalagem secundária, como é o caso das caixas de cartão ou cartolina que contém uma ou
várias embalagens primárias e é normalmente responsável pela proteção físico-mecânica durante
a distribuição.
A embalagem terciária agrupa diversas embalagens primárias ou secundárias para o transporte,
como caixas de papelão ou grades plásticas para garrafas de bebidas. A escolha de embalagens
deste tipo depende da natureza da embalagem individual (rígida, semi-rígida ou flexível); do
esquema de paletização (dimensionamento da embalagem coletiva com vista a maximizar o
aproveitamento do palete) e dos custos.
A seleção do sistema de embalagem para um dado produto depende de muitos fatores como o
tipo de produto, os requisitos de proteção, a vida útil requerida para o produto, o mercado a que
se destina e o circuito de distribuição e venda, etc. Todos os materiais apresentam aspectos
positivos e negativos e as principais características são mencionadas a seguir.
Leve e resistente
Elevada barreira
Elevada resistência à sulfuração e moderada à corrosão
Boa capacidade de formação
Flexível ou rígido (depende da espessura)
Possibilidade de combinação com papel ou plástico (laminados)
Reciclável
Custos elevados de produção
Plástico
Leve
Inquebrável
Resistência mecânica e térmica relativa
Barreira e inércia relativa
Não reutilizável
Reciclável
Possibilidade de combinação com papel e alumínio ou outros plásticos
Vidro
Inerte
Transparente com possibilidade de se tornar colorido
Elevada resistência à compressão vertical
Elevada barreira
Várias formas e tamanhos
Quebrável
Elevado peso
Possibilidade de fechamento entre utilizações
Reutilizável e reciclável
Papel
Embalagem e Ambiente
As grandes mudanças dos hábitos alimentares decorrentes das mudanças do estilo de vida têm
levado a aumento considerável na oferta de alimentos pré-preparados e conservados. Esta
evolução associada às exigências dos modernos sistemas de distribuição tem favorecido o
aparecimento de novas embalagens. Elas são resultantes da aplicação de novas tecnologias de
fabricação e processamento de materiais, do aparecimento de novos materiais ou mesmo de
novas combinações entre materiais tradicionais. As modificações nos hábitos alimentares
também explicam o progressivo aumento na quantidade de resíduos de embalagens no total dos
resíduos sólidos urbanos produzidos.
No que diz respeito à gestão dos resíduos de embalagem, existe uma hierarquização dos
métodos de gestão, denominada 3R’s da sustentabilidade: Redução na origem, Reutilização e
Reciclagem. Além disso, pode-se realizar sua incineração, com recuperação energética e, só em
último caso, a deposição em aterro.
A redução no consumo de material em sua fabricação pode ser obtida através da redução da
espessura das embalagens e/ou mudanças em seu formato, de forma a otimizá-la. O uso de
embalagens com maior capacidade e a utilização de produtos concentrados são também
maneiras de reduzir o material.
No entanto, a redução deste material não pode prejudicar as características básicas solicitadas
pelo produto acondicionado, ou seja, deve-se minimizar o impacto que a embalagem provoca no
ambiente, mas mantendo sua funcionalidade através da cadeia de distribuição, transporte e
armazenamento, além de garantir a segurança e a qualidade do produto.
A reciclagem pode ser orgânica, que consiste no tratamento das partes biodegradáveis da
embalagem com micro-organismos aeróbicos ou anaeróbicos e produção de resíduos orgânicos
utilizáveis. A reciclagem mecânica consiste no processamento dos resíduos das embalagens para
fabricar outras embalagens ou outros objetos. Para que a reciclagem seja eficiente, técnica e
economicamente, é indispensável que os consumidores adiram à coleta seletiva, separando
todos os materiais passíveis de reciclagem.
cinza para lixo comum; A efetiva reciclagem depende da demanda pelos produtos separados e
de recursos financeiros para a implantação de programas e equipamentos para a coleta seletiva.
Esta coleta é um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, vidros,
metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora. Ela é importante porque
proporciona
Símbolos para identificar os diversos tipos de materiais foram criados a fim de facilitar a coleta e a
separação. Além disso, também foram estabelecidas as latas de lixos coloridas, sendo:
A gestão dos resíduos sólidos urbanos e os resíduos de embalagem não é uma matéria fácil.
Soluções integradas, envolvendo combinação das opções referidas, tendo em conta o balanço
custo/benefício em termos ambientais e econômicos de acordo com as condições locais, são
muitas vezes defendidas por especialistas e instituições reguladoras e de proteção ambiental. É
necessário um compromisso entre a satisfação das necessidades dos consumidores, cada vez
mais exigentes, e a efetiva proteção ambiental.