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Embalagens de Alimentos como

Suportes Curriculares
(Licenciatura em Ciências Alimentares
e Habilitação em segurança Alimentar)
Ablaye Epuico

Arlete Teresa Muariua

Silena da Silva A. Cipriano

Msc. Porfírio Nunes Rosa

Universidade Rovuma

Nampula

2023
Introdução
A embalagem desempenha um papel fundamental na indústria alimentícia graças às suas
múltiplas funções. Além de conter o produto, a embalagem é muito importante na sua
conservação, mantendo qualidade e segurança, actuando como barreira contra factores
responsáveis pela deterioração química, física e microbiológica.
Devemos entender que existem vários tipos de embalagens, de papel, plástico, vidro entre
outros. Nesse âmbito, o presente trabalho pretende entender as Embalagens de Alimentos
como Suportes Curriculares. Para tal, foram traçados os seguintes objectivos específicos:
 Conhecer as embalagens tradicionais;
 Conhecer as embalagens activas;
 Conhecer as embalagens inteligentes;
 Conhecer as embalagens com atmosfera modificada;
 Descrever a diferença entre os tipos de embalagem:
 Identificar a legislação sobre a elaboração de projectos agro-industriais:
 Abordar sobre a Nanotecnologia:
1. Embalagens tradicionais Diferentes tipos de embalagens tradicionais

Quando se trata de embalagem, alguns


conceitos podem ser aplicados‫׃‬
 Embalagem é o recipiente destinado
a garantir a conservação, transporte
e manuseio dos alimentos (ANVISA
– Agência de Vigilância Sanitária,
2010).
 Embalagem é qualquer forma pela
qual o alimento tenha sido
acondicionado, guardado ou
envasado (Definição de embalagem
no Decreto- Lei 986/1969).
2. Sistemas activos e inteligentes

Nos últimos tempos, as embalagens estão deixando de ser simplesmente um meio de acondicionar alimentos
para se tornarem activos e inteligentes, proporcionando maior qualidade e segurança alimentar ao
consumidor.
2.1 Sistemas activos de embalagem
Segundo alguns autores, embalagens activas podem ser assim definidas porque “além de protegerem o
alimento de agentes externos, apresentam alguma outra função desejável”. Ou seja, além de proteger o
alimento, actuar como barreira de factores externos, a embalagem pode controlar ou reagir para retardar
processos de deterioração. Então, a embalagem “age” para retardar ou prevenir alguma reacção específica
que provoca a deterioração do produto!
Para aplicar esse tipo de sistema, temos que conhecer o produto alimentício que iremos embalar, ou seja, os
processos fisiológicos (ex.: respiração de frutas e vegetais frescos), processos químicos (ex.: oxidação
lipídica), processos físicos (ex.: desenvolvimento microbiano) e infestação (ex.: por insectos). E como
poderíamos “retardar ou prevenir” essas reacções? Pela incorporação de aditivos no próprio material de
embalagem.
De modo geral, os sistemas activos de embalagem podem ser divididos em três categorias: absorvedores,
sistemas de liberação controlada e outros sistemas.
2.2 Sistemas absorvedores
Esses sistemas absorvem compostos indesejáveis, tais como oxigénio, CO2, etileno,
excesso de água, tintas e outros compostos específicos.
2.3 Sistemas de liberação controlada
Esses sistemas podem incorporar ou emitir compostos, tais como CO2, antioxidantes,
conservantes e outros, sobre o produto embalado ou na atmosfera gasosa ao redor do
mesmo.
2.4 Outros sistemas
Sistemas que apresentam diferentes objectivos, tais como autoaquecimento (self-heating),
autorresfriamento (self-cooling) e autopreservação (self-preservation).
As vantagens da aplicação de sistemas de embalagem activos são:
 Manter a qualidade sem incorporação de aditivos directos nos produtos alimentícios.
 Poder “resolver” problemas específicos, pois absorve, libera e monitora.
2.5 Sistemas inteligentes
Os sistemas de embalagem inteligentes são definidos, de forma geral, como
“Sistemas que monitoram a condição dos produtos embalados fornecendo informações do produto em
todos os estágios da cadeia de produção, transporte e armazenamento”. Em outras palavras, o
produto vai ser monitorado em todos os estágios, desde a colheita até chegar às mãos do consumidor.

Vejamos, algumas vantagens do uso das embalagens inteligentes:


 Garantia de qualidade e segurança dos produtos.
 Informação ao consumidor das reais condições em que se encontra o produto alimentício.
 Exigência de alguns países sobre a informação da rastreabilidade do produto alimentício.
 Evita violação de embalagem e roubo de produtos.
Sistemas inteligentes (cont.)
De maneira geral, os indicadores são definidos como compostos que indicam a presença ou ausência de
uma substância, ou seja, qualquer variação em uma característica, o indicador muda de cor e o
consumidor é informado. Diferentes tipos de indicadores podem ser aplicados, tais como:
3. Sistemas em função da composição gasosa
Em uma embalagem de alimentos, ao modificarmos a composição gasosa dentro e/ou fora
da embalagem, denominamos como um sistema em função da composição gasosa. se
tirássemos todo o ar ao redor do nosso produto e depois fechássemos a embalagem, nós
estaríamos promovendo um sistema em função da composição gasosa ao redor do produto
alimentício.
Esses sistemas podem se classificar dependendo da técnica gasosa aplicada na embalagem:
3.1 Aplicação de atmosfera modificada (AM) e atmosfera controlada (AC)
Em alguns sistemas, como vegetais, frutas e carnes, a atmosfera é modificada inicialmente
e depois, com a estocagem, a composição gasosa vai se alterando devido ao metabolismo
do produto ou da flora microbiana, associada à permeabilidade da embalagem.
O termo AC se refere aos sistemas nos quais se faz o controlo contínuo da composição
gasosa ao redor do produto durante a distribuição e estocagem. A atmosfera em contacto
directo com o produto é a que será modificada.
Aplicação de atmosfera modificada (AM) e atmosfera controlada (AC) (cont.)
Na prática, tanto AC como AM podem ser aplicadas em diferentes tamanhos de embalagem, volumes,
desde que seja um material de embalagem fechado ou até uma câmara de estocagem. Geralmente, a AM
tem sido aplicada em embalagens individuais e que se destinam ao mercado consumidor.
A aplicação eficiente da AM/AC depende de factores como:
 Natureza e qualidade do produto inicial;
 Especificidade da mistura gasosa em relação ao produto;
 Controle da temperatura;
 Propriedades de barreira da embalagem utilizada;
 Eficiência do equipamento de acondicionamento.
 Alguns exemplos de misturas gasosas aplicadas em carnes, hortaliças e pães são apresentados na
Tabela 1, indicando o aumento no tempo de vida útil do produto.
Tabela 1: Aumento no tempo de vida útil do produto.

Fonte: (Kerry et al., 2006).


Aplicação de atmosfera modificada (AM) e atmosfera controlada (AC) (cont.)
Os consumidores vêm exigindo cada vez mais alimentos de melhor qualidade, frescos e “naturais”, o
que ampliou as possibilidades de mercado para a tecnologia AM/AC. As vantagens da AM são
inúmeras, tornando-se uma tecnologia muito atractiva para embalar produtos frescos refrigerados. São
elas:
 Aumento da vida útil do produto, promovendo economia de produção, estocagem e distribuição.
 Comercialização de produtos de alta qualidade, na qual se conserva o aroma, cor, frescor dos
alimentos.
 Redução nas perdas de distribuição.
 Melhor apresentação do produto com maior aceitação do consumidor.
 Eliminação de conservantes.
Mas as desvantagens são:
 Custo adicional com a embalagem, equipamento e gases.
 Requisitos dos produtos são variáveis.
 Necessidade de um controle rígido de temperatura durante acondicionamento, distribuição,
estocagem e venda.
Aplicação de atmosfera modificada (AM) e atmosfera controlada (AC) (cont.)
Esse tipo de tecnologia já é aplicado em carnes frescas e principalmente em vegetais, frutas
frescas, massas frescas, derivados do leite, panificação, em sachês de café, nos quais o gás é
injectado e em seguida selado.

Figura 2: aplicação da AM. Fonte: (Kerry et al., 2006).


Um factor muito importante na aplicação de AM/AC é a temperatura. Para obter um sistema eficiente, é
necessário o controlo rígido desse factor em todo o ciclo, desde o preparo até a distribuição e
comercialização.
Aplicação de atmosfera modificada (AM) e atmosfera controlada (AC) (cont.)
Tabela 2: Permeabilidade de filmes plásticos com potencial de uso em atmosfera modificada.

* A permeabilidade ao O2 e CO2 é expressa em cm3 m -2dia-1 sob pressão de 1atm, numa temperatura entre
22°C e 25°C a várias humidades relativas.
** A taxa de transmissão de vapor de H2O é expressa em g m-2dia-1 a 37,8°C e 90% de humidade relativa.
Fonte: Schlimme e Rooney (1994 apud LANA; FINGER, 2000).
3.2 Diferença entre os tipos de embalagem
A Tecnologia de Alimentos busca diferentes processos de conservacao (calor, frio, fermentacao e
outros) que podem ser aplicados nos alimentos visando aumentar a vida de prateleira. Mas, para chegar
ao consumidor com a mesma qualidade, e importante acondiciona-lo adequadamente em uma
embalagem. E como selecionar o melhor material para acondicionar produtos alimenticios.

Figura 3: Dentro da cadeia produtiva de alimentos, a embalagem ocupa um papel importante e


essencial para a qualidade e segurança do produto alimentício
A seleção de um material de embalagem depende do conhecimento das principais reações que podem
ocorrer no produto alimentício. Para cada tipo de alimento existe uma série de alterações possíveis ao
longo de sua vida de prateleira. Assim, é importante conhecer o tipo de produto, as influências
ambientais e as interações da embalagem com o produto. A estabilidade de alimentos está diretamente
relacionada com os seus fatores intrínsecos, ou seja, características próprias (composição, pH, acidez,
umidade, atividade de água) e os fatores extrínsecos (interferências do ambiente, como temperatura,
composição gasosa, presença de luz, microrganismos, insetos, roedores).
Diferença entre os tipos de embalagem (cont.)
No caso de produtos com alto teor de gordura, como a manteiga, por exemplo, a presença de oxigênio
desencadeia a reação de rancificação, e a pre sença de luz acelera esse fenômeno, deteriorando o
produto (ranço). Geralmente para esse tipo de produto alimentício se utiliza embalagens opacas.
As embalagens se dividem em três tipos:
 Primárias: que ficam em contato direto com o alimento.
 Secundárias: embalagens de distribuição, ou seja, protegem as embalagens primárias.
 Terciárias: embalagens de transporte, empregadas para acondicionar e proteger as embalagens
primárias e secundárias durante o transporte, estocagem e distribuição.
Elas são classificadas segundo a sua consistência e a matéria-prima utilizada:
 Embalagens rígidas: caracterizam-se por sua dureza. Por exemplo: vidros, metais, plásticos rígidos
e outros.
 Embalagens semirrígidas: possuem menor dureza que as rígidas. Por exemplo: garrafas e
recipientes plásticos.
 Embalagens flexíveis: caracterizam-se pela baixa dureza. Por exemplo: plásticos, papel, alumínio.
As principais matérias-primas na indústria de embalagens são:
1. Vidro 2. Metal
3. Celulose 4. Plástico
4. Nanotecnologia
A palavra Nanotecnologia é composta do prefixo grego nannos, que significa algo extremamente minúsculo, e
a palavra tecnologia, que significa um conjunto das técnicas, processos e métodos específicos de uma ciência,
ofício, indústria etc. Assim, podemos dizer que nanotecnologia é toda aplicação que utiliza partículas
minúsculas no desenvolvimento de tecnologias.
Na literatura, encontramos centenas de trabalhos definindo a nanotecnologia. Então, vamos utilizar a definição
dada por Mattoso et al., 2005, p. 38:
Nanotecnologia é claramente uma área de pesquisa e desenvolvimento muito ampla e interdisciplinar [Figura
7.2)], uma vez que pode interferir nos mais diversificados tipos de materiais (naturais e sintéticos)
estruturados em escala manométrica – nanoestruturados – de modo a formar blocos de construção na
nanoescala.

Figura 4: Áreas de aplicação da nanotecnologia


Nanotecnologia (cont.)
Todas essas inovações estão sendo estudadas e pesquisadas utilizando-se a nanotecnologia. Como
citado anteriormente, a grande vantagem do uso da nanotecnologia no desenvolvimento de embalagens
está na melhoria das propriedades, tais como a estabilidade e as propriedades de barreira, aumentando a
protecção do produto. A aplicação desse conhecimento permite a elaboração de produtos de qualidade
cada vez melhor. Com as novas embalagens para produtos alimentícios, as indústrias de alimentos
pretendem:
 Acentuar o sabor;
 Aumentar a qualidade nutricional do alimento;
 Disfarçar o cheiro desagradável da comida estragada;
 Identificar alteração/degradação do produto através de indicadores sensíveis à modificação de
temperatura, pH, umidade, composição etc.
Esse material tem grande potencial para ser usado em embalagens de alimentos como carnes
processadas, queijos, cereais, bebidas carbonatadas e outros.
Um exemplo é uma embalagem plástica que tem uma estrutura parecida com um sanduíche, ou seja,
entre duas camadas de PET há uma camada de um outro polímero contendo nanocompósitos de argila
(Figura 4).
Figura 4: Estrutura típica de um material PET contendo no meio poliamida com nanocompósitos de
argila Fonte: Smolander e Chaudhry (2010).
Os nanocompósitos de argila estão sendo aplicados em garrafas de bebidas e cervejas e, como minimizam
a perda de CO2 da bebida, aumentam a vida de prateleira para mais 6 meses.

Figura 5: Garrafas que utilizam


Nanocompósitos de argila em
sua composição
Fonte:
<http://www.nanocor.com/Cases/img/bottles2.jpg>
Acesso em: 12 jul. 2011.
5. Projectos Agro-industriais
5.1 Planeamento de projectos agro-industriais
O projecto é um documento formal que resulta de uma série de acções para se atingir
determinado objectivo, qual seja, no presente caso, a implantação de uma agro-indústria.
Na elaboração do projecto, procuram-se detalhar os elementos que o compõem, para que
não restem dúvidas quanto à proposta do empreendimento, a fim de que ele seja analisável
pelos agentes financeiros e pelos órgãos fiscalizadores – ambientais, sanitários e tributários
–, permitindo que se identifiquem com antecedência as eventuais deficiências tanto na
estrutura física da agro-indústria quanto no processo de fabricação que venham
futuramente a comprometer a qualidade do produto final.
Actualmente, o principal objectivo da agro-industrialização é gerar aumento de renda para
os produtores rurais (Pelegrini; Gazolla, 2008). O processamento de matérias-primas
agrícolas para a obtenção de alimentos faz parte da história sociocultural das famílias de
agricultores, sendo mais uma arte ou herança cultural do que uma técnica propriamente dita
(Sulzbacher, 2009).
5.2 Legislação sobre a elaboração de projectos agro-industriais
O estabelecimento e o funcionamento de agro-indústrias dependem do atendimento de uma série de
normas de natureza sanitária, fiscal e tributária, ambiental e trabalhista e previdenciária (Brasil, 2008a).
As exigências da legislação sanitária são mais complexas para as agro-indústrias que processam
produtos de origem animal. As agro-indústrias que processam essa categoria de alimentos podem
buscar a regularização sanitária junto ao Serviço de Inspecção.
O atendimento às legislações, especialmente as sanitárias, representa uma séria dificuldade para as
agro-indústrias de pequeno e médio porte, o que explica, em parte, o alto grau de informalidade
verificado nesse sector (Guimarães, 2001).
Em Moçambique, todo planeamento dos projectos agro-industriais devem prestar atenção nas seguintes
leis:
i. Constituição da República de Moçambique
 Lei 26/2007 de 16 de Novembro, altera o artigo 304 da Constituição da República de Moçambique
 Resolução 12/2015 de 14 de Abril, aprova o Programa Quinquenal do Governo para 2015 – 2019
ii. Agricultura
 Diploma Ministerial Nº 153/2002 de 11 de Setembro, Aprova o Regulamento Sobre Pesticidas
(Nova publicação completa), Substitui publicação original do mesmo diploma, no BR 30 de
29.07.1987
 Decreto n.º 5/2009 de 1 de Junho, Regulamento de Inspecção Fitossanitária e Quarentena Vegetal,
estabelece o quadro jurídico sobre a Inspecção Fitossanitária e Quarentena.
 Decreto n.º 12/2013 de 10 de Abril, Regulamento de Sementes, garante a produção e
comercialização de sementes e mudas de qualidade, para o desenvolvimento da produção agrícola
no país.
 Decreto Nº11 /2013 de 10 de Abril, Regulamento sobre Gestão de Fertilizantes, promove e regula a
utilização de fertilizantes tendo em vista o desenvolvimento agrícola sem prejuízo para a saúde
pública, ambiental e dos solos
 Decreto n.º 6/2009, de 31 de Março, Regulamento sobre a Gestão de Pesticidas, regula a gestão de
pesticidas no País, de forma a garantir a saúde pública e a qualidade do ambiente.
iii. Pecuária
 Decreto nº 26/2009 de 17 de Agosto, Regulamento de Sanidade Animal, estabelece normas para a
vigilância epidemiológica e controlo de doenças dos animais em Moçambique
 Diploma Ministerial nº 9/2007 de 31 de Janeiro, Taxas de Prestação de Serviços Veterinários, define as
condições, procedimentos, regime e tipo de contrapartidas pela assistência veterinária prestada pelo
Estado.
5.3 Desenvolvimento de novos produtos e processos

As partes que compõem um projecto podem variar de acordo com as entidades financiadoras às quais
ele será submetido, mas, de modo geral, elas são as que constam no quadro 1, abaixo.
Quadro 1: Partes de um projecto de agro-indústria

Elaborado pelos autores.


Desenvolvimento de novos produtos e processos (cont.)
Quadro 2: Itens da descrição das instalações e do funcionamento de agroindústrias

Elaborado pelos autores.


Conclusão
Neste trabalho se define como principais funções de uma embalagem conter, proteger, informar e
vender. Conter significa que a embalagem tem a função de conter uma determinada quantidade
de alimento, o que facilita o transporte, estocagem, venda e utilização do produto. Proteger,
segundo os autores, é considerada uma das mais importantes funções, já que a embalagem se
transforma em uma barreira entre o alimento e o ambiente externo, evitando ao máximo que o
alimento tenha seu processo de degradação acelerado devido a presença de factores ambientais
(luz, O2, humidade).
A embalagem nas últimas décadas vem sendo o primeiro contacto visual do consumidor com o
produto, e que em muitos casos é factor quase determinante na aquisição do produto pelo
consumidor. Assim, ela deve ser atraente e permitir rápida identificação do produto pelo
consumidor.
De uma forma geral, essas funções significam que a embalagem deve proteger o conteúdo do
produto, resguardar o produto contra os ataques ambientais, favorecer ou assegurar os resultados
dos processos de conservação, evitar contactos inconvenientes, melhorar a apresentação,
possibilitar melhor observação, favorecer o acesso, facilitar o transporte e educar o consumidor.
Como se trata da fabricação de alimentos, o projecto deve levar em conta as exigências
governamentais constantes da legislação sanitária que rege questões como matérias-primas,
ambiente de produção, características dos produtos e defesa dos recursos naturais.
Bibliografia
Agência De Vigilância Sanitária – ANVISA. [Legislação: alimentos]. Disponível em:
<https://www.anvisa.gov.br/alimentos/legis/especifi ca/embalagens.htm>.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Directoria Colegiada –
RDC nº 275, de 21 de Outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos
Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores / Industrializadores de Alimentos e a
Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores / Industrializadores
de Alimentos.
Carvalho, M. A. (2008). Engenharia de embalagens. São Paulo: Novatec Editora.
Cavalcanti, P.; Chagas, C. (2006). História da embalagem no Brasil. São Paulo: Grifo Projectos Históricos e
Editoriais.
Fernandes, M. H. C.; Garcia, E. E. C.; Padula, M. (2017). Migração de componentes de embalagens para
alimentos. Campinas: CETEA/ITAL. 175 p.
Guimarães, G. M. (2001). A legislação industrial e sanitária dos produtos de origem animal: o caso das
agro-indústrias de pequeno porte. 2001. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural) – Centro de Ciências
Rurais, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria.
Jorge, N. (2013). Embalagens para alimentos / Neuza Jorge. – São Paulo : Cultura Académica :
Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação.
Kerry, J. P.; O’grady, M. N.; Hogan, S. A. (2006). Past, current and potential utilization of active and
intelligent packaging systems for meat and muscle-based products: a review. Meat Science, v. 74, p. 113-30.
FIM

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