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MANUAL DE CONTRATAÇÃO PÚBLICA

Índice
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................5
A CONTRATAÇÃO PÚBLICA – os princípios estruturantes ............................................................................6
Princípios da prossecução do interesse público .......................................................................................6
Princípio da concorrência ........................................................................................................................6
Princípio da igualdade .............................................................................................................................7
Princípio da transparência.......................................................................................................................7
ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO CCP ................................................................................................................9
A CONTRATAÇÃO EXCLUÍDA – DO ARTIGO 5.º AO ARTIGO 6.º-A ...............................................................11
O caso especial do Decreto-Lei n.º 60/2018 .........................................................................................13
A ESCOLHA DO PROCEDIMENTO..............................................................................................................14
TRAMITAÇÃO PROCEDIMENTAL................................................................................................................17
PROCEDIMENTOS PRÉ-CONTRATUAIS ..................................................................................................18
Ajuste Direto e Consulta Prévia .........................................................................................................18
Os Critérios Materiais........................................................................................................................23
Concurso Público..............................................................................................................................25
Concurso Público Urgente.................................................................................................................27
Concurso Limitado por Prévia Qualificação ........................................................................................27
Procedimento de negociação ............................................................................................................28
Diálogo concorrencial........................................................................................................................28
Parceria para a inovação...................................................................................................................28
Concurso de Conceção .....................................................................................................................29
PARTE III DO CCP – A EXECUÇÃO DO CONTRATO ....................................................................................31
O GESTOR DO CONTRATO ....................................................................................................................32
Funções ...........................................................................................................................................32
Responsabilidades ............................................................................................................................32
Aplicação..........................................................................................................................................32
Designação.......................................................................................................................................33
Notificação .......................................................................................................................................34
Inexistência de conflitos ....................................................................................................................35
MODIFICAÇÃO OBJETIVA DO CONTRATO..............................................................................................36
Fontes da modificação contratual ......................................................................................................36
Fundamentos ...................................................................................................................................36
Limites .............................................................................................................................................37
Consequências .................................................................................................................................38
Publicidade.......................................................................................................................................38
MODIFICAÇÃO SUBJETIVA DO CONTRATO............................................................................................39
A REVISÃO DE PREÇOS ........................................................................................................................40

2
EMPREITADA DE OBRAS PÚBLICAS ..........................................................................................................42
Representantes das partes contratuais na execução do contrato ............................................................42
Subempreitada .....................................................................................................................................42
Recurso aos subempreiteiros ............................................................................................................43
Execução do contrato de empreitada de obras públicas (CEOP) .............................................................44
Consignação da obra ........................................................................................................................44
Prazo de execução da obra ...............................................................................................................44
Plano de trabalhos ............................................................................................................................45
Medição dos trabalhos ......................................................................................................................45
Suspensão dos trabalhos: .................................................................................................................45
Suspensão pelo dono de obra ...........................................................................................................45
Outros casos de suspensão ..............................................................................................................46
Suspensão pelo empreiteiro: .............................................................................................................46
Outros casos de suspensão ..............................................................................................................46
Modalidades de modificação do contrato de empreitada de obras públicas (CEOP) ............................47
Trabalhos complementares ...............................................................................................................47
Trabalhos a menos ...........................................................................................................................48
Inutilização de trabalhos já executados ..............................................................................................49
Indemnização por redução do preço contratual .................................................................................49
Revisão ordinária de preços ..............................................................................................................49
Receção da obra ...............................................................................................................................49
Prazo de Garantia .............................................................................................................................50
Liberação de caução .........................................................................................................................50
Receção definitiva .............................................................................................................................50
Conta Final da obra ..........................................................................................................................50
Relatório Final da obra ......................................................................................................................51
Incumprimento e extinção do contrato ..............................................................................................51
Incumprimento .................................................................................................................................51
Peças do procedimento para a celebração de contratos de empreitada..................................................51
EXTINÇÃO DO CONTRATO ........................................................................................................................53
Cumprimento do contrato .....................................................................................................................53
Impossibilidade definitiva ......................................................................................................................53
Revogação ............................................................................................................................................53
Resolução do contrato por iniciativa do cocontratante ............................................................................53
Resolução sancionatória .......................................................................................................................54
Resolução por razões de interesse público ............................................................................................55
Outros fundamentos de resolução pelo contraente público ....................................................................55
FIGURAS/NOÇÕES IMPORTANTES ...........................................................................................................57

3
LEGISLAÇÃO .............................................................................................................................................64
BIBLIOGRAFIA ..........................................................................................................................................65
ANEXOS....................................................................................................................................................66
ANEXO I – Decreto-Lei n.º 60/2018 ......................................................................................................66
ANEXO II – Ajuste Direto .......................................................................................................................90
ANEXO III – Consulta Prévia ............................................................................................................... 121
ANEXO IV – Concurso Público ............................................................................................................ 130
ANEXO IV – Modelo de Declaração – Artigo 113.º, 6 .......................................................................... 153
ANEXO VI – Projeto de Decisão/Relatório Preliminar .......................................................................... 154
ANEXO VII – Relatório Final ................................................................................................................ 163
ANEXO VIII – Minuta do Contrato ....................................................................................................... 167
ANEXO IX – Ofício Proposta de Adjudicação ....................................................................................... 172
ANEXO X – Declaração Sob Compromisso de Honra – Artigo 83.º-A ................................................... 178
ANEXO XI – Regulamento do Sorteio .................................................................................................. 179

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INTRODUÇÃO

A contratação pública tem vindo a assumir uma particular relevância ao longo das últimas décadas,
exigindo dos seus utilizadores um conhecimento cada vez mais detalhado da legislação que se lhe aplica.
O Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, que aprovou o Código dos Contratos Públicos, com as
demais atualizações em vigor, ao condensar num só diploma a disciplina aplicável aos procedimentos pré-
contratuais, que até então se encontrava dispersa por vários diplomas, representa um marco histórico na
evolução do direito administrativo nacional e um esforço de modernização nos planos da investigação e
desenvolvimento, da permeabilidade à evolução tecnológica e do ajustamento do regime da contratação e da
execução dos contratos às técnicas de financiamento correntes. Visa, igualmente, um maior rigor e celeridade
em matéria de contratação pública e de execução de contratos administrativos, bem como a
indispensabilidade do controlo da despesa pública (cfr. preâmbulo do diploma).
O presente manual tem, assim, como objetivo, auxiliar e facilitar a aplicação do Código dos Contratos
Públicos (CCP), pretendendo, também, orientar na interpretação das regras e melhores práticas subjacentes
à tramitação dos procedimentos pré-contratuais públicos – diga-se, antes de mais, que a interpretação das
normas subjacentes à contratação pública não é simples, nem tão pouco definitiva, pelo que o presente
manual não dispensa nem substitui a consulta do diploma.
Não será um manual exaustivo que pretenda explicar todos os artigos do CCP, mas apenas os
procedimentos utilizados e as questões mais levantadas pelas diferentes Unidades da Universidade do Minho
à Unidade de Serviços de Contratação Pública.
O presente manual centra-se numa perspetiva da aplicação prática do CCP, não descurando a teoria
fundamental à compreensão das diferentes fases dos procedimentos – desta forma, dedicar-nos-emos,
primeiramente, aos princípios estruturantes e basilares da contratação pública, explicitando de seguida, os
diversos procedimentos pré-contratuais e respetiva tramitação.
Em anexo pode encontrar-se minutas das principais peças de procedimentos, bem como outros
documentos considerados relevantes, além de fluxogramas, tabelas e esquemas, assim auxiliando a tarefa de
quem exerça a sua atividade nesta área.
A Unidade de Serviços da Contratação Pública estará, naturalmente, ao dispor para o esclarecimento
de quaisquer dúvidas suscitadas no estudo do presente manual ou nas demais situações – quase sempre
peculiares e casuísticas – que a Contratação Pública nos/vos apresenta no dia-a-dia.

5
A CONTRATAÇÃO PÚBLICA – os princípios estruturantes

O atual Código dos Contratos Públicos (CCP) veio proceder à transposição das diretivas comunitárias
relativas à celebração de contratos públicos, nomeadamente a atual Diretiva 2014/24/UE do Parlamento
Europeu e do Conselho, que, entre outras premissas, impõe/permite medidas como a simplificação e
flexibilização dos procedimentos de contratação e a crescente utilização de meios eletrónicos, facilitando o
acesso das PME aos contratos públicos, entre outras.
O CCP encontra-se dividido em cinco partes:
✓ Parte I – Âmbito de aplicação (artigos 1.º a 15.º);
✓ Parte II – Contratação pública (artigos 16.º a 277.º);
✓ Parte III – Regime substantivo dos contratos administrativos (artigos 278.º a 454.º);
✓ Parte IV – Governação e regime sancionatório (artigos 454.º-A a 464.º-A);
✓ Parte V – Disposições finais (artigos 465.º a 476.º)
No artigo 1.º-A podemos encontrar os princípios basilares da contratação pública, os quais, a par dos
princípios da atividade administrativa em geral, devem estar na base de tomada de qualquer decisão que ao
CCP diga respeito, pelo que se passará ao elenco e explicação daqueles que se destacam.

Princípios da prossecução do interesse público


Nos termos do n.º 1 do artigo 266.º da Constituição da República Portuguesa e do artigo 4.º do Código
do Procedimento Administrativo (CPA), a atividade desenvolvida pelos órgãos da Administração Pública tem
por objetivo único obter a realização, satisfação e proteção do interesse público.
O interesse público corresponde a necessidades que são essenciais à comunidade ou a parte
significativa dela, não podendo, pela própria natureza, a iniciativa privada dar resposta, mas apenas os órgãos
políticos constitucionalmente competentes.
Cabe, por isso, à Administração Pública, satisfazer o interesse público, refletindo-se isso no Código dos
Contratos Públicos, designadamente na adoção de procedimentos ao abrigo de critérios materiais, nos
fundamentos de resolução dos contratos, no exercício da modificação objetiva dos contratos, nos poderes de
direção e fiscalização que a entidade adjudicante exerce sobre a execução do contrato, entre muitos outros.

Princípio da concorrência
As exigências impostas pelo princípio da concorrência são maiores quanto maior for a dimensão
financeira do contrato, estando, por isso, o procedimento pré-contratual sujeito a formalidades mais exigentes.
O concurso público internacional consubstancia o expoente máximo da materialização deste princípio,
diminuindo à medida que a entidade adjudicante restringe o acesso ao universo de possíveis interessados e
sendo nula na adoção do procedimento de ajuste direto – o legislador, contudo, nestas situações, dos
denominados procedimentos fechados (consulta prévia e ajuste direto) criou regras que visam salvaguardar

6
(ainda assim) o cumprimento deste princípio, aqui funcionando num plano de natureza subjetiva,
relativamente à entidade a convidar (veja-se, a este propósito, o artigo 113.º do CCP).
O princípio da concorrência manifesta-se desde o início do procedimento, aquando da elaboração dos
elementos a incluir no procedimento, designadamente no programa do procedimento e no caderno de
encargos, impondo a não inserção de condições ou cláusulas discriminatórias.
Mas tal princípio impõe-se, também, aos agentes económicos, pois a adoção de práticas restritivas e
de operações de concertação de empresas consubstanciam violações a este princípio. Diga-se, aliás, que o
novo regime da concorrência proíbe, desta forma, quanto às práticas restritivas da concorrência, os acordos
ou práticas concertadas entre empresas e as decisões de associações de empresas que tenham por objeto
ou como efeito impedir, falsear ou restringir de forma sensível a concorrência no todo ou em parte do mercado
nacional.

Princípio da igualdade
Nos termos do artigo 6.º do CPA, “Nas suas relações com os particulares, a Administração Pública
deve reger-se pelo princípio da igualdade, não podendo privilegiar, beneficiar, prejudicar, privar de qualquer
direito ou isentar de qualquer dever ninguém em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação
sexual.”
Este princípio está intimamente ligado aos princípios da não discriminação entre situações com igual
caracterização jurídica e da diferenciação entre situações de caracterização jurídica diferente, bem como com
os princípios da imparcialidade e do não favorecimento. É, assim, um princípio que constitui um travão à
discricionariedade da Administração Pública.
Na Contratação Pública, este princípio assume particular relevo: as entidades adjudicantes devem
assegurar que todos os potenciais interessados disponham das mesmas condições de acesso e tratamento
nos respetivos procedimentos. Este princípio está presente, por exemplo, nas notificações que devem ser
simultâneas a todos os concorrentes ou nas especificações técnicas dos procedimentos, ou até na declaração
de inexistência de conflitos de interesses1 que deve ser subscrita pelo júri do procedimento, antes do processo
de análise e avaliação das propostas, de modo a garantir a imparcialidade.

Princípio da transparência
Intimamente ligado aos princípios da igualdade, da justiça, da proporcionalidade, da prossecução do
interesse público e da participação dos interessados, o princípio da transparência procura afastar motivações
imbuídas de parcialidade, determinadas por favoritismo ou arbitrariedade na prática dos atos procedimentais.
O princípio da transparência só pode ter efetividade e controlo se estiver associado ao princípio da
publicidade, na medida em que este último impõe que sejam dados a conhecer a todos os potenciais

1
V. n.º 5 do artigo 67.º do CCP.

7
interessados os elementos fundamentais dos procedimentos pré-contratuais, com vista a proporcionar a maior
concorrência, e assim demonstrando a clareza e conformidade legal da tramitação procedimental dos
contratos outorgados pela Administração Pública, permitindo a sua sindicância por parte dos cidadãos.
De um modo geral, todas as regras de publicitação, notificação de atos procedimentais, bem como de
deveres de tomada decisão e fundamentação concretizam o princípio da transparência. No próprio Código
dos Contratos Públicos, o princípio da transparência reflete-se na prévia fixação de todas as regras e condições
essenciais do contrato a celebrar no procedimento pré-contratual.

8
ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO CCP

Os procedimentos que as entidades adjudicantes devem adotar na formação de contratos cujo objeto
abranja prestações que estão ou sejam suscetíveis de estar submetidas à concorrência de mercado
encontram-se definidos no n.º 1 do artigo 16.º do CCP, nomeadamente:
a) Ajuste direto;
b) Consulta prévia;
c) Concurso público;
d) Concurso limitado por prévia qualificação;
e) Procedimento de negociação;
f) Diálogo concorrencial;
g) Parceria para a inovação.
Estabelece no n.º 2 que para efeitos do estatuído “(…) no número anterior, consideram-se submetidas
à concorrência de mercado, designadamente, as prestações típicas abrangidas pelo objeto dos seguintes
contratos, independentemente da sua designação ou natureza:
a) Empreitada de obras públicas;
b) Concessão de obras públicas;
c) Concessão de serviços públicos;
d) Locação ou aquisição de bens móveis;
e) Aquisição de serviços;
f) Sociedade.”
Para efeitos de aplicação da disciplina vertida no CCP, entende-se por:
 EMPREITADA DE OBRAS PÚBLICAS: o contrato oneroso que tenha por objeto quer a execução quer,
conjuntamente, a conceção e a execução de uma obra pública que se enquadre nas subcategorias
previstas no regime de ingresso e permanência na atividade de construção, considerando-se, para
este efeito, obra pública o resultado de quaisquer trabalhos de construção, reconstrução,
ampliação, alteração ou adaptação, conservação, restauro, reparação, reabilitação, beneficiação e
demolição de bens imóveis executados por conta de um contraente público (cfr. artigo 343.º);
 CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS: o contrato pelo qual o cocontratante se obriga à execução ou à
conceção e execução de obras públicas, adquirindo em contrapartida o direito de proceder, durante
um determinado período, à respetiva exploração, e, se assim estipulado, o direito ao pagamento
de um preço (cfr. n.º 1 do artigo 407.º);
 CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS: o contrato pelo qual o cocontratante se obriga a gerir, em nome
próprio e sob sua responsabilidade, uma atividade de serviço público, durante um determinado
período, sendo remunerado pelos resultados financeiros dessa gestão ou, diretamente, pelo
contraente público (cfr. n.º 2 do artigo 407.º);

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 AQUISIÇÃO DE BENS MÓVEIS: o contrato pelo qual um contraente público compra bens móveis a um
fornecedor (cfr. artigo 437.º);
 AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS: o contrato pelo qual um contraente público adquire a prestação de um ou
vários tipos de serviços mediante o pagamento de um preço (cfr. artigo 450.º);
 LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS: o contrato pelo qual um locador se obriga a proporcionar a um contraente

público o gozo temporário de bens móveis, mediante retribuição, compreendendo a locação


financeira e a locação que envolva a opção de compra dos bens locados (cfr. artigo 431.º).

Todas as pessoas coletivas que sejam consideradas entidades adjudicantes são obrigadas a cumprir
o estabelecido no CCP.

Em caso de dúvidas quanto ao enquadramento de uma despesa na disciplina constante do CCP, e,


enquadrando-se, qual o caminho a seguir, o Fluxograma 1., de uma forma muito simples, poderá auxiliar nos
primeiros passos a tomar.

Fluxograma 1.

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A CONTRATAÇÃO EXCLUÍDA – DO ARTIGO 5.º AO ARTIGO 6.º-A

Antes de passarmos à escolha dos procedimentos pré-contratuais propriamente ditos, é necessário


deixar algumas notas relativas à contratação excluída.
As presentes normas indicam um rol de contratos cuja formação se encontra parcialmente subtraída
da aplicação do CCP, por estarem isentos da aplicação da Parte II, ou seja, do artigo 16.º ao artigo 277.º.
No entanto, tal não significa que estes contratos não estejam sujeitos ao cumprimento de outras
obrigações, nomeadamente aos princípios inerentes à atividade administrativa e à contratação pública ou o
regime substantivo dos contratos. Focar-nos-emos nas normas que mais se destacam no dia-a-dia da
Universidade do Minho.
O n.º 1 do artigo 5.º exclui da Parte II do CCP os contratos cujas prestações – quer pela sua natureza,
pelas suas características, quer pela posição relativa das partes no contrato ou do contexto da sua formação
– não estejam suscetíveis de serem submetidas à concorrência.
No artigo 5.º-A é aplicável aos chamados “contratos in house”, celebrados entre uma entidade pública
e outra que nada mais é do que o seu prolongamento. Sendo assim, a Parte II do CCP não é aplicável à
formação dos contratos públicos celebrados por entidades adjudicantes com uma outra entidade quando se
verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:
1. A entidade adjudicante, no caso a Universidade do Minho, exerça sobre a atividade da outra
entidade controlo análogo ao que exerce sobre os seus próprios serviços;
2. A entidade controlada desenvolva mais de 80% da sua atividade no desempenho de funções
que lhe foram confiadas pela entidade adjudicante;
3. Não haja participação direta de capital privado na entidade controlada, com exceção de formas
de participação de capital privado sem poderes de controlo.
De acordo com o artigo 6.º-A, a Parte II do CCP não é aplicável à formação dos contratos públicos que
tenham por objeto a aquisição de serviços sociais e de outros serviços específicos referidos no anexo IX do
CCP – cfr. Figura 1., exceto se o valor do contrato for igual ou superior ao limiar previsto na al. d) do n.º 3 do
artigo 474.º, ou seja, 750.000,00€. Nestes casos, aplica-se a parte II do CCP, com as adaptações dos artigos
250.º-A a 250.º-C.
Nestas situações, o pedido de aquisição dos serviços em questão deve ser submetido ao órgão
competente com o enquadramento da prestação respetiva, fundamentando de facto e de direito. Aliás, de
acordo com a última parte do n.º 1 do artigo 5.º-B, deve ser sempre feita menção à norma que fundamenta
a não aplicação da Parte II ao contrato em causa.

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Figura 1 – Anexo IX – Lista de serviços de saúde, serviços sociais, serviços de ensino, serviços artístico-culturais e outros
serviços específicos

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O caso especial do Decreto-Lei n.º 60/2018
O Decreto-Lei n.º 60/2018, de 3 de agosto, veio estabelecer um regime excecional de aquisição de
bens e serviços, que pode ser adotado em situações devidamente fundamentadas, procedendo à simplificação
de procedimentos administrativos necessários à prossecução de atividades de investigação e desenvolvimento
(I&D) (cfr. artigo 1.º do referido diploma).
Resulta do disposto naquele diploma que os contratos de locação ou aquisição de bens móveis e
aquisição de serviços necessários para o desenvolvimento de atividades de I&D, cujo valor seja inferior aos
limiares relevantes para os efeitos da Diretiva dos contratos públicos (215.000,00€, atualmente2), estão
excluídos da aplicação da parte II do Código dos Contratos Públicos (cfr. n.º 1 do artigo 3.º), o que significa
que não existe obrigação de adoção de procedimentos pré-contratuais, relativos a aquisição de bens e serviços,
nomeadamente e entre outros, cujo objeto abranja prestações que estão ou sejam suscetíveis de estar
submetidas à concorrência de mercado. O diploma referido introduz ainda várias medidas que visam
simplificar e desburocratizar os procedimentos seguidos pelas entidades financiadoras da ciência e tecnologia
e melhorar a articulação entre estas e os respetivos beneficiários.
À semelhança do que se verifica nas situações anteriores (artigo 5.º, 5.º-A e 6.º-A), o facto de o
legislador excluir estes contratos da aplicação da parte II do CCP não significa, no entanto, que, dada a
natureza deste tipo de contratos, públicos e administrativos, os respetivos procedimentos de aquisição de
bens e serviços não estejam sujeitos a qualquer tipo de regras. Pelo contrário, mantém-se o dever de
observância dos princípios da legalidade, da prossecução do interesse público, da imparcialidade, da
proporcionalidade, da boa-fé, da tutela da confiança, da sustentabilidade e da responsabilidade, princípios
gerais da atividade administrativa bem como os princípios da concorrência, da publicidade e da transparência,
da igualdade de tratamento e da não discriminação, princípios basilares da contratação pública, previstos no
n.º 1 do artigo 1.º-A do Código dos Contratos Públicos.
Com vista a salvaguardar os princípios acima referidos nestas situações, a UMinho aprovou o
Regulamento relativo à definição dos procedimentos internos a adotar na Aquisição ou Locação de Bens ou
Aquisição de Serviços para Atividades de I&D na Universidade do Minho, nos termos do previsto no Decreto-
Lei n.º 60/2018, de 3 de agosto, pela Deliberação do Conselho de Gestão n.º 30/2022, de 15 de dezembro.

2
Os montantes dos limiares europeus, para efeito de publicitação obrigatória de anúncio no Jornal Oficial da União Europeia, são os
previstos, nomeadamente, no artigo 4.º da Diretiva 2014/24/UE. São revistos de dois em dois anos e implementados através de
Regulamentos delegados da Comissão Europeia. No que se refere aos contratos públicos de fornecimentos de bens e de prestação
de serviços, foi aquele limiar fixado, a partir de 1 de janeiro de 2022, em € 215.000, relativamente a outras entidades adjudicantes
que não o Estado (cfr. Regulamento Delegado 2021/1952).

13
A ESCOLHA DO PROCEDIMENTO

No momento em que a entidade adjudicante se depara com uma necessidade de contratar – aquisição
ou locação de bens, aquisição de serviços e empreitadas de obras públicas – deve escolher o procedimento
a adotar. E é aqui que o CCP consagra fundamentalmente dois critérios para escolha do tipo de procedimento:
em função do preço base e com base em critérios materiais.
Em regra, deve ser utilizado o critério em função do preço base do procedimento – sendo apenas neste
ponto que nos focaremos na tabela abaixo; os critérios materiais serão abordados no ponto seguinte. No que
concerne ao preço base, este diz respeito ao preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela
execução de todas as prestações que constituem o objeto do contrato, nos termos no n.º 1 do artigo 47.º. A
fixação do preço base deve ser sempre fundamentada com base em critérios objetivos.
No n.º 1 do artigo 16.º do CCP estão previstos e regulados os seguintes tipos de procedimentos para
a formação de contratos públicos:
a) Ajuste direto;
b) Consulta prévia;
c) Concurso público;
d) Concurso limitado por prévia qualificação;
e) Procedimento de negociação;
f) Diálogo concorrencial;
g) Parceria para a inovação.
Na medida em que os tipos de procedimentos mais utilizados a nível interno (e também a nível
nacional) são os indicados nas alíneas a) a d), seguirá uma breve identificação dos mesmos na tabela seguinte:

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Fundamentação
TIPOS DE PROCEDIMENTOS Valor máximo do contrato a celebrar
Legal
 Inferior a 20.000,00€ (aquisição de
20.º, n.º 1, al. d)
Regime Convite a 1 só bens e serviços)
normal entidade  Inferior a 30.000,00€ (empreitada de
19.º, al. d)
obras públicas)
Ajuste Direto
Convite a 1 só  Até 5.000,00€ (aquisição de bens e
Regime entidade/ diretamente serviços)
128.º, n.º 1
simplificado sobre fatura ou doc.  Até 10.000,00€ (empreitada de obras
equivalente públicas)
 Inferior a 75.000,00€ (aquisição de
20.º, n.º 1, c)
bens e serviços)
Consulta Prévia Convite a 3 ou mais entidades
 Inferior a 150.000,00€ (empreitada de
19.º, c)
obras públicas)
20.º, n.º 1, al. b)
• Até 215.000,00€ (aquisição de bens e
+
Âmbito nacional serviços)
474.º, n.º 3, al. c)
(Publicitado apenas no Diário da
República) 19.º, al. b)
• Até 5.382.000,00€ (empreitada de
Concurso Público +
obras públicas)
474.º, n.º 3, al. a)
Âmbito internacional Qualquer que seja valor (obrigatório se 20.º, n.º 1, al. a)
(Publicitado também no Jornal Oficial acima dos montantes indicados na linha +
da União Europeia) acima) 19.º, al. a)

Nos mesmos termos do concurso público. Principal diferença:


Concurso limitado por
- Fase da apresentação de candidaturas e qualificação dos candidatos; 162.º a 192.º
prévia qualificação
- Fase da apresentação e análise das propostas.

Tabela 1 – Identificação dos procedimentos para formação de contratos

15
No que concerne à escolha do procedimento é necessário ter especial atenção ao princípio da unidade
do objeto contratual e o princípio da unidade da despesa. Diz-nos o n.º 8 do artigo 17.º que “O valor do
contrato não pode ser fracionado com o intuito de o excluir do cumprimento de quaisquer exigências legais,
designadamente, das constantes do presente Código”. Acresce o artigo 22.º que:
“1 - Quando prestações do mesmo tipo, suscetíveis de constituírem objeto de um único contrato,
sejam contratadas através de mais do que um procedimento, a escolha do procedimento a adotar
deve ser efetuada tendo em conta:
a) O somatório dos valores dos vários procedimentos, caso a formação de todos os contratos a
celebrar ocorra em simultâneo; ou
b) O somatório dos preços contratuais relativos a todos os contratos já celebrados e do valor de todos
os procedimentos ainda em curso, quando a formação desses contratos ocorra ao longo do período
de um ano, desde que a entidade adjudicante, aquando do lançamento do primeiro procedimento,
devesse ter previsto a necessidade de lançamento dos procedimentos subsequentes.”
Efetivamente, caso surja um conjunto de prestações que possam constituir o mesmo objeto, não se
poderá dividi-las em vários contratos, no caso de se pretender adotar um procedimento pré-contratual de
tramitação mais célere, com uma obrigação menos exigente de abertura à concorrência, defraudando os
limites quantitativos previstos nos artigos 19.º, 20.º e 21.º.
Dever-se-á, pelo contrário, escolher o procedimento pré-contratual com base no somatório dos valores
dos procedimentos ocorridos em simultâneo, ou, caso a aquisição das prestações em causa ocorra ao longo
do período de um ano, dos preços contratuais relativos a todos os contratos já celebrados e do valor dos
procedimentos ainda em curso que abarquem prestações do mesmo tipo, suscetíveis de constituírem objeto
de um único contrato.

16
TRAMITAÇÃO PROCEDIMENTAL

Independentemente do tipo de procedimento, o seu início dá-se sempre, em simultâneo, com:


✓ a decisão de contratar, na qual se define o objeto do contrato, com rigor técnico e funcional,
fundamentando, devidamente, a necessidade e o interesse público de contratar;
✓ a decisão de autorização da despesa inerente ao contrato a celebrar (o cabimento orçamental
da despesa deve ser sempre previamente assegurado), pelo órgão competente para a decisão
de contratar, isto é, aquele que detém as competências próprias ou delegadas para autorizar
as despesas inerentes;
✓ a decisão de escolha do procedimento, pelo órgão competente para a decisão de contratar;
✓ a decisão de aprovação peças do procedimento, pelo órgão competente para a decisão de
contratar (cfr. Anexos II, III e IV para os procedimentos de ajuste direto, consulta prévia e
concurso público, respetivamente).
O caderno de encargos é uma peça comum em todos os procedimentos, pois diz respeito às
cláusulas a incluir no contrato a celebrar, ou seja, é nesta peça do procedimento que a
entidade adjudicante dá a conhecer as condições técnicas e jurídicas de execução do
contrato, com as quais está disposta a contratar.
Note-se que, se os encargos previsíveis decorrentes do contrato a celebrar forem suportados em mais
de um ano económico ou em ano diferente do da sua aprovação, é necessário fazer menção expressa na
decisão de contratar. Além disso, se o encargo previsível para o ano que não seja o da sua autorização for
superior a 99.760,00€ ou o prazo de execução superior a 3 anos, a despesa deverá ser aprovada, em
princípio, através de um Despacho de Extensão de Encargos, publicado em Diário da República3.
Cada procedimento tem as suas peças, as quais devem ser aprovadas pelo órgão competente para a
decisão de contratar (cfr. Anexos II, III e IV para os procedimentos de ajuste direto, consulta prévia e concurso
público, respetivamente).
O caderno de encargos é uma peça comum em todos os procedimentos, pois diz respeito às cláusulas
a incluir no contrato a celebrar, ou seja, é nesta peça do procedimento que a entidade adjudicante dá a
conhecer as condições técnicas e jurídicas em que está disposta a contratar.

3
V. artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho (repristinado).

17
PROCEDIMENTOS PRÉ-CONTRATUAIS
Ajuste Direto e Consulta Prévia

Convite
O ajuste direto traduz-se no convite direto a uma única entidade para a apresentação de proposta,
enquanto a consulta prévia se traduz no convite a três ou mais entidades para a apresentação de propostas,
até aos respetivos limites do procedimento, conforme indicado na tabela 1.
A consulta prévia e o ajuste direto são, portanto, considerados procedimentos fechados, isto é, não
são publicitados mediante anúncio e, como tal, não são totalmente abertos à concorrência, sendo que a
escolha das entidades é feita discricionariamente pela entidade adjudicante. Assim, na decisão de contratar
deve constar a entidade ou as entidades que o órgão competente escolhe convidar para apresentar proposta.
Esta escolha não poderá ser feita de forma arbitrária, devendo ser adotadas as regras constantes do
n.º 2 do artigo 113.º. Desde logo, não podem ser convidadas a apresentar propostas entidades às quais a
entidade adjudicante já tenha adjudicado, no ano económico em curso e nos dois anos económicos anteriores,
na sequência de ajuste direto ou consulta prévia no regime geral (ou seja, sem ser em função de critérios
materiais), propostas para a celebração de contratos cujo preço acumulado seja igual ou superior aos limites
para a adoção daqueles procedimentos, como consta da tabela 1.
Além disso, o n.º 6 do artigo 113.º refere que não podem ser convidadas a apresentar propostas
entidades relacionadas com as entidades referidas nos n.ºs 2 e 5 – ou seja, não podem ser convidadas
entidades que partilhem, ainda que parcialmente, representantes legais ou sócios, ou as sociedades que se
encontrem em relação de simples participação, de participação recíproca, de domínio ou de grupo, com
entidades que já estejam “bloqueadas” pelo n.º 2 do artigo 113.º 4. Esta violação constitui contraordenação
muito grave nos termos da alteração à alínea a) do artigo 456.º.
De forma a que a Universidade do Minho possa garantir o cumprimento desta norma, nos
procedimentos de ajuste direto (regime simplificado ou regime geral) e nos procedimentos de consulta prévia,
as entidades, para que possam ser convidadas, devem preencher uma declaração sob compromisso de honra
(cfr. Anexo V), que deve ser acompanhada de certidão permanente e, se aplicável, procuração, para confirmar
os poderes da pessoa que assina essa mesma declaração, que vincula a entidade.
As peças do procedimento do ajuste direto e da consulta prévia são o caderno de encargos e o convite
(cfr. Anexos II e III).
Nos termos do n.º 4 do artigo 115.º, o convite e a proposta devem ser enviados através de meios
eletrónicos, não sendo obrigatória a utilização de plataforma eletrónica. Entendemos, no entanto, que a
utilização de plataforma eletrónica assegura mais eficazmente a fidedignidade e a integridade material da
documentação nela contida e salvaguarda de forma mais eficaz os princípios subjacentes à contratação

4
Não podem ser convidadas, também, entidades que estejam especialmente relacionadas com entidades que tenham
fornecido bens móveis ou prestado serviços à entidade adjudicante, a título gratuito, no ano económico em curso ou nos
dois anos económicos anteriores, exceto se o tiverem feito ao abrigo do Estatuto do Mecenato.

18
pública, mais concretamente o princípio da transparência, razão pela qual deva ser solicitada e fundamentada
junto do órgão competente para a decisão de contratar a tramitação do procedimento por e-mail (por exemplo,
por se tratar de aquisição de serviços a entidade singular ou aquisição de bens ou serviços a entidade
estrangeira).
O prazo para a apresentação das propostas é fixado livremente, devendo ser tido em conta – para
estes e para todos os outros procedimentos – o tempo necessário à sua elaboração, em função da natureza,
das características, do volume e da complexidade das prestações objeto do contrato a celebrar.
Estando as peças do procedimento em condições de serem aprovadas pelo órgão competente para a
decisão de contratar, são as mesmas submetidas à sua apreciação e eventual e consequente autorização.
Como breve nota, o ajuste direto simplificado consubstancia o convite a uma só entidade, sendo o
pagamento da despesa inerente feito diretamente sobre fatura ou documento equivalente, sem necessidade
de quaisquer outras formalidades, não podendo exceder os limites também já indicados na tabela 1 e, de
igual forma, os do artigo 113.º. O seu prazo de vigência não pode ser superior a três anos e não pode ser
prorrogado.

Apresentação das propostas


Após aprovação das peças pelo órgão competente para a decisão de contratar e autorizada a respetiva
despesa, o convite e o caderno de encargos são enviados às entidades a convidar que constam da decisão
de contratar, em regra, através da plataforma eletrónica, podendo, excecionalmente, ser feito através de
correio eletrónico, conforme já referido.
As entidades concorrentes devem apresentar a proposta no prazo fixado no convite. A proposta nada
mais é do que a declaração pela qual o concorrente manifesta à entidade adjudicante a sua vontade de
contratar e o modo pelo qual se dispõe a fazê-lo5. Esta deve ser constituída pela declaração do anexo I ao
CCP, por documentos que contenham os atributos da proposta6 ou por quaisquer outros documentos exigidos
no convite.

Adjudicação
Após o término do prazo para apresentação das propostas, as propostas devem ser abertas. No ajuste
direto e nos casos em que o júri é dispensado na consulta prévia, as propostas devem ser analisadas 7 e
avaliadas pelas pessoas em quem foram delegadas competências para tal na decisão de contratar.
No ajuste direto e nos casos em que seja apresentada apenas uma proposta, procede-se à sua análise8,
sendo aceite caso esteja tudo conforme o estabelecido nos artigos 70.º e 146.º do CCP, elaborando-se o
projeto de decisão, o ofício de adjudicação e a minuta de contrato, se aplicável.

5
V. artigo 56.º.
6
V. definição de ‘atributos’ no ponto Figuras/noções importantes.
7
V. definição e diferença entre ‘análise e avaliação de propostas’ no ponto Figuras/noções importantes.
8
Não há avaliação da proposta quando é apresentada apenas uma.

19
Nos casos de consulta prévia em que são apresentadas 2 ou mais propostas, deve proceder-se à sua
análise e, se admitidas, à respetiva avaliação e ordenação, de acordo com o critério de adjudicação9. Nesta
fase é elaborado o relatório preliminar (cfr. Anexo V), que é notificado a todos os concorrentes, dando-lhes
prazo para se pronunciarem sobre o seu conteúdo, se assim entenderem, ao abrigo do direito de audiência
prévia.
Não havendo pronúncias deve ser elaborado o relatório final com a proposta de adjudicação final, ou,
caso existam, fundamentar a manutenção da decisão inicial ou a mudança de decisão.
A minuta do contrato e a proposta de adjudicação (com o projeto de decisão ou relatório final em anexo
– cfr. Anexos VI, VII e VIII) devem ser submetidos ao órgão competente para autorização da adjudicação.
Depois de autorizados, devem os três documentos ser notificados aos concorrentes e ao adjudicatário,
juntamente com a notificação para apresentação dos documentos de habilitação.
Relativamente à minuta do contrato, note-se que a mesma deve espelhar todo o conteúdo do contrato
a celebrar, apenas ficando por preencher questões como o representante do Segundo Outorgante, as
referências dos documentos de despesa e a data de assinatura do contrato, na medida em que são
informações que só se saberão em fase posterior à entrega dos documentos de habilitação.
A partir da notificação da adjudicação, o adjudicatário tem 2 dias para reclamar da minuta do contrato
ou aceitar expressamente o seu conteúdo. Passando este prazo sem qualquer pronúncia do adjudicatário, a
minuta do contrato considera-se tacitamente aceite.

Documentos de Habilitação
Os documentos de habilitação dizem respeito aos documentos comprovativos de que o adjudicatário
preenche os requisitos estabelecidos na lei e no programa do procedimento como necessários para a
celebração do contrato. Destina-se a verificar se o adjudicatário tem capacidade e idoneidade moral,
profissional e cívica para contratar, a sua situação fiscal, designadamente por ausência de impedimentos
legais e pela titularidade das habilitações profissionais exigidas.
Há requisitos que são comuns a todos os procedimentos, como os documentos comprovativos de que
não se verifica qualquer dos impedimentos legais para contratar que constam do artigo 55.º e, bem assim, a
declaração sob compromisso de honra – anexo II ao CCP. Além destes, podem ser exigidos documentos
comprovativos da titularidade de habilitações legalmente exigidas para, por exemplo, prestar determinados
serviços. Esta exigência deve constar no convite ou programa do procedimento.
No que respeita ao artigo 83.º-A, importa referir as situações em que, a título unicamente excecional,
as entidades estrangeiras não conseguem apresentar os documentos que são exigidos em Portugal. Nestes
casos, poder-se-á aceitar a apresentação de uma declaração solene, sob compromisso de honra, feita perante
autoridade judicial ou administrativa competente, um notário, ou um organismo profissional qualificado,
apresentada pelo adjudicatário (cfr. a título de exemplo – Anexo X).

9
V. definição de ‘critério de adjudicação’ no ponto Figuras/noções importantes.

20
A não apresentação destes documentos levará à caducidade da adjudicação e constitui uma
contraordenação muito grave10.
O prazo para a apresentação dos documentos de habilitação é fixado no convite e pode ser prorrogado
uma vez, por solicitação do adjudicatário formulada ao órgão competente para a decisão de contratar, por
prazo não superior a 5 dias úteis.
Depois de apresentados os documentos de habilitação e verificada a sua conformidade deve ser
emitida a nota de encomenda para a elaboração do contrato.
No caso de se tratar de um procedimento de formação de um contrato de empreitada, o adjudicatário
deve apresentar documento comprovativo da titularidade de alvará ou certificado de empreiteiro de obras
públicas, emitido pelo Instituto dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção, I. P. (IMPIC, I. P.),
contendo as habilitações adequadas e necessárias à execução da obra a realizar (n.º 2 do artigo 81.º do CCP
e artigo 3.º da Portaria n.º 372/2017, de 14 de dezembro).

Contrato
Depois de redigido o contrato, em que se preenche toda a informação que falta da minuta do contrato
já aprovada, deve o mesmo ser enviado para o Segundo e Primeiro Outorgantes, respetivamente, para
assinatura, por regra, eletrónica. O contrato assinado deve ser publicitado no Portal BaseGov, publicitação
esta que é condição de eficácia, nomeadamente para efeitos de quaisquer pagamentos, nos termos do n.º 3
do artigo 127.º, devendo ser efetuada até 20 dias úteis após a outorga do contrato, nos termos da al.
j) do artigo 8.º da Portaria n.º 57/2018, de 26 de fevereiro.

10
V. al. b) do artigo 456.º.

21
Esquema 1 - Fluxo sucinto dos procedimentos de ajuste direto e consulta prévia

22
Os Critérios Materiais
O critério mais comum – e regra – para a escolha de um procedimento assenta no valor do(s)
contrato(s) que se pretende(m) celebrar.
No entanto, fundamentalmente por razões de interesse público, entendeu o legislador necessário
proceder à criação de procedimentos adotados com base em critérios materiais. Nestes casos, os valores e
princípios que se encontram na base da adoção de um critério material compensam a colisão com o princípio
da concorrência, desde que devidamente fundamentado. Ou seja, pode ser adotado um procedimento
restritivo da concorrência, mesmo para contratos com valores superiores aos fixados nos artigos 19.º e 20.º,
e livre dos limites do artigo 113.º, desde que observados os requisitos aplicáveis.
Assim, nos termos do disposto no artigo 23.º, a escolha de um procedimento com fundamento nos
artigos 24.º a 27.º permite a celebração de contratos de qualquer valor, salvo exceções expressamente
previstas.
De forma muito sucinta, de acordo com o n.º 1 do artigo 24º é possível adotar um procedimento em
função de critérios materiais quando11:
✓ As alíneas a) e b) regulamentam a possibilidade de adoção do ajuste direto, independentemente
do objeto e do valor do contrato, quando o procedimento pré-contratual anterior tenha ficado
deserto;
✓ No entanto, nos casos em que o valor do procedimento é superior aos limiares comunitários:
 No procedimento de concurso público, é possível a adoção do ajuste direto quando todas
as propostas são excluídas com fundamento na primeira parte da alínea a) do n.º 2 do artigo
70.º, ou seja, quando as propostas apresentadas desrespeitem manifestamente o objeto do
contrato a celebrar. Nestas situações, considera-se que a proposta é inadequada, sendo que
as propostas são inadequadas quando inutilizáveis, irrelevantes para o contrato e que são
manifestamente incapazes de satisfazer as necessidades e os requisitos da entidade
adjudicante conforme especificado nos documentos do procedimento;
 Nos concursos limitados por prévia qualificação, é possível a adoção do ajuste direto quando
as candidaturas tenham sido excluídas com fundamento nas alíneas c), j) ou l) do n.º2 do
artigo 184.º.
✓ Nos casos em que o procedimento é inferior aos limiares comunitários:
 É possível a adoção do ajuste direto quando as propostas ou as candidaturas tenham sido
excluídas por qualquer dos fundamentos de exclusão legalmente admitidos;
✓ Para adoção do critério material em causa, é necessário salvaguardar os seguintes pontos: a
inalterabilidade substancial das peças do procedimento; e o prazo de 6 meses a contar da
ocorrência de cada evento (termo do prazo para apresentação de candidaturas ou de propostas
ou decisão de exclusão das candidaturas ou das propostas).

11
Deve ter-se em atenção que para a adoção de qualquer critério material é necessário o preenchimento de todos os
requisitos inerentes, devendo averiguar-se casuisticamente se os mesmos estão cumpridos.

23
✓ Por motivos de urgência imperiosa, resultante de acontecimentos imprevisíveis pela entidade
adjudicante, não possam ser cumpridos os prazos inerentes aos demais procedimentos;
✓ As prestações do seu objeto se destinem a permitir a prestação de um serviço público de
telecomunicações;
✓ As prestações que constituem o objeto do contrato só possam ser confiadas a determinada
entidade por uma das seguintes razões: o objeto do procedimento seja uma criação ou aquisição
de uma obra de arte ou de um espetáculo artístico; por não existir concorrência por motivos
técnicos; por ser necessário proteger direitos exclusivos, incluindo direitos de propriedade
intelectual.
Nos termos do disposto no artigo 25º, nas empreitadas de obras públicas pode ser adotado um
procedimento com base em critérios materiais quando:
✓ As novas obras consistam em obras similares a outras objeto do contrato anterior, desde que
cumpridos cumulativamente os requisitos das subalíneas da al. a) do n.º 1 do artigo 25.º;
✓ Se trate de obras para fins de investigação, de experimentação, de estudo ou de desenvolvimento,
desde que a realização dessas obras não se destine a assegurar a obtenção de lucro, nem a
amortizar o custo dessas atividades, sendo que o valor não pode ser superior ao limiar
comunitário12;
✓ Se trate de obras a realizar ao abrigo de um acordo-quadro, de acordo com a al. a do n.º 1 do
artigo 252.º.
O fluxo do procedimento é similar ao do ajuste direto, pelo que se remete para o ponto anterior.

12
Artigo 474.º, n.º 3, al. a).

24
Concurso Público
O concurso público é um procedimento, em princípio, aberto a todas as entidades que tenham
capacidade e interesse em celebrar o contrato de acordo com os requisitos estabelecidos pela entidade
adjudicante. Este é o procedimento que mais favorece a livre concorrência, pelo que é o que, à partida, mais
benefícios traz às entidades adjudicantes.
As peças do procedimento do concurso público são o programa do procedimento e o caderno de
encargos.
O procedimento tramita por plataforma eletrónica, na qual as entidades adjudicantes disponibilizam as
peças do procedimento, a partir da data da publicação do respetivo anúncio.
Os prazos mínimos para a apresentação de propostas encontram-se definidos na tabela infra,
contando-se a partir da data de envio, para publicação, do respetivo anúncio:

Prazo mínimo para apresentação


Concurso Público
de propostas

Aquisição de bens e serviços 6 dias


Nacional
Empreitada de obras públicas 14 dias

Aquisição de bens e serviços 30 dias


Internacional (poderá ser diminuído para 15 dias em casos
Empreitada de obras públicas de urgência devidamente fundamentada)
Tabela 2 – Prazos para a apresentação de propostas no concurso público

A publicitação do concurso público no Diário da República é feita através de anúncio conforme modelo
aprovado pela al. a) do n.º 1 do artigo 1.º da Portaria n.º 371/2017, de 14 de dezembro. Quando se trata de
concurso público com publicidade internacional, o anúncio é também publicado no Jornal Oficial da União
Europeia.
A tramitação do procedimento de concurso público é semelhante à já descrita para os procedimentos
de ajuste direto e consulta prévia, pelo que deve ser consultado o disposto nos pontos “Apresentação de
proposta”, “Adjudicação”, “Documentos de Habilitação” e “Contrato”, com as devidas adaptações.
Diferenças a destacar:
✓ No caso dos concursos públicos não há dispensa de júri;
✓ Elaborado o relatório preliminar, a audiência prévia não pode ser inferior a 5 dias;
✓ A partir da notificação da adjudicação, o adjudicatário tem 5 dias para reclamar da minuta
do contrato ou aceitar expressamente o seu conteúdo;
✓ Quando o preço contratual excede os 500.000,00€ é exigida caução e esta deve ser
apresentada pelo adjudicatário na mesma fase de apresentação dos documentos de
habilitação.

25
Esquema 2 - Fluxo sucinto do procedimento de concurso público.

26
Concurso Público Urgente
O concurso público urgente é um procedimento pré-contratual que, para ser adotado, deve obedecer
a um conjunto de requisitos, designadamente:
✓ Deve tratar-se, claro está, de um caso de urgência fundamentada;
✓ Para a aquisição de bens móveis ou serviços de uso corrente, o seu valor não deve exceder os
limiares previstos do artigo 474.º;
✓ Para empreitadas de obras públicas, o valor não deve ser superior a 300.000,00€;
✓ O critério de adjudicação adotado apenas pode ser o da proposta economicamente mais
vantajosa, na modalidade monofator;
✓ O prazo mínimo para a apresentação de propostas é de 24h, nas aquisições de bens ou
serviços, e de 72h nas empreitadas de obras públicas;
✓ O prazo de obrigação de manutenção das propostas é de 10 dias;
✓ É publicitado no Diário da República através de anúncio conforme o modelo aprovado pela al.
b) do n.º 1 do artigo 1.º da Portaria n.º 371/2017, de 14 de dezembro.
A este procedimento são aplicáveis as regras do concurso público normal, com exceção das
elencadas, no n.º 2 do artigo 156.º.

Concurso Limitado por Prévia Qualificação


Este procedimento é semelhante ao concurso público, no sentido em que se inicia com a publicitação
de anúncio, não havendo especiais condicionantes legais à sua utilização, sem prejuízo de a sua tramitação
procedimental ser mais complexa. A marca mais distintiva deste tipo procedimental, por comparação com o
concurso público, resulta do seu diferente faseamento13, que se desdobra em dois grandes momentos:
• A apresentação de candidaturas14 e qualificação dos candidatos;
• Apresentação, análise e avaliação das propostas.
Nos termos do artigo 52.º, é candidato a entidade que participa na fase de qualificação de um
concurso limitado por prévia qualificação, de um procedimento de negociação ou de um diálogo concorrencial,
mediante a apresentação de uma candidatura, demonstrando que preenche os requisitos mínimos de
capacidade exigidos pela entidade adjudicante.
A primeira fase do concurso limitado por prévia qualificação destina-se a encontrar os candidatos a
concorrentes à adjudicação e à sua seleção para esse efeito. Ou seja, respeita a todos os candidatos que se
apresentem a concurso, averiguando-se e valorando a sua capacidade técnica e financeira. O modelo de
seleção pode ser simples ou complexo.

13
V. artigo 163.º do CCP.
14
As candidaturas são apresentadas pelos agora candidatos; nos restantes procedimentos, os concorrentes apresentam
propostas.

27
A segunda fase é a de adjudicação, pelo que podem participar, através da apresentação de uma
proposta, as entidades qualificadas na primeira fase que são convidadas pela entidade adjudicante.

Procedimento de negociação 15

O procedimento de negociação rege-se pelas disposições que regulam o concurso limitado por prévia
qualificação, com as devidas adaptações. É, por isso, um procedimento pré-contratual em que, após
apresentação das candidaturas, a entidade adjudicante negoceia as condições do contrato com um ou mais
de entre os candidatos admitidos, constituindo-se pelas seguintes fases:
• A apresentação de candidaturas e qualificação dos candidatos;
• Apresentação e análise das versões iniciais das propostas;
• Negociação das propostas;
• Análise das versões finais das propostas e adjudicação.
Este tipo de procedimento é adotado quando não for objetivamente possível adjudicar o contrato
sem negociações prévias devido a circunstâncias específicas relacionadas com a sua natureza, complexidade,
montagem jurídica e financeira ou devido aos riscos a ela associados, ou ainda quando os bens e serviços
incluírem a conceção de soluções inovadoras.

Diálogo concorrencial 16

É um tipo de procedimento pré-contratual em que qualquer interessado pode solicitar a sua


participação e a entidade adjudicante conduz um diálogo com os candidatos admitidos nesse procedimento,
tendo em vista desenvolver uma ou várias soluções aptas a responder às suas necessidades e com base nas
quais os candidatos selecionados serão convidados a apresentar proposta.
A adoção deste tipo de procedimento visa obter soluções para as dificuldades das entidades
adjudicantes em setores de atividade complexos e em constante evolução, como por exemplo em setores de
alta tecnologia.

Parceria para a inovação 17

A parceria para a inovação é um tipo de procedimento que visa proporcionar à entidade adjudicante
a realização de atividades de investigação e o desenvolvimento de bens, serviços ou obras inovadoras,
independentemente da sua natureza e das áreas de atividade, tendo em vista a sua aquisição posterior, desde
que estes correspondam aos níveis de desempenho e preços máximos previamente acordados entre aquela
e os participantes na parceria.
As fases são as seguintes:

15
V. artigos 193.º e seguintes.
16
V. artigos 204.º e seguintes.
17
V. artigos 218.º-A e seguintes.

28
• Fase de apresentação das candidaturas, podendo a respetiva seleção incluir a qualificação
dos concorrentes, quando se trate do desenvolvimento de projetos dotados de especial
complexidade;
• Fase de apresentação de propostas de projetos de investigação e desenvolvimento;
• Fase de análise das propostas de projetos de investigação e celebração da parceria.

Concurso de Conceção
Trata-se, aqui, de um instrumento procedimental especial que visa selecionar um ou vários trabalhos
de conceção, ao nível de um programa base ou similar, designadamente nos domínios artístico, de
ordenamento do território, do planeamento urbanístico, da arquitetura, da engenharia ou do processamento
de dados (cfr. artigo 219.º-A, n.º 1 do Código dos Contratos Públicos).
O concurso de conceção consubstancia a fórmula procedimental facultada à entidade adjudicante
para a obtenção de planos, projetos ou criações concetuais, através de uma tramitação que favorece o
anonimato dos participantes e a consequente imparcialidade do decisor público.
Este instrumento procedimental especial não se encontra elencado no n.º 1 do artigo 16.º do CCP,
porquanto a entidade adjudicante pode usar esta faculdade de modo autónomo de qualquer contrato público
futuro, isto é, o objeto do concurso de conceção não consiste na celebração de um contrato. A entidade
adjudicante limita-se a selecionar um ou mais trabalhos de conceção, não tendo adjudicado qualquer proposta
para a celebração de um contrato.
Certamente que a entidade adjudicante poderá querer que seja o ou um dos autores do trabalho de
conceção selecionado a desenvolver o projeto pretendido, o que se traduzirá na necessidade de celebração
de um contrato público, inserindo-se, assim, no tipo contratual previsto na al. e) do n.º 2 do artigo 16.º do
CCP – a aquisição de serviços. Ora, neste caso, a entidade adjudicante terá de adotar um “verdadeiro”
procedimento para a formação do contrato. Neste seguimento, a al. g) do n.º 1 do artigo 27.º e o n.º 2 do
artigo 219.º-A referem-se à possibilidade de adoção do procedimento de ajuste direto, sendo esta uma menção
obrigatória na elaboração dos Termos de Referência.
Integram este procedimento: os Termos de Referência, que devem indicar os elementos constantes
no artigo 219.º-D; o Programa Preliminar, que define objetivos, características orgânicas e funcionais e
condicionamentos financeiros da obra, bem como respetivos custos e prazos de execução a observar (com
base neste programa, o projetista elaborará o programa base); e a Decisão de Contratar, tal como nos
restantes procedimentos.
Depois de aprovado pelo órgão competente, o concurso de conceção é publicitado no Diário da
República, devendo ainda ser publicitado no Jornal Oficial da União Europeia, exceto se a entidade adjudicante
referir expressamente que não pretende adotar um ajuste direto ao abrigo do disposto na al. g) do n.º 1 do
artigo 27.º, e se o valor dos prémios for inferior aos limiares comunitários [alínea b) ou c) do n.º 3 do artigo
474.º].

29
Assegurando sempre o anonimato dos concorrentes, o júri procede à apreciação dos trabalhos de
conceção e seleciona os trabalhos vencedores, atribuindo-se-lhes os prémios respetivos, através de relatório
preliminar. Caso não haja pronúncias em fase de audiência prévia, são elaborados o relatório final e o ofício
de decisão de seleção.
Após a aprovação pelo órgão competente, os concorrentes devem ser todos notificados. No prazo de
30 dias a contar da decisão de seleção, deve ser enviado ao Serviço das Publicações da União Europeia um
anúncio conforme modelo constante do anexo X ao Regulamento de Execução (EU) n.º 2015/1986, da
Comissão, de 11 de novembro.
Os concorrentes cujos trabalhos de conceção tenham sido vencedores consideram-se selecionados
para efeitos de convite ao abrigo do ajuste direto nos termos do disposto na al. g) do n.º 1 do artigo 27.º.
Caso seja exigida titularidade de habilitações profissionais específicas, os concorrentes selecionados
devem apresentar documentos comprovativos das mesmas no prazo de 5 dias a contar da notificação da
decisão de seleção, de acordo com o disposto no n.º 5 do artigo 219.º-I.

30
PARTE III DO CCP – A EXECUÇÃO DO CONTRATO

Depois da análise da formação do contrato, cabe-nos fazer alusão à parte III do CCP, nomeadamente
ao regime substantivo dos contratos administrativos, aplicável à execução, modificação e extinção desses
mesmos contratos.
Para efeitos do CCP, entende-se o contrato administrativo como o acordo de vontades em que pelo
menos uma das partes é um contraente público e que se integram em qualquer uma das categorias a que se
reportam as alíneas do n.º 1 do artigo 280.º do CCP.
Este regime procura assegurar o cumprimento da imposição constitucional da prossecução do
interesse público, através dos poderes de autoridade atribuídos ao contraente público na fase da execução do
contrato, mas sem nunca perder de vista as garantias dos direitos dos cocontratantes.
Neste seguimento, são conferidos poderes18 ao contraente público que se destinam a assegurar a
funcionalidade da execução do contrato, no que concerne à realização do interesse público subjacente à
celebração do contrato – utilizados no estritamente necessário e não perturbando a execução do contrato –,
nomeadamente:
a) Poder de direção, essencialmente através da emissão de orientações, ordens ou diretivas,
sobre o sentido das escolhas necessárias nos domínios da execução técnica, financeira ou
jurídica das prestações contratuais, consoante o contrato em causa, e sempre no
pressuposto do cumprimento do contrato;
b) Poder de fiscalização técnica, financeira e jurídica da execução do contrato, mediante
pedidos de informação e inspeção de locais, equipamentos, documentação, entre outros,
no que apenas ao modo de execução do contrato diz respeito, permitindo determinar
correções e aplicar sanções em caso de desvio no que ficou estabelecido no contrato;
c) Poder de modificar unilateralmente cláusulas do contrato por razões de interesse público,
aplicar sanções previstas para a inexecução do contrato, resolver unilateralmente o contrato
ou ordenar a cessão da posição contratual do cocontratante para terceiro, poderes estes
que veremos de seguida.

18
Salvo quando outra coisa resultar da natureza do contrato ou da lei, nos termos do artigo 302.º do CCP.

31
O GESTOR DO CONTRATO
A figura do gestor do contrato foi uma das grandes novidades introduzidas pela alteração ao Código
dos Contratos Públicos que entrou em vigor no dia 1 de janeiro de 2018. Este novo sujeito do procedimento
é designado pela Universidade do Minho, enquanto entidade adjudicante, para, em seu nome, acompanhar
prudente e permanentemente a execução de contratos. Esta figura surge da responsabilidade que a entidade
adjudicante tem de defesa do interesse público subjacente ao contrato, velando e zelando sobre o
cumprimento pelo cocontratante das cláusulas contratuais.
O avanço legislativo em apreço vai ao encontro do reconhecimento da importância da atividade de
gestão de contratos públicos, insistentemente presente em recomendações já anteriormente formuladas pelo
Tribunal de Contas, daí que se considere de extrema importância abordar este tema no presente manual.

Funções
Dispõe o artigo 290.º-A que o contraente público deve designar um ou mais gestores do contrato,
com a função de acompanhar permanentemente a execução deste. Designando mais do que um gestor do
contrato, deve ficar definido de forma clara as funções e responsabilidades de cada um.
Tratando-se de contratos com especiais características de complexidade técnica ou financeira ou de
duração superior a 3 anos, o gestor do contrato deve elaborar indicadores de execução quantitativos e
qualitativos adequados a cada tipo de contrato, que permitam, entre outros aspetos, medir os níveis de
desempenho do cocontratante, a execução financeira, técnica e material do contrato.
O gestor do contrato tem, ainda, a obrigação de detetar desvios, defeitos ou outras anomalias na
execução do contrato e comunicá-los, de imediato, à Universidade do Minho, propondo, em relatório
fundamentado, as medidas corretivas adequadas.
Havendo acompanhamento permanente na execução do contrato, o gestor do contrato, ao deparar-
se com qualquer situação anormal, poderá agir de imediato, evitando, assim, o agravamento da situação
anómala ou que a mesma perdure no tempo. O gestor do contrato tem aqui a vantagem de funcionar como
um interlocutor de proximidade na relação contratual.
Podem ser delegados no gestor do contrato os poderes para a adoção das medidas corretivas que
forem consideradas necessárias, exceto no que respeita a matéria de modificação e de cessação do contrato.

Responsabilidades
O gestor do contrato atua em conformidade com as regras de boa gestão, sob pena de poder vir a
incorrer em responsabilidade civil e/ou criminal, acrescendo a responsabilidade disciplinar, caso o gestor do
contrato seja possuidor de vínculo contratual com a UMinho.

Aplicação
Esta figura, na forma como se encontra preceituada, levanta inúmeras questões que devem ser
colmatadas pelas entidades públicas, essencialmente através da criação de normativos internos, contendo

32
regras, princípios e boas práticas a observar na gestão dos contratos, tal como se pretende com o presente
Manual.
Quanto à sua aplicação, a figura do gestor do contrato deve existir em todos os contratos públicos
submetidos ao regime substantivo estabelecido na parte III, seja qual for a natureza ou o valor das prestações
contratuais, seja o contrato reduzido a escrito ou não, estando dispensado nos casos de ajuste direto
simplificado (cfr. n.º 3 do artigo 128.º).
Tendo presente a importância que esta figura reveste no âmbito dos procedimentos de contratação
pública, a escolha e seleção dos colaboradores que assumirão estas funções deverá ser feita de forma
criteriosa, assegurando a adequada formação para o exercício de funções.

Designação
A nomeação do gestor do contrato deve ocorrer antes do início da execução do contrato e a sua
identificação deve constar obrigatoriamente do seu teor, de acordo com a al. i) do n.º 1 do artigo 96.º do
Código dos Contratos Públicos. Não sendo feita, o contrato é nulo, salvo se essa identificação constar dos
documentos previstos no n.º 2 daquele artigo.
Apesar de o Código dos Contratos Públicos não estabelecer o momento em que o gestor do contrato
deve ser nomeado, entendemos que a designação do gestor do contrato deve ser feita na fase de adjudicação,
encontrando-se dependente de diligências posteriores (notificação e declaração de inexistência de conflitos).

33
Notificação
Após ser designada a pessoa para o exercício das funções de gestor do contrato, a mesma deve ser
notificada, de acordo com o exemplo infra:

Exmo(a). Senhor(a),

Nos termos da(o) deliberação/despacho do [indicar órgão competente], de [indicar data de


aprovação do ofício], sob o ofício ref.ª [indicar referência], notifica-se V. Exa. de que foi designado gestor do
contrato a celebrar, no âmbito do procedimento [indicar referência do procedimento], para [indicar objeto do
contrato a celebrar], por se considerar dotado dos conhecimentos técnicos necessários para a função a
desempenhar.
Enquanto gestor do contrato [da prestação de serviços/fornecimentos dos bens em causa], informa-
se que caberá a V. Exa. o acompanhamento permanente da execução do contrato a celebrar, decorrendo do
mesmo, nomeadamente, as seguintes obrigações [aplicar nos termos que forem estabelecidos na cláusula
do gestor do contrato, no caderno de encargos]:
✓ Fiscalizar o modo de execução do contrato, no âmbito das funções que lhe estão atribuídas,
respeitando os termos da al. b) do artigo 302.º e do artigo 305.º do Código dos Contratos Públicos
(CCP);
✓ Por se tratar de contrato com especiais características de complexidade técnica ou financeira/ Por
se tratar de contrato de longa duração, ou seja, __ meses/anos, o gestor do contrato deve elaborar
indicadores de execução quantitativos e qualitativos adequados ao presente contrato, que
permitam, entre outros aspetos, medir os níveis de desempenho do cocontratante, a execução
financeira, técnica e material do contrato [aplicável se estiver em causa uma das situações
indicadas no início deste ponto];
✓ Emitir Declaração de Aceitação do(s) bem(s) solicitado(s), aquando da entrega, ou, se assim se
verificar, informar o cocontratante da existência de discrepâncias com as características,
especificações e requisitos técnicos definidos nos Anexos do caderno de encargos/ Testes de
aceitação ao(s) bem(s) em causa; ou Verificar se os serviços solicitados foram prestados em
conformidade/ Verificar o cumprimento dos prazos; [adaptar; remeter para as cláusulas respetivas
do caderno de encargos];
✓ Entrar em contacto com o cocontratante, sempre que considere necessário, em tudo o que esteja
relacionado com a execução do contrato;
✓ Se o cocontratante não cumprir de forma exata e pontual as obrigações contratuais ou parte delas
por facto que lhe seja imputável, o gestor do contrato deve notificá-lo para cumprimento dentro de
um prazo razoável, respeitando os termos do artigo 325.º do CCP;
✓ Comunicar de imediato ao órgão competente qualquer situação de incumprimento persistente
(desvios, efeitos ou outras anomalias na execução do contrato), propondo, em relatório
fundamentado, as medidas corretivas adequadas ao incumprimento;
✓ … (entre outras)
Por fim, V. Exa., enquanto gestor do contrato, deve atuar em conformidade com as regras de boa
gestão, sob pena de poder vir a incorrer em responsabilidade civil e/ou criminal, acrescendo a
responsabilidade disciplinar.

34
Inexistência de conflitos
Nos termos do n.º 7 do artigo 290.º-A, a pessoa designada gestor de contrato, antes do início de
funções, deve subscrever a declaração de inexistência de conflitos, conforme modelo previsto no anexo XIII
ao CCP.
Ora, assim sendo, o gestor do contrato só poderá ter a certeza da inexistência de conflitos de
interesse após a aprovação da adjudicação e da minuta do contrato do respetivo procedimento (exceto nos
procedimentos de ajuste direto e consulta prévia), por ser apenas nesta fase que se tem conhecimento da
identificação do adjudicatário e futuro cocontratante. Ou seja, a cláusula respeitante ao gestor do contrato
deve constar da minuta do contrato, com a informação do gestor do contrato por preencher, devendo ser
preenchida apenas na fase de assinatura do contrato e após declaração de inexistência de conflitos de
interesse devidamente preenchida e assinada.

35
MODIFICAÇÃO OBJETIVA DO CONTRATO
À luz do princípio pacta sunt servanda, constante do n.º 1 do artigo 406.º do Código Civil, as
obrigações contratualmente assumidas pelas partes devem ser pontualmente cumpridas. Porém, em casos
muito específicos, a modificação dos contratos durante o seu período de vigência é possível, em derrogação
à regra geral.
Os contratos abrangidos pelo âmbito de aplicação do Código dos Contratos Públicos podem ser alvo
de alterações referentes ao seu objeto, podendo haver lugar, mediante a verificação de determinados
requisitos e respeitados certos limites, a uma modificação objetiva do contrato.
Entende-se por modificação objetiva do contrato a alteração do conteúdo das prestações contratuais
ou do modo da sua execução. As modificações tanto podem ser quantitativas (aumento ou redução das
prestações contratuais), como qualitativas (introdução de prestações novas e de conteúdo diferente ou
substituição de prestações previstas no contrato).

!
Regra geral, se uma autoridade adjudicante pretender, por exemplo, adquirir obras, fornecimentos ou
serviços complementares durante a execução de um contrato, devem as mesmas ser objeto de um novo
procedimento pré-contratual, nos termos da legislação aplicável em matéria de contratos públicos.
A derrogação desta regra só pode ser utilizada em circunstâncias excecionais e carece de justificação. O
ónus da prova relativamente às circunstâncias que permitem o recurso a esta derrogação recai sobre a
autoridade adjudicante.

Fontes da modificação contratual (artigo 311.º):

✓ Por acordo das partes, que não pode revestir forma menos solene do que a do contrato;
✓ Por decisão judicial ou arbitral;
✓ Por ato administrativo do contraente público, quando o fundamento invocado sejam razões de
interesse público, nos termos da alínea c) do artigo 312.º do CCP.

Fundamentos (artigo 312.º)

✓ Cláusulas contratuais que indiquem de forma clara, precisa e inequívoca o âmbito e a natureza das
eventuais modificações, bem como as condições em que podem ser aplicadas;
✓ Alteração anormal e imprevisível das circunstâncias em que as partes tenham fundado a decisão de
contratar, desde que a exigência das obrigações por si assumidas afete gravemente os princípios da
boa-fé e não esteja coberta pelos riscos próprios do contrato;
✓ Razões de interesse público decorrentes de necessidades novas ou de uma nova ponderação das
circunstâncias existentes.

36
O poder de modificação unilateral do contrato traduz uma das mais relevantes particularidades do
contrato administrativo. O exercício desse poder tem condicionantes e limites, não pode ter lugar de
qualquer modo e em quaisquer circunstâncias. Assim:
▪ A alteração imposta tem de ser determinada e fundamentada pela melhor forma de prossecução
do interesse público subjacente ao contrato;
▪ Terá que limitar-se a ser a alteração de prestação contratual e não a imposição de uma nova
prestação que, por isso, deveria ser objeto de contrato diferente;
▪ Terá de tratar-se de uma alteração motivada por um facto imprevisto e, porventura, mesmo
imprevisível, traduzido, como estabelece a alínea c) do artigo 312º, em necessidades novas ou nova
ponderação das circunstâncias existentes;
▪ Só poderá processar-se pela forma, com os fundamentos e com as consequências estabelecidas
nos artigos 312º a 314º.

Limites (artigo 313.º)


I. A modificação nunca pode traduzir-se na alteração da natureza global do contrato, considerando as
prestações principais que constituem o seu objeto (limite qualitativo global).
II. A modificação fundada em razões de interesse público não pode ter lugar quando implicar uma
modificação substancial do contrato ou configurar uma forma de impedir, restringir ou falsear a
concorrência, designadamente por:
a) Introduzir alterações que, se inicialmente previstas no caderno de encargos, teriam
ocasionado no procedimento pré-contratual, de forma objetivamente demonstrável, a
alteração da qualificação dos candidatos, a alteração da ordenação das propostas avaliadas,
a não exclusão ou a apresentação de outras candidaturas ou propostas;
b) Alterar o equilíbrio económico do contrato a favor do cocontratante de modo a que este seja
colocado numa situação mais favorável do que a resultante do equilíbrio inicialmente
estabelecido;
c) Alargar consideravelmente o âmbito do contrato.
III. Os limites referidos no número II. não se aplicam a:
a) Modificações de valor inferior aos limiares referidos nos n.ºs 2, 3 ou 4 do artigo 474.º do
CCP, consoante o caso, e inferior a 10 /prct. ou, em contratos de empreitada de obras
públicas, a 15 /prct. do preço contratual inicial (requisitos cumulativos);
b) Modificações que decorram de circunstâncias que uma entidade adjudicante diligente não
pudesse ter previsto (isto é, quando pode ser demonstrada a imprevisibilidade dessa
modificação), desde que a natureza duradoura do vínculo contratual e o decurso do tempo
as justifique, e desde que o seu valor não ultrapasse 50 /prct. do preço contratual inicial.

37
IV. Em caso de modificações sucessivas, o valor a considerar para efeitos do disposto no número III. É,
no caso da alínea a), o do acumulado das modificações e, no caso da alínea b), o de cada modificação
(naturalmente, desde que se revelem autónomas).

Tal como o n.º 6 do artigo 313.º do CCP recorda, quando a modificação pretendida não puder ter
cabimento em qualquer destas hipóteses, é então necessário proceder à adoção de um novo
procedimento de contratação pública se efetivamente se pretender avançar com a decisão de contratar.

Consequências (artigo 314.º)


✓ O cocontratante tem direito à reposição do equilíbrio financeiro, nos termos do artigo 282.º, quando:
a) A alteração anormal e imprevisível das circunstâncias a que se refere a alínea b) do artigo
312.º seja imputável a decisão do contraente público, adotada fora do exercício dos seus
poderes de conformação da relação contratual, que se repercuta de modo específico na
situação contratual do cocontratante; ou
b) O contrato seja modificado por razões de interesse público, nos termos da alínea c) do artigo
312.º
✓ Os demais casos de alteração anormal e imprevisível das circunstâncias conferem direito à
modificação do contrato ou a uma compensação financeira, segundo critérios de equidade.
Se modificação contratual resultar da aplicação de uma cláusula prévia constante das peças do procedimento,
nos termos da alínea a) do artigo 312.º, os pagamentos resultarão dos termos que tiverem sido predefinidos
no próprio caderno de encargos e no clausulado contratual.

Publicidade (artigo 315.º)


✓ O n.º 1 do artigo 315.º determina que qualquer modificação deve ser publicitada pelo contraente
público no portal dos contratos públicos até cinco dias após a sua concretização, devendo a
publicidade ser mantida até seis meses após a extinção do contrato. Esta disposição abrange as
modificações que tenham por objeto a realização de prestações complementares (ou seja, é
igualmente extensível aos casos de aplicação dos regimes especiais previstos no Título II da Parte
III).
✓ Tratando-se de contratos celebrados na sequência de procedimento com publicidade internacional,
as modificações que se fundem na alínea b) do n.º 3 do artigo 313.º (isto é, com fundamento na sua
imprevisibilidade) ou que tenham por objeto a realização de prestações complementares, devem ser
publicitadas no JOUE, mediante anúncio de modelo próprio.

O n.º 3 do artigo 315.º assegura a efetividade deste regime de transparência ao determinar estas regras
de publicitação como condição de eficácia dos atos ou acordos modificativos, nomeadamente, para efeitos
de quaisquer pagamentos.
38
MODIFICAÇÃO SUBJETIVA DO CONTRATO
A modificação subjetiva do contrato traduz-se na substituição de uma das partes do contrato por
outra entidade que passa a assumir a posição contratual da parte substituída, decorrendo geralmente da
cessão da posição contratual19. Esta modificação pode suceder ao nível do cocontratante ou do contraente
público; pode suceder inter vivos ou como mortis causa; pode derivar da fusão do cocontratante com uma
outra entidade, daí nascendo uma nova pessoa coletiva que passa a substituir aquela no contrato.
O contrato não se extingue, não há um novo contrato, mas apenas uma nova pessoa a ocupar o
lugar dos contratantes. O contraente público deve aferir do cumprimento dos requisitos e limites estabelecidos
na lei de que depende a devida autorização, nomeadamente no que respeita à conformidade dos documentos
de habilitação relativos ao potencial cessionário, que haviam sido exigidos à entidade cedente na fase de
formação do contrato, nos termos da al. a) do n.º 2 do artigo 318.º do CCP.
Nesta sede, importa distinguir a cessão da posição contratual da subcontratação, na medida em que
apenas a primeira implica uma modificação subjetiva do contrato, em que o substituto assume por inteiro a
posição jurídica contratual do substituído, no que respeita a todos os direitos e obrigações decorrentes do
contrato. A subcontratação trata-se da substituição na execução das prestações contratuais, ocorrendo sem a
substituição da parte no contrato.
A cessão da posição contratual e a subcontratação constituem desvio legalmente admitido do
princípio da execução pessoal do contrato, previsto no artigo 288.º do CCP.

19
V. artigos 316.º e ss.

39
A REVISÃO DE PREÇOS
A revisão de preços constitui um mecanismo que visa atualizar o preço contratual consoante as
modificações que, com o tempo, previsivelmente, se verifiquem nos custos de execução das prestações objeto
do contrato. Regra geral, decorre da atuação conjunta de dois fatores: longa duração da execução do contrato
e alteração, nesse período, dos preços unitários praticados no mercado.
O regime de revisão de preços visa assegurar o equilíbrio económico-financeiro do contrato na fase
de execução contratual, pois podendo esta prolongar-se no tempo, podem modificar-se as circunstâncias
económicas gerais em que as partes fundaram a decisão de contratar. O instituto constitui, então, uma
garantia de confiança entre as partes, permitindo-lhes formular e analisar propostas baseadas nas condições
existentes à data do procedimento pré-contratual e remetendo para a figura da “revisão”, a compensação a
que possa haver lugar em função da variação dos custos inerentes à execução das prestações objeto do
contrato.
Considerando o referido escopo, o regime da revisão de preços tanto pode atuar a favor do
cocontratante, como a favor do contraente público, sempre em função do sentido que tenha, em cada caso,
a variação de preço. Naturalmente, a fórmula a aplicar deverá traduzir, com razoável realismo, a influência
das variações ocorridas nos mecanismos económicos sobre o preço contratual.20
Por força do disposto no artigo 382.º do CCP, a revisão de preços é obrigatória nos contratos de
empreitada de obras públicas, devendo ser efetuada nos termos contratualmente previstos e nos decorrentes
da lei.
Já nos contratos de locação e aquisição de bens móveis e de aquisições de serviços, para que o
preço seja revisível, isso mesmo deve ficar estipulado no contrato, que igualmente deve fixar os respetivos
termos, nomeadamente, o método de cálculo e a periodicidade, como estabelece o artigo 300.º do CCP.
O preço contratual não é passível de revisão nos contratos celebrados na sequência de ajuste direto
simplificado, independentemente do seu tipo, nos termos do artigo 129.º, alínea b) do CCP.
Tem-se constatado, desde a crise pandémica provocada pelo vírus Sars-Cov-2, um aumento
sustentado dos preços das matérias-primas e de outros materiais, o qual tem sido exponenciado pela crise
energética e recentemente pela guerra na Ucrânia, situação que tem gerado graves impactos na economia.
Neste contexto, foi publicado o Decreto-Lei n.º 36/2022, de 20 de maio, alterado pelo Decreto-Lei
n.º 67/2022, de 4 de outubro, que estabelece um regime excecional e temporário de revisão de preços e de
adjudicação em resposta ao aumento abrupto e excecional dos custos com matérias-primas, materiais, mão

20
Neste ponto, aproveitamos para aludir à recomendação de boas práticas 01/2022-CCP, “Boas práticas para fazer face ao aumento
de preços de matérias-primas, materiais, e de mão-de-obra com impactos nas empreitadas de obras publicas” divulgada pelo Instituto
dos Mercados Públicos, do Imobiliário e da Construção, I.P. (IMPIC), na respetiva página da internet, em especial, na parte que refere
à revisão de preços.

40
de obra e equipamentos de apoio, com impacto em contratos públicos, especialmente nos contratos de
empreitadas de obras públicas.2122

Excecional Temporário

Na medida em que tem o seu período de vigência limitado


Por oposição ao regime regra estabelecido pelo Decreto-
no tempo (até 30 de junho de 2023, em conformidade
Lei n.º 6/2004, com as atualizações em vigor
com o disposto no artigo 8.º, na versão consolidada)

Apesar de ser especialmente concebido para os contratos de empreitadas de obras públicas, este
regime aplica-se, com as necessárias adaptações, aos contratos públicos de aquisição de bens e de aquisição
de serviços (quanto a estes últimos, apenas às categorias de contratos determinados por portaria conjunta
pelos membros do governo responsáveis pela área das finanças e pela área das infraestruturas e habitação).
No essencial, o diploma define que o agravamento dos custos de um determinado material, mão-de-
obra ou equipamento que represente, pelo menos, 3% do preço contratual e tenha uma taxa de variação
homóloga do custo igual ou superior a 20% confere ao contraente privado a faculdade de requerer a revisão
extraordinária de preços, estabelecendo o procedimento através do qual o contraente público, por acordo das
partes ou unilateralmente, define a forma de revisão (artigo 3.º).
O diploma também admite a prorrogação do prazo de execução do contrato, sem penalização e sem
que haja lugar a pagamentos adicionais por parte da entidade pública, quando se verifiquem atrasos no
cumprimento das suas prestações, por impossibilidade de obtenção de materiais necessários à respetiva
execução, contanto que estes não sejam imputáveis ao cocontratante (artigo 4.º).23
Merece ainda referência, a possibilidade de, em procedimentos pré-contratuais pendentes na
vigência do diploma em causa, a entidade adjudicante poder lançar mão da adjudicação excecional acima do
preço base, nos termos do n.º 6 do artigo 70.º do CCP, ainda que essa faculdade não estivesse contemplada
nas peças do procedimento e sem prejuízo da verificação dos demais pressupostos legais (artigo 5.º).

21
Nem todos os contratos podem ser objeto de revisão extraordinária de preços, para que tal aconteça, é necessário estarem
cumulativamente reunidos determinados critérios de elegibilidade, nos termos previstos no diploma em questão. O regime excecional
não é aplicável, desde logo, aos sectores cujos cocontratantes tenham sido abrangidos por medidas específicas de apoio, sempre que
a revisão extraordinária de preços seja destinada a compensar os efeitos do aumento dos custos das mesmas matérias-primas,
materiais, mão de obra e equipamentos de apoio já apoiados por medidas específicas.
22
Sobre este diploma, consultar as “Perguntas frequentes sobre o DL 36/2022, de 20.05, que veio estabelecer um regime
excecional e temporário no âmbito do aumento dos preços com impacto em contratos públicos “, publicadas pelo IMPIC, na respetiva
página da internet.
23
Tanto o artigo 3.º, como o artigo 4.º do DL 36/2022, suprarreferidos, dizem especialmente respeito a contratos de empreitada de
obras públicas, pelo que a eventual aplicação a contratos de aquisição de bens/serviços carecerá das devidas adaptações.

41
EMPREITADA DE OBRAS PÚBLICAS

As empreitadas de obras públicas apresentam um elevado grau de complexidade (não só técnica)


que justificam que este Manual se debruce quanto às suas especificidades, ainda que de forma singela – por
este motivo, e ao contrário do que acontece com as aquisições e locações de bens e serviços, não são
disponibilizadas minutas relativas a este procedimento, uma vez que, fruto de um trabalho conjunto entre a
Unidade de Serviços de Contratação Pública e a Unidade de Serviços de Gestão Campi e Infraestruturas, são
elaboradas casuisticamente.

Representantes das partes contratuais na execução do contrato


São partes no contrato de empreitada de obras públicas o dono da obra e o empreiteiro.
Durante a execução do contrato, o dono da obra é representado pelo diretor de fiscalização da obra
em todos os aspetos relacionados com a obra e pelo gestor do contrato, em todos os outros aspetos da
execução do contrato, e o empreiteiro por um diretor de obra, salvo nas matérias em que, em virtude da lei
ou de estipulação contratual, se estabeleça diferente mecanismo de representação – artigo 344.º do n.º 2 do
CCP.
Os deveres do diretor de fiscalização encontram-se enunciados no artigo 16.º da Lei n.º 31/2009,
de 03 de julho, na sua redação atual.
Ao gestor do contrato compete, independente da fiscalização do contrato, o acompanhamento e
vigilância da execução do mesmo (e não a obra em si).
A relação existente entre o diretor de fiscalização da obra e o gestor de contrato é de articulação e
colaboração, cabendo ao diretor de fiscalização a fiscalização da execução concreta da obra e ao gestor do
contrato, face às informações prestadas pelo diretor de fiscalização da obra, verificar os níveis de desempenho
do cocontratante (a nível financeiro, técnico e material).
Na falta de estipulação contratual, durante os períodos em que se encontrem ausentes ou impedidos,
o diretor de fiscalização da obra, o gestor do contrato e o diretor de obra são substituídos pelas pessoas que
os mesmos indicarem para esse efeito, desde que, no caso do diretor de fiscalização da obra, a designação
do substituto seja aceite pelo dono da obra e comunicada ao empreiteiro – artigo 344.º do n.º 4 do CCP.

Subempreitada
O CCP não contém uma definição do contrato de subempreitada de obras públicas.
O artigo 1213.º, n.º 1 do Código Civil, enuncia uma definição: “Subempreitada é o contrato pelo qual
um terceiro se obriga para com o empreiteiro a realizar a obra a que este se encontra vinculado, ou uma parte
dela.”
São partes do contrato de subempreitada o empreiteiro e o subempreiteiro.

42
O terceiro (subempreiteiro) não tem qualquer vínculo com o dono de obra, uma vez que não é parte
do contrato principal, mas apenas parte de um contrato de natureza privada celebrado com o empreiteiro.
Não obstante, o dono de obra, tem certos poderes de fiscalização do subempreiteiro (artigos 383.º e 385.º).

Recurso aos subempreiteiros

Só pode ser executada por titular de Alvará (Limite


subjetivo – artigo 383.º, n.º 1 do CCP)
Subempreitada
Proibição de subcontratar mais de 75% do valor da obra
adjudicada – (Limite quantitativo – artigo 383.º, n.º 2 do
CCP)
A subcontratação no decurso da execução do contrato de empreitada de obras públicas não carece
de autorização do dono de obra, salvo quando se trate de obra para a qual se exija especial qualificação
técnica e prevista no contrato – artigo 385.º, n.ºs 1 e 2 do CCP.
A recusa/oposição do Dono de obra em caso de não observância dos limites ou fundado receio de
aumento de risco de incumprimento é conforme o disposto nos artigos 386.º e 320.º ambos do CCP.
O contrato de subempreitada está sujeito à forma escrita e o seu clausulado deve conter, sob pena
de nulidade, os elementos previstos no artigo 384.º, n. º1 do CCP.

43
Execução do contrato de empreitada de obras públicas (CEOP)

Contrato

Consignação

Execução

Receção provisória

Prazo de Garantia

Receção Definitiva

Consignação da obra
Assinado o contrato de empreitada, segue-se a consignação (artigo 355.º do CCP), que mais não é
do que o ato pelo qual o dono de obra faculta ao empreiteiro o local onde serão executados os trabalhos e os
elementos que, nos termos contratuais, sejam necessários para o início dos trabalhos. A consignação não é
um ato facultativo, existindo o dever de consignar (artigo 356.º do CCP), pois sem ela não se pode dar início
à execução dos trabalhos.
O ato de consignação é de grande importância, pois é, em princípio, o momento a partir do qual se
começa a contar o prazo de execução da obra e marca o início dos trabalhos (artigo 362.º, n.º 1 e artigo
363.º, n.º 1 do CCP).
Prazo para consignação: até 30 dias após a data da celebração do contrato, salvo se outra coisa
estiver no contrato (artigo 359.º, n.º 1 do CCP).
A consignação é formalizada em auto e, em caso de consignações parciais, a cada uma deve
corresponder um auto autónomo (artigo 359.º, n.º 2 do CCP).

Prazo de execução da obra


O prazo de execução da obra começa a contar-se da data de conclusão da consignação total ou da
primeira consignação parcial ou ainda da data em que o dono da obra comunique ao empreiteiro a aprovação

44
do plano de segurança e saúde (PSS), nos termos previstos no Decreto Lei n.º 273/2003, de 29 de outubro,
caso esta última data seja posterior (artigo 362.º do CCP).

Plano de trabalhos
Muito importante na execução do contrato de empreitada de obras públicas é o plano de trabalhos,
que se encontra regulado no artigo 361.º do CCP.
O plano de trabalhos constitui um documento elaborado pelo empreiteiro que, na definição do n.º 1
do artigo 361.º do CCP, se destina com respeito, pelo prazo de execução da obra, à fixação da sequência e
dos prazos parciais de execução de cada uma das espécies de trabalhos previstas e à especificação dos meios
com que o empreiteiro se propõe executá-los.
Quando o caderno de encargos seja integrado por um projeto de execução, o empreiteiro toma
conhecimento da sequência dos trabalhos, ficando obrigado a apresentar plano de trabalhos como documento
integrante da proposta (artigo 57.º, n.º 2 alínea b) do CCP).
No entanto, adjudicada a obra, pode vir a ser necessário ajustar o plano de trabalhos à consignação.
Estes ajustamentos não podem implicar alteração ao preço contratual, alteração do prazo de execução, nem
alterações aos prazos parciais definidos no plano de trabalhos constante do contrato para além do que seja
estritamente necessário à adaptação do plano de trabalhos ao plano final da consignação (artigo 361.º, n.º 4
do CCP).

Medição dos trabalhos


Para verificar se o empreiteiro está realmente a cumprir o plano de trabalhos, de forma a que a obra
seja executada no prazo definido, é indispensável efetuar, com carácter de regularidade, medições dos
trabalhos executados.
O dono de obra deve proceder à medição de todos os trabalhos executados, incluindo os trabalhos
não previstos no projeto ou não devidamente ordenados pelo dono de obra (artigo 387.º do CCP).
Na falta de estipulação contratual, a medição é efetuada mensalmente, até ao oitavo dia do mês
imediatamente a seguir aquele que respeita (artigo 388.º do CCP).

Suspensão dos trabalhos:


Como o próprio nome indica, consiste a suspensão dos trabalhos numa paragem nos trabalhos de
execução da obra.
É possível, com diversos fundamentos, operar-se a suspensão da obra, quer pelo dono de obra (artigo
365.º do CCP), quer pelo empreiteiro (artigos 366.º e 367.º do CCP), devendo a mesma ser sempre
formalizada em auto (artigo 369.º do CCP).

Suspensão pelo dono de obra


Falta condições de segurança
Suspensão dos trabalhos pelo dono
de obra (Artigo 365.º)

45
Necessidade de estudar alterações ao projeto

Determinação vinculativa ou recomendação de autoridades


competentes

Outros casos de suspensão


Além das causas já referidas, a suspensão pelo dono de obra pode resultar de fundamentos previstos
no próprio contrato de empreitada bem como fundamentos estatuídos no próprio CCP.
Entre os fundamentos previstos no CCP, inclui-se a impossibilidade temporária de cumprimento de
execução ou exceção de não cumprimento (artigo 297.º), falta de posse administrativa dos terrenos ou
constituição de servidões (artigo 352.º) e suspensão por período excessivo (artigo 368.º).
Nos termos do n.º 2 do artigo 298.º do CCP, a suspensão, total ou parcial, da execução das
prestações objeto do contrato determina a prorrogação do prazo de execução das mesmas por período igual
ao prazo inicialmente fixado no contrato para a sua execução, acrescido do prazo estritamente necessário à
organização de meios e execução de trabalhos preparatórios ou acessórios com vista ao recomeço da
execução.

Suspensão pelo empreiteiro:


Contratos com prazo de execução igual ou superior a 1 ano

Até 10 dias seguidos em cada ano

(Artigo 366.º, n.º 1)

Neste caso, de suspensão por conveniência do empreiteiro, os encargos são da sua conta (artigo
366.º, n.º 2).
De notar que a suspensão com este fundamento não pode pôr em causa o cumprimento do prazo
contratual de execução dos trabalhos, nem dela resultar encargos acrescidos para o dono de obra.

Falta condições de segurança

Com os fundamentos previstos no artigo 366.º, n.º 3 do CCP


Falta de pagamento de qualquer
quantia devida nos termos do contrato,
desde que tenha decorrido um mês
sobre a data do respetivo vencimento

Outros casos de suspensão


Além das situações anteriormente referidas, poderá ainda haver lugar a suspensão dos trabalhos por
iniciativa do empreiteiro em caso de impossibilidade temporária de execução por falta de disponibilização ou
fornecimento pelo dono de obra de meios ou bens necessários à execução (artigo 297.º do CCP), bem como
nos casos em que a lei faculta a possibilidade de invocar a exceção do não cumprimento do contrato (artigo
297.º e 327.º do CCP).

46
Modalidades de modificação do contrato de empreitada de obras públicas (CEOP)
Modificação objetiva (conteúdo do objeto do contrato):
▪ Por acordo das partes;
▪ Por ato administrativo do contraente público;
▪ Decisão judicial ou arbitral.
Vários tipos de modificações que surgem ao longo da execução do contrato de empreitada de obras
públicas face ao estabelecido na fase de formação do mesmo:
▪ Trabalhos complementares;
▪ Trabalhos a menos;
▪ Inutilização de trabalhos já executados;
▪ Indemnização por redução do preço contratual;
▪ Revisão ordinária de preços.

Trabalhos complementares
São trabalhos complementares aqueles cuja espécie ou quantidade não esteja prevista no contrato
e cuja realização se revele necessária para a sua execução (artigo 370.º, n.º 1 do CCP).
O artigo 370.º, n.º 2, prevê que o dono da obra pode ordenar a execução de trabalhos
complementares ao empreiteiro caso à mudança do cocontratante obstem dois pressupostos cumulativos:
a) Não seja viável por razões económicas ou técnicas, designadamente em função da necessidade
de assegurar a permutabilidade ou interoperabilidade com equipamentos, serviços ou
instalações existentes; e
b) Seja altamente inconveniente ou provoque um aumento considerável de custos para o dono da
obra.
O valor dos trabalhos complementares não pode exceder de forma acumulada – contabilizando todos
os trabalhos já realizados e aqueles que se equaciona fazer) 50% do preço contratual inicial (artigo 370.º, n.º
4).
Verificados os pressupostos que permitem a realização de trabalhos complementares, determinados
esses trabalhos em concreto e não se verificando uma recusa legitima do empreiteiro em realiza-los, o modo
de determinação do seu preço e prazo resulta dos artigos 373.º e 374.º do CCP.
Em resultado da realização de trabalhos complementares, pode haver prorrogação do prazo, apenas
se for necessária para cumprir o prazo contratual (artigo 374.º do CCP).
Os trabalhos complementares devem ser formalizados por escrito (artigo 375.º do CCP). Esta
formalização deve ser seguida da publicitação exigida pelo artigo 315.º do CCP.
A realização de trabalhos complementares gera em quase todos os casos um aumento de encargos:
é necessário pagar ao empreiteiro o respetivo preço. Como regra geral, cabe ao dono de obra suportar esse
pagamento (artigo 378.º, n.º 1 do CCP). Contudo, existem especificidades:

47
Assim, nos casos em que a elaboração do projeto de execução seja da responsabilidade do
empreiteiro (ou seja, na empreitada de conceção-construção), e os trabalhos complementares se refiram ao
suprimento de erros e omissões do projeto, a regra acima inverte-se, sendo a responsabilidade integralmente
alocada ao empreiteiro, exceto se os erros e omissões foram induzidos pelos elementos elaborados ou
disponibilizados pelo dono de obra (artigo 378.º, n.º 2 do CCP).
Além dos casos de responsabilidade integral do dono de obra, ou do empreiteiro, casos há em que
essa responsabilidade é repartida – cada parte suportará metade do valor dos trabalhos complementares de
suprimento dos erros e omissões. São três as situações, correspondentes a fases diferentes da obra.
O artigo 378.º, n.º 3 coloca o empreiteiro a suportar metade da responsabilidade no caso de trabalhos
de suprimento de erros e omissões cuja deteção já fosse exigível em fase de formação do contrato, nos termos
e ao abrigo do regime do artigo 50.º, que coloca, o ónus sobre os interessados de identificarem os erros e
omissões já detetáveis nessa fase.
O empreiteiro também suporta responsabilidade pelos trabalhos cuja deteção não era exigível na fase
de formação do contrato, mas que se tornem detetáveis com a consignação, e que não tenham sido por ele
identificados no prazo de 60 dias a contar dessa data (artigo 378.º, n.º 4 do CCP).
Por fim, o empreiteiro suporta metade do valor dos trabalhos relativos ao suprimento de erros e
omissões que não fossem detetáveis em fase de formação do contrato, nem após a consignação, mas que se
tenham revelado em qualquer outra fase da execução da obra, e que o empreiteiro não tenha identificado no
prazo de 30 dias a contar da data em que fosse exigível a deteção (artigo 378.º, n.º 5 do CCP).
Em muitos casos a elaboração do projeto disponibilizado pelo dono de obra ao empreiteiro no
caderno de encargos do procedimento pré-contratual é da responsabilidade de terceiros – dos projetistas. No
que refere à responsabilidade de terceiros por erros de projeto deverá atender-se ao disposto no artigo 378.º,
n.º 6 e n.º 7 do CCP).
No caso dos trabalhos de suprimento de erros e omissões, suportados pelo dono de obra, que
decorrem do incumprimento de obrigações de conceção assumidas por terceiros, o dono de obra é obrigado
a exercer o direito que lhe assista de ser indemnizado pelo projetista (artigo 378.º, n.º 6, alínea a) do CCP).
Além disso, a lei prevê uma sub-rogação legal do empreiteiro no direito de indeminização que assiste
ao dono de obra perante o projetista, até ao limite do montante que deva ser suportado pelo empreiteiro nos
casos em que ele assume responsabilidade por erros de projeto inserido no caderno de encargos – ou seja,
os casos dos n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 378.º, é o que resulta do n.º 6, alínea b), deste normativo.

Trabalhos a menos
As alterações promovidas ao projeto pelo dono de obra podem traduzir-se, não em acréscimo de
trabalhos (como sucede nos trabalhos complementares) mas na retirada de trabalhos da empreitada (artigo
379.ºdo CCP).

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A retirada de trabalhos da empreitada representa, também, uma forma de exercício do poder de
modificação unilateral (a lei fala numa ordem de retirada de trabalhos) e determina uma diminuição da
retribuição do empreiteiro.
A diminuição da retribuição do empreiteiro faz-se com uma diminuição correspondente das
prestações a que fica obrigado e mesmo executando o empreiteiro menos trabalhos, o dono de obra pode ser
obrigado a indemnizar, no caso de retirada de trabalhos representando mais de 20% do preço contratual
inicial, sendo a indemnização de 10% do valor da diferença (artigo 381.º, sendo a indemnização liquidada na
conta final da empreitada).

Inutilização de trabalhos já executados


Se da execução de trabalhos complementares ou de trabalhos a menos resultar inutilização de
trabalhos já realizados em conformidade com o contrato ou com instruções do dono da obra, o seu valor não
é deduzido ao preço contratual, tendo o empreiteiro direito a ser remunerado pelos trabalhos já realizados e
pelos trabalhos necessários à reposição da situação anterior (artigo 380.ºdo CCP).

Indemnização por redução do preço contratual


Quando, por virtude da ordem de supressão de trabalhos ou de outros atos ou factos imputáveis ao
dono da obra, os trabalhos executados pelo empreiteiro tenham um valor inferior em mais de 20% ao preço
contratual inicial, este tem direito a uma indemnização correspondente a 10%. Do valor da diferença verificada
(artigo 381, n. º1 º do CCP).
A indemnização é liquidada na conta final da empreitada (artigo 381, n.º 2 do CCP).

Revisão ordinária de preços


Sem prejuízo do disposto nos artigos 282.º, 300.º e 341.º, o preço fixado no contrato para os
trabalhos de execução da obra é obrigatoriamente revisto nos termos contratualmente estabelecidos e de
acordo com o disposto em lei (artigo 382.º, n.º 1 do CCP).
O regime da revisão de preços para empreitadas de obras públicas é regulado pelo Decreto-lei n.º
6/2004, de 6 de janeiro, na sua redação atual.

Receção da obra
Nas empreitadas de obras públicas o dono de obra efetua a receção provisória da obra.
Constitui a receção provisória um ato formal, uma vez que traduz o reconhecimento de que o
empreiteiro cumpriu a sua obrigação contratual de execução da obra.
A receção provisória da obra depende da realização de vistoria, que deve ser efetuada logo que a
obra esteja concluída no todo ou em parte, mediante solicitação do empreiteiro ou por iniciativa do dono da
obra, tendo em conta o termo final do prazo total ou dos prazos parciais de execução da obra (artigo 394.º,
n.º 1 do CCP).

49
Da vistoria é lavrado auto, assinado pelos intervenientes, que deve declarar se a obra está, no todo
ou em parte, em condições de ser recebida (artigo 395.º, n.º 1 do CCP).
Com o auto de receção provisória assinado pelo representante do empreiteiro e pelo representante
do dono da obra, considera-se a obra em condições de ser recebida. É a partir daqui que começam a contar
os prazos de garantia referentes à obra, de acordo com o artigo 397º do CCP.

Prazo de Garantia
O Prazo de garantia da obra varia consoante o defeito da obra, nos seguintes termos:
a) 10 anos, no caso de defeitos relativos a elementos construtivos estruturais;
b) 5 anos, no caso de defeitos relativos a elementos construtivos não estruturais ou a instalações
técnicas;
c) 3 anos24, no caso de defeitos relativos a equipamentos afetos à obra, mas dela autonomizáveis
– artigo 397.º do CCP.
O contrato pode estipular prazos de garantia diferentes dos supra indicados, mas tais prazos apenas
podem ser superiores àqueles quando, tratando-se de aspeto da execução do contrato submetido à
concorrência pelo caderno de encargos, o empreiteiro o tenha proposto (artigo 397.º, n.º 3 do CCP).
O prazo de garantia inicia-se na data da assinatura do auto de receção provisória, durante o qual o
empreiteiro está obrigado a corrigir todos os defeitos da obra.

Liberação de caução
O procedimento de liberação das cauções prestadas para garantia da execução de contratos de
empreitada de obras públicas rege-se pelo regime previsto no artigo 295.º do CCP.

Receção definitiva
Findo o prazo de garantia, efetua-se a receção definitiva, precedida de nova vistoria.
A receção definitiva da obra corresponde à aceitação definitiva dos trabalhos que constituíram a
empreitada, tendo-se verificado o cumprimento de todas as exigências contratuais.
Com a receção definitiva, cessa a responsabilidade do empreiteiro pelos defeitos (artigo 398.º, n.º 7,
1.ª parte), salvo quando o dono de obra prove que os defeitos lhe são culposamente imputáveis (artigo 398.º,
n.º 7, 2.ª parte).

Conta Final da obra


Sendo a obra recebida provisoriamente torna-se necessário proceder à liquidação da empreitada
através de operações que determinam o montante a que nos termos contratuais o empreiteiro tem direito,
mas que ainda não lhe foi pago.

24
Com a entrada em vigor, em 1 de janeiro de 2022, do novo regime de venda de bens de consumo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
84/2021, de 18 de outubro, o prazo de garantia de dois anos foi alterado para o prazo de três anos.

50
Na falta de estipulação contratual, a conta final da empreitada é elaborada no prazo de dois meses
após a primeira revisão ordinária de preços subsequente à receção provisória (artigo 399.º, n.º 1 do CCP).
Se não houver lugar à revisão ordinária de preços, o prazo a que se refere o número anterior inicia-
se na data da receção provisória (artigo 399.º, n.º 2 do CCP).
Devem fazer parte da conta final da empreitada os elementos enumerados no artigo 400.º do CCP.

Relatório Final da obra


No prazo de 10 dias a contar da data da assinatura da conta final ou da data em que a conta final
se considera aceite pelo empreiteiro, o dono da obra deve enviar ao Instituto dos Mercados Públicos, do
Imobiliário e da Construção, I. P., o relatório final da obra – (cfr: a Portaria n.º 57/2018, de 26 de fevereiro
– que aprova o modelo de relatório – e o artigo 402.º do CCP).

Incumprimento e extinção do contrato


O regime da empreitada de obras públicas apresenta algumas disposições especificas em matérias
de incumprimento e extinção, que complementam ou, em alguns casos, afastam, as disposições gerais
relativas ao incumprimento previstas nos artigos 325.º e seguintes do CCP.

Incumprimento
A execução do contrato deve seguir o plano de trabalhos aprovado (artigos 361.º, 361.º-A do CCP).
Sanções por atraso na execução da obra (artigo 403.º do CCP):
• Sanções pecuniárias em caso de atraso (no início ou na conclusão da obra) por facto imputável
ao empreiteiro;
• Multa diária mínima de 1‰ (o contrato pode prever valor até ao dobro);
• Há redução desta multa diária aplicável ao empreiteiro, no caso de incumprimento de prazos
parciais que lhe seja imputável: metade;
• Reembolso em caso de recuperação total do atraso (artigo 403.º, n.º 3 do CCP).
Em caso de desvio do plano de trabalhos que, injustificadamente, ponha em risco o cumprimento do
prazo global ou dos prazos parcelares de execução, permite-se e regula-se um procedimento de atuação
preventiva do dono de obra, que pode redundar na posse administrativa e recurso a terceiros para executar a
obra, além do eventual dever de indemnizar (artigo 404.º).

Peças do procedimento para a celebração de contratos de empreitada


No caso dos procedimentos de formação dos contratos de empreitada de obras públicas a lei exige
que o caderno de encargos (além das especificações técnicas do artigo 49.º do CCP e das cláusulas gerais e
especiais) integre um projeto de execução (artigo 43.º, n.º 1 do CCP).

51
Entende-se por projeto de execução – o documento elaborado pelo Projetista, a partir do estudo
prévio ou do anteprojeto, aprovado pelo dono da obra, destinado a facultar todos os elementos necessários à
definição rigorosa dos trabalhos a executar (Portaria n.º 701-H/2008, de 29 de julho, artigo 1.º alínea t).

Elementos que devem acompanhar o projeto de execução:


O projeto de execução deve ser sempre acompanhado de uma descrição dos trabalhos preparatórios
ou acessórios, uma lista completa de todas as espécies de trabalhos necessárias à execução da obra a realizar
e de um mapa de quantidades (artigo 43.º, n.º 4, alíneas a) e b) do CCP) bem como, quando tal se revele
necessário em função das características especificas da obra ou decorra da lei aplicável, dos seguintes
documentos - artigo 43.º, n.º 5 do CCP:
a. Dos levantamentos e das análises de base e de campo;
b. Dos estudos geológicos e geotécnicos;
c. Dos estudos ambientais, incluindo a declaração de impacto ambiental, nos termos da
legislação aplicável;
d. Dos estudos de impacte social, económico ou cultural, nestes se incluindo a identificação
das medidas de natureza expropriatória a realizar, dos bens e direitos a adquirir e dos ónus
e servidões a impor;
e. Dos resultados dos ensaios laboratoriais ou outros;
f. Do plano de prevenção e gestão de resíduos de construção e demolição, nos termos da
legislação aplicável (Decreto-Lei n.º 102-D/2020 de 10 de dezembro, artigo 55º, n.º 1);
g. Do planeamento das operações de consignação (artigo 43.º n.º 6 do CCP).

Revisão do projeto de execução


O n.º 2 estabelece a obrigatoriedade de uma reapreciação da valia e viabilidade técnica de um projeto
de execução feita por um técnico diferente do seu autor, sempre que a obra seja classificada na categoria III
ou superior, bem como naqueles casos em que o preço base, fixado no caderno de encargos, seja enquadrável
na classe 3 de alvará ou em classe superior.

O Anexo II à Portaria n.º 701-H/2008, de 29 de julho procede à classificação das obras em categorias
- n.º 2 do artigo 1.º e o n.º 1 do artigo 11.º da referida Portaria.

Os valores das classes dos alvarás encontram-se previstos na Portaria n.º 212/2022 de 23 de agosto,
que procede à atualização dos valores das classes dos alvarás e revoga a Portaria n.º 119/2012, de 30 de
abril – e são enquadráveis na classe 3 as obras de valor superior a 400.000€.

52
EXTINÇÃO DO CONTRATO

O CCP define nos seus artigos 330.º e seguintes as causas de extinção do contrato. Esta matéria é
de particular importância tendo em conta que os contratos administrativos podem manter-se por longos
períodos de tempo, sendo imperativo definir de que forma é o que os mesmos se extinguem. Assim, o CCP
define no artigo 330.º que o contrato se pode extinguir por cumprimento do mesmo, por impossibilidade
definitiva, por revogação e por resolução. É feita ainda a remissão a todas as restantes causas de extinção de
obrigações reconhecidas pelo direito civil.

Cumprimento do contrato
O cumprimento do contrato só se verifica com a realização de todas as prestações que constituem o
objeto do contrato, ou seja, com o cumprimento integral do mesmo. Desta forma, é necessário existir por
parte do contraente público um ato de receção/reconhecimento que o contrato foi cumprido de forma integral,
podendo este ato ser expresso, tácito ou implícito. Esta forma de extinção do contrato só se verifica quando
existe um cumprimento total das prestações do contrato de ambas as partes, quer do lado do cocontratante
quer do lado do contraente público. Assim, verificando-se o cumprimento de ambas as partes, a relação
jurídica contratual extingue-se, extinguindo-se assim o contrato.
Impossibilidade definitiva
Como causa de extinção do contrato, a impossibilidade definitiva pode resultar da impossibilidade de
cumprimento das obrigações objeto do contrato ou quanto às partes contratantes. No caso do cocontratante
a impossibilidade definitiva poderá suceder devido à sua morte, incapacidade física, extinção da sociedade,
etc. O CCP não define de forma clara em que situações esta causa de extinção poderá ocorrer.
Revogação
A revogação encontra-se prevista no artigo 331.º do CCP e consiste na possibilidade das partes, por
acordo, revogarem o contrato, extinguindo-o em qualquer momento da execução do mesmo. O legislador
atribui às partes a autonomia para definir os efeitos que pretendem atribuir à revogação (n.º 2 do artigo
referido), isto é, fica na disposição das partes a forma como pretendem extinguir o contrato, a título de
exemplo: data de produção de efeitos da revogação, se existe ou não valores a pagar e a quem, entre outros.
Por fim, o CCP define que a revogação não pode revestir forma menos solene do que a do contrato.
Resolução do contrato por iniciativa do cocontratante
O CCP no artigo 332.º prevê a possibilidade de extinção do contrato através da resolução por iniciativa
do cocontratante, enunciando, de forma não taxativa, as situações em que o cocontratante pode resolver o
contrato, que são as seguintes:
✓ Alteração anormal e imprevisível das circunstâncias;
✓ Incumprimento definitivo do contrato por facto imputável ao contraente público;

53
✓ Incumprimento de obrigações pecuniárias pelo contraente público por período superior a seis
meses ou quando o montante em dívida exceda 25 % do preço contratual, excluindo juros;
✓ Exercício ilícito dos poderes tipificados no capítulo sobre conformação da relação contratual pelo
contraente público, quando tornem contrária à boa-fé a exigência pela parte pública da manutenção
do contrato;
✓ Incumprimento pelo contraente público de decisões judiciais ou arbitrais respeitantes ao contrato.
Quanto a esta forma de extinção do contrato é importante referir que para operar este tipo de resolução
a mesma terá necessariamente que ser feita por via judicial ou mediante recurso arbitral (n.º 3 do 332.º), ao
contrário do que acontece com a resolução por iniciativa do contraente público.
Importa ainda referir que, no caso da resolução ser feita com fundamento na alínea a) existem
determinados requisitos que devem ser preenchidos (n.º 2 do 332.º), nomeadamente, só há direito de
resolução quando esta opção não implique um grave prejuízo para o interesse público e que, caso implique
tal prejuízo, a manutenção do contrato ponha manifestamente em causa a viabilidade económico-financeira
do cocontratante ou se revele excessivamente onerosa, devendo, neste caso, ser devidamente ponderados os
interesses públicos e privados em causa.
Referir ainda que, no caso de incumprimento de obrigações pecuniárias pelo contraente público por
período superior a seis meses ou quando o montante em dívida exceda 25 % do preço contratual, excluindo
juros, o direito de resolução pode ser exercido mediante o envio de uma declaração ao contraente público,
produzindo efeitos após 30 dias da receção da mesma, salvo se o contraente público saldar as dívidas em
atraso, acrescidas de juros de mora (n.º 4 do 332.º).
Por fim, alertar que o exercício deste direto é independente do direito que o cocontratante eventualmente
tenha a ser indemnizado dos prejuízos sofridos em consequência do incumprimento por parte do contraente
público.
Resolução sancionatória
No artigo 333.º do CCP encontra-se prevista a resolução sancionatória como outra forma de extinção
do contrato. Neste caso, estamos perante a resolução por iniciativa do contraente público quando existe um
incumprimento por parte do cocontratante. Assim, nos casos infra elencados (a lista não é taxativa) e sem
prejuízo de outras situações de grave violação das obrigações assumidas por parte do cocontratante, o
contraente público pode resolver o contrato a título sancionatório nos seguintes casos:
✓ Incumprimento definitivo do contrato por facto imputável ao cocontratante;
✓ Incumprimento, por parte do cocontratante, de ordens, diretivas ou instruções transmitidas no
exercício do poder de direção sobre matéria relativa à execução das prestações contratuais;
✓ Oposição reiterada do cocontratante ao exercício dos poderes de fiscalização do contraente público;
✓ Cessão da posição contratual ou subcontratação realizadas com inobservância dos termos e limites
previstos na lei ou no contrato, desde que a exigência pelo cocontratante da manutenção das
obrigações assumidas pelo contraente público contrarie o princípio da boa-fé;

54
✓ Se o valor acumulado das sanções contratuais com natureza pecuniária exceder o limite previsto no
n.º 2 do artigo 329.º;
✓ Incumprimento pelo cocontratante de decisões judiciais ou arbitrais respeitantes ao contrato;
✓ Não renovação do valor da caução pelo cocontratante;
✓ O cocontratante se apresente à insolvência ou esta seja declarada pelo tribunal.
Assim, esta causa de extinção do contrato é a mais gravosa no sentido em que o contraente público
deve ter em atenção que só deve recorrer a esta causa de extinção em ultima ratio, pois o incumprimento por
parte do cocontratante deve ser de tal forma grave que impossibilite de forma absoluta a subsistência da
relação contratual. No caso de incumprimentos que não se considerem tão graves, existe a possibilidade de
aplicar sanções contratuais devidamente previstas no contrato mantendo o mesmo em vigor.
No seguimento do que acontece também no caso de resolução do contrato por iniciativa do
cocontratante, o direito de resolução, neste caso, é independente do direito de ser indemnizado dos prejuízos
sofridos em consequência do incumprimento por parte do cocontratante, conforme previsto no n.º 2 do artigo
referido. O n.º 3 refere ainda que a compensação do contraente público pode ser deduzida dos créditos do
cocontratante, incluindo com a execução das garantias eventualmente prestadas.
Resolução por razões de interesse público
O artigo 334.º prevê a resolução por razões de interesse público, ou seja, por iniciativa do contraente
público no exercício do seu poder de autoridade impondo uma resolução, neste caso, não sancionatória, e
justificada em motivos de interesse público.
Assim, esta forma de extinção do contrato deve ser devidamente fundamentada justificando o
interesse público subjacente à decisão que é aplicada de forma discricionária (não arbitrária), mas que,
evidentemente, não anula o direito do cocontratante ser indemnizado conforme se depreende da leitura do
artigo identificado. Quanto à indemnização a que o cocontratante tem direito a mesma corresponde aos danos
emergentes e aos lucros cessantes, devendo, quanto a estes, ser deduzido o benefício que resulte da
antecipação dos ganhos previstos.
A falta de pagamento da indemnização prevista no prazo de 30 dias contados da data em que o
montante devido se encontre apurado confere ao cocontratante o direito ao pagamento de juros de mora.
Outros fundamentos de resolução pelo contraente público
Por fim, a última causa de extinção do contrato abordada pelo CCP consiste na resolução do contrato
por parte do contraente público com fundamento na alteração anormal e imprevisível das circunstâncias,
remetendo o n.º 1 do artigo 335.º para a alínea a) do artigo 312.º. Importa referir que este preceito é
semelhante ao previsto na al. a) do n.º 1 do artigo 332.º, com exceção dos requisitos aí feitos.
Esta causa de extinção do contrato consubstancia uma alternativa à possibilidade de modificação
objetivo do contrato prevista na al. a) do n.º 1 do artigo 332.º.
O n.º 2 do artigo 335.º prevê a possibilidade de indemnização do cocontratante, mas apenas no caso
de a resolução do contrato seja imputável a decisão do contraente público adotada fora do exercício dos seus

55
poderes de conformação da relação contratual, ou seja, por razões estranhas ao âmbito das prestações
contratuais e de atuação no âmbito dos poderes de autoridade.

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FIGURAS/NOÇÕES IMPORTANTES

Preço base25
O preço base é determinado pelo órgão competente para a decisão de contratar nas peças do
procedimento e limita o valor máximo das propostas dos concorrentes.
Traduz-se no montante máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução de todas
as prestações que constituem o objeto do contrato, incluindo eventuais renovações do contrato, ou seja, o
preço base será o montante máximo a pagar no âmbito do contrato a celebrar.
É importante realçar que a entidade adjudicante tem de assegurar previamente o cabimento
orçamental da despesa que se propõe a realizar (na decisão de contratar), devendo, por isso, ter a capacidade
de prever o preço máximo que se dispõe a pagar por determinadas prestações, num determinado período de
tempo.
Na decisão de contratar, o preço base deve ser fundamentado com base em critérios objetivos (artigo
47.º, n.º 3), nomeadamente através de consulta preliminar ao mercado, através da qual a entidade
adjudicante analisa os preços de mercado (preferencialmente a pelo menos três operadores económicos), ou
mediante a análise do histórico das aquisições do mesmo tipo e análogas já realizadas pela entidade
adjudicante (sempre tendo em atenção a atualização dos preços e a sua adequação à realidade).

Preço contratual26
O preço contratual, tal como o nome indica, é o preço a fixar no contrato ou o preço a pagar pela
entidade adjudicante, resultante da proposta adjudicada. O preço contratual será, em regra, sempre igual ou
inferior ao preço base.

Esclarecimentos, retificação e alteração das peças do procedimento27


Durante o primeiro terço do prazo para apresentação de propostas, os interessados podem pedir
esclarecimentos sobre as peças do procedimento ou apresentar uma lista na qual identifiquem os eventuais
erros e omissões detetados, devendo a resposta a estes pedidos ser prestada até ao segundo terço do prazo
para a apresentação de propostas por quem tem essa competência definida/delegada. Note-se que a
competência para a pronúncia sobre os erros e as omissões não pode ser delegada.
Se o prazo fixado para a apresentação de propostas for inferior a 9 dias, os esclarecimentos sobre as
peças do procedimento podem ser prestados até ao dia anterior ao termo daquele prazo.

Júri28

25
V. artigo 47.º.
26
V. artigo 97.º.
27
V. artigos 50.º, 64.º e 116.º.
28
V. artigos 67.º a 69.º.

57
A figura do júri do procedimento tem a função de conduzir a fase procedimental da análise das
propostas (período que decorre entre a abertura das propostas e a decisão de adjudicação pelo órgão
competente), sendo designado pelo órgão competente para a decisão de contratar logo no início do
procedimento.
O júri deve ser nomeado nominalmente para cada procedimento em específico, competindo-lhe as
funções constantes do artigo 69.º, juntamente com aquelas que lhe forem/possam ser delegadas.
O júri entra em funções no dia útil seguinte ao do envio do convite ou do anúncio para publicação e
cessa com a decisão de adjudicação ou revogação da decisão de contratar do órgão competente. Importa
referir que nos casos de ajuste direto não é designado júri, assim como este pode ser dispensado quando se
trate de procedimento de consulta prévia e concurso público urgente.
Além disso, é importante realçar que, nos casos em que o júri é designado, os procedimentos para a
formação de contratos não são integralmente conduzidos por aquele, pois o procedimento inicia-se com a
tomada da decisão de contratar e apenas termina com a celebração do contrato.
Deste modo, nos casos de ajuste direto e de consulta prévia e concurso público urgente (nestes dois
últimos casos, quando o júri é dispensado), assim como em todos os atos que não competem ao júri, é
necessária a existência de um responsável pelo procedimento, ao qual podem ser delegadas as demais
competências necessárias para a prática de atos inerentes ao procedimento.

Análise das propostas29


A análise das propostas consiste na verificação das propostas em todos os seus atributos e termos ou
condições para efeitos da sua admissão ou exclusão do procedimento.
É levada a cabo pelo júri do procedimento ou pessoa com competência para o efeito, nos casos em
que o júri é dispensado.
É nesta fase que se averigua se as propostas obedecem aos requisitos legais e aos aspetos constantes
das peças do procedimento.
Se se verificar algum dos casos estabelecidos no n.º 2 do artigo 70.º e no n.º 2 do artigo 146.º, a
proposta deve ser excluída, não passando para a fase de avaliação das propostas.
Nos casos de ajuste direto, a adjudicação consiste na aceitação da única proposta apresentada, como
resulta da primeira parte do n.º 1 do artigo 73.º, podendo o concorrente ser convidado a melhorar a sua
proposta, conforme previsto no n.º 2 do artigo 125.º, ou, em último caso, ser excluído por não cumprimento
de algum requisito legal ou alguma obrigação constante das peças do procedimento.
É relevante indicar nesta fase que o júri pode solicitar esclarecimentos sobre as propostas
apresentadas, embora de forma cautelosa, pois as propostas, uma vez apresentadas, tornam-se imutáveis,
não podendo ser alteradas ou substituídas. Estes esclarecimentos não podem alterar ou completar as
propostas, visando apenas esclarecer o júri de elementos de natureza estritamente técnica.

29
V. artigos 70.º, 72.º, 146.º.

58
Avaliação das propostas30
A avaliação das propostas tem lugar apenas para as propostas admitidas na fase de análise. Traduz-
se na aferição do mérito das propostas admitidas a concurso mediante a aplicação de um critério de
adjudicação, com vista à sua ordenação.
O critério de adjudicação diz respeito às regras que serão utilizadas para avaliar e ordenar as propostas
e deve ser definido no convite/programa do procedimento.
A adjudicação é feita de acordo com o critério da proposta economicamente mais vantajosa para a
entidade adjudicante, determinada pelas modalidades:
- Multifator, a qual exige a utilização de um modelo de avaliação, uma vez que o critério de
adjudicação é composto por um conjunto de fatores e eventuais subfatores relacionados com
aspetos da execução do contrato a celebrar. Este modelo deve garantir da forma mais eficaz
possível os princípios da igualdade, da objetividade e da transparência e impondo que a avaliação
das propostas se baseie exclusivamente nos atributos apresentados pela proposta a avaliar;
- Monofator, no qual apenas um fator densifica o critério de adjudicação, correspondente a um
único aspeto da execução do contrato a celebrar, designadamente o preço. Nestes casos é
imperativo que a entidade adjudicante seja exigente na fixação de todos os aspetos da execução do
contrato a celebrar. Quando o fator escolhido tem natureza qualitativa deve a entidade adjudicante
elaborar uma grelha de avaliação das propostas.
Para o caso de as propostas apresentadas empatarem após a aplicação do critério de adjudicação, é
necessário que esteja definido a priori um critério de desempate no convite ou no programa do procedimento,
não podendo ser utilizado o critério do momento de entrega das propostas.
Nos casos de adoção do critério multifator, as propostas podem ser desempatadas através dos próprios
fatores e subfatores que densificam o critério de adjudicação, bastando indicar a ordem decrescente da sua
ponderação relativa, admitindo, também, o recurso a qualquer aspeto da execução do contrato a celebrar que
esteja ligado ao seu objeto, constituindo, assim, um instrumento de incentivo para a melhoria das condições
contratuais a propor pelos concorrentes.
No caso da adoção do critério monofator, pode adotar-se o método do sorteio, com a devido
regulamento (cfr. Anexo X).

Atributos vs termos e condições31


A proposta apresentada traduz-se numa declaração de vontade de contratar do concorrente e o modo
com se dispõe a fazê-lo, sendo constituída por atributos e, eventualmente, por termos ou condições.

30
V. artigos 74.º, 75.º.
31
V. artigos 56.º, 57.º, 70.º.

59
Um atributo diz respeito à resposta que o concorrente dá a um aspeto da execução do contrato
submetido à concorrência pelo caderno de encargos.
Exemplo: se o preço base for o único aspeto da execução do contrato a celebrar submetido à
concorrência pelo caderno de encargos, os concorrentes sabem, logo à partida, que a adjudicação passará
por, grosso modo, verificar qual a proposta que apresenta o preço mais baixo, uma espécie de leilão invertido.
Assim, os concorrentes tenderão a apresentar os preços mais competitivos possíveis.
Apenas os atributos podem ser objeto de avaliação, na medida em que são os aspetos submetidos à
concorrência (exceto quando outros aspetos de execução do contrato sejam definidos como critérios de
desempate). Neste sentido, as peças do procedimento devem fixar os parâmetros base – limites mínimos ou
máximos pelos quais a entidade adjudicante se dispõe a contratar – a que os concorrentes têm de se vincular
e não ficar aquém ou além do estabelecido.
O caso muda de figura no que toca aos termos e condições, porquanto estes são aspetos de execução
do contrato a celebrar que não estão submetidos à concorrência, pretendendo-se apenas que os concorrentes
se vinculem aos elementos fixados nas peças do procedimento.
Os elementos apresentados nas propostas que constituem termos ou condições não podem violar,
como acontece com os atributos, os aspetos fixados nas peças do procedimento, mas não serão objeto de
avaliação, apenas de análise.

Adjudicação por lotes32


Trata-se da adjudicação de contratos com objeto de grande dimensão sob a forma de lotes separados,
obrigatória em contratos de valor superior a 135.000,00€, para aquisição de bens e serviços, e superior a
500.000,00€, para empreitadas de obras públicas. Caso contrário, a decisão de não contratação por lotes
deve ser fundamentada.

Relatório Preliminar/Projeto de Decisão33


Após a análise e a avaliação das propostas, o júri ou a pessoa com competência para o efeito, nos
casos em que aquele é dispensado, elabora um relatório preliminar fundamentado, em que propõe a
ordenação das propostas, com vista à decisão de adjudicação, assim como propõe a eventual exclusão de
propostas.
Nos casos em que é apresentada uma única proposta ou se se tratar de um ajuste direto é elaborado
um projeto de decisão a propor a adjudicação da proposta apresentada, sendo já acompanhado do ofício de
adjudicação e da minuta do contrato.

32
V. artigo 46.º-A.
33
V. artigos 122.º, 123.º, 146.º, 147.º.

60
No relatório preliminar devem, ainda, constar os eventuais esclarecimentos prestados aos interessados
e os esclarecimentos eventualmente solicitados sobre as propostas, bem como a referência aos eventuais
erros ou omissões detetados pelos interessados.
Elaborado o relatório preliminar, o júri envia-o aos concorrentes, fixando-lhes um prazo de, no mínimo,
3 dias para a consulta prévia e 5 dias para o concurso público.

Relatório Final34
O relatório final é elaborado pelo júri após o envio do relatório preliminar a todos os concorrentes e
após estes terem exercido o seu direito de audiência prévia. É nesta sede que o júri procede à ponderação
das observações dos concorrentes em sede de audiência prévia, mantendo ou modificando o relatório
preliminar, conforme o resultado daquela ponderação, se existir.
Se, das ponderações efetuadas, houver alterações relativamente ao relatório preliminar –
nomeadamente, novas propostas de exclusão ou nova ordenação de propostas –, haverá lugar a nova
audiência prévia.
O relatório final servirá de base à decisão sobre as propostas nele feitas, que cabe ao órgão competente
para a decisão de contratar, e será posteriormente enviado a todos os concorrentes com a notificação da
decisão de adjudicação.

Impedimentos35
Os impedimentos são situações relativas aos concorrentes ou candidatos cuja existência os tornam
juridicamente incapazes de participar nos procedimentos adjudicatórios de contratos públicos. A não
verificação de impedimentos legais por parte dos concorrentes ou candidatos aos procedimentos de
adjudicação são requisitos da sua habilitação. Como já referido nos documentos de habilitação, são requisitos
fundamentais para o adjudicatário ter capacidade e idoneidade moral, profissional, económica e cívica para
contratar.
O artigo 55.º do CCP elenca, exaustivamente, cada uma das situações de impedimento, de entidades,
tanto entidades candidatas, como concorrentes ou como entidades integrantes de qualquer agrupamento.

Caução
No caso de contratos que impliquem o pagamento de um preço pela entidade adjudicante, deve ser
exigida ao adjudicatário uma caução no valor de, no máximo, 5% do preço contratual, destinada a garantir a
sua celebração, bem como o exato e pontual cumprimento de todas as obrigações legais e contratuais, quando
este for superior a 500.000,00€.

34
V. artigos 124.º, 148.º.
35
V. artigo 55.º.

61
Não sendo exigível a prestação de caução pode, contudo, a entidade adjudicante, se o considerar
conveniente, proceder à retenção de até 10 % do valor dos pagamentos a efetuar, desde que tal seja previsto
no caderno de encargos.
A caução é prestada por depósito em dinheiro ou em títulos emitidos ou garantidos pelo Estado, ou
mediante garantia bancária ou seguro-caução. Das condições da garantia bancária ou da apólice de seguro-
caução não pode, em caso algum, resultar uma diminuição das garantias da entidade adjudicante, nos moldes
em que são asseguradas pelas outras formas admitidas de prestação da caução.
O programa do procedimento deve conter os modelos referentes à caução que venha a ser prestada
por garantia bancária, por seguro-caução ou por depósito em dinheiro ou títulos.
O regime de liberação das cauções prestadas pelo cocontratante deve ser estabelecido no contrato,
não podendo as partes acordar em regime diverso durante a fase de execução contratual, salvo havendo
fundamento de modificação do contrato que justifique uma alteração do regime de liberação das cauções e
desde que sejam respeitados os limites previstos no CCP36.
As cauções prestadas pelo cocontratante podem ser executadas pelo contraente público, sem
necessidade de prévia decisão judicial ou arbitral, para satisfação de quaisquer importâncias que se mostrem
devidas por força do não cumprimento por aquele das obrigações legais ou contratuais37.

Fiscalização TC
Nos termos do artigo 214.º da Constituição da República Portuguesa, “O Tribunal de Contas é o órgão
supremo de fiscalização da legalidade das despesas públicas e de julgamento das contas que a lei mandar
submeter-lhe”.
O n.º 1 do artigo 1.º da Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas (LOPTC), aprovada pela
Lei n.º 98/97, de 26 de agosto, com todas as suas alterações em vigor, com as atualiza estabelece que o
Tribunal de Contas “fiscaliza a legalidade e regularidade das receitas e das despesas públicas, aprecia a boa
gestão financeira”, cabendo-lhe, especificamente, fiscalizar previamente a legalidade e o cabimento
orçamental dos atos e contrato de qualquer natureza que sejam geradores de despesa pública ou
representativos de quaisquer encargos e responsabilidades, diretas ou indiretas, para o Estado, para as
autarquias locais, para as regiões autónomas e para as demais entidades públicas incluídas no seu âmbito
subjetivo de atuação.
O Tribunal de Contas assume, assim, um papel preponderante no âmbito da Contratação Pública,
porquanto os contratos públicos celebrados na sequência de um procedimento de formação de contratos (de
empreitada, de prestação de serviços, de aquisição de bens e de concessão) são instrumentos geradores e
de realização de despesa e de aplicação de dinheiros públicos, implicando, enquanto tal, a realização de uma
despesa pública ou envolvendo a assunção de responsabilidades financeiras.

36
V. artigo 295.º.
37
V. artigo 296.º.

62
Os contratos sujeitos a fiscalização prévia pelo Tribunal de Contas encontram-se plasmados no artigo
46.º da LOPTC, estando dispensados os contratos de valor inferior a 750.000,00€. Para efeitos desta dispensa
é necessário ter em consideração o valor global dos contratos que possuam prestações do mesmo tipo. De
notar que esta dispensa não significa que os contratos não possam ser alvo de outro tipo de
fiscalizações/auditorias.

Dever de adjudicação38
A entidade adjudicante tem o dever de decidir sobre a adjudicação, competindo ao órgão competente
para a decisão de contratar tomar a decisão de adjudicação ou de não adjudicação. Neste último caso, não
haverá lugar à adjudicação, extinguindo-se o procedimento, se ocorrer alguma das situações do n.º 1 do artigo
79.º. A decisão de não adjudicação implica a revogação da decisão de contratar.
A decisão de adjudicação deve ser tomada e notificada a todos os concorrentes antes do término do
prazo de manutenção das propostas. Se a decisão de adjudicação for tomada além deste prazo (por motivo
justificado), os concorrentes podem recusar a adjudicação.

Dever de celebrar contrato39


É o dever da entidade adjudicante e do adjudicatário de outorgarem o contrato, que nasceu com a
abertura do procedimento e com a apresentação da proposta, respetivamente.
O contrato deve ser reduzido a escrito, a não ser que:
✓ Se trate de um contrato cujo preço contratual não exceda os 10.000,00€; ou
✓ Se trate de um contrato cujo prazo máximo fixado seja de 20 dias, a relação contratual se
extinga com a prestação de serviços ou aquisição de bens e não esteja sujeito a fiscalização
pelo Tribunal de Contas;
✓ Se trate de um contrato de empreitada de obras públicas de complexidade técnica muito
reduzida e cujo preço contratual não exceda os 15.000,00€.
Nestes três casos, não é, então, exigível que o contrato seja reduzido a escrito.
O conteúdo do contrato deve respeitar os elementos constantes no artigo 96.º, sob pena de nulidade.

38
V. artigos 76.º, 79.º.
39
V. artigos 94.º, 95.º, 96.º.

63
LEGISLAÇÃO

Decreto-Lei n.º 4/2015, de 07 de janeiro, com as alterações em vigor, que aprova o novo Código do
Procedimento Administrativo;

Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as alterações em vigor, que aprova o Código dos Contratos
Públicos (CCP), com as atualizações em vigor;

Decreto-Lei n.º 6/2004, de 6 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 73/2021, de 18 de agosto, que
estabelece o regime de revisão de preços das empreitadas de obras públicas e de obras particulares e de
aquisição de bens e serviços;

Decreto-Lei n.º 36/2022, de 20 de maio, que estabelece um regime excecional e temporário no âmbito do
aumento dos preços com impacto em contratos públicos.

64
BIBLIOGRAFIA

RAIMUNDO, MIGUEL ASSIS, Direito dos Contratos Públicos, Volume 2, Regime Substantivo, AAFDL Editora,
Lisboa, 2022;

SÁNCHEZ, PEDRO FERNÁNDEZ, A revisão de 2021 do Código dos Contratos Públicos, AAFDL Editora, Lisboa,
2021;

SÁNCHEZ, PEDRO FERNÁNDEZ, Direito da Contratação Pública, Volume I e II, AAFDL Editora, Lisboa, 2020;

SILVA, JORGE ANDRADE DA, Código dos Contratos Públicos – Anotado e Comentado, 8.ª edição, Almedina,
Coimbra, 2020;

SILVA, JORGE ANDRADE DA, Dicionário dos Contratos Públicos, 2.ª edição, Almedina, Coimbra, 2020.

65
ANEXOS

ANEXO I – Decreto-Lei n.º 60/2018


1. Decisão de Contratar

Exmo. Senhor:
Presidente do Conselho de Gestão da UMinho ou
Presidente da Unidade Orgânica
Largo do Paço
BRAGA

sua referência sua comunicação de nossa referência data


____-__/20__ __-__-20__

PROCEDIMENTO PARA Mostra-se necessário proceder à aquisição de bens/serviços [adaptar em função do objeto] de
FORMAÇÃO DE [identificar objeto do contrato], no valor máximo de ____€ (______ euros) [indicar o valor por
CONTRATO DE extenso], acrescido de IVA à taxa legal em vigor [se aplicável] para a prossecução das atividades
AQUISIÇÃO DE BENS de investigação associadas à linha de investigação ____________ do projeto ______, ref.ª
MÓVEIS/SERVIÇOS _____, financiado pelo ______________, para cumprimento dos compromissos assumidos
[ESCOLHER] com a Entidade Financiadora, projeto este inserido no centro de investigação ____________.
NECESSÁRIOS AO
DESENVOLVIMENTO Este projeto tem como objetivos _____________, e que os bens/serviços a adquirir/locar
DE ATIVIDADES DE I&D [adaptar em função do caso concreto] têm como finalidade __________.
– [REF.ª E OBJETO] As prestações a contratar destinam-se única e exclusivamente às atividades de investigação
científica, não tendo outra utilização que a de desenvolvimento das atividades de investigação do
projeto.
Considerando que o Decreto-Lei n.º 60/2018, de 3 de agosto, no n.º 1 do seu artigo 3.º exclui da
- Enquadramento do aplicação da parte II do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008,
contrato no regime do de 29 de janeiro, na sua redação atual, os contratos de locação ou aquisição de bens móveis e
nº 1 do artigo 3º do DL aquisição de serviços, necessários para o desenvolvimento de atividades de I&D pelas Instituições
n.º 60/2018, de 3 de de I&D, conforme definidas, respetivamente, nas alíneas a) e b) do n.º 2 do referido diploma, e
agosto – Contratação cujo valor seja inferior aos montantes limiares relevantes para os efeitos da Diretiva n.º
excluída; 2014/24/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014;
Considerando o Regulamento relativo à definição dos procedimentos internos a adotar na
- Autorização de Aquisição ou Locação de Bens ou Aquisição de Serviços para Atividades de I&D na Universidade
despesa. do Minho, nos termos do previsto no Decreto-Lei nº 60/2018, de 3 de agosto, aprovado pelo
Conselho de Gestão, pela Deliberação n.º 30/2022, de 15 de dezembro;
Considerando que as prestações [adaptar em função do caso concreto] em questão se mostram
necessárias ao desenvolvimento de atividades de I&D associadas ao projeto supramencionado,
classificáveis como ______________________, atividades estas prosseguidas no âmbito da
atividade científica e tecnológica da Universidade do Minho, nos termos e para os efeitos do
disposto nas alíneas a) e b) do artigo 2.º do Decreto-lei 60/2018, de 3 de agosto;
Considerando que o valor estabelecido para o contrato é inferior ao limiar relevante para os efeitos
da Diretiva n.º 2014/24/UE, relativa aos contratos públicos, alterado pelo Regulamento Delegado
(UE) 2021/1952 da Comissão, de 10 de novembro de 2021,
Propõe-se que seja consultada/s a/s entidade/s [adaptar em função do caso concreto]
_____________, com o NIPC/NIF _______, e sede/residência _____________, por

66
_____________ [justificar escolha da entidade], conforme informação junta ao processo [se
aplicável].
Segue, para o efeito, orçamento detalhado apresentado pela entidade acima referida. Ou: Em
cumprimento do estabelecido no n.º 2 do artigo 8.º e n.º 2 do artigo 9.º do Regulamento que
define os procedimentos internos a adotar na Aquisição de Bens ou Serviços para Atividades de
I&D na Universidade do Minho, nos termos do previsto no Decreto-Lei n.º 60/2018, aprovado pela
Deliberação n.º …., seguem em anexo os orçamentos detalhados apresentados por X entidades
[adaptar em função do caso concreto].
Não sendo possível, justificar a impossibilidade de convidar as entidades no número estabelecido
no Regulamento.
O presente procedimento será integralmente conduzido através do endereço eletrónico
_____________.
Assim, vem pelo presente solicitar-se a V. Exas. autorização para a realização da despesa atinente
à celebração do contrato em assunto, bem como o respetivo enquadramento no regime do n.º 1
do artigo 3.º do DL n.º 60/2018, de 3 de agosto.
Ao abrigo do estabelecido no artigo 55.º do Código de Procedimento Administrativo, mais se
solicita, que seja delegada em ______________, a competência para a prática de todos os atos
a realizar no âmbito do procedimento em assunto.
Para o acompanhamento permanente da execução do contrato a celebrar, nos termos e para os
efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 290.º-A do Código dos Contratos Públicos (CCP), propõe-se
que seja designado para a função de Gestor do Contrato o/a _________________, [identificação
nominal e funcional], por possuir os conhecimentos técnicos necessários para a função a
desempenhar.
[se aplicável] Atendendo ao valor e/ou à natureza das prestações a contratar, ____________,
entende-se que [ou] é devida a prestação de uma caução pelo adjudicatário, no montante
correspondente a __ % do preço contratual, [ou] às importâncias que o adjudicatário tiver a receber
em cada um dos pagamentos previstos, proceder-se-á à retenção de __% desse(s) pagamento(s),
[adaptar em função do caso concreto] para garantir a celebração do contrato, bem como o exato
e pontual cumprimento das obrigações emergentes da sua celebração.
Solicita-se ainda a V. Exas. a aprovação da minuta do contrato a celebrar [se aplicável], que se
anexa ao presente ofício.
Nos termos e para os efeitos do n.º 5 do artigo 67.º do CCP, informo que não estou abrangido(a),
na presente data, por quaisquer conflitos de interesses relacionados com o objeto ou com os
participantes no procedimento em causa. Mais declaro que se durante o procedimento de
formação do contrato tiver conhecimento da participação de operadores económicos relativamente
aos quais possa existir um conflito de interesses, disso darei imediato conhecimento ao órgão
competente da entidade adjudicante, para efeitos de impedimento ou escusa de participação no
procedimento, nos termos do disposto nos artigos 69.º a 76.º do Código do Procedimento
Administrativo.
[caso o prazo de execução o justifique] Tendo em conta o prazo de execução máximo de ______,
solicita-se autorização para assunção de compromissos plurianuais, nos termos e em conformidade
com o disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho e no
n.º 5 do artigo 11.º do DL n.º 127/2012, de 21 de junho. Os encargos orçamentais decorrentes
do presente procedimento serão previsivelmente repartidos da seguinte forma: [exemplo]
✓ Para o presente ano económico: ______ (________ euros);
✓ Para os anos:
 20__ – _____€ (_______ euros);
 […].

Mais se informa que a despesa tem cabimento e será custeada com verbas da Dimensão
_________, do Projeto ________________ (Cabimento n.º ______ /CPV [n.º e extenso]).

Com os melhores cumprimentos,


O/A ________________.

67
2. Minuta de contrato
(contrato para aquisição de bens móveis)

CONTRATO PARA AQUISIÇÃO DE _______________, ADJUDICADO À ENTIDADE_________, PELA


QUANTIA DE ______€ (_______), NA QUAL ESTÃO INCLUÍDOS ________€ (__________) DE IVA À TAXA
LEGAL DE _____%.

Entre a
UNIVERSIDADE DO MINHO, adiante designada como PRIMEIRO OUTORGANTE, com sede no Largo do Paço,
4704-553 Braga, com o número de Identificação Fiscal 502011378, representada [adaptar em função do caso
concreto]:
pelo Professor Doutor RUI MANUEL COSTA VIEIRA DE CASTRO, Reitor e Presidente do Conselho de Gestão
daquela Universidade, conforme Despacho normativo n.º 13/2017, de 21 de setembro, publicado no Diário da
República n.º 183, 2.ª série, de 21 de setembro, alterado pelo Despacho Normativo n.º 15/2021, publicado no Diário
da República n.º 115, 2.ª série, de 16 de junho, e Deliberação n.º 1189/2021, publicada no Diário da República n.º
223/2021, 2.ª série, de 17 de novembro; OU

pelo …, Presidente da [Unidade Orgânica], no uso das competências que lhe foram delegadas pela Deliberação n.º …,
do Conselho de Gestão, publicada no Diário da República n.º…, 2.ª série, de …;

e a entidade
__________, adiante designada como SEGUNDO OUTORGANTE, pessoa coletiva n.º _______, com sede
__________, representada por ____________________, portador do Cartão de Cidadão n.º _____________,
válido até ________, pessoa cuja identidade foi legalmente reconhecida e que pode outorgar pela entidade que
representa na qualidade de______________, conforme documento junto ao processo;

é celebrado o presente contrato, na sequência do procedimento com a ref.ª ____, autorizado por deliberação do
Conselho de Gestão da Universidade do Minho ou autorizado por decisão do Presidente da [Unidade Orgânica], de
______ de ________ de 20__, nos termos do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei nº 60/2018, de 3 de agosto, cuja
minuta foi aprovada por deliberação do Conselho de Gestão da Universidade do Minho ou aprovado por decisão do
Presidente da [Unidade Orgânica], de ____ de _______de 20__, o qual se rege pelas cláusulas seguintes:

Cláusula 1ª
Objeto
O presente contrato tem por objeto o fornecimento, pelo Segundo Outorgante ao Primeiro Outorgante, de
____________ [identificar objeto], nos termos descritos no Anexo I - “Especificações Técnicas” resultante de
consulta realizada ao abrigo do Decreto-Lei n.º 60/2018, de 3 de agosto.

Cláusula 2ª
Vigência do contrato
[ajustar, tendo em conta o caso concreto, nomeadamente, quando esteja em causa uma pluralidade
indeterminada de fornecimentos ao abrigo do contrato, num dado prazo]
1 – O contrato mantém-se em vigor até à entrega dos bens ao Primeiro Outorgante, em conformidade com os respetivos
termos e condições e o disposto na lei, sem prejuízo das obrigações acessórias que devam perdurar para além da
cessação do contrato.

2 – Os bens objeto do contrato devem ser entregues no prazo máximo de ____ (por extenso) dias/meses, contados
da data de outorga do contrato.

Cláusula 3ª
Local e condições de entrega dos bens
1 – Os bens objeto do contrato devem ser entregues nas instalações do ____________, entre as __:__h e as __:__h.
[ajustar, tendo em conta o caso concreto]

2 – Os bens devem ser entregues em perfeitas condições de serem utilizados para os fins a que se destinam e dotados
de todo o material de apoio necessário à sua entrada em funcionamento.

3 – O Segundo Outorgante obriga-se a disponibilizar, simultaneamente com a entrega dos bens, as respetivas fichas
técnicas e todos os documentos que sejam necessários para a boa e integral utilização ou funcionamento daqueles,
em língua portuguesa, exceto se outra for expressamente aceite pelo Primeiro Outorgante.

4 – Todos os bens a fornecer ao abrigo do contrato, bem como as respetivas peças, componentes ou equipamentos
devem ser novos.

5 – O transporte para o local da entrega é da inteira responsabilidade do Segundo Outorgante, ficando este obrigado a
recorrer a todos os meios necessários para garantir a segurança e integridade dos bens a transportar, bem como a
suportar todos os custos que daí advierem.

6 – É aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto na lei que disciplina os aspetos relativos à venda de bens
de consumo e das garantias a ela relativas, no que respeita à conformidade dos bens.

Cláusula 4ª
Obrigações principais do Segundo Outorgante
1 – Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável e de outras especialmente previstas no presente
contrato, da respetiva celebração decorrem para o Segundo Outorgante as seguintes obrigações principais:
[acrescentar/retirar, tendo em conta o caso em concreto]

a) Fornecimento dos bens, nos termos, condições e características dele constantes, bem como das especificações
técnicas descritas no Anexo I que deste faz parte integrante;
b) Ter ao seu serviço pessoal de reconhecida idoneidade moral, aptidão física e adequada formação técnica;
c) Comunicar ao Primeiro Outorgante a nomeação do Gestor de Cliente responsável pelo contrato celebrado e
quaisquer alterações relativas à sua nomeação;
d) Assegurar que para todas as matérias colocadas pelo Primeiro Outorgante ao respetivo Gestor de Cliente, o
tempo de resposta não exceda 10 (dez) dias úteis, nas situações normais e 3 (três) dia úteis nas situações
urgentes;
e) Responsabilizar-se pelos danos causados diretamente ao Primeiro Outorgante, ou a terceiros, decorrentes de
sua culpa ou dolo na execução do contrato;
f) Comunicar, antecipadamente, ao Primeiro Outorgante, de forma fundamentada, logo que deles tenha
conhecimento, os factos que tornem total ou parcialmente impossível o fornecimento dos bens ou o
cumprimento de qualquer outra obrigação, obrigando-se, se tal for aceite e oportuno, a restabelecer a prestação
ou reparar o incumprimento em prazo razoável;

69
g) Manter durante a execução do contrato, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas no
procedimento de aquisição, bem como a situação tributária e perante a segurança social regularizadas;
h) Comunicar qualquer facto que ocorra durante a execução do contrato e que altere, designadamente, a sua
denominação social, os seus representantes legais com relevância para a prestação, a sua situação jurídica ou
situação comercial, bem como as alterações aos contratos e moradas indicadas no contrato para a sua gestão.
2 – O Segundo Outorgante fica ainda obrigado, designadamente, a recorrer a todos os meios humanos, materiais e
informáticos que sejam necessários e adequados à execução do contrato, bem como ao estabelecimento do sistema
de organização necessário à perfeita e completa execução das prestações contratuais a que está obrigado.

Cláusula 5ª
Garantia
1 – Nos termos da presente cláusula e da lei que disciplina os aspetos relativos à venda de bens de consumo e das
garantias a ela relativas, o Segundo Outorgante garante os bens objeto do contrato, pelo prazo mínimo de 3 (três) anos
a contar da data da assinatura da declaração de aceitação referida no n.º 6 da Cláusula 8.ª, contra quaisquer defeitos
ou discrepâncias com as exigências legais e com características, especificações e requisitos técnicos definidos no
Anexo I ao presente contrato, que se revelem a partir da respetiva aceitação dos bens.
2 – A garantia prevista no número anterior abrange:
a) O fornecimento, a montagem ou a integração de quaisquer peças ou componentes em falta;
b) A desmontagem de peças, componentes ou bens defeituosos ou discrepantes;
c) A reparação ou a substituição das peças, componentes ou bens defeituosos ou discrepantes;
d) O fornecimento, a montagem ou instalação das peças, componentes ou bens reparados ou substituídos;
e) O transporte do bem ou das peças ou componentes defeituosos ou discrepantes para o local da sua reparação
ou substituição e a devolução daqueles bens ou a entrega das peças ou componentes em falta, reparados ou
substituídos;
f) A deslocação ao local da instalação ou de entrega;
g) A mão-de-obra.
3 – A reparação ou substituição previstas na presente cláusula devem ser realizadas dentro de um prazo razoável fixado
pelo Primeiro Outorgante e sem grave inconveniente para este último, tendo em conta a natureza do bem e o fim a que
o mesmo se destina.

Cláusula 6ª
Continuidade de fabrico
Salvo quando outra coisa resultar da natureza dos bens a fornecer, o Segundo Outorgante deve assegurar a
continuidade do fabrico e do fornecimento de todas as peças, componentes e equipamentos que integrem os bens
objeto do contrato, no mínimo, pelo prazo estimado da respetiva vida útil.

Cláusula 7ª
Encargos com direitos de propriedade intelectual ou industrial
São da responsabilidade do Segundo Outorgante quaisquer encargos decorrentes da utilização, no âmbito do contrato
celebrado, de direitos de propriedade intelectual ou industrial.

Cláusula 8ª
Verificação e aceitação do objeto do contrato

70
1 – Sem prejuízo de outras diligências especialmente previstas no Anexo I, uma vez entregues os bens objeto do
contrato, o Primeiro Outorgante, por si ou através de terceiro por ele designado, procede no prazo de 20 dias à análise
quantitativa e qualitativa dos bens entregues, com vista a verificar, respetivamente, se os mesmos reúnem as
características e requisitos técnicos e operacionais definidos no Anexo I do presente contrato, bem como outros
requisitos exigidos por lei.
2 – Na análise a que se refere o número anterior, o Segundo Outorgante deve prestar ao Primeiro Outorgante toda a
cooperação e esclarecimentos necessários.
3 – No caso da análise a que se refere o n.º 1 não comprovar a total conformidade dos bens entregues com as
exigências legais, ou no caso de existirem discrepâncias com os termos e condições definidos no presente contrato, o
Primeiro Outorgante informará, por escrito, o Segundo Outorgante.
4 – No caso previsto no número anterior, o Segundo Outorgante deve proceder, à sua custa, no prazo razoável que for
determinado pelo Primeiro Outorgante, aos ajustamentos e/ou complementos necessários para garantir a
conformidade dos bens e o integral cumprimento das exigências legais e das características, especificações e requisitos
técnicos exigidos.
5 – Após a realização dos ajustamentos e/ou complementos necessários pelo Segundo Outorgante, no prazo respetivo,
o Primeiro Outorgante procede a nova análise, nos termos do n.º 1.
6 – Caso a análise a que se refere o n.º 1 comprove a total conformidade dos bens entregues com as exigências legais,
e neles não sejam detetadas quaisquer discrepâncias com os termos e condições definidos no presente contrato, será
emitida no prazo máximo de 10 dias, a contar do termo dessa análise, uma Declaração de Aceitação, pelo Primeiro
Outorgante.
7 -- Com a assinatura da declaração a que se refere o número anterior, ocorre a transferência da posse e da propriedade
dos bens objeto do contrato para o Primeiro Outorgante bem como do risco de deterioração ou perecimento dos
mesmos, sem prejuízo das obrigações de garantia que impendem sobre o Segundo Outorgante.
8 – A emissão da declaração a que se refere o n.º 6 não implica a aceitação de eventuais defeitos ou de discrepâncias
dos bens entregues com exigências legais ou com as características, especificações e requisitos técnicos previstos no
presente contrato, que não eram visíveis nem foram detetados durante o período de verificação, mas que se confirma
serem anomalias resultantes, nomeadamente, do processo de fabrico, transporte e/ou instalação.

Cláusula 9ª
Objeto e prazo do dever de sigilo
1 – O Segundo Outorgante deve guardar sigilo e garantir a confidencialidade, não divulgando as condições estabelecidas
no presente contrato ou informações e documentação técnica e não técnica, comercial ou outra, relativa ao Primeiro
Outorgante, que no âmbito da formação e da execução do contrato, possa ter conhecimento, incluindo os seus agentes,
funcionários, colaboradores ou terceiros neles envolvidos, salvo com o consentimento expresso do Primeiro Outorgante.
2 – A informação e a documentação cobertas pelo dever de sigilo não podem ser transmitidas a terceiros, nem objeto
de qualquer uso ou modo de aproveitamento que não o destino direta e exclusivamente à execução do contrato.
3 – Exclui-se do dever de sigilo previsto, a informação e a documentação que fossem comprovadamente do domínio
público à data da respetiva obtenção pelo Segundo Outorgante ou que este seja legalmente obrigado a revelar, por
força da lei, de processo judicial ou a pedido de autoridades reguladoras ou outras entidades administrativas
competentes.
4 – O dever de sigilo mantém-se em vigor indefinidamente, até autorização expressa em contrário pelo Primeiro
Outorgante, a contar do cumprimento ou cessação, por qualquer causa, do contrato, sem prejuízo da sujeição
subsequente a quaisquer deveres legais relativos, designadamente, à proteção de segredos comerciais ou da
credibilidade, do prestígio ou da confiança devidos às pessoas coletivas.

71
Cláusula 10ª
Regulamento de Proteção de Dados
1 – O Segundo Outorgante obriga-se a cumprir o disposto em todas as disposições legais aplicáveis em matéria de
tratamento de dados pessoais, no sentido conferido pelo Regulamento (EU) 2016/679 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 27 de abril de 2016, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de
dados pessoais e à livre circulação desses dados (“Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados”) e demais legislação
comunitária e nacional aplicável, em relação a todos os dados pessoais a que aceda no âmbito dos serviços a prestar
ao abrigo do contrato a celebrar.
2 – O Segundo Outorgante compromete-se, designadamente, a não copiar, reproduzir, adaptar, modificar, alterar,
apagar, destruir, difundir, transmitir, divulgar ou, por qualquer outra pessoa, colocar à disposição de terceiros os dados
pessoais a que tiver acesso ou lhe forem transmitidos pelo Primeiro Outorgante ao abrigo do contrato a celebrar, sem
que para tal tenha sido expressamente instruído, por escrito, pelo Primeiro Outorgante ou pelos titulares dos dados no
exercício dos seus respetivos direitos.
3 - O Segundo Outorgante obriga-se a pôr em prática as medidas técnicas e de organização necessárias à proteção dos
dados pessoais tratados por conta do Primeiro Outorgante contra a respetiva destruição, acidental ou ilícita, a perda
acidental, a alteração, a difusão ou o acesso não autorizado, bem como contra qualquer outra forma de tratamento
ilícito dos mesmos dados pessoais.
4 – As medidas a que se refere o número anterior devem garantir um nível de segurança adequado em relação aos
riscos que o tratamento de dados apresenta, à natureza dos dados a proteger e aos riscos, de probabilidade e gravidade
variável para os direitos e liberdades das pessoas singulares.
5 – O Segundo Outorgante compromete-se a que o acesso aos dados pessoais tratados ao abrigo do contrato a celebrar
será estritamente limitado ao pessoal que necessitar de ter acesso aos mesmos para efeitos de cumprimento das
obrigações assumidas pelo Segundo Outorgante.
6 – O Segundo Outorgante obriga-se a comunicar ao Primeiro Outorgante qualquer situação que possa afetar o
tratamento dos dados pessoais ou de algum modo dar origem ao incumprimento das disposições legais em matéria de
proteção de dados, devendo ainda tomar todas as medidas necessárias e ao seu alcance para a fazer cessar de
imediato.
7 – O Segundo Outorgante será responsável por qualquer prejuízo em que o Primeiro Outorgante vier a incorrer em
consequência do tratamento, por si ou pelo seu pessoal, de dados pessoais ou em violação das normas legais aplicáveis,
quando tal violação seja imputável ao Segundo Outorgante e solidária com o pessoal no âmbito do serviço prestado,
quando a violação seja imputável à atuação destes últimos.

Cláusula 11ª
Preço contratual e condições de pagamento [adequar, em função do caso concreto]
1 – Pela prestação objeto do contrato, bem como pelo cumprimento das demais obrigações constantes no presente
contrato, o Primeiro Outorgante deve pagar ao Segundo Outorgante o preço contratualmente fixado, nos termos da
presente cláusula.
2 – O encargo total com a celebração do presente contrato é de ______€ (por extenso), dos quais _______€ (por
extenso) dizem respeito ao valor dos bens a fornecer e _______€ (por extenso) ao Imposto sobre o Valor
Acrescentado à taxa de __%.
3 – O preço referido no número anterior inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não esteja
expressamente atribuída ao Primeiro Outorgante, designadamente, com alojamento, alimentação e deslocação de
meios humanos, despesas de aquisição, transporte, armazenamento e manutenção de meios materiais, bem como
quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças.
4 – A quantia devida pelo Primeiro Outorgante deve ser paga no prazo de 30 (trinta) dias após a receção da respetiva
fatura, que só pode ser emitida após o vencimento da obrigação respetiva e desde que cumpridas as formalidades
legais exigida.

72
5 – Para os efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida com a emissão da Declaração de Aceitação,
referida no n.º 6 da Cláusula 8.ª do presente contrato, pelo Primeiro Outorgante.
6 – Em caso de discordância por parte do Primeiro Outorgante, quanto aos valores indicados nas faturas, deve esta
comunicar ao Segundo Outorgante, por escrito, os respetivos fundamentos, ficando este obrigado a prestar os
esclarecimentos necessários ou proceder à emissão de nova fatura corrigida.
7 – Independentemente do referido nos números anteriores, os pagamentos a efetuar ao abrigo do objeto do contrato
só serão efetuados depois de verificados todos os formalismos legais a que obedecem as despesas públicas.

Cláusula 12ª
Classificação orçamental e compromisso
1 – O encargo resultante do presente contrato será suportado por conta das verbas inscritas no orçamento do primeiro
outorgante, sob a rubrica orçamental com a classificação económica _____.
2 – O encargo previsto para o presente ano económico é de ______€ (______euros), sendo que o encargo previsto
para o ano de 20__ é de ______€ (____ euros) e para o ano de 20__ é de ______€ (_____ euros), valores
acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, cumprindo o disposto na cláusula anterior. [se aplicável]

3 – A repartição da despesa indicada no número anterior conforma-se com o previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo
22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho. [se aplicável]

4 – Com a assinatura do presente contrato é assumido o compromisso de pagamentos dos encargos inerentes,
formalizado através da emissão, por meio informático dos Serviços de Contabilidade da Universidade do Minho, do
seguinte número de compromisso válido e sequencial ________ de ____ de ________ de 20__, refletido na Nota
de Encomenda número ____________com a mesma data.

Cláusula 13ª
Penalidades contratuais
1 – O incumprimento das obrigações emergentes do contrato, por razões imputáveis ao Segundo Outorgante, confere
ao Primeiro Outorgante o direito à aplicação de sanção pecuniária, a fixar em função da gravidade do incumprimento,
designadamente:
a) Pelo incumprimento das datas e prazos de entrega dos bens objeto do contrato, até 0,5% do preço contratual,
por cada dia de atraso. [devem ser melhor ajustadas/desenvolvidas as penalidades que se
entendam ser as que melhor se adequam ao caso concreto]

2 – Na determinação da gravidade do incumprimento, o Primeiro Outorgante tem em conta, nomeadamente, a duração


da infração, a sua eventual reiteração, o grau de culpa do Segundo Outorgante e as consequências do incumprimento.
3 – A acumulação das penas pecuniárias previstas na presente cláusula não pode exceder 20% do preço contratual,
sem prejuízo da resolução do contrato nos termos legais.
4 – Nos casos em que seja atingido o limite previsto no número anterior e o Primeiro Outorgante decida não proceder
à resolução do contrato, por dela resultar grave dano para o interesse público, aquele limite é elevado para 30%.
5 – Para efeitos dos limites previstos nos n.ºs 3 e 4, quando o contrato previr prorrogações expressas ou tácitas, o valor
das sanções a aplicar deve ter por referência o preço do seu período de vigência inicial.
6 – Considera-se haver incumprimento definitivo, suscetível de aplicação da sanção de resolução sancionatória quando,
após notificação e concessão de prazo para o cumprimento da obrigação em falta, o Segundo Outorgante continue a
incorrer em incumprimento.
7 – O Primeiro Outorgante pode compensar os pagamentos devidos ao abrigo do contrato com as penas pecuniárias
devidas nos termos da presente cláusula.

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8 – As penas pecuniárias eventualmente aplicáveis ao Segundo Outorgante não obstam a que o Primeiro Outorgante
exija uma indemnização pelo dano excedente.
9 – Em caso de atraso do Primeiro Outorgante no cumprimento das suas obrigações pecuniárias, o Segundo Outorgante
tem direito aos juros de mora sobre o montante em dívida à taxa legalmente fixada para o efeito pelo período
correspondente à mora.

Cláusula 14ª
Gestor do contrato
1 – É designado, pelo órgão competente, para a função de Gestor de Contrato, _____________________ [nome,
cargo], por possuir os conhecimentos técnicos necessários para a função a desempenhar.

2 – Cabe ao gestor do contrato exercer as competências que sejam atribuídas pelo Primeiro Outorgante, em matéria
de acompanhamento da execução e verificação do cumprimento de todas as obrigações legais e contratuais assumidas
pelo Segundo Outorgante.
3 – No desempenho das suas funções o Gestor do Contrato tem direito de acesso e consulta a toda a documentação
relacionada com as atividades objeto do presente procedimento.
4 – Caso o gestor detete desvios, defeitos ou outras anomalias na execução do contrato, deve comunicá-los de imediato
ao órgão competente, propondo em relatório fundamentado as medidas corretivas que, em cada caso, se revelem
adequadas.
5 – O Segundo Outorgante obriga-se a cooperar com o Gestor do Contrato, designado pelo Primeiro Outorgante, na
prossecução das atividades de acompanhamento que este tem a seu cargo.

Cláusula 15ª
Revogação do contrato
O presente contrato pode ser revogado, a todo o tempo, por acordo escrito, assinado pelos legais representantes de
ambas as partes, do qual deve constar a referência ao presente contrato e seus aditamentos, bem como a data de
início da produção de efeitos da revogação.

Cláusula 16ª
Resolução por parte do Primeiro Outorgante
1 – Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o Primeiro Outorgante pode resolver o contrato
no caso de o Segundo Outorgante violar de forma grave ou reiterada qualquer das obrigações que lhe incumbem.
2 – O direito de resolução referido no número anterior exerce-se mediante declaração enviada ao Segundo Outorgante.
3 – O incumprimento, por parte do Segundo Outorgante, confere, nos termos gerais de direito, ao Primeiro Outorgante,
além da faculdade de rescindir o contrato, o direito às correspondentes indemnizações legais.

Cláusula 17ª
Resolução por parte do Segundo Outorgante
1 – Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o Segundo Outorgante pode resolver o contrato
quando:
a) Qualquer montante que lhe seja devido esteja em dívida há mais de 6 (seis) meses ou o montante em
dívida exceda 25% do preço contratual, excluindo juros;
2 – O direito de resolução é exercido por via judicial nos termos da Cláusula 21.ª.

74
3 – Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, o direito de resolução pode ser exercido mediante declaração enviada ao
Primeiro Outorgante, que produz efeitos 30 (trinta) dias após a receção dessa declaração, salvo se esta última cumprir
as obrigações em atraso nesse prazo, acrescidas dos juros de mora a que houver lugar.
4 – A resolução do contrato nos termos dos números anteriores não determina a repetição das prestações já realizadas
pelo Segundo Outorgante, cessando, porém, todas as obrigações deste ao abrigo do contrato.

Cláusula 18ª
Casos fortuitos ou de força maior
1 – Não podem ser impostas penalidades, nem é havida como incumprimento, a não realização pontual das prestações
contratuais a cargo de qualquer das partes que resulte de caso de força maior, entendendo-se como tal as
circunstâncias que impossibilitem a respetiva realização, alheias à vontade da parte afetada, que ela não pudesse
conhecer ou prever à data da celebração do contrato e cujos efeitos não lhe fosse razoavelmente exigível contornar ou
evitar, que se reconduzem expressamente a tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens, greves
ou outros conflitos coletivos de trabalho, embargos ou bloqueios internacionais, atos de guerra ou terrorismo, motins e
determinações governamentais ou administrativas injuntivas, exceto as que resultem de incumprimentos de deveres e
normas legais a que está obrigado.
2 – A parte que invoca casos fortuitos ou de força maior deve comunicar e justificar tais situações à outra parte, bem
como informar o prazo previsível para restabelecer a situação.
3 – A força maior determina a prorrogação dos prazos de cumprimento das obrigações contratuais afetadas pelo
período de tempo comprovadamente correspondente ao impedimento resultante da força maior.

Cláusula 19ª
Subcontratação e cessão da posição contratual
O Segundo Outorgante não poderá subcontratar ou ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e obrigações
decorrentes do contrato, sem autorização prévia e por escrito do Primeiro Outorgante, nos termos da legislação
aplicável.

Cláusula __ª
Execução e liberação de caução [se aplicável]
1 – Para garantir a celebração do contrato, bem como o exato e pontual cumprimento das obrigações emergentes da
sua celebração, o Segundo Outorgante prestou caução, através de _________, emitida em _________, por
_________, no montante máximo de ______€ (_______ euros), correspondente a _ % do preço contratual, a qual
foi julgada conforme e arquivada no respetivo processo.
2 – A caução prestada pelo Segundo Outorgante, nos termos do número anterior, pode ser executada pelo Primeiro
Outorgante, sem necessidade de prévia decisão judicial ou arbitral, para satisfação de quaisquer créditos resultantes
de mora, cumprimento defeituoso, incumprimento definitivo pelo Segundo Outorgante das obrigações contratuais ou
legais, incluindo o pagamento de penalidades ou para quaisquer outros efeitos especificamente previstos no contrato
ou na lei.
3 – A resolução do contrato pelo Primeiro Outorgante não impede a execução da caução.
4 – A execução parcial ou total da caução prestada pelo cocontratante constitui o Segundo Outorgante na obrigação de
proceder à reposição do respetivo valor, no prazo de 15 dias, após a notificação do Primeiro Outorgante para esse
efeito.
5 – A caução a que se referem os números anteriores é liberada nos termos do artigo 295.º do Código dos Contratos
Públicos.

75
Cláusula __ª
Retenção nos pagamentos e liberação da mesma [se aplicável]
1 – Para garantir a celebração do contrato, bem como o exato e pontual cumprimento das obrigações emergentes da
sua celebração, às importâncias que o Segundo Outorgante tiver a receber em cada um dos pagamentos previstos,
proceder-se-á à retenção de __% desse(s) pagamento(s).
2 – A retenção a que se refere o número anterior é liberada nos termos do artigo 295.º do Código dos Contratos
Públicos.

Cláusula 20ª
Comunicações e notificações
1 – Sem prejuízo de poderem ser aprovadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre as partes do
contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do Código dos Contratos Públicos, para o domínio ou sede contratual
de cada uma, identificados no contrato.
2 – Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser comunicada à outra parte.

Cláusula 21ª
Foro competente
Para resolução de todos os litígios decorrentes da interpretação ou execução do contrato fica estipulada a competência
do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, com expressa renúncia a qualquer outro.

Cláusula 22ª
Contrato
O contrato é composto pelo respetivo clausulado contratual e seus anexos.

Cláusula 23ª
Legislação aplicável
1 – O contrato tem natureza administrativa e é regulado pela lei portuguesa.
2 – Nos termos do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei nº 60/2018, de 3 de agosto, não se aplica ao presente contrato
a parte II do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as
atualizações em vigor.
3 – Em tudo o que não se encontrar especialmente regulado, aplicam-se as disposições constantes do Código dos
Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, e demais
legislação específica aplicável, em especial o disposto no Código de Procedimento Administrativo.

76
Anexo I
Especificações Técnicas

[Descrição o mais completa e detalhada possível sobre os bens a fornecer]

(…)

Este contrato é elaborado em duplicado, sendo um exemplar para cada um dos outorgantes, rubricados em todas as
páginas e assinados na última. Na impossibilidade de assinatura manual, o contrato é assinado por meios eletrónicos,
por recurso a assinatura eletrónica digital qualificada, e produz os seus efeitos à data de aposição da última assinatura.

Braga, __ de ____________ de 20__.

(Primeiro Outorgante

(Segundo Outorgante)

77
3. Minuta de contrato
(contrato para aquisição de serviços)

CONTRATO PARA AQUISIÇÃO DE _______________, ADJUDICADO À ENTIDADE_________, PELA


QUANTIA DE ______€ (_______), NA QUAL ESTÃO INCLUÍDOS ________€ (__________) DE IVA À
TAXA LEGAL DE _____%.

Entre a
UNIVERSIDADE DO MINHO, adiante designada como PRIMEIRO OUTORGANTE, com sede no Largo do Paço,
4704-553 Braga, com o número de Identificação Fiscal 502011378, representada [adaptar em função do caso
concreto]:
pelo Professor Doutor RUI MANUEL COSTA VIEIRA DE CASTRO, Reitor e Presidente do Conselho de Gestão
daquela Universidade, conforme Despacho normativo n.º 13/2017, de 21 de setembro, publicado no Diário da
República n.º 183, 2.ª série, de 21 de setembro, alterado pelo Despacho Normativo n.º 15/2021, publicado no
Diário da República n.º 115, 2.ª série, de 16 de junho, e Deliberação n.º 1189/2021, publicada no Diário da
República n.º 223/2021, 2.ª série, de 17 de novembro; OU

pelo …, Presidente da [Unidade Orgânica], no uso das competências que lhe foram delegadas pela Deliberação n.º
…, do Conselho de Gestão, publicada no Diário da República n.º…, 2.ª série, de …;

e a entidade
__________, adiante designada como SEGUNDO OUTORGANTE, pessoa coletiva n.º _______, com sede
__________, representada por ____________________, portador do Cartão de Cidadão n.º _____________,
válido até ________, pessoa cuja identidade foi legalmente reconhecida e que pode outorgar pela entidade que
representa na qualidade de______________, conforme documento junto ao processo;

é celebrado o presente contrato, na sequência do procedimento com a ref.ª ____, autorizado por deliberação do
Conselho de Gestão da Universidade do Minho ou autorizado por decisão do Presidente da [Unidade Orgânica], de
______ de ________ de 20__, nos termos do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei nº 60/2018, de 3 de agosto, cuja
minuta foi aprovada por deliberação do Conselho de Gestão da Universidade do Minho ou aprovado por decisão do
Presidente da [Unidade Orgânica], de ____ de _______de 20__, o qual se rege pelas cláusulas seguintes:

Cláusula 1ª
Objeto
O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços, pelo Segundo Outorgante ao Primeiro Outorgante, de
___________ [identificar objeto], nos termos descritos no Anexo I - “Especificações Técnicas” resultante de
consulta realizada ao abrigo do Decreto-Lei n.º 60/2018, de 3 de agosto.

Cláusula 2ª
Duração do contrato [adaptar, tendo em conta o caso concreto]
O contrato tem a duração ____ (por extenso) dias/meses/anos, a contar da data da sua celebração, em
conformidade com os respetivos termos e condições e o disposto na lei, sem prejuízo das obrigações acessórias
que devam perdurar para além da sua cessação.
Cláusula 3ª
Condições de prestação dos serviços [adaptar, tendo em conta o caso concreto]
As instalações, os equipamentos e quaisquer outros meios necessários ao exato e pontual cumprimento das
obrigações contratuais são da integral responsabilidade do Segundo Outorgante.

Cláusula 4ª
Obrigações principais do Segundo Outorgante
1 – Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável e de outras especialmente previstas no
presente contrato, da respetiva celebração decorrem para o Segundo Outorgante as seguintes obrigações principais:
[acrescentar/retirar, tendo em conta o caso em concreto]

i) Prestar os serviços objeto do contrato, nos termos, condições e características dele constantes, bem como
das especificações técnicas descritas no Anexo I que deste faz parte integrante;
j) Ter ao seu serviço pessoal de reconhecida idoneidade moral, aptidão física e adequada formação técnica;
k) Utilizar corretamente as instalações e equipamentos que lhe forem confiadas, não lhes dando uso diferente
do que lhes é devido, respeitando as instruções de utilização e/ou funcionamento que lhe sejam dadas pelo
Primeiro Outorgante, bem como, e em especial as regras de segurança aplicáveis, designadamente no que
respeita às chaves das instalações.
l) Comunicar ao Primeiro Outorgante a nomeação do Gestor de Cliente responsável pelo contrato celebrado e
quaisquer alterações relativas à sua nomeação;
m) Assegurar que para todas as matérias colocadas pelo Primeiro Outorgante ao respetivo Gestor de Cliente, o
tempo de resposta não exceda 10 (dez) dias úteis, nas situações normais e 3 (três) dia úteis nas situações
urgentes;
n) Responsabilizar-se pelos danos causados diretamente ao Primeiro Outorgante, ou a terceiros, decorrentes
de sua culpa ou dolo na execução do contrato;
o) Comunicar, antecipadamente, ao Primeiro Outorgante, de forma fundamentada, logo que deles tenha
conhecimento, os factos que tornem total ou parcialmente impossível a prestação dos serviços ou o
cumprimento de qualquer obrigação, obrigando-se, se tal for aceite e oportuno, a restabelecer a prestação
ou reparar o incumprimento em prazo razoável;
p) Manter durante a execução do contrato, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas no
procedimento de aquisição, bem como a situação tributária e perante a segurança social regularizadas;

q) Comunicar qualquer facto que ocorra durante a execução do contrato e que altere, designadamente, a sua
denominação social, os seus representantes legais com relevância para a prestação, a sua situação jurídica
ou situação comercial, bem como as alterações aos contratos e moradas indicadas no contrato para a sua
gestão;
2 – O Segundo Outorgante fica ainda obrigado, designadamente, a recorrer a todos os meios humanos, materiais e
informáticos que sejam necessários e adequados à prestação dos serviços, bem como ao estabelecimento do
sistema de organização necessário à perfeita e completa execução das prestações contratuais a que está obrigado.

Cláusula 5ª
Encargos com direitos de propriedade intelectual ou industrial
São da responsabilidade do Segundo Outorgante quaisquer encargos decorrentes da utilização, no âmbito do
contrato celebrado, de direitos de propriedade intelectual ou industrial.

79
Cláusula 6ª
Verificação e aceitação do objeto do contrato [se aplicável/adaptando se necessário]
1 – Sem prejuízo de outras diligências especialmente previstas nas condições técnicas, uma vez executados os
serviços objeto do contrato e entregues os elementos correspondentes, o Primeiro Outorgante, por si ou através de
terceiro por ele designado, procede no prazo de 20 dias à análise quantitativa e qualitativa dos mesmos, com vista
a verificar, respetivamente, se estes reúnem as características e requisitos técnicos e operacionais definidos no
Anexo I do presente contrato, bem como outros requisitos exigidos por lei.
2 – Na análise a que se refere o número anterior, o Segundo Outorgante deve prestar ao Primeiro Outorgante toda
a cooperação e esclarecimentos necessários.
3 – No caso da análise a que se refere o n.º 1 não comprovar a total conformidade dos elementos entregues e/ou
dos serviços prestados com as exigências legais, ou no caso de existirem discrepâncias com os termos e condições
definidos no presente contrato, o Primeiro Outorgante informará, por escrito, o Segundo Outorgante.
4 – No caso previsto no número anterior, o Segundo Outorgante deve proceder, à sua custa, no prazo razoável que
for determinado pelo Primeiro Outorgante, aos ajustamentos e/ou complementos necessários para garantir a
conformidade dos serviços e o integral cumprimento das exigências legais e das características, especificações e
requisitos técnicos exigidos.
5 – Após a realização dos ajustamentos e/ou complementos necessários pelo Segundo Outorgante, no prazo
respetivo, o Primeiro Outorgante procede a nova análise, nos termos do n.º 1.
6 – Caso a análise a que se refere o n.º 1 comprove a total conformidade dos serviços prestados com as exigências
legais, e neles não sejam detetadas quaisquer discrepâncias com os termos e condições definidos no presente
contrato, será emitida no prazo máximo de 10 dias, a contar do termo dessa análise, uma Declaração de
Aceitação, pelo Primeiro Outorgante.

7 – A emissão da declaração a que se refere o número anterior não implica a aceitação de eventuais discrepâncias
com as exigências legais ou com as caraterísticas, especificações e requisitos técnicos previstos no presente contrato
e respetivos anexos.

Cláusula 7ª
Objeto e prazo do dever de sigilo
1 – O Segundo Outorgante deve guardar sigilo e garantir a confidencialidade, não divulgando as condições
estabelecidas no presente contrato ou informações e documentação técnica e não técnica, comercial ou outra,
relativa ao Primeiro Outorgante, que no âmbito da formação e da execução do contrato, possa ter conhecimento,
incluindo os seus agentes, funcionários, colaboradores ou terceiros neles envolvidos, salvo com o consentimento
expresso do Primeiro Outorgante.
2 – A informação e a documentação cobertas pelo dever de sigilo não podem ser transmitidas a terceiros, nem
objeto de qualquer uso ou modo de aproveitamento que não o destino direta e exclusivamente à execução do
contrato.
3 – Exclui-se do dever de sigilo previsto, a informação e a documentação que fossem comprovadamente do domínio
público à data da respetiva obtenção pelo Segundo Outorgante ou que este seja legalmente obrigado a revelar, por
força da lei, de processo judicial ou a pedido de autoridades reguladoras ou outras entidades administrativas
competentes.
4 – O dever de sigilo mantém-se em vigor indefinidamente, até autorização expressa em contrário pelo Primeiro
Outorgante, a contar do cumprimento ou cessação, por qualquer causa, do contrato, sem prejuízo da sujeição
subsequente a quaisquer deveres legais relativos, designadamente, à proteção de segredos comerciais ou da
credibilidade, do prestígio ou da confiança devidos às pessoas coletivas.

80
Cláusula 8ª
Regulamento de Proteção de Dados
1 – O Segundo Outorgante obriga-se a cumprir o disposto em todas as disposições legais aplicáveis em matéria de
tratamento de dados pessoais, no sentido conferido pelo Regulamento (EU) 2016/679 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 27 de abril de 2016, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de
dados pessoais e à livre circulação desses dados (“Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados”) e demais
legislação comunitária e nacional aplicável, em relação a todos os dados pessoais a que aceda no âmbito dos serviços
a prestar ao abrigo do contrato a celebrar.
2 – O Segundo Outorgante compromete-se, designadamente, a não copiar, reproduzir, adaptar, modificar, alterar,
apagar, destruir, difundir, transmitir, divulgar ou, por qualquer outra pessoa, colocar à disposição de terceiros os
dados pessoais a que tiver acesso ou lhe forem transmitidos pelo Primeiro Outorgante ao abrigo do contrato a
celebrar, sem que para tal tenha sido expressamente instruído, por escrito, pelo Primeiro Outorgante ou pelos
titulares dos dados no exercício dos seus respetivos direitos.
3 - O Segundo Outorgante obriga-se a pôr em prática as medidas técnicas e de organização necessárias à proteção
dos dados pessoais tratados por conta do Primeiro Outorgante contra a respetiva destruição, acidental ou ilícita, a
perda acidental, a alteração, a difusão ou o acesso não autorizado, bem como contra qualquer outra forma de
tratamento ilícito dos mesmos dados pessoais.
4 – As medidas a que se refere o número anterior devem garantir um nível de segurança adequado em relação aos
riscos que o tratamento de dados apresenta, à natureza dos dados a proteger e aos riscos, de probabilidade e
gravidade variável para os direitos e liberdades das pessoas singulares.
5 – O Segundo Outorgante compromete-se a que o acesso aos dados pessoais tratados ao abrigo do contrato a
celebrar será estritamente limitado ao pessoal que necessitar de ter acesso aos mesmos para efeitos de cumprimento
das obrigações assumidas pelo Segundo Outorgante.
6 – O Segundo Outorgante obriga-se a comunicar ao Primeiro Outorgante qualquer situação que possa afetar o
tratamento dos dados pessoais ou de algum modo dar origem ao incumprimento das disposições legais em matéria
de proteção de dados, devendo ainda tomar todas as medidas necessárias e ao seu alcance para a fazer cessar de
imediato.
7 – O Segundo Outorgante será responsável por qualquer prejuízo em que o Primeiro Outorgante vier a incorrer em
consequência do tratamento, por si ou pelo seu pessoal, de dados pessoais ou em violação das normas legais
aplicáveis, quando tal violação seja imputável ao Segundo Outorgante e solidária com o pessoal no âmbito do serviço
prestado, quando a violação seja imputável à atuação destes últimos.

Cláusula 9ª
Preço contratual e condições de pagamento [adequar, em função do caso concreto]
1 – Pela prestação objeto do contrato, bem como pelo cumprimento das demais obrigações constantes no presente
contrato, o Primeiro Outorgante deve pagar ao Segundo Outorgante o preço contratualmente fixado, nos termos da
presente cláusula.
2 – O encargo total com a celebração do presente contrato é de ______€ (por extenso), dos quais _______€
(por extenso) dizem respeito ao valor dos serviços a prestar e _______€ (por extenso) ao Imposto sobre o Valor
Acrescentado à taxa de __% [se aplicável].

3 – O preço referido no número anterior inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não
esteja expressamente atribuída ao Primeiro Outorgante, designadamente, com alojamento, alimentação e
deslocação de meios humanos, despesas de aquisição, transporte, armazenamento e manutenção de meios
materiais, bem como quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças.

81
4 – A quantia devida pelo Primeiro Outorgante deve ser paga no prazo de 30 (trinta) dias após a receção da respetiva
fatura, que só pode ser emitida após o vencimento da obrigação respetiva e desde que cumpridas as formalidades
legais exigidas.
5 – Para os efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida após a prestação de serviços a que respeita,
com a emissão da Declaração de Aceitação, referida no n.º 6 da Cláusula 5.ª do presente contrato, pelo Primeiro
Outorgante. OU Para os efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida com a pontual execução dos
serviços e entrega dos elementos correspondentes, nos termos e em conformidade com o disposto no presente
contrato e respetivo Anexo I. OU Para efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida no primeiro dia
do mês seguinte à prestação dos serviços.
6 – Em caso de discordância por parte do Primeiro Outorgante, quanto aos valores indicados nas faturas, deve esta
comunicar ao Segundo Outorgante, por escrito, os respetivos fundamentos, ficando este obrigado a prestar os
esclarecimentos necessários ou proceder à emissão de nova fatura corrigida.
7 – Independentemente do referido nos números anteriores, os pagamentos a efetuar ao abrigo do objeto do contrato
só serão efetuados depois de verificados todos os formalismos legais a que obedecem as despesas públicas.

Cláusula 10ª
Classificação orçamental e compromisso
1 – O encargo resultante do presente contrato será suportado por conta das verbas inscritas no orçamento do
primeiro outorgante, sob a rubrica orçamental com a classificação económica _____.
2 – O encargo previsto para o presente ano económico é de ______€ (______euros), sendo que o encargo previsto
para o ano de 20__ é de ______€ (____ euros) e para o ano de 20__ é de ______€ (_____ euros), valores
acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, cumprindo o disposto na cláusula anterior. [se aplicável]

3 – A repartição da despesa indicada no número anterior conforma-se com o previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo
22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho. [se aplicável]

4 – Com a assinatura do presente contrato é assumido o compromisso de pagamentos dos encargos inerentes,
formalizado através da emissão, por meio informático dos Serviços de Contabilidade da Universidade do Minho, do
seguinte número de compromisso válido e sequencial ________ de ____ de ________ de 20__, refletido na Nota
de Encomenda número ____________com a mesma data.

Cláusula 11ª
Penalidades contratuais
1 – O incumprimento das obrigações emergentes do contrato, por razões imputáveis ao Segundo Outorgante,
confere ao Primeiro Outorgante o direito à aplicação de sanção pecuniária, a fixar em função da gravidade do
incumprimento, designadamente:
b) Pelo incumprimento das datas e prazos de prestação dos serviços objeto do contrato, até 0,5% do preço
contratual, por cada dia de atraso. [devem ser melhor ajustadas/desenvolvidas as penalidades
que se entendam ser as que melhor se adequam ao caso concreto]

2 – Na determinação da gravidade do incumprimento, o Primeiro Outorgante tem em conta, nomeadamente, a


duração da infração, a sua eventual reiteração, o grau de culpa do Segundo Outorgante e as consequências do
incumprimento.
3 – A acumulação das penas pecuniárias previstas na presente cláusula não pode exceder 20% do preço contratual,
sem prejuízo da resolução do contrato nos termos legais.
4 – Nos casos em que seja atingido o limite previsto no número anterior e o Primeiro Outorgante decida não proceder
à resolução do contrato, por dela resultar grave dano para o interesse público, aquele limite é elevado para 30%.

82
5 – Para efeitos dos limites previstos nos n.ºs 3 e 4, quando o contrato previr prorrogações expressas ou tácitas, o
valor das sanções a aplicar deve ter por referência o preço do seu período de vigência inicial.
6 – Considera-se haver incumprimento definitivo, suscetível de aplicação da sanção de resolução sancionatória
quando, após notificação e concessão de prazo para o cumprimento da obrigação em falta, o Segundo Outorgante
continue a incorrer em incumprimento.
7 – O Primeiro Outorgante pode compensar os pagamentos devidos ao abrigo do contrato com as penas pecuniárias
devidas nos termos da presente cláusula.
8 – As penas pecuniárias eventualmente aplicáveis ao Segundo Outorgante não obstam a que o Primeiro Outorgante
exija uma indemnização pelo dano excedente.
9 – Em caso de atraso do Primeiro Outorgante no cumprimento das suas obrigações pecuniárias, o Segundo
Outorgante tem direito aos juros de mora sobre o montante em dívida à taxa legalmente fixada para o efeito pelo
período correspondente à mora.

Cláusula 12ª
Gestor do contrato
1 – É designado, pelo órgão competente, para a função de Gestor de Contrato, _____________________ [nome,
cargo], por possuir os conhecimentos técnicos necessários para a função a desempenhar.

2 – Cabe ao gestor do contrato exercer as competências que sejam atribuídas pelo Primeiro Outorgante, em matéria
de acompanhamento da execução e verificação do cumprimento de todas as obrigações legais e contratuais
assumidas pelo Segundo Outorgante.
3 – No desempenho das suas funções o Gestor do Contrato tem direito de acesso e consulta a toda a documentação
relacionada com as atividades objeto do presente procedimento.
4 – Caso o gestor detete desvios, defeitos ou outras anomalias na execução do contrato, deve comunicá-los de
imediato ao órgão competente, propondo em relatório fundamentado as medidas corretivas que, em cada caso, se
revelem adequadas.
5 – O Segundo Outorgante obriga-se a cooperar com o Gestor do Contrato, designado pelo Primeiro Outorgante, na
prossecução das atividades de acompanhamento que este tem a seu cargo.

Cláusula 13ª
Revogação do contrato
O presente contrato pode ser revogado, a todo o tempo, por acordo escrito, assinado pelos legais representantes de
ambas as partes, do qual deve constar a referência ao presente contrato e seus aditamentos, bem como a data de
início da produção de efeitos da revogação.

Cláusula 14ª
Resolução por parte do Primeiro Outorgante
1 – Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o Primeiro Outorgante pode resolver o contrato
no caso de o Segundo Outorgante violar de forma grave ou reiterada qualquer das obrigações que lhe incumbem.
2 – O direito de resolução referido no número anterior exerce-se mediante declaração enviada ao Segundo
Outorgante.
3 – O incumprimento, por parte do Segundo Outorgante, confere, nos termos gerais de direito, ao Primeiro
Outorgante, além da faculdade de rescindir o contrato, o direito às correspondentes indemnizações legais.

83
Cláusula 15ª
Resolução por parte do Segundo Outorgante
1 – Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o Segundo Outorgante pode resolver o
contrato quando:
b) Qualquer montante que lhe seja devido esteja em dívida há mais de 6 (seis) meses ou o montante em
dívida exceda 25% do preço contratual, excluindo juros;
2 – O direito de resolução é exercido por via judicial nos termos da Cláusula 19.ª.
3 – Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, o direito de resolução pode ser exercido mediante declaração enviada
ao Primeiro Outorgante, que produz efeitos 30 (trinta) dias após a receção dessa declaração, salvo se esta última
cumprir as obrigações em atraso nesse prazo, acrescidas dos juros de mora a que houver lugar.
4 – A resolução do contrato nos termos dos números anteriores não determina a repetição das prestações já
realizadas pelo Segundo Outorgante, cessando, porém, todas as obrigações deste ao abrigo do contrato.

Cláusula 16ª
Casos fortuitos ou de força maior
1 – Não podem ser impostas penalidades, nem é havida como incumprimento, a não realização pontual das
prestações contratuais a cargo de qualquer das partes que resulte de caso de força maior, entendendo-se como tal
as circunstâncias que impossibilitem a respetiva realização, alheias à vontade da parte afetada, que ela não pudesse
conhecer ou prever à data da celebração do contrato e cujos efeitos não lhe fosse razoavelmente exigível contornar
ou evitar, que se reconduzem expressamente a tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens,
greves ou outros conflitos coletivos de trabalho, embargos ou bloqueios internacionais, atos de guerra ou terrorismo,
motins e determinações governamentais ou administrativas injuntivas, exceto as que resultem de incumprimentos
de deveres e normas legais a que está obrigado.
2 – A parte que invoca casos fortuitos ou de força maior deve comunicar e justificar tais situações à outra parte,
bem como informar o prazo previsível para restabelecer a situação.
3 – A força maior determina a prorrogação dos prazos de cumprimento das obrigações contratuais afetadas pelo
período de tempo comprovadamente correspondente ao impedimento resultante da força maior.

Cláusula 17ª
Subcontratação e cessão da posição contratual
O Segundo Outorgante não poderá subcontratar ou ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e
obrigações decorrentes do contrato, sem autorização prévia e por escrito do Primeiro Outorgante, nos termos da
legislação aplicável.

Cláusula __ª
Execução e liberação de caução [se aplicável]
1 – Para garantir a celebração do contrato, bem como o exato e pontual cumprimento das obrigações emergentes
da sua celebração, o Segundo Outorgante prestou caução, através de _________, emitida em _________, por
_________, no montante máximo de ______€ (_______ euros), correspondente a _ % do preço contratual, a qual
foi julgada conforme e arquivada no respetivo processo.

84
2 – A caução prestada pelo Segundo Outorgante, nos termos do número anterior, pode ser executada pelo Primeiro
Outorgante, sem necessidade de prévia decisão judicial ou arbitral, para satisfação de quaisquer créditos resultantes
de mora, cumprimento defeituoso, incumprimento definitivo pelo Segundo Outorgante das obrigações contratuais
ou legais, incluindo o pagamento de penalidades ou para quaisquer outros efeitos especificamente previstos no
contrato ou na lei.
3 – A resolução do contrato pelo Primeiro Outorgante não impede a execução da caução.
4 – A execução parcial ou total da caução prestada pelo cocontratante constitui o Segundo Outorgante na obrigação
de proceder à reposição do respetivo valor, no prazo de 15 dias, após a notificação do Primeiro Outorgante para
esse efeito.
5 – A caução a que se referem os números anteriores é liberada nos termos do artigo 295.º do Código dos Contratos
Públicos.

Cláusula __ª
Retenção nos pagamentos e liberação da mesma [se aplicável]
1 – Para garantir a celebração do contrato, bem como o exato e pontual cumprimento das obrigações emergentes
da sua celebração, às importâncias que o Segundo Outorgante tiver a receber em cada um dos pagamentos
previstos, proceder-se-á à retenção de __% desse(s) pagamento(s).
2 – A retenção a que se refere o número anterior é liberada nos termos do artigo 295.º do Código dos Contratos
Públicos.

Cláusula 18ª
Comunicações e notificações
1 – Sem prejuízo de poderem ser aprovadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre as partes
do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do Código dos Contratos Públicos, para o domínio ou sede
contratual de cada uma, identificados no contrato.
2 – Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser comunicada à outra parte.

Cláusula 19ª
Foro competente
Para resolução de todos os litígios decorrentes da interpretação ou execução do contrato fica estipulada a
competência do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, com expressa renúncia a qualquer outro.

Cláusula 20ª
Contrato
O contrato é composto pelo respetivo clausulado contratual e os seus anexos.

Cláusula 21ª
Legislação aplicável
1 – O contrato tem natureza administrativa e é regulado pela lei portuguesa.
2 – Nos termos do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei nº 60/2018, de 3 de agosto, não se aplica ao presente contrato
a parte II do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as
atualizações em vigor.

85
3 – Em tudo o que não se encontrar especialmente regulado, aplicam-se as disposições constantes do Código dos
Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, e
demais legislação específica aplicável, em especial o disposto no Código de Procedimento Administrativo.

86
Anexo I
Especificações Técnicas

[Descrição o mais completa e detalhada possível sobre os serviços a prestar/tarefas a realizar.]

(…)

Este contrato é elaborado em duplicado, sendo um exemplar para cada um dos outorgantes, rubricados em todas
as páginas e assinados na última. Na impossibilidade de assinatura manual, o contrato é assinado por meios
eletrónicos, por recurso a assinatura eletrónica digital qualificada, e produz os seus efeitos à data de aposição da
última assinatura.

Braga, __ de ____________ de 20__.

(Primeiro Outorgante

(Segundo Outorgante)

87
4. Modelo de Declaração de Compromisso de Honra

1 – ________, (nome, número de documento de identificação fiscal e morada), na qualidade de representante legal
(1) de ________, com o NIF _____, com sede ________, tendo tomado inteiro e perfeito conhecimento da minuta
de contrato relativa à execução do contrato a celebrar na sequência do procedimento ref.ª ___,
___________________ (adaptar ao caso concreto), declara, sob compromisso de honra, que a sua representada
(2) se obriga a executar o referido contrato em conformidade com o conteúdo da mencionada minuta de contrato
(adaptar ao caso concreto), relativamente ao qual declara aceitar, sem reservas, todas as suas cláusulas.
2 - Declara ainda que renuncia a foro especial e se submete, em tudo o que respeitar à execução do referido contrato,
ao disposto na legislação portuguesa aplicável.
3 - Mais declara, sob compromisso de honra, que:
a) Não se encontra em estado de insolvência, declarada por sentença judicial, em fase de liquidação, dissolução
ou cessação de atividade, sujeitas a qualquer meio preventivo de liquidação de patrimónios ou em qualquer
situação análoga, ou não tem o respetivo processo pendente, salvo quando se encontre abrangida ou tenha
pendente um plano de recuperação de empresas, judicial ou extrajudicial, previsto na lei;
b) Não foi condenado por sentença transitada em julgado por qualquer crime que afete a sua honorabilidade
profissional (3), no caso de se tratar de pessoa singular, ou, no caso de se tratar de pessoa coletiva, não foram
condenados por aqueles crimes os titulares dos seus órgãos sociais de administração, direção ou gerência da
mesma e estes se encontram em efetividade de funções;
c) Não foi objeto de aplicação de sanção administrativa por falta grave em matéria profissional, se entretanto
não tiver ocorrido a sua reabilitação, no caso de se tratar de pessoas singulares, ou, no caso de se tratar de
pessoas coletivas, não foram objeto de aplicação daquela sanção administrativa os titulares dos órgãos sociais
de administração, direção ou gerência das mesmas e estes se encontram em efetividade de funções;
d) Tem a sua situação regularizada relativamente a contribuições para a segurança social em Portugal ou, se for
o caso, no Estado de que seja nacional ou no qual se situe o seu estabelecimento principal;
e) Tem a sua situação regularizada relativamente a impostos devidos em Portugal ou, se for o caso, no Estado
de que seja nacional ou no qual se situe o seu estabelecimento principal;
f) Não foi objeto de aplicação de sanção acessória de proibição de participação em concursos públicos prevista
em legislação especial, nomeadamente nos regimes contraordenacionais em matéria laboral, de concorrência
e de igualdade e não-discriminação, bem como da sanção prevista no artigo 460.º do Código do Contratos
Públicos, durante o período fixado na decisão condenatória;
g) Não foi objeto de aplicação, há menos de dois anos, de sanção administrativa ou judicial pela utilização ao
seu serviço de mão-de-obra legalmente sujeita ao pagamento de impostos e contribuições para a segurança
social, não declarada nos termos das normas que imponham essa obrigação, em Portugal ou no Estado de
que sejam nacionais ou no qual se situe o seu estabelecimento principal;
h) Não foi, a qualquer título, prestado, direta ou indiretamente, assessoria ou apoio técnico na preparação e
elaboração das peças do procedimento que lhes confira vantagem que falseie as condições normais de
concorrência;
i) Não diligenciou no sentido de influenciar indevidamente a decisão de contratar do órgão competente, de obter
informações confidenciais suscetíveis de lhe conferir vantagens indevidas no procedimento, ou não prestou
informações erróneas suscetíveis de alterar materialmente as decisões de exclusão, qualificação ou
adjudicação;
j) Não está abrangida por conflitos de interesses que não possam ser eficazmente corrigidos por outras medidas
menos gravosas que a exclusão;
k) Não acusou deficiências significativas ou persistentes na execução de, pelo menos, um contrato público
anterior nos últimos três anos, tendo tal facto conduzido à resolução desse contrato por incumprimento, ao
pagamento de indemnização resultante de incumprimento, à aplicação de sanções que tenham atingido os
valores máximos aplicáveis nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo 329.º do Código do Contratos Públicos, ou a
outras sanções equivalentes
l) Não foi condenado por sentença transitada em julgado por algum dos seguintes crimes, se entretanto não
tiver ocorrido a sua reabilitação, no caso de se tratar de pessoa singular, ou, no caso de se tratar de pessoa
coletiva, não foram condenados pelos mesmos crimes os titulares dos órgãos sociais de administração,
direção ou gerência da mesma e estes se encontram em efetividade de funções, se entretanto não tiver
ocorrido a sua reabilitação:

88
i. Participação numa organização criminosa, tal como definida no n.º 1 do artigo 2.º da Decisão-Quadro
2008/841/JAI do Conselho, de 24 de outubro de 2008;
ii. Corrupção, tal como definida no artigo 3.º da Convenção relativa à luta contra a corrupção em que
estejam implicados funcionários da União Europeia ou dos Estados-Membros da União Europeia e no
n.º 1 do artigo 2.º da Decisão-Quadro 2003/568/JAI do Conselho, de 22 de julho de 2003, e nos
artigos 372.º a 374.º-B do Código Penal;
iii. Fraude, na aceção do artigo 1.º da Convenção relativa à Proteção dos Interesses Financeiros das
Comunidades Europeias;
iv. Branqueamento de capitais ou financiamento do terrorismo, tal como definidos no artigo 1.º da Diretiva
n.º 2015/849, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de maio de 2015, relativa à prevenção
da utilização do sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais ou de financiamento do
terrorismo;
v. Infrações terroristas ou infrações relacionadas com um grupo terrorista, tal como definidas nos artigos
3.º e 4.º da Diretiva n.º 2017/541, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de março de 2017,
relativa à luta contra o terrorismo, ou qualquer infração relacionada com atividades terroristas,
incluindo cumplicidade, instigação e tentativa, nos termos do artigo 14.º da referida diretiva;
vi. Trabalho infantil e outras formas de tráfico de seres humanos, tal como definidos no artigo 2.º da
Diretiva n.º 2011/36/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de abril de 2011;
vii. Não foi objeto de aplicação de sanção acessória de proibição de participação em concursos públicos
prevista em legislação especial, nomeadamente nos regimes contraordenacionais em matéria laboral,
de concorrência e de igualdade e não-discriminação, bem como da sanção prevista no artigo 460.º do
Código do Contratos Públicos, durante o período fixado na decisão condenatória;
4 - O declarante tem pleno conhecimento de que a prestação de falsas declarações constitui contraordenação muito
grave, nos termos do artigo 456.º do Código dos Contratos Públicos, a qual pode determinar a aplicação da sanção
acessória de privação do direito de participar, como candidato, como concorrente ou como membro de agrupamento
candidato ou concorrente, em qualquer procedimento adotado para a formação de contratos públicos, sem prejuízo
da participação à entidade competente para efeitos de procedimento criminal.
5 - Quando a entidade adjudicante o solicitar, o concorrente obriga-se a apresentar os documentos comprovativos de
que não se encontra nas situações previstas no n.º 4 supra.
6 - O declarante tem ainda pleno conhecimento de que a não apresentação dos documentos solicitados nos termos
do número anterior, por motivo que lhe seja imputável, constitui contraordenação muito grave, nos termos do artigo
456.º do Código dos Contratos Públicos, a qual pode determinar a aplicação da sanção acessória de privação do
direito de participar, como candidato, como concorrente ou como membro de agrupamento candidato ou concorrente,
em qualquer procedimento adotado para a formação de contratos públicos, sem prejuízo da participação à entidade
competente para efeitos de procedimento criminal.

... (local),... (data),... [assinatura (4)].

(1) Aplicável apenas a concorrentes que sejam pessoas coletivas.


(2) No caso de o concorrente ser uma pessoa singular, suprimir a expressão «a sua representada».
(3) Indicar se, entretanto, ocorreu a reabilitação.
(4) Assinatura do concorrente ou de representante que tenha poderes para o obrigar.

89
ANEXO II – Ajuste Direto
1. Decisão de Contratar

Exmo(a). Senhor(a):

[indicar o órgão competente para a decisão de


contratar]

sua referência sua comunicação de nossa referência data

____________ __-__-20__

assunto
PROCEDIMENTO DE 1. Torna-se necessário proceder à [identificar objeto], considerando que [justificar
AJUSTE DIRETO REFª a necessidade de contratar].
AJD-__- __/20__ PARA
[identificar objeto] Assim, prevalecendo a preocupação de diligenciar pelos melhores interesses
da UMinho e ponderando critérios de boa gestão do decisor público, entende-
se ser adequado e necessário proceder à abertura de um procedimento de
- Decisão de contratar,
contratação pública, na modalidade de ajuste direto, tendo em vista a
de escolha do
celebração do contrato em assunto.
procedimento e de
autorização da despesa 2. O preço base do contrato a celebrar é estipulado em _______,__€ (por
extenso), nos termos do artigo 47.º do Código dos Contratos Públicos.
3. [justificar o preço base com base em critérios objetivos] exemplos: A definição
do preço base do presente procedimento resulta dos custos médios unitários
que advieram de anteriores procedimentos para prestações do mesmo tipo,
informação disponibilizada em anexo e que aqui se dá por integralmente
reproduzida; ou A definição do preço base do presente procedimento foi
efetuada através de uma consulta preliminar ao mercado, prevista no artigo
35.º-A do Código dos Contratos Públicos, na qual foram consultadas __ (por
extenso) entidades, cuja informação faz parte integrante do processo, não
tendo por efeito qualquer desrespeito pelos princípios da não discriminação,
da transparência e da concorrência.
4. Face ao exposto, solicita-se de V. Exa. autorização para a abertura do
procedimento de Ajuste Direto, ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 1 do
artigo 16.º, na alínea d) do n.º 1 do artigo 20.º, e nos artigos 36.º e 38.º do
Código dos Contratos Públicos e bem assim para a realização da despesa
inerente.

90
5. Nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 40.º do mesmo diploma legal,
solicita-se igualmente, a aprovação das peças do procedimento – convite à
apresentação de proposta e caderno de encargos –, que se remetem em anexo.
6. Para efeitos do previsto no n.º 1 do artigo 113.º do referido Código e
comprovada a inexistência do impedimento previsto nos n.ºs 2, 5 e 6 do citado
artigo, propõe-se que seja convidada a apresentar proposta a entidade:
[identificar a entidade – nome/designação e NIF]
7. Atendendo ao facto de se tratar de um ajuste direto a uma entidade
[singular/estrangeira, consoante o caso], considerando a urgência na
conclusão do presente procedimento e atendendo à maior complexidade do
registo e tramitação na plataforma eletrónica, solicita-se também, a título
excecional, a apresentação da proposta através de um meio de transmissão
escrita e eletrónica de dados (email), distinto da plataforma eletrónica utilizada
pela Universidade do Minho, nos termos do n.º 4 do artigo 115.º do CCP. [se
aplicável]
8. Tratando-se o presente procedimento de um Ajuste Direto, a proposta será
analisada por [identificar os Serviços/pessoa responsável], conforme o
disposto no n.º 1 do artigo 125.º do Código dos Contratos Públicos,
considerando-se feitas a estes as referências feitas ao júri no Código dos
Contratos Públicos.
9. Ao abrigo do estabelecido no n.º 1 do artigo 109.º do Código dos Contratos
Públicos, mais se solicita, que sejam delegadas [identificar os Serviços/pessoa
responsável] as competências infra elencadas: [retirar/adaptar, caso assim se
entenda]
 Artigo 50.º, n.º 5, al. a) – prestação de esclarecimentos;
 Artigo 64.º, n.º 5 – prorrogação do prazo para apresentação de propostas,
que resulte da comunicação extemporânea da resposta aos
esclarecimentos solicitados e/ou a pedido do interessado, nos termos dos
n.ºs 1 e 4 do referido artigo, respetivamente;
 Artigo 76.º, n.º 1 – notificação da decisão de adjudicação;
 Artigo 77.º, n.º 2 – notificação para apresentação dos documentos de
habilitação, prestação de caução (se esta for devida), confirmação dos
compromissos assumidos por entidades terceiras (se aplicável), pronúncia
sobre a minuta do contrato quando este for reduzido a escrito) e
confirmação, se for o caso, da constituição de sociedade comercial, nos
termos das alíneas a) e e);
 Artigo 81.º, n.º 8 – solicitação ao adjudicatário para apresentação de
quaisquer documentos comprovativos da titularidade das habilitações
legalmente exigidas;
 Artigo 5.º, n.º 4, da Portaria n.º 372/2017, de 14 de dezembro, por
remissão do n.º 1 do artigo 81.º do CCP – apresentação pelo adjudicatário
dos originais de quaisquer documentos de habilitação;
 Artigo 85.º, n.º 2 – prorrogação do prazo para apresentação dos
documentos de habilitação a pedido do adjudicatário;

91
 Artigo 86.º, n.ºs 2 e 3 – notificação do adjudicatário para pronúncia em
audiência prévia, na ocorrência de facto que determine a caducidade da
adjudicação e concessão de prazo adicional para a apresentação dos
documentos em falta;
 Artigo 100.º – notificação ao adjudicatário da minuta de contrato,
devidamente aprovada pelo órgão competente;
 Artigo 102.º, n.º 2 – notificação ao adjudicatário da decisão relativa à
reclamação da minuta do contrato;
 Artigo 104.º, n.º 3 – comunicação, ao adjudicatário, da informação para
outorga do contrato;
10. [caso o prazo de execução o justifique] Tendo em conta o prazo de execução
máximo de ______, solicita-se autorização para assunção de compromissos
plurianuais, nos termos e em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º
1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho e no n.º 5 do artigo
11.º do DL n.º 127/2012, de 21 de junho. Os encargos orçamentais
decorrentes do presente procedimento serão previsivelmente repartidos da
seguinte forma: [exemplo]
✓ Para o presente ano económico: ______ (________ euros);
✓ Para os anos:
 20__ – _____€ (_______ euros);

 […].
O montante fixado para cada ano económico poderá ser acrescido do saldo
apurado no ano anterior.
7 – Por último, informa-se V. Exa. que a respetiva despesa tem cabimento na
Dimensão ______________ (Cabimento _____ / CPV: ______ -
______________________).
Com os melhores cumprimentos,

____________

92
2. Caderno de Encargos – Aquisição de Bens

CADERNO DE ENCARGOS

PROCEDIMENTO DE AJUSTE DIRETO/CONSULTA PRÉVIA/CONCURSO PÚBLICO REFª ___-__/20__


PARA [identificar objeto]

PARTE I
Cláusulas Jurídicas
Cláusula 1ª
Objeto
O presente caderno de encargos compreende as cláusulas a incluir no contrato a celebrar na sequência do
procedimento pré-contratual referido em assunto, que tem por objeto principal a aquisição de identificar objeto],
em conformidade com as especificações técnicas descritas na parte II.

Cláusula 2ª
Contrato
1 – O contrato a celebrar será reduzido a escrito, nos termos do artigo 94.º do Código dos Contratos Públicos (CCP),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, sem prejuízo do disposto no
artigo 95.º do referido diploma.

2 – Fazem parte integrante do contrato, independentemente da sua redução a escrito, os seguintes documentos:

a) Os suprimentos dos erros e das omissões do caderno de encargos identificados pelos concorrentes, desde
que esses erros e omissões tenham sido expressamente aceites pelo órgão competente para a decisão de
contratar;

b) Os esclarecimentos e as retificações relativos ao caderno de encargos;

c) O presente caderno de encargos;

d) A proposta adjudicada;

e) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário.

3 – Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2, a prevalência é determinada pela ordem pela
qual aí são indicados.

4 – Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado do contrato, prevalecem os


primeiros, salvo quanto aos ajustamentos ao conteúdo do contrato propostos, de acordo com o disposto no artigo
99.º do Código dos Contratos Públicos e aceites pelo adjudicatário, nos termos do disposto no artigo 101.º deste
mesmo diploma legal.

5 – Quando a redução do contrato a escrito não seja exigida ou venha a ser dispensada, nos termos previstos no
artigo 95.º do CCP, entende-se que o contrato resultará da conjugação do caderno de encargos com a proposta
adjudicada, não se podendo, porém, dar início a qualquer aspeto da sua execução antes de decorrido o prazo de 10
dias a contar da notificação da decisão de adjudicação, sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 95.º do CCP, e,

93
em qualquer caso, nunca antes da apresentação de todos os documentos de habilitação exigidos, da comprovação
da prestação da caução, quando esta for devida, e da confirmação dos compromissos referidos na alínea c) do n.º 2
do artigo 77.º do CCP.

Cláusula 2ª
Prazo [adaptar na medida do necessário, tendo em conta o caso concreto, nomeadamente, quando esteja em
causa uma pluralidade indeterminada de fornecimentos ao abrigo do contrato, num dado prazo]
1 – O contrato mantém-se em vigor até à entrega dos bens à Universidade do Minho, em conformidade com os
respetivos termos e condições e o disposto na lei, sem prejuízo das obrigações acessórias que devam perdurar para
além da cessação do contrato.
2 – Os bens objeto do contrato devem ser entregues no prazo máximo de ____ (por extenso) dias/meses, contados
da data de outorga do contrato.

Cláusula 3ª
Local e condições de entrega dos bens
1 – Os bens objeto do contrato devem ser entregues nas instalações [indicar], entre as __:__h e as __:__h. [ajustar,
tendo em conta o caso concreto]
2 – O adjudicatário obriga-se a entregar os bens objeto do contrato em conformidade com os termos e
especificações estabelecidos no presente caderno de encargos, tendo em conta a respetiva natureza e o fim a que
se destinam.
3 – Todos os bens objeto do contrato e respetivas peças e componentes devem ser novos.
4 – O fornecedor obriga-se a disponibilizar, simultaneamente com a entrega dos bens objeto do contrato, as
respetivas fichas técnicas e todos os documentos que sejam necessários para a boa e integral utilização ou
funcionamento daqueles, em língua portuguesa, exceto se outra for expressamente aceite pela Universidade do
Minho.
5 – É aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto na lei que disciplina os aspetos relativos à venda de
bens de consumo e das garantias a ela relativas, no que respeita à conformidade dos bens.
6 – O transporte para o local da entrega é da inteira responsabilidade do adjudicatário, ficando este obrigado a
recorrer a todos os meios necessários para garantir a segurança e integridade dos bens a transportar, bem como a
suportar todos os custos que daí advierem.
7 – É aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto na lei que disciplina os aspetos relativos à venda de
bens de consumo e das garantias a ela relativas, no que respeita à conformidade dos bens.

Cláusula 4ª
Obrigações principais do adjudicatário
1 – Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável e de outras especialmente previstas no
presente caderno de encargos, da celebração do contrato decorrem para o adjudicatário as seguintes obrigações
principais: [acrescentar/retirar, tendo em conta o caso em concreto]

r) [identificar objeto], nos termos, condições e características dele constantes, bem como das especificações
técnicas descritas na parte II do presente caderno de encargos;

s) Ter ao seu serviço pessoal de reconhecida idoneidade moral, aptidão física e adequada formação técnica;

t) Comunicar à Universidade do Minho a nomeação do Gestor de Cliente responsável pelo contrato celebrado
e quaisquer alterações relativas à sua nomeação;

u) Assegurar que para todas as matérias colocadas pela Universidade do Minho ao respetivo Gestor de Cliente,
o tempo de resposta não exceda 10 (dez) dias úteis, nas situações normais e 3 (três) dia úteis nas situações
urgentes;

94
v) Responsabilizar-se pelos danos causados diretamente à Universidade do Minho, ou a terceiros, decorrentes
de sua culpa ou dolo na execução do contrato;

w) Comunicar, antecipadamente, à Universidade do Minho, de forma fundamentada, logo que deles


tenha conhecimento, os factos que tornem total ou parcialmente impossível o fornecimento dos
bens ou o cumprimento de qualquer outra obrigação, obrigando-se, se tal for aceite e oportuno,
a restabelecer a prestação ou reparar o incumprimento em prazo razoável;

x) Manter durante a execução do contrato, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas no


procedimento de aquisição, bem como a situação tributária e perante a segurança social regularizadas;
y) Comunicar qualquer facto que ocorra durante a execução do contrato e que altere, designadamente, a sua
denominação social, os seus representantes legais com relevância para a prestação, a sua situação jurídica
ou situação comercial, bem como as alterações aos contratos e moradas indicadas no contrato para a sua
gestão.

2 – O adjudicatário fica ainda obrigado, designadamente, a recorrer a todos os meios humanos, materiais e
informáticos que sejam necessários e adequados à execução do contrato, bem como ao estabelecimento do sistema
de organização necessário à perfeita e completa execução das prestações contratuais a que está obrigado.

Cláusula 5ª
Garantia
1 – Nos termos da presente cláusula e da lei que disciplina os aspetos relativos à venda de bens de consumo e das
garantias a ela relativas, o adjudicatário garante os bens objeto do contrato, pelo prazo mínimo de 3 (três) anos a
contar da data da assinatura da declaração de aceitação referida no n.º 6 da Cláusula 8.ª, contra quaisquer defeitos
ou discrepâncias com as exigências legais e com características, especificações e requisitos técnicos definidos na
parte II, que se revelem a partir da respetiva aceitação dos bens.
2 – A garantia prevista no número anterior abrange:
a) O fornecimento, a montagem ou a integração de quaisquer peças ou componentes em falta;
b) A desmontagem de peças, componentes ou bens defeituosos ou discrepantes;
c) A reparação ou a substituição das peças, componentes ou bens defeituosos ou discrepantes;
d) O fornecimento, a montagem ou instalação das peças, componentes ou bens reparados ou substituídos;
e) O transporte do bem ou das peças ou componentes defeituosos ou discrepantes para o local da sua reparação
ou substituição e a devolução daqueles bens ou a entrega das peças ou componentes em falta, reparados ou
substituídos;
f) A deslocação ao local da instalação ou de entrega;
g) A mão-de-obra.
3 – A reparação ou substituição previstas na presente cláusula devem ser realizadas dentro de um prazo razoável
fixado pela Universidade do Minho e sem grave inconveniente para esta última, tendo em conta a natureza do bem
e o fim a que o mesmo se destina.

Cláusula 6ª
Continuidade de fabrico [se aplicável, nestes termos]
O adjudicatário deve assegurar a continuidade do fabrico e do fornecimento de todas as peças, componentes e
equipamentos que integrem os bens objeto do contrato, no mínimo, pelo prazo estimado da respetiva vida útil, nos
termos do artigo 446.º do CCP.

Cláusula 7ª
Encargos com direitos de propriedade intelectual ou industrial
São da responsabilidade do adjudicatário quaisquer encargos decorrentes da utilização, no âmbito do contrato
celebrado, de direitos de propriedade intelectual ou industrial, nos termos do artigo 447.º do CCP.

95
Cláusula 8ª
Verificação e aceitação do objeto do contrato [ajustar, se necessário, tendo em conta o caso concreto]

1 – Sem prejuízo de outras diligências especialmente previstas na parte II, uma vez entregues os bens objeto do
contrato, a Universidade do Minho, por si ou através de terceiro por ela designado, procede no prazo de 20 dias à
análise quantitativa e qualitativa do bens entregues, com vista a verificar, respetivamente, se os mesmos reúnem as
características e requisitos técnicos e operacionais definidos na parte II do presente caderno de encargos e na
proposta adjudicada, bem como outros requisitos exigidos por lei.

2 – Na análise a que se refere o número anterior, o adjudicatário deve prestar à Universidade do Minho toda a
cooperação e esclarecimentos necessários.

3 – No caso da análise a que se refere o n.º 1 não comprovar a total conformidade dos bens entregues com as
exigências legais, ou no caso de existirem discrepâncias com os termos e condições previstos no presente caderno
de encargos e na proposta do adjudicatário, a Universidade do Minho informará, por escrito, o adjudicatário.

4 – No caso previsto no número anterior, o adjudicatário deve proceder, à sua custa, no prazo razoável que for
determinado pela Universidade do Minho, aos ajustamentos e/ou complementos necessários para garantir a
conformidade dos bens e o integral cumprimento das exigências legais e das características, especificações e
requisitos técnicos exigidos.

5 – Após a realização dos ajustamentos e/ou complementos necessários pelo adjudicatário, no prazo respetivo, a
Universidade do Minho procede a nova análise, nos termos do n.º 1.

6 – Caso a análise a que se refere o n.º 1 comprove a total conformidade dos bens entregues com as exigências
legais, e neles não sejam detetadas quaisquer discrepâncias com os termos e condições definidos no presente
caderno de encargos e na proposta adjudicada, será emitida no prazo máximo de 10 dias, a contar do termo dessa
análise, uma Declaração de Aceitação, pelo Universidade do Minho.

7 -- Com a assinatura da declaração a que se refere o número anterior, ocorre a transferência da posse e da
propriedade dos bens objeto do contrato a celebrar para a Universidade do Minho, bem como do risco de
deterioração ou perecimento dos mesmos, sem prejuízo das obrigações de garantia que impendem sobre o
adjudicatário.

8 – A emissão da declaração a que se refere o n.º 6 não implica a aceitação de eventuais defeitos ou de discrepâncias
dos bens entregues com exigências legais ou com as características, especificações e requisitos técnicos previstos
no presente caderno de encargos e na proposta adjudicada, que não eram visíveis nem foram detetados durante o
período de verificação, mas que se confirma serem anomalias resultantes, nomeadamente, do processo de fabrico,
transporte e/ou instalação.

Cláusula 9ª
Objeto e prazo do dever de sigilo
1 – O adjudicatário deve guardar sigilo e garantir a confidencialidade, não divulgando as condições estabelecidas no
presente contrato ou informações e documentação técnica e não técnica, comercial ou outra, relativa à Universidade
do Minho, que no âmbito da formação e da execução do contrato, possa ter conhecimento, incluindo os seus
agentes, funcionários, colaboradores ou terceiros neles envolvidos, salvo com o consentimento expresso do
Universidade do Minho.
2 – A informação e a documentação cobertas pelo dever de sigilo não podem ser transmitidas a terceiros, nem
objeto de qualquer uso ou modo de aproveitamento que não o destino direta e exclusivamente à execução do
contrato.
3 – Exclui-se do dever de sigilo previsto, a informação e a documentação que fossem comprovadamente do domínio
público à data da respetiva obtenção pelo adjudicatário ou que este seja legalmente obrigado a revelar, por força da
lei, de processo judicial ou a pedido de autoridades reguladoras ou outras entidades administrativas competentes.

96
4 – O dever de sigilo mantém-se em vigor indefinidamente, até autorização expressa em contrário pela
Universidade do Minho, a contar do cumprimento ou cessação, por qualquer causa, do contrato, sem prejuízo da
sujeição subsequente a quaisquer deveres legais relativos, designadamente, à proteção de segredos comerciais ou
da credibilidade, do prestígio ou da confiança devidos às pessoas coletivas.

Cláusula 10ª
Regulamento de Proteção de Dados
1 – O adjudicatário obriga-se a cumprir o disposto em todas as disposições legais aplicáveis em matéria de
tratamento de dados pessoais, no sentido conferido pelo Regulamento (EU) 2016/679 do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 27 de abril de 2016, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento
de dados pessoais e à livre circulação desses dados (“Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados”) e demais
legislação comunitária e nacional aplicável, em relação a todos os dados pessoais a que aceda no âmbito dos
serviços a prestar ao abrigo do contrato a celebrar.
2 – O adjudicatário compromete-se, designadamente, a não copiar, reproduzir, adaptar, modificar, alterar, apagar,
destruir, difundir, transmitir, divulgar ou, por qualquer outra pessoa, colocar à disposição de terceiros os dados
pessoais a que tiver acesso ou lhe forem transmitidos pela Universidade do Minho ao abrigo do contrato a celebrar,
sem que para tal tenha sido expressamente instruído, por escrito, pela Universidade do Minho ou pelos titulares
dos dados no exercício dos seus respetivos direitos.
3 - O adjudicatário obriga-se a pôr em prática as medidas técnicas e de organização necessárias à proteção dos
dados pessoais tratados por conta da Universidade do Minho contra a respetiva destruição, acidental ou ilícita, a
perda acidental, a alteração, a difusão ou o acesso não autorizado, bem como contra qualquer outra forma de
tratamento ilícito dos mesmos dados pessoais.
4 – As medidas a que se refere o número anterior devem garantir um nível de segurança adequado em relação aos
riscos que o tratamento de dados apresenta, à natureza dos dados a proteger e aos riscos, de probabilidade e
gravidade variável para os direitos e liberdades das pessoas singulares.
5 – O adjudicatário compromete-se a que o acesso aos dados pessoais tratados ao abrigo do contrato a celebrar
será estritamente limitado ao pessoal que necessitar de ter acesso aos mesmos para efeitos de cumprimento das
obrigações assumidas.
6 – O adjudicatário obriga-se a comunicar à Universidade do Minho qualquer situação que possa afetar o
tratamento dos dados pessoais ou de algum modo dar origem ao incumprimento das disposições legais em
matéria de proteção de dados, devendo ainda tomar todas as medidas necessárias e ao seu alcance para a fazer
cessar de imediato.
7 – O adjudicatário será responsável por qualquer prejuízo em que a Universidade do Minho vier a incorrer em
consequência do tratamento, por si ou pelo seu pessoal, de dados pessoais ou em violação das normas legais
aplicáveis, quando tal violação seja imputável ao adjudicatário e solidária com o pessoal no âmbito do serviço
prestado, quando a violação seja imputável à atuação destes últimos.

Cláusula 11ª
Preço base
1 – O preço base do presente procedimento é estabelecido em ________€ (por extenso), sendo este o montante
máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução de todas as prestações objeto do contrato,
incluindo eventuais renovações, nos termos do n.º 1 do artigo 47.º do CCP.
2 – Ao valor referido no número anterior acresce o IVA à taxa legal em vigor, se este for legalmente devido.

Cláusula 12ª
Preço contratual e condições de pagamento [ajustar, em função do caso concreto]
1 – Pelo fornecimento objeto do contrato a celebrar, bem como pelo cumprimento das demais obrigações
contratuais, a Universidade do Minho deve pagar ao adjudicatário o preço constante da proposta adjudicada,
acrescido de IVA à taxa legal em vigor, se este for legalmente devido.
2 – O preço referido no número anterior inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não
esteja expressamente atribuída à Universidade do Minho, designadamente, com alojamento, alimentação e

97
deslocação de meios humanos, despesas de aquisição, transporte, armazenamento e manutenção de meios
materiais, bem como quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças.
3 – As quantias devidas pela Universidade do Minho devem ser pagas no prazo de 30 (trinta) dias após a receção
da respetiva fatura, que só pode ser emitida após o vencimento da obrigação respetiva e desde que cumpridas as
formalidades legais exigidas.
4 – Para os efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida com a emissão da Declaração de Aceitação,
referida no n.º 6 da Cláusula 8.ª do presente caderno de encargos, pela Universidade do Minho.
5 – Em caso de discordância por parte da Universidade do Minho, quanto aos valores indicados nas faturas, deve
esta comunicar ao adjudicatário, por escrito, os respetivos fundamentos, ficando este obrigado a prestar os
esclarecimentos necessários ou proceder à emissão de nova fatura corrigida.
6 – Independentemente do referido nos números anteriores, os pagamentos a efetuar ao abrigo do objeto do
contrato só serão efetuados depois de verificados todos os formalismos legais a que obedecem as despesas
públicas.

Cláusula 13ª
Penalidades contratuais [ajustar, em função do caso concreto]
1 – O incumprimento das obrigações emergentes do contrato, por razões imputáveis ao adjudicatário, confere à
Universidade do Minho o direito à aplicação de sanção pecuniária, a fixar em função da gravidade do
incumprimento, nos termos do artigo 329.º do CCP, designadamente:
c) Pelo incumprimento das datas e prazos de entrega dos bens objeto do contrato, até __% do preço
contratual, por cada dia de atraso. [devem ser melhor ajustadas/desenvolvidas as penalidades que se
entendam ser as que melhor se adequam ao caso em concreto]
2 – Na determinação da gravidade do incumprimento, a Universidade do Minho tem em conta, nomeadamente, a
duração da infração, a sua eventual reiteração, o grau de culpa do adjudicatário e as consequências do
incumprimento.
3 – A acumulação das penas pecuniárias previstas no presente artigo não pode exceder 20% do preço contratual,
sem prejuízo da resolução do contrato nos termos legais.
4 – Nos casos em que seja atingido o limite previsto no número anterior e a Universidade do Minho decida não
proceder à resolução do contrato, por dela resultar grave dano para o interesse público, aquele limite é elevado
para 30%.
5 – Para efeitos dos limites previstos nos n.ºs 3 e 4, quando o contrato previr prorrogações expressas ou tácitas, o
valor das sanções a aplicar deve ter por referência o preço do seu período de vigência inicial.
6 – Considera-se haver incumprimento definitivo, suscetível de aplicação da sanção de resolução sancionatória
quando, após notificação e concessão de prazo para o cumprimento da obrigação em falta, o adjudicatário
continue a incorrer em incumprimento.
7 – A UMinho pode compensar os pagamentos devidos ao abrigo do contrato com as penas pecuniárias devidas
nos termos do presente artigo.
8 – As penas pecuniárias eventualmente aplicáveis ao adjudicatário não obstam a que a UMinho exija uma
indemnização pelo dano excedente.
9 – Em caso de atraso da UMinho no cumprimento das suas obrigações pecuniárias, o adjudicatário tem direito
aos juros de mora sobre o montante em dívida à taxa legalmente fixada para o efeito pelo período correspondente à
mora, nos termos previstos no artigo 326.º do CCP.

Cláusula 14ª
Gestor do contrato
1 – A UMinho procederá à designação de um ou mais gestores do contrato, com a função de acompanhar
permanentemente a execução deste, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 290.º-A do CCP.
2 – Cabe ao gestor do contrato exercer as competências que expressamente decorram da lei, bem como as que lhe
sejam atribuídas pela Universidade do Minho, em matéria de acompanhamento da execução e verificação do
cumprimento de todas as obrigações legais e contratuais assumidas pelo adjudicatário.

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3 – No desempenho das suas funções o Gestor do Contrato tem direito de acesso e consulta a toda a documentação
relacionada com as atividades objeto do presente procedimento.
4 – Caso o gestor detete desvios, defeitos ou outras anomalias na execução do contrato, deve comunicá-los de
imediato ao órgão competente, propondo em relatório fundamentado as medidas corretivas que, em cada caso, se
revelem adequadas.
5 – O adjudicatário obriga-se a cooperar com o Gestor do Contrato, designado pela Universidade do Minho, na
prossecução das atividades de acompanhamento que este tem a seu cargo.

Cláusula 15ª
Revogação do contrato
O presente contrato pode ser revogado, a todo o tempo, por acordo escrito, assinado pelos legais representantes de
ambas as partes, do qual deve constar a referência ao presente contrato e seus aditamentos, bem como a data de
início da produção de efeitos da revogação.

Cláusula 16ª
Resolução por parte da entidade adjudicante
1 – Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, a Universidade do Minho pode resolver o
contrato no caso de o adjudicatário violar de forma grave ou reiterada qualquer das obrigações que lhe incumbem.
2 – O direito de resolução referido no número anterior exerce-se mediante declaração enviada ao adjudicatário.
3 – Sem prescindir do disposto nos números anteriores, incumprimento, por parte do adjudicatário, confere à
Universidade do Minho, nos termos gerais de direito, o direito às correspondentes indemnizações legais.

Cláusula 17ª
Resolução por parte do adjudicatário
1 – Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o adjudicatário pode resolver o contrato
quando:
c) Qualquer montante que lhe seja devido esteja em dívida há mais de 6 (seis) meses ou o montante em
dívida exceda 25% do preço contratual, excluindo juros;
2 – O direito de resolução é exercido por via judicial nos termos da Cláusula 21.ª.
3 – Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, o direito de resolução pode ser exercido mediante declaração enviada
à Universidade do Minho, que produz efeitos 30 (trinta) dias após a receção dessa declaração, salvo se esta última
cumprir as obrigações em atraso nesse prazo, acrescidas dos juros de mora a que houver lugar.
4 – A resolução do contrato nos termos dos números anteriores não determina a repetição das prestações já
realizadas pelo adjudicatário, cessando, porém, todas as obrigações deste ao abrigo do contrato.

Cláusula 18ª
Casos fortuitos ou de força maior
1 – Não podem ser impostas penalidades, nem é havida como incumprimento, a não realização pontual das
prestações contratuais a cargo de qualquer das partes que resulte de caso de força maior, entendendo-se como tal
as circunstâncias que impossibilitem a respetiva realização, alheias à vontade da parte afetada, que ela não pudesse
conhecer ou prever à data da celebração do contrato e cujos efeitos não lhe fosse razoavelmente exigível contornar
ou evitar, que se reconduzem expressamente a tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens,
greves ou outros conflitos coletivos de trabalho, embargos ou bloqueios internacionais, atos de guerra ou terrorismo,
motins e determinações governamentais ou administrativas injuntivas, exceto as que resultem de incumprimentos
de deveres e normas legais a que está obrigado.
2 – A parte que invoca casos fortuitos ou de força maior deve comunicar e justificar tais situações à outra parte,
bem como informar o prazo previsível para restabelecer a situação.
3 – A força maior determina a prorrogação dos prazos de cumprimento das obrigações contratuais afetadas pelo
período de tempo comprovadamente correspondente ao impedimento resultante da força maior.

Cláusula 19ª

99
Subcontratação e cessão da posição contratual
O adjudicatário não poderá subcontratar ou ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e obrigações
decorrentes do contrato, sem autorização prévia e por escrito da Universidade do Minho, nos termos previstos no
Código dos Contratos Públicos.

Cláusula 20ª
Comunicações e notificações
1 – Sem prejuízo de poderem ser aprovadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre as partes
do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do Código dos Contratos Públicos, para o domínio ou sede
contratual de cada uma, identificados no contrato.
2 – Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser comunicada à outra parte.

Cláusula 21ª
Foro competente
Para resolução de todos os litígios decorrentes da interpretação ou execução do contrato fica estipulada a
competência do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, com expressa renúncia a qualquer outro.

Cláusula 22ª
Legislação aplicável
Em tudo o que não se encontrar especialmente regulado, aplicam-se as disposições constantes do Código dos
Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, e
demais legislação específica aplicável.

100
Parte II
Especificações Técnicas

[Descrição o mais completa e detalhada possível sobre os bens a adquirir, nos termos e em conformidade com o
disposto no artigo 49.º do CCP]
[…]

101
3. Caderno de Encargos – Aquisição de Serviços

CADERNO DE ENCARGOS

PROCEDIMENTO DE AJUSTE DIRETO/CONSULTA PRÉVIA/CONCURSO PÚBLICO REFª ___-__/20__


PARA [identificar objeto]

PARTE I
Cláusulas Jurídicas

Cláusula 1ª
Objeto
O presente caderno de encargos compreende as cláusulas a incluir no contrato a celebrar na sequência do
procedimento pré-contratual referido em assunto, que tem por objeto principal a aquisição de identificar objeto],
em conformidade com as especificações técnicas descritas na parte II.

Cláusula 2ª
Contrato
1 – O contrato a celebrar será reduzido a escrito, nos termos do artigo 94.º do Código dos Contratos Públicos (CCP),
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, sem prejuízo do disposto no
artigo 95.º do referido diploma.

2 – Fazem parte integrante do contrato, independentemente da sua redução a escrito, os seguintes documentos:

f) Os suprimentos dos erros e das omissões do caderno de encargos identificados pelos concorrentes, desde
que esses erros e omissões tenham sido expressamente aceites pelo órgão competente para a decisão de
contratar;

g) Os esclarecimentos e as retificações relativos ao caderno de encargos;

h) O presente caderno de encargos;

i) A proposta adjudicada;

j) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo adjudicatário.

3 – Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2, a prevalência é determinada pela ordem pela
qual aí são indicados.

4 – Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado do contrato, prevalecem os


primeiros, salvo quanto aos ajustamentos ao conteúdo do contrato propostos, de acordo com o disposto no artigo
99.º do Código dos Contratos Públicos e aceites pelo adjudicatário, nos termos do disposto no artigo 101.º deste
mesmo diploma legal.

5 – Quando a redução do contrato a escrito não seja exigida ou venha a ser dispensada, nos termos previstos no
artigo 95.º do CCP, entende-se que o contrato resultará da conjugação do caderno de encargos com a proposta
adjudicada, não se podendo, porém, dar início a qualquer aspeto da sua execução antes de decorrido o prazo de 10

102
dias a contar da notificação da decisão de adjudicação, sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 95.º do CCP, e,
em qualquer caso, nunca antes da apresentação de todos os documentos de habilitação exigidos, da comprovação
da prestação da caução, quando esta for devida, e da confirmação dos compromissos referidos na alínea c) do n.º 2
do artigo 77.º do CCP.

Cláusula 3ª
Prazo [adaptar na medida do necessário, tendo em conta o caso concreto]
1 – O contrato mantém-se em vigor até à pontual prestação dos serviços à Universidade do Minho, em conformidade
com os respetivos termos e condições e o disposto na lei, sem prejuízo das obrigações acessórias que devam
perdurar para além da cessação do contrato.
2 – Os serviços objeto do contrato devem ser prestados no prazo máximo de ____ (por extenso) dias/meses,
contados da data de outorga do contrato.
OU
O contrato mantém-se em vigor pelo período de ____ (por extenso) dias/meses/anos, contado da data da sua
celebração, em conformidade com os respetivos termos e condições e o disposto na lei, sem prejuízo das obrigações
acessórias que devam perdurar para além da sua cessação.

Cláusula 4ª
Obrigações principais do adjudicatário
1 – Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável e de outras especialmente previstas no
presente caderno de encargos, da celebração do contrato decorrem para o adjudicatário as seguintes obrigações
principais: [acrescentar/retirar, tendo em conta o caso em concreto]

a) [identificar objeto], nos termos, condições e características dele constantes, bem como das especificações
técnicas descritas na parte II do presente caderno de encargos;

b) Ter ao seu serviço pessoal de reconhecida idoneidade moral, aptidão física e adequada formação técnica;

c) Utilizar corretamente as instalações e equipamentos que lhe forem confiadas, não lhes dando uso diferente
do que lhes é devido, respeitando as instruções de utilização e/ou funcionamento que lhe sejam dadas pela
Universidade do Minho, bem como, e em especial as regras de segurança aplicáveis, designadamente no
que respeita às chaves das instalações;

d) Comunicar à Universidade do Minho a nomeação do Gestor de Cliente responsável pelo contrato celebrado
e quaisquer alterações relativas à sua nomeação;

e) Assegurar que para todas as matérias colocadas pela Universidade do Minho ao respetivo Gestor de Cliente,
o tempo de resposta não exceda 10 (dez) dias úteis, nas situações normais e 3 (três) dia úteis nas situações
urgentes;

f) Responsabilizar-se pelos danos causados diretamente à Universidade do Minho, ou a terceiros, decorrentes


de sua culpa ou dolo na execução do contrato;

g) Comunicar, antecipadamente, à Universidade do Minho, de forma fundamentada, logo que deles


tenha conhecimento, os factos que tornem total ou parcialmente impossível o fornecimento dos
bens ou o cumprimento de qualquer outra obrigação, obrigando-se, se tal for aceite e oportuno,
a restabelecer a prestação ou reparar o incumprimento em prazo razoável;

h) Manter durante a execução do contrato, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas no


procedimento de aquisição, bem como a situação tributária e perante a segurança social regularizadas;
i) Comunicar qualquer facto que ocorra durante a execução do contrato e que altere, designadamente, a sua
denominação social, os seus representantes legais com relevância para a prestação, a sua situação jurídica

103
ou situação comercial, bem como as alterações aos contratos e moradas indicadas no contrato para a sua
gestão.

2 – O adjudicatário fica ainda obrigado, designadamente, a recorrer a todos os meios humanos, materiais e
informáticos que sejam necessários e adequados à execução do contrato, bem como ao estabelecimento do sistema
de organização necessário à perfeita e completa execução das prestações contratuais a que está obrigado.

Cláusula 5ª
Encargos com direitos de propriedade intelectual ou industrial
São da responsabilidade do adjudicatário quaisquer encargos decorrentes da utilização, no âmbito do contrato
celebrado, de direitos de propriedade intelectual ou industrial, nos termos do artigo 447.º do CCP.

Cláusula 6ª
Verificação e aceitação do objeto do contrato [se aplicável/adaptando se necessário]

1 – Sem prejuízo de outras diligências especialmente previstas na parte II, uma vez executados os serviços objeto
do contrato e entregues os elementos correspondentes, a Universidade do Minho, por si ou através de terceiro por
ela designado, procede no prazo de 20 dias à análise quantitativa e qualitativa do bens entregues, com vista a
verificar, respetivamente, se os mesmos reúnem as características e requisitos técnicos e operacionais definidos na
parte II do presente caderno de encargos e na proposta adjudicada, bem como outros requisitos exigidos por lei.

2 – Na análise a que se refere o número anterior, o adjudicatário deve prestar à Universidade do Minho toda a
cooperação e esclarecimentos necessários.

3 – No caso da análise a que se refere o n.º 1 não comprovar a total conformidade dos elementos entregues e/ou
dos serviços prestados com as exigências legais, ou no caso de existirem discrepâncias com os termos e condições
definidos no presente caderno de encargos e na proposta adjudicada, a Universidade do Minho informará, por
escrito, o adjudicatário.

4 – No caso previsto no número anterior, o adjudicatário deve proceder, à sua custa, no prazo razoável que for
determinado pela Universidade do Minho, aos ajustamentos e/ou complementos necessários para garantir a
conformidade dos bens e o integral cumprimento das exigências legais e das características, especificações e
requisitos técnicos exigidos.

5 – Após a realização dos ajustamentos e/ou complementos necessários pelo adjudicatário, no prazo respetivo, a
Universidade do Minho procede a nova análise, nos termos do n.º 1.

6 – Caso a análise a que se refere o n.º 1 comprove a total conformidade dos serviços prestados com as exigências
legais, e neles não sejam detetadas quaisquer discrepâncias com os termos e condições definidos no presente
caderno de encargos e na proposta adjudicada, será emitida no prazo máximo de 10 dias, a contar do termo dessa
análise, uma Declaração de Aceitação, pelo Universidade do Minho.

7 – A emissão da declaração a que se refere o número anterior não implica a aceitação de eventuais discrepâncias
com as exigências legais ou com as caraterísticas, especificações e requisitos técnicos previstos no presente caderno
de encargos e na proposta adjudicada, que não eram visíveis e/ou não podiam ser detetados aquando da verificação
referida nos números anteriores.

Cláusula 7ª
Objeto e prazo do dever de sigilo
1 – O adjudicatário deve guardar sigilo e garantir a confidencialidade, não divulgando as condições estabelecidas no
presente contrato ou informações e documentação técnica e não técnica, comercial ou outra, relativa à Universidade
do Minho, que no âmbito da formação e da execução do contrato, possa ter conhecimento, incluindo os seus

104
agentes, funcionários, colaboradores ou terceiros neles envolvidos, salvo com o consentimento expresso do
Universidade do Minho.
2 – A informação e a documentação cobertas pelo dever de sigilo não podem ser transmitidas a terceiros, nem
objeto de qualquer uso ou modo de aproveitamento que não o destino direta e exclusivamente à execução do
contrato.
3 – Exclui-se do dever de sigilo previsto, a informação e a documentação que fossem comprovadamente do domínio
público à data da respetiva obtenção pelo adjudicatário ou que este seja legalmente obrigado a revelar, por força da
lei, de processo judicial ou a pedido de autoridades reguladoras ou outras entidades administrativas competentes.
4 – O dever de sigilo mantém-se em vigor indefinidamente, até autorização expressa em contrário pela
Universidade do Minho, a contar do cumprimento ou cessação, por qualquer causa, do contrato, sem prejuízo da
sujeição subsequente a quaisquer deveres legais relativos, designadamente, à proteção de segredos comerciais ou
da credibilidade, do prestígio ou da confiança devidos às pessoas coletivas.

Cláusula 8ª
Regulamento de Proteção de Dados
1 – O adjudicatário obriga-se a cumprir o disposto em todas as disposições legais aplicáveis em matéria de
tratamento de dados pessoais, no sentido conferido pelo Regulamento (EU) 2016/679 do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 27 de abril de 2016, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento
de dados pessoais e à livre circulação desses dados (“Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados”) e demais
legislação comunitária e nacional aplicável, em relação a todos os dados pessoais a que aceda no âmbito dos
serviços a prestar ao abrigo do contrato a celebrar.
2 – O adjudicatário compromete-se, designadamente, a não copiar, reproduzir, adaptar, modificar, alterar, apagar,
destruir, difundir, transmitir, divulgar ou, por qualquer outra pessoa, colocar à disposição de terceiros os dados
pessoais a que tiver acesso ou lhe forem transmitidos pela Universidade do Minho ao abrigo do contrato a celebrar,
sem que para tal tenha sido expressamente instruído, por escrito, pela Universidade do Minho ou pelos titulares
dos dados no exercício dos seus respetivos direitos.
3 - O adjudicatário obriga-se a pôr em prática as medidas técnicas e de organização necessárias à proteção dos
dados pessoais tratados por conta da Universidade do Minho contra a respetiva destruição, acidental ou ilícita, a
perda acidental, a alteração, a difusão ou o acesso não autorizado, bem como contra qualquer outra forma de
tratamento ilícito dos mesmos dados pessoais.
4 – As medidas a que se refere o número anterior devem garantir um nível de segurança adequado em relação aos
riscos que o tratamento de dados apresenta, à natureza dos dados a proteger e aos riscos, de probabilidade e
gravidade variável para os direitos e liberdades das pessoas singulares.
5 – O adjudicatário compromete-se a que o acesso aos dados pessoais tratados ao abrigo do contrato a celebrar
será estritamente limitado ao pessoal que necessitar de ter acesso aos mesmos para efeitos de cumprimento das
obrigações assumidas.
6 – O adjudicatário obriga-se a comunicar à Universidade do Minho qualquer situação que possa afetar o
tratamento dos dados pessoais ou de algum modo dar origem ao incumprimento das disposições legais em
matéria de proteção de dados, devendo ainda tomar todas as medidas necessárias e ao seu alcance para a fazer
cessar de imediato.
7 – O adjudicatário será responsável por qualquer prejuízo em que a Universidade do Minho vier a incorrer em
consequência do tratamento, por si ou pelo seu pessoal, de dados pessoais ou em violação das normas legais
aplicáveis, quando tal violação seja imputável ao adjudicatário e solidária com o pessoal no âmbito do serviço
prestado, quando a violação seja imputável à atuação destes últimos.

Cláusula 9ª
Preço base
1 – O preço base do presente procedimento é estabelecido em ________€ (por extenso), sendo este o montante
máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução de todas as prestações objeto do contrato,
incluindo eventuais renovações, nos termos do n.º 1 do artigo 47.º do CCP.
2 – Ao valor referido no número anterior acresce o IVA à taxa legal em vigor, se este for legalmente devido.

105
Cláusula 10ª
Preço contratual e condições de pagamento [ajustar, em função do caso concreto]
1 – Pela prestação de serviços objeto do contrato a celebrar, bem como pelo cumprimento das demais obrigações
contratuais, a Universidade do Minho deve pagar ao adjudicatário o preço constante da proposta adjudicada,
acrescido de IVA à taxa legal em vigor, se este for legalmente devido.
2 – O preço referido no número anterior inclui todos os custos, encargos e despesas cuja responsabilidade não
esteja expressamente atribuída à Universidade do Minho, designadamente, com alojamento, alimentação e
deslocação de meios humanos, despesas de aquisição, transporte, armazenamento e manutenção de meios
materiais, bem como quaisquer encargos decorrentes da utilização de marcas registadas, patentes ou licenças.
3 – As quantias devidas pela Universidade do Minho devem ser pagas no prazo de 30 (trinta) dias após a receção
da respetiva fatura, que só pode ser emitida após o vencimento da obrigação respetiva e desde que cumpridas as
formalidades legais exigidas.
4 – Para os efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida após a prestação de serviços a que respeita,
com a emissão da Declaração de Aceitação, referida no n.º 6 da Cláusula 6.ª do presente caderno de encargos,
pela Universidade do Minho. OU Para os efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida com a pontual
execução dos serviços e entrega dos elementos correspondentes, nos termos e em conformidade com o disposto
na parte II do presente caderno de encargos. OU Para efeitos do número anterior, a obrigação considera-se vencida
no primeiro dia do mês seguinte à prestação dos serviços a que respeita.
5 – Em caso de discordância por parte da Universidade do Minho, quanto aos valores indicados nas faturas, deve
esta comunicar ao adjudicatário, por escrito, os respetivos fundamentos, ficando este obrigado a prestar os
esclarecimentos necessários ou proceder à emissão de nova fatura corrigida.
6 – Independentemente do referido nos números anteriores, os pagamentos a efetuar ao abrigo do objeto do
contrato só serão efetuados depois de verificados todos os formalismos legais a que obedecem as despesas
públicas.

Cláusula 11ª
Penalidades contratuais [ajustar, em função do caso concreto]
1 – O incumprimento das obrigações emergentes do contrato, por razões imputáveis ao adjudicatário, confere à
Universidade do Minho o direito à aplicação de sanção pecuniária, a fixar em função da gravidade do
incumprimento, nos termos do artigo 329.º do CCP, designadamente:
d) Pelo incumprimento das datas e prazos de prestação dos serviços objeto do contrato, até __% do preço
contratual, por cada dia de atraso. [devem ser melhor ajustadas/desenvolvidas as penalidades que se
entendam ser as que melhor se adequam ao caso em concreto]
2 – Na determinação da gravidade do incumprimento, a Universidade do Minho tem em conta, nomeadamente, a
duração da infração, a sua eventual reiteração, o grau de culpa do adjudicatário e as consequências do
incumprimento.
3 – A acumulação das penas pecuniárias previstas no presente artigo não pode exceder 20% do preço contratual,
sem prejuízo da resolução do contrato nos termos legais.
4 – Nos casos em que seja atingido o limite previsto no número anterior e a Universidade do Minho decida não
proceder à resolução do contrato, por dela resultar grave dano para o interesse público, aquele limite é elevado
para 30%.
5 – Para efeitos dos limites previstos nos n.ºs 3 e 4, quando o contrato previr prorrogações expressas ou tácitas, o
valor das sanções a aplicar deve ter por referência o preço do seu período de vigência inicial.
6 – Considera-se haver incumprimento definitivo, suscetível de aplicação da sanção de resolução sancionatória
quando, após notificação e concessão de prazo para o cumprimento da obrigação em falta, o adjudicatário
continue a incorrer em incumprimento.
7 – A UMinho pode compensar os pagamentos devidos ao abrigo do contrato com as penas pecuniárias devidas
nos termos do presente artigo.
8 – As penas pecuniárias eventualmente aplicáveis ao adjudicatário não obstam a que a UMinho exija uma
indemnização pelo dano excedente.

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9 – Em caso de atraso da UMinho no cumprimento das suas obrigações pecuniárias, o adjudicatário tem direito
aos juros de mora sobre o montante em dívida à taxa legalmente fixada para o efeito pelo período correspondente à
mora, nos termos previstos no artigo 326.º do CCP.

Cláusula 12ª
Gestor do contrato
1 – A UMinho procederá à designação de um ou mais gestores do contrato, com a função de acompanhar
permanentemente a execução deste, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 290.º-A do CCP.
2 – Cabe ao gestor do contrato exercer as competências que expressamente decorram da lei, bem como as que lhe
sejam atribuídas pela Universidade do Minho, em matéria de acompanhamento da execução e verificação do
cumprimento de todas as obrigações legais e contratuais assumidas pelo adjudicatário.
3 – No desempenho das suas funções o Gestor do Contrato tem direito de acesso e consulta a toda a documentação
relacionada com as atividades objeto do presente procedimento.
4 – Caso o gestor detete desvios, defeitos ou outras anomalias na execução do contrato, deve comunicá-los de
imediato ao órgão competente, propondo em relatório fundamentado as medidas corretivas que, em cada caso, se
revelem adequadas.
5 – O adjudicatário obriga-se a cooperar com o Gestor do Contrato, designado pela Universidade do Minho, na
prossecução das atividades de acompanhamento que este tem a seu cargo.

Cláusula 13ª
Revogação do contrato
O presente contrato pode ser revogado, a todo o tempo, por acordo escrito, assinado pelos legais representantes de
ambas as partes, do qual deve constar a referência ao presente contrato e seus aditamentos, bem como a data de
início da produção de efeitos da revogação.

Cláusula 14ª
Resolução por parte da entidade adjudicante
1 – Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, a Universidade do Minho pode resolver o
contrato no caso de o adjudicatário violar de forma grave ou reiterada qualquer das obrigações que lhe incumbem.
2 – O direito de resolução referido no número anterior exerce-se mediante declaração enviada ao adjudicatário.
3 – Sem prescindir do disposto nos números anteriores, incumprimento, por parte do adjudicatário, confere à
Universidade do Minho, nos termos gerais de direito, o direito às correspondentes indemnizações legais.

Cláusula 15ª
Resolução por parte do adjudicatário
1 – Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, o adjudicatário pode resolver o contrato
quando:
d) Qualquer montante que lhe seja devido esteja em dívida há mais de 6 (seis) meses ou o montante em
dívida exceda 25% do preço contratual, excluindo juros;
2 – O direito de resolução é exercido por via judicial nos termos da Cláusula 19.ª.
3 – Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, o direito de resolução pode ser exercido mediante declaração enviada
à Universidade do Minho, que produz efeitos 30 (trinta) dias após a receção dessa declaração, salvo se esta última
cumprir as obrigações em atraso nesse prazo, acrescidas dos juros de mora a que houver lugar.
4 – A resolução do contrato nos termos dos números anteriores não determina a repetição das prestações já
realizadas pelo adjudicatário, cessando, porém, todas as obrigações deste ao abrigo do contrato.

Cláusula 16ª
Casos fortuitos ou de força maior
1 – Não podem ser impostas penalidades, nem é havida como incumprimento, a não realização pontual das
prestações contratuais a cargo de qualquer das partes que resulte de caso de força maior, entendendo-se como tal
as circunstâncias que impossibilitem a respetiva realização, alheias à vontade da parte afetada, que ela não pudesse

107
conhecer ou prever à data da celebração do contrato e cujos efeitos não lhe fosse razoavelmente exigível contornar
ou evitar, que se reconduzem expressamente a tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens,
greves ou outros conflitos coletivos de trabalho, embargos ou bloqueios internacionais, atos de guerra ou terrorismo,
motins e determinações governamentais ou administrativas injuntivas, exceto as que resultem de incumprimentos
de deveres e normas legais a que está obrigado.
2 – A parte que invoca casos fortuitos ou de força maior deve comunicar e justificar tais situações à outra parte,
bem como informar o prazo previsível para restabelecer a situação.
3 – A força maior determina a prorrogação dos prazos de cumprimento das obrigações contratuais afetadas pelo
período de tempo comprovadamente correspondente ao impedimento resultante da força maior.

Cláusula 17ª
Subcontratação e cessão da posição contratual
O adjudicatário não poderá subcontratar ou ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e obrigações
decorrentes do contrato, sem autorização prévia e por escrito da Universidade do Minho, nos termos previstos no
Código dos Contratos Públicos.

Cláusula 18ª
Comunicações e notificações
1 – Sem prejuízo de poderem ser aprovadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre as partes
do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do Código dos Contratos Públicos, para o domínio ou sede
contratual de cada uma, identificados no contrato.
2 – Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser comunicada à outra parte.

Cláusula 19ª
Foro competente
Para resolução de todos os litígios decorrentes da interpretação ou execução do contrato fica estipulada a
competência do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, com expressa renúncia a qualquer outro.

Cláusula 20ª
Legislação aplicável
Em tudo o que não se encontrar especialmente regulado, aplicam-se as disposições constantes do Código dos
Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, e
demais legislação específica aplicável.

108
Parte II
Especificações Técnicas

[Descrição o mais completa e detalhada possível dos serviços a adquirir, nos termos e em conformidade com o
disposto no artigo 49.º do CCP]
[…]

109
4. Convite – Tramitação AcinGov

CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA

PROCEDIMENTO DE AJUSTE DIRETO REFª ___-__/20__ PARA [identificar objeto]

1. Entidade pública adjudicante


Designação: Universidade do Minho
NIPC: 502011378
Serviço: ________________
Morada: ________________
Telef.: ________________
E-mail: ________________

2. Objeto do contrato
2.1. O contrato a celebrar visa a aquisição [identificar objeto], em conformidade com o estabelecido no caderno de
encargos, que se anexa.
2.2. Tipo de contrato: Locação/Aquisição bens/serviços.

3. Órgão que tomou a decisão de contratar


A decisão de contratar foi autorizada por [identificar o órgão que autorizou o procedimento/despesa e, se for o caso,
com indicação do ato que o habilite para o efeito], nos termos do artigo 36.º do Código dos Contratos Públicos
(CCP), aprovado através do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor.

4. Fundamento da escolha do ajuste direto


A escolha do procedimento de Ajuste Direto tem por base o estabelecido na alínea d) do n.º 1 do art.º 20.º do CCP.

5. Impedimentos
5.1. Não podem ser candidatos, concorrentes ou integrar qualquer agrupamento, as entidades que violem qualquer
das disposições previstas no artigo 55.º do CCP.
5.2. Não podem ser convidadas a apresentar proposta entidades especialmente relacionadas com as entidades
referidas nos n.ºs 2 e 5 do artigo 113.º do CCP, considerando-se como tais, nomeadamente, as entidades que
partilhem, ainda que apenas parcialmente, representantes legais ou sócios, ou as sociedades que se encontrem em
relação de simples participação, de participação recíproca, de domínio ou de grupo, nos termos do n.º 6 do referido
artigo.
5.3. A participação de concorrente que se encontre em alguma das situações previstas no artigo 55.º ou no n.º 6 do
artigo 113.º do CCP no momento da apresentação da respetiva proposta, da adjudicação ou da celebração do
contrato, constitui contraordenação muito grave, punível com pena de coima, nos termos do artigo 456.º do mesmo
diploma.

6. Disponibilização e acesso ao procedimento

110
6.1. O presente procedimento será integralmente conduzido através da plataforma eletrónica de contratação
utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt.
6.2. O processo encontra-se disponível para consulta no local indicado no ponto 1 onde pode ser examinado até ao
prazo limite de apresentação das propostas. As referidas instalações funcionam nos dias úteis, de segunda a sexta-
feira, das [indicar horário de funcionamento].

7. Esclarecimentos, retificações e alterações das peças do procedimento


7.1. Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do procedimento podem ser
solicitados pelo interessado, por escrito, no primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas,
através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt.
7.2. Até ao termo do primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas, o interessado deve ainda
apresentar, através da plataforma eletrónica utilizada pela Universidade do Minho, em http://www.acingov.pt, ao
órgão competente para a decisão de contratar, uma lista na qual identifique, expressa e inequivocamente, os erros
e as omissões que, eventualmente, tenha detetado. Para o efeito, consideram-se erros e omissões das peças do
procedimento os que digam respeito a:
a) Aspetos ou dados que se revelem desconformes com a realidade;
b) Espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral execução do objeto do contrato a
celebrar;
c) Condições técnicas de execução do objeto do contrato a celebrar que o interessado não considere exequíveis;
d) Erros e omissões do projeto de execução que não se incluam nas alíneas anteriores.
7.3. Excetuam-se do disposto no número anterior os erros e as omissões referidos na alínea d) do número anterior
e aqueles que o concorrente, atuando com a diligência objetivamente exigível em face das circunstâncias concretas,
apenas pudesse detetar na fase de execução do contrato.
7.4. O incumprimento do dever a que se referem os números anteriores acarreta as consequências previstas nos
n.ºs 3 e 4 do artigo 378.º do Código dos Contratos Públicos.
7.5. Até ao termo do segundo terço do prazo fixado para a apresentação das propostas OU Até ao dia anterior ao
termo do prazo fixado para a apresentação da proposta, nos termos do artigo 116.º do CCP : [aplica-se a segunda
hipótese, caso o prazo para a apresentação de propostas for inferior a 9 dias ]
a) O nomeado para a condução do procedimento deve prestar os esclarecimentos solicitados, através da
plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt;
b) O órgão competente para a decisão de contratar deve pronunciar-se, através da plataforma eletrónica de
contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt, sobre os erros e as omissões identificados
pelos interessados, considerando-se rejeitados todos os que, até ao final daquele prazo, não sejam por
ele expressamente aceites.
7.6. Quando as retificações ou os esclarecimentos sejam comunicados para além do prazo estabelecido no
número anterior, o prazo fixado para a apresentação da proposta deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao do atraso verificado, nos termos do n.º 1 do artigo 64.º do CCP.
7.7. Quando as retificações ou a aceitação de erros ou de omissões das peças do procedimento,
independentemente do momento da sua comunicação, implicarem alterações de aspetos fundamentais das peças
do procedimento, o prazo fixado para a apresentação das propostas deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao tempo decorrido desde o início daquele prazo até à comunicação das retificações ou à publicitação
da decisão de aceitação de erros ou de omissões, nos termos do n.º 3 do artigo 64.º do CCP.
7.8. A pedido fundamentado do interessado, o prazo fixado para a apresentação das propostas pode ser
prorrogado pelo período considerado adequado, nos termos do n.º 4 do artigo 64.º do CCP.
7.9. Os esclarecimentos, as retificações e as listas com a identificação dos erros e omissões detetados pelo
interessado serão disponibilizados através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em
http://www.acingov.pt e juntos às peças do procedimento patentes para consulta, nos termos do n.º 5 do artigo
64.º do CCP.
7.10. Os esclarecimentos e as retificações fazem parte integrante das peças do procedimento a que dizem
respeito e prevalecem sobre estas em caso de divergência.

111
8. Prazo e modo de apresentação da proposta
8.1. Os documentos que constituem a proposta deverão ser apresentados através da plataforma
http://www.acingov.pt, até às 23:59 horas do __º dia a contar da data de receção do presente convite.
8.2. Quando, pela sua natureza, qualquer documento que constitua a proposta não possa ser apresentado nos
termos do disposto no número anterior, aplica-se o previsto no n.º 5 do artigo 62.º do Código dos Contratos Públicos.
8.3. Os documentos que constituem a proposta devem ser assinados eletronicamente mediante a utilização de
certificados de assinatura eletrónica qualificada, nos termos previstos no artigo 54.º da Lei n.º 96/2015, de 17 de
agosto.
Faz-se notar que, independentemente da assinatura qualificada que é feita na própria plataforma é
obrigatória a aposição da assinatura digital em todos os documentos da proposta submetidos, com
exceção dos comprovativos de titularidade ou representação emitidos por entidades externas ao
concorrente.
8.4. Se os documentos referidos no ponto 9.1 do presente convite forem assinados por procurador,
será necessário anexar procuração que confira poderes suficientes para o efeito.
8.5. Quando os documentos referidos no número anterior forem assinados por representante legal
do concorrente, é necessário apresentar a certidão permanente da empresa ou indicação do código
de acesso à consulta, para conferir os poderes da representação do mesmo.
8.6. O concorrente deve prever o tempo necessário para a inserção da proposta, bem como para a sua assinatura
eletrónica, em função do tipo de acesso à Internet de que dispõe, uma vez que todo esse processo só será permitido
até à hora referida.

9. Documentos que constituem a proposta


9.1. A proposta é constituída pelos seguintes documentos: [acrescentar/eliminar o que corresponde ao caso em
concreto]
a) Declaração do concorrente de aceitação do conteúdo do caderno de encargos, elaborada em conformidade
com o modelo constante do Anexo I do presente convite.
i. Se esta declaração for assinada por procurador, será necessário anexar procuração que confira poderes
suficientes para o efeito;
ii. Quando a declaração for assinada por representante legal do concorrente, é necessário apresentar a
certidão permanente da empresa ou indicação do código de acesso à consulta para conferir os poderes
da representação do mesmo;
iii. Quando a proposta for apresentada por um agrupamento concorrente, a declaração referida no número
anterior deve ser assinada pelo representante comum dos membros que o integram, caso em que devem
anexar-se à declaração os instrumentos de mandato emitidos por cada um dos seus membros ou, não
existindo representante comum, deve ser assinada por todos os seus membros ou respetivos
representantes.
b) Documentos que contenham os atributos da proposta submetidos à concorrência pelo caderno de encargos,
de acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar, nomeadamente:
- O preço total […].
c) Documentos que contenham os termos ou condições, relativos a aspetos da execução do contrato, não
submetidos à concorrência pelo caderno de encargos, aos quais o concorrente se vincula, nomeadamente: [se
aplicável]
- […]
d) O concorrente deverá também apresentar, se aplicável, documentos que contenham os esclarecimentos
justificativos da apresentação de um preço anormalmente baixo, quando esse preço resulte, direta ou
indiretamente, das peças do procedimento. [se aplicável]
e) O concorrente pode ainda apresentar outros documentos que considere indispensáveis para a avaliação dos
atributos das propostas, de acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar.

10. Preço base

112
O preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução de todas as prestações que constituem
o objeto do contrato a celebrar é estabelecido em ________€ (por extenso), acrescido de IVA à taxa legal em vigor,
se legalmente devido, incluindo as respetivas renovações, nos termos do n.º 1 do artigo 47.º do CCP.

11. Indicação do preço


Os preços constantes da proposta devem ser indicados em algarismos e não incluir o IVA.
A proposta deve mencionar que ao preço total acresce o IVA, indicando o respetivo valor e a taxa legal aplicável.
Quando os preços constantes da proposta forem também indicados por extenso, em caso de qualquer divergência,
estes prevalecem, para todos os efeitos, sobre os indicados em algarismos. Sempre que na proposta sejam
indicados vários preços, em caso de qualquer divergência entre eles, prevalecem sempre, para todos os efeitos, os
parciais, unitários ou não, mais decompostos.

12. Idioma dos documentos da proposta


Os documentos que constituem a proposta devem ser redigidos em língua portuguesa ou, não o sendo, devem ser
acompanhadas de tradução devidamente legalizada e em relação à qual o concorrente declara, para todos efeitos,
aceitar prevalência sobre os respetivos originais. [com exceção dos documentos referidos (indicar quais) que podem
ser redigidos em língua [(indicar outras línguas permitidas) - se aplicável].

13. Propostas Variantes


(É/Não é) permitida a apresentação de (indicar quantidade) propostas variantes.
[Às propostas variantes aplica-se o disposto nos pontos anteriores, devendo ser identificadas com a expressão
“Proposta variante n.º_____” (se admitidas)].
O concorrente é obrigado a apresentar proposta base, nos termos do n.º 2 do artigo 59.º do CCP. [apenas aplicável
na hipótese do convite admitir a apresentação de propostas variantes]

14. Prazo de manutenção das propostas


O concorrente fica obrigado a manter a respetiva proposta pelo prazo de 90 dias contados da data limita para a
sua entrega nos termos do artigo 65.º do CCP.

15. Caução
Não é exigida a prestação de caução, ao abrigo do n.º 2 do artigo 88.º do CCP. [se for exigida, deve ser indicada a
respetiva percentagem e o modo de prestação].

16. Critério de adjudicação


Quando o convite é dirigido a uma única entidade, a adjudicação consiste na aceitação da única proposta
apresentada, como resulta da primeira parte do n.º 1 do artigo 73.º do CCP.

17. Negociação das propostas


No caso de apresentação de uma única proposta não há lugar à fase de negociação, podendo porém o concorrente
ser convidado a melhorar a sua proposta, conforme previsto no n.º 2 do artigo 125.º do CCP.

18. Documentos de habilitação [acrescentar/eliminar o que corresponde ao caso em concreto]


18.1. No caso de adjudicação, o concorrente deve apresentar, no prazo de __ dias úteis [até 5 dias, no máximo] a
contar da notificação para a sua apresentação, os seguintes documentos de habilitação:
a) Declaração do concorrente, elaborada em conformidade com o modelo constante do Anexo II ao presente
convite;
b) Documentos comprovativos que não se encontra nas situações previstas nas alíneas b), d), e), e h) do
artigo 55.º do CCP;
c) Certidão do registo comercial, com todas as inscrições em vigor, ou disponibilização do código de acesso
para a sua consulta online, para identificação dos titulares dos órgãos sociais de administração, direção
ou gerência que se encontrem em efetividade de funções; [se aplicável]

113
d) Documento comprovativo de registo no Registo Central de Beneficiário Efetivo (https://rcbe.justica.gov.pt),
de acordo com o disposto no artigo 3.º e na al. b) do n.º 1 do artigo 37.º, ambos da Lei n.º 89/2017, de
21 de agosto, na medida em que o incumprimento das obrigações declarativas previstas no Regime
Jurídico do Registo Central do Beneficiário Efetivo proíbe a celebração do contrato decorrente do presente
procedimento, constituindo causa de caducidade da adjudicação por força do disposto no artigo 87.º-A do
CCP;[se aplicável]
e) […]
18.2. Quando o adjudicatário for um agrupamento, os documentos referidos no número anterior devem ser
entregues por todos os membros que o constituem, nos termos do artigo 6.º da Portaria n.º 372/2017, de 14 de
dezembro, por remissão do no n.º 2 do artigo 81.º do Código dos Contratos Públicos.
18.3. Os documentos de habilitação devem ser apresentados em formato digital através da plataforma
http://www.acingov.pt, em conformidade com o disposto na Portaria n.º 372/2017, de 14 de dezembro.
No caso da plataforma eletrónica se encontrar indisponível, os documentos de habilitação devem ser enviados para
o endereço eletrónico indicado no ponto 1 do presente convite.
Faz-se notar que, independentemente da assinatura qualificada que é feita na própria plataforma é
obrigatória a aposição da assinatura digital em todos os documentos de habilitação submetidos, com
exceção dos comprovativos de titularidade emitidos por entidades externas ao concorrente.
18.4. Todos os documentos de habilitação devem ser redigidos em língua portuguesa, ou, quando, pela sua própria
natureza ou origem, os referidos documentos estiverem redigidos em língua estrangeira, deve o adjudicatário fazê-
los acompanhar de tradução devidamente legalizada. [salvo quando o convite disponha diferentemente e estabeleça
a suficiência da redação dos documentos em língua estrangeira, sem necessidade de tradução]
18.5. O adjudicatário pode, em substituição da apresentação da reprodução dos documentos de habilitação, indicar
o endereço do sítio onde aqueles podem ser consultados, bem como a informação necessária a essa consulta,
desde que o referido sítio e documentos dele constantes, estejam redigidos em língua portuguesa.
18.6. Não é necessária a apresentação dos documentos previstos na alínea b) do 18.1., caso o adjudicatário se
encontre devidamente registado no Portal Nacional de Fornecedores do Estado.
18.7. Nos termos do n.º 2 do artigo 85.º do CCP, o prazo fixado para a apresentação dos documentos de habilitação
poderá ser prorrogado pelo período máximo de 5 dias, se essa prorrogação for solicitada, pelo adjudicatário, em
tempo útil e devidamente fundamentada.
18.8. Sempre que se verifique um facto que determine a caducidade da adjudicação, nos termos previstos no artigo
86.º do CCP, o adjudicatário é notificado relativamente ao facto que ocorreu, sendo fixado um prazo de 5 dias para
que este se pronuncie, por escrito, ao abrigo do direito de audiência prévia.
18.9. Quando o facto a que se refere o número anterior se verifique por causa não imputável ao adjudicatário, o
órgão competente para a decisão de contratar, em função das razões invocadas, notificará o adjudicatário para a
apresentação dos documentos em falta, fixando-lhe um prazo adicional de 5 dias para o efeito, sob pena de
caducidade da adjudicação.
18.10. O órgão competente para a decisão de contratar pode sempre solicitar ao adjudicatário, ainda que tal não
conste do presente convite, a apresentação de quaisquer documentos comprovativos da titularidade das habilitações
legalmente exigidas para a execução das prestações objeto do contrato a celebrar, fixando-lhe prazo para o efeito.
18.11. O órgão competente para a decisão de contratar pode ainda exigir ao adjudicatário, em prazo que fixar para
o efeito, a apresentação dos originais de quaisquer documentos cuja reprodução tenha sido apresentada nos termos
do 18.2, em caso de dúvida fundada sobre o conteúdo ou a autenticidade destes, sendo aplicável, com as
necessárias adaptações, o disposto no artigo 86.º do CCP.

19. Outorga do contrato


19.1. O contrato deverá ser reduzido a escrito através da elaboração de um clausulado em suporte informático com
a aposição de assinaturas eletrónica, salvo nos casos previstos no artigo 95.º do CCP.
19.2. As despesas e os encargos que eventualmente decorram da celebração do contrato são da responsabilidade
do adjudicatário.

20. Legislação aplicável

114
Em tudo o não previsto neste convite aplica-se o Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor.

Anexos: - Modelo de declaração referido na alínea a) do ponto


9.1 do presente convite (Anexo I);
- Modelo de declaração referido na alínea a) do ponto 18.1 do
presente convite (Anexo II);
- Caderno de Encargos.

115
5. Convite – Tramitação E-mail

CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA

PROCEDIMENTO DE AJUSTE DIRETO REFª ___-__/20__ PARA [identificar objeto]

1. Entidade pública adjudicante


Designação: Universidade do Minho
NIPC: 502011378
Serviço: ________________
Morada: ________________
Telef.: ________________
E-mail: ________________

2. Objeto do contrato
2.1. O contrato a celebrar visa a aquisição [identificar objeto], em conformidade com o estabelecido no caderno
de encargos, que se anexa.
2.2. Tipo de contrato: Locação/Aquisição bens/serviços.

3. Órgão que tomou a decisão de contratar


A decisão de contratar foi autorizada por [identificar o órgão que autorizou o procedimento/despesa e, se for o
caso, indicar o ato que o habilite para o efeito], nos termos do artigo 36.º do Código dos Contratos Públicos
(CCP), aprovado através do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor.

4. Fundamento da escolha do ajuste direto


A escolha do procedimento de Ajuste Direto tem por base o estabelecido na alínea d) do n.º 1 do art.º 20.º do
CCP.

5. Impedimentos
5.1. Não podem ser candidatos, concorrentes ou integrar qualquer agrupamento, as entidades que violem qualquer
das disposições previstas no artigo 55.º do CCP.
5.2. Não podem ser convidadas a apresentar proposta entidades especialmente relacionadas com as entidades
referidas nos n.ºs 2 e 5 do artigo 113.º do CCP, considerando-se como tais, nomeadamente, as entidades que
partilhem, ainda que apenas parcialmente, representantes legais ou sócios, ou as sociedades que se encontrem em
relação de simples participação, de participação recíproca, de domínio ou de grupo, nos termos do n.º 6 do referido
artigo.
5.3. A participação de concorrente que se encontre em alguma das situações previstas no artigo 55.º ou no n.º 6 do
artigo 113.º do CCP no momento da apresentação da respetiva proposta, da adjudicação ou da celebração do
contrato, constitui contraordenação muito grave, punível com pena de coima, nos termos do artigo 456.º do mesmo
diploma.

6. Disponibilização e acesso ao procedimento


6.1. O presente procedimento será integralmente conduzido através do endereço eletrónico indicado no ponto 1.

116
6.2. O processo encontra-se disponível para consulta no local indicado no ponto 1 onde pode ser examinado até ao
prazo limite de apresentação das propostas. As referidas instalações funcionam nos dias úteis, de segunda a sexta-
feira, das [indicar horário de funcionamento].

7. Esclarecimentos, retificações e alterações das peças do procedimento


7.1. Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do procedimento podem ser
solicitados pelo interessado, por escrito, no primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas,
através do endereço eletrónico indicado no ponto 1.
7.2. Até ao termo do primeiro terço do prazo fixado para a apresentação da proposta, o interessado deve ainda
apresentar, através do endereço eletrónico indicado no ponto 1, ao órgão competente para a decisão de contratar,
uma lista na qual identifique, expressa e inequivocamente, os erros e as omissões que, eventualmente, tenha
detetado. Para o efeito, consideram-se erros e omissões das peças do procedimento detetados os que digam
respeito a:
e) Aspetos ou dados que se revelem desconformes com a realidade;
f) Espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral execução do objeto do contrato a
celebrar;
g) Condições técnicas de execução do objeto do contrato a celebrar que o interessado não considere exequíveis;
h) Erros e omissões do projeto de execução que não se incluam nas alíneas anteriores.
7.3. Excetuam-se do disposto no número anterior os erros e as omissões referidos na alínea d) do número anterior
e aqueles que o concorrente, atuando com a diligência objetivamente exigível em face das circunstâncias
concretas, apenas pudesse detetar na fase de execução do contrato.
7.4. O incumprimento do dever a que se referem os números anteriores acarreta as consequências previstas nos
n.ºs 3 e 4 do artigo 378.º do Código dos Contratos Públicos.
7.5. Até ao termo do segundo terço do prazo fixado para a apresentação das propostas OU Até ao dia anterior ao
termo do prazo fixado para a apresentação da proposta, nos termos do artigo 116.º do CCP [aplica-se a segunda
hipótese, caso o prazo para a apresentação de propostas for inferior a 9 dias] :
c) O nomeado para a condução do procedimento deve prestar os esclarecimentos solicitados, através do
endereço eletrónico indicado no ponto 1;
d) O órgão competente para a decisão de contratar deve pronunciar-se, através do endereço eletrónico
indicado no ponto 1, sobre os erros e as omissões identificados pelo interessado, considerando-se
rejeitados todos os que, até ao final daquele prazo, não sejam por ele expressamente aceites.
7.6. Quando as retificações ou os esclarecimentos sejam comunicados para além do prazo estabelecido no
número anterior, o prazo fixado para a apresentação da proposta deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao do atraso verificado, nos termos do n.º 1 do artigo 64.º do CCP.
7.7. Quando as retificações ou a aceitação de erros ou de omissões das peças do procedimento,
independentemente do momento da sua comunicação, implicarem alterações de aspetos fundamentais das peças
do procedimento, o prazo fixado para a apresentação da proposta deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao tempo decorrido desde o início daquele prazo até à comunicação das retificações ou à publicitação
da decisão de aceitação de erros ou de omissões, nos termos do n.º 3 do artigo 64.º do CCP.
7.8. A pedido fundamentado do interessado, o prazo fixado para a apresentação da proposta pode ser prorrogado
pelo período considerado adequado, nos termos do n.º 3 do artigo 64.º do CCP.
7.9. Os esclarecimentos, as retificações e as listas com a identificação dos erros e omissões detetados pelo
interessado serão disponibilizados através do endereço eletrónico indicado no ponto 1 e juntos às peças do
procedimento patentes para consulta, nos termos do n.º 5 do artigo 64.º do CCP.
7.10. Os esclarecimentos e as retificações fazem parte integrante das peças do procedimento a que dizem
respeito e prevalecem sobre estas em caso de divergência.

8. Prazo e modo de apresentação da proposta


8.1. Os documentos que constituem a proposta deverão ser apresentados através do endereço eletrónico indicado
no ponto 1, até às 23:59 horas do __º dia a contar da data de receção do presente convite.

117
8.2. Os documentos que constituem a proposta deverão, preferencialmente, ser assinados eletronicamente,
mediante a utilização de certificados de assinatura eletrónica qualificada.
8.3. Quando, pela sua natureza, qualquer documento que constitua a proposta não possa ser apresentado nos
termos do disposto no número anterior, aplica-se o previsto no n.º 5 do artigo 62.º do Código dos Contratos
Públicos.

9. Documentos que constituem a proposta


9.1. A proposta é constituída pelos seguintes documentos: [acrescentar/eliminar o que corresponde ao caso em
concreto]
a) Declaração do concorrente de aceitação do conteúdo do caderno de encargos, elaborada em conformidade
com o modelo constante do Anexo I do presente convite.
iv. Se esta declaração for assinada por procurador, será necessário anexar procuração que confira poderes
suficientes para o efeito;
v. Quando a declaração for assinada por representante legal do concorrente, é necessário apresentar a
certidão permanente da empresa ou indicação do código de acesso à consulta para conferir os poderes
da representação do mesmo;
vi. Quando a proposta for apresentada por um agrupamento concorrente, a declaração referida no número
anterior deve ser assinada pelo representante comum dos membros que o integram, caso em que devem
anexar-se à declaração os instrumentos de mandato emitidos por cada um dos seus membros ou, não
existindo representante comum, deve ser assinada por todos os seus membros ou respetivos
representantes.
b) Documentos que contenham os atributos da proposta submetidos à concorrência pelo caderno de encargos,
de acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar, nomeadamente:
- O preço total […].
c) Documentos que contenham os termos ou condições relativos a aspetos da execução do contrato não
submetidos
à concorrência pelo caderno de encargos, aos quais a entidade adjudicante pretende que o concorrente se
vincule: [se aplicável]
- […]
d) O concorrente deverá também apresentar, se aplicável, documentos que contenham os esclarecimentos
justificativos da apresentação de um preço anormalmente baixo, quando esse preço resulte, direta ou
indiretamente, das peças do procedimento. [se aplicável]
e) O concorrente pode ainda apresentar outros documentos que considere indispensáveis para a análise da
proposta.

10. Preço base


O preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pela execução de todas as prestações que
constituem o objeto do contrato a celebrar é estabelecido em ________€ (por extenso), acrescido de IVA à taxa
legal em vigor, se legalmente devido, incluindo as respetivas renovações, nos termos do n.º 1 do artigo 47.º do
CCP.

11. Indicação do preço


Os preços constantes da proposta devem ser indicados em algarismos e não incluir o IVA.
A proposta deve mencionar que ao preço total acresce o IVA, indicando o respetivo valor e a taxa legal aplicável.
Quando os preços constantes da proposta forem também indicados por extenso, em caso de qualquer
divergência, estes prevalecem, para todos os efeitos, sobre os indicados em algarismos. Sempre que na proposta
sejam indicados vários preços, em caso de qualquer divergência entre eles, prevalecem sempre, para todos os
efeitos, os parciais, unitários ou não, mais decompostos.

12. Idioma dos documentos da proposta

118
Os documentos que constituem a proposta devem ser redigidos em língua portuguesa ou, não o sendo, devem ser
acompanhadas de tradução devidamente legalizada e em relação à qual o concorrente declara, para todos efeitos,
aceitar prevalência sobre os respetivos originais. [com exceção dos documentos referidos (indicar quais) que
podem ser redigidos em língua [(indicar outras línguas permitidas) - se aplicável].

13. Propostas Variantes


(É/Não é) permitida a apresentação de (indicar quantidade) propostas variantes.
[Às propostas variantes aplica-se o disposto nos pontos anteriores, devendo ser identificadas com a expressão
“Proposta variante n.º_____” (se admitidas)].
O concorrente é obrigado a apresentar proposta base, nos termos do n.º 2 do artigo 59.º do CCP. [apenas
aplicável na hipótese do convite admitir a apresentação de propostas variantes]

14. Prazo de manutenção das propostas


O concorrente fica obrigado a manter a respetiva proposta pelo prazo de 90 dias contados da data limita para a
sua entrega nos termos do artigo 65.º do CCP.

15. Caução
Não é exigida a prestação de caução, ao abrigo do n.º 2 do artigo 88.º do CCP. [se for exigida, deve ser indicada a
respetiva percentagem e o modo de prestação].

16. Critério de adjudicação


Quando o convite é dirigido a uma única entidade, a adjudicação consiste na aceitação da única proposta
apresentada, como resulta da primeira parte do n.º 1 do artigo 73.º do CCP.

17. Negociação das propostas


No caso de apresentação de uma única proposta não há lugar à fase de negociação, podendo porém o
concorrente ser convidado a melhorar a sua proposta, conforme previsto no n.º 2 do artigo 125.º do CCP.

18. Documentos de habilitação [acrescentar/eliminar o que corresponde ao caso em concreto]


18.1. No caso de adjudicação, o concorrente deve apresentar, no prazo de __ dias úteis [até 5 dias, no máximo] a
contar da notificação para a sua apresentação, os seguintes documentos de habilitação:
f) Declaração do concorrente, elaborada em conformidade com o modelo constante do Anexo II ao presente
convite;
g) Documentos comprovativos que não se encontra nas situações previstas nas alíneas b), d), e), e h) do
artigo 55.º do CCP;
h) Certidão do registo comercial, com todas as inscrições em vigor, ou disponibilização do código de acesso
para a sua consulta online, para identificação dos titulares dos órgãos sociais de administração, direção
ou gerência que se encontrem em efetividade de funções; [se aplicável]
i) Documento comprovativo de registo no Registo Central de Beneficiário Efetivo
(https://rcbe.justica.gov.pt), de acordo com o disposto no artigo 3.º e na al. b) do n.º 1 do artigo 37.º,
ambos da Lei n.º 89/2017, de 21 de agosto, na medida em que o incumprimento das obrigações
declarativas previstas no Regime Jurídico do Registo Central do Beneficiário Efetivo proíbe a celebração
do contrato decorrente do presente procedimento, constituindo causa de caducidade da adjudicação por
força do disposto no artigo 87.º-A do CCP;[se aplicável]
j) […]
18.2. Quando o adjudicatário for um agrupamento, os documentos referidos no número anterior devem ser
entregues por todos os membros que o constituem, nos termos do artigo 6.º da Portaria n.º 372/2017, de 14 de
dezembro, por remissão do no n.º 2 do artigo 81.º do Código dos Contratos Públicos.
18.3. Os documentos de habilitação devem ser apresentados em formato digital através do endereço eletrónico
indicado no ponto 1, em conformidade com o disposto na Portaria n.º 372/2017, de 14 de dezembro.

119
18.4. Todos os documentos de habilitação devem ser redigidos em língua portuguesa, ou, quando, pela sua
própria natureza ou origem, os referidos documentos estiverem redigidos em língua estrangeira, deve o
adjudicatário fazê-los acompanhar de tradução devidamente legalizada. [salvo quando o convite disponha
diferentemente e estabeleça a suficiência da redação dos documentos em língua estrangeira, sem necessidade de
tradução]
18.5. O adjudicatário pode, em substituição da apresentação da reprodução dos documentos de habilitação,
indicar o endereço do sítio da Internet onde aqueles podem ser consultados, bem como a informação necessária
a essa consulta, desde que o referido sítio e documentos dele constantes, estejam redigidos em língua
portuguesa.
18.6. Não é necessária a apresentação dos documentos previstos na alínea b) do 18.1., caso o adjudicatário se
encontre devidamente registado no Portal Nacional de Fornecedores do Estado.
18.7. O prazo fixado para a apresentação dos documentos de habilitação poderá ser prorrogado pelo período
máximo de 5 dias, se essa prorrogação for solicitada pelo adjudicatário em tempo útil e devidamente
fundamentada, nos termos do n.º 2 do artigo 85.º do CCP.
18.8. Sempre que se verifique um facto que determine a caducidade da adjudicação, nos termos previstos no
artigo 86.º do CCP, o adjudicatário é notificado relativamente ao facto que ocorreu, sendo fixado um prazo de 5
dias para que este se pronuncie, por escrito, ao abrigo do direito de audiência prévia.
18.9. Quando o facto a que se refere o número anterior se verifique por causa não imputável ao adjudicatário, o
órgão competente para a decisão de contratar, em função das razões invocadas, notificará o adjudicatário para a
apresentação dos documentos em falta, fixando-lhe um prazo adicional de 5 dias para o efeito, sob pena de
caducidade da adjudicação.
18.10. O órgão competente para a decisão de contratar pode sempre solicitar ao adjudicatário, ainda que tal não
conste do presente convite, a apresentação de quaisquer documentos comprovativos da titularidade das
habilitações legalmente exigidas para a execução das prestações objeto do contrato a celebrar, fixando-lhe prazo
para o efeito.
18.11. O órgão competente para a decisão de contratar pode ainda exigir ao adjudicatário, em prazo que fixar
para o efeito, a apresentação dos originais de quaisquer documentos cuja reprodução tenha sido apresentada nos
termos do 18.2, em caso de dúvida fundada sobre o conteúdo ou a autenticidade destes, sendo aplicável, com as
necessárias adaptações, o disposto no artigo 86.º do CCP.

19. Outorga do contrato


19.1. O contrato deverá ser reduzido a escrito através da elaboração de um clausulado em suporte papel ou em
suporte informático com a aposição de assinaturas eletrónica, salvo nos casos previstos no artigo 95.º do CCP.
19.2. As despesas e os encargos que eventualmente decorram da celebração do contrato são da responsabilidade
do adjudicatário.

20. Legislação aplicável


A tudo o que não for especialmente regulado no presente convite aplica-se o disposto no Código dos Contratos
Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as alterações em vigor.

Anexos: - Modelo de declaração referido na alínea a) do ponto


9.1 do presente convite;
- Modelo de declaração referido na alínea a) do ponto 18.1 do
presente convite;
- Caderno de Encargos.

120
ANEXO III – Consulta Prévia
1. Decisão de Contratar

Exmo(a). Senhor(a):

[indicar o órgão competente para a decisão de


contratar]

sua referência sua comunicação de nossa referência data

____________ __-__-20__

assunto
PROCEDIMENTO DE
CONSULTA PRÉVIA
REFª CPrv __- __/20__ 1. Torna-se necessário proceder à [identificar objeto], considerando que [justificar
PARA [identificar objeto] a necessidade de contratar].
Assim, prevalecendo a preocupação de diligenciar pelos melhores interesses
- Decisão de contratar, da UMinho e ponderando critérios de boa gestão do decisor público, entende-
se ser adequado e necessário proceder à abertura de um procedimento de
de escolha do
contratação pública, na modalidade de consulta prévia, tendo em vista a
procedimento e de
celebração do contrato em assunto.
autorização da despesa
2. O preço base do contrato a celebrar é estipulado em _______,__€ (por
extenso), nos termos do artigo 47.º do Código dos Contratos Públicos.
3. [justificar o preço base com base em critérios objetivos] exemplos: A definição
do preço base do presente procedimento resulta dos custos médios unitários
que advieram de anteriores procedimentos para prestações do mesmo tipo,
informação disponibilizada em anexo e que aqui se dá por integralmente
reproduzida; ou A definição do preço base do presente procedimento foi
efetuada através de uma consulta preliminar ao mercado, prevista no artigo
35.º-A do Código dos Contratos Públicos, na qual foram consultadas __ (por
extenso) entidades, cuja informação faz parte integrante do processo, não
tendo por efeito qualquer desrespeito pelos princípios da não discriminação, da
transparência e da concorrência.
4. [se aplicável, identificar as situações em que o preço ou o custo de uma
proposta é considerado anormalmente baixo]
5. Face ao exposto, solicita-se de V. Exa. autorização para a abertura do
procedimento de Consulta Prévia, ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 1
do artigo 16.º, na alínea c) do n.º 1 do artigo 20.º, e nos artigos 36.º e 38.º do

121
Código dos Contratos Públicos e bem assim para a realização da despesa
inerente.
6. Nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 40.º do mesmo diploma legal,
solicita-se igualmente, a aprovação das peças do procedimento – convite à
apresentação de proposta e caderno de encargos –, que se remetem em anexo.
7. Para efeitos do previsto no n.º 1 do artigo 114.º, no n.º 1 do artigo 113.º do
referido Código e comprovada a inexistência dos impedimentos previstos nos
n.ºs 2, 5 e 6 do citado artigo, propõe-se que sejam convidadas a apresentar
proposta as entidades:
[identificar as entidades – nome/designação e NIF]
8. Tratando-se o presente procedimento de Consulta Prévia, propõe-se a sua
condução pelos Serviços ______________, nos termos do n.º 3 do artigo
67.º do Código dos Contratos Públicos, devendo ser consideradas a estes as
referências feitas ao júri no Código dos Contratos Públicos, pelo que se solicita
que sejam delegadas naqueles Serviços competências infra elencadas, nos
termos e para os efeitos previstos no artigo 109.º do Código dos Contratos
Públicos: [retirar/adaptar, caso assim se entenda]
 Artigo 50.º, n.º 5, al. a) – prestação de esclarecimentos;
 Artigo 64.º, n.º 5 – prorrogação do prazo para apresentação de propostas,
que resulte da comunicação extemporânea da resposta aos
esclarecimentos solicitados e/ou a pedido do interessado, nos termos dos
n.ºs 1 e 4 do referido artigo, respetivamente;
 Artigo 76.º, n.º 1 – notificação da decisão de adjudicação aos concorrentes;
 Artigo 77.º, n.º 2 – notificação para apresentação dos documentos de
habilitação, prestação de caução (se esta for devida), confirmação dos
compromissos assumidos por entidades terceiras (se aplicável), pronúncia
sobre a minuta do contrato quando este for reduzido a escrito) e
confirmação, se for o caso, da constituição de sociedade comercial, nos
termos das alíneas a) e e);
 Artigo 81.º, n.º 8 – solicitação ao adjudicatário para apresentação de
quaisquer documentos comprovativos da titularidade das habilitações
legalmente exigidas;
 Artigo 5.º, n.º 4, da Portaria n.º 372/2017, de 14 de dezembro, por
remissão do n.º 1 do artigo 81.º do CCP – apresentação pelo adjudicatário
dos originais de quaisquer documentos de habilitação;
 Artigo 85.º, n.ºs 1 e 3 – notificação simultânea e disponibilização a todos
os concorrentes dos documentos de habilitação apresentados pelo
adjudicatário;
 Artigo 85.º, n.º 2 – prorrogação do prazo para apresentação dos
documentos de habilitação a pedido do adjudicatário;
 Artigo 86.º, n.ºs 2 e 3 – notificação do adjudicatário para pronúncia em
audiência prévia, na ocorrência de facto que determine a caducidade da
adjudicação e concessão de prazo adicional para a apresentação dos
documentos em falta;

122
 Artigo 100.º – notificação ao adjudicatário da minuta de contrato,
devidamente aprovada pelo órgão competente;
 Artigo 102.º, n.º 2 – notificação ao adjudicatário da decisão relativa à
reclamação da minuta do contrato;
 Artigo 104.º, n.º 3 – comunicação, ao adjudicatário, da informação para
outorga do contrato;
 Artigo 133.º, n.º 7 – prorrogação do prazo fixado para apresentação de
propostas.
9. [caso o prazo de execução o justifique] Tendo em conta o prazo de execução
máximo de ______, solicita-se autorização para assunção de compromissos
plurianuais, nos termos e em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º
1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho e no n.º 5 do artigo
11.º do DL n.º 127/2012, de 21 de junho. Os encargos orçamentais
decorrentes do presente procedimento serão previsivelmente repartidos da
seguinte forma: [exemplo]
✓ Para o presente ano económico: ______ (________ euros);
✓ Para os anos:
 20__ – _____€ (_______ euros);

 […].
O montante fixado para cada ano económico poderá ser acrescido do saldo
apurado no ano anterior.
10. Por último, informa-se V. Exa. que a respetiva despesa tem cabimento na
Dimensão ______________ (Cabimento _____ / CPV: ______ -
______________________).

Com os melhores cumprimentos,

____________

123
2. Convite

CONVITE À APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS

PROCEDIMENTO DE CONSULTA PRÉVIA REFª ___-__/20__ PARA [identificar objeto]

17. Entidade pública adjudicante


Designação: Universidade do Minho
NIPC: 502011378
Serviço: ________________
Morada: ________________
Telef.: ________________
E-mail: ________________

18. Objeto do contrato


2.1. O contrato a celebrar visa a aquisição [identificar objeto], em conformidade com o estabelecido no caderno
de encargos, que se anexa.
2.2. Tipo de contrato: Locação/Aquisição bens/serviços.

19. Órgão que tomou a decisão de contratar


A decisão de contratar foi autorizada por [identificar o órgão que autorizou o procedimento/despesa e, se for o
caso, com indicação do ato que o habilite para o efeito], nos termos do artigo 36.º do Código dos Contratos
Públicos (CCP), aprovado através do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor.

20. Fundamento da escolha da consulta prévia


A escolha do procedimento de Consulta Prévia tem por base o estabelecido na alínea c) do n.º 1 do art.º 20.º do
Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado através do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as
atualizações em vigor.

21. Impedimentos
5.1. Não podem ser candidatos, concorrentes ou integrar qualquer agrupamento, as entidades que violem qualquer
das disposições previstas no artigo 55.º do Código dos Contratos Públicos.
5.2. Não podem ser convidadas a apresentar proposta entidades especialmente relacionadas com as entidades
referidas nos n.ºs 2 e 5 do artigo 113.º do CCP, considerando-se como tais, nomeadamente, as entidades que
partilhem, ainda que apenas parcialmente, representantes legais ou sócios, ou as sociedades que se encontrem em
relação de simples participação, de participação recíproca, de domínio ou de grupo, nos termos do n.º 6 do referido
artigo.
5.3. Para efeitos o disposto n.º 1 do artigo 114.º do CCP, as entidades a convidar não podem, ainda, ser
especialmente relacionadas entre si, nos termos do n.º 2 do referido artigo.
5.4. A participação de concorrente que se encontre em alguma das situações previstas no artigo 55.º, no n.º 6 do
artigo 113.º ou no n.º 2 do artigo 114.º do CCP no momento da apresentação da respetiva proposta, da
adjudicação ou da celebração do contrato, constitui contraordenação muito grave, punível com pena de coima, nos
termos do artigo 456.º do mesmo diploma.

124
22. Disponibilização e acesso ao procedimento
6.1. O presente procedimento será integralmente conduzido através da plataforma eletrónica de contratação
utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt.
6.2. O processo encontra-se disponível para consulta no local indicado no ponto 1 onde pode ser examinado até ao
prazo limite de apresentação das propostas. As referidas instalações funcionam nos dias úteis, de segunda a sexta-
feira, das [indicar horário de funcionamento].

23. Esclarecimentos, retificações e alterações das


peças do procedimento
7.1. Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do procedimento podem ser
solicitados pelos interessados, por escrito, no primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas,
através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt.
7.2. Até ao termo do primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas, os interessados devem
ainda apresentar, através da plataforma eletrónica utilizada pela Universidade do Minho, em
http://www.acingov.pt, ao órgão competente para a decisão de contratar, uma lista na qual identifiquem,
expressa e inequivocamente, os erros e as omissões do caderno de encargos detetados e que digam respeito a:
i) Aspetos ou dados que se revelem desconformes com a realidade;
j) Espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral execução do objeto do contrato a
celebrar;
k) Condições técnicas de execução do objeto do contrato a celebrar que o interessado não considere exequíveis;
l) Erros e omissões do projeto de execução que não se incluam nas alíneas anteriores.
7.3. Excetuam-se do disposto no número anterior os erros e as omissões referidos na alínea d) do número anterior
e aqueles que o concorrente, atuando com a diligência objetivamente exigível em face das circunstâncias
concretas, apenas pudesse detetar na fase de execução do contrato.
7.4. O incumprimento do dever a que se referem os números anteriores acarreta as consequências previstas nos
n.ºs 3 e 4 do artigo 378.º do Código dos Contratos Públicos.
7.5. Até ao termo do segundo terço do prazo fixado para a apresentação das propostas OU Até ao dia anterior ao
termo do prazo fixado para a apresentação da proposta, nos termos do artigo 116.º do CCP [aplica-se o segundo
caso se o prazo para a apresentação de propostas for inferior a 9 dias] :
e) O nomeado para a condução do procedimento deve prestar os esclarecimentos solicitados, através da
plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt;
f) O órgão competente para a decisão de contratar deve pronunciar-se, através da plataforma eletrónica de
contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt, sobre os erros e as omissões identificados
pelos interessados, considerando-se rejeitados todos os que, até ao final daquele prazo, não sejam por
ele expressamente aceites.
7.6. Quando as retificações ou os esclarecimentos sejam comunicados para além do prazo estabelecido no
número anterior, o prazo fixado para a apresentação das propostas deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao do atraso verificado, nos termos do n.º 1 do artigo 64.º do CCP.
7.7. Quando as retificações ou a aceitação de erros ou de omissões das peças do procedimento,
independentemente do momento da sua comunicação, implicarem alterações de aspetos fundamentais das peças
do procedimento, o prazo fixado para a apresentação das propostas deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao tempo decorrido desde o início daquele prazo até à comunicação das retificações ou à publicitação
da decisão de aceitação de erros ou de omissões, nos termos do n.º 3 do artigo 64.º do CCP.
7.8. A pedido fundamentado do interessado, o prazo fixado para a apresentação das propostas pode ser
prorrogado pelo período considerado adequado, nos termos do n.º 4 do artigo 64.º do CCP.
7.9. Os esclarecimentos, as retificações e as listas com a identificação dos erros e omissões detetados pelos
interessados serão disponibilizados através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em
http://www.acingov.pt e juntos às peças do procedimento patentes para consulta, devendo todos os interessados
que as tenham adquirido ser imediatamente notificados desse facto, nos termos do n.º 5 do artigo 64.º do CCP.
7.10. Os esclarecimentos e as retificações fazem parte integrante das peças do procedimento a que dizem
respeito e prevalecem sobre estas em caso de divergência.

125
24. Documentos que constituem a proposta
8.1. A proposta é constituída pelos seguintes documentos: [acrescentar/eliminar o que corresponde ao caso em
concreto]
a) Declaração do concorrente de aceitação do conteúdo do caderno de encargos, elaborada em conformidade
com o modelo constante do Anexo I do presente convite.
b) Documentos que contenham os atributos da proposta submetidos à concorrência pelo caderno de encargos,
de acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar, nomeadamente:
- O preço total [exemplo] […].
c) Documentos que contenham os termos ou condições, relativos a aspetos da execução do contrato, não
submetidos à concorrência pelo caderno de encargos, aos quais o concorrente se vincula, nomeadamente: [se
aplicável]
-- Prazo da execução [exemplo].
[…]
d) O concorrente deverá também apresentar, se aplicável, documentos que contenham os esclarecimentos
justificativos da apresentação de um preço anormalmente baixo, quando esse preço resulte, direta ou
indiretamente, das peças do procedimento. [se aplicável]
e) O concorrente pode ainda apresentar outros documentos que considere indispensáveis para a avaliação dos
atributos das propostas, de acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar.

25. Prazo e modo de apresentação da proposta


9.1. Os documentos que constituem a proposta deverão ser apresentados através da plataforma
http://www.acingov.pt, até às 23:59 horas do __º dia a contar da data de receção do presente convite.
9.2. Quando, pela sua natureza, qualquer documento que constitua a proposta não possa ser apresentado nos
termos do disposto no número anterior, aplica-se o previsto no n.º 5 do artigo 62.º do Código dos Contratos
Públicos.
9.3. A proposta e todos os documentos que lhe associarem, designadamente, a declaração prevista
na alínea a) do nº 1 do artigo anterior devem ser assinados eletronicamente mediante a utilização
de certificados de assinatura eletrónica qualificada, nos termos previstos no artigo 54º da Lei nº
96/2015, de 17 de agosto.
9.4. Se os documentos referidos no ponto 1 do artigo anterior forem assinados por procurador,
será necessário anexar procuração que confira poderes suficientes para o efeito.
9.5. Quando os documentos referidos no número anterior forem assinados por representante legal
do concorrente, é necessário apresentar a certidão permanente da empresa ou indicação do
código de acesso à consulta para conferir os poderes da representação do mesmo.
9.6. Quando a proposta for apresentada por um agrupamento concorrente, os documentos referidos no artigo
anterior devem ser assinados pelo representante comum dos membros que o integram, caso em que devem ser
juntos à proposta os instrumentos de mandato emitidos por cada um dos seus membros ou, não existindo
representante comum, devem ser assinados por todos os seus membros ou respetivos representantes.
9.7. O concorrente deve prever o tempo necessário para a inserção da proposta, bem como para a sua assinatura
eletrónica, em função do tipo de acesso à Internet de que dispõem, uma vez que todo esse processo só será
permitido até à hora referida.

26. Preço base


O preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pelo fornecimento objeto do contrato a celebrar é
estabelecido em _______,__€ (por extenso), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, se legalmente devido,
incluindo as respetivas renovações, nos termos do n.º 1 do artigo 47.º do CCP.

27. Indicação do preço


Os preços constantes da proposta devem ser indicados em algarismos e não incluir o IVA.
A proposta deve mencionar que ao preço total acresce o IVA, indicando o respetivo valor e a taxa legal aplicável.

126
Quando os preços constantes da proposta forem também indicados por extenso, em caso de qualquer
divergência, estes prevalecem, para todos os efeitos, sobre os indicados em algarismos. Sempre que na proposta
sejam indicados vários preços, em caso de qualquer divergência entre eles, prevalecem sempre, para todos os
efeitos, os parciais, unitários ou não, mais decompostos.

28. Idioma dos documentos da proposta


Os documentos que constituem a proposta devem ser redigidos em língua portuguesa ou, não o sendo, devem ser
acompanhadas de tradução devidamente legalizada e em relação à qual o concorrente declara, para todos efeitos,
aceitar prevalência sobre os respetivos originais. [com exceção dos documentos referidos (indicar quais) que
podem ser redigidos em língua [(indicar outras línguas permitidas) - se aplicável].

29. Propostas Variantes


(É/Não é) permitida a apresentação de (indicar quantidade) propostas variantes.
[Ás propostas variantes aplica-se o disposto nos pontos anteriores, devendo ser identificadas com a expressão
“Proposta variante n.º_____” (se admitidas)].
O concorrente é obrigado a apresentar proposta base, nos termos do n.º 2 do artigo 59.º do CCP. [apenas
aplicável na hipótese de o convite admitir a apresentação de propostas variantes]

30. Prazo de manutenção das propostas


O concorrente fica obrigado a manter a respetiva proposta pelo prazo de 90 dias contados da data limita para a
sua entrega nos termos do artigo 65.º do CCP.

31. Caução
Não é exigida a prestação de caução, ao abrigo do n.º 2 do artigo 88.º do CCP. (se for exigida, deve ser indicada a
respetiva percentagem e o respetivo modo de prestação).

32. Critério de adjudicação


16.1 A adjudicação é feita segundo o critério da proposta economicamente mais vantajosa, na modalidade
multifator, conforme previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 74.º do Código dos Contratos Públicos, tendo em
conta os seguintes fatores com a seguinte ponderação: [neste caso, preencher seguidamente com os fatores e
eventuais subfatores, relacionados com os aspetos de execução do contrato a celebrar e apresentar o respetivo
modelo de avaliação]
[ou]
16.1 A adjudicação será feita de acordo com o critério da proposta economicamente mais vantajosa, na
modalidade de monofator, conforme previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 74.º do Código dos Contratos
Públicos, densificado pelo seguinte fator: [preencher seguidamente com o fator correspondente a um único aspeto
de execução do contrato a celebrar, designadamente o preço/caso a natureza do fator não tenha natureza
quantitativa, deve ser elaborada uma grelha de avaliação das propostas]
16.2. No caso de empate entre duas propostas ou mais propostas admitidas, a adjudicação será efetuada ao
concorrente que tiver apresentado, _____________ [indicar fator de desempate], pela ordem seguinte:
I. _________;
II. _________. [preencher os critérios de desempate, por exemplo, a ordenação decrescente de ponderação
relativa ou, caso não seja possível, o sorteio]

NOTA: A al. b) do n.º 2 ao artigo 115.º do CCP permite a dispensa de modelo ou grelha de avaliação de
propostas nos procedimento de consulta prévia.

x - Preço ou custo anormalmente baixo [caso se aplique]


1 – O preço total resultante de uma proposta é considerado anormalmente baixo quando for inferior tendo em
consideração o preço médio obtido em consultas preliminares ao mercado/quando exista um desvio percentual

127
igual ou superior a __% em relação à média das propostas a admitir, nos termos do disposto n.º 1 do artigo 71.º
do Código dos Contratos Públicos. [ou com base em critérios considerados adequados]
2 – Para efeitos do cálculo da média indicada no número anterior, e de forma a não fomentar qualquer distorção
da concorrência, não deverão ser consideradas a proposta de valor mais baixo, nem a de valor mais elevado.

17. Negociação das propostas


As propostas apresentadas (serão/não serão) objeto de negociação.
[ a) Não serão negociados os seguintes aspetos da execução do contrato: (indicar aspetos não sujeitos a
negociação);
b) A negociação decorrerá (parcialmente/totalmente) por via eletrónica, nos seguintes termos: (indicar
termos da negociação) – se aplicável]

18. Documentos de habilitação [acrescentar/eliminar consoante o caso em concreto]


18.1. No caso de adjudicação, o concorrente deve apresentar, no prazo de 5 dias úteis a contar da notificação
para a sua apresentação, os seguintes documentos de habilitação:
− Declaração do concorrente, elaborada em conformidade com o modelo constante do Anexo II ao presente
convite;
− Documentos comprovativos que não se encontra nas situações previstas nas alíneas b), d), e), e h) do artigo
55.º do CCP;
− Certidão do registo comercial, com todas as inscrições em vigor, ou disponibilização do código de acesso para
a sua consulta online, para identificação dos titulares dos órgãos sociais de administração, direção ou gerência
que se encontrem em efetividade de funções;
− Documento comprovativo de registo no Registo Central de Beneficiário Efetivo (https://rcbe.justica.gov.pt), de
acordo com o disposto no artigo 3.º e na al. b) do n.º 1 do artigo 37.º, ambos da Lei n.º 89/2017, de 21 de
agosto, na medida em que o incumprimento das obrigações declarativas previstas no Regime Jurídico do
Registo Central do Beneficiário Efetivo proíbe a celebração do contrato decorrente do presente procedimento,
constituindo causa de caducidade da adjudicação por força do disposto no artigo 87.º-A do CCP [se aplicável]
18.2. Quando o adjudicatário for um agrupamento, os documentos referidos no número anterior devem ser
entregues por todos os membros que o constituem, nos termos do artigo 6.º da Portaria n.º 372/2017, de 14 de
dezembro, por remissão do no n.º 2 do artigo 81.º do Código dos Contratos Públicos.
18.3. Os documentos de habilitação devem ser apresentados em formato digital através da plataforma
http://www.acingov.pt em conformidade com o disposto na Portaria n.º 372/2017, de 14 de dezembro.
No caso da plataforma eletrónica se encontrar indisponível, os documentos de habilitação devem ser enviados
para o endereço eletrónico indicado no ponto 1 do presente convite.
18.4. Todos os documentos de habilitação devem ser redigidos em língua portuguesa, ou, quando, pela sua
própria natureza ou origem, os referidos documentos estiverem redigidos em língua estrangeira, deve o
adjudicatário fazê-los acompanhar de tradução devidamente legalizada. [salvo quando o convite disponha
diferentemente e estabeleça a suficiência da redação dos documentos em língua estrangeira, sem necessidade de
tradução]
18.5. O adjudicatário pode, em substituição da apresentação da reprodução dos documentos de habilitação,
indicar o endereço do sítio da Internet onde aqueles podem ser consultados, bem como a informação necessária
a essa consulta, desde que o referido sítio e documentos dele constantes estejam redigidos em língua portuguesa.
18.6. Nos termos do n.º 2 do artigo 85.º do CCP, o prazo fixado para a apresentação dos documentos de
habilitação poderá ser prorrogado por um prazo máximo de 5 dias, se essa prorrogação for solicitada, pelo
adjudicatário, em tempo útil e devidamente fundamentada.
18.7. Não é necessária a apresentação dos documentos previstos na alínea b) do 18.1., caso o adjudicatário se
encontre devidamente registado no Portal Nacional de Fornecedores do Estado.
18.8. Sempre que se verifique um facto que determine a caducidade da adjudicação, nos termos previstos no
artigo 86.º do CCP, o adjudicatário é notificado relativamente ao facto que ocorreu, sendo fixado um prazo de 5
dias para que este se pronuncie, por escrito, ao abrigo do direito de audiência prévia.

128
18.9. Quando o facto a que se refere o número anterior se verifique por causa não imputável ao adjudicatário, o
órgão competente para a decisão de contratar, em função das razões invocadas, notificará o adjudicatário para a
apresentação dos documentos em falta, fixando-lhe um prazo adicional de 5 dias para o efeito, sob pena de
caducidade da adjudicação.
18.10. O órgão competente para a decisão de contratar pode sempre solicitar ao adjudicatário, ainda que tal não
conste do presente convite, a apresentação de quaisquer documentos comprovativos da titularidade das
habilitações legalmente exigidas para a execução das atividades objeto do contrato a celebrar, fixando-lhe prazo
para o efeito.
18.11. O órgão competente para a decisão de contratar pode ainda exigir ao adjudicatário, em prazo que fixar
para o efeito, a apresentação dos originais de quaisquer documentos cuja reprodução tenha sido apresentada nos
termos do 18.2, em caso de dúvida fundada sobre o conteúdo ou a autenticidade destes, sendo aplicável, com as
necessárias adaptações, o disposto no artigo 86.º do CCP.

19. Outorga do contrato


19.1. O contrato deverá ser reduzido a escrito através da elaboração de um clausulado em suporte informático
com a aposição de assinaturas eletrónica, salvo nos casos previstos no artigo 95.º do CCP.
19.2. As despesas e os encargos que eventualmente decorram da celebração do contrato são da responsabilidade
do adjudicatário.

20. Legislação aplicável


Em tudo o não previsto neste convite aplica-se o Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor.

Anexos: - Modelo de declaração referido na alínea a) do ponto


8.1 do presente convite (Anexo I);
- Modelo de avaliação [se aplicável];
- Modelo de declaração referido no ponto 18.1 do presente
convite (Anexo II);
- Caderno de Encargos.

129
ANEXO IV – Concurso Público
1. Decisão de Contratar

Exmo(a). Senhor(a):

[indicar o órgão competente para a decisão de


contratar]

sua referência sua comunicação de nossa referência data


____________ __-__-202_

assunto

PROCEDIMENTO DE 1. Torna-se necessário proceder à [identificar objeto], considerando que [justificar


CONCURSO PÚBLICO a necessidade de contratar + identificação dos lotes, se aplicável]
REFª CP __- __/202_
PARA [identificar objeto] Assim, prevalecendo a preocupação de diligenciar pelos melhores interesses
da UMinho e ponderando critérios de boa gestão do decisor público, entende-
se ser adequado e necessário proceder à abertura de um procedimento de
- Decisão de contratar, de contratação pública, na modalidade de concurso público, tendo em vista a
escolha do procedimento
celebração do contrato em assunto.
e de autorização da
despesa. 2. O preço base do contrato a celebrar é estipulado em __________€ (por
extenso), nos termos do artigo 47.º do Código dos Contratos Públicos.
3. [se aplicável, deve ser previsto no cabimento e deve ser feita referência na decisão
de contratar ao acréscimo de + 20% ao preço base no caso previsto do n.º 6 do
artigo 70.º]
4. [justificar o preço base com base em critérios objetivos] exemplos: A definição
do preço base do presente procedimento resulta dos custos médios unitários que
advieram de anteriores procedimentos para prestações do mesmo tipo,
informação disponibilizada em anexo e que aqui se dá por integralmente
reproduzida; ou A definição do preço base do presente procedimento foi efetuada
através de uma consulta preliminar ao mercado, prevista no artigo 35.º-A do
Código dos Contratos Públicos, na qual foram consultadas __ (por extenso)
entidades, cuja informação faz parte integrante do processo, não tendo por efeito
qualquer desrespeito pelos princípios da não discriminação, da transparência e
da concorrência.
5. [se aplicável, identificar as situações em que o preço ou o custo de uma proposta
é considerado anormalmente baixo]
6. Face ao exposto, solicita-se de V. Exa. autorização para a abertura do
procedimento de Concurso Público, ao abrigo do disposto na alínea c) do n.º 1
do artigo 16.º, na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º, e nos artigos 36.º e 38.º do
Código dos Contratos Públicos e bem assim para a realização da despesa
inerente.

130
7. Solicita-se, ainda, para efeitos do estipulado no n.º 2 do artigo 40.º do Código dos
Contratos Públicos, a aprovação das peças constituintes do procedimento acima
descrito – programa do procedimento e caderno de encargos –, que se remetem
em anexo.
8. Para a formação do contrato, propõe-se que o procedimento seja conduzido por
um Júri, cuja constituição abaixo se descreve e para a qual se solicita a necessária
aprovação, nos termos e para os efeitos do estabelecido no artigo 67.º do Código
dos Contratos Públicos:
Membros efetivos:

- Presidente: ___________;

- 1.º Vogal: ______________;

- 2.º Vogal: ______________;


Membros suplentes:

- 1º Vogal: _______________;

- 2.º Vogal: _______________.


Para a substituição do Presidente do Júri, nas suas faltas ou impedimentos,
propõe-se que seja designado o 1.º Vogal efetivo.
9. Nos termos e para os efeitos previstos no artigo 109.º do Código dos Contratos
Públicos, solicita-se, por último, que sejam delegadas no Júri do Procedimento,
as competências previstas na alínea a) do n.º 5 do artigo 50.º do CCP, relativa à
prestação de esclarecimentos; a competência relativa à prorrogação do prazo
para apresentação de propostas, prevista no n.º 5 do artigo 64 do CCP, quando
resulte da comunicação extemporânea da resposta aos esclarecimentos
solicitados pelos interessados, previstos no n.º 1, e/ou a pedido do interessado
nos termos do n.º 4, ambos do referido artigo; e a competência relativa à
prorrogação do prazo fixado para apresentação de propostas, prevista no n.º 7
do artigo 133.º do CCP; e nos Serviços [identificar serviços], as competências a
seguir elencadas: [retirar/adaptar, caso assim se entenda]
 Artigo 76.º, n.º 1 – notificação da decisão de adjudicação aos concorrentes;
 Artigo 77, n.º 2 – notificação para apresentação dos documentos de
habilitação, prestação de caução (se esta for devida), confirmação dos
compromissos assumidos por entidades terceiras (se aplicável), pronúncia
sobre a minuta do contrato quando este for reduzido a escrito) e
confirmação, se for o caso, da constituição de sociedade comercial, nos
termos das alíneas a) e e);
 Artigo 81.º, n.º 8 – solicitação ao adjudicatário para apresentação de quaisquer
documentos comprovativos da titularidade das habilitações legalmente
exigidas;
 Artigo 5.º, n.º 4, da Portaria n.º 372/2017, de 14 de dezembro, por remissão
do n.º 1 do artigo 81.º do CCP – apresentação pelo adjudicatário dos originais
de quaisquer documentos de habilitação;
 Artigo 85.º, n.ºs 1 e 3 – notificação simultânea e disponibilização a todos os
concorrentes dos documentos de habilitação apresentados pelo adjudicatário;
 Artigo 85.º, n.º 2 – prorrogação do prazo para apresentação dos documentos
de habilitação a pedido do adjudicatário;
 Artigo 86.º, n.º 2 e 3 – notificação do adjudicatário, para pronúncia em
audiência prévia, na ocorrência de fato que determine a caducidade da

131
adjudicação e concessão de um prazo adicional para a apresentação de
documentos em falta;
 Artigo 100.º – notificação ao adjudicatário da minuta de contrato, devidamente
aprovada pelo órgão competente
 Artigo 102.º, n.º 2 – notificação ao adjudicatário da decisão relativa à
reclamação da minuta do contrato;
 Artigo 104.º, n.º 3 – comunicação, ao adjudicatário, da outorga do contrato.
10. [caso o prazo de execução o justifique] Tendo em conta o prazo de execução
máximo de ______, solicita-se autorização para assunção de compromissos
plurianuais, nos termos e em conformidade com o disposto na alínea b) do n.º
1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho e no n.º 5 do artigo
11.º do DL n.º 127/2012, de 21 de junho. Os encargos orçamentais decorrentes
do presente procedimento serão previsivelmente repartidos da seguinte forma:
[exemplo]
✓ Para o presente ano económico: ______ (________ euros);
✓ Para os anos:
 20__ – _____ (_______ euros);
 […].
11. Por último, informa-se V. Exa. que a respetiva despesa tem cabimento na
Dimensão ______________ (Cabimento _____ / CPV: ______ -
______________________).

Com os melhores cumprimentos,

____________

132
2. Programa do Procedimento – Concurso com Publicidade Internacional

PROGRAMA DE PROCEDIMENTO

PROCEDIMENTO DE CONCURSO PÚBLICO INTERNACIONAL REFª ___-__/20__ PARA [identificar


objeto]

Cláusula 1ª
Objeto do concurso
1 – O presente procedimento tem por objeto principal [identificar objeto], em conformidade com as especificações
técnicas descritas no Anexo I do respetivo Caderno de Encargos.
2 – O presente procedimento segue a tramitação do concurso público, nos termos dos artigos 130.º a 148.º do
Código dos Contratos Públicos (CCP) e será integralmente disponibilizado a todos os interessados, na plataforma
eletrónica de contratação pública, acessível através do portal http://www.acingov.pt, mediante registo.

Cláusula 2ª
Entidade Pública adjudicante

A entidade adjudicante é a Universidade do Minho (UMinho), com sede no Largo do Paço, em Braga,
com o contacto institucional, no âmbito do presente procedimento, no [identificar Unidade] da
Universidade do Minho, através do telefone _________ e do email ___________________.

Cláusula 3ª
Órgão que tomou a decisão de contratar
A decisão de contratar foi autorizada por deliberação do Conselho de Gestão [ou despacho do Reitor ou despacho
do Presidente de ______, no uso de competência subdelegada, conferida pelo despacho n.º ___/20__, do
_______________, publicado no Diário da República, 2.ª Série, n.º __, de __ de _________] da Universidade
do Minho.

Cláusula 4ª
Impedimentos
Não podem ser candidatos, concorrentes ou integrar qualquer agrupamento, as entidades que violem qualquer
das disposições previstas no artigo 55.º do Código dos Contratos Públicos.

Cláusula 5ª
Disponibilização e acesso ao procedimento
1 – As peças do concurso serão integralmente disponibilizadas na plataforma eletrónica de contratação pública
utilizada pela Universidade do Minho, acessível através do site eletrónico http://www.acingov.pt, desde o dia da
publicação do anúncio em Diário da República, até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas.
2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, o Programa do Procedimento e Caderno de Encargos estão
disponíveis nos serviços da entidade adjudicante, para consulta [identificar local para consulta], onde pode ser

133
examinado até ao prazo limite de apresentação das propostas. [indicar horário de funcionamento]

Cláusula 6ª
Visita às instalações [se aplicável]
1 – Os interessados podem realizar visitas às instalações referidas no Artigo 1.º, entre a data da publicação do
anúncio e a data de entrega das propostas, no horário entre as [indicar horário].
2 – Para os efeitos do previsto no número anterior, os interessados devem solicitar o agendamento da visita, pelo
endereço eletrónico _____________, com a indicação das instalações que pretendem visitar e dos dias em que
o pretendem fazer.

Cláusula 7ª
Esclarecimentos e Retificações e Alterações das Peças do Procedimento
7.1. Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do procedimento podem ser
solicitados pelos interessados, por escrito, no primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas,
através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt.
7.2. Até ao termo do primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas, os interessados devem
ainda apresentar, através da plataforma eletrónica utilizada pela Universidade do Minho, em
http://www.acingov.pt, ao órgão competente para a decisão de contratar, uma lista na qual identifiquem,
expressa e inequivocamente, os erros e as omissões do caderno de encargos detetados e que digam respeito a:
m) Aspetos ou dados que se revelem desconformes com a realidade;
n) Espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral execução do objeto do contrato a
celebrar;
o) Condições técnicas de execução do objeto do contrato a celebrar que o interessado não considere exequíveis;
p) Erros e omissões do projeto de execução que não se incluam nas alíneas anteriores.
7.3. Excetuam-se do disposto no número anterior os erros e as omissões referidos na alínea d) do número anterior
e aqueles que o concorrente, atuando com a diligência objetivamente exigível em face das circunstâncias
concretas, apenas pudesse detetar na fase de execução do contrato.
7.4. O incumprimento do dever a que se referem os números anteriores acarreta as consequências previstas nos
n.ºs 3 e 4 do artigo 378.º do Código dos Contratos Públicos.
7.5. Até ao termo do segundo terço do prazo fixado para a apresentação das propostas:
g) O nomeado para a condução do procedimento deve prestar os esclarecimentos solicitados, através da
plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt;
h) O órgão competente para a decisão de contratar deve pronunciar-se, através da plataforma eletrónica de
contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt, sobre os erros e as omissões identificados
pelos interessados, considerando-se rejeitados todos os que, até ao final daquele prazo, não sejam por
ele expressamente aceites.
7.6. Quando as retificações ou os esclarecimentos sejam comunicados para além do prazo estabelecido no
número anterior, o prazo fixado para a apresentação das propostas deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao do atraso verificado, nos termos do n.º 1 do artigo 64.º do CCP.
7.7. Quando as retificações ou a aceitação de erros ou de omissões das peças do procedimento,
independentemente do momento da sua comunicação, implicarem alterações de aspetos fundamentais das peças
do procedimento, o prazo fixado para a apresentação das propostas deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao tempo decorrido desde o início daquele prazo até à comunicação das retificações ou à publicitação
da decisão de aceitação de erros ou de omissões, nos termos do n.º 3 do artigo 64.º do CCP.
7.8. A pedido fundamentado do interessado, o prazo fixado para a apresentação das propostas pode ser
prorrogado pelo período considerado adequado, nos termos do n.º 4 do artigo 64.º do CCP.
7.9. Os esclarecimentos, as retificações e as listas com a identificação dos erros e omissões detetados pelos
interessados serão disponibilizados através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em
http://www.acingov.pt e juntos às peças do procedimento patentes para consulta, devendo todos os interessados
que as tenham adquirido ser imediatamente notificados desse facto, nos termos do n.º 5 do artigo 64.º do CCP.

134
7.10. Os esclarecimentos e as retificações fazem parte integrante das peças do procedimento a que dizem
respeito e prevalecem sobre estas em caso de divergência.

Cláusula 8ª
Documentos que constituem a proposta
1 – A proposta é constituída pelos seguintes documentos: [acrescentar/eliminar o que corresponde ao caso em
concreto]
a) Documento Europeu Único de Contratação Pública (DEUCP), disponível em
http://www.base.gov.pt/deucp/filter?lang=pt devendo ser selecionadas as seguintes opções:
1. “Sou um operador económico”;
2. “Importar um DEUCP”;
3. “Carregar documento” – selecionar o ficheiro “CPI_______” em formato .xml disponibilizado pela
Universidade do Minho na plataforma eletrónica http://www.acingov.pt.
4. Selecionar o país do concorrente;
5. Preencher os campos solicitados pela entidade adjudicante;
6. No final, selecionar a opção “Imprimir/Exportar” o documento, em formato PDF, devendo o mesmo ser
assinado nos termos do artigo 9.º do presente programa e enviado juntamente com os restantes
documentos da proposta.
b) Declaração do concorrente, devidamente assinada, que, em função do objeto do contrato a celebrar e dos
aspetos da sua execução submetidos à concorrência pelo Caderno de Encargos, contenha os atributos da
proposta, de acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar, em conformidade com o Anexo I
deste Programa de Procedimento;
c) Mapa de Quantidades em anexo, em formato .xlsx.., devidamente preenchido; [adaptar ao caso em concreto]
d) Memória descritiva e justificativa dos serviços a prestar e demais documentos complementares, descritivos
dos termos e condições da proposta, em conformidade com as especificações técnicas do caderno de
encargos; [adaptar ao caso concreto]
e) [se aplicável] O concorrente deverá também apresentar, se aplicável, documentos que contenham os
esclarecimentos justificativos da apresentação de um preço anormalmente baixo, quando esse preço resulte,
direta ou indiretamente, das peças do procedimento;
f) O concorrente pode ainda apresentar outros documentos que considere indispensáveis para a avaliação dos
atributos das propostas, de acordo com os quais se dispõe a contratar.
2 – Os preços constantes da proposta são indicados em euros, com 2 casas decimais e não incluem o IVA.
3 – Quando os preços constantes da proposta forem também indicados por extenso, em caso de qualquer
divergência, estes prevalecem, para todos os efeitos, sobre os indicados em algarismos. Sempre que na proposta
sejam indicados vários preços, em caso de qualquer divergência entre eles, prevalecem sempre, para todos os
efeitos, os parciais, unitários ou não, mais decompostos.

Cláusula 9ª
Prazo e modo de apresentação da proposta
1 – Os documentos que constituem a proposta deverão ser apresentados através da plataforma eletrónica
http://www.acingov.pt, até às 23:59 horas do 30º dia contado da data do envio do anúncio ao Serviço das
Publicações Oficiais da União Europeia.
2 – Quando pela sua natureza qualquer documento que constitua a proposta não possa ser apresentado nos termos
do disposto no número anterior, aplica-se o previsto no n.º 5 do artigo 62.º do Código dos Contratos Públicos.
3 – A proposta e todos os documentos que lhe associarem, designadamente, a declaração prevista na alínea a) do
n.º 1 do artigo anterior devem ser assinados eletronicamente mediante a utilização de certificados de assinatura
eletrónica qualificada, nos termos previstos no artigo 54.º da Lei n.º 96/2015, de 17 de agosto.
4 – Independentemente da assinatura qualificada que é feita na própria plataforma, é obrigatória a aposição da
assinatura digital qualificada, pelo concorrente ou por representante que tenha poderes para o obrigar, em todos
os documentos da proposta submetidos, com exceção dos comprovativos de titularidade ou representação emitidos
por entidades externas ao concorrente.

135
5 – Se declaração indicada na alínea a) do n.º 1 do Artigo 8.º for assinada por procurador, será necessário anexar
procuração que confira poderes suficientes para o efeito.
6 – Quando a declaração referida no número anterior for assinada por representante legal do concorrente, é
necessário apresentar a certidão permanente da empresa ou indicação do código de acesso à consulta para conferir
os poderes da representação do mesmo.
7 – Quando a proposta for apresentada por um agrupamento concorrente, a declaração referida no número anterior
deve ser assinada pelo representante comum dos membros que o integram, caso em que devem anexar-se à
declaração os instrumentos de mandato emitidos por cada um dos seus membros ou, não existindo representante
comum, deve ser assinada por todos os seus membros ou respetivos representantes.
8 – O concorrente deve prever o tempo necessário para a inserção da proposta, bem como para a sua assinatura
eletrónica, em função do tipo de acesso à Internet de que dispõem, uma vez que todo esse processo só será
permitido até à hora referida.

Cláusula 10ª
Preço base
O preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pelo fornecimento objeto do contrato a celebrar é
estabelecido em _______,__€ (por extenso), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, se legalmente devido,
incluindo as respetivas renovações, nos termos do n.º 1 do artigo 47.º do CCP.

Cláusula 11ª
Idioma dos documentos da proposta
Os documentos que constituem a proposta devem ser redigidos em língua portuguesa ou, não o sendo, devem ser
acompanhadas de tradução devidamente legalizada e em relação à qual o concorrente declara, para todos efeitos,
aceitar prevalência sobre os respetivos originais. [com exceção dos documentos referidos _________ (indicar
quais) que podem ser redigidos em língua _________ (indicar outras línguas permitidas) - se aplicável]

Cláusula 12ª
Prazo de manutenção das propostas
Os concorrentes são obrigados a manter as respetivas propostas pelo prazo de 120 dias contados da data do
termo do prazo fixado para a apresentação das propostas.

Cláusula 13ª
Apresentação de propostas variantes
Não é admissível a apresentação de propostas variantes, nos termos do n.º 7 do artigo 59.º do Código dos
Contratos Públicos.

Cláusula 14ª
Lista dos concorrentes e consulta das propostas apresentadas
1 – O Júri, no dia imediato ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas, procede à publicitação
da lista de concorrentes, através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em
http://www.acingov.pt.
2 – O interessado que não tenha sido incluído na lista dos concorrentes pode reclamar desse facto, no prazo de 3
dias contados da publicitação da lista, devendo para o efeito apresentar comprovativo da apresentação da sua
proposta.
3 – Caso a reclamação prevista no número anterior seja deferida mas não se encontre a proposta do reclamante,
o Júri fixa-lhe um novo prazo para a apresentar, sendo aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto no
ponto 1 do presente artigo.

Cláusula 15ª
Exclusão das propostas

136
1 – São excluídas as propostas cuja análise revele:
a) Que tenham sido apresentadas depois do termo fixado para a sua apresentação, em conformidade com o
ponto 1 do Artigo 9.º do presente programa de concurso;
b) Que não sejam instruídas de todos os documentos exigidos no ponto 1 do Artigo 8.º do presente programa
de concurso;
c) Que não observem as formalidades do modo de apresentação das propostas fixadas nos termos do disposto
no artigo 62.º do Código dos Contrato Públicos;
d) A impossibilidade de avaliação das mesmas em virtude da forma de apresentação de alguns dos respetivos
atributos;
e) Que o preço contratual seria superior ao preço base, sem prejuízo do disposto no n.º 6 do artigo 70º;
f) Que o contrato a celebrar implicaria uma violação de quaisquer vinculações legais ou regularmente
aplicáveis;
g) A existência de indícios de atos, acordos, práticas ou informações suscetíveis de falsear as regras da
concorrência;
h) Que sejam apresentadas por concorrentes relativamente aos quais ou, no caso de agrupamentos de
concorrentes, relativamente a qualquer dos seus membros, a entidade adjudicante tenha conhecimento que
se verifica alguma das situações previstas no artigo 55.º do Código dos Contratos Públicos;
i) Que não cumpram o disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 57.º do Código dos Contratos Públicos;
j) Que os documentos que constituem a proposta não estejam redigidos em língua portuguesa;
k) Que sejam apresentadas como propostas variantes;
l) Que violem quaisquer das demais disposições previstas no Código dos Contratos Públicos.

Cláusula 16ª
Critério de adjudicação
16.1 A adjudicação é feita segundo o critério da proposta economicamente mais vantajosa, na modalidade
multifator, conforme previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 74.º do Código dos Contratos Públicos, tendo em conta
os seguintes fatores com a seguinte ponderação: [neste caso, preencher seguidamente com os fatores e eventuais
subfatores, relacionados com os aspetos de execução do contrato a celebrar e apresentar o respetivo modelo de
avaliação]
[ou]
16.1 A adjudicação será feita de acordo com o critério da proposta economicamente mais vantajosa, na modalidade
de monofator, conforme previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 74.º do Código dos Contratos Públicos, densificado
pelo seguinte fator: [preencher seguidamente com o fator correspondente a um único aspeto de execução do
contrato a celebrar, designadamente o preço/caso a natureza do fator não tenha natureza quantitativa, deve ser
elaborada uma grelha de avaliação das propostas]
16.2. No caso de empate entre duas propostas ou mais propostas admitidas, a adjudicação será efetuada ao
concorrente que tiver apresentado, _____________ [indicar fator de desempate], pela ordem seguinte:
I. _________;
II. _________. [preencher os critérios de desempate, por exemplo, a ordenação decrescente de ponderação
relativa ou, caso não seja possível, o sorteio]

Cláusula xª - [caso se aplique]


Adjudicação preço contratual superior ao preço base
No caso de concurso público ou concurso limitado por prévia qualificação em que todas as propostas tenham sido
excluídas, o órgão competente para a decisão de contratar pode, excecionalmente e por motivos de interesse público
devidamente fundamentados, adjudicar aquela que, de entre as propostas que apenas tenham sido excluídas com
fundamento na alínea d) do n.º 2 e cujo preço não exceda em mais de 20 % o montante do preço base, seja ordenada
em primeiro lugar, de acordo com o critério de adjudicação, desde que:
a) Essa possibilidade se encontre prevista no programa do procedimento e a modalidade do critério de adjudicação
seja a referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 74.º;

137
b) O preço da proposta a adjudicar respeite os limites previstos no n.º 4 do artigo 47.º;
c) A decisão de autorização da despesa já habilite ou seja revista no sentido de habilitar a adjudicação por esse preço.

Cláusula xª - [caso se aplique]


Preço ou custo anormalmente baixo
1 – O preço total resultante de uma proposta é considerado anormalmente baixo quando exista um desvio
percentual igual ou 1 – O preço total resultante de uma proposta é considerado anormalmente baixo quando for
inferior tendo em consideração o preço médio obtido em consultas preliminares ao mercado/quando exista um
desvio percentual igual ou superior a __% em relação à média das propostas a admitir, nos termos do disposto n.º
1 do artigo 71.º do Código dos Contratos Públicos. [ou com base em critérios considerados adequados]
2 – Para efeitos do cálculo da média indicada no número anterior, e de forma a não fomentar qualquer distorção
da concorrência, não deverão ser consideradas a proposta de valor mais baixo, nem a de valor mais elevado.

Cláusula 17ª
Relatório preliminar de análise das propostas
1 - Após a análise das propostas e a aplicação do critério de adjudicação o Júri elabora um relatório preliminar
fundamentado no qual deve propor a ordenação das mesmas.
2 - No relatório preliminar, o Júri deve também propor a exclusão das propostas relativamente às quais se
verifique alguma das situações a que alude o n.º 2 do artigo 146.º do CCP.

Cláusula 18ª
Audiência prévia
Elaborado o relatório preliminar, o Júri envia-o a todos os concorrentes para que, querendo, se pronunciem por
escrito através da plataforma, no prazo que para o efeito lhes for fixado, não podendo o mesmo ser inferior a 5
dias úteis.

Cláusula 19ª
Relatório final
Cumprido o disposto no artigo anterior, o Júri elabora um relatório final fundamentado nos termos do disposto no
artigo 148.º do CCP.

Cláusula 20ª
Notificação da decisão de adjudicação
1 – A decisão de adjudicação é notificada, em simultâneo, a todos os concorrentes, até ao termo do prazo da
obrigação de manutenção das propostas, remetendo-se-lhes o relatório final de análise das propostas.
2 – Juntamente com a notificação da decisão de adjudicação, o órgão competente para a decisão de contratar
deve notificar o adjudicatário para:
a) Apresentar os documentos de habilitação exigidos no Artigo 24.º deste programa de concurso;
b) Prestar caução, se esta for devida, nos termos do disposto nos Artigos 25.º a 27.º deste programa de
concurso;
c) Confirmar no prazo para o efeito fixado, se for o caso, os compromissos assumidos por terceiras
entidades relativos a atributos ou a termos ou condições da proposta adjudicada;
d) Se pronunciar sobre a minuta do contrato;
e) Confirmar no prazo para o efeito fixado, se for o caso, a constituição da sociedade comercial, de acordo
com os requisitos fixados nas peças do procedimento e os termos da proposta adjudicada.

Cláusula 21ª
Causas de não adjudicação
1 – Não há lugar a adjudicação quando:
a) Nenhum concorrente haja apresentado propostas;

138
b) Todas as propostas tenham sido excluídas, sem prejuízo do disposto no n.º 6 do artigo 70.º, no que
respeita às propostas;
c) Por circunstâncias imprevistas, seja necessário alterar aspetos fundamentais das peças do procedimento;
d) Circunstâncias supervenientes relativas aos pressupostos da decisão de contratar o justifiquem.
2 – A decisão de não adjudicação, bem como os respetivos fundamentos, deve ser notificada a todos os
concorrentes.

Cláusula 22ª
Redução do contrato a escrito
Conforme previsto no artigo 94.º do Código dos Contratos Públicos, o contrato será reduzido a escrito, através da
elaboração de um clausulado em suporte informático com a aposição de assinaturas eletrónicas.

Cláusula 23ª
Aprovação e notificação da minuta de contrato
1 – A minuta do contrato é aprovada pelo órgão competente para a decisão de contratar em simultâneo com a
decisão de adjudicação.
2 – Depois de aprovada a minuta do contrato a celebrar, o órgão competente para a decisão de contratar
notifica-a ao adjudicatário, em conformidade com o disposto na alínea d) do n.º 2 do Artigo 19.º do presente
Programa.

Cláusula 24ª
Aceitação da minuta de contrato
A minuta de contrato a celebrar e os ajustamentos propostos consideram-se aceites pelo adjudicatário quando
haja aceitação expressa ou quando não haja reclamação nos cinco dias subsequentes à respetiva notificação.

Cláusula 25ª
Documentos de habilitação
1 - O adjudicatário deve entregar, no prazo de 5 dias úteis a contar da notificação da decisão de adjudicação, os
seguintes documentos de habilitação:
a) Declaração emitida conforme modelo constante do Anexo II ao presente programa de concurso, de
acordo com o estabelecido na alínea a) do n.º 1 do artigo 81º do CCP;
b) Documentos comprovativos, ou disponibilização de acesso para a sua consulta online, de que não se
encontra em nenhuma das situações de impedimento previstas nas alíneas b), d), e), e h) do artigo 55.º
do CCP;
c) Certidão do registo comercial, com todas as inscrições em vigor, ou disponibilização do código de acesso
para a sua consulta online, para identificação dos titulares dos órgãos sociais de administração, direção ou
gerência que se encontrem em efetividade de funções.
d) Documento comprovativo de registo no Registo Central de Beneficiário Efetivo (https://rcbe.justica.gov.pt),
de acordo com o disposto no artigo 3.º e na al. b) do n.º 1 do artigo 37.º, ambos da Lei n.º 89/2017, de
21 de agosto, na medida em que o incumprimento das obrigações declarativas previstas no Regime
Jurídico do Registo Central do Beneficiário Efetivo proíbe a celebração do contrato decorrente do presente
procedimento, constituindo causa de caducidade da adjudicação por força do disposto no artigo 87.º-A do
CCP (apenas entidades nacionais);
e) …(quaisquer documentos comprovativos da titularidade das habilitações legalmente exigidas para a
execução das prestações objeto do contrato ou outras que o júri entenda solicitar).
2 – Quando o adjudicatário for um agrupamento os documentos referidos no número anterior devem ser
entregues por todos os membros que o constituem, nos termos do artigo 6.º da Portaria n.º 372/2017, de 14 de
dezembro, por remissão do no n.º 2 do artigo 81.º do Código dos Contratos Públicos.
3 – Os documentos de habilitação devem ser apresentados em formato digital através da plataforma eletrónica
http://www.acingov.pt. No caso da plataforma eletrónica se encontrar indisponível, os documentos de habilitação
devem ser enviados para o endereço eletrónico indicado no Artigo 2.º do presente programa de concurso.

139
4 - Todos os documentos de habilitação devem ser redigidos em língua portuguesa, ou, quando, pela sua própria
natureza ou origem, os referidos documentos estiverem redigidos em língua estrangeira, deve o adjudicatário fazê-
los acompanhar de tradução devidamente legalizada. [salvo quando o convite disponha diferentemente e
estabeleça a suficiência da redação dos documentos em língua estrangeira, sem necessidade de tradução]
5 - O adjudicatário pode, em substituição da apresentação da reprodução dos documentos de habilitação, indicar
o endereço do sítio da Internet onde aqueles podem ser consultados, bem como a informação necessária a essa
consulta, desde que o referido sítio e documentos dele constantes estejam redigidos em língua portuguesa.
6 - Nos termos do n.º 2 do artigo 85.º do CCP, o prazo fixado para a apresentação dos documentos de habilitação
poderá ser prorrogado por um prazo máximo de 5 dias, se essa prorrogação for solicitada, pelo adjudicatário, em
tempo útil e devidamente fundamentada.
7 - Não é necessária a apresentação dos documentos previstos na alínea b) do 1., caso o adjudicatário se encontre
devidamente registado no Portal Nacional de Fornecedores do Estado.
8 – Nos casos em que o valor do contrato a celebrar determine a sua sujeição a fiscalização prévia do Tribunal de
Contas, o órgão competente para a decisão de contratar deve solicitar ao adjudicatário a apresentação de um plano
de prevenção de corrupção e de infrações conexas, salvo se este for uma pessoa singular ou uma micro, pequena
ou média empresa, devidamente certificada nos termos da lei.
9 – Sempre que se verifique um facto que determine a caducidade da adjudicação, nos termos previstos no
artigo 86.º do CCP, o adjudicatário é notificado relativamente ao facto que ocorreu, sendo fixado um prazo de 5
dias para que este se pronuncie, por escrito, ao abrigo do direito de audiência prévia.
10 – Quando o facto a que se refere o número anterior se verifique por causa não imputável ao adjudicatário, o
órgão competente para a decisão de contratar, em função das razões invocadas, notificará o adjudicatário para a
apresentação dos documentos em falta, fixando-lhe um prazo adicional de 5 dias para o efeito, sob pena de
caducidade da adjudicação.
11 – O órgão competente para a decisão de contratar pode sempre solicitar ao adjudicatário, ainda que tal não
conste do presente convite, a apresentação de quaisquer documentos comprovativos da titularidade das
habilitações legalmente exigidas para a execução das atividades objeto do contrato a celebrar, fixando-lhe prazo
para o efeito.
12 - O órgão competente para a decisão de contratar pode ainda exigir ao adjudicatário, em prazo que fixar para o
efeito, a apresentação dos originais de quaisquer documentos cuja reprodução tenha sido apresentada nos termos
do 2, em caso de dúvida fundada sobre o conteúdo ou a autenticidade destes, sendo aplicável, com as
necessárias adaptações, o disposto no artigo 86.º do CCP.

Cláusula 26ª
Cumprimento das obrigações legais e contratuais
1 – Para garantir a celebração do contrato, bem como o exato e pontual cumprimento de todas as obrigações
legais e contratuais que assume essa celebração, no presente procedimento é exigido ao adjudicatário a prestação
de uma caução.
2 – Pode não ser exigida a prestação de caução quando:
a) O preço contratual for inferior a 500.000,00€;
b) O adjudicatário seja uma entidade prevista nos artigos 2.º ou 7.º do Código dos Contratos Públicos; ou
c) Se trate dos contratos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 95.º do Código dos Contratos Públicos,
ainda que exista contrato escrito.
3 – Quando, em conformidade com o previsto no número anterior, não tenha sido exigida a prestação da caução,
pode a entidade adjudicante, se o considerar conveniente, proceder à retenção até 10% do valor dos pagamentos
a efetuar, desde que tal faculdade seja prevista no caderno de encargos.
4 – Não é exigida a prestação de caução quando o adjudicatário apresente seguro de execução do contrato a
celebrar, emitido pela entidade seguradora, que cubra o respetivo preço contratual, ou declaração de assunção de
responsabilidade solidária com o adjudicatário, pelo mesmo montante emitida por entidade bancária, desde que
essa entidade apresente documento comprovativo de que possui ou sucursal em Estado membro da União
Europeia, emitido pela entidade que nesse Estado exerça a supervisão seguradora ou bancária, respetivamente.

140
Cláusula yª
Valor da Caução [se se aplicar]
1 – No presente procedimento, o valor da caução é fixado em 5% do preço contratual.
2 – O valor da caução tem por referência o preço do seu período de vigência inicial, ficando cada renovação
condicionada à prestação de nova caução, que terá por referência o preço de cada um dos respetivos períodos
de vigência.

Cláusula zª
Modo de Prestação da Caução [se se aplicar]
1 – O adjudicatário deve prestar a caução no prazo de 10 dias a contar da notificação prevista no n.º 2 do Artigo
20.º, devendo comprovar essa prestação junto da entidade adjudicante no dia imediatamente subsequente.
2 – A caução é prestada por depósito em dinheiro ou em títulos emitidos ou garantidos pelo Estado ou mediante
garantia bancária ou seguro-caução.
3 – O depósito em dinheiro ou títulos é efetuado em Portugal, em qualquer instituição de crédito, à ordem de
Universidade do Minho, devendo ser especificado o fim a que se destina, em conformidade com o Anexo IV.
4 – Quando o depósito for efetuado em títulos, estes são avaliados pelo respetivo valor nominal, salvo se, nos
últimos três meses, média da cotação na bolsa de valores ficar abaixo do par, caso em que a avaliação é feita em
90% dessa média.
5 – Se o adjudicatário prestar a caução mediante garantia bancária, deve apresentar um documento pelo qual
um estabelecimento bancário legalmente autorizado assegure, até ao limite do valor da caução, o imediato
pagamento de quaisquer importâncias exigidas pela entidade adjudicante em virtude do incumprimento de
quaisquer obrigações a que a garantia respeita, em conformidade com o Anexo V deste programa de concurso.
6 – Tratando-se de seguro caução, o adjudicatário deve apresentar apólice pela qual uma entidade legalmente
autorizada a realizar este seguro assuma, até ao limite do valor da caução, o encargo de satisfazer de imediato
quaisquer importâncias exigidas pela entidade adjudicante em virtude do incumprimento de quaisquer obrigações
a que o seguro respeita, em conformidade com o Anexo VI.
7 – Das condições da garantia bancária ou a apólice de seguro-caução não pode, em caso algum, resultar uma
diminuição das garantias da entidade adjudicante, nos modelos em que são asseguradas pelas outras formas
administradas de prestação de caução.
8 – Todas as despesas relativas à prestação da caução são da responsabilidade do adjudicatário.
9 – A adjudicação caduca se, por facto que lhe seja imputável, o adjudicatário não prestar, em tempo e nos termos
estabelecidos anteriormente, a caução que lhe seja exigida.
10 – No caso previsto no ponto anterior, o órgão competente para a decisão de contratar deve adjudicar a
proposta ordenada subsequente.

Cláusula 26ª
Novos Serviços [caso se trate de aquisição de serviços]
Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 27.º, conjugado com a alínea q) do n.º 1
do artigo 132.º, todos do CCP, é admitida a possibilidade de adoção do procedimento de Ajuste Direto para
formação de quaisquer contratos que se pretenda celebrar, na sequência do presente procedimento, que
consistam na repetição de serviços similares objeto do presente concurso público.

Cláusula 27ª
Legislação Aplicável
O contrato é regulado pelas normas constantes do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, e demais legislação específica aplicável.

141
ANEXOS

Anexo I – Modelo de Proposta de Preço.


Anexo II – Modelo de Declaração [a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 81.º do Código dos Contratos
Públicos].
Anexo III – Modelo de Caução por Depósito em Dinheiro. [se se aplicar]
Anexo IV – Modelo de Garantia Bancária [se se aplicar]
Anexo V – Modelo de Seguro - Caução. [se se aplicar]

NOTA: estes anexos, em formato editável, constituem documentos autónomos das peças do
procedimento e fazem parte integrante deste Programa.

142
3. Programa do Procedimento – Concurso sem Publicidade Internacional

PROGRAMA DE PROCEDIMENTO

PROCEDIMENTO DE CONCURSO PÚBLICO REFª ___-__/20__ PARA [identificar objeto]

Cláusula 1ª
Objeto do concurso
1 – O presente procedimento tem por objeto principal [identificar objeto], em conformidade com as especificações
técnicas descritas no Anexo I do respetivo Caderno de Encargos.
2 – O presente procedimento segue a tramitação do concurso público, nos termos dos artigos 130.º a 148.º do
Código dos Contratos Públicos (CCP) e será integralmente disponibilizado a todos os interessados, na plataforma
eletrónica de contratação pública, acessível através do portal http://www.acingov.pt, mediante registo.

Cláusula 2ª
Entidade Pública adjudicante

A entidade adjudicante é a Universidade do Minho (UMinho), com sede no Largo do Paço, em Braga,
com o contacto institucional, no âmbito do presente procedimento, no [identificar Unidade] da
Universidade do Minho, através do telefone _________ e do email ___________________.

Cláusula 3ª
Órgão que tomou a decisão de contratar
A decisão de contratar foi autorizada por deliberação do Conselho de Gestão [ou despacho do Reitor ou despacho
do Presidente de ______, no uso de competência subdelegada, conferida pelo despacho n.º ___/20__, do
_______________, publicado no Diário da República, 2.ª Série, n.º __, de __ de _________] da Universidade
do Minho.

Cláusula 4ª
Impedimentos
Não podem ser candidatos, concorrentes ou integrar qualquer agrupamento, as entidades que violem qualquer
das disposições previstas no artigo 55.º do Código dos Contratos Públicos.

Cláusula 5ª
Disponibilização e acesso ao procedimento
1 – As peças do concurso serão integralmente disponibilizadas na plataforma eletrónica de contratação pública
utilizada pela Universidade do Minho, acessível através do site eletrónico http://www.acingov.pt, desde o dia da
publicação do anúncio em Diário da República, até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas.
2 – Sem prejuízo do disposto no número anterior, o Programa do Procedimento e Caderno de Encargos estão
disponíveis nos serviços da entidade adjudicante, para consulta [identificar local para consulta], onde pode ser
examinado até ao prazo limite de apresentação das propostas. [indicar horário de funcionamento]

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Cláusula 6ª
Visita às instalações [se aplicável]
1 – Os interessados podem realizar visitas às instalações referidas no Artigo 1.º, entre a data da publicação do
anúncio e a data de entrega das propostas, no horário entre as [indicar horário].
2 – Para os efeitos do previsto no número anterior, os interessados devem solicitar o agendamento da visita, pelo
endereço eletrónico _____________, com a indicação das instalações que pretendem visitar e dos dias em que
o pretendem fazer.

Cláusula 7ª
Esclarecimentos e Retificações e Alterações das Peças do Procedimento
7.1. Os esclarecimentos necessários à boa compreensão e interpretação das peças do procedimento podem ser
solicitados pelos interessados, por escrito, no primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas,
através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt.
7.2. Até ao termo do primeiro terço do prazo fixado para a apresentação das propostas, os interessados devem
ainda apresentar, através da plataforma eletrónica utilizada pela Universidade do Minho, em http://www.acingov.pt,
ao órgão competente para a decisão de contratar, uma lista na qual identifiquem, expressa e inequivocamente, os
erros e as omissões do caderno de encargos detetados e que digam respeito a:
q) Aspetos ou dados que se revelem desconformes com a realidade;
r) Espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral execução do objeto do contrato a
celebrar;
s) Condições técnicas de execução do objeto do contrato a celebrar que o interessado não considere exequíveis;
t) Erros e omissões do projeto de execução que não se incluam nas alíneas anteriores.
7.3. Excetuam-se do disposto no número anterior os erros e as omissões referidos na alínea d) do número anterior
e aqueles que o concorrente, atuando com a diligência objetivamente exigível em face das circunstâncias concretas,
apenas pudesse detetar na fase de execução do contrato.
7.4. O incumprimento do dever a que se referem os números anteriores acarreta as consequências previstas nos
n.ºs 3 e 4 do artigo 378.º do Código dos Contratos Públicos.
7.5. Até ao termo do segundo terço do prazo fixado para a apresentação das propostas:
i) O nomeado para a condução do procedimento deve prestar os esclarecimentos solicitados, através da
plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt;
j) O órgão competente para a decisão de contratar deve pronunciar-se, através da plataforma eletrónica de
contratação utilizada pela UMinho em http://www.acingov.pt, sobre os erros e as omissões identificados
pelos interessados, considerando-se rejeitados todos os que, até ao final daquele prazo, não sejam por
ele expressamente aceites.
7.6. Quando as retificações ou os esclarecimentos sejam comunicados para além do prazo estabelecido no
número anterior, o prazo fixado para a apresentação das propostas deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao do atraso verificado, nos termos do n.º 1 do artigo 64.º do CCP.
7.7. Quando as retificações ou a aceitação de erros ou de omissões das peças do procedimento,
independentemente do momento da sua comunicação, implicarem alterações de aspetos fundamentais das peças
do procedimento, o prazo fixado para a apresentação das propostas deve ser prorrogado, no mínimo, por período
equivalente ao tempo decorrido desde o início daquele prazo até à comunicação das retificações ou à publicitação
da decisão de aceitação de erros ou de omissões, nos termos do n.º 3 do artigo 64.º do CCP.
7.8. A pedido fundamentado do interessado, o prazo fixado para a apresentação das propostas pode ser
prorrogado pelo período considerado adequado, nos termos do n.º 4 do artigo 64.º do CCP.
7.9. Os esclarecimentos, as retificações e as listas com a identificação dos erros e omissões detetados pelos
interessados serão disponibilizados através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em
http://www.acingov.pt e juntos às peças do procedimento patentes para consulta, devendo todos os interessados
que as tenham adquirido ser imediatamente notificados desse facto, nos termos do n.º 5 do artigo 64.º do CCP.
7.10. Os esclarecimentos e as retificações fazem parte integrante das peças do procedimento a que dizem
respeito e prevalecem sobre estas em caso de divergência.

144
Cláusula 8ª
Documentos que constituem a proposta
1 – A proposta é constituída pelos seguintes documentos: [acrescentar/eliminar o que corresponde ao caso em
concreto]
a) Declaração do concorrente de aceitação do conteúdo do caderno de encargos, elaborada em conformidade
com o modelo constante do Anexo I ao presente programa, que deve ser enviada em ficheiro pdf com a
designação “AnexoI_[designação _empresa].pdf”;
b) Declaração do concorrente, devidamente assinada, que, em função do objeto do contrato a celebrar e dos
aspetos da sua execução submetidos à concorrência pelo Caderno de Encargos, contenha os atributos da
proposta, de acordo com os quais o concorrente se dispõe a contratar, em conformidade com o Anexo II
deste Programa de Procedimento;
c) Mapa de Quantidades em anexo, em formato .xlsx.., devidamente preenchido; [se aplicável/adaptar ao caso
em concreto]
d) Memória descritiva e justificativa dos serviços a prestar e demais documentos complementares, descritivos
dos termos e condições da proposta, em conformidade com as especificações técnicas do caderno de
encargos; [adaptar ao caso concreto]
e) [se aplicável] O concorrente deverá também apresentar, se aplicável, documentos que contenham os
esclarecimentos justificativos da apresentação de um preço anormalmente baixo, quando esse preço resulte,
direta ou indiretamente, das peças do procedimento;
f) O concorrente pode ainda apresentar outros documentos que considere indispensáveis para a avaliação dos
atributos das propostas, de acordo com os quais se dispõe a contratar.
2 – Os preços constantes da proposta são indicados em euros, com 2 casas decimais e não incluem o IVA.
3 – Quando os preços constantes da proposta forem também indicados por extenso, em caso de qualquer
divergência, estes prevalecem, para todos os efeitos, sobre os indicados em algarismos. Sempre que na proposta
sejam indicados vários preços, em caso de qualquer divergência entre eles, prevalecem sempre, para todos os
efeitos, os parciais, unitários ou não, mais decompostos.

Cláusula 9ª
Prazo e modo de apresentação da proposta
1 – Os documentos que constituem a proposta deverão ser apresentados através da plataforma eletrónica
http://www.acingov.pt, até às 23:59 horas do [indicar prazo não inferior a 6 dias] dia contado da data do envio
do anúncio para publicitação no Diário da República.
2 – Quando pela sua natureza qualquer documento que constitua a proposta não possa ser apresentado nos termos
do disposto no número anterior, aplica-se o previsto no n.º 5 do artigo 62.º do Código dos Contratos Públicos.
3 – A proposta e todos os documentos que lhe associarem, designadamente, a declaração prevista na alínea a) do
n.º 1 do artigo anterior devem ser assinados eletronicamente mediante a utilização de certificados de assinatura
eletrónica qualificada, nos termos previstos no artigo 54.º da Lei n.º 96/2015, de 17 de agosto.
4 – Independentemente da assinatura qualificada que é feita na própria plataforma, é obrigatória a aposição da
assinatura digital qualificada, pelo concorrente ou por representante que tenha poderes para o obrigar, em todos
os documentos da proposta submetidos, com exceção dos comprovativos de titularidade ou representação emitidos
por entidades externas ao concorrente.
5 – Se declaração indicada na alínea a) do n.º 1 do Artigo 8.º for assinada por procurador, será necessário anexar
procuração que confira poderes suficientes para o efeito.
6 – Quando a declaração referida no número anterior for assinada por representante legal do concorrente, é
necessário apresentar a certidão permanente da empresa ou indicação do código de acesso à consulta para conferir
os poderes da representação do mesmo.
7 – Quando a proposta for apresentada por um agrupamento concorrente, a declaração referida no número anterior
deve ser assinada pelo representante comum dos membros que o integram, caso em que devem anexar-se à
declaração os instrumentos de mandato emitidos por cada um dos seus membros ou, não existindo representante
comum, deve ser assinada por todos os seus membros ou respetivos representantes.

145
8 – O concorrente deve prever o tempo necessário para a inserção da proposta, bem como para a sua assinatura
eletrónica, em função do tipo de acesso à Internet de que dispõem, uma vez que todo esse processo só será
permitido até à hora referida.

Cláusula 10ª
Preço base
O preço máximo que a entidade adjudicante se dispõe a pagar pelo fornecimento objeto do contrato a celebrar é
estabelecido em _______,__€ (por extenso), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, se legalmente devido, incluindo
as respetivas renovações, nos termos do n.º 1 do artigo 47.º do CCP.

Cláusula 11ª
Idioma dos documentos da proposta
Os documentos que constituem a proposta devem ser redigidos em língua portuguesa ou, não o sendo, devem ser
acompanhadas de tradução devidamente legalizada e em relação à qual o concorrente declara, para todos efeitos,
aceitar prevalência sobre os respetivos originais. [com exceção dos documentos referidos _________ (indicar
quais) que podem ser redigidos em língua _________ (indicar outras línguas permitidas) - se aplicável]

Cláusula 12ª
Prazo de manutenção das propostas
Os concorrentes são obrigados a manter as respetivas propostas pelo prazo de 120 dias contados da data do
termo do prazo fixado para a apresentação das propostas.

Cláusula 13ª
Apresentação de propostas variantes
Não é admissível a apresentação de propostas variantes, nos termos do n.º 7 do artigo 59.º do Código dos Contratos
Públicos.

Cláusula 14ª
Lista dos concorrentes e consulta das propostas apresentadas
1 – O Júri, no dia imediato ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas, procede à publicitação
da lista de concorrentes, através da plataforma eletrónica de contratação utilizada pela UMinho em
http://www.acingov.pt.
2 – O interessado que não tenha sido incluído na lista dos concorrentes pode reclamar desse facto, no prazo de 3
dias contados da publicitação da lista, devendo para o efeito apresentar comprovativo da apresentação da sua
proposta.
3 – Caso a reclamação prevista no número anterior seja deferida, mas não se encontre a proposta do reclamante,
o Júri fixa-lhe um novo prazo para a apresentar, sendo aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto no
ponto 1 do presente artigo.

Cláusula 15ª
Exclusão das propostas
1 – São excluídas as propostas cuja análise revele:
m) Que tenham sido apresentadas depois do termo fixado para a sua apresentação, em conformidade com o
ponto 1 do Artigo 9.º do presente programa de concurso;
n) Que não sejam instruídas de todos os documentos exigidos no ponto 1 do Artigo 8.º do presente programa
de concurso;
o) Que não observem as formalidades do modo de apresentação das propostas fixadas nos termos do disposto
no artigo 62.º do Código dos Contrato Públicos;
p) A impossibilidade de avaliação das mesmas em virtude da forma de apresentação de alguns dos respetivos
atributos;

146
q) Que o preço contratual seria superior ao preço base, sem prejuízo do disposto no n.º 6 do artigo 70º;
r) Que o contrato a celebrar implicaria uma violação de quaisquer vinculações legais ou regularmente
aplicáveis;
s) A existência de indícios de atos, acordos, práticas ou informações suscetíveis de falsear as regras da
concorrência;
t) Que sejam apresentadas por concorrentes relativamente aos quais ou, no caso de agrupamentos de
concorrentes, relativamente a qualquer dos seus membros, a entidade adjudicante tenha conhecimento que
se verifica alguma das situações previstas no artigo 55.º do Código dos Contratos Públicos;
u) Que não cumpram o disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 57.º do Código dos Contratos Públicos;
v) Que os documentos que constituem a proposta não estejam redigidos em língua portuguesa;
w) Que sejam apresentadas como propostas variantes;
x) Que violem quaisquer das demais disposições previstas no Código dos Contratos Públicos.

Cláusula 16ª
Critério de adjudicação
16.1 A adjudicação é feita segundo o critério da proposta economicamente mais vantajosa, na modalidade
multifator, conforme previsto na alínea a) do n.º 1 do artigo 74.º do Código dos Contratos Públicos, tendo em conta
os seguintes fatores com a seguinte ponderação: [neste caso, preencher seguidamente com os fatores e eventuais
subfatores, relacionados com os aspetos de execução do contrato a celebrar e apresentar o respetivo modelo de
avaliação]
[ou]
16.1 A adjudicação será feita de acordo com o critério da proposta economicamente mais vantajosa, na modalidade
de monofator, conforme previsto na alínea b) do n.º 1 do artigo 74.º do Código dos Contratos Públicos, densificado
pelo seguinte fator: [preencher seguidamente com o fator correspondente a um único aspeto de execução do
contrato a celebrar, designadamente o preço/caso a natureza do fator não tenha natureza quantitativa, deve ser
elaborada uma grelha de avaliação das propostas]
16.2. No caso de empate entre duas propostas ou mais propostas admitidas, a adjudicação será efetuada ao
concorrente que tiver apresentado, _____________ [indicar fator de desempate], pela ordem seguinte:
I. _________;
II. _________. [preencher os critérios de desempate, por exemplo, a ordenação decrescente de ponderação
relativa ou, caso não seja possível, o sorteio]

Cláusula xª - [caso se aplique]


Adjudicação preço contratual superior ao preço base
No caso de concurso público ou concurso limitado por prévia qualificação em que todas as propostas tenham sido
excluídas, o órgão competente para a decisão de contratar pode, excecionalmente e por motivos de interesse público
devidamente fundamentados, adjudicar aquela que, de entre as propostas que apenas tenham sido excluídas com
fundamento na alínea d) do n.º 2 e cujo preço não exceda em mais de 20 % o montante do preço base, seja ordenada
em primeiro lugar, de acordo com o critério de adjudicação, desde que:
a) Essa possibilidade se encontre prevista no programa do procedimento e a modalidade do critério de adjudicação
seja a referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 74.º;
b) O preço da proposta a adjudicar respeite os limites previstos no n.º 4 do artigo 47.º;
c) A decisão de autorização da despesa já habilite ou seja revista no sentido de habilitar a adjudicação por esse preço.

Cláusula xª - [caso se aplique]


Preço ou custo anormalmente baixo
1 – O preço total resultante de uma proposta é considerado anormalmente baixo quando exista um desvio
percentual igual ou 1 – O preço total resultante de uma proposta é considerado anormalmente baixo quando for
inferior tendo em consideração o preço médio obtido em consultas preliminares ao mercado/quando exista um

147
desvio percentual igual ou superior a __% em relação à média das propostas a admitir, nos termos do disposto n.º
1 do artigo 71.º do Código dos Contratos Públicos. [ou com base em critérios considerados adequados]
2 – Para efeitos do cálculo da média indicada no número anterior, e de forma a não fomentar qualquer distorção
da concorrência, não deverão ser consideradas a proposta de valor mais baixo, nem a de valor mais elevado.

Cláusula 17ª
Relatório preliminar de análise das propostas
1 - Após a análise das propostas e a aplicação do critério de adjudicação o Júri elabora um relatório preliminar
fundamentado no qual deve propor a ordenação das mesmas.
2 - No relatório preliminar, o Júri deve também propor a exclusão das propostas relativamente às quais se verifique
alguma das situações a que alude o n.º 2 do artigo 146.º do CCP.

Cláusula 18ª
Audiência prévia
Elaborado o relatório preliminar, o Júri envia-o a todos os concorrentes para que, querendo, se pronunciem por
escrito através da plataforma, no prazo que para o efeito lhes for fixado, não podendo o mesmo ser inferior a 5
dias úteis.

Cláusula 19ª
Relatório final
Cumprido o disposto no artigo anterior, o Júri elabora um relatório final fundamentado nos termos do disposto no
artigo 148.º do CCP.

Cláusula 20ª
Notificação da decisão de adjudicação
1 – A decisão de adjudicação é notificada, em simultâneo, a todos os concorrentes, até ao termo do prazo da
obrigação de manutenção das propostas, remetendo-se-lhes o relatório final de análise das propostas.
2 – Juntamente com a notificação da decisão de adjudicação, o órgão competente para a decisão de contratar
deve notificar o adjudicatário para:
f) Apresentar os documentos de habilitação exigidos no Artigo 24.º deste programa de concurso;
g) Prestar caução, se esta for devida, nos termos do disposto nos Artigos 25.º a 27.º deste programa de
concurso;
h) Confirmar no prazo para o efeito fixado, se for o caso, os compromissos assumidos por terceiras
entidades relativos a atributos ou a termos ou condições da proposta adjudicada;
i) Se pronunciar sobre a minuta do contrato;
j) Confirmar no prazo para o efeito fixado, se for o caso, a constituição da sociedade comercial, de acordo
com os requisitos fixados nas peças do procedimento e os termos da proposta adjudicada.

Cláusula 21ª
Causas de não adjudicação
1 – Não há lugar a adjudicação quando:
e) Nenhum concorrente haja apresentado propostas;
f) Todas as propostas tenham sido excluídas, sem prejuízo do disposto no n.º 6 do artigo 70.º, no que
respeita às propostas;
g) Por circunstâncias imprevistas, seja necessário alterar aspetos fundamentais das peças do procedimento;
h) Circunstâncias supervenientes relativas aos pressupostos da decisão de contratar o justifiquem.
2 – A decisão de não adjudicação, bem como os respetivos fundamentos, deve ser notificada a todos os
concorrentes.

Cláusula 22ª
Redução do contrato a escrito

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Conforme previsto no artigo 94.º do Código dos Contratos Públicos, o contrato será reduzido a escrito, através da
elaboração de um clausulado em suporte informático com a aposição de assinaturas eletrónicas.

Cláusula 23ª
Aprovação e notificação da minuta de contrato
1 – A minuta do contrato é aprovada pelo órgão competente para a decisão de contratar em simultâneo com a
decisão de adjudicação.
2 – Depois de aprovada a minuta do contrato a celebrar, o órgão competente para a decisão de contratar
notifica-a ao adjudicatário, em conformidade com o disposto na alínea d) do n.º 2 do Artigo 19.º do presente
Programa.

Cláusula 24ª
Aceitação da minuta de contrato
A minuta de contrato a celebrar e os ajustamentos propostos consideram-se aceites pelo adjudicatário quando
haja aceitação expressa ou quando não haja reclamação nos cinco dias subsequentes à respetiva notificação.

Cláusula 25ª
Documentos de habilitação
1 - O adjudicatário deve entregar, no prazo de 5 dias úteis a contar da notificação da decisão de adjudicação, os
seguintes documentos de habilitação:
f) Declaração emitida conforme modelo constante do Anexo II ao presente programa de concurso, de
acordo com o estabelecido na alínea a) do n.º 1 do artigo 81º do CCP;
g) Documentos comprovativos, ou disponibilização de acesso para a sua consulta online, de que não se
encontra em nenhuma das situações de impedimento previstas nas alíneas b), d), e), e h) do artigo 55.º
do CCP;
h) Certidão do registo comercial, com todas as inscrições em vigor, ou disponibilização do código de acesso
para a sua consulta online, para identificação dos titulares dos órgãos sociais de administração, direção ou
gerência que se encontrem em efetividade de funções.
i) Documento comprovativo de registo no Registo Central de Beneficiário Efetivo (https://rcbe.justica.gov.pt),
de acordo com o disposto no artigo 3.º e na al. b) do n.º 1 do artigo 37.º, ambos da Lei n.º 89/2017, de
21 de agosto, na medida em que o incumprimento das obrigações declarativas previstas no Regime
Jurídico do Registo Central do Beneficiário Efetivo proíbe a celebração do contrato decorrente do presente
procedimento, constituindo causa de caducidade da adjudicação por força do disposto no artigo 87.º-A do
CCP (apenas entidades nacionais);
j) …(quaisquer documentos comprovativos da titularidade das habilitações legalmente exigidas para a
execução das prestações objeto do contrato ou outras que o júri entenda solicitar).
2 – Quando o adjudicatário for um agrupamento os documentos referidos no número anterior devem ser
entregues por todos os membros que o constituem, nos termos do artigo 6.º da Portaria n.º 372/2017, de 14 de
dezembro, por remissão do no n.º 2 do artigo 81.º do Código dos Contratos Públicos.
3 – Os documentos de habilitação devem ser apresentados em formato digital através da plataforma eletrónica
http://www.acingov.pt. No caso da plataforma eletrónica se encontrar indisponível, os documentos de habilitação
devem ser enviados para o endereço eletrónico indicado no Artigo 2.º do presente programa de concurso.
4 - Todos os documentos de habilitação devem ser redigidos em língua portuguesa, ou, quando, pela sua própria
natureza ou origem, os referidos documentos estiverem redigidos em língua estrangeira, deve o adjudicatário fazê-
los acompanhar de tradução devidamente legalizada. [salvo quando o convite disponha diferentemente e
estabeleça a suficiência da redação dos documentos em língua estrangeira, sem necessidade de tradução]
5 - O adjudicatário pode, em substituição da apresentação da reprodução dos documentos de habilitação, indicar
o endereço do sítio da Internet onde aqueles podem ser consultados, bem como a informação necessária a essa
consulta, desde que o referido sítio e documentos dele constantes estejam redigidos em língua portuguesa.

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6 - Nos termos do n.º 2 do artigo 85.º do CCP, o prazo fixado para a apresentação dos documentos de habilitação
poderá ser prorrogado por um prazo máximo de 5 dias, se essa prorrogação for solicitada, pelo adjudicatário, em
tempo útil e devidamente fundamentada.
7 - Não é necessária a apresentação dos documentos previstos na alínea b) do 1., caso o adjudicatário se encontre
devidamente registado no Portal Nacional de Fornecedores do Estado.
8 – Nos casos em que o valor do contrato a celebrar determine a sua sujeição a fiscalização prévia do Tribunal de
Contas, o órgão competente para a decisão de contratar deve solicitar ao adjudicatário a apresentação de um plano
de prevenção de corrupção e de infrações conexas, salvo se este for uma pessoa singular ou uma micro, pequena
ou média empresa, devidamente certificada nos termos da lei.
9 – Sempre que se verifique um facto que determine a caducidade da adjudicação, nos termos previstos no
artigo 86.º do CCP, o adjudicatário é notificado relativamente ao facto que ocorreu, sendo fixado um prazo de 5
dias para que este se pronuncie, por escrito, ao abrigo do direito de audiência prévia.
10 – Quando o facto a que se refere o número anterior se verifique por causa não imputável ao adjudicatário, o
órgão competente para a decisão de contratar, em função das razões invocadas, notificará o adjudicatário para a
apresentação dos documentos em falta, fixando-lhe um prazo adicional de 5 dias para o efeito, sob pena de
caducidade da adjudicação.
11 – O órgão competente para a decisão de contratar pode sempre solicitar ao adjudicatário, ainda que tal não
conste do presente convite, a apresentação de quaisquer documentos comprovativos da titularidade das
habilitações legalmente exigidas para a execução das atividades objeto do contrato a celebrar, fixando-lhe prazo
para o efeito.
12 - O órgão competente para a decisão de contratar pode ainda exigir ao adjudicatário, em prazo que fixar para o
efeito, a apresentação dos originais de quaisquer documentos cuja reprodução tenha sido apresentada nos termos
do 2, em caso de dúvida fundada sobre o conteúdo ou a autenticidade destes, sendo aplicável, com as
necessárias adaptações, o disposto no artigo 86.º do CCP.

Cláusula 26ª
Cumprimento das obrigações legais e contratuais
1 – Para garantir a celebração do contrato, bem como o exato e pontual cumprimento de todas as obrigações
legais e contratuais que assume essa celebração, no presente procedimento é exigido ao adjudicatário a prestação
de uma caução.
2 – Pode não ser exigida a prestação de caução quando:
d) O preço contratual for inferior a 500.000,00€;
e) O adjudicatário seja uma entidade prevista nos artigos 2.º ou 7.º do Código dos Contratos Públicos; ou
f) Se trate dos contratos previstos na alínea c) do n.º 1 do artigo 95.º do Código dos Contratos Públicos,
ainda que exista contrato escrito.
3 – Quando, em conformidade com o previsto no número anterior, não tenha sido exigida a prestação da caução,
pode a entidade adjudicante, se o considerar conveniente, proceder à retenção até 10% do valor dos pagamentos
a efetuar, desde que tal faculdade seja prevista no caderno de encargos.
4 – Não é exigida a prestação de caução quando o adjudicatário apresente seguro de execução do contrato a
celebrar, emitido pela entidade seguradora, que cubra o respetivo preço contratual, ou declaração de assunção de
responsabilidade solidária com o adjudicatário, pelo mesmo montante emitida por entidade bancária, desde que
essa entidade apresente documento comprovativo de que possui ou sucursal em Estado membro da União
Europeia, emitido pela entidade que nesse Estado exerça a supervisão seguradora ou bancária, respetivamente.

Cláusula yª
Valor da Caução [se se aplicar]
1 – No presente procedimento, o valor da caução é fixado em 5% do preço contratual.
2 – O valor da caução tem por referência o preço do seu período de vigência inicial, ficando cada renovação
condicionada à prestação de nova caução, que terá por referência o preço de cada um dos respetivos períodos
de vigência.

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Cláusula zª
Modo de Prestação da Caução [se se aplicar]
1 – O adjudicatário deve prestar a caução no prazo de 10 dias a contar da notificação prevista no n.º 2 do Artigo
20.º, devendo comprovar essa prestação junto da entidade adjudicante no dia imediatamente subsequente.
2 – A caução é prestada por depósito em dinheiro ou em títulos emitidos ou garantidos pelo Estado ou mediante
garantia bancária ou seguro-caução.
3 – O depósito em dinheiro ou títulos é efetuado em Portugal, em qualquer instituição de crédito, à ordem de
Universidade do Minho, devendo ser especificado o fim a que se destina, em conformidade com o Anexo IV.
4 – Quando o depósito for efetuado em títulos, estes são avaliados pelo respetivo valor nominal, salvo se, nos
últimos três meses, média da cotação na bolsa de valores ficar abaixo do par, caso em que a avaliação é feita em
90% dessa média.
5 – Se o adjudicatário prestar a caução mediante garantia bancária, deve apresentar um documento pelo qual
um estabelecimento bancário legalmente autorizado assegure, até ao limite do valor da caução, o imediato
pagamento de quaisquer importâncias exigidas pela entidade adjudicante em virtude do incumprimento de
quaisquer obrigações a que a garantia respeita, em conformidade com o Anexo V deste programa de concurso.
6 – Tratando-se de seguro caução, o adjudicatário deve apresentar apólice pela qual uma entidade legalmente
autorizada a realizar este seguro assuma, até ao limite do valor da caução, o encargo de satisfazer de imediato
quaisquer importâncias exigidas pela entidade adjudicante em virtude do incumprimento de quaisquer obrigações
a que o seguro respeita, em conformidade com o Anexo VI.
7 – Das condições da garantia bancária ou a apólice de seguro-caução não pode, em caso algum, resultar uma
diminuição das garantias da entidade adjudicante, nos modelos em que são asseguradas pelas outras formas
administradas de prestação de caução.
8 – Todas as despesas relativas à prestação da caução são da responsabilidade do adjudicatário.
9 – A adjudicação caduca se, por facto que lhe seja imputável, o adjudicatário não prestar, em tempo e nos termos
estabelecidos anteriormente, a caução que lhe seja exigida.
10 – No caso previsto no ponto anterior, o órgão competente para a decisão de contratar deve adjudicar a
proposta ordenada subsequente.

Cláusula 26ª
Novos Serviços [caso se trate de aquisição de serviços]
Nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 27.º, conjugado com a alínea q) do n.º 1
do artigo 132.º, todos do CCP, é admitida a possibilidade de adoção do procedimento de Ajuste Direto para
formação de quaisquer contratos que se pretenda celebrar, na sequência do presente procedimento, que
consistam na repetição de serviços similares objeto do presente concurso público.

Cláusula 27ª
Legislação Aplicável
O contrato é regulado pelas normas constantes do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, e demais legislação específica aplicável.

151
ANEXOS

Anexo I – Modelo de Proposta de Preço.


Anexo II – Modelo de Declaração [a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 81.º do Código dos Contratos
Públicos].
Anexo III – Modelo de Caução por Depósito em Dinheiro. [se se aplicar]
Anexo IV – Modelo de Garantia Bancária [se se aplicar]
Anexo V – Modelo de Seguro - Caução. [se se aplicar]

NOTA: estes anexos, em formato editável, constituem documentos autónomos das peças do
procedimento e fazem parte integrante deste Programa.

152
ANEXO IV – Modelo de Declaração – Artigo 113.º, 6

Modelo de Declaração sob compromisso de honra

(Ao abrigo do n.º 6 do artigo 113.º do Código dos Contratos Públicos)

________________________________________, número do documento de identificação


_________________, residente em _______________________ na qualidade de representante legal
de________________, NIF/NIPC ____________________, com sede em
________________________________________ declaro, sob compromisso de honra, nos termos e
para os efeitos do n.º 6 do artigo 113.º do Código dos Contratos Públicos, alterado pela Lei n.º 30/2021,
de 21 de maio, com as atualizações em vigor, que: [optar por uma das seguintes]

A) A referida entidade não se encontra especialmente relacionada com as entidades referidas nos n.ºs
2(1) e 5(2) do referido artigo, considerando-se como tais, nomeadamente, as entidades que partilhem,
ainda que apenas parcialmente, representantes legais ou sócios, ou as sociedades que se encontrem
em relação de simples participação, de participação recíproca ou de grupo.

OU

B) Atualmente, estão especialmente relacionadas entre si, considerando-se como tais, nomeadamente,
as entidades que partilhem, ainda que apenas parcialmente, representantes legais ou sócios, ou as
sociedades que se encontrem em relação de simples participação, de participação recíproca ou de
grupo, as seguintes:

- Entidade _________ NIF/NPIC ________;

- (…)

... (local),... (data),... [assinatura digital (3) (4)]

(1) O n.º 2 do artigo 113.º prevê o seguinte: “Não podem ser convidadas a apresentar propostas, entidades às quais a entidade
adjudicante já tenha adjudicado, no ano económico em curso e nos dois anos económicos anteriores, na sequência de
consulta prévia ou ajuste direto adotados nos termos do disposto nas alíneas c) e d) do artigo 19.º e alíneas c) e d) do n.º 1
do artigo 20.º, consoante o caso, propostas para a celebração de contratos cujo preço contratual acumulado seja igual ou
superior aos limites referidos naquelas alíneas.”;
(2) O n.º 5 do artigo 113.º prevê o seguinte: “Não podem igualmente ser convidadas a apresentar propostas entidades que
tenham executado obras, fornecido bens móveis ou prestado serviços à entidade adjudicante, a título gratuito, no ano
económico em curso ou nos dois anos económicos anteriores, exceto se o tiverem feito ao abrigo do Estatuto do Mecenato.”;
(3) A presente declaração deve ser assinada digitalmente pela entidade ou pelo representante legal que tenha poderes para a

153
obrigar;
(4) Deve ser anexada Certidão Permanente da empresa.

ANEXO VI – Projeto de Decisão/Relatório Preliminar


1. Ajuste Direto

154
PROCEDIMENTO DE AJUSTE DIRETO REFª ____/20__ PARA [identificar o objeto]

PROJETO DE DECISÃO DE ADJUDICAÇÃO

Na sequência da necessidade de [identificar o objeto], procedeu-se à abertura do procedimento de ajuste direto em


título, autorizado por [identificar órgão que tomou a decisão de contratar], de [colocar a data da decisão de contratar],
exarado sob o ofício Ref. [identificar o ofício respetivo], de [colocar a data do ofício].

Tratando-se de um Ajuste Direto, procede-se à elaboração do presente Projeto de Decisão de Adjudicação, nos termos
do previsto no artigo 125.º do Código dos Contratos Públicos (CCP).

Entidade convidada

Foi convidada a apresentar proposta a entidade:

− [identificar a entidade – nome/designação e NIF]

Esclarecimentos das peças do procedimento

Referir se foram ou não solicitados esclarecimentos pela entidade convidada.

Abertura da proposta

A entidade apresentou proposta no prazo estabelecido para o efeito. A abertura da proposta foi efetuada no dia
[colocar data da abertura da proposta].

Esclarecimentos sobre a proposta

Referir se a entidade foi, ou não, convidada a aperfeiçoar a sua proposta, nos termos da parte final do n.º 2 do
artigo 125.º do CCP.

Análise da Proposta

A proposta apresentada foi analisada no sentido da decisão da sua aceitação, tendo por base o estabelecido nos
artigos 70.º e 146.º do CCP, por se considerar que está formulada e instruída em conformidade com o
solicitado/exigido, verificando-se, por isso, a inexistência de motivos de exclusão. OU [se aplicável]

A proposta apresentada foi analisada no sentido da decisão da sua exclusão [fundamentar devidamente]

Audiência prévia

155
Com base no estabelecido no n.º 2 do artigo 125.º do Código dos Contratos Públicos, não há lugar à realização de
audiência prévia.

Proposta de adjudicação

Face ao exposto, propõe-se a adjudicação do presente contrato à proposta apresentada pela entidade [identificar
entidade], pela quantia de ______€ (por extenso), a que acresce o valor de _______€ (por extenso),
correspondente ao IVA à taxa de __% [se se aplicar], perfazendo o montante global de _______€ (por extenso), e
um prazo de execução/entrega de __ (por extenso) dias/meses/anos.

Braga, __ de ____ de 20__

O/A __________,

_______________

156
2. Consulta Prévia

PROCEDIMENTO DE CONSULTA PRÉVIA REFª ____/20__ PARA [identificar o objeto]

RELATÓRIO PRELIMINAR/PROJETO DE DECISÃO

Na sequência da necessidade de [identificar o objeto], procedeu-se à abertura do procedimento de consulta prévia


em título, autorizado por [identificar órgão que tomou a decisão de contratar], de [colocar a data da decisão de
contratar], exarado sob o ofício Ref. [identificar o ofício respetivo], de [colocar a data do ofício].

Nos termos do previsto no artigo 122.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), procede-se à elaboração do relatório
preliminar referente à apreciação do mérito das propostas e à sua ordenação para efeitos de adjudicação. OU

Tendo sido apresentada uma única proposta, o/a [identificar responsável] procede à elaboração do presente Projeto
de Decisão de Adjudicação, nos termos do previsto no artigo 125.º do Código dos Contratos Públicos (CCP).

Entidades convidadas

Foram convidadas a apresentar proposta as entidades.

− [identificar a entidade – nome/designação e NIF];


− [identificar a entidade – nome/designação e NIF];
− [identificar a entidade – nome/designação e NIF];
− …

Esclarecimentos, retificação e alteração das peças

Referir se foram ou não solicitados/apresentados esclarecimentos/erros ou omissões pelas entidades convidadas,


indicá-los ou anexá-los.

Abertura da proposta

O prazo de entrega das propostas foi fixado até às __:__h do dia __.__.20__.

As entidades concorrentes, infra identificadas, apresentaram proposta dentro do prazo estabelecido para o efeito:

▪ [identificar a entidade], em __.__.20__, às __:__ horas;

▪ [identificar a entidade], em __.__.20__, às __:__ horas.

OU

Apenas uma entidade apresentou proposta, tendo-o feito no prazo estabelecido para o efeito.

157
Abertura das Propostas
Procedeu-se à abertura das propostas no dia [colocar data da abertura da proposta]. No mesmo dia procedeu-se à
elaboração e publicitação, na plataforma eletrónica de contratação pública, da lista de concorrentes

Análise da Proposta

Numa primeira fase, procedeu-se à verificação da validade dos certificados de assinatura eletrónica qualificada dos
documentos que integram as propostas, constatando-se que todas as propostas apresentadas foram submetidas
na plataforma eletrónica mediante utilização de certificados digitais de assinatura eletrónica qualificada válidos.

• Esclarecimentos sobre a proposta

Referir se foram ou não solicitados esclarecimentos às propostas apresentadas – indicá-los ou anexar. OU

Referir se a entidade foi, ou não, convidada a aperfeiçoar a sua proposta, nos termos da parte final do n.º
2 do artigo 125.º do CCP.

Seguidamente, procedeu-se à análise das propostas, com base no estabelecido nos artigos 70.º e 146.º do CCP,
propondo-se a admissão da(s) proposta(s) apresentada(s) pela(s) entidade(s) [identificar a entidade], por se
considerar formulada e instruída em conformidade com o solicitado/exigido. OU exclusão [fundamentar os motivos
da exclusão].

Critério de Adjudicação

O critério de adjudicação estabelecido no ponto __. do Convite determina que a adjudicação será efetuada tendo
em conta o critério da proposta economicamente mais vantajosa, na modalidade de [indicar a modalidade adotada
e artigo correspondente].

[se aplicável, acrescentar] No entanto, tendo sido admitida uma proposta, a adjudicação consiste na aceitação da
única proposta apresentada, de acordo com a primeira parte do n.º 1 do artigo 73.º do CCP.

Avaliação e ordenação das propostas

[se existir modelo de avaliação deve ser aqui aplicado, se for adotada a modalidade de avaliação do preço ou custo
enquanto único aspeto da execução do contrato a celebrar, devem ser ordenadas as propostas admitidas]

Proposta de adjudicação

Face ao exposto, propõe-se a adjudicação do presente contrato à proposta apresentada pela entidade [identificar
entidade], pela quantia de ______€ (por extenso), a que acresce o valor de _______€ (por extenso),
correspondente ao IVA à taxa de __% [se se aplicar], perfazendo o montante global de _______€ (por extenso), e
um prazo de execução/entrega de __ (por extenso) dias/meses/anos.

158
Audiência prévia

Com base no estabelecido no artigo 123.º do Código dos Contratos Públicos, procede-se à realização de audiência
prévia dos concorrentes, concedendo-se para o efeito o prazo de 3 dias úteis. OU

Tendo sido apresentada uma única proposta, com base no estabelecido no n.º 2 do artigo 125.º do Código dos
Contratos Públicos, não há lugar à realização de audiência prévia.

E nada mais havendo a tratar, foi lavrado o presente relatório/projeto que, depois de lido e achado conforme, vai ser
assinado.

Braga, __ de ____ de 20__

O/A __________,

_______________

159
3. Concurso Público

PROCEDIMENTO DE CONCURSO PÚBLICO REFª ____/20__ PARA [identificar o objeto]

RELATÓRIO PRELIMINAR/PROJETO DE DECISÃO

Na sequência da necessidade de [identificar o objeto], procedeu-se à abertura do procedimento de concurso público


em título, autorizado por [identificar órgão que tomou a decisão de contratar], de [colocar a data da decisão de
contratar], exarado sob o ofício Ref. [identificar o ofício respetivo], de [colocar a data do ofício].

Nos termos do previsto no artigo 146.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º
18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, o júri nomeado para a condução do referido procedimento
reuniu para elaboração do respetivo Relatório Preliminar nos termos seguintes: OU

Tendo sido apresentada uma única proposta, o/a [identificar responsável] procede à elaboração do presente Projeto
de Decisão de Adjudicação, nos termos do previsto no artigo 147.º do Código dos Contratos Públicos (CCP).

HISTÓRICO DO PROCEDIMENTO:
Ao abrigo do disposto na alínea a)/b) do artigo 20.º do CCP foi publicitado no Diário da República, II
série, n.º __, de [indicar a data do anúncio] o respetivo Anúncio, com o número ____/____.

A tramitação do procedimento decorre através da plataforma eletrónica de contratação


http://www.acingov.pt.

O preço base total do procedimento foi fixado em ________€ (indicar por extenso), para um contrato
com a duração [indicar prazo do contrato], sem prejuízo das obrigações acessórias que devam perdurar
para além da cessação do contrato.

COMUNICAÇÕES, ESCLARECIMENTOS, ERROS E OMISSÕES, RETIFICAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS PEÇAS DO


PROCEDIMENTO

Referir se foram ou não solicitados/apresentados esclarecimentos/erros ou omissões pelas entidades interessadas,


indicá-los ou anexá-los.

ABERTURA DA PROPOSTA

O prazo de entrega das propostas foi fixado até às __:__h do dia __.__.20__.

As empresas que submeteram propostas encontram-se listadas de seguida, por ordem de entrada das mesmas na
plataforma eletrónica de compras públicas:

Ordem de Entrega
Entidades NIPC/NIF
submissão Data Hora

1º [indicar entidade] [indicar NIPC] __.__.____ __:__:__

160
2º [indicar entidade] [indicar NIPC] __.__.____ __:__:__

5º … [indicar NIPC] __.__.____ __:__:__

A abertura das propostas e a sua desencriptação foi efetuada no dia __.__.____, pelo júri. Na mesma data
procedeu-se à elaboração e publicitação, na plataforma eletrónica de contratação pública, da lista de concorrentes,
nos termos do artigo 138.º do CCP.
As entidades concorrentes apresentaram/não apresentaram propostas dentro do prazo estabelecido para o efeito.

ANÁLISE DAS PROPOSTAS

O júri procedeu, numa primeira fase, à verificação da validade dos certificados de assinatura eletrónica qualificada
dos documentos que integram as propostas, constatando que todas as propostas apresentadas foram submetidas
na plataforma eletrónica mediante utilização de certificados digitais de assinatura eletrónica qualificada válidos.

• Esclarecimentos sobre a proposta

Referir se foram ou não solicitados esclarecimentos às propostas apresentadas – indicá-los ou anexar. OU

Referir se a entidade foi, ou não, convidada a aperfeiçoar a sua proposta, nos termos da parte final do n.º
2 do artigo 125.º do CCP.

Seguidamente, procedeu-se à análise das propostas, com base no estabelecido nos artigos 70.º e 146.º do CCP,
propondo-se a admissão da(s) proposta(s) apresentada(s) pela(s) entidade(s) [identificar a entidade], por se
considerar formulada e instruída em conformidade com o solicitado/exigido. OU exclusão [fundamentar os motivos
da exclusão].

CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO

O critério de adjudicação estabelecido no ponto __. do Convite determina que a adjudicação será efetuada tendo
em conta o critério da proposta economicamente mais vantajosa, na modalidade de [indicar a modalidade adotada
e artigo correspondente].

[se aplicável, acrescentar] No entanto, tendo sido admitida uma proposta, a adjudicação consiste na aceitação da
única proposta apresentada, de acordo com a primeira parte do n.º 1 do artigo 73.º do CCP.

AVALIAÇÃO E ORDENAÇÃO DAS PROPOSTAS

[se existir modelo de avaliação deve ser aqui aplicado, se for adotada a modalidade de avaliação do preço ou custo
enquanto único aspeto da execução do contrato a celebrar, devem ser ordenadas as propostas admitidas]

PROPOSTA DE ADJUDICAÇÃO

161
Face ao exposto, propõe-se a adjudicação do presente contrato à proposta apresentada pela entidade [identificar
entidade], pela quantia de ______€ (por extenso), a que acresce o valor de _______€ (por extenso),
correspondente ao IVA à taxa de __% [se se aplicar], perfazendo o montante global de _______€ (por extenso), e
um prazo de execução/entrega de __ (por extenso) dias/meses/anos.

AUDIÊNCIA PRÉVIA

Com base no estabelecido no artigo 147.º do Código dos Contratos Públicos, procede-se à realização de audiência
prévia dos concorrentes, concedendo-se para o efeito o prazo de 3 dias úteis. OU

Tendo sido apresentada uma única proposta, com base no estabelecido no n.º 2 do artigo 125.º do Código dos
Contratos Públicos, não há lugar à realização de audiência prévia.

E nada mais havendo a tratar, foi lavrado o presente relatório/projeto que, depois de lido e achado conforme, vai ser
assinado pelos membros que constituem o júri deste procedimento.

Braga, __ de ____ de 20__

O Presidente do júri,

(indicar o nome)

O 1.º vogal,

(indicar o nome)

O 2.º vogal,

(indicar o nome)

162
ANEXO VII – Relatório Final
1. Consulta Prévia

PROCEDIMENTO DE CONSULTA PRÉVIA REFª ____/20__ PARA [identificar o objeto]

RELATÓRIO FINAL

Na sequência da necessidade de [identificar o objeto], procedeu-se à abertura do procedimento de consulta prévia


em título, autorizado por [identificar órgão que tomou a decisão de contratar], de [colocar a data da decisão de
contratar], exarado sob o ofício Ref. [identificar o ofício respetivo], de [colocar a data do ofício].

Nos termos do previsto no artigo 124.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), procede-se à elaboração do relatório
final.

Do Procedimento

Procedeu-se oportunamente à análise das propostas admitidas e, em função da aplicação dos critérios que haviam
sido previamente fixados, elaborou-se um relatório fundamentado sobre o mérito das mesmas.

Em cumprimento do disposto no artigo 123.º do mesmo Código, procedeu-se à audiência prévia dos interessados,
tendo sido notificados para o efeito todos os concorrentes sobre o relatório preliminar e beneficiado do prazo de 3
dias úteis para se pronunciarem.

Na sequência da audiência prévia, não foram apresentadas quaisquer alegações nem requeridas diligências
complementares.

Nesta conformidade, é mantida a proposta de adjudicação inicial, que se submete à aprovação superior. OU

Análise das pronúncias apresentadas

[as pronúncias apresentadas em sede de audiência prévia devem ser analisadas nesta fase, mantendo, ou não as
conclusões do relatório preliminar, sendo que se as mesmas mudarem deve ser dada nova audiência prévia]

Proposta de adjudicação

Face ao exposto, propõe-se a adjudicação do presente contrato à proposta apresentada pela entidade [identificar
entidade], pela quantia de ______€ (por extenso), a que acresce o valor de _______€ (por extenso),
correspondente ao IVA à taxa de __% [se se aplicar], perfazendo o montante global de _______€ (por extenso), e
um prazo de execução/entrega de __ (por extenso) dias/meses/anos.

163
E nada mais havendo a tratar, foi lavrado o presente relatório que, depois de lido e achado conforme, vai ser assinado.

Braga, __ de ____ de 20__

O/A __________,

_______________

164
2. Concurso Público

PROCEDIMENTO DE CONCURSO PÚBLICO REFª ____/20__ PARA [identificar o objeto]

RELATÓRIO FINAL

Na sequência da necessidade de [identificar o objeto], procedeu-se à abertura do procedimento de concurso público


em título, autorizado por [identificar órgão que tomou a decisão de contratar], de [colocar a data da decisão de
contratar], exarado sob o ofício Ref. [identificar o ofício respetivo], de [colocar a data do ofício].

Nos termos do previsto no artigo 148.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), procede-se à elaboração do relatório
final.

Do Procedimento

O júri procedeu oportunamente à análise das propostas admitidas e, em função da aplicação dos critérios que
haviam sido previamente fixados, elaborou um relatório fundamentado sobre o mérito das mesmas.

Em cumprimento do disposto no artigo 147.º do CCP, o júri procedeu à audiência prévia dos interessados, tendo,
para o efeito, todos os concorrentes sido notificados sobre o relatório preliminar e beneficiado do prazo de 5 dias
úteis para se pronunciarem.

Na sequência da audiência prévia, não foram apresentadas quaisquer alegações nem requeridas diligências
complementares.

Nesta conformidade, é mantida a proposta de adjudicação inicial, que se submete à aprovação superior. OU

Análise das pronúncias apresentadas

[as pronúncias apresentadas em sede de audiência prévia devem ser analisadas nesta fase, mantendo, ou não as
conclusões do relatório preliminar, sendo que se as mesmas mudarem deve ser dada nova audiência prévia]

Proposta de adjudicação

Face ao exposto, propõe-se a adjudicação do presente contrato à proposta apresentada pela entidade [identificar
entidade], pela quantia de ______€ (por extenso), a que acresce o valor de _______€ (por extenso),
correspondente ao IVA à taxa de __% [se se aplicar], perfazendo o montante global de _______€ (por extenso), e
um prazo de execução/entrega de __ (por extenso) dias/meses/anos.

E nada mais havendo a tratar, foi lavrado o presente relatório que, depois de lido e achado conforme, vai ser assinado
pelos membros que constituem o júri deste procedimento.

165
Braga, __ de ____ de 20__

O Presidente do júri,

(indicar o nome)

O 1.º vogal,

(indicar o nome)

O 2.º vogal,

(indicar o nome)

166
ANEXO VIII – Minuta do Contrato

MINUTA DO CONTRATO

CONTRATO PARA [indicar objeto], ADJUDICADO À ENTIDADE [identificar a entidade] PELA QUANTIA
DE _________€ (por extenso), NA QUAL ESTÃO INCLUÍDOS _________€ (por extenso) DE IVA À TAXA
LEGAL DE __% [se aplicável]

Nota 1: os espaços em branco que não se encontram assinalados a cinzento devem ser mantidos tal como estão
na minuta do contrato, porquanto se tratam de informações que apenas serão conhecidas após a autorização da
adjudicação e da apresentação dos documentos de habilitação;
Nota 2: quando for indicado para estabelecer determinada cláusula conforme a cláusula respetiva do caderno de
encargos, deve ter-se em atenção para adaptar “Universidade do Minho” para “Primeiro Outorgante” e
“adjudicatário” para “Segundo Outorgante”;
Nota 3: podem ser acrescentadas outras cláusulas constantes do caderno de encargos consideradas pertinentes.

Entre a
UNIVERSIDADE DO MINHO, adiante designada como PRIMEIRO OUTORGANTE, com sede no Largo do Paço,
4704-553 Braga, com o número de Identificação Fiscal 502011378, representada pelo [identificar o
representante] daquela Universidade conforme [indicar o ato habilitante para o efeito – despacho, deliberação,
estatutos, entre outros]

e a entidade

[identificar a entidade], adiante designada como SEGUNDO OUTORGANTE, com sede/residente em


__________________________, pessoa coletiva número/com o número de identificação fiscal ___________,
representada por ____________, portador do Cartão de Cidadão n.º _________, pessoa cuja identidade foi
legalmente reconhecida e pode outorgar pela entidade que representa na qualidade de __________, conforme
documento junto ao processo [se aplicável – tratando-se de pessoa singular, em princípio não assinará um
representante],

é celebrado o presente contrato para o fornecimento dos bens/prestação dos serviços supramencionados,
adjudicado ao Segundo Outorgante por deliberação/despacho do [identificar o órgão competente para a decisão de
contratar] de _______de_________ de 20__, na sequência do procedimento de [identificar o procedimento
adotado] Ref.ª __________, autorizado por por deliberação/despacho do [identificar o órgão competente para a
decisão de contratar] de _______de_________ de 20__, cuja minuta foi aprovada por por deliberação/despacho
do [identificar o órgão competente para a decisão de contratar] de _______de_________ de 20__, o qual se rege
pelas cláusulas seguintes:

167
Cláusula 1ª
Objeto
O procedimento a que respeita este contrato tem como objeto a prestação/o fornecimento pelo Segundo Outorgante
ao Primeiro Outorgante de [identificar objeto], nos termos e condições definidos no caderno de encargos referente
ao procedimento de [identificar o procedimento adotado] Ref.ª __________ e na proposta apresentada pelo
Segundo Outorgante, através de plataforma eletrónica/endereço eletrónico, em [indicar data].

Cláusula 2ª
Duração do contrato
1 – [indicar o que consta da cláusula do caderno de encargos ou na proposta, caso o prazo seja diferente por ter sido
submetido à concorrência]
2 – Os prazos constantes do contrato são contínuos, correndo em sábados, domingos e feriados.

Cláusula 3ª
Preço Contratual e Condições de Pagamento
1 – O encargo total pela execução do presente contrato é de _________€ (por extenso), dos _________€ (por
extenso) dizem respeito ao valor dos bens a fornecer/serviços a prestar e _________€ (por extenso) ao Imposto
sobre o Valor Acrescentado à taxa __% [se aplicável].
2 – [estabelecer restantes pontos conforme o caderno de encargos]

Cláusula 4ª
Classificação orçamental e compromisso
1 – O encargo resultante do presente contrato será suportado por conta das verbas inscritas no
orçamento do Primeiro Outorgante, sob a rubrica orçamental com a classificação económica [indicar a
classificação económica].

2 –O encargo previsto para o presente ano económico é de _________€ (por extenso) e para o ano de
20__ é de _________€ (por extenso), valores a que acresce o IVA, cumprindo o disposto na cláusula
anterior. (se existirem encargos plurianais, adaptar consoante os anos de vigência do contrato – o que
se encontra fixado é apenas um exemplo)

3 – A repartição da despesa indicada no número anterior conforma-se com o previsto na alínea b) do


n.º 1 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de junho. [este ponto apenas é aplicável quando
existem encargos plurianuais]

4 – Com a assinatura do presente contrato é assumido o compromisso de pagamentos dos encargos inerentes,
para o presente ano económico, formalizado através da emissão, por meio informático dos Serviços de Contabilidade

168
da Universidade do Minho, do seguinte número de compromisso válido e sequencial ________ de ____ de
________ de 20__, refletido na Nota de Encomenda número ___________ com a mesma data.

Cláusula 5ª
Penalidades Contratuais
[conforme caderno de encargos]

Cláusula 6ª
Caução
Não é exigida a prestação de caução, nos termos do n.º 2 do artigo 88.º do Código dos Contratos Públicos. OU
1 – Para garantir o exato e pontual cumprimento de todas as obrigações legais contratuais que assume com a
celebração do contrato, o Segundo Outorgante prestou caução através de _______, da qual o montante de
_________€ (por extenso) correspondente a _% do preço contratual relativo [indicar objeto do contrato], no valor
de _________€ (por extenso), a qual foi julgada conforme e arquivada no respetivo processo.
2 – A caução a que se refere o número anterior é liberada nos termos do artigo 295.º do Código dos Contratos
Públicos.

Cláusula 7ª
Gestor do Contrato
1 – Nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 290.º-A do Código dos Contratos Públicos é
designado, pelo órgão competente, para a função de Gestor de Contrato _____________,
______________________, por possuir os conhecimentos técnicos necessários para a função a desempenhar.
2 – Cabe ao Gestor do Contrato exercer as competências que sejam atribuídas pelo Primeiro Outorgante, em matéria
de acompanhamento da execução e verificação do cumprimento de todas as obrigações legais e contratuais
assumidas pelo Segundo Outorgante.
3 – No desempenho das suas funções o Gestor do Contrato tem direito de acesso e consulta a toda a documentação
relacionada com as atividades objeto do presente procedimento.
4 – Caso o Gestor detete desvios, defeitos ou outras anomalias na execução do contrato, deve comunicá-los de
imediato ao órgão competente, propondo em relatório fundamentado as medidas corretivas que, em cada caso, se
revelem adequadas.
5 – O Segundo Outorgante obriga-se a cooperar com o Gestor do Contrato, designado pelo Primeiro Outorgante, na
prossecução das atividades de acompanhamento que este tem a seu cargo.

Cláusula 8ª
Comunicações e notificações
1 – Sem prejuízo de poderem ser acordadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre
as partes do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do Código dos Contratos Públicos, para o
domicílio ou sede contratual de cada uma, identificados no respetivo contrato.

169
2 – Qualquer alteração das informações de contacto constantes do contrato deve ser comunicada à outra parte.

Cláusula 9ª
Foro Competente
Para resolução de todos os litígios decorrentes do contrato fica estipulada a competência do Tribunal Administrativo
e Fiscal de Braga, com expressa renúncia a qualquer outro.

Cláusula 10ª
Prevalência
1 - O contrato é composto pelo respetivo clausulado contratual e os seus anexos.
2 - Fazem ainda parte integrante do contrato os seguintes documentos:
a) O caderno de encargos;
b) Os esclarecimentos e as retificações relativos ao caderno de encargos;
c) A proposta adjudicada.
3 - Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2, a prevalência é determinada pela ordem pela
qual aí são indicados.
4 - Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado do contrato e seus anexos,
prevalecem os primeiros, salvo quanto aos ajustamentos propostos de acordo com o disposto no artigo 99.º do
Código dos Contratos Públicos e aceites pelo adjudicatário nos termos do disposto no artigo 101.º desse mesmo
diploma legal.

Cláusula 11ª
Legislação aplicável
Em tudo aquilo não expressamente previsto neste título contratual aplicar-se-ão as normas constantes do Código
dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as atualizações em vigor, e
demais legislação aplicável.

O contrato é assinado por meios eletrónicos, por recurso a assinatura eletrónica digital qualificada.

Braga, ____de _____________de 20__

(Primeiro Outorgante)

170
(Segundo Outorgante)

171
ANEXO IX – Ofício Proposta de Adjudicação
1. Ajuste Direto

Exmo(a). Senhor(a):

[indicar o órgão competente para a decisão de


contratar]

 
sua referência sua comunicação de nossa referência data
__-___/____ __-__-____
assunto mensagem

PROCEDIMENTO DE No âmbito do procedimento em assunto foi feito um convite para identificar objeto], à entidade
AJUSTE DIRETO REFª __-
__/20__ PARA [identificar [identificar a entidade – nome/designação e NIF], devidamente aprovado por despacho/deliberação
objeto]
[identificar o órgão competente para a decisão de contratar], de _______de_________ de 20__,
– Proposta de Decisão exarado sobre o ofício Ref.ª ________, de ____ de 20__.
de Adjudicação
Junto se remete a V. Exa. o processo relativo ao procedimento em causa, conforme estabelecido no
– Aprovação da
Minuta de Contrato [se artigo 125.º do Código dos Contratos Públicos, solicitando que, nos termos do proposto no Projeto
reduzido a escrito]
de Decisão dele constante, seja autorizada a adjudicação à proposta da referida entidade, pelo valor
de _________€ (por extenso), ao qual acresce a quantia de _________€ (por extenso),
correspondente ao IVA à taxa de __% [se aplicável], o que totaliza o montante global de _________€
(por extenso), e um prazo de execução de [indicar prazo].

Remete-se, ainda, em anexo, a declaração de inexistência de conflitos de interesses subscrita por


todos os intervenientes no processo de avaliação das propostas, antes do início de funções, assim
respeitando o n.º 5 do artigo 67.º do código dos Contratos Públicos.

Nos termos do n.º 1 do artigo 98.º do CCP, e a fim de dar cumprimento ao disposto no artigo 94.º
do mesmo diploma, solicita-se ainda a V. Exa. a aprovação da minuta do contrato a celebrar e que
se anexa ao presente ofício. OU

Mais se informa que, nos termos da alínea [indicar a alínea que se adapta ao caso em concreto] do
n.º 1 do artigo 95.º do Código dos Contratos Públicos, não é exigível a redução do contrato a escrito.

Para o acompanhamento da execução do contrato a realizar e nos termos e para os efeitos do


disposto no nº 1 do art.º 290-A do Código dos Contratos Públicos, propõe-se que seja designado
para a função de gestor do contrato:

172
- _____________

Com os melhores cumprimentos,

O/A _________,

____________

173
2.Consulta Prévia

 
Exmo(a). Senhor(a):

[indicar o órgão competente para a decisão de


contratar]

 

sua referência sua comunicação de nossa referência data


__-___/____ __-__-____

assunto
PROCEDIMENTO DE No âmbito do procedimento em assunto, devidamente aprovado por [identificar órgão que tomou a
CONSULTA PRÉVIA REFª
decisão de contratar], de [colocar a data da decisão de contratar], exarado sob o ofício Ref. [identificar
__- __/20__ PARA
[identificar objeto] o ofício respetivo], de [colocar a data do ofício], foi dirigido convite para [identificar o objeto do
procedimento], às entidades:
– Proposta de Decisão
▪ [identificar a entidade – nome/designação e NIF];
de Adjudicação
▪ [identificar a entidade – nome/designação e NIF];
– Aprovação da Minuta
do Contrato [se reduzido ▪ [identificar a entidade – nome/designação e NIF];
a escrito] ▪ …
Junto se remete a V. Exa. o processo relativo ao procedimento em causa, conforme estabelecido no
artigo 124.º do Código dos Contratos Públicos, solicitando que, nos termos do proposto no Relatório
Final dele constante, seja autorizada a adjudicação à proposta da entidade [identificar a
entidade], pelo valor de _________€ (por extenso), ao qual acresce a quantia de _________€
(por extenso), correspondente ao IVA à taxa de __% [se aplicável], o que totaliza o montante global
de _________€ (por extenso), e um prazo de execução de [indicar prazo]. OU

Tendo sido apresentada uma única proposta, junto se remete a V. Exa. o processo relativo ao
procedimento em causa, conforme estabelecido no artigo 125.º do Código dos Contratos Públicos,
solicitando que, nos termos do proposto no Projeto de Decisão dele constante, seja autorizada a
adjudicação à proposta da entidade [identificar entidade], pelo valor de _________€ (por
extenso), ao qual acresce a quantia de _________€ (por extenso), correspondente ao IVA à taxa

174
de __% [se aplicável], o que totaliza o montante global de _________€ (por extenso), e um prazo
de execução de [indicar prazo].

Remete-se, ainda, em anexo, a declaração de inexistência de conflitos de interesses subscrita por


todos os intervenientes no processo de avaliação das propostas, antes do início de funções, assim
respeitando o n.º 5 do artigo 67.º do código dos Contratos Públicos.

Nos termos do n.º 1 do artigo 98.º do CCP, e a fim de dar cumprimento ao disposto no artigo 94.º
do mesmo diploma, solicita-se ainda a V. Exa. a aprovação da minuta do contrato a celebrar e que
se anexa ao presente ofício. OU

Mais se informa que, nos termos da alínea [indicar a alínea que se adapta ao caso em concreto] do
n.º 1 do artigo 95.º do Código dos Contratos Públicos, não é exigível a redução do contrato a escrito.

Para o acompanhamento da execução do contrato a realizar e nos termos e para os efeitos do


disposto no nº 1 do art.º 290-A do Código dos Contratos Públicos, propõe-se que seja designado
para a função de gestor do contrato:

- _____________

Com os melhores cumprimentos,

O/A _________,

______________

175
3.Concurso Público

 
Exmo(a). Senhor(a):

[indicar o órgão competente para a decisão de


contratar]

 

sua referência sua comunicação de nossa referência data


__-___/____ __-__-____

assunto
PROCEDIMENTO DE Considerando as disposições legais aplicáveis ao procedimento de concurso público identificado em
CONCURSO PÚBLICO
assunto, devidamente aprovado por [identificar órgão que tomou a decisão de contratar], de [colocar
REFª __- __/20__ PARA
[identificar objeto] a data da decisão de contratar], exarado sob o ofício Ref. [identificar o ofício respetivo], de [colocar a
data do ofício], junto se remete a V. Exa. o processo relativo ao procedimento em causa,
– Proposta de Decisão nomeadamente o relatório final elaborado pelo júri, conforme estabelecido no artigo 148.º do Código
de Adjudicação
dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com as
– Aprovação da Minuta atualizações em vigor.
do Contrato [se reduzido
a escrito] Face ao exposto, solicita-se de V. Exa. competente aprovação do teor constante do relatório final, o
qual mantém as conclusões do relatório preliminar, culminando na respetiva proposta de adjudicação
à proposta apresentada pela entidade [identificar a entidade], pelo valor de _________€ (por
extenso), ao qual acresce a quantia de _________€ (por extenso), correspondente ao IVA à taxa
de __% [se aplicável], o que totaliza o montante global de _________€ (por extenso), e um prazo
de execução de [indicar prazo]. OU

Tendo sido apresentada uma única proposta, junto se remete a V. Exa. o processo relativo ao
procedimento em causa, conforme estabelecido no artigo 125.º do Código dos Contratos Públicos,
solicitando que, nos termos do proposto no Projeto de Decisão dele constante, seja autorizada a
adjudicação à proposta da entidade [identificar entidade], pelo valor de _________€ (por
extenso), ao qual acresce a quantia de _________€ (por extenso), correspondente ao IVA à taxa
de __% [se aplicável], o que totaliza o montante global de _________€ (por extenso), e um prazo
de execução de [indicar prazo].

176
Remete-se, ainda, em anexo, a declaração de inexistência de conflitos de interesses subscrita por
todos os intervenientes no processo de avaliação das propostas, antes do início de funções, assim
respeitando o n.º 5 do artigo 67.º do código dos Contratos Públicos.

Nos termos do n.º 1 do artigo 98.º do CCP, e a fim de dar cumprimento ao disposto no artigo 94.º
do mesmo diploma, solicita-se ainda a V. Exa. a aprovação da minuta do contrato a celebrar e que
se anexa ao presente ofício. OU

Mais se informa que, nos termos da alínea [indicar a alínea que se adapta ao caso em concreto] do
n.º 1 do artigo 95.º do Código dos Contratos Públicos, não é exigível a redução do contrato a escrito.

Para o acompanhamento da execução do contrato a realizar e nos termos e para os efeitos do


disposto no nº 1 do art.º 290-A do Código dos Contratos Públicos, propõe-se que seja designado
para a função de gestor do contrato:

- _____________

Com os melhores cumprimentos,

O/A _________,

______________

177
ANEXO X – Declaração Sob Compromisso de Honra – Artigo 83.º-A

Modelo de Declaração sob compromisso de honra

…... [nome, número de documento de identificação e morada], na qualidade de representante legal de …... [firma,
número de identificação fiscal e sede], declaro, sob compromisso de honra, nos termos e para os efeitos do n.º 3 do
artigo 83.º-A do Código dos Contratos Públicos, aprovado através do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, com
as atualizações em vigor, que a referida entidade não se encontra em alguma das situações previstas nas alíneas b),
d), e) e h) do n.º 1 do artigo 55.º do Código dos Contratos Públicos, pois, de acordo com o enquadramento legal
vigente no/em [país a que se refere], não é possível a emissão/obtenção dos documentos que comprovem que a
referida entidade não se encontra em alguma das situações suprarreferidas, valendo a presente declaração como
substituta desses mesmos documentos.

... (local), ... (data), ... [assinatura].

178
ANEXO XI – Regulamento do Sorteio

REGULAMENTO DO SORTEIO DE DESEMPATE DAS PROPOSTAS


(a que se refere o ____ deste Programa de Procedimento)

Em caso de empate entre duas ou mais propostas, proceder-se-á a um sorteio para seriar as propostas empatadas,
nos termos seguintes:

1 - As propostas empatadas serão numeradas de 1 a "n", usando-se, para efeitos de numeração, a ordem
cronológica de submissão de cada uma delas, conforme o respetivo registo na plataforma.

2 - Os números serão impressos em papel branco, que será dobrado em 4, de modo a que não fique visível o
número inscrito em cada folha.

3 - Os papéis dobrados serão todos introduzidos em recipiente opaco, misturando-se os papéis no seu interior.

4 - Os papéis serão retirados um a um, sendo elaborado um auto que identifica a ordem pelo qual foram retirados,
constituindo-se assim a ordenação e seriação final das propostas empatadas, documento esse que fará parte do
processo do procedimento e será notificado na plataforma eletrónica a todos os concorrentes.

5 - O primeiro papel a ser retirado corresponde ao concorrente que ficará em primeiro lugar e assim
sucessivamente até que sejam esgotados todos os papéis introduzidos no recipiente.

6 - Os trabalhos referidos nos números anteriores são efetuados pelos membros do júri, cabendo ao presidente do
júri a sua condução e orientação.

7 - Ao sorteio e às operações acima descritas podem assistir os concorrentes que sejam submetidos ao desempate
ou os seus representantes devidamente credenciados e mandatados, com os necessários poderes de
representação, e bem assim outros funcionários da UMinho, igualmente mandatados para o efeito.

8 - Do processo de sorteio será lavrada ata que será assinada por todos os presentes.

179

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