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Preparando você para um futuro melhor!

CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL.


GESTÃO EM ADMINISTRAÇÃO.
TOTALMENTE GRATUITO!

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Sumário
1.0 Módulo Introdutório ............................................................................................................... 5
1.1 O que é Administração ........................................................................................................ 5
1.2 Conhecendo as empresas ................................................................................................... 7
1.3 Caracterização da empresa ................................................................................................. 7
Organização: estrutura e funcionamento organizacional ....................................................... 10
Organização formal ................................................................................................................. 11
Organização informal .............................................................................................................. 12
Atividade ............................................................................................................................. 13
2.0 Módulo Auxiliar Administrativo e Gestão de Pessoas .......................................................... 14
2.1 Rotinas do setor comercial................................................................................................ 14
2.2 Funções do marketing ....................................................................................................... 14
Atividade ............................................................................................................................. 15
Atividade ............................................................................................................................. 18
2.3 Funções de compras.......................................................................................................... 18
Atividade ............................................................................................................................. 24
2.4 Funções de vendas ............................................................................................................ 28
Atividade ............................................................................................................................. 31
Atividade ............................................................................................................................. 34
2.5 Rotinas do setor financeiro ............................................................................................... 35
Algumas rotinas do setor financeiro ....................................................................................... 36
Atividade ............................................................................................................................. 37
2.6 Algumas rotinas da contabilidade ..................................................................................... 39
Escrituração ............................................................................................................................. 39
Livros principais ....................................................................................................................... 41
Livros auxiliares ....................................................................................................................... 44
Atividade ............................................................................................................................. 46
2.7 Rotinas do Setor de Recursos Humanos ........................................................................... 48
As características do emprego na atualidade: o emprego formal .......................................... 49
Atividade ............................................................................................................................. 50
Os direitos têm história ........................................................................................................... 51
Atividade ............................................................................................................................. 53
Atividade ............................................................................................................................. 56
Processo de demissão RH........................................................................................................ 56
2.8 Gestão de Pessoas ............................................................................................................. 57
Recrutamento e Seleção ......................................................................................................... 57

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Atividade ............................................................................................................................. 60
Cargos e Salários ..................................................................................................................... 61
Atividade ............................................................................................................................. 63
Remuneração e Benefícios ...................................................................................................... 64
Treinamento e Desenvolvimento ............................................................................................ 65
Atividade ............................................................................................................................. 68
3.0 Módulo Marketing Pessoal e Operador de Caixa.................................................................. 70
3.1 Operador de Caixa ............................................................................................................. 70
3.2 Introdução ao Marketing Pessoal e Sucesso Profissional ................................................. 70
3.3 Composto de Marketing – 4P Introdução ao Processo de Vendas ................................... 71
Atividade ............................................................................................................................. 74
3.4 Introdução à Matemática Financeira e sua Importância para o Profissional Operador de
Caixa ........................................................................................................................................ 75
3.5 O contexto das Finanças ................................................................................................... 75
Juros Simples e Montante ....................................................................................................... 76
Atividade ............................................................................................................................. 78
Juros Compostos e Montante ................................................................................................. 80
Atividade ............................................................................................................................. 81
Porcentagem ou percentagem? .............................................................................................. 83
Atividade ............................................................................................................................. 84
3.5 Operador de Caixa e suas Múltiplas Funções ................................................................... 86
Locais de Trabalho................................................................................................................... 87
Equipamentos Utilizados pelo Operador de Caixa .................................................................. 87
3.6 Operacionalização – Alguns Procedimentos Realizados pelo Operador de Caixa ............ 88
Atividade ............................................................................................................................. 89
3.7 Transações Financeiras: Formas de Pagamento ............................................................... 91
Transação Financeira: Dinheiro - Dispositivos de Verificação e Segurança do Dinheiro ........ 91
Transações Financeiras em Dinheiro ...................................................................................... 92
Atividade ............................................................................................................................. 93
Título de Crédito: Cartão de Crédito ....................................................................................... 94
Atividade ............................................................................................................................. 96
Título de Crédito: Boleto Bancário e Carnês ........................................................................... 97
Atividade ............................................................................................................................. 98
Títulos de Crédito: Promissória ............................................................................................. 100
Título de Crédito: Cheque ..................................................................................................... 101
4.0 Referências Bibliográficas ................................................................................................... 105

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1.0 Módulo Introdutório

1.1 O que é Administração

A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister


(subordinação ou obediência). Vários autores definem de diversas maneiras a
administração. Uma definição bem moderna:

Administrar é gerir, governar, alocar.

Vejamos como Antonio Maximiano define o ato de administrar:

“Administrar é o processo de tomar, realizar e alcançar ações que utilizam recursos


para alcançar objetivos. Embora seja importante em qualquer escala de aplicação de
recursos, a principal razão para o estudo da administração é seu impacto sobre o
desempenho das organizações. É a forma como são administradas que tornam as
organizações mais ou menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para
atingir os objetivos corretos”

O ato de administrar é fundamental em nossas vidas. Temos que administrar nosso


orçamento doméstico para conseguirmos pagar a luz, o condomínio, para comprarmos
comida e para adquirirmos produtos e serviços em geral. Temos que administrar o nosso
tempo, de forma a distribuí-lo pelas diversas atividades que iremos realizar. Às vezes,
realizamos tais processos de administração de forma intuitiva. Outras vezes, precisamos
utilizar métodos e técnicas específicos. Quanto mais variáveis as nossas atividades
envolverem, maior será a chance de fracasso se não utilizarmos técnicas e métodos
adequados.
No núcleo da definição de administrar, vemos três palavras importantes: ações
(decisões), recursos e objetivos.
A administração não é uma coisa mecânica que dependa de certos hábitos físicos
que devem ser superados ou corrigidos a fim de se obter o comportamento correto.
Pode-se ensinar o que um administrador deve fazer, mas isto não irá capacitá-lo
efetivamente a fazê-lo em todas as organizações.
O sucesso de um administrador na vida profissional não está inteiramente
relacionado àquilo que lhe foi ensinado, ao seu brilhantismo acadêmico ou ao seu
interesse pessoal em praticar o que aprendeu nas escolas. Esses aspectos são importantes,
porém estão condicionados a características de personalidade, ao modo pessoal de agir de
cada um. O conhecimento tecnológico da Administração é importantíssimo, básico e
indispensável, mas depende, sobretudo, da personalidade e do modo de agir do
administrador, ou seja, de suas habilidades.
Há pelo menos três tipos de habilidades necessárias para que o administrador
possa executar eficazmente o processo administrativo: a habilidade técnica, a humana e
a conceitual.

Habilidade técnica: Consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e


equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas, através de sua
instrução, experiência e educação.
Habilidade humana: Consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com
pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz.

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Habilidade conceitual: Consiste na habilidade para compreender as complexidades da
organização global e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da organização.
Esta habilidade permite que a pessoa se comporte de acordo com os objetivos da
organização total e não apenas de acordo com os objetivos e as necessidades de seu grupo
imediato.
A adequada combinação dessas habilidades varia à medida que um indivíduo sobe
na escala hierárquica, de posições de supervisão a posições de alta direção.
Cinco Variáveis Básicas na Teoria Geral da Administração (TGA)
• Tarefas
• Estruturas
• Pessoas
• Tecnologia
• Ambiente
Essas variáveis constituem os principais componentes do estudo da administração
nas organizações das empresas. O comportamento das variáveis é sistêmico e complexo:
cada um influi e é influenciado pelos outros. O comportamento de seu conjunto é diferente
da soma dos comportamentos de cada componente separado. Na realidade, a adequação
e integração dessas cinco variáveis constituem o desafio da administração.
1. Ênfase nas tarefas: é o foco das teorias que consideram a administração uma ciência
aplicada na racionalização e no
planejamento das atividades operacionais.
2. Ênfase nas estruturas: é o foco das teorias que consideram a administração uma
ciência que cuida da configuração e
estruturação das organizações.
3. Ênfase nas pessoas: é o foco das teorias que consideram a administração uma ciência
aplicada na sobre as pessoas e
suas atividades dentro das organizações.ı
4. Ênfase na tecnologia: é o foco das teorias que consideram a administração uma ciência
que cuida da aplicação bemsucedida
da tecnologia na atividade organizacional.
5. Ênfase no ambiente: é o foco das teorias que consideram a administração uma ciência
que busca a adequação das
organizações às demandas e situações que ocorrem em seu contexto externo.

Tabela histórica da Teoria Geral da Administração (TGA)

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1.2 Conhecendo as empresas

Quais seriam os segredos para o bom desempenho de um assistente


administrativo? Certamente, muitos. Você também vai “colecionar” os segredos que
descobrira ao longo de sua carreira!
Nesta Unidade, conheceremos alguns desses segredos ao começar a estudar de
forma mais profunda questões de caráter técnico relativas ao trabalho do assistente
administrativo.
O primeiro passo e saber um pouco mais sobre o funcionamento e a organização
das empresas. Então vamos começar.

1.3 Caracterização da empresa

Uma primeira divisão importante que você precisa conhecer diz respeito a
classificação do porte das empresas. Veremos duas possibilidades de classificação: uma
de acordo com o faturamento anual da empresa e outra de acordo com o número de
funcionários que ela possui.
Veja as tabelas a seguir.

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Classificação quanto ao faturamento:

Classificação quanto ao número de funcionários:

Outro importante aspecto da formação das empresas que você precisa conhecer
diz respeito a sua organização jurídica. Em relação a esse aspecto, as empresas podem
ser divididas em quatro tipos, conforme mostra o quadro a seguir.

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Para finalizar esse assunto, vamos descrever quais são os principais tributos e
impostos que toda empresa deve pagar, e que um assistente administrativo precisa
conhecer. São três as esferas de tributação com as quais as empresas devem lidar: federal,
estadual e municipal.
Em relação a tributação federal, existem três possibilidades, mostradas no
quadro a seguir.

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No âmbito estadual, encontra-se a tributação sobre operações comerciais,
obrigando as empresas que realizam esse tipo de atividade ao pagamento do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).
Por fim, no âmbito municipal, o principal imposto a ser recolhido e o Imposto
sobre Serviços (ISS).

Organização: estrutura e funcionamento organizacional

Para compreender esse assunto, vamos iniciar aprendendo o próprio conceito de


organização. Quando falamos de organização, não estamos apenas nos referindo a uma
empresa. O termo organização, tal como utilizado na Administração, vai além disso.
Portanto, e importante que você conheça e compreenda a definição do termo dada pelas
teorias da Administração. Veja a seguir uma delas:

“Uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por


finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível
perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande
empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital
ou uma escola são todos exemplos de organizações”

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Fonte: MAXIMIANO , Antônio César Amaru. Introdução à administração. 8. ed. São
Paulo: Atlas, 2011.

Já em relação ao conceito de estrutura organizacional, pode-se definir organização


como sendo o conjunto das relações estabelecidas pelos indivíduos e pelas diferentes
áreas que formam o todo de uma empresa.
E importante que você, como assistente administrativo, conheça bem a estrutura
organizacional da empresa em que atua, para que possa lidar com as suas diferentes áreas
e, principalmente, porque e essa estrutura que define a organização de uma empresa.
Portanto, podemos dizer que a estrutura organizacional e fundamental para o
funcionamento de qualquer empresa, e dela depende, em grande medida, a forma como
são organizadas, desenvolvidas e coordenadas as atividades cotidianas da empresa. Em
termos de comparação, pode-se dizer que a estrutura organizacional e a espinha dorsal de
toda empresa.
Veja os benefícios que a empresa possivelmente terá se possuir uma estrutura
organizacional bem definida:
• facilidade na identificação das tarefas necessárias;
• maior organização das funções e suas respectivas responsabilidades;
• maior possibilidade de fornecer ao conjunto dos seus empregados informações e
recursos, bem como um ambiente propicio e motivador para a realização das atividades;
• auxilio na compatibilização entre as ações realizadas e a concretização dos objetivos
estipulados.
Segundo os conceitos da Administração, existem dois tipos de estrutura
organizacional: a formal e a informal.

Organização formal

E aquela representada pelo organograma da empresa, que geralmente apresenta


suas divisões formais, apontando as posições existentes e suas respectivas
responsabilidades.
Veja a seguir um exemplo.

Repare que as linhas do organograma informam como esta construída a hierarquia


da empresa e também representam como acontece a comunicação entre setores, cargos e
funções. É importante perceber também que as posições que estão na parte superior do
organograma indicam as de maior responsabilidade e autonomia.

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No exemplo dado, observa-se que o cargo máximo na hierarquia da empresa e o
do presidente, que ocupa o primeiro nível do organograma e estabelece comunicação
direta com as diretorias da empresa. No caso do exemplo, são: diretorias de Marketing e
Comercial, de Produção e Logística, Financeira e de Contabilidade e de Recursos
Humanos. O presidente mantem comunicação direta também com quem ocupa o cargo
de secretaria executiva.
Já dentro de cada diretoria, como o traçado das linhas indica, são os diretores que
mantem comunicação com os funcionários que ocupam os cargos e as funções existentes
na respectiva diretoria.
Outro elemento dessa estrutura organizacional formal são os manuais de
procedimentos, que muitas empresas disponibilizam para orientação de seus empregados.
Nesses manuais, os funcionários da empresa encontram as definições sobre políticas,
normas e procedimentos adotados pela organização.
Por um lado, as empresas elaboram essas definições para que sirvam como
orientação para a própria organização; por outro, os funcionários devem conhece-las para
orientar suas ações de forma alinhada aos conceitos e a cultura da empresa.

Organização informal

Já a estrutura organizacional informal de uma empresa se caracteriza por ser o


conjunto das relações que surgem das interações entre seus funcionários, de forma mais
espontânea e não tão formal como aquela delineada nos organogramas, mas que é dada
pela própria organização do trabalho, como acontece, por exemplo, nas pequenas
empresas.

Existe uma técnica chamada “5S”, que é uma metodologia japonesa comumente
utilizada em empresas, inclusive no Brasil, com o objetivo de auxiliar na simplificação
dos processos e na otimização de recursos e do tempo.
Veja o que cada “S” representa em português:
• senso de utilização – sugere que se mantenham ao alcance apenas materiais essenciais
na realização de sua atividade; os demais devem ser guardados;
• senso de organização – sugere que se mantenha uma organização que facilite a utilização
dos materiais, evitando assim movimentos desnecessários;
• senso de limpeza – sugere que as empresas e os espaços de trabalho estejam sempre
limpos, facilitando assim os dois “S” anteriores;
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• senso de padronização – sugere que o trabalho realizado ou o serviço prestado siga
sempre as mesmas condições de apresentação, evitando muita variabilidade. Imagine se
o gosto do bolo de uma padaria variasse de acordo com o turno de confeiteiros que nela
trabalham? Por isso é importante estar atento à padronização utilizada na produção;
• senso de autodisciplina – sugere que se esteja sempre atento e alerta ao cumprimento
das orientações anteriores.

Atividade
O que já aprendi sobre empresas

Tendo em vista o que estudou nesta Unidade, responda as seguintes questões:


1. Quais são as formas de classificação de uma empresa em relação ao seu porte?

2. E em relação ao tipo jurídico, como as empresas podem se organizar?

3. Escreva com as suas palavras o que entende por estrutura organizacional.

4. Com a ajuda do monitor, forme um grupo com quatro ou cinco colegas para
realizar uma pesquisa no laboratório de informática. Cada grupo vai escolher uma
empresa e pesquisar informações sobre ela, de acordo com o que estudou nesta
Unidade. Segue um roteiro de tópicos que podem nortear sua pesquisa.

• Setor da economia em que a empresa se encontra.


• Razão social e nome fantasia da empresa.
• Porte da empresa.
• Estrutura organizacional formal.
Ao final, organizem um texto com as informações coletadas e apresentem para os demais
grupos.

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2.0 Módulo Auxiliar Administrativo e Gestão de Pessoas

2.1 Rotinas do setor comercial

Veja a seguir algumas das principais rotinas administrativas relativas a esse


setor. É importante saber que esse trabalho de apoio administrativo dependera muito do
tipo de empresa na qual se trabalha, seja indústria, comercio ou prestação de serviços
(por exemplo, um açougue ou um consultório médico).

2.2 Funções do marketing

Para iniciar esse assunto, e preciso antes saber o que é marketing.

No Dicionário Aulete, encontramos as seguintes definições:


• Conjunto de técnicas de comercialização de produtos ou serviços, envolvendo
pesquisas de mercado, adequação e promoção junto aos consumidores
etc.; Mercadologia
• Publicidade feita para favorecer a venda de um produto ou serviço, ou para
influenciar o público favoravelmente em relação a uma ideia, pessoa, empresa etc.

Existem várias ações de marketing, porem todas elas visam não só a formação de
uma clientela fiel, mas também a obtenção de lucro, pois sem isso o comercio não
subsiste. E com essa finalidade que vários estudiosos realizam Pesquisas e experimentos
e, dependendo de seu resultado, eles são publicados e seguidos, tal qual o “composto de
marketing” (marketing mix, em inglês), desenvolvido por Neil H. Borden em 1949.
A teoria de Borden, que consistia em combinar uma variação de elementos para
atingir os objetivos de marketing, foi aperfeiçoada por Edmund Jerome McCarthy (1928-
), professor da Universidade Estadual de Michigan (EUA), que a resumiu em quatro
grupos, sendo conhecida atualmente como Pilares do Marketing ou “os 4 P do
marketing”, que são: produto, preço, promoção e praça (ou ponto de venda).

Cada um desses “pilares” apresenta determinadas caracteristicas e envolve algumas


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atividades, tais como:

• produto – definido no dicionário como “coisa ou objeto produzidos como bem


de consumo ou de comercio” (Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>), pode ser de
diferentes formatos, tamanhos e serventias. Costuma ser de determinada marca e possuir
especificações próprias. Vem vedado em embalagens variadas, tanto em relação ao
material com que são produzidas como em formato e tamanho.
Normalmente, os produtos possuem garantia e prazo de validade. Entende-se também
como “produto” a prestação de um serviço, como os realizados em uma agencia bancaria,
em uma clínica medica etc.;
• preço – e o custo ou o valor do produto, sendo definido no dicionário como a
“quantia estipulada para a aquisição de uma mercadoria ou serviço” (Dicionário Aulete.
<www.aulete.com.br>).
Normalmente, o preço e acompanhado do prazo para seu pagamento, isto e,
pagamento a vista ou a prazo, que, nesse último caso, apresenta o número de prestações
e formas de financiamento possíveis. Pode também vir acompanhado da promessa de
descontos, decorrentes de alguma promoção ou condicionados a formas e prazos de
pagamento;
• promoção - e o “conjunto de técnicas, medidas e realizações destinadas a
incentivar a venda de produtos ou serviços, ao estimular o interesse e o envolvimento de
Vendedores e consumidores” (Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>).
A promoção costuma vir acompanhada de propagandas ou publicidades de
determinados produtos ou resulta de pesquisas de marketing;
• praca – definida como o “conjunto de setores comerciais de uma cidade”
(Dicionário Aulete. <www.aulete.com.br>), e composta pelos locais de distribuição das
mercadorias, bem como do seu armazenamento.

O principal objetivo do marketing e criar um relacionamento favorável com o


cliente, promover a venda e, com isso, gerar lucro para a empresa. Desse modo, o que se
pretende alcançar é o mercado-alvo, conformado pela articulação entre “os 4 P do
marketing”: o produto adequado as exigências dos clientes, o preço a ser pago no
mercado, a promoção para o escoamento dos produtos e a praça em que a atividade
comercial se realizara. Por isso, e importante para a empresa identificar esse mercado-
alvo, descobrindo e tentando satisfazer suas necessidades.

Atividade
Analisando um ponto de venda
Em um pequeno grupo com três ou quatro colegas, conversem sobre as lojas que
costumam frequentar. Levantem, para cada item a seguir, duas características que as
tornam locais agradáveis, inspirando o desejo de retornar a elas.
1. Sua decoração.

2. Facilidades presentes no local.

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3. Localização dos produtos.

4. Atendimento dos funcionários.

Vamos agora conhecer alguns tipos de marketing conforme classificados atualmente.

Tipos de marketing
(SERVIÇO NACIONAL DE APRENDI ZAGEM CO MERCIAL (SENAC). Práticas
administrativas em escritório. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2010. p. 80-2.

Institucional
Trabalha para fortalecer a imagem da empresa ou organização junto aos
consumidores. [...] O objetivo é divulgar a organização promovendo eventos que
reforcem sua credibilidade e sua marca, causando uma impressão positiva.
De comunicação
Visa melhorar a imagem institucional da empresa divulgando o que ela faz de
relevante para a sociedade. Costuma contratar jornalistas, assessores de imprensa ou
profissionais de relações públicas para fazer o contato com a mídia e interagir com a
comunidade.
Estratégico
Procura definir os objetivos e as metas da organização e a melhor maneira de
alcançá-los. Para isso, estabelece ações de curto, médio e longo prazos. O marketing
estratégico é o contrário do marketing pontual, em que a empresa apenas reage ao que
acontece.
Ambiental
É voltado para atividades de conservação e preservação do meio ambiente. Pode
ser uma ação direta da própria empresa, que ajuda, por exemplo, a conservar os parques
públicos perto de sua sede, ou pode incluir o financiamento de entidades e organizações
não governamentais que atuam na área ambiental.
Cultural
Inclui desde o patrocínio e o apoio a peças, filmes e shows até o financiamento da
publicação de livros e da montagem de exposições de artes visuais. Quem trabalha com

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marketing cultural deve conhecer as leis de incentivo à cultura, que permitem o
abatimento dos investimentos no Imposto de Renda.
Esportivo
Abrange desde o patrocínio de um atleta ou clube até o financiamento de
instalações esportivas ou o apoio a programas comunitários nesse setor.
Filantrópico
Procura unir a imagem da organização ou empresa a um trabalho de caráter social.
Participar de campanhas de caridade, contribuir para instituições que cuidam de pessoas
carentes, menores abandonados, doentes e moradores de rua são as ações mais comuns.
Também pode incluir doar um percentual da renda da empresa a uma entidade
filantrópica. Exemplo: uma cadeia de lanchonetes que destina o faturamento da venda de
um determinado sanduíche durante um dia por ano a instituições que cuidam de crianças
com câncer.
Social
Não apenas faz doações, mas também procura vincular a empresa a campanhas de
melhoria da qualidade de vida, cidadania, saúde, educação etc.
De serviço
Procura oferecer todo um conjunto de itens que tornem seu produto mais atraente.
É o caso da loja que, além de vender roupas, oferece também um espaço para seus clientes
ficarem à vontade, onde eles podem descansar, tomar um café e esperar em poltronas
confortáveis enquanto a vendedora embrulha suas compras.
De diferenciação
A empresa destaca e divulga suas características para se diferenciar desuas
concorrentes. Um restaurante carioca com uma bela vista para a Baía de Guanabara, por
exemplo, faz questão de incluir essa vista em toda a sua divulgação, desde o cartão de
visitas até as toalhas de mesa. Assim ele comunica que é diferente de um outro restaurante
que não ofereça a mesma paisagem.
De relacionamento
A empresa, a instituição ou o profissional procura conhecer de perto seus clientes, dando-
lhes um tratamento que revela gentileza e intimidade. É o caso, por exemplo, de uma
cabeleireira que telefona para dar parabéns a uma cliente no dia do seu aniversário.
De nicho
Procura investigar onde estão os pontos que ainda não foram convenientemente
explorados e atua diretamente sobre eles.
De massa
Ao contrário do marketing de nicho, procura atingir todos os segmentos de consumidores
recorrendo a meios de comunicação de massa, como jornais e canais de TV , divulgando
sua mensagem para populações inteiras.
Direto
Dispensa os intermediários e oferece seus produtos diretamente ao consumidor. Tem tido
um grande desenvolvimento com a venda por catálogo, mala direta, telemarketing e venda
eletrônica.
Endomarketing
É feito dentro da própria empresa, procurando eliminar problemas, aprimorar qualidades
e motivar os funcionários.
Político
Pode reunir qualquer um dos tipos apresentados até aqui, com o fim de fortalecer a
imagem pública de candidatos, partidos políticos ou governos, principalmente em
períodos de campanha eleitoral.

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Atividade
Identificando os tipos de marketing
Observe as imagens a seguir e classifique-as em relação ao tipo de marketing, justificando
sua resposta.

APROVEITE!
DESCONTOS

R$ 10,99 CADA
2.3 Funções de compras

O setor de compras cuida de tarefas essenciais a toda a empresa, que dizem respeito aos
produtos dos quais necessita para realizar a prestação de um serviço, como também a
compra de todo o material necessário para o consumo interno do estabelecimento.
O assistente administrativo dá apoio as principais funções de compras da empresa,
auxiliando, por exemplo, na identificação dos materiais que devem ser adquiridos e na
organização dos documentos necessários as compras.

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Algumas etapas são importantes para a realização dessas atividades, como você
verá a seguir, mas é importante saber que variações nesses procedimentos podem
acontecer, dependendo das escolhas de organização de cada empresa.

• Verificar a necessidade de comprar produtos solicitados pelos vendedores ou materiais


requisitados pelos vários setores e departamentos.
• Fazer um planejamento das compras, reunindo as requisições vindas dos diferentes
departamentos. Consultar o cadastro de fornecedores para identificar quais empresas
fornecem os produtos solicitados. Depois, é preciso comparar preços, condições de
pagamento e prazos de entrega. Escolhida a melhor opção (muitas vezes depois de
consultar os funcionários ou o gerente), o encarregado faz um pedido de compra.
• Ao receber as mercadorias que pediu, o responsável pela compra deve verificar se os
itens relacionados conferem com o pedido. Se tudo estiver certo, recebe a nota fiscal e
confirma a compra destacando o aceite [...]. Aí ele deve assinar e escrever a data,
confirmando que aceitou a mercadoria entregue. A partir daí, o fornecedor emitirá a
duplicata e a fatura para que a empresa possa pagar a compra que realizou.
• A mercadoria entregue deve ser guardada no lugar apropriado (estoque), antes de ser
enviada ao seu destino final. Essa entrada no estoque é feita por meio de uma ficha de
controle de materiais, na qual se devem relacionar as quantidades de produtos e as suas
principais características.
• Quando o produto estiver disponível, o setor de material comunica à área que o solicitou.
À medida que vai sendo entregue ao solicitante, o setor de material vai dando baixa no
estoque. O solicitante, por sua vez, deve preencher um documento confirmando que
recebeu o produto. Cabe ainda ao setor de material analisar perdas por estocagem, manejo
e prazos de validade. Para isso, ele deve elaborar um registro das perdas de materiais e
do controle dos prazos de validade dos produtos.
• Quando se trata da compra dos chamados bens imobilizados (máquinas, móveis,
veículos etc.), estes devem ser indicados pelo setor de patrimônio.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDI ZAGEM CO MERCIAL (SENAC ).


Práticas administrativas em escritório. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2010. p. 71-2.

Conheça agora alguns dos documentos utilizados nas transações de compras, tal
como citado no quadro anterior.

• Nota fiscal (NF) – principal documento de comprovação de uma transação comercial


ou prestação de serviços. Nela devem constar os principais dados da empresa, como razão
social, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), endereço e inscrição estadual e/ou
municipal. Além desses dados, devem também ser registradas na NF informações do
produto ou serviço, tais como sua descrição, valor e data de realização. Serve ainda como
documento-base para fiscalização do governo e arrecadação de tributos e impostos.

19
• Requisição de materiais – formulário que deve ser preenchido para que se conheçam
os produtos que serão comprados. Nele constam dados como data, número do pedido para
futuros controles, descrição do produto, quantidade, valor etc.

20
• Pedido (ou ordem) de compra – documento que comprova a realização do pedido de
compra. Nele constam informações sobre os produtos e sobre a transação comercial
realizada, como prazo de entrega, preços, formas de pagamento etc.

21
• Fatura – outro documento que comprova a transação comercial, mas que é utilizado
apenas em vendas a prazo. Nele constam basicamente os mesmos dados da nota fiscal,
que serve como base para seu preenchimento.

• Duplicata – documento basicamente igual a fatura; sua importância se dá pois é esse o


documento utilizado como prova de existência de uma dívida a ser paga. Nele consta a
assinatura do cliente e, por isso, e usado como prova perante a justiça, em casos de
necessidade de comprovação de efetuação de uma transação comercial.

22
• Boleto bancário – atualmente, em função da informatização das empresas, e o
documento de cobrança mais utilizado. Nele constam as informações necessárias para a
realização do pagamento, tais como valor, dados da empresa, prazo de vencimento etc.

• Cadastro de fornecedores – esse tipo de documento e organizado e arquivado com o


objetivo de manter atualizadas e disponíveis as principais informações dos fornecedores
da empresa. Atualmente, a maioria das empresas organiza esses cadastros de forma
eletrônica, por meio de programas específicos ou mesmo de editores de texto ou planilhas.

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Atividade
Simulando a rotina de um comércio
Vamos agora colocar em pratica um pouco daquilo que aprendemos até aqui. A
Ideia e simular uma situação de necessidade de compra de mercadorias para que você
possa trabalhar com as rotinas descritas anteriormente. Para tanto, vamos eleger como
estabelecimento comercial um açougue.
Com a ajuda do monitor, forme um grupo com os colegas. Vocês vão realizar
todas as etapas previstas para a realização das compras necessárias para o funcionamento
do estabelecimento. O desenvolvimento de cada etapa deve ser acompanhado do
preenchimento dos respectivos documentos disponíveis nas próximas páginas.

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25
26
27
Cadastro de Fornecedores X
2.4 Funções de vendas

E igualmente importante que você conheça as funções relacionadas as vendas da


empresa. Nesse setor, o assistente administrativo dá apoio as principais funções de vendas
da empresa, que podem envolver atividades de atendimento aos clientes e identificação
de suas necessidades, auxiliando assim no processo de venda do produto ou serviço
oferecido pela empresa.

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Nesse contexto, o assistente poderá trabalhar realizando funções como lidar com
os pedidos feitos pelos clientes; fazer a manutenção dos cadastros dos clientes, facilitando
assim o processo de venda e de futuras negociações; e ainda cuidar do serviço de pós-
venda, fornecendo, tanto para a própria empresa como para os clientes, informações sobre
a situação dos pedidos de venda, incluindo dados sobre sua entrega.
O departamento de vendas de uma empresa geralmente trabalha de forma conjunta
com o de marketing, resultando assim em um processo de venda de maior qualidade para
o cliente e também para a organização da própria empresa.

Veja no quadro a seguir os principais tipos de vendas e algumas de suas características.

Tipo de venda

 Serviço completo ou venda direta tradicional: A compra é intermediada por


vendedores, que quase sempre trabalham com comissões. O cliente pode ter
acesso direto à mercadoria, mas deve necessariamente passar por um funcionário
para efetuar a venda. É muito usado pelo setor de varejo e por lojas de vestuário,
de eletrodomésticos e de móveis.
 Autosserviço: Muito praticado pelos supermercados, é um dos que mais têm
crescido no comércio brasileiro. O consumidor tem acesso livre às mercadorias e
a todas as informações de que precisar, sem o auxílio direto do vendedor. Depois
de escolher o que quer, é só passar no caixa e efetuar o pagamento.
 Autosseleção: É parecida com o autosserviço, à medida que dá livre acesso do
consumidor às mercadorias, mas há também vendedores que dão assistência ao
cliente. Muito adotada em lojas de departamentos e em redes de confecções.
 Venda de porta em porta: O vendedor vai à casa ou ao trabalho do cliente oferecer
seus produtos. É uma das modalidades mais difundidas no mundo. [...]
 Comércio eletrônico: O consumidor consulta os sites ou aplicativos disponíveis,
escolhe o que quer, combina a forma de pagar e depois negocia a entrega.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDI ZAGEM CO MERCIAL (SENAC ).


Práticas administrativas em escritório. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2010. p. 76-7.

Alguns conhecimentos sobre rotinas de estoque

O controle de estoque e uma das principais rotinas administrativas desempenhadas


por um trabalhador administrativo em uma empresa. Portanto, e importante você
conhecer um pouco mais esse assunto.
Uma das técnicas mais comuns empregadas nos estoques e a chamada curva ABC
– um método de classificação de itens do estoque. Ele foi desenvolvido baseado nos
estudos feitos por Vilfredo Pareto (1848-1923) sobre distribuição de renda, que
concluíram que aproximadamente 20% da população controlava grande parcela da
riqueza, cerca de 80%. Com base nessa análise, foi elaborado o chamado princípio de
Pareto, que afirma que 80% das consequências são geradas por 20% das causas.

29
A técnica leva em consideração o fato de que estoques são formados por itens que
possuem diferentes valores de custo; logo, são utilizados em diferentes volumes; e tem
diferentes graus de importância para a produção.
Com frequência, em média, 70% a 80% do valor dos materiais estocados
corresponde a cerca de 20% dos itens, que são os de maior valor, sendo classificados
como A; os classificados como B correspondem a 15% a 20% do valor do estoque; e os
considerados como C, a uma cifra em torno de 5%.

Fontes: SALGADO, Tarcísio Tito. Logística: práticas, técnicas e processos de melhorias.


São Paulo: Senac, 2013; VA GO, Fernando Rodrigues Moreira et al. A importância do
gerenciamento de estoque por meio da ferramenta curva ABC. Sociais e Humanas, Santa
Maria, v. 26, n. 3, set.-dez. 2013.

Observe o gráfico a seguir.

Nele, você pode identificar os itens classificados como:


• A, que são os itens de maior valor ou relevância;
• B, que correspondem aos itens de importância intermediaria;
• C, que representam os itens de baixa relevância nos estoques.
Para obter essas informações, e preciso realizar um cálculo muito simples: de
posse do valor unitário de cada item estocado, multiplica-se esse valor pela quantidade
consumida ou vendida em uma medida de tempo que, em geral, e o de um semestre ou
de um ano, dependendo da velocidade em que, na história da empresa, se dão as variações
na demanda.

30
Atividade
A curva ABC da minha cozinha

Você fara essa atividade no laboratório de informática, pois assim poderá


conhecer ou ampliar seus conhecimentos sobre a construção de planilhas eletrônicas.
1. Imagine a seguinte situação: você dispõe de dinheiro (capital de giro) e uma
despensa com enormes prateleiras e geladeiras (armazém, almoxarifado, deposito) com
capacidade para estocar os produtos que consome regularmente na preparação de suas
refeições, em quantidades suficientes para seis meses de consumo.
2. Anote, ao lado de cada um dos produtos, a quantidade de unidades que vai
utilizar em seis meses (calcule 26 semanas), além dos custos unitário e total de cada
produto. Complete a tabela com os demais produtos em unidades e custos, conforme o
exemplo a seguir.

3. Lembre-se de calcular o custo total. Para isso, multiplique as unidades de cada


produto pelo seu custo unitário.
4. Agora, crie uma nova tabela, incluindo uma coluna para a posição de cada item,
que, dessa vez, você vai relacionar em ordem decrescente de custo total da aquisição
(nesse caso, começaremos pelo frango; em segundo lugar, a carne moída e assim por
diante). Inclua também uma nova coluna para a proporção, em porcentagem, que cada
item representa no valor global das compras, e outra em que você somara essas
porcentagens, uma a uma, totalizando a cada operação.

Note que os números entre parênteses podem se modificar a medida que você for
preenchendo o restante da tabela. Desse modo:

31
32
Em nossas tabelas, procuramos uniformizar as unidades de medida (kg, ℓ) usando
valores médios por tipo de embalagem em que o produto e vendido, apenas para dar uma
visão mais uniforme do consumo; os cálculos, porem, estão feitos por unidade (quilo,
litro, sache, saco etc.). Mas, considerando a realização da atividade, você poderá mantê-
las, se quiser, sem converte-las para unidades iguais para todos os produtos.
Nas empresas, as matérias-primas e outros insumos normalmente são computados
em unidades simples ou unidades de medida de peso, de volume, de quantidade por
embalagem etc.

5. Agora, classifique os itens segundo a curva ABC:

a) Quais são A?

b) Quais são B?

c) Quais são C?

Na segunda tabela, os itens de 1 a 3 seriam classificados ou categorizados como


A, uma vez que a soma dos três atinge mais de 80% do valor do estoque. O produto 6
faria parte dos produtos da categoria B, pois a participação de seu custo no total da
despensa e bem mais baixo. O item sal seria da categoria C, com participação bem baixa
no valor total da compra.

O processamento das informações de estoque

Existem vários programas de computador, os chamados softwares, que foram


criados para controlar e integrar diferentes processos que ocorrem dentro das empresas,
facilitando o gerenciamento deles.
Outros são desenvolvidos para objetivos mais específicos, sendo chamados de
softwares especialistas. Eles podem estar disponíveis no mercado ou vir a ser
especialmente desenvolvidos para um cliente, por uma empresa de tecnologia da
informação (TI), tendo em vista uma área de trabalho da empresa que necessite de algum
programa particular para atender a peculiaridades de seu funcionamento.

33
São diversos os programas destinados a gestão de estoques. Um sistema
especialista voltado ao gerenciamento de um armazém, por exemplo, possui inúmeras
funções inter-relacionadas.
A abrangência dos programas e bastante extensa, permitindo registro e
processamento de todas as operações, bem como dos procedimentos envolvidos, inclusive
o rastreamento das mercadorias a partir do momento em que são recebidas na empresa
até sua saída nos veículos que farão as entregas.
Além disso, esses programas possibilitam controle e precisão inventariais (de
quantidade de itens presentes no estoque) bastante altos. Por essa razão, eles são muito
utilizados não somente em industrias, mas também nos centros de distribuição, em
atacadistas, varejistas e operadores logísticos, que são empresas prestadoras de serviços
especializadas em armazenamento e distribuição.
Com tais programas, e possível efetuar inventários por produto ou por grupo de
produtos. Esses inventários costumam ser feitos com regularidade para que se tenha o
controle do estoque da forma mais precisa possível, uma vez que podem ocorrer:

• danos e avarias em mercadorias manuseadas no deposito;


• furtos;
• erros de lançamento dos dados de notas fiscais nas entradas e/ou saídas dos
produtos;
• erros de identificação ou classificação de produtos;
• expiração da validade;
• não realização de lançamentos ou registros dos dados de notas fiscais, no caso
de mercadorias devolvidas por danos no momento do recebimento;
• outros problemas que fazem com que um acompanhamento simples de entradas
e saídas de produtos frequentemente apresente erros diversos.

E comum, dependendo do tipo de negócio e porte da empresa, que se façam


contagens físicas das mercadorias para confrontação com os dados numéricos, registrados
nos programas dos computadores ou em fichas anotadas manualmente.

Atividade
Programas especializados

1. Em dupla, no laboratório de informática, pesquisem nos sites de busca alguns


programas especializados em gestão de estoque.
2. Registrem as características de cada um deles e elejam qual lhes pareceu o mais
completo para uso diário.

3. Apresentem suas conclusões ao restante da turma.

34
Para conhecer mais sobre estoque ver também: Sistemas produtivos puxados e
empurrados, funções do almoxarife e estoquista.

2.5 Rotinas do setor financeiro

Toda empresa, seja de pequeno, médio ou grande porte, precisa lidar com a gestão
financeira de seu negócio, o que torna esse setor vital para qualquer organização. Com
base em dados e informações financeiras e possível avaliar o desempenho interno da
empresa e planejar suas atividades futuras.
A tendência e que as empresas de maior porte possuam um setor financeiro que
desenvolva especificamente essas atividades, enquanto nas empresas de menor porte essa
gestão pode ser desenvolvida pelos próprios proprietários do negócio. Por isso é
importante que você conheça um pouco mais sobre a organização especifica desse setor
e das atividades nele realizadas.
Basicamente, a principal função do setor financeiro e lidar com a movimentação
– entrada e saída – dos recursos financeiros da empresa. Essa tarefa, nada simples, e
fundamental para o bom funcionamento de toda a organização.
Geralmente, o departamento financeiro exerce diferentes funções
complementares, por exemplo: planejamento financeiro, aquisição e controle de recursos
e distribuição de recursos.

Veja no quadro a seguir a descrição de cada uma dessas funções.

Função

 Planejamento: O planejamento no departamento financeiro tem como objetivo, de


modo geral, fazer com que as metas estabelecidas pela direção de uma empresa
sejam alcançadas. Para que isso aconteça, é preciso definir: como realizar as ações
necessárias, quando elas precisarão ser executadas, por quem serão feitas e quanto
isso vai custar. [...] Cabe ao departamento financeiro analisar a viabilidade de um
projeto ou de um investimento específico. Isso porque, às vezes, tem-se a intenção
de se realizar uma atividade e, após estudo e análise, verifica-se que é impossível
realizá-la por muitas razões, dentre elas a questão financeira. Um projeto pode ser
muito bom, mas, se o montante de recursos necessários ao seu empreendimento
for superior à capacidade financeira da empresa, esse projeto deve ser descartado.
[...]
 Aquisição e controle de recursos: Qualquer empresa, seja grande e com muitas
filiais ou mesmo uma unidade de menor porte, realiza rotineiramente operações
que visam manter o seu negócio em dia. São pagamentos de contas, impostos,
compras de mercadorias e produtos etc. Ou seja, são gastos diários necessários
para o negócio funcionar. [...] Cabe à administração financeira não deixar que
faltem recursos para as atividades rotineiras. Mas uma organização não pode se
contentar em pensar somente no agora. Ela precisa ter uma visão também de longo
prazo. Portanto, o processo de aquisição e controle de recursos deve considerar a
questão do tempo. Se uma empresa pretende ampliar suas instalações, ela precisa
destinar parte dos seus recursos do dia a dia para viabilizar essa intenção.

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 Distribuição de recursos: [...] Todos os departamentos de uma empresa necessitam
de recursos. Sendo assim, para que o departamento comercial possa vender, é
necessário ter mercadorias no estoque. Mas, para que elas estejam no estoque, é
preciso comprá-las. E, para que as compras sejam efetuadas, é preciso pagar por
elas. Além disso, não se pode esquecer que em cada departamento da empresa há
pessoas que precisam fazer o seu trabalho direito, da maneira correta e
obedecendo aos prazos estabelecidos. Se isso não ocorrer, prejuízos podem surgir.
Nesse caso, muitas vezes é preciso realizar treinamentos e elaborar regras claras
para que não haja confusão entre os setores ou departamentos sobre a
responsabilidade de cada um.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDI ZAGEM CO MERCIAL (SENAC). Práticas


administrativas em escritório. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2010. p. 53-5.

Agora que você conheceu um pouco mais sobre a organização e as funções do


setor financeiro de uma empresa, vamos apresentar a seguir algumas rotinas básicas que
você, como assistente administrativo, poderá exercer se for trabalhar nesse setor.

Algumas rotinas do setor financeiro

A primeira atividade realizada pelo financeiro de uma empresa que vamos


conhecer e a rotina de contas a pagar e contas a receber. Trata-se de uma atividade
realizada em todo tipo de empresa e fundamental para sua organização.
Por contas a pagar, compreendem-se todos os pagamentos que a empresa deve
efetuar costumeiramente, seja diária, mensal ou anualmente. São exemplos desse tipo de
conta os pagamentos realizados a fornecedores, empregados e funcionários; compra de
suprimentos; pagamento de impostos etc.
Assim, e importante que haja um rigoroso controle e organização dessas contas,
para auxiliar no processo de gestão da empresa, que deve administrar os valores dos
pagamentos, bem como as respectivas datas de vencimento.
Para que isso aconteça, e fundamental o setor financeiro ter canais de
comunicação com todos os demais setores que compõem a empresa, que deverão
trabalhar de forma conjunta com a equipe de finanças, transmitindo as informações
necessárias.
Além disso, e também importante que o setor desenvolva práticas de
cadastramento e agendamento, possibilitando o controle das contas e dos pagamentos a
serem realizados, a fim de evitar que exista qualquer tipo de atraso, o que implicaria
prejuízo para a empresa, por causa do pagamento de juros e multas. Por fim, deve-se obter
a autorização da própria empresa e concretizar o pagamento da conta.
Já o processo de contas a receber, oposto ao de contas a pagar, diz respeito a todos
os pagamentos que devem ser realizados para a empresa, incluindo todos os seus setores.
Refere-se, portanto, ao montante de vendas efetuado pela empresa, seja de seus
produtos ou de seus serviços, que também tem de ser controlado pelo setor financeiro de
forma integrada aos demais setores que compõem a empresa.
Além disso, o assistente administrativo deve conhecer as políticas de credito
praticadas pela empresa, que o ajudarão na compreensão dessa atividade. A organização
de relatórios sobre esses pagamentos e recebimentos da empresa também e uma pratica
importante, mas que pode variar de acordo com cada lugar.

36
Outro procedimento importante está ligado aos dois descritos anteriormente.
Trata-se da conciliação bancária: comparação entre o controle interno realizado pelo
setor financeiro da empresa e as contas bancarias.
Esse controle deve ser feito diariamente em função das transações efetuadas,
possibilitando assim uma checagem das informações e a localização de possíveis
inconsistências.
Uma checagem fundamental a ser executada, aliada as anteriores, diz respeito aos
saldos do controle interno e bancário, que tem de ser equivalentes.
Todos esses procedimentos são importantes e devem ser realizados
constantemente, pois, caso seja encontrado algum erro, e possível corrigi-lo, minimizando
assim os prejuízos para a saúde financeira da empresa.
Vamos falar agora sobre outro importante aspecto da gestão financeira de
qualquer empresa: o fluxo de caixa.
Portanto, o fluxo de caixa, ao controlar as entradas e saídas dos recursos
financeiros, deve ser entendido como uma importante ferramenta na gestão financeira das
empresas. É também com base nele que os gestores têm a possibilidade de realizar com
maior segurança suas tomadas de decisão e seu planejamento estratégico.

Atividade
Montagem do fluxo de caixa

1. Leia a reportagem a seguir.

Como administrar as saídas do fluxo de caixa?


Respondido por Antonio Paulo Terassovich, especialista em crédito

Os administradores financeiros devem ter bem formalizado o processo de


estruturação do fluxo de caixa da empresa. Esta tarefa não pode ser esquecida em hipótese
alguma. As empresas até podem viver alguns períodos sem lucro, mas não sobrevivem
longos períodos sem caixa.

De forma simplificada, o fluxo de caixa é basicamente constituído de duas partes:


entradas e saídas. Hoje o assunto é voltado para as saídas de caixa. Na linguagem
financeira existem quatro itens onde podem ser alocadas as saídas: aumento de qualquer
ativo, como compras para manter o estoque adequado ou uma máquina nova; redução de
um passivo, como o pagamento de uma conta de luz, água, ou mesmo fornecedores;
prejuízo líquido, quando as depreciações não forem superiores a este valor; e pagamento
de dividendos ou recompra de ações.

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Para o caso das pequenas empresas, o foco deve ser nos dois primeiros itens e
analisar as saídas sob os aspectos do comportamento desses valores, que podem ser
divididos em dois grandes grupos: custos fixos e variáveis.
Os custos fixos são aqueles que existem mesmo que a empresa não venda nada.
Eles costumam ser mensais e incidem constantemente. Já os custos variáveis são aqueles
que flutuam para cima ou para baixo de acordo com o volume de vendas da empresa ou
alguma decisão de aumento de estoques, por exemplo.
Para cada um deles o tratamento deve ser diferenciado, pois os primeiros, os fixos,
o administrador deve ter um levantamento e periodicamente controlar suas variações. O
segundo tipo, os variáveis, devem ser coletados a partir das estimativas de produção e
vendas da organização e normalmente variam todos os meses. Tenha uma planilha com
esses dados e monitore, analise e corrija os números a cada semana, pelo menos.

TERASSOVIC H, Antonio Paulo. Como administrar as saídas do fluxo de caixa? Exame,


27 fev. 2012. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-administrar-
as-saidas-do-fluxo-de-caixa>. Acesso em: 26 mar. 2015.

2. Junte-se a três ou quatro colegas. Tendo em vista o que estudaram sobre o setor
financeiro das empresas e a partir do que leram na reportagem, elaborem um fluxo de
caixa de acordo com as orientações a seguir.

• O grupo deverá criar uma empresa fictícia para a qual o fluxo de caixa será
elaborado. Vocês deverão traçar o perfil da empresa, com informações sobre seu
porte, o setor em que atua etc.
• Para montar o fluxo de caixa, vocês deverão prever que as movimentações
financeiras acontecerão em prazos diferentes. Por exemplo: a compra de
determinada quantidade de mercadoria ou matéria-prima tem vencimento em 30
dias; outra, em 45 dias. Por outro lado, algumas vendas feitas na loja ou empresa
foram pagas à vista; outras, a prazo, com diferentes datas de pagamento etc.
• Deverão constar ainda no fluxo de caixa as despesas fixas mensais da empresa,
como folha de pagamento, luz, agua, aluguel etc.
• A planilha a seguir poderá ser utilizada como exemplo para a criação do fluxo
de caixa, mas e importante que cada grupo crie sua própria planilha, inserindo os
dados necessários.

Ao final, vocês farão uma exposição para o restante da turma do fluxo de caixa
criado para sua empresa. E fundamental que a apresentação do fluxo seja precedida de

38
uma discussão sobre a importância de realizar uma boa gestão financeira, que poderá ser
mediada pelo monitor.

2.6 Algumas rotinas da contabilidade

O mercado de trabalho na área contábil está em plena ascensão, visto que o grande
avanço econômico mundial necessita de informações precisas, rápidas e constantes.
Todas as atividades empresariais passaram a ser controladas e registradas pela
contabilidade, tornando essa área essencial a economia e ao controle do patrimônio, além
de ser o melhor meio de comunicação entre os investidores de capital e as empresas, pois
e por intermédio dela que se consegue ter uma visão precisa do patrimônio empresarial e
do retorno sobre os investimentos.
Para acompanhar essa exigência de gerenciamento da situação contábil das
empresas, existem os escritórios de contabilidade, que atendem os estabelecimentos que
não possuem, em seu quadro, postos de trabalho com funcionários habilitados para
exercer as funções relacionadas a esse setor.
Assim, para finalizar esta Unidade, vamos tratar de algumas rotinas básicas
ligadas ao setor de contabilidade de uma empresa, ampliando dessa maneira os
conhecimentos que vão construir sua formação como assistente administrativo.

Escrituração

Nas empresas existem livros específicos para registrar tudo o que acontece em seu
dia a dia e que está ligado a gestão de seu patrimônio, isto e, que provoca alterações nele.
O patrimônio varia constantemente a partir das ocorrências diárias, como compras,
pagamentos, recebimentos, etc., e seu registro contábil possibilita o acompanhamento de
sua oscilação.
São chamados fatos administrativos os eventos que ocorrem na empresa
modificando o seu patrimônio e, justamente por esse motivo, precisam ser registrados nos
livros de escrituração. Esses fatos podem ser agrupados em três tipos diferentes:
1. Fatos permutativos, qualitativos ou compensativos – aqueles que não alteram o
patrimônio líquido da empresa; apenas evidenciam trocas entre o ativo e o passivo.
2. Fatos modificativos ou quantitativos – surgem quando o patrimônio líquido sofre
alguma alteração.
3. Fatos mistos – quando ocorrem, ao mesmo tempo, as duas situações citadas
anteriormente.
Diferentemente dos fatos administrativos, existem os atos administrativos, que
correspondem aos eventos que acontecem na empresa, mas não afetam o seu patrimônio,
como a contratação de funcionários ou a efetivação de contratos de seguro.
Podemos supor então que, como não representam alteração no patrimônio, não
precisam ser lançados nos livros de escrituração. Porem e necessário analisar cada um
dos eventos individualmente, pois alguns deles podem representar compromissos que, no
futuro, vão acarretar modificações. Por exemplo: promessa de bens como garantia de
dividas, hipoteca de imóveis, emissão de títulos de cobrança bancaria, fianças ou avais a
favor de terceiros etc. Dessa forma, sua contabilização e feita, atualmente, utilizando
algumas provisões para fazer frente a essas possíveis obrigações futuras, como avais e
garantias, conforme orientações dadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (no

39
CPC 25 – Provisões, Passivo Contingente e Ativo Contingente), documento que
regulamenta essas questões conforme determinação das agências reguladoras brasileiras.
Esse registro, também chamado de “lançamento”, precisa ser feito em ordem
cronológica e especificar a natureza de cada operação. Deve ser efetuado no Livro Diário,
sendo imprescindível que esteja de acordo com os princípios da Contabilidade – Código
Comercial brasileiro: Lei federal no 556/1850 – e siga as normas tributarias legais –
Regulamento do Imposto de Renda (RIR): Decreto federal no 3.000, de 1999.

Sempre que surge a necessidade de uma nova tomada de decisão na empresa, esses
livros são consultados, daí a importância de estarem constantemente atualizados e com
sua contabilidade impecável.
A quantidade de livros e também os tipos que serão utilizados pela empresa
dependem não só de seu ramo de atividade, mas também de seu porte.
Eles podem ser classificados quanto a sua utilidade em principais, que são os
usados para o registro de todos os fatos administrativos: Livro Diário e Livro Razão; e
auxiliares, aqueles nos quais são registrados eventos específicos e que futuramente
servirão de base para o preenchimento do Livro Diário: Livro Caixa, Registro de
Duplicatas, Livro de Contas-correntes etc.

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Quanto a natureza dos registros, eles podem ser classificados em cronológicos,
quando seguem a ordem dos acontecimentos; e sistemáticos, quando são usados para
registrar eventos similares.
Levando em conta a finalidade dos livros contábeis, eles se classificam em
obrigatórios, quando são exigidos pela legislação comercial, tributaria e societária, sendo
que as leis que os exigem variam de acordo com o âmbito federal, estadual ou municipal
onde se encontram as empresas; e facultativos, que são usados pelas empresas para
auxiliar a contabilização, mas não são exigidos por lei: Livro de Contas-correntes, Livro
de Controle de Contas etc.

Livros principais

O Livro Diário e obrigatório pela legislação tributaria e também pelo Código


Comercial brasileiro. Está presente em todas as empresas, e seu registro deve ser feito
diariamente, pelo método das partidas dobradas.
O método das partidas dobradas foi criado pelo frei Luca Pacioli (c. 1445-1517),
com o objetivo de mostrar as alterações ocorridas no patrimônio em determinado período,
mantendo sempre um equilíbrio entre os recursos (ativo) e sua aplicação (passivo).
Para demonstrar esse equilíbrio, registram-se sempre as operações, apontando a
origem do recurso e em que ele foi aplicado. Assim, o mesmo valor é lançado sempre
duas vezes, um de cada lado da planilha, pois a cada gasto corresponde um bem ou direito.
Esse método consiste, essencialmente, no princípio de que, a cada débito feito em
uma ou mais contas, corresponde um crédito equivalente em uma ou mais contas. Não
existe débito sem crédito correspondente, de tal forma que a soma dos débitos é igual à
soma dos créditos.
Por exemplo: se o valor de um carro é 15 mil reais, ele vai entrar no balanço da seguinte
forma:
Ativo (R$)

41
• Carro = 15 000,00
Passivo (R$)
• Pagamento do carro = 15 000,00
Nesse caso, o ativo ficou igual ao passivo, o que significa que o balanço está
equilibrado. É por meio desse método que as empresas ou pessoas podem acompanhar,
detalhadamente, a aplicação de seus recursos, o que possibilita um melhor planejamento.
Para que sua escrituração seja confiável, os lançamentos devem seguir uma ordem
cronológica, e existem alguns itens essenciais na forma de efetuar o registro, observando
a seguinte ordem: local e data em que ocorreu o fato; conta a ser debitada; conta a ser
creditada; histórico do acontecimento; valor.
Na hora de efetuar o registro, a primeira coisa a fazer, após identificar local e data
da ocorrência, e analisar os elementos envolvidos nas operações, isto e, para cada fato
administrativo sempre ocorre uma troca:
• se entra dinheiro em caixa, ou se se trata de uma venda de mercadoria a vista, a
empresa terá de entregar parte de seu estoque para um cliente em função da venda
realizada;
• se entra um bem em razão de uma compra para uso da empresa, como uma
máquina ou equipamento, sai o dinheiro de caixa ou banco correspondente ao
pagamento da compra desse bem, e assim por diante.
Depois, observe, para cada um dos elementos que compõem o fato administrativo,
em qual tipo de conta ocorrera o debito e em qual acontecera o credito. Tendo esses dados
em mãos, fica mais fácil proceder ao registro no Livro Diário.
Para ficar mais claro, veja o registro, no Livro Diário, das operações ocorridas na
empresa M, no mês de janeiro de 2000.
• No dia 5, deposito da quantia de R$ 23 000,00 no Banco X.
• No dia 12, compra de alguns produtos de almoxarifado, da loja K, no valor de R$ 580,00,
conforme nota fiscal, série A, no 3.245.

E essencial que toda a movimentação contábil da empresa seja registrada em


primeiro lugar nesse livro, de forma clara, em nosso idioma, com valores em moeda
nacional. Lembre-se de que esse registro não pode, em nenhuma hipótese, apresentar
rasuras, borrões ou espaços em branco.

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O uso da preposição a antes da indicação da conta credora tem origem no
raciocínio de que qualquer debito ocorrido corresponde a créditos, mas, atualmente, a
maior parte dos sistemas contábeis suprimiu esse uso, o que não impede logicamente que
o local onde você venha a trabalhar mantenha essa pratica.
As folhas desse livro são numeradas e ele deve conter um termo de abertura e um
de encerramento, assinados pelo responsável da empresa e pelo contador, a todo final de
período. Nessa ocasião, o livro precisa ser autenticado na Junta Comercial da sede da
empresa, não podendo sofrer atraso superior a 180 dias, segundo o Regulamento do
Imposto de Renda (Decreto federal no 3.000/1999), o Código Comercial (Lei federal no
556/1850) e o Código Civil (Lei federal no 10.406/2002).
A imagem a seguir mostra um modelo de Livro Diário adotado atualmente.

O Livro Razão, também obrigatório pelas normas contábeis, e útil para a


contabilidade da empresa, uma vez que seu registro se dá por meio de contas
individualizadas, o que permite um controle mais frequente de cada uma dessas contas.
Cada lançamento registrado no Livro Diário e transcrito para esse livro, porem em
contas individuais, como caixa, estoque, equipamentos etc., apresentando-se em cada
uma delas o detalhamento da movimentação ocorrida no caixa da empresa, isto e, os
débitos, os créditos e o saldo final das operações feitas em determinada conta.
A escrituração manuscrita desse livro deve conter algumas informações
primordiais, por exemplo: nome da conta; data do lançamento com indicação de dia, mês
e ano; histórico de lançamento, ou seja, o detalhamento do fato administrativo; débito,
isto e, quanto foi debitado da conta; crédito, em que e indicado o valor que foi creditado
na conta; saldo, que representa a diferenca entre o debito e o credito.

43
O Livro Razão costuma apresentar uma forma mais simples de registro, utilizando
para isso um gráfico ou conta em T, também chamada de razonete. Embora seja
interessante que o assistente administrativo conheça esse procedimento, e importante
saber que não é sua função realiza-lo, mas sim dos responsáveis pela contabilidade da
empresa.

Livros auxiliares

O Livro Caixa serve para o registro de todo e qualquer fato administrativo que
envolva dinheiro na empresa. Ele e facultativo, mas de grande utilidade, principalmente
quando se quer acompanhar detalhadamente o movimento financeiro da organização. Por
esse motivo, na maior parte das empresas, o preenchimento desse livro fica a cargo da
tesouraria, que e o departamento responsável pelo recebimento e pagamento de cada uma
das despesas ocorridas no período.
É importante ressaltar, porém, que no caso de empresa que seja optante pelo
Simples Nacional, que você viu na Unidade 7, esse livro e obrigatório perante o fisco e
deve observar as exigências e formalidades constantes na Lei complementar no 123, de
14 de dezembro de 2006.

Normalmente o livro possui as seguintes colunas: data, seguindo a ordem


cronológica dos acontecimentos; histórico, que especifica cada um dos fatos
administrativos; parcelas, que indicam os valores de debito ou credito, quando
parcelados; débito, que representa as entradas de dinheiro; e crédito, no qual se registram
as saídas de dinheiro.
O movimento começa sempre com o saldo de debito do dia anterior e finaliza com
o saldo final devedor, que é o mesmo que aparecera no início do dia seguinte, podendo
ser diário ou mensal.
Esse livro serve de base para a elaboração do Livro Diário e, posteriormente, do
Livro Razão, sendo que tudo que é lançado nele, obrigatoriamente, deve aparecer nos
outros dois, e o saldo apurado no Livro Caixa deve corresponder ao saldo da conta caixa
do Livro Razão.

44
Como no caso dos outros livros, esse também costuma, atualmente, ser feito por
meio de programas computadorizados.

45
O Livro de Contas-correntes também e facultativo, porém bastante usado nas
micro e pequenas empresas. Nele são registradas, em ordem cronológica, todas as
operações comerciais entre a empresa e seus clientes ou fornecedores. Dessa forma, por
intermédio dele podemos acompanhar os direitos e as obrigações da empresa, o que
facilita seu cumprimento. Também como os anteriores, pode ser preenchido a mão ou no
computador.

Atividade
Retomando alguns conceitos de escrituração

Junte-se a três ou quatro colegas. Nas questões 1 e 2, discutam cada uma delas
antes de apontar a alternativa correta. Em seguida, elaborem as respostas das questões 3,
4 e 5.

1. Atos administrativos são aqueles que:


a) provocam alteração no patrimônio da empresa;
b) não alteram o patrimônio, apesar de poderem acontecer no dia a dia da empresa.

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2. Se um evento ocorrido na empresa não provocar alteração no patrimônio líquido, mas
evidenciar modificações entre o ativo e o passivo, ele deve ser considerado:
a) um fato modificativo;
b) um ato administrativo;
c) um fato permutativo.

3.Listem pelo menos tres itens essenciais na escrituracao do Livro Diario.

4. Levando em conta a classificação dos livros contábeis, preencham o quadro a seguir.

5. Efetuem o lançamento, no exemplo de página de Livro Diário a seguir, dos fatos


administrativos aqui indicados:
a) venda, a vista, de uma lancha, da marca NoMar, no valor de R$ 135 000,00, conforme
recibo;
b) compra, a vista, de um computador da marca BCD, conforme nota fiscal no 341, no
valor de R$ 2 000,00;
c) pagamento, em cheque, efetuado a Transportadora Levatudo, referente ao frete de uma
lancha, no valor de R$ 750,00.

47
2.7 Rotinas do Setor de Recursos Humanos

Vamos agora tratar das principais rotinas que o assistente administrativo precisa
saber para trabalhar no setor de recursos humanos, conhecido como RH, de uma empresa.
Para tanto, vamos a princípio entender um pouco mais sobre as funções que se espera que
o RH desempenhe.
Como o próprio nome diz, esse e o setor responsável por lidar com todas as
questões que dizem respeito as pessoas, aos funcionários de uma empresa, desde sua
contratação, passando pela sua integração com a cultura da empresa, preocupação com
sua formação continua, questões relativas a cargos e salários, até um eventual processo
de demissão. Todas essas são atividades e responsabilidades do setor de recursos
humanos.

48
Grandes empresas costumam ter um setor de RH muito bem estruturado, com
profissionais especializados; já empresas menores podem ter as atividades desse setor
realizadas pelo mesmo trabalhador que atua em outras práticas administrativas, como
controle de estoque ou setor de compras.
De uma forma ou de outra, todas as empresas que trabalham com funcionários
precisam adotar os procedimentos de RH; portanto, para você que está buscando se
aperfeiçoar nessa área, tais informações são relevantes.
Sabendo que essa e a área da empresa que lida especificamente com questões
referentes a contratação dos funcionários, bem como o pagamento de seus salários e
benefícios, vamos estudar mais sobre essas questões, de acordo com a legislação
brasileira.

As características do emprego na atualidade: o emprego formal

Este conteúdo e importante não apenas porque você pretende se qualificar para a
ocupação de assistente administrativo, mas também por tratar de uma questão muito
presente na vida cotidiana da maioria das pessoas, seja para quem está à procura do
primeiro emprego, seja para quem está à procura de outro trabalho, seja para aqueles que
querem aprender uma nova ocupação e mudar de emprego.
Um dos assuntos mais importantes no mundo do trabalho diz respeito ao tipo de
contrato a que cada um e submetido. E a forma de contratação de cada trabalhador afeta
diretamente a vida pessoal dele.
O emprego formal é aquele que possui registro em carteira profissional ou na
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Nela, a empresa deve sempre
anotar, nas páginas próprias para o “Contrato de trabalho”, o nome da empresa, o número
do CNPJ, o endereço da empresa, a espécie de estabelecimento (comercio, indústria etc.),
o cargo para o qual o trabalhador está sendo contratado, o código da sua ocupação na
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), a data de admissão, o número do registro,
assim como o número da folha ou ficha do Livro de Registro de Empregados, e a
remuneração do trabalhador.
O conjunto das informações anteriormente citadas (nome da empresa, número do
CNPJ, endereço da empresa, espécie de estabelecimento etc.) precisa constar
obrigatoriamente na Carteira de Trabalho, pois essas informações compõem o registro do
emprego para o qual o trabalhador está sendo contratado e, principalmente, porque só
assim seus direitos serão assegurados.
A remuneração especificada na Carteira de Trabalho é o que chamamos salário
bruto, ou seja, e o total do salário pago pelo empregador, sem contar os descontos
obrigatórios que deverão ser aplicados. Poucas pessoas realmente sabem o que são esses
descontos e para que eles servem, mas é muito importante conhece-los, pois eles têm tudo
a ver com os direitos conquistados pelos trabalhadores e também com os nossos deveres
como cidadãos.
Um dos descontos principais e o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
E com a reserva criada com esse dinheiro que o governo paga as aposentadorias, auxílios-
doença e outras formas de auxílio ao trabalhador. Ou seja, e uma contribuição exigida
pelo governo, mas que deve retornar em benefícios para o próprio trabalhador.
Além desse desconto para o INSS, outros descontos comuns são o do Imposto de
Renda e o do seguro-saúde. Algumas empresas pagam parte do custo mensal desse
seguro, ficando a outra parte por conta do funcionário.
Podem ser descontadas do salário, ainda, algumas taxas referentes a benefícios
que a empresa ofereça, como vale-alimentação, vale-refeição etc. Embora sejam

49
oferecidos pelo empregador como benefícios, e comum que o funcionário contribua com
uma parte, que e descontada de seu salário.
Veja a seguir, na tabela de descontos do Imposto de Renda e da Previdência
Social, os dois principais descontos realizados nos salários.

Tabela – Descontos do Imposto de Renda sobre o salário bruto

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a
partir do exercício de 2015, ano-calendário de 2014.

Tabela – Descontos do INSS sobre o salário bruto (jan. 2014)

Exemplo:
• salário bruto (salário que consta no contrato de trabalho) mensal = R$ 750,00;
• desconto do INSS = R$ 60,00 (equivalente a 8% de R$ 750,00, desconto-padrão para
os que ganham até R$ 1 317,07);
• Imposto de Renda = isento, pois o salário e inferior a R$ 1.787,78;
• salario liquido = R$ 690,00 mensais.

Atividade
Comparando diferentes faixas salariais

Agora, veja como sao os descontos para um trabalhador que tem o salário bruto de R$
4.000,00:
• salário bruto = R$ 4 000,00;

50
• desconto do INSS = R$ 440,00 (equivalente a 11% de R$ 4 000,00, desconto-padrão
para os que ganham entre R$ 2 195,13 e R$ 4 390,24);
• Imposto de Renda = R$ 198,97 (equivalente a 15% – desconto-padrão para os que
ganham entre R$ 2 679,30 e R$ 3 572,43 – de R$ 3 560,00 – que é o salário bruto menos
o desconto já aplicado do INSS –, menos ainda R$ 335,03 – que é o valor-padrão a ser
deduzido do imposto para essa faixa salarial);
• salario liquido = R$ 3 361,03.

Compare esse exemplo com o exemplo apresentado no texto anterior. Quais diferenças e
semelhanças você vê entre os descontos aplicados no primeiro caso e os descontos
aplicados neste último? Você acha que essas diferenças e semelhanças são boas ou ruins?
Quem e mais afetado pelos descontos? Reflita a respeito e anote suas conclusões.

Os direitos têm história

Os direitos vinculados ao trabalho têm uma longa história, especialmente na


Europa, onde alguns países foram os primeiros a reconhece-los.
É importante lembrar que, no Brasil, a conquista dos direitos vinculados ao
trabalho só aconteceu no século XX (20).
Observe a linha do tempo que indica a criação de pilares importantes do direito
do trabalhador brasileiro.

51
• A Carteira de Trabalho existia informalmente desde 1891. Nela, os empregadores
registravam algumas informações sobre os trabalhadores. Foi só em 1932 que, por meio
do Decreto federal no 21.175, esse documento foi instituído e com ele vários direitos
foram garantidos aos trabalhadores.
• A conquista do salário mínimo, em 1936, significou para todos os trabalhadores do
Brasil a garantia de que nenhum assalariado receba valor mensal inferior ao estabelecido
pela lei.
• Em 1o de maio de 1943, foi promulgada, pelo então presidente Getúlio Vargas, a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que uniu em uma única lei toda a legislação
trabalhista do País.
• O descanso semanal remunerado previa em lei o direito ao trabalhador da recuperação
da fadiga causada pelo trabalho.
Atualmente, os principais direitos trabalhistas ou previdenciários do trabalhador são:
 jornada semanal de trabalho: 44 horas, conforme definida pela Constituição
Federal de 1988. Esse tema está sendo atualmente debatido, pois há forte pressão
para que a jornada legal seja limitada a 40 horas semanais;
 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS): criado em 1966, e formado pelo
deposito mensal feito pelo empregador, na Caixa Econômica Federal, do valor
correspondente a 8% do salário de cada trabalhador;
 ferias remuneradas de 30 dias: com o valor do salário normal acrescido de 1/3
desse valor. Por exemplo: se o salário e de R$ 900,00, o salário a receber no mês
de férias será de R$ 1 200,00;
 13o salário: gratificação anual, cujo valor mensal corresponde a 1/12 (um doze
avos) do salário mensal do trabalhador. Aqui também o cálculo e semelhante. Se
o salário e de R$ 900,00 e o empregado trabalhou de janeiro a dezembro, o 13o
salário será o pagamento de outros R$ 900,00. Mas, no primeiro ano na empresa,
o 13o salario será proporcional aos meses trabalhados: se foi contratado em julho,
recebera como 13o salario R$ 450,00;
 aviso-prévio em caso de demissão: comunicado de rescisão de contrato de
trabalho com duração de, no mínimo, 30 dias, podendo, pelas novas regras, chegar
a até 90 dias, de acordo com o tempo de serviço na empresa;
 adicionais salariais por periculosidade e por insalubridade: sempre que o
assalariado exercer seu trabalho em condições perigosas e/ou nocivas à saúde, ele
tem direito a receber mensalmente um percentual adicionado ao salário. Esse
percentual varia conforme a classificação do grau de risco ao qual o trabalhador e
exposto: no caso de insalubridade, por exemplo, 10% para nível baixo, 20% para
médio e até 40% para alto. Para saber se seu trabalho e considerado insalubre,
pesquise o artigo 189 da CLT no site do Ministério do Trabalho e Emprego.
Disponível em: <http://www.mte.gov.br>. Acesso em: 26 mar. 2015;
 adicional noturno pago para aqueles que realizam seu trabalho entre 22h00 e
05h00. Seu pagamento e feito da seguinte forma: a hora, que normalmente e
computada como 60 minutos, passa a ter 52 minutos e 30 segundos, sofrendo
assim uma redução de 7 minutos e 30 segundos, o que equivale a 12,5% da hora
regular. Seu valor será 20% maior que aquele pago pela hora diurna;
 estabilidade de emprego por acidente de trabalho: se o trabalhador sofrer acidente
de trabalho, ele terá garantia de emprego por 12 meses após o termino do auxílio-
doença;

52
 estabilidade de emprego para a mulher em caso de gestação, após a confirmação
da gestação, acrescida de mais cinco meses após o parto; para licença-maternidade
são previstos atualmente 120 dias;
 dispensa imotivada (sem justa causa): dá ao trabalhador o direito a receber
adicional de 40% sobre o total das contribuições que a empresa efetuou ao FGTS;
 direito ao pagamento de horas extras no valor estipulado pela lei;
 aposentadoria por tempo de contribuição: 35 anos para homens e 30 anos para
mulheres;
 aposentadoria por invalidez permanente, sempre que a perícia medica considerar
a pessoa incapaz para exercer o trabalho;
 seguro-desemprego: quando o trabalhador for contratado por pessoa jurídica e for
demitido sem justa causa, ele tem direito a receber até seis meses de assistência
financeira paga pelo governo federal. O valor varia conforme a faixa salarial.

Atividade

1o de Maio
1. Organizem-se em grupo de quatro ou cinco pessoas e, no laboratório de informática e
com a ajuda do monitor, façam uma pesquisa sobre o 1o de Maio, com base no roteiro a
seguir.
• Por que esse dia e comemorado?
• O que aconteceu na história para que esse dia fosse lembrado?
• Como o 1o de Maio e comemorado na sua cidade?
• O que vocês acham dessa comemoração?
• Como os direitos sociais relacionados ao trabalho foram conquistados?
2. Em uma folha avulsa, escrevam um texto sobre a pesquisa que fizeram e levem para
discutir com os demais grupos.

Atividades e documentação do setor de Recursos Humanos (RH)

O objetivo deste tópico e apresentar a você as principais práticas e atividades


realizadas pelo setor de Recursos Humanos. Vamos começar falando sobre as rotinas de
admissão e demissão de funcionários.
Cabe ao RH conduzir todo o processo de seleção dos funcionários de uma
empresa, mesmo que com o apoio de profissionais de outras áreas. Essa seleção é feita
por meio de técnicas especificas que buscam selecionar os candidatos mais qualificados
para cada vaga.
Após a seleção do candidato, e função do RH realizar o procedimento de
integração dos novos funcionários a empresa. Esse processo se inicia com toda a
tramitação relativa a documentação necessária para a admissão. O primeiro passo e
solicitar a realização do exame médico admissional e depois a entrega da documentação
necessária. Veja a seguir quais são os documentos obrigatórios para a admissão.
• Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que sejam feitas as devidas anotações.
• Certificado Militar, para provar quitação com o serviço militar (para pessoas maiores de
18 anos do sexo masculino).
• Certidão de Casamento e de Nascimento, para verificação de dados, concessão do
salário-família e abatimento dos dependentes, para efeito de desconto de Imposto de
Renda.
• Declaração de dependentes para fins de Imposto de Renda na fonte.

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• Atestado Médico Admissional, que é obrigatório, devendo ser pago pelo empregador,
que é responsável pela guarda do comprovante do custeio de todos os exames ou consultas
realizadas pelo empregado (artigo 168 da CLT).
• Declaração rejeitando ou requerendo o vale-transporte.
• Outros documentos/informações, tais como Cédula de Identidade, CPF (Cadastro de
Pessoas Físicas), cartão do [Programa de Integração Social] (PIS)/ [Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público] (Pasep), comprovante de endereço e de
escolaridade e fotografias para o prontuário.
Depois de receber essa documentação, o empregador ou a empresa empregadora
passam a ter de exercer as suas obrigações, que são as seguintes:
• Anotar na CT PS a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver.
• Preencher a ficha de salário-família.
• Incluir a admissão no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o que
pode ser feito pela internet, no site <http://www.mte.gov.br>.
• Até o dia 7 do mês subsequente ao mês de referência das informações, a empresa deverá
postar no correio um impresso por meio do qual presta informação sobre o movimento de
pessoal.
• Efetuar o cadastro no PIS /Pasep caso o empregado não possua um número de matrícula.
• Devolver ao empregado sua CTPS em 48 horas, contra recibo.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDI ZAGEM CO MERCIAL (SENAC ). Práticas


administrativas em escritório. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2010. p. 105-6.

Mensalmente, também e de responsabilidade desse setor fazer o controle da folha


de pagamento de todos os funcionários da empresa. Nesse documento devem constar
todas as informações relativas aos salários e descontos realizados em cima do salário
bruto, que podem ser vários, tais como: Imposto de Renda, plano de saúde, descontos de
benefícios e todos os encargos sociais e tributos devidos, como INSS e FGTS.
Também devem constar da folha de pagamento informações relativas ao mês
trabalhado de cada funcionário, como faltas, licenças, atrasos ou qualquer outro registro
que se faça necessário.
Veja a seguir os detalhes de um demonstrativo de pagamento.

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Após a realização do pagamento do salário, o empregador deve fornecer ao
empregado um recibo desse pagamento, também conhecido como contracheque.

Para orientar o preenchimento dessa folha de pagamento, bem como realizar o


controle cotidiano de entrada e saída dos funcionários, é obrigatório que toda empresa
com mais de dez funcionários possua uma folha de ponto, que pode ser manual ou
eletrônica. Veja a seguir.

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Atividade
Preenchendo a folha de pagamento

Nesta atividade, você e convidado a preencher uma folha de pagamento fictícia


para que possa exercitar o conteúdo que aprendeu sobre esse assunto tão importante na
pratica diária das atividades do assistente administrativo.
As empresas podem usar programas específicos para o cálculo da folha de pagamento,
mas para realizar esta atividade será utilizada uma planilha eletrônica.
Com a ajuda do monitor, forme um grupo com três ou quatro colegas. No
laboratório de informática, escolham uma ocupação de uma empresa fictícia para fazer o
cálculo. Para tanto, podem pesquisar um organograma qualquer que possa indicar alguns
cargos da empresa, tais como gerente, analista, secretaria e o próprio assistente
administrativo.
Em seguida, incluam na planilha todas as informações que aprenderam nesta
Unidade para fazerem o devido cálculo, simulando o valor do salário bruto e inserindo os
descontos devidos para chegar ao salário liquido que o trabalhador recebera.
Ao final, vocês deverão apresentar suas conclusões para os demais grupos,
podendo imprimir a folha de pagamento calculada para realizar essa apresentação.

Processo de demissão RH

Caso haja necessidade de realizar a demissão de algum funcionário, essa também


é uma atividade prevista na rotina do RH ou departamento de pessoal de uma empresa. A
ação de finalizar um contrato de trabalho, do ponto de vista legal, denomina-se
homologação.
Nesse caso, é necessária a seguinte documentação:

56
2.8 Gestão de Pessoas

O setor de Recursos Humanos vem ao longo dos últimos anos ganhando destacada
importa nas organizações. O contexto cada vez mais complexo e competitivo vem
patrocinando o empenho de todas as forças das empresas e o RH tem se mostrado um
setor chave. Os processos de RH iniciam com o “Recrutamento e Seleção”, “Plano de
Cargos e Salários”, “Avaliações individuais” e o “Treinamento e Desenvolvimento”.
Os processos de Recursos Humanos visam melhorar a interação das pessoas com
a organização. Entre os benefícios que se espera estão um melhor preparo para cumprir a
estratégia traçada pela empresa, melhoria do clima organizacional e uma cultura que
possa garantir longevidade para a empresa.

Recrutamento e Seleção

Recrutamento é a primeira etapa para o preenchimento de uma vaga em aberto.


Em outras palavras, trata-se de um processo que visa procurar pessoas para compor os
quadros de funcionários das empresas. (Limongi-França e Arollano, 2002).
O recrutamento pode ser realizado de duas maneiras: recrutamento interno que
visa buscar candidatos que trabalham na empresa ou recrutamento externo.
As fontes para o recrutamento externo mais utilizadas são anúncios, currículos,
recrutamento pela internet, indicações de funcionários, instituições educacionais,
associação de profissionais, sindicato dos trabalhadores, agências de emprego e
terceirização.
No processo de terceirização, a contratante de mão de obra se responsabiliza por
todas as tarefas de recursos humanos da contratação de uma empresa (contratação, folha
de pagamento, avaliação de desempenho, administração de benefícios) e recebe uma taxa,
por contratação, que varia entre 4% a 8% do custo da folha de pagamento
(BOHLANDER; SNELL, 2009).

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Para o recrutamento interno, as empresas podem comunicar informações sobre a
existência de vagas por meio de murais eletrônicos ou em quadro de avisos tradicionais
que ficam afixados em locais nos quais os funcionários se reúnem. As vagas de emprego
também podem ser divulgadas nos jornais corporativos, em memorandos especiais, mala
direta e mensagens direcionadas ao público-alvo.
Saiba que a divulgação de vagas na empresa pode proporcionar muitos benefícios,
principalmente quando fazem parte de um programa de desenvolvimento de carreira, pelo
qual os funcionários ficam cientes das oportunidades disponíveis para eles, dentro da
organização.

A seleção de pessoas funciona como uma espécie de filtro que permite que apenas
algumas pessoas possam ingressar na organização: aquelas que apresentam características
desejadas pela organização (...) constitui a escolha exata da pessoa certa para o lugar certo
no tempo certo. Chiavenato (2010, p. 133)
O mapeamento das competências requeridas para o cargo faz parte do processo de
seleção. Quanto mais claramente definida a competência, tanto mais ela se torna um
efetivo instrumento de medida para comparar os candidatos.
Definição de competência “constitui um repertório de comportamentos capazes
de integrar, mobilizar, transferir conhecimentos, habilidades e atitudes que agregam valor
econômico às organizações e valor social à pessoa”.
Assim, em cada pessoa, a competência é construída por meio de suas
características naturais e adquiridas, conforme você pode perceber de forma mais
detalhada na figura a seguir.
Dando sequência ao nosso tema, observe que, segundo Chiavenato(2010), as
competências podem ser hierarquizadas da forma que segue:

58
competências essenciais da organização – são as competênciasdistintivas que
toda organização precisa construir e possuir paramanter sua vantagem competitiva sobre
as demais;
competências funcionais – são as competências que cada unidade organizacional
(marketing, produção, finanças, recursos humanos etc.) deve construir e possuir para
servir de base às competências essenciais da organização;
competências gerenciais – são as competências que cada gerente precisa
construir e possuir para atuar como gestor de pessoas;
competências individuais – são as competências que cada pessoa deve construir
e possuir para atuar na organização ou em suas unidades.
Saiba que o mesmo autor alerta também para o fato que só é possível hierarquizar
as competências se for feito um mapeamento delas. Pois só assim, quando devidamente
localizadas e definidas, elas passam a constituir o critério básico de comparação entre os
candidatos.
Entre os instrumentos de seleção estão a entrevista, prova de conhecimento, teste
psicológico e técnicas vivenciais.
A entrevista deve seguir quatro estágios (WEISS apud LIMONGI-FRANÇA;
ARELLANO, 2002):
Abertura - é a hora do aquecimento, na qual o entrevistador se apresenta e expõe
a proposta da entrevista e como será conduzida;
Pesquisa - tem como objetivo obter do candidato as informações necessárias à
avaliação de seu perfil pessoal e profissional;

59
Troca - é o momento em que o candidato faz as perguntas que revelam seus
interesses, valores, atitudes e preocupações. Normalmente, são perguntas relacionadas ao
cargo, às condições de trabalho e à empresa;
Fechamento - neste ponto, o entrevistador deve dar um breve feedback da
entrevista e informar as etapas futuras do processo seletivo.
As provas de conhecimento podem ser gerais ou específicas. As gerais visam
avaliar os conhecimentos e cultura geral do candidato enquanto a específica visa avaliar
os conhecimentos profissionais do candidato.
Os testes psicológicos podem ser compreendidos, também, como provas
sistematizadas no sentido de medir uma aptidão, uma atitude, a estabilidade emocional
ou traços de personalidade.
Saiba, também, que os testes psicológicos podem ser divididos em psicométricos
e de personalidade.
Os psicométricos medem as aptidões individuais, como, por exemplo, os testes de
inteligência que visam mensurar a aptidão verbal, a fluência verbal, a aptidão numérica,
a memória associativa e o raciocínio abstrato. Já os testes de personalidade identificam
aspectos emocionais, interesses e distúrbios como o neuroticismo. Estes testes indicam
estados temperamentais e conflitos emocionais que podem afetar na atividade profissional
do candidato.
As técnicas vivenciais são técnicas que exigem respostas a situações criadas para
que os candidatos assumam uma posição perante elas. Tratam de atividades que,
normalmente, envolvem simulação de uma circunstância profissional perante a qual o
candidato precisa lidar.
De acordo com Limongi-França e Arellano (2002), elas podem ser classificadas
em:
provas situacionais - relacionadas à tarefa do cargo. Podem ser, por exemplo, um
teste de digitação ou a operação de uma empilhadeira;
dinâmica de grupo - envolve jogos de grupo com situações estruturadas, relativas
ou não ao cargo. Trata-se de uma técnica muito utilizada, uma vez que permite avaliar
questões relacionadas a relacionamento, integração social, liderança etc.;

Atividade
Recrutamento e Seleção

O que é recrutamento de pessoas?

O que é seleção de pessoas?

Quais as principais técnicas de seleção de pessoas

60
Avaliação de desempenho como método para identificar talentos

Você deve saber que os gerentes medem o desempenho dos funcionários por
diversas razões, sendo a mais importante delas a tomada de decisões de carreira e de
desenvolvimento de pessoal. Logo, os funcionários com bons resultados nas avaliações
de desempenho geralmente são bons candidatos à promoção. Assim, à medida que
conduzem avaliações formais, os gerentes devem se preocupar com o potencial de seus
subordinados para posições gerenciais ou para assumir cargos técnicos avançados e
incentivar o crescimento deles nessa direção.

Cargos e Salários
Outra função da área de recursos humanos de uma empresa e lidar com a questão
dos cargos e dos salários. Isso não significa apenas definir quais são os cargos,
quantidades de funcionários necessários e salários praticados, para que assim a empresa
possa desenvolver seu trabalho da forma e com a qualidade que deseja.

61
Quando falamos em desenvolvimento de plano de cargos e salários, trata-se de
todo um planejamento efetuado nessa área para que se possa construir uma pratica de
gestão de pessoas que seja duplamente relevante. Em outras palavras, que traga benefícios
e aumento na qualidade tanto do trabalho realizado quanto da trajetória pessoal de cada
trabalhador, que pode assim almejar, por meio dos seus esforços, dedicação e
conhecimentos, a conquista de novas posições no desenvolvimento de sua trajetória
profissional dentro da empresa.
Oferecer uma política de planos e cargos transparente e que seja interessante para
todos e função que deve ser considerada fundamental pela área de recursos humanos.
Veja a seguir um exemplo de quadro de cargos e de salários.

Outro aspecto importante da atuação do RH e que vem cada vez mais ganhando
espaço e importância para o bom desenvolvimento do trabalho dos funcionários de uma
empresa diz respeito a formação dessa forca de trabalho.

62
Muitas empresas estão, cada vez mais, investindo em cursos e treinamentos para
seus funcionários, possibilitando assim que eles possam aperfeiçoar seus conhecimentos
e trazer ainda mais qualidade para o desenvolvimento do trabalho cotidiano.
Algumas organizações fornecem auxílios no pagamento de cursos, totais ou
parciais, tais como curso de idiomas ou especializações (até mesmo de pós-graduação).
Isso porque as empresas vêm compreendendo a importância de seus funcionários estarem
sempre acompanhando e se atualizando em relação ao avanço das tecnologias, da
pesquisa, da ciência e do conhecimento.

Atividade
Por dentro das práticas de recursos humanos

Responda as questões a seguir.


1. Quais são os principais direitos garantidos em lei para o trabalhador brasileiro?

2. Vamos supor que você esteja trabalhando como assistente administrativo no RH


de uma empresa e dois novos funcionários foram admitidos. Detalhe quais os
procedimentos que você precisara fazer para oficializar o processo de admissão
desses funcionários.

3. Além desses procedimentos legais associados a admissão desses dois


funcionários, em quais outras atividades o RH poderá auxilia-los?

4. Leia o seguinte depoimento:


Há 11 anos, eu entrei nesta empresa trabalhando como office boy. Naquela época, não
tinha ainda nem o Fundamental completo. A empresa me incentivou a voltar à escola e
finalizar meus estudos e depois que concluí o Ensino Médio comecei a trabalhar na área
de estoque da empresa como assistente. Fui atrás de alguns cursos básicos na área e,
graças a esses novos conhecimentos e ao meu esforço no dia a dia de trabalho, subi de
cargo e atualmente sou analista de estoque. Minha intenção é continuar estudando, pois
sei que a empresa apoia seus funcionários, eles nos dão uma bolsa de 50% do valor do
curso. Afinal, são poucos os que conhecem esse setor como eu! (Silas, 29 anos)

63
Agora, responda: Qual e a relação entre esse depoimento e o setor de RH da empresa em
que Silas trabalha? Justifique sua resposta.

Remuneração e Benefícios

Os salários e outras formas de recompensas representam muito mais que o poder


de compra ou o padrão de vida dos funcionários. Há também um caráter simbólico que
representa o quanto o indivíduo “vale” para a organização.
São inúmeras as possibilidades de composição dos sistemas de recompensas,
conforme apresentado no quadro a seguir.

64
Treinamento e Desenvolvimento

O treinamento é orientado para o presente, buscando melhorar as habilidades e


competências relacionadas com o desempenho imediato do cargo. Já o desenvolvimento
focaliza os cargos a serem ocupados no futuro e as novas habilidades e competências que
serão requeridas (CHIAVENATO, 2010).
As diferentes etapas do processo de treinamento:
diagnóstico - é o levantamento das necessidades ou carências de treinamento a serem
atendidas ou satisfeitas; as necessidades podem ser passadas, presentes ou futuras;
desenho - é a elaboração do projeto ou programa de treinamento para atender às
necessidades diagnosticadas;
implementação - é a execução e condução do programa de treinamento;
avaliação - é a verificação dos resultados obtidos no treinamento.
A primeira etapa do treinamento é o levantamento das necessidades de
treinamento. Saiba que, nesta etapa, nem sempre de fácil visualização, os gestores
precisam realizar certos levantamentos e pesquisas capazes de localizar as carências do
pessoal. Assim, uma necessidade de treinamento é uma área de informação ou de
habilidades que um indivíduo ou grupo precisa desenvolver para melhorar ou aumentar a
produtividade no trabalho.
O desenho do programa de treinamento é a segunda etapa do processo. E você
sabe no que consiste esta etapa? Consiste no planejamento das ações de treinamento e
deve ter um objetivo específico. Além disso, o programa de treinamento deve estar
associado com as necessidades estratégicas da organização. Por outro lado, a organização
precisa estar disposta a dar espaço e oferecer algumas oportunidades para que as pessoas
possam aplicar as novas competências e conhecimentos adquiridos no treinamento.
Com base nisto, observe na sequência as diferentes tipologias de treinamento,
conforme apresentadas por Chiavenato (2010).
Treinamento no cargo
É uma técnica de treinamento que ministra informação, conhecimento e
experiência relacionados ao cargo. Pode incluir condução, rotação de cargos e atribuição
de projetos especiais.
A condução representa uma apreciação crítica a respeito de como a pessoa está
desempenhando seu cargo. A rotação de cargos envolve a movimentação de uma pessoa
de um cargo para outro a fim de obter melhor compreensão da organização como um
todo. A atribuição de projetos especiais significa entregar uma tarefa específica para
que a pessoa aproveite sua própria experiência em determinada atividade.
Leituras
A técnica mais utilizada para transmitir informação em programas de treinamento
é a leitura. Trata-se de um meio de comunicação que envolve uma situação de mão única
na qual um instrutor apresenta verbalmente informação a um grupo de ouvintes.
Note que o instrutor apresenta a informação nessa situação de treinamento,
enquanto os treinandos participam ouvindo e não falando. Uma vantagem da leitura é que
o instrutor expõe o conteúdo e os treinandos participam ouvindo, e não falando.
Instrução programada
É uma técnica utilizada para transmitir informação em programas de treinamento.
A aprendizagem programada é uma técnica para instrução sem a presença ou intervenção
de um instrutor humano. Pequenas partes da informação que requeiram respostas
relacionadas são apresentadas individualmente aos treinandos. Estes podem determinar
suas respostas, sabendo se compreenderam a informação obtida.

65
Os tipos de respostas solicitados aos treinandos variam conforme a situação, mas
geralmente são de múltipla escolha, verdadeiro-falso etc.
Tal como o método de leitura, a instrução programada tem vantagens e
desvantagens. Entre as vantagens: pode ser computadorizada e os treinandos absorvem o
conhecimento em suas próprias casas, sabendo imediatamente se estão certos ou errados
e participando ativamente do processo. A principal desvantagem: não apresenta as
respostas do treinando.
Treinamento de classe
É o treinamento fora do local de trabalho, isto é, em sala de aula. Os aprendizes
são reunidos em um local e assistidos por um instrutor, professorou gerente, que transmite
conteúdo do treinamento. Trata-se de uma situação de laboratório e isolada do local de
trabalho. É o tipo de treinamento mais utilizado e as organizações costumam divulgar as
horas de treinamento per capita para avaliar o tempo do aprendiz em classe.
Compute-based training (CBT)
É o treinamento realizado com a ajuda da tecnologia da informação (TI).Pode ser
feito através de CDs, DVDs ou disquetes com ajuda de multimeios (gráficos, animação,
filmes, áudio, vídeo).
E-learning
Refere-se ao uso de tecnologias da internet para entregar uma ampla variedade de
soluções que aumentam o desempenho e o conhecimento das pessoas. Recebe também o
nome de web-based training (WBT) ou on-linetraining. O e-learning baseia-se em três
fundamentos:
• permite uma rede (network) que torna capaz de atualizar, armazenar, distribuir e
compartilhar instantaneamente conteúdo de instrução ou de informação;
• pode ser entregue ao usuário final via computador utilizando tecnologia padrão
da internet;
• focaliza o aspecto mais amplo da aprendizagem, ou seja, vai além dos
paradigmas tradicionais do treinamento.
Perceba que muitos autores enfatizam a importância de se avaliar o programa
de treinamento. Um deles é Chiavenato (2010), para quem a avaliação é uma etapa
importante do processo de treinamento, consistindo na verificação de sua eficácia com o
objetivo de saber se o treinamento realmente atendeu às necessidades da organização, das
pessoas e dos clientes.
E por que devemos avaliar o programa de treinamento? Porque representa um
investimento em custo, logo, há a necessidade de se obter um retorno razoável desse
investimento.
Conheça algumas das principais medidas para avaliar o treinamento:
• custo - qual o valor investido no programa de treinamento;
• qualidade - como o programa atendeu às expectativas;
• serviço - se o programa atendeu às necessidades dos participantes;
• rapidez - como o programa se ajustou aos novos desafios oferecidos;
• resultados - quais os resultados que o programa ofereceu. Diante disto, observe
que, se a resposta às questões acima for positiva, o programa de treinamento foi bem-
sucedido. Pelo contrário, se for negativa, o programa de treinamento não atingiu seus
objetivos e necessita ser reformulado.

Nos dias de hoje, tão importante quanto o treinamento é o desenvolvimento no


âmbito empresarial. Neste sentido, observe o alerta de Chiavenato (2010): as
empresas devem buscar o desenvolvimento continuado entre elas mesmas e as pessoas.
O desenvolvimento consiste em um dos aspectos mais importantes, atualmente, na gestão

66
de pessoas. Isto porque a eficácia estratégica das organizações está vinculada a sua
capacidade de desenvolver pessoas. Contudo, segundo o mesmo autor, os processos de
desenvolvimento das pessoas envolvem questões complexas, como preparação de
liderança, educação corporativa, gestão do conhecimento, a aprendizagem organizacional
etc.
Com relação a este tema, Chiavenato (2010) observa que há muitos métodos de
desenvolvimento de pessoas:
Rotação de cargos
A rotação de cargos é a movimentação das pessoas em várias posições na
organização no esforço de expandir suas habilidades, conhecimentos e capacidades. Ela
pode ser vertical ou horizontal. A rotação vertical significa uma promoção provisória da
pessoa para uma nova posição mais complexa. A rotação horizontal funciona como uma
transferência lateral de curto prazo para absorção de conhecimentos e experiências da
mesma complexidade. Este método representa um excelente meio para ampliar a
exposição da pessoa às operações da organização e transformar especialistas
em generalistas.
Permite o aumento das experiências individuais e estimula o desenvolvimento de
novas ideias, ao mesmo tempo em que proporciona oportunidades para uma avaliação de
desempenho mais ampla e confiável do funcionário.
Posições de assessoria
Significa dar a oportunidade para que a pessoa com elevado potencial trabalhe
provisoriamente sob a supervisão de um gerente bem-sucedido em diferentes áreas
da organização. Trabalhando como assistente de staff ou em equipes de assessorias direta,
a pessoa pode desempenhar diferentes tarefas sob a condução apoiadora de um gerente.
Aprendizagem prática
É uma técnica de treinamento através da qual o treinando se dedica a um trabalho
de tempo integral para analisar e resolver problemas em certos projetos ou em outros
departamentos. Em geral, é aplicada em conjunto com outras técnicas. Muitos treinandos
trabalham juntos para desenvolver projetos que requeiram cooperação.
Atribuição de comissões
Significa uma oportunidade para a pessoa participar de comissões de trabalho
compartilhando da tomada de decisões, aprender pela observação dos outros e pesquisar
problemas específicos da organização. Geralmente, essas comissões são de natureza
temporária e efêmera, atuando como forças-tarefas desenhadas para resolver um
problema específico, propor soluções alternativas e recomendações sobre sua
implementação. Observe que atribuições temporárias são interessantes e desafiadoras,
pois aumentam a exposição da pessoa aos outros membros da organização, ampliam sua
compreensão e proporcionam oportunidades de crescimento.
Participação em cursos e seminários externos
É uma forma tradicional de desenvolvimento através de cursos formais de leitura
e seminários. Oferece a oportunidade de adquirir novos conhecimentos e desenvolver
habilidades conceituais e analíticas.
Pode ser feita através de cursos ou seminários em casa, com a ajuda de consultores
e fornecedores. Modernamente, as organizações estão utilizando a tecnologia da
informação para proporcionar a aprendizagem à distância, em que o facilitador pode estar
em outro lugar, enquanto sua apresentação é transmitida simultaneamente para vários
lugares, como é o caso da videoconferência.
Exercícios de simulação
A simulação extrapolou a seleção de pessoal e tornou-se também uma técnica de
treinamento e desenvolvimento. Os exercícios de simulação incluem estudos de casos,

67
jogos de empresas, simulação de papéis, entre outros. Em linhas gerais, os exercícios de
simulação apresentam a vantagem de criar um ambiente similar em relação às situações
reais em que a pessoa trabalha sem os altos custos envolvidos em ações reais indesejáveis.
Treinamento fora da empresa
Uma recente tendência em meio às técnicas de desenvolvimento de pessoas é a
utilização de treinamento externo, muitas vezes relacionado coma busca de
novos conhecimentos, atitudes e comportamentos que não existem dentro da organização
e que precisam ser obtidos fora dela. O treinamento fora da empresa é geralmente
oferecido por organizações especializadas em T&D e que oferecem esquemas integrados,
cujo foco primário é ensinar aos treinandos a importância de trabalhar em conjunto, como
uma equipe.
Estudo de casos
É um método de desenvolvimento no qual a pessoa se defronta com uma descrição
escrita de um problema organizacional para ser analisado e resolvido. Trata-se de
uma técnica que permite diagnosticar um problema real e apresentar alternativas de
solução, desenvolvendo habilidades de análise, comunicação e persuasão.
Jogos de empresas
Também denominados bussiness games, são técnicas de desenvolvimento nas
quais equipes de funcionários ou de gerentes competem umas com as outras tomando
decisões computadorizadas a respeito de situações reais ou simuladas de empresas.
Centros de desenvolvimento internos
São métodos baseados em centros localizados na empresa para expor os gerentes
e as pessoas a exercícios realísticos para desenvolver e melhorar habilidades pessoais. É
o caso das universidades corporativas.
Coaching
O gerente pode integrar vários papéis, como líder, renovador, preparador,
orientador e impulsionador, para se transformar em um coach. O coaching significa o
conjunto de todas essas facetas.
Além destes citados, saiba que existem, ainda, dois tipos de métodos de
desenvolvimento de pessoas fora do cargo. Tratam-se, segundo Chiavenato (2002), da
tutoria e do aconselhamento.
A tutoria é a assistência que executivos da cúpula oferecem a pessoas que
aspiram subir a níveis mais elevados dentro da organização. A progressão na carreira
requer que as pessoas sejam favorecidas por pessoas com posições dominantes na
organização e que definem os objetivos corporativos, prioridades e padrões.
O aconselhamento de funcionários, por sua vez, tem como característica o fato
de o gestor proporcionar aconselhamento no sentido de assessorar as pessoas no
desempenho de suas atividades.

Atividade
Por dentro das práticas de Treinamento e Desenvolvimento de pessoas

1) Qual a diferença entre treinamento e desenvolvimento de pessoas?

68
2) Conceitue treinamento.

3) Conceitue desenvolvimento.

4) Quais os principais tipos de treinamento?

5) Quais os métodos de desenvolvimento de pessoas?

69
3.0 Módulo Marketing Pessoal e Operador de Caixa

3.1 Operador de Caixa

O profissional de operador de caixa desempenha várias funções como: cálculos,


recebimentos e registros de diversos tipos de pagamento de valores, verifica documentos
e assinaturas, executa transações financeiras e se ocupa do fechamento do caixa. Porém,
uma das suas principais atividades é o atendimento ao cliente que precisa ser feito com
simpatia e educação, tanto com clientes, quanto com colegas de trabalho. Assim, o
profissional Operador de Caixa é responsável pelo fechamento do ciclo de vendas na
empresa, ou seja, pela fidelização e encantamento dos clientes, auxiliando o cliente a
escolher a melhor forma de pagamento, fornecendo informações sobre os produtos ou
serviços e finalizando o atendimento com a maior atenção e dedicação necessária, com o
objetivo de conquistar o cliente e fazer com ele retorne à empresa. Portanto, para iniciar
os estudos, aprenderemos sobre as necessidades dos clientes, aspectos de vendas e
Marketing Pessoal.

3.2 Introdução ao Marketing Pessoal e Sucesso Profissional

Quando utilizamos o conceito de marketing para promovermos nossa imagem


profissional na empresa, estamos executando o marketing pessoal. Então para você,
operador de caixa o marketing pessoal, é muito importante, pois, envolver várias situações
no seu dia a dia. Como por exemplo, cada atitude sua no trabalho reflete a empresa. Então
é muito importante você conhecer o marketing pessoal, não só para projetar uma boa
imagem da empresa para saber respeitar também o colega de trabalho e manter uma
postura adequada no dia a dia do trabalho. Assim, pode se dizer que:
Toda estratégia que leve a imagem do profissional até o consumidor final, o cliente
recebe o nome de marketing pessoal (SANTOS, 2002).!
Assim enquanto o marketing concentra seu foco nas trocas, o marketing pessoal
concentra seu foco na transformação, ou seja, o marketing pessoal por meio da imagem e
características dos profissionais promove as transformações necessárias, para tornar os
colaboradores da empresa, profissionais eficientes. O marketing pessoal, por exemplo,
permite que os profissionais projetem uma boa imagem da empresa em que trabalham.
Dessa forma, o marketing pessoal busca a valorização das habilidades,
conhecimento, liderança e imagem das pessoas com a finalidade de promover a empresa
e os produtos ou serviços oferecidos pelo mercado. Quando bem utilizado o marketing
pessoal contribui para minimizar os pontos fracos dos produtos ou serviços ofertados no
mercado, fortalecendo seus pontos fortes e aumentando suas chances de vendas. Assim:
Uma empresa utiliza o Marketing para fazer com que seus produtos sejam conhecidos,
apreciados e comprados, no Marketing Pessoal um profissional faz o mesmo, mas em
benefício a sua carreira! (MANSUR,1998).
Uma das consequências de um marketing bem sucedido é o sucesso profissional,
certo? Mas o que fazer para chegar ao Sucesso? Abaixo algumas sugestões:
• Desenvolver a liderança: a liderança é a capacidade de influenciar outras pessoas, ser
um formador de opinião;
• Confiança: procurar transmitir confiança aos seus chefes e companheiros de trabalho,
sendo uma referência de que se algo precisa ser bem feito, tem que ser feito por você.

70
• Desenvolver maturidade é saber solucionar conflitos sem provocar mais conflitos;
• Ser íntegro: executar o seu trabalho sem prejudicar ninguém. Não ser exageradamente
ambicioso e atropelar quem aparece pela frente.
• Ser um Profissional de destaque: sendo o primeiro a levantar a mão, quando o chefe
precisa de um voluntário para uma tarefa.
• Empatia: colocar-se no lugar do outro e elogiar o trabalho do colega e reconhecer o
mérito dos outros;
• Otimista: o pessimismo só atrasa seu desempenho.
• Paciência: esperar o tempo certo para sua promoção, saber escutar o colega de trabalho
sempre!
• Comunicação Clara: é necessário que o profissional saiba se comunicar claramente,
sabendo ouvir e transmitir suas ideias de forma compreensiva. A comunicação envolve
não só a comunicação verbal, mas a comunicação clara e profissional nos próprios meios
que a empresa oferece, como por exemplo, a comunicação por meios eletrônicos
(internet).
• Motivação: a motivação é aquilo que motiva a pessoa para um determinado
comportamento. O profissional deve procurar sempre está motivado de tal forma que essa
motivação influencie seus colegas de trabalho. Por isso, é interessante sempre ter metas,
objetivos, e planos alcançáveis na vida pessoal e profissional! (CHALMERS, 1996).
• Saber receber feedback: o feedback é o retorno sobre o seu trabalho. Por meio desse
retorno, que geralmente é realizado pelo seu superior, você fica sabendo o que se espera
de você e o que você alcançou e o que poderá melhorar nas atividades. Então, escute com
paciência e procure sempre ser o melhor no que desempenha!
• Participar na gestão: para se alcançar o sucesso na vida profissional é importante
aproveitar as oportunidades que a empresa oferece! As empresas atuais possuem uma
gestão participativa sobre a qual os colaboradores podem opinar demonstrando o que
acham sobre aquilo que deve ser melhorado no local de trabalho, e algumas empresas
recompensam seus trabalhadores por essas atitudes!

3.3 Composto de Marketing – 4P Introdução ao Processo de Vendas

Aprenderemos agora sobre o ponto inicial do marketing e marketing pessoal


conhecido como os 4p’s que são o produto, a promoção, o ponto de venda e o preço. Os
4p’s serão abaixo serão aplicados na empresa e na vida pessoal (marketing pessoal), e
engloba todo o processo de vendas! Veja abaixo:
• Produto: conhecer o produto é de suma importância! Como você irá informar o cliente
sobre aquilo que você não conhece? Então domine completamente tudo sobre o produto!
Em relação a você o marketing pessoal ensina que devemos nos conhecer e buscar
detectar pontos fracos e pontos fortes, isso se chama autoanálise! Então busque
transformar seus pontos fracos em pontos fortes!
• Promoção: no marketing a promoção refere-se em divulgar o produto. E no marketing
pessoal a promoção está voltada para o destaque no seu trabalho, consegue-se isso, por
exemplo, por meio de um excelente desempenho de suas funções!
• Ponto de Venda: no marketing está ligado ao lugar ou ponto de venda-PDV-que o
produto é ofertado, para isso é necessário conhecer profundamente o público alvo da
empresa. No marketing pessoal o ponto de venda está ligado aos ambientes frequentados
por você, ambiente profissional, social e familiar, assim as pessoas conhecerão o produto
com o qual você trabalha, por exemplo, aumentando suas oportunidades de negociação e
sua rede de relacionamento também!

71
• Preço: na empresa, o preço deve ser compatível com o produto, suas atribuições e
qualidade! Em relação à você, o preço ou remuneração atribuída a você no mercado de
trabalho, deve ser compatível com suas qualificações, habilidades e escolaridade, por
isso, qualifique-se sempre!!
Assim, em todo o processo de vendas, o marketing e marketing pessoal estão
presentes para facilitar a aceitação do produto ou serviço pelo consumidor ou cliente.

As empresas precisam conhecer o ciclo dos produtos/serviços que oferecem aos


seus clientes, já que os estágios dos produtos impactam o histórico de vendas das
empresas. Dessa forma, o ciclo do produto ou serviço estabelece os vários estágios de um
produto ou serviço em relação ao seu histórico de vendas, sendo importante conhecê-lo
para a empresa adequar seus serviços ou produtos, diante das mudanças instáveis que
ocorrem no mercado. Esse ciclo de vida dos produtos e serviços está dividido em:
• Introdução: compreende o estágio inicial, que é o lançamento do produto ou serviço no
mercado;
• Crescimento: geralmente ocorre quando o produto ou serviço recebe uma aceitação pelo
público alvo da empresa.
• Maturidade: nesse estágio o produto já alcançou aceitação dos clientes, e pode ocorrer
até um aumento do seu preço.
• Saturação: quando outras empresas oferecem o mesmo produto ou serviço, e isso dá
início às quedas nas vendas.
• Declínio: forte queda nas vendas, nos lucros e os clientes tendem a desaparecer
sensivelmente.
Por isso, é importante conhecermos os 4p’s e como o marketing atua, sendo
necessário sempre posicionar o produto ou serviço de forma competitiva no mercado. É
importante apresentar e descobrir o que diferencia seu produto ou serviço do concorrente
e sempre deixar os clientes totalmente informados sobre o diferencial do seu produto ou
serviço, certo?

72
Você observou o quanto que o marketing pode ajudá-lo no bom atendimento.
Abaixo algumas habilidades para realizar um bom atendimento (ROLIM, 2013):

• Capital Intelectual: é conhecimento que possuímos. Quanto mais sabemos, mais


aprimoramos nossas habilidades e mais valioso nos tornarmos ao mercado e aos nossos
clientes. Para desenvolver o capital intelectual sempre participe de cursos e busque cada
vez mais informações (leitura de livros, noticiários e etc);
• Empatia: compreender como o cliente deseja ser atendido, “colocar-se no lugar
do outro”, o que podemos fazer para superar as expectativas dos clientes;
• Disposição em atender: mostrar ao cliente que você tem a missão de atendê-lo
sempre!
• Apresentação Pessoal: ter uma boa apresentação pessoal, ter zelo e cuidado
consigo, ou seja, cuidados básicos com higiene e vestimentas!
• Comunicação: Ouvir as necessidades do cliente e prestar as informações
desejadas de forma correta! Busque sempre aprimoramento em cursos de relacionamento
interpessoal e oratória!
• Solução de problemas: Ser habituado em resolver problemas sempre e encontrar
diversas soluções!
• Ética: respeitar o espaço do outro sempre e agir com transparência e honestidade
no exercício da profissão!
É importante a você futuro operador de caixa conhecer a lei n° 8.078, de 11 de
setembro de 1990, que se refere aos direitos do consumidor que adquire um bem ou um
serviço. Para efeitos de conhecimento, abaixo alguns trechos da lei

Fonte: http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/codigo-de-defesa-do-consumidor-
lei-8078-90. Acesso em 17/02/14.

Código de Defesa do Consumidor - Lei 8078/90 | Lei no 8.078, de 11 de setembro de


1990
TÍTULO I
Dos Direitos do Consumidor
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1o O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de
ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5o, inciso XXXII, 170, inciso V, da
Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
Art. 2o Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3o Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
§ 1o Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2o Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo
as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
CAPÍTULO III

73
Dos Direitos Básicos do Consumidor
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços,
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem
como sobre os riscos que apresentem;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei no
12.741, de 2012)
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos
ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento
de produtos e serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais
ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos
e difusos; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção
ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos,
assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova,
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
IX - (Vetado) ;
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

Atividade
Por dentro das práticas de Marketing Pessoal e Vendas

1. Conceitue marketing pessoal e sua importância para empresa, para você e


para os clientes.

2. O que são os 4p’s e como são utilizadas no marketing e marketing pessoal?

74
3. Cite pelo menos quatro formas de alcançar o sucesso profissional e descreva-as.

4. Descreva o ciclo do produto e serviços.

3.4 Introdução à Matemática Financeira e sua Importância para o Profissional


Operador de Caixa

A Matemática Financeira fornece instrumentos para estudar e avaliar as formas de


aplicação do dinheiro bem como de pagamentos de empréstimos. Com isso você terá a
oportunidade de conhecer alguns conceitos dessa disciplina tão interessante e poderá
aplicá-la nas suas atividades profissionais.

3.5 O contexto das Finanças

Antes de iniciarmos o nosso estudo sobre finanças, colocarei aqui para você enten-
der melhor como surgiu às finanças durante o desenvolvimento da sociedade. Isso

será importante, pois você verá que envolver todos os conceitos que já trabalha-
mos até aqui. Vamos lá?

Durante o processo de desenvolvimento das sociedades, o problema de satisfazer


às necessidades das pessoas foi solucionado por meio do processo de troca de um
bem por outro (GOMES; MATHIAS, 1981).
A moeda então surgiu como intermediário para este processo sendo a forma de
acumular valor e gerar riquezas, e o preço passou a ser a medida de valor dos bens
(GOMES; MATHIAS, 1981).

Assim as pessoas poderiam vender seus bens ou comprá-los para consumir no fu-
turo, surgindo a noção de juros. Em outras palavras as pessoas que preferissem

consumir seus bens no futuro, exigiam uma recompensa por isso. Essa recompensa
recebe o nome de juro (GOMES; MATHIAS, 1981). O juro pode ser explicado como:
O custo do crédito ou simplesmente a remuneração pelo capital aplicado
Antes de iniciarmos o tópico de juros simples, é importante revisarmos alguns con-
ceitos importantes como taxa de juros e forma percentual, você verá que é simples

75
os cálculos e que na sua empresa utiliza-se muito a prática de juros compostos,
certo? Isso é muito importante para você poder, por exemplo, explicar ao cliente
o porquê do acréscimo de juros em uma venda a prazo parcelada, ok?Vamos lá?

Taxa de Juros - Juros Simples e Montante. Juros Compostos e Montante

Os juros são determinados por meio de um coeficiente que se refere a um dado


intervalo de tempo, então quando falamos em 12% por ano, quer dizer que quando
empregamos certo valor a essa taxa, por um ano, vamos obter 12% desse valor
empregado (GOMES; MATHIAS, 1981).
Esse valor a quem nos referimos na Matemática Financeira recebe o nome Capital,
representado pela letra C
As taxas de juros podem ser apresentadas de duas formas (GOMES; MATHIAS, 1981):
• Forma porcentual;
• Forma Unitária.

Na forma porcentual a taxa vêm com o símbolo % que significa por centos do ca-
pital.Vejamos o exemplo abaixo:

Exemplo: Qual o juro que rende um capital de R$1.000 aplicado por 1 ano à taxa
de juros de 10% ao ano? Calcularemos mais adiante.
E na forma unitária a taxa refere-se à unidade do capital e não se apresenta com
o símbolo %. Vejamos o exemplo abaixo:
Exemplo: Qual o juro que rende um capital de R$1.000 aplicado por 1 ano à taxa
de juros de 0,10 ao ano? Calcularemos mais adiante.
Na forma unitária a taxa já se apresenta transformada, então é importante que
sempre que você for calcular os juros prestar atenção na taxa, se ela apresentar
o símbolo % deverá ser transformada em forma unitária. Para transformar a forma

porcentual em unitária é bem simples é só dividir o valor da taxa que virá acompa-
nhada pelo símbolo % por 100 (CRESPO, 1999). Veja o exemplo abaixo:

Juros Simples e Montante

Quando apenas o capital produz juros durante toda a sua aplicação, o juro no fim
do prazo recebe o nome de juros simples (JUNIOR, 1981). Nesse regime de juros
simples os juros calculados são sempre sobre o mesmo Capital. Antes de iniciarmos
os nossos cálculos sobre os juros é importante conhecermos alguns conceitos onde:

76
• J é o juro no período da taxa;
• C é o principal ou capital investido;
• i é a taxa de juros do período; e
• n é o número de períodos.
Dessa forma os juros simples é representado pela simples fórmula abaixo:
J=C.i.n
E assim para encontrarmos o valor FINAL DA APLICAÇÃO que é a soma do Capital
mais os juros denominado como MONTANTE, onde:
• M é o montante ou valor futuro;
• C é o capital; e
• J é o juro, utilizaremos a seguinte fórmula:
M = C(1+i.n)
A fórmula acima foi encontrada partindo do pressuposto de que:

M= C + J como J= C.i.n e substituindo a variável J pela sua respectiva fórmula te-


remos a seguinte fórmula de Montante: M= C+ C.i.n (substituímos a variável J), co-
locando a variável C em evidência, pois é comum nesse cálculo temos M= C(1+i.n)

essa é a fórmula que utilizaremos para cálculo do Montante.


Retornado ao exemplo anterior: Qual o juro que rende um capital de R$1.000
aplicado por 1 ano à taxa de juros de 0,10 ao ano? Vamos calcular os juros e o
montante aplicando essas fórmulas.
Primeiro passo: Identificar as variáveis:
• J=? é o que se procura;
• C= R$ 1.000;
• n= 1 ano;
• i= 0,10 a.a
Observa-se que nesse caso a taxa de juros está em forma unitária, caso viesse com
o símbolo % precisaríamos dividi-la por 100, certo?
Assim como J= C.i.n teremos 1000 x 1x 0,10= J=R$100
Como o Montante é o Capital mais os juros e o Capital é igual a R$1000, já dado
no problema temos:

M=C+J 1000+100= M= R$1.100, lembrando que você pode achar o Mon-


tante também utilizando a fórmula M=C(1+i.n) assim:

M= 1000(1+0,10.1)= R$ 1.100, simples não é? Bom o segredo para o bom uso des-
tas fórmulas é lembrar que a taxa de juros i e o período n devem estar na mesma

unidade de tempo. Por exemplo, se em uma questão sobre juros a taxa for i= 6%
ao ano e o período n= 36 meses, antes de colocarmos direto nas fórmulas devemos

colocar o período e a taxa na mesma unidade de tempo, certo? Observe os exem-


plos abaixo:

Exemplo: Para usarmos a taxa de 6% ao ano, temos que transformar o período de


36 meses em períodos de anos, ou seja:
• i = 6% ao ano e n= 36 meses, onde 36 meses são 3 anos, assim a taxa i e o
período n, estão na mesma unidade.
Você pode ainda usar o período de 36 meses e transformar a taxa que foi dada em

77
ano em meses, certo? Dessa forma:
• n= 36 meses e i = 6% ao ano; se i = 6% ao ano por mês é só dividir por 12, então
encontramos 6÷12= 0,5% por mês (olha o símbolo de % ), para utilizar esse valor
nas fórmulas aprendemos que devemos transformá-lo em valor unitário então
0,5%, quando dividimos por 100 temos: 0,005 por mês, certo?
A partir da Fórmula básica para o cálculo de juros simples podemos obter
outros valores, como o valor do capital (C), da taxa (i) e do período de tempo
(n), veja:

J=C.i.n → C= J/i.n e i= J/C.n e n=J/C.i

De modo semelhante podemos achar outros valores a partir da fórmula do


Montante, veja:

M= C(1+i.n) → C= M/1+i.n e i=M/C-1/n e n= M/C-1/i

Cuidado! Não se esqueça de que a taxa i e o período n tem que estarem na


mesma unidade de tempo!

Atividade
Calculando Juros Simples

Exercícios Juros Simples


1. Uma dívida de R$ 1000,00 que deve ser paga com juros de 8% a.m. pelo regime
de juros simples e devemos pagá-la em 2 meses. Calcule o valor dos juros.

2. Calcule o montante resultante da aplicação de R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a.


durante 145 dias.

3. Calcular os juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de 36%


a.a., durante 125 dias.

78
4. Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de
juros em 75 dias?

5. Calcular os juros simples, referente a um capital de R$1.000, aplicado conforme


as taxas e prazos abaixo:

6. Que montante receberá um aplicador que tenha investido R$5.000, considerando


as taxas e os prazos abaixo:

79
Juros Compostos e Montante

Analisamos o regime de juros simples caracterizado pelo fato de somente o capital


inicial render juros (GOMES; MATHIAS,1981). A diferença entre os juros simples e os
juros compostos é que os juros compostos retratam melhor a nossa realidade, e não
somente o capital rende juros, mas estes juros são devidos também sobre os outros juros
formados, dizemos que então que os juros são capitalizados, então temos o nome de juros
compostos (GOMES; MATHIAS, 1981).
Exemplo:
Calcular o capital acumulado (montante) de uma aplicação de R$ 1.000,00 à taxa de 10
% ao mês, durante 4 meses.
Solução:

Podemos escrever que no sistema de juros compostos, o capital C, aplicado à taxa i ao


período, produz juros j e gera um montante M ao final de n períodos, calculados pela
seguinte fórmula:
M = C × (1 + i)n e os juros pela fórmula: J=M-C
Exemplo: Quanto receberá de juros uma pessoa que aplicou R$3.000, a juros compostos,
durante 3 meses, a uma taxa de 1% ao mês?

1° passo: Identificar as variáveis:


C=3000;
n=3 meses;
i=1%;

Operador de Caixa

M = C × (1 + i)n → M= 3000 .(1+0,01)3 ( calculado com o auxílio da calculadora);

M=3000. (1,01)3 → 3000. 1,030301=R$ 3090,90;

J=M-C → 3090,90-300= R$90,90 de juros, simples não é?

Exemplo: Calcular a aplicação inicial que, empregada por 1 ano e seis meses, à
taxa de juros compostos de 3% ao trimestre, se torna igual a R$ 477,62?

1° passo Identificar as variáveis:


M = R$ 477,62
i = 3% = 0,03
n = 6 (as capitalizações são trimestrais)
M = C × (1 + i)n
477,62 = C × (1,03)6 ( usar a calculadora)
C = 477,62/1,19405
C = R$ 400,00

80
Algumas abreviaturas

O ano civil ou exato possui 365 dias ou 366 (bissexto) e o ano comercial 360 dias.

Observe que a diferença dos juros simples e compostos é que quem financia por
juros simples, obtém um montante (valor total a pagar) inferior ao que financia por juros
compostos. Compare: Se uma pessoa empresta a outra a quantia de R$ 2.000,00, a juros
simples, pelo prazo de 3 meses, à taxa de 3% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Solução para Juros Simples:

J = c . i. t → J = 2.000 x 3 x 0,03 R$ 180,00

Solução para Juros Compostos:

M = 2.000.( 1 + 0,03)3 → M = 2.000 . (1,03)3 M = R$ 2.185,45


como J=M-C= R$ 185,45

Atividade
Calculando Juros Compostos

1. Calcular o montante de uma aplicação de R$10.000 sob a taxa de 20% a.a e


período de 5 anos?

2. Qual o juro que se obtém de um capital R$ 1.500 aplicado sob a taxa de 10%a.a e
no período de 10 anos?

3. Qual é o montante gerado por um capital de R$ 1.000 aplicado pelo prazo de 12


meses a uma taxa de 1% a.m?

81
4. Qual é o montante gerado por um capital de R$ 1.000, aplicado pelo prazo de 2
anos uma taxa de 1% a.a?

5. Aplicou-se a juros compostos uma capital de R$ 1.400.000.00, a 4% ao mês,


durante 3 meses. Determine o montante produzido neste período.

6. Qual o capital que se for aplicado juros compostos a 8% ao mês, produz em 2


meses um montante de R$ 18.915,00 de juros.

7. Aplicação de R$ 5.000,00 a taxa de juros compostos de 20% a.m. irá gerar, após
quatro meses, qual montante?

82
8. Considerando um capital de R$ 5.000,00 e que você receba juros compostos de 6%
a.a., calcule os juros e o montante depois de decorrido o prazo de um ano.

Porcentagem ou percentagem?

Caro aluno, agora que você aprendeu sobre juros, aprenderá sobre porcentagem.
São simples os cálculos e isso é muito importante mesmo para você, por exemplo,
conceder um desconto ao cliente, saber proceder nesses cálculos e explicar esses cálculos
aos clientes que questionam muito isso! Vamos lá?
As duas expressões estão corretas e existem na língua portuguesa. Assim sempre
que nos referirmos à proporção de uma grandeza ou quantidade calculada em relação a
uma centena, podemos utilizar os substantivos comuns femininos porcentagem ou
percentagem. As expressões significam também uma comissão ou taxa de lucro sendo
que a palavra porcentagem é a mais utilizada no português do Brasil.
As porcentagens são apresentadas pelo símbolo %, lembra-se dele? Por exemplo,
as razões centesimais que são frações que apresentam denominadores iguais a 100, podem
ser representadas por este símbolo %. Veja abaixo:
a) 1⁄4 =25/100=0,25=25%
b) 7/100= 7%=0,07;
c) 8/100=8%=0,008;
d) 50/100=50%=0,50= 1/2
e) 7,5/100= 7,5%=0,075;
f) 141,5/100=141,5%=1, 415;

Analisando as situações acima, você pode perceber que o símbolo % representa


centésimos, assim, por exemplo, 15% é uma forma que podemos usar para representar
15/100 ou 0,15 (quinze centésimos). Dessa forma quando se diz que uma pessoa gasta 1⁄4
(um quarto) do seu dinheiro com aluguel é a mesma coisa que dizer que a pessoa gasta
25% do seu dinheiro com aluguel, certo?
Entender a porcentagem para você, futuro profissional operador de caixa, é
importante, pois é uma linguagem muito utilizada pelos clientes! O cliente quer
descontos, quer saber quanto ganhou de desconto em porcentagem na compra à vista,
quer saber quantos por cento vai pagar a mais na compra a prazo.

83
Simplificando temos que a razão da forma a/b na qual o denominador b = 100, é
chamada taxa de porcentagem ou simplesmente porcentagem ou ainda percentagem,
representada pelo símbolo %. Assim o cálculo de 20% de 80, por exemplo, pode ser
obtido como o produto ou multiplicação de 20% por
80, isto é: 20%.80 = 20/100.80 = 0,20.80=16.
Então, para indicar um índice de A% por cento, escrevemos A% e para calcular
A% de um número B, realizamos o produto ou multiplicação:

Produto = A%.B = A/100.B

Vamos exemplificar! Uma loja oferece um desconto de 15% de desconto para


pagamento à vista na compra de um automóvel que custa R$80.000,00. Quanto uma
pessoa irá pagar por esse carro, à vista?

Resolução: 15%. 80.000, certo? 15/100.80000=0,15.80000=12000


12000 de desconto, certo? Se o carro custa 80000 e o cliente receberá 12000 de desconto
então pagará=80000-12000=68000, simples e fácil!
Outro exemplo: Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão
etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etiqueta com número par? Quantas
fichas têm a etiqueta com número ímpar?

Resolução: Vamos Lá! 52%.25=52/100.25=0,52.25=13; então são 13 fichas etiqueta das


com número par, certo? Se no total temos 25 fichas e 13 são etiquetadas com o número
par, então, 25-13=12 e o que sobrou são fichas etiquetas com o número ímpar, certo? ou
seja 12.
Vamos Praticar?

Atividade
Exercícios sobre porcentagem

1. Na sua primeira ida ao Shopping, você olhou uma calça que custava R$150,00.
Na semana seguinte, você decidiu comprar a calça, mas esta tinha sofrido um
aumento de 10% do valor anterior. Qual o novo preço da calça?

2. Um vídeo-game pode ser comprado por R$ 300,00 parcelado em 3 vezes, ou à


vista com 20% de desconto. Neste caso, para o pagamento à vista, de quanto é a
economia, em reais?

84
3. Uma pessoa percorreu 50% do comprimento da ponte. Se a ponte possui 7
quilômetros de extensão, quanto falta ser percorrido?

4. Numa promoção, um prato de espaguete estava com 20% de desconto. Qual o


preço pago, se o preço original era de R$ 9,00?

5. Você quer comprar um sapato. Pagando à prazo, o sapato sai por R$ 56,00 ávista,
tem um desconto especial de 10% .

6. Após uma pesquisa de opinião, apurou-se que 20% da população de uma cidade
com 25000 mil habitantes, lê o Jornal A. Quantas pessoas não lêem este jornal,
nesta cidade?

85
7. Jonas e seus amigos de turma decidiram ir ao cinema assistir ao filme “Lanterna
Verde”. O ingresso para sessão 3D custa R$20,00. Qual o valor que será cobrado
a cada um deles, considerando que todos pagam meia entrada e, ainda,
conseguiram um desconto extra de 10%, pois organizaram um grupo com 20
pessoas?

3.5 Operador de Caixa e suas Múltiplas Funções

Aqui você aprenderá o quanto é importante a função de operador de caixa nas


empresas e estabelecimentos, por isso é importante que você se qualifique cada vez mais!
Quem nunca precisou de um profissional para realizar o pagamento por um serviço ou
produto que compra? (ROLIM, 2013). Em todos os estabelecimentos, independente do
tamanho, você sempre encontrará o profissional operador de caixa, que finalizará o
atendimento ou um ciclo de venda, executando a transação financeira e concretizando a
compra (ROLIM, 2013). Chamado de operador de frente de loja ou operador de checkout
ou simplesmente “caixa”, esse profissional possui como atribuições (ROLIM, 2013, p.41;
42):
Realizar a correta conferência e registro de produtos;
• Informar o valor correto ao cliente, indicado no sistema de operação de caixa;
• Receber o pagamento em dinheiro ou título de crédito;
• Conferir os documentos necessários ao recebimento dos títulos de crédito e de
transações diversas;
• Fornecer o cupom fiscal ou nota fiscal ao cliente;
• Fornecer o troco correto ao cliente, nunca oferecer balinhas, chicletes ou outros itens
sem o livre consentimento do cliente;
• Oferecer produtos/informar ao cliente sobre promoções ou novidades;
• Realizar vendas adicionais;
• Controlar os valores de entrada/saída do caixa;
• Manter a sua posição de atendimento – PA- (balcão e equipamentos) organizada e limpa;
• Cuidar dos equipamentos utilizados durante o seu trabalho, zelando por sua
conservação;
• Verificar os equipamentos e reportar à supervisão caso haja necessidade de realizar
algum conserto;
• Organizar relatórios sobre a atividade, quando solicitado;
• Receber pagamentos de agências concessionárias (água, luz, telefone), bem como prover
recargas de serviços pré-pagos (como, por exemplo, telefone);
• Vender ingressos, bilhetes, passagens e tickets;

86
• Prestar informações gerais ao público (sobre produtos ou sobre a empresa na qual é
colaborador);
• Auxiliar o cliente na embalagem de produtos, quando não houver embalador e também
na presença do embalador, auxiliar o colega de trabalho para acelerar o atendimento;
• Auxiliar na reposição de mercadorias quando solicitado.
Cada empresa possui suas exigências em relação ao profissional operador de
caixa, assim cabe a você futuro Profissional Operador de Caixa, adaptar-se ao
estabelecimento que trabalha! (ROLIM, 2013).

Locais de Trabalho

O profissional Operador de caixa possui um amplo campo de atuação, já que todas


as empresas realizam transações financeiras e necessitam desse profissional. Assim ele
pode atuar em (ROLIM, 2013):
• Lojas em geral (comércio, shopping, lojas de departamentos entre outros locais);
• Supermercados;
• Mercadinhos;
• Hortifrutis;
• Atacarejos;
• Lojas de conveniência;
• Instituições financeiras;
• Farmácias e drogarias;
• Escolas e cursos.
No próximo tópico conheceremos os equipamentos utilizados pelo operador de
caixa! Nossa isso é muito importante para você! Pois se o operador de caixa não sabe
operar os equipamentos, prejudica a empresa, o cliente, todo o processo de vendas dos
produtos e serviços. Muitos clientes não voltam mais às empresas alegando a demora no
atendimento ao caixa. Você deve ser atencioso como todos esses equipamentos e
cauteloso também e ao mesmo tempo eficiente!

Equipamentos Utilizados pelo Operador de Caixa

O profissional operador de caixa precisa conhecer e saber executar os


equipamentos da sua posição de atendimento. “Os equipamentos são interligados entre si
e possuem a função de auxiliar a operação de caixa e fornecer resultados rápidos e
confiáveis” (ROLIM, 2013, p. 43). Cabe, ao operador utilizar os equipamentos de forma
eficaz e evitar os erros humanos, sempre operando com atenção e muita agilidade
(ROLIM, 2013).
(ROLIM, 2013): lembrem-se esses equipamentos, é patrimônio da empresa, então
zele por eles! Está sob sua responsabilidade mantê-los limpos e informar ao superior
quando ocorrer algum problema que indique necessidade manutenção, certo?
Segundo a autora Rolim (2013), é necessário ainda a você futuro profissional
operador de caixa seguir todas as especificações indicadas pelo fabricante durante o
treinamento na empresa, assim evitará danos aos equipamentos. A posição de
atendimento (PA) deve ser ainda mantida em ordem, evitando o acúmulo de poeiras,
restos de comidas então evite alimentar-se durante o seu trabalho), evite a umidade e
desorganizações em geral, a ordem é essencial para receber bem o cliente!

A seguir alguns equipamentos utilizados pelo operador de caixa (ROLIM, 2013):

87
• Balcão: no balcão são montados todos os equipamentos de utilização na ope ração de
caixa e é por onde passam todos os produtos comprados, certo? Então deixe-o sempre
limpo para receber seu cliente, tenha em mãos uma flanelinha, espanador e produto de
limpeza (adequado para o balcão, geralmente indicado pelo fabricante), caso venha
derramar algum grão, água, açúcar ou até mesmo a embalagem gelada que sempre molha
um pouco o balcão como de carnes. Deve-se manter sacolas no balcão se o
estabelecimento utilizar é claro, e essas sacolas devem ficar bem organizadas no seu
balcão!
• Scanner ou leitor de código de barras: é o equipamento que realiza a leitura do código
de barras, decodificando-o, pois é no código de barras que encontramos as especificações
do item ou preço. Esse equipamento pode ser do tipo “pistola”, que utilizamos com a
mão, ou do tipo fixo, acoplado em uma “torre” no balcão.
• Monitor: é a tela onde acompanhamos os produtos e seus preços! E no monitor o cliente
e o operador de caixa acompanham toda transação.
• Teclado: local no qual são digitadas as opções desejadas no sistema que é realizada a
transação financeira.
• Impressora de cupom fiscal: é uma pequena impressora que serve para, ao final da
transação financeira, emitir o “relatório de compra” ou o cupom fiscal. É importante que
você operador de caixa seja treinado para repor o rolo de papel quando este mesmo acabar
na impressora!
• Gaveta de dinheiro: é a gaveta que se utiliza para guardar os valores. Essa gaveta possui
várias divisões que são utilizadas para organizar os diferentes valores, então mantenha-se
organizado e correrá o risco de cometer erros!
• TEF: Essa máquina realiza a Transferência Eletrônica de Fundos. É a máquina que
recebe o pagamento por meio de cartões.
• Impressora de cheques: é o equipamento que prepara os cheques para o cliente poder
assinar!

Os carrinhos e cestinhos, que são utilizados pelos clientes, recebe o nome


equipamentos complementares! Eles devem está sempre nos locais corretos, limpos e em
bom estado! O malote também é um equipamento (bolsa) complementar, utiliza-se dele
para transferência de valores da estação de caixa ao caixa central!

3.6 Operacionalização – Alguns Procedimentos Realizados pelo Operador de


Caixa

Segundo Rolim (2013), alguns procedimentos realizados pelo operador de caixa


são:
• Rendição: Como qualquer outro profissional, o operador de caixa possui seus horários
de trabalho, então quando ele assume seu turno e deixado pelo o outro colega de trabalho,
diz-se que ele está “rendendo” o outro, certo?
• Abertura do sistema: Quando se inicia o sistema informatizado para iniciar suas
atividades!
• Recebimento de fundo de troco: é a quantia que o operador de caixa recebe (moedas ou
“miúdos”.) para facilitar seu troco na atividade!
• Sangria: É a retirada dos valores acumulados na gaveta de dinheiro, destinado ao caixa
central ou tesouraria, via malote. No malote também são enviados além dos valores os
cupons diversos.

88
• Devolução, Estorno ou Cancelamento: Quando o cliente desiste de alguns itens da
compra realizada, o operador de caixa deve aceitar a devolução, cancelar o registro e
realizar o estorno (devolução da quantia paga pelo cliente). Dependendo da empresa, essa
operação necessita da autorização de um superior como o chefe de operação de caixa ou
o gerente.
• Troca: O cliente pode necessitar efetuar alguma troca, então encante o cliente sempre
no seu atendimento e conheça as normas para as trocas no estabelecimento no qual você
irá trabalhar, não se esquecendo dos direitos do cliente perante o código de defesa do
consumidor, certo?
• Pesquisa de preços: Caso o cliente necessite pode efetuar a pesquisa de preços na hora
antes de efetivar a compra;
• Reposição de produtos: Como o profissional operador de caixa lida diretamente com o
cliente, por isso é chamado de profissional de linha de frente, quando souber de algum
produto que o estabelecimento não tenha – informação pelo cliente; é sempre importante
que você informe à empresa! Outro ponto importante é que sempre acumula produtos no
caixa – deixados pelos clientes, então recorra ao profissional responsável por repor esses
produtos e atenção aos produtos perecíveis, certo?

Aproveite os horários de menor movimento para auxiliar na limpeza de carrinhos e


cestinhos, da PA, repor produtos, faça o melhor que puder!

Atividade
Exercícios sobre as múltiplas funções do operador de caixa (Trabalho de Campo)

1. Faça uma visita a algum estabelecimento e realize uma entrevista com operador de
caixa e com o seu supervisor. Faça as seguintes perguntas ao operador de caixa (Lembre-
se de que você não precisa citar o nome do estabelecimento) e apresente às respostas a
sua turma de curso, ok?
a. Quais são as atividades que você realiza no seu trabalho?

b. Há quanto tempo você trabalha como operador de caixa? Você é feliz com a profissão?

c. Quais são as situações mais difíceis que acontecem durante o atendimento ao cliente?

89
d. O que é importante para realizar um bom atendimento ao cliente?

2. Ainda na mesma visita ao supermercado faça perguntas ao supervisor:


a. Qual a importância do operador de caixa para a empresa?

b. O que o operador de caixa pode fazer para exercer um bom atendimento ao


cliente?

c. Qual o perfil profissional para quem deseja atuar na área de operação de caixa?

d. Aproveite o momento para fazer outras perguntas que você achar interessante, lembre-
se de que não precisa gravar essa entrevista, é só você transcrever as respostas.

90
3.7 Transações Financeiras: Formas de Pagamento

Aqui você aprenderá como ocorrem as transações no dia a dia de um operador de


caixa. Então, você verá o que o operador de caixa poderá utilizar ou receber para executar
essas transações, certo? Vamos lá?
Quando se finaliza uma compra, o cliente realiza o pagamento pelo produto ou
serviço que adquiriu (ROLIM, 2013). Assim a transação é uma permuta, que é o mesmo
que troca, ou seja, acontece a permuta de um serviço ou produto, por um valor que pode
ser oferecido em moeda de comum acordo ou título de crédito (ROLIM, 2013, p.55).
Dessa forma o cliente pode realizar o pagamento em dinheiro (moeda corrente adotada
no país no qual está localizado o estabelecimento, essa moeda pode está em forma de
cédulas e moedas) ou o cliente pode realizar o pagamento por meio do título de crédito.
O que é título de crédito? Veja abaixo na descrição de (ROLIM, 2013, p.55):
Título de crédito é qualquer documento que caracteriza um pagamento sem a
utilização do dinheiro, mas que possui total valor comercial. É um documento que será
trocado por dinheiro, logo, este documento simboliza dinheiro. A utilização de um título
de crédito garante ao cliente a formalização da sua aquisição/compra mesmo sem a
utilização concreta do dinheiro.
Assim é considerado título de crédito todo documento considerado como um
pagamento sem a utilização do dinheiro, certo? Vejamos os exemplos abaixo e
conheceremos cada um (ROLIM, 2013):

• Cheques;
• Promissórias;
• Cartões de débito e crédito;
• Boletos bancários;
• Carnês.

Antes de iniciarmos o estudo sobre cada um desses títulos de crédito, vamos estudar um
pouco sobre o dinheiro.

Transação Financeira: Dinheiro - Dispositivos de Verificação e Segurança do


Dinheiro

O dinheiro é um documento que se usa em transações financeiras, apresentado em


formato de cédulas ou moedas. Há muito tempo era a única ou principal forma de
pagamento por um bem ou um serviço adquirido (ROLIM, 2013). IMAGEM DE
DINHEIRO É sempre importante saber informações sobre como identificar dinheiros
falsos, existem dispositivos de segurança que auxiliam na identificação. Você como
profissional de Operador de Caixa não pode ter vergonha em observar se o dinheiro é
verdadeiro. Mesmo quando você receber o dinheiro por parte de outro operador de caixa
(ROLIM, 2013), observe-os, pois se você receber o dinheiro falsificado deverá ressarcir
o valor à empresa!

91
Assim verificar os valores ao receber é mais do que um ato de proteção, é um ato
de cidadania! (ROLIM, 2013).

Transações Financeiras em Dinheiro

O dispositivo de verificação tem como objetivo evitar as tentativas de falsificação


de dinheiro, a própria cédula possui vários dispositivos de segurança que auxiliem na
verificação se a cédula é verdadeira ou falsa (ROLIM, 2013). Assim para se certificar de
que a nota não é falsa, verifique, pelo menos, estes quatro itens:

• Marca d’água;
• Alto-relevo;
• Faixa holográfica;
• Número escondido.
Veja na figura abaixo como identificar notas falsas de real ou dinheiro1

Veja abaixo os itens de segurança das novas notas de Real.

92
Atividade
Transações financeiras - Dinheiro

Em duplas, elabore uma cédula de dinheiro de um “banco” fictício, demonstrando as


normas de segurança para o reconhecimento das cédulas.

Faça no espaço abaixo:

93
Título de Crédito: Cartão de Crédito

Um título de crédito bastante aceito pelas empresas e muito utilizado pelos clientes
é o cartão de crédito. Por isso devido a grande utilização desse documento nas transações
financeiras, torna-se importante o conhecimento de como recebê-lo com segurança
(ROLIM, 2013). É um documento cedido através de uma empresa denominada financeira
(ou até mesmo um banco) que cede aos seus clientes um limite de crédito, ou seja, uma
quantia é oferecida ao cliente para que ele possa utilizar (ROLIM, 2013). Dessa forma,
ao realizar a compra, o cliente utiliza o cartão de crédito – que popularmente é conhecido
como “dinheiro de plástico”. A financeira ou o banco realiza então o pagamento a
empresa que recebeu este tipo de título e o cliente paga à empresa que cedeu o cartão.

Dados Presentes no Cartão de Crédito


Para a autora Rolim (2013) os dados encontrados em um cartão de crédito são os
seguintes:

Exemplo de cartão de crédito.

• Nome do banco administrador do cartão;


• Número do cartão;
• Data de validade;
• Bandeira;
• Chip de dados;
• Tarja magnética;
• Local para a assinatura do portador;
• Número de segurança.

Sujeitos envolvidos na Transação Financeira

94
A utilização de cartões oferece segurança e muita comodidade aos clientes. Mais
segurança recebe o estabelecimento, pois, caso o banco ou financeira não aprove as
compras a negativa é enviada na hora e o comerciante não sofre prejuízo (ROLIM, 2013).

Veja abaixo as descrições dos envolvidos neste tipo de transação financeira (ROLIM,
2013):

• Portador: é o cliente que realizará o pagamento através do cartão. Pode ser titular da
conta de cartão de crédito ou apenas o portador do cartão adicional.
• Estabelecimento: é a empresa que receberá o pagamento, por um produto ou serviço,
comprado quando se utiliza o cartão;
• Adquirente: é a empresa responsável pela comunicação da transação entre o
estabelecimento e a bandeira. No Brasil, são as empresas como Redecard, Cielo,
Hipercard e Getnet, estas empresas fornecem as máquinas de cartão de crédito;
• Bandeira: é a empresa responsável pela comunicação da transação entre o adquirente e
o emissor do cartão de crédito. Sendo as maiores bandeiras no Brasil a Visa, MasterCard
e Hipercard;
• Emissor: é a empresa administradora do cartão, uma instituição financeira que emite o
cartão de crédito. Algumas das responsabilidades da administradora são: delimitação do
limite de compras, aprovação de transações, emissão de faturas, serviços de cobrança,
serviços diversos referentes ao cartão.

Dispositivos de Segurança ao Receber Cartões

Abaixo alguns passos importantes ao receber cartões durante uma transação


financeira:
• Sempre solicite um documento com foto e confira, além de foto, a assinatura
do cliente;
• Verifique a data de validade do cartão;

95
• Se a empresa solicitar informe na papeleta gerada pela máquina, o telefone e assinatura
do cliente.
Os passos acima são muito importantes, pois, como muito cartões trabalham
apenas com senhas, sendo que nada mais é solicitado, se acontecer algum uso que não
seja realizado pelo titular do cartão, a transação é caracterizada como crime, podendo
você operador de caixa e o cliente penalizados porisso! (ROLIM,2013).

Operacionalização com Cartão de Crédito

São duas as funções realizadas com cartão de crédito (ROLIM, 2013):


Débito: função que permite o pagamento automático, imediato!

Crédito: função que permite ao portador utilizar o cartão com o crédito do emissor,
permitindo parcelamentos!

Para as duas funções, utilizamos a máquina de cartão de crédito, também


conhecida por TEF (Transferência Eletrônica de Fundos). São duas as formas de
passarmos o cartão (ROLIM, 2013):
• Através do magneto (tarja magnética localizada na parte de trás do cartão), assim você
irá passar o cartão na máquina ao lado, conforme a figura acima;
• Ou através da leitura do chip, onde se insere o chip na abertura da máquina ou
simplesmente se aproxima o chip da máquina.
Durante a transação financeira envolvendo o cartão de crédito (ROLIM, 2013), o
funcionário do estabelecimento passa o cartão na máquina. Será solicitada função débito
ou crédito. Na função crédito o cliente pode optar por parcelar, a depender da política da
empresa, com ou sem juros. Na função débito a transação gera saque automático.
Aprovada a transação, o equipamento emite duas vias de comprovante: uma via será
entregue ao portador e a outra via deverá ficar na empresa (importante você solicitar a
assinatura do portador e verificar se a assinatura confere com o verso do cartão ou de
algum outro documento de identificação).

Atividade
Transações financeiras – Cartão de Crédito

1. Quais são os dados que estão presentes no cartão de crédito?

2. Quais são os dispositivos de segurança para o recebimento de cartões de crédito?

3. Quais são as duas funções realizadas na operação com cartão de crédito?

96
4. O que significa TEF?

Título de Crédito: Boleto Bancário e Carnês

Os boletos são muito utilizados no recebimento de pagamentos diversos pelas


instituições financeiras. Caracterizam-se como título de crédito e é importante
conhecermos sobre sua utilização para melhor atender ao cliente (ROLIM, 2013). O
boleto bancário é uma das formas de pagamento bastante conhecidas pela população. É
um documento de cobrança, utilizado como instrumento (guia) de pagamento de um
produto ou serviço prestado. Com esta guia de pagamento, o emissor do boleto (cedente)
pode receber do cliente (sacado) o valor referente ao produto ou serviço.
O boleto bancário também pode ser chamado de bloqueto de cobrança, bloqueto
bancário ou boleto de cobrança. Logo abaixo, veremos os principais dados e campos do
boleto bancário.

Principais Dados/Campos do Boleto

O boleto é formado por diversos campos. Cada campo possui um dado, uma
informação referente a transação. Veja a seguir os principais campos do boleto bancário:

• Código do Banco: refere-se à numeração do banco que administra o recebimento


daquele boleto bancário;

• Linha digitável: é a representação numérica do código de barras. São os números que


são utilizados pelo operador de caixa quando o código de barras está danificado.

• Vencimento: é a última data para o pagamento do boleto bancário sem juros. Algumas
instituições financeiras não recebem boletos como vencimento ultrapassado.

• Valor do documento: é o valor a ser pago pelo cliente.

• Código de Barras: Representação gráfica de dados numéricos ou alfanuméricos.

• Sacado: Identificação do cliente que irá pagar o boleto bancário ( nome, endereço, etc).

• Data do Documento: é a data em que o boleto foi gerado ou emitido.

• Cedente: dados da empresa titular da conta, responsável pela emissão do boleto.

97
Recebimento de Boletos Bancários e Código de Barras

Ao receber um boleto bancário, o operador de caixa deve verificar se o documento


está dentro do limite do recebimento (ROLIM, 2013). No campo central do boleto
bancário geralmente encontram-se textos referentes à descontos ou acréscimos que
modificarão o valor originalmente expresso. Algumas empresas podem conceder
descontos aos clientes que realizarem o pagamento do boleto antes da data de vencimento,
ou até mesmo na data-limite. No geral qualquer empresa, pode cobrar multas e taxas
quando o cliente realiza o pagamento após a data de vencimento. Cabe ao profissional
operador de caixa verificar o texto, realizar os cálculos de desconto ou acréscimo e
informar ao cliente o valor final. Para a efetivação dos cálculos, é importante que o
operador de caixa saiba realizar os cálculos com porcentagens, que já aprendemos no
módulo de Introdução à Matemática Financeira (ROLIM, 2013).
O código de barras está presente em boletos de bancários e produtos em geral
(ROLIM, 2013), são aquelas “listras em preto e branco” que facilitam as transações
comerciais, oferecendo maior agilidade e controle. O código de barras é uma
representação gráfica de dados, quando decodificado por máquina apropriada (o leitor de
código de barras ou scanner), permite verificar um grande e universal banco de dados, a
identificação daquele produto ou documento, retornando os dados como identificação do
produto e preço (ROLIM, 2013).
O Código Nacional de Produtos (código de barras) foi introduzido formalmente
no Brasil em 29 de novembro de 1984, através do decreto n° 90.595 (ROLIM, 2013).

Atividade
Transações financeiras – Boleto Bancário e Carnês

1. Usando sua criatividade, desenhe no espaço abaixo, um modelo de boleto fictício, com
nome um banco preenchendo com as seguintes informações:

• Código do banco: 614;


• Vencimento: 27/10/2013;
• Valor do documento: R$580,00;
• Data do documento: 25/10/2013;
• Cedente: Financeira Finanças.
98
2. Pesquise em rótulos de produtos, códigos de barras e cole abaixo

99
Títulos de Crédito: Promissória

A promissória é um título de crédito utilizado por pessoas que necessitam de


crédito, mas não possuem cheques, utilizada em alguns comércios, deve ser conhecida
pelo operador de caixa no desempenho de suas atividades (ROLIM, 2013). Por ser um
título de crédito aceito em alguns estabelecimentos comerciais, a nota promissória
permite ao cliente realizar compras pré-datadas e até mesmo parceladas. O seu
preenchimento possui campos parecidos com os campos de preenchimento do cheque e,
por ser um documento que pode ser redigido pelo operador de caixa, requer muita atenção
ao seu recebimento (ROLIM, 2013).
O preenchimento da nota promissória resulta em um texto no qual o devedor
assume a responsabilidade de efetivar o documento das compras realizadas (ROLIM,
2013), assim a nota promissória é “uma promessa de pagamento”. Para aceitar o
pagamento através de nota promissória depende das normas de recebimento da empresa,
bem como do relacionamento entre credor (estabelecimento ou pessoa que aceita o
pagamento em nota promissória, também chamado de beneficiário ou tomador) e devedor
(também chamado de subscritor). Em alguns casos, é solicitada uma terceira parte- o
avalista (pessoa que se responsabiliza pelo pagamento da dívida, caso o devedor não o
faça).
A nota promissória também pode ser endossada, ou seja, transferida a outras
pessoas (ROLIM,2013). Ao assumir uma dívida em nota promissória o emitente
compromete-se a pagar aquele valor em determinada pré-acordada: é a data de
vencimento. Se não for realizado o pagamento a nota promissória pode ser protestada em
cartório, negativando o nome do devedor (o que impossibilita a tomada de outras linhas
e crédito, financiamentos ou crediários), podendo ainda ser acionado a cobrança judicial
(ROLIM, 2013).
Dados Presentes na Nota Promissória

Na folha de nota promissória os seguintes dados:


• A denominação NOTA PROMISSÓRIA;
• O campo n°, no qual colocamos duas informações respectivamente: a ordem da parcela
e a quantidade total e parcelas a serem pagas. (Esta informação é importante para verificar
se o pagamento será dividido, em quantas vezes).
• A data de vencimento – dia no qual o emitente compromete-se a liquidar a dívida (caso
não seja determinada a data, o vencimento será considerado à vista).
• O valor da nota promissória – este valor é expresso em números e também escrito por
extenso.
• A promessa de pagar o título que está sendo emitido;
• O local do pagamento da dívida (caso este campo não seja preenchido, será considerado
o domicílio do emitente).
• Os dados do beneficiário (nome e CPF ou CNPJ);
• Os dados do emitente (nome, CPF ou CNPJ, endereço, telefone);
• A data e o local nos quais a nota promissória foi preenchida.
• A assinatura do emitente.
• Caso solicitado, o nome e dados do avalista;
• Assinatura e dados (identidade ou CPF e endereço) e duas testemunhas.

100
Ao profissional operador de caixa cabe a prestação de auxílio no preenchimento
bem como orientações ao cliente. Deve, ao receber a nota promissória, verificar se todos
os dados estão preenchidos e se os mesmos estão corretos (ROLIM, 2013).
Lembre-se de que tal qual o cheque, a nota promissória não pode ser rasurada,
pois pode perde o seu valor e sua utilidade (ROLIM, 2013).

Título de Crédito: Cheque

O cheque é uma das formas de pagamento caracterizado como título de crédito


que permite a transação financeira sem a presença do dinheiro (ROLIM, 2013). São
documentos produzidos pelos bancos, sendo que a folha de cheque é considerada uma
ordem de pagamento à vista, ou seja, a partir do momento no qual o proprietário emite a
folha de cheque a ser preenchida e assinada para realizar um pagamento, ele está
autorizando o banco no qual possui a sua conta, que receba a folha de cheque e faça a
troca por dinheiro, finalizando, portanto, a transação comercial (ROLIM, 2013).

Dados Encontrados no Cheque

Na linha superior do cheque encontramos dados como o número do banco, o


número da agência, o número da conta da pessoa ou empresa, o número da folha de
cheque e espaço para o preenchimento do valor numérico (valor a ser pago). Veja abaixo
(ROLIM, 2013):
• Número do banco: é a numeração de identificação do banco perante o Banco Central;
• Número da agência: é o número da agência específica na qual está localizada a conta do
cliente;
• Número da conta: é a identificação da conta do cliente naquele banco;
• Número do cheque: é o número da folha específica de cheque em que está sendo
realizada a transação;
• Espaço para o preenchimento do valor numérico: local no qual se coloca o valor do
cheque, escrito em números;

101
Observando a imagem acima veja que existem três linhas de igual tamanho, as
duas primeiras linhas são para o preenchimento do valor do cheque escrito por extenso e
a última linha serve para nominar o cheque, ou seja, colocar o nome da pessoa ou empresa
para a qual o cheque está destinado (ROLIM, 2013).

Observando o cheque acima, a terceira linha define duas situações relacionadas


ao cheque (ROLIM, 2013).
• Cheque nominal: é aquele cheque onde colocamos o nome de uma pessoa ou de uma
empresa para o cheque será destinado, desta forma, apenas o sujeito mencionado naquela
última linha é que possui o direito de compensar (trocar o cheque por dinheiro). Assim
esse cheque só pode ser apresentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque.
Porém, é importante saber que mesmo nominal o cheque pode ser endossado. O endosso
consiste em uma transferência do cheque nominal à outra pessoa determinada pelo
beneficiário. Mas cuidado! Cheques com escrita “não à ordem” ou “não endossável” não
permitem este tipo de transação.
• Cheque ao portador: Quando o cheque não é nomeado ele torna-se um cheque ao
portador, que significa que qualquer pessoa que estiver portando (carregando) aquele
cheque poderá trocá-lo. Assim, por motivos de segurança, convencionou-se que o cheque
ao portador não possua valor superior a R$100,00 (cem reais).
Na situação de recebimento na operação de caixa a solicitação para nomear o
cheque para a empresa é considerada um dispositivo de segurança, visto que inibe a troca
do cheque por outras pessoas! (ROLIM, 2013).
Dando continuidade, as duas últimas linhas do cheque são reservadas para o
espaço, para a data e a linha de assinatura na qual as pessoas assinam, ao lado destas

102
linhas estão a logomarca do banco e o endereço da agência na qual se situa a conta e,
abaixo, o nome do titular do cheque e a numeração de seus documentos de identificação.
Sobre o cheque podemos dizer ainda que (ROLIM, 2013):
• Cheque cruzado: é aquele cheque que no seu preenchimento, o cliente pode utilizar duas
linhas transversais e paralelas, indicando o cheque cruzado. Este procedimento significa
que o cheque somente pode ser pago mediante crédito em conta.
• Cheque sem fundo: é o cheque que durante o seu preenchimento, é emitido sem que haja
saldo na conta para o seu devido pagamento.
Conheça agora as pessoas envolvidas em uma transação com cheque.

Sujeitos da Transação

Segundo a autora Rolim (2013), quando é realizada uma transação com título de
crédito caracterizamos dois sujeitos: a pessoa que emite o título de crédito e a pessoa que
recebe (física ou jurídica).
Veja a diferença:

Pessoa física: é a pessoa, ou seja, homens e mulheres que possuem o Cadastro de


Pessoa Física (CPF);

Pessoa Jurídica: é a entidade abstrata com existência e responsabilidade jurídicas, como,


por exemplo, empresas públicas e privadas, órgãos e associações, etc. Possuem o
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

A pessoa (física ou jurídica) que emite o título de crédito-cheque é chamada de


emissor, emitente ou devedor. A pessoa física ou jurídica que recebe o cheque é
denominada de cedente ou credor, pois é aquele que está concedendo crédito. Também é
considerado o beneficiário. Destaca-se também o sacado, que é o banco onde está
depositando o dinheiro do emitente (ROLIM, 2013). Agora vamos conhecer alguns
cuidados que devemos ter ao receber os cheques, vamos lá?

Cuidados para Garantir a Segurança no Recebimento de Cheques

Algumas ações devem ser tomadas para garantir a segurança ao receber um


cheque (ROLIM, 2013), veja abaixo:
Cada empresa possui as suas normas para o recebimento de cheques. Então é
importante que você conheça as normas da empresa que você irá trabalhar, e adaptar-se
a elas! Algumas empresas, por exemplo, só recebem cheques previamente cadastrados de
seus clientes!
É importante realizar pesquisas nos serviços de proteção ao crédito. No caso de
cheques consulte o SERASA.
Se tiver dúvidas em relação ao recebimento de um cheque SEMPRE peça auxílio
ou até mesmo autorização- do supervisor direto!
Solicite os documentos de identificação com foto e ANALISE-OS!
Ao receber o cheque realize a conferência, verificando se a assinatura é
semelhante a assinatura do documento de identificação e se os valores estão de acordo
com os valores apontados pelo sistema e se o valor numérico está de acordo com o valor
escrito por extenso;

103
Tome sempre cuidado redobrado com cheques previamente assinados, cheques de
terceiros ou que não estejam em bom estado de conservação (amassados ou amarelados,
por exemplo);
NÃO RECEBA CHEQUES RASURADOS!
NÃO PREENCHA OS CHEQUES PELOS CLIENTES!

Você sabe o que é SERASA?

Serasa significa Centralização de Serviços dos Bancos, e não é uma sigla, sendo
uma empresa privada brasileira, que faz análises e pesquisas de informações econômico-
financeiros das pessoas, para apoiar decisões de crédito, como empréstimos. Criada pelos
bancos, com o objetivo de centralizar informações, e fazer com que seus custos
administrativos diminuíssem e diminuir também a margem de erros sobre as informações
para emprestar crédito a pessoas, a Serasa fornece a empresa consultas sobre seus clientes,
diretos e indiretos verificando os indivíduos que constam em seu banco de dados, ou seja,
quando uma pessoa deve algum valor para um estabelecimento comercial, a Serasa então
inclui a pessoa nessa lista, e é possível então pagar para fazer a consulta nesse banco de
dados. A Serasa então divulga os dados aos seus associados, especialmente os bancos e
estabelecimentos comerciais, e caso o nome de um indivíduo seja incluído no banco de
dados, apenas após o pagamento da dívida, o banco pode solicitar a exclusão do nome
desse banco de dados.

Comprovantes: Recibos e Notas Fiscais

O cliente possui a necessidade e o direito de documento de comprovação, ou seja,


confirmação de que a transação foi realizada, para tanto é fornecido a ele notas fiscais e
recibos (ROLIM, 2013). O recibo é um documento, emitido em papel, por pessoas ou
empresas, para comprovar o recebimento de pagamento por produtos vendidos ou
serviços prestados (ROLIM, 2013). Porém, apesar de servir para comprovação, o recibo
não é documento oficial (não serve como instrumento de arrecadação de impostos para o
governo), sendo esta a sua maior diferença com a nota fiscal (ROLIM, 2013).

Dados de Preenchimento dos Recibos

Entre os campos que devem ser preenchidos em um recibo estão:


 Número do recibo: número de ordem no talonário ou protocolo;
 Valor: quantia recebida expressa em valor numérica e escrita por extenso;
 Denominação do pagante: nome da pessoa ou empresa que pagou, precedida de
afirmação de recebimento;
 Objeto do pagamento: denominação dos produtos ou serviços comprados;
 Localidade e data do pagamento: nome da cidade e data;
 Dados do recebedor: nome, assinatura, CPF ou CNPJ, endereço;

Veja a figura abaixo:

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Nota Fiscal/ Cupom Fiscal

A nota fiscal é um documento de comprovação de venda de produto ou serviço,


significa também a transferência de propriedade sobre um bem ou serviço prestado
(ROLIM, 2013). Pode ser emitida a pessoas jurídicas ou físicas ou entre essas pessoas. A
diferença entre nota fiscal e recibo é que a nota fiscal destina-se ao recolhimento de
impostos (ROLIM, 2013). As empresas ou pessoas que não emitem a nota fiscal cometem
o crime de sonegação fiscal. Os dados presentes na nota fiscal são os mesmos presentes
nos recibos. Como existem diversas notas fiscais, a mais comum, presente na operação
de caixa é o cupom fiscal, emitido pelo equipamento de emissor de cupom fiscal (ECF).
Assim o cupom fiscal apresenta vários dados como: itens comprados, valor, quantidade,
total pago, data e hora da transação, dados da empresa (nome, CNPJ, inscrição estadual,
endereço).

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