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SUMÁRIO
1. Fundamentos básicos da análise de custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1 Origem histórica dos custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Segundo Bornia (2010, p.11), antes disso, os artigos normalmente eram produzidos por artesãos,
que, via de regra, não constituíam pessoas jurídicas. Praticamente existiam apenas empresas
comerciais, que utilizavam a contabilidade financeira para avaliação do patrimônio e a apuração
do resultado do período.
A importância da análise de custos foi crescendo ao longo do tempo, sobretudo após se iniciar
o regime capitalista, devido ao aumento constante da necessidade de controle.
O comerciante, por meio da contabilidade de custos, buscava respostas sobre se estava ou não
lucrando com o seu negócio. No início, baseava-se em um simples confronto das receitas com as
despesas em um mesmo período. A contabilidade de custos passou a ser utilizada como instrumento
seguro para controlar as variações de custos e de vendas, mas também para avaliar o crescimento
ou o retrocesso dos negócios.
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Controle mais efetivo dos custos e, consequentemente, da rentabilidade dos negócios: Uma
vez que a maioria das organizações busca maximizar a sua rentabilidade e/ou reduzir seus custos,
a eliminação de desperdícios pode ser alcançada por meio de uma boa gestão de custos, levando
ao aumento do retorno sobre os investimentos ao evitar gastos imprevistos ou desnecessários.
Maior eficiência no processo de tomada de decisões: Uma análise efetiva dos custos da organização
fornece aos gestores informações mais precisas, detalhadas e atualizadas, influenciando os fatores
que envolvem a lucratividade da empresa e a redução dos riscos organizacionais.
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Gasto: Corresponde ao valor com que organização arca a fim de que possa obter um produto
ou realizar um serviço, sendo representado pela efetiva entrega/realização de algum produto ou
serviço, bem como a promessa de recebimento de algum ativo. Ex.: Gastos com mercadorias, gastos
com pessoal etc.
Custo: Diz respeito ao gasto que é realizado em algum tipo de bem ou serviço que esteja ligado
ou seja utilizado para produzir outros bens (produtos) ou serviços ou que possa ser revertido em
alguma espécie de lucro. Ex.: Matérias-primas de um produto, energia elétrica utilizada na produção
de bens e serviços etc.
Perda: Diz respeito ao consumo de modo involuntário ou anormal de algum ativo (recurso), bem
ou serviço.
• entidade;
• continuidade;
• realização;
• competência e confrontação;
• custo como base de valor;
• denominador comum monetário;
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• uniformidade ou consistência;
• relevância ou materialidade;
• objetividade;
• conservadorismo.
Princípio da realização: Ainda para Dias e Demétrio (2002), esse princípio diz respeito a que as
receitas são reconhecidas apenas por ocasião da transferência de um bem ou serviço para terceiros.
Assim, no que concerne a entidades industriais e comerciais, a receita deverá ser reconhecida no
momento da venda.
Princípio do custo como base de valor: Conforme Dias e Demétrio (2002), esse princípio diz
respeito a que os ativos possam ser registrados por seu valor nominal de aquisição. Assim, costuma
pressupor certa estabilidade quanto ao poder aquisitivo da moeda. A contabilidade de custos busca
preconizar o princípio do custo histórico como base de valor, porém por vezes faz uso de custos de
reposição ou outras sistemáticas de ajuste com fim gerencial.
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Princípio da uniformidade ou consistência: Por esse princípio, a empresa precisa primar pela
uniformidade ou consistência na aplicação dos procedimentos contábeis no decorrer do tempo,
a fim de permitir e não prejudicar a realização de análises comparativas de custos ao longo dos
diversos exercícios.
Princípio da objetividade: Diz respeito a que todos os valores apropriados ao custo de produção
devam estar devidamente suportados por documentos que possam comprovar sua natureza, bem
como o valor do registro.
Os custos correspondem aos gastos necessários a fim de se fabricar produtos em uma empresa,
isto é, equivalem aos dispêndios de recursos que forem diretamente responsáveis pelo “nascimento
de produtos ou serviços” para venda/revenda. Assim, pode-se dizer que os custos são gastos
relacionados a determinado serviço ou bem que é utilizado para a produção de outros serviços ou
bens.
As despesas correspondem ao valor dos insumos que são utilizados durante a operação da
organização e que não possam ser facilmente identificados junto aos processos produtivos. Nesse
caso, correspondem a atividades que ocorrem de forma não vinculada ao processo de fabricação.
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Deve-se esclarecer que se pode diferenciar as despesas dos custos, uma vez que aquelas,
normalmente, costumam estar ligadas aos processos de gestão e administrativos em geral.
• Custo direto: São custos que podem ser fisicamente (diretamente) identificados com o objeto
de custo.
• Custo indireto: Correspondem a gastos que não é possível medir objetivamente, podendo
ser alocados de maneira estimada e/ou arbitrária (mediante algum critério acordado pré-
estabelecido) em relação a um produto e/ou serviço.
Os custos indiretos podem ser apropriados de forma indireta aos produtos, com uso de estimativas,
previsões comportamentais, critérios de rateio e outros.
• Os custos fixos correspondem àqueles que não variam de acordo com a produção. Logo,
mesmo se aumentar a produção, permanecem os mesmos.
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• Os custos variáveis são uma espécie que varia de acordo com a quantidade produzida. Assim,
se a produção aumentar, irão variar de acordo com esse aumento.
Análise das variações nos preços dos estoques: No que diz respeito ao custo histórico, isto é,
aos critérios de avaliação mais específicos que explicam quais itens compõem determinado ativo,
os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso ou em condições de venda
são incorporados ao valor dele.
Variações de preços dos estoques no caso de custos fixos: Como verificado anteriormente, os
custos fixos independem da quantidade produzida, ou seja, se aumentar ou diminuir a produção,
eles se manterão fixos.
Variações de preços dos estoques no caso de custos variáveis: Como os custos variáveis variam
de acordo com a quantidade produzida, ou seja, quanto mais se produz, mais eles aumentam, tais
variações costumam afetar o valor do estoque de forma direta.
• avaliação;
• controle;
• programação.
Problemas de avaliação de estoque: Dizem respeito a qual o montante a atribuir quando vários
lotes são comprados por preços diferentes.
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O custo médio ponderado móvel costuma ser utilizado pelas organizações que possuem controle
permanente dos estoques, atualizando seu custo médio a cada operação de compra.
O custo médio ponderado fixo é utilizado para avaliar o custo médio apenas no final do período
ou no caso de a organização decidir apropriar todos os produtos fabricados no período um único
custo por unidade. Para fazer isso, seria necessário calcular primeiro o custo médio global do período
e então apropriar o custo da matéria-prima consumida.
O método de avaliação Ueps não é admitido pela legislação do imposto de renda, uma vez que
superavalia os custos do estoque.
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Cálculo da taxa horária da mão de obra: Em decorrência da legislação trabalhista, é preciso calcular
para cada empresa ou para cada departamento qual o valor a ser atribuído por hora de trabalho.
Esse valor inclui: repousos semanais remunerados, férias, décimo terceiro salário, contribuições
ao INSS, remuneração dos feriados, faltas abonadas e outros.
O valor por hora de trabalho também precisa considerar outros direitos garantidos por acordos
ou convenções coletivas de trabalho das diversas categorias profissionais.
Mão de obra direta: Representa o gasto com o operário que está na linha de produção. Está
diretamente relacionada à produção de bem ou à execução de serviço para venda.
Mão de obra indireta: Apenas pode ser apropriada por meio de fatores de rateio, de alto grau de
arbitrariedade, como os das chefias de departamentos etc.
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• Quinto passo: realizar a escolha da ordenação da sequência de rateio quanto aos custos que
estiveram acumulados nos diversos departamentos de serviços, bem como sua distribuição
aos demais departamentos.
• Sexto passo: proceder à atribuição dos custos indiretos que estiverem nos departamentos de
produção aos produtos, segundo critérios que foram previamente fixados.
11.1 Departamento
O departamento corresponde a uma unidade administrativa para a contabilidade de custos, a
qual é formada por pessoas e equipamentos que desenvolvem atividades homogêneas.
A fim de se obter uma forma racional de distribuir os custos indiretos, uma vez que alocação simples
em produtos, em alguns tipos de organizações, não costuma espelhar a apropriação correta dos
custos aos produtos.
Trata-se de uma técnica que é utilizada a fim de agrupar custos em estruturas chamadas de
departamentos. A entidade costuma criar centros acumuladores de custos (sendo tal atividade
denominada de separação de custos por responsabilidade) visando melhor identificar os custos,
as responsabilidades, as autoridades, os objetivos que forem afins e as metas a ser alcançadas, de
forma a permitir um controle de gastos mais acurado, bem como destacar as eventuais realizações
da maioria de seus responsáveis.
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Ao longo dos anos, foram surgindo novos métodos de custeio com o intuito de oferecer uma
precisão cada vez maior e, também, de buscar obter informações que possam auxiliar verdadeiramente
no processo de tomada de decisão dos gestores.
A forma de se alocar os custos nos produtos é de fundamental importância para se obter uma
gestão de custos que seja efetiva e eficaz em uma empresa. Assim, cada vez mais se verifica que
as formas de alocação de custos são fundamentais para que se forneça informações relevantes e
confiáveis para análise da condição da empresa e, também, para que esta possa tomar decisões
cada vez mais assertivas e corretas em um mercado cada vez mais competitivo.
Segundo Bruni e Famá (2004), o maior problema que se verifica em sistemas de custeio corresponde
à forma de alocação de custos indiretos (variáveis ou fixos) às unidades produzidas.
Os custos fixos rateados de forma imprecisa podem levar a decisões inadequadas nos processos
de tomada de decisões. Como exemplos dessas decisões inadequadas, pode-se citar eventuais
cortes de produtos lucrativos. Outro possível exemplo são eventuais aumentos de investimentos
em produtos deficitários, muitas vezes sem se obter o retorno adequado.
O custeio por absorção corresponde à forma mais utilizada no Brasil, uma vez que está de
acordo com os princípios contábeis, sobretudo por ser aceito pelas legislações fiscais e comerciais
brasileiras, conforme consta do art. 177 da Lei nº 6.404/76.
Segundo Bomfim e Passarelli (2011, p. 60), ao serem custeados, “os produtos fabricados pela
empresa, são atribuídos a esses produtos, além dos seus custos variáveis, também os custos fixos,
diz-se que se está usando a modalidade de custeio por absorção”.
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Segundo Wernke (2018), pode-se inferir que existe certa desvantagem na utilização do custeio
por absorção, sobretudo quanto à necessidade de utilização de algum tipo de critério de rateio a
fim de serem distribuidos todos os custos do período entre os diversos departamentos da empresa,
bem como pelos seus diversos produtos.
Uma vez que, normalmente, não há plena objetividade na instituição e na utilização de tais
critérios, muitas vezes por utilizarem aspectos com algum nível de subjetividade, isso pode de
alguma forma distorcer os resultados, podendo levar a certa penalização de custos de alguns
produtos e/ou a beneficiar outros.
Caso necessária a utilização dos custos fixos, a escolha e utilização de algum tipo de critério para
o rateio deles tende a dificultar o processo de tomada de decisões administrativas da organização,
uma vez que a formação de preço de venda dos produtos pode ser influenciada por esses critérios.
Por mais que estes possam ser objetivos, eles acabam por, de alguma forma, arbitrar os resultados
obtidos.
Segundo Vicente e Xisto (2005), como características do custeio por absorção, pode-se dizer
que estes, ao englobarem os custos fixos, variáveis, totais, indiretos e/ou diretos, realizam:
• alocação de custos indiretos em centros de custos (sendo esses auxiliares e/ou produtivos);
• alocações de custos em centros de custos de produtos;
• transferência dos custos indiretos de fabricação ao final para a conta de estoques de produtos
acabados, de forma contábil;
• serviço de grande utilidade para as empresas, sobretudo as que apresentam processos de
produção que têm pouca flexibilidade e/ou com poucos produtos;
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• influência direta nos resultados apresentados, sendo que estes sofrem influência direta dos
volumes produzidos.
Vantagens Desvantagens
Poderá elevar artificialmente os custos de Levar em conta os totais dos custos por
alguns produtos, uma vez que: produtos.
A aplicação do custeio por absorção pode ser feita levando-se em conta ou não a departamentalização.
Isso pode ocorrer depois de feita uma avaliação criteriosa da composição dos custos para verificar
o volume dos custos indiretos, conforme a convenção da materialidade.
Os custos fixos não são identificados com os produtos, e seus principais objetivos são dar apoio
a tomadas de decisões de curto prazo e a análises de custo-volume-lucro.
Segundo Vicente e Xisto (2005), por meio desse método, apenas os custos variáveis é que são
alocados aos produtos e, dessa forma, são separados os custos fixos. Estes são considerados como
as despesas incorridas dentro do período, o que faz com que influenciem diretamente o resultado
do exercício.
Ainda conforme os autores, apenas os custos variáveis (diretos e/ou indiretos) incidem na
apuração dos valores de estoque, motivo pelo qual a legislação não aceita esse método. Por meio
dele, esses custos podem ser atribuídos diretamente aos produtos, tais como aqueles com materiais
e com mão de obra direta.
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No que concerne aos custos fixos, estes recebem tratamento idêntico às despesas incorridas
do mesmo período, o que faz com que não sejam ativados dentro da conta de estoques.
Segundo Vicente e Xisto (2005), o custeio direto ou variável possui as seguintes características:
Vantagens Desvantagens
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• Os gastos indiretos devem ser alocados de forma racional aos bens produzidos e aos serviços
que forem realizados para propiciar formas apuradas de controle quanto aos gastos da entidade,
fornecendo melhores formas de auxílio ao processo de tomada de decisões gerenciais.
• Identificar os recursos disponíveis na organização e associá-los, por meio de geradores de
direcionadores de custos (cost-drivers) primários, às atividades executadas.
• Após isso, tais atividades são associadas a outras atividades ou a objetos de custos mediante
geradores de custo secundários.
O método ABC considera como objetos de custo os aspectos internos e externos à organização
que, de alguma forma, possam gerar receitas ou custos, tais como os clientes, os produtos e outros.
• primárias;
• secundárias.
As atividades primárias são as que, de alguma forma, estão relacionadas com os produtos. Já
as secundárias são as que estão relacionadas com a organização e/ou sua gestão.
O tipo de custeio a ser utilizado é determinado pelos fatores de produção, que podem ser do tipo
“por ordem” ou “por processo (contínuo)”, pela forma ou pela conveniência contábil-administrativa.
Distinção pela forma: Diz respeito a quanto a organização opera realizando produtos semelhantes
de forma contínua, sobretudo para suprir seu estoque, sendo sua natureza caracterizada nesse
sentido. Caso a empresa produza para atender encomendas de clientes ou costume produzir para
uma posterior venda, esta pode, de acordo com determinações internas especiais, incluir tais
requisições entre as de “produção por ordem”.
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Os custos por unidade não são avaliados quando a apuração é realizada por processos.
Base do custo médio (do período) = custo total / quantidade produzida (no período)
• margem de contribuição;
• ponto de equilíbrio;
• alavancagem operacional.
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O valor total dos materiais diretos consumido por mês depende diretamente dos volumes
de produção. Se aumentar a quantidade produzida, serão proporcionalmente consumidos mais
insumos, ou seja, o aumento nesse consumo os estará variando da mesma forma que aumentar a
quantidade produzida. Assim, em um determinado período de tempo, os valores afetos aos custos
com esses materiais irá variar conforme o volume de produção. Assim, custos com materiais diretos
são custos variáveis.
A fim de fazer esse cálculo, faz-se necessário identificar os custos diretos e indiretos variáveis,
uma vez que os custos fixos que forem imputados aos produtos não existirão apenas se houver a
produção e a venda desses produtos, pois existem independentemente do produto.
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As parcelas de custos fixos que tiverem de ser imputadas precisam depender também da
quantidade de produto e das formas de rateio acordadas e não de cada uma das unidades do produto.
Esclarece-se que a margem de contribuição corresponde ao valor que cada unidade traz
efetivamente para a organização relativa à sobra entre sua receita e o custo que provocou de fato,
que lhe ser imputado sem incorrer em erro.
Para calcular o retorno sobre o investimento realizado, é necessário dividir o lucro, obtido
antes do imposto de renda e das despesas financeiras, pelo ativo total utilizado com o intuito de se
obter os produtos. Observa-se que, para fazer esse cálculo, faz-se necessário excluir as despesas
financeiras, uma vez que estas advêm dos financiamentos e não dos investimentos.
Há de se esclarecer que parte do retorno obtido pelo investimento da empresa será utilizada para:
O que melhor define o desempenho global de uma empresa é o retorno total que ela obtém.
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A metodologia de custeio direto de produtos é de mais fácil entendimento pela maioria dos
gerentes industriais do que outras metodologias, uma vez que as informações estão próximas dos
setores fabris e sob suas responsabilidades, permitindo uma correta avaliação do desempenho do
setor.
Devido a eventualmente ser observados custos que podem ser semifixos e/ou semivariáveis, a
separação das variáveis e dos custos não ocorre de forma tão clara na prática, o que faz com que
o custeamento direto incorra em problemas de identificação de elementos de custeio.
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Quando quaisquer valores são auferidos a partir do ponto de equilíbrio (break even point) é que
se verifica a existência de alguma forma de lucro. De igual modo, se for verificado valor auferido
abaixo do ponto de equilíbrio, observa-se algum tipo de prejuízo para a empresa.
Existem três tipos de pontos de equilíbrio, os quais fornecem importantes subsídios para um
bom gerenciamento da empresa:
• contábil;
• econômico;
• financeiro.
Quando a entidade atinge o ponto de equilíbrio, não estará apresentando prejuízo e nem algum
tipo de lucro. Logo, ao atingir o ponto de equilíbrio, a organização apenas obterá o valor mínimo
que é necessário a fim de cobrir seus custos, decorrentes de mercadorias que foram vendidas ou
dos serviços que foram prestados, bem como os valores de despesas fixas e variáveis do mesmo
período.
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Há percepção de que o ponto de equilíbrio econômico destaca a rentabilidade real que foi
auferida com a atividade em análise. Desse modo, faz-se necessário que seja confrontada às opções
disponíveis de investimentos.
PEE = (custos e despesas fixas + custos de oportunidade) / (Pv unitário - custos e despesas variáveis
unitárias)
Trata-se de uma das informações mais importantes para a maioria das organizações e dos
negócios.
O ponto de equilíbrio financeiro diferencia-se do contábil por serem excluídas dos custos fixos
a depreciação dos ativos e outras despesas não desembolsáveis.
PEF = (Custos e despesas fixas - depreciação) / (Pv unitário - custos e despesas variáveis unitárias)
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Há de se observar que alguns produtos têm alavancagem maior que outros, em virtude de
variáveis como a margem de contribuição. Nos casos de alavancagem, a margem de contribuição
aponta o impacto dos custos e das despesas variáveis sobre o preço de venda unitário, bem como
dos custos e despesas fixas.
O mark-up precisa ser estimado a fim de cobrir os gastos não incluídos no custo, os tributos e
comissões incidentes sobre o preço e o lucro desejado pelos administradores.
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• Caso seja utilizado um critério de custeio variável, faz-se necessário que o mark-up tenha o
acréscimo de um percentual que seja suficiente para cobrir todos os custos fixos de produção
que não estejam inclusos no custo do produto.
• Deve-se considerar o custo como o de reposição à vista e considerando a moeda corrente no
país. Dessa forma, o preço calculado deve ser para a efetivação de vendas à vista.
• A fim de calcular os preços de venda à prazo, é fundamental que se possa incluir (embutir)
eventuais encargos financeiros que sejam correspondentes às opções de pagamento.
• Caso os vendedores dos produtos tenham algum tipo de vínculo empregatício com a organização,
deve-se considerar que os percentuais de comissão deles precisam incluir os encargos sociais.
Deve-se considerar os tributos que são incidentes de forma direta e que são proporcionais às
receitas auferidas, tais como ISS, ICMS, PIS, Cofins e outros.
Há de se considerar que o lucro desejado poderá estar expresso de diversas formas, inclusive em
valores absolutos, com base no custo de oportunidade, no capital investido e em outros aspectos.
As metodologias de fixação do preço de venda são muito utilizadas pelas organizações, contudo
se observa que, muitas vezes, elas têm deficiências com relação a:
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Há de se esclarecer que não existem de fato custos não controláveis, mas sim o custo que só
é controlável em nível hierárquico superior ao daquele que está sendo considerado.
19.4 Custo-padrão
O custo-padrão corresponde a um método utilizado para a realização do controle de custos.
Trata-se de um custo ideal, previamente atribuído, que é fixado com base em condições ideais de
mão de obra, equipamentos, qualidade de materiais, volume de produção etc.
O custo-padrão, além de ser um poderoso instrumento de controle, serve também para melhoria
do desempenho do pessoal, caso seja bem utilizado e voltado a esse fim. Entretanto, sua utilidade
somente se verifica quando utilizado junto com o custo real, confrontando o custo-padrão com o
custo real.
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Outra diferença de preço que pode ser apurada diz respeito à relação entre o padrão e o real
vezes a quantidade-padrão.
• quantidade (eficiência);
• preço (taxa).
A variação de quantidade corresponde à diferença de quantidade entre valor padrão e real vezes
o preço-padrão.
Sempre que existem variações de quantidade e de preço, pode ocorrer também a chamada
variação mista; esta é, muitas vezes, agregada à de preço, para efeitos práticos. É, de fato, difícil
de ser analisada e entendida.
• variações de eficiência;
• variações de custos propriamente ditas.
Com relação às variações de volume, estas ocorrem em função da evolução dos custos fixos,
sendo originárias de resultados na produção efetiva (real) que sejam diferentes da quantidade dos
volumes previstos de produção (produção-padrão).
Quanto à eficiência, ela advém da diferença de utilização dos fatores de produção mais os insumos
envolvidos em relação às quantidades tidas como padrão para produzir a mesma quantidade.
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As variações gerais de preços devem ser apartadas das variações específicas dos custos de
determinada organização e devem considerar seus aspectos internos, sua estrutura, dentre outros
fatores.
As variações de volume são encontradas na metodologia de custeio por absorção, sendo passíveis
de ser analisadas pelos seus totais ou em cada uma das unidades.
O processo de avaliação dos setores/gestores possibilita que seja estabelecida uma forma de
se controlar a realização das atividades e os resultados obtidos com elas. Isso torna necessário
um processo de mensuração e acompanhamento periódico do desempenho realizado frente ao
planejamento pré-estabecido.
É nos relatórios de controle que consta o que foi cumprido (realizado) em relação às metas que
foram impostas a cada um dos setores da empresa.
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Nos relatórios de análises, constam dados que são usados para embasar conclusões. Neles, é
fundamental expor um resultado extraído a partir das informações e apresentar possíveis soluções
para os problemas apontados.
• Sumário.
• Lista de anexos e demonstrativos.
• Termos de referência.
• Relato detalhado de investigações para cada aspecto do estudo.
Como possíveis conclusões relativas, o relatório precisa informar se o negócio ou projeto seria
viável, quais os benefícios em realizá-lo, possíveis consequências de sua realização e/ou de sua não
realização, problemas que possam ocorrer caso não seja realizado ou no caso de sua realização,
perigos identificáveis, avaliação das possibilidades de sucesso ou não do projeto e as alternativas
que seriam possíveis.
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Onde:
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