Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUICÍDIO
Dados:
• Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano - sendo essa a segunda
principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. (OPAS, OMS,
2018)
• A cada 45 segundos ocorre um suicídio em algum lugar do planeta.
• No Brasil, 51% dos casos de suicídio acontecem dentro de casa, seguida pelos hospitais
(26%). Estima-se que apenas um em cada três casos de tentativa de suicídio chegue aos
serviços de saúde, de forma que os dados sobre o comportamento suicida são bastante
incipientes. (BOTEGA, 2014)
• Os principais meios utilizados são enforcamento (47%), armas de fogo (19%) e
envenenamento (14%). Entre os homens predominam enforcamento (58%), arma de
fogo (17%) e envenenamento por pesticidas (5%). Entre as mulheres, enforcamento
(49%), seguido de fumaça/fogo (9%), precipitação de altura (6%), arma de fogo (6%) e
envenenamento por pesticidas (5%).
• O suicídio é a segunda causa de maior morte no mundo, perdendo apenas para
acidentes de trânsito. Ele é muito preocupante entre os 15 a 29 anos de idade. (OMS).
• Com criança é mais raro e pouco identificado, pois nessa fase não se identifica muito
bem a diferença entre suicídio e acidentes.
• Já na adolescência é bem mais comum.
• Vale ressaltar que arrancar cabelos, se cortar, cortar unhas, sobrancelhas, nem sempre
são tentativas de suicídio. Podem ser atos para aliviar o sofrimento emocional.
• No Brasil, os índices de suicídio têm aumentado, com atenção maior a população idosa.
Dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2018, apontam para a alta taxa de suicídio
entre aqueles com mais de 70 anos. Nessa faixa etária, foi registrada a taxa média de
8,9 mortes por 100 mil nos últimos seis anos.
• Ajuda: impedir acesso aos meios (farmacinhas, armas e altura).
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Informações gerais:
Por muitos anos o suicídio foi compreendido como um pecado (“Não matarás”) e isso
levou o ato a uma doença mental, principalmente a depressão.
Por muitos anos o suicídio foi discutido como um ato filosófico, religioso e moral. Só no
Século XIX foi abordado de uma forma mais científica.
As pessoas com ideação suicida dão sinais de morte antes de executarem o objetivo,
elas fazem cartas, tem pressa para fazerem inventários, se isolam, visitam pessoas que estavam
há muito tempo sem visitar e se despendem...
Tentativas de suicídio são fatores de risco para novas tentativas, pois a pessoa pode se
sentir aliviada em tentar se matar assim como ter familiares que tentaram ou se suicidaram ou
ter ideias e/ou planos de suicídio.
A literatura aponta que a pessoa só comete o suicídio se tiver alguma predisposição a
alguma doença mental, algo que ela não diagnosticou ou tratou adequadamente.
As pessoas do círculo social de quem cometeu suicídio se tornam vulneráveis ao
desenvolvimento dos transtornos mentais.
Demonstrar empatia é uma excelente forma de diminuir o risco. Porém temos medidas
protetivas, que são:
• Orientação sobre os transtornos mentais, seus tratamentos e remissões.
• Combate aos estigmas e preconceitos
• Alerta sobre os fatores de risco (ver tabela abaixo).
• Relação do suicídio com doenças mentais (dados do Ministério da Saúde (2007-2016
apontam que 96,8% das pessoas que tiraram sua própria vida tinham 1 transtorno mental, não
necessariamente diagnosticado e/ou tratado.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
• Não destacar esse tipo de notícia (por exemplo, colocando na primeira página);
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
• Não colocar o suicídio como bem sucedido ou dar a entender que a pessoa encontrou a
paz;
O QUE FAZER:
• Abordar os sinais de risco e alerta (mas sem reducionismos – identificar o risco pode ser
algo complicado);
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Ele envolve:
agradável, será repetido em situações similares e isso gera uma retroalimentação entre
cognições e emoções.
Vamos imaginar a seguinte situação para entendermos melhor como acontece essa
situação.
Uma pessoa perde o emprego e a partir disso ela pode ter várias interpretações.
1- Ficarei desempregada para sempre (esse para sempre pode causar
depressão).
2- Ser demitida é muito humilhante ( isso pode causar raiva).
3- Pode ser minha oportunidade para abrir meu negócio que sempre quis
e não tive coragem ( pode sentir esperança). Aqui houve uma redução a extremidade
das atividades desadaptativas o que contribui para a redução do sentimento negativo.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
A intervenção poderá ser de forma direta: ajudar a impedir o ato suicida e a lidar com
as crises
Indireta: ter melhores expectativas em relação ao futuro
É muito importante começar psicoeducando esse paciente com o modelo cognitivo e
que nossas interpretações sobre algumas situações as vezes são equivocadas devido nossas
experiências emoções e reações comportamentais.
É preciso esclarecer para o paciente que ele assumirá uma postura ativa para resolução
de problemas durante as sessões, com um trabalho em equipe orientado para o seu objetivo.
TERAPIA COGNITIVA:
1- Verificação do humor
2- Retomada da sessão anterior
3- Estabelecimento de agenda
4- Revisão da tarefa de casa
5- Discussão das questões da agenda
6- Sínteses periódicas
7- Atribuições das tarefas de casa
8- Resumo
9- Feedback
1- COMO VERIFICAR O HUMOR
Pode pedir que o paciente chegue uns 10 minutos antes da sessão e preencha o
Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) ou Escala de Desesperança de Beck.
O psicólogo pode começar a sessão discutindo sobre as respostas do paciente e ficar
atento aos itens que pioraram ou não melhoraram.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Caso o clínico não tenha esses instrumentos, pode pedir que o paciente defina seu
humor de 0 a 10, onde 0 é humor extremamente ruim e 10 extremamente bom.
Abordar algo que pode ser perturbador para o paciente como sono ou fadiga.
Verifica-se também a adesão do paciente a outros protocolos de tratamento (remédios,
atividades sociais, grupo de ajuda) e uso de substâncias químicas.
Serve apenas para saber se o paciente entendeu a proposta da sessão anterior e se fixou
o que foi aprendido. Também consegue ligar o conteúdo anterior ao atual.
Perguntas que podem ser feitas para retomar a sessão anterior (Wenzel, Brown e Beck
, 2010, p.96).
a) O que é que nós conversamos na última sessão que era importante para prevenir outra
tentativa? O que você aprendeu?
b) Houve alguma coisa que lhe incomodou sobre nossa última sessão?
c) Que tarefa de casa você fez ou deixou de fazer? O que você aprendeu?
3- ESTABELECIMENTO DA AGENDA:
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Mede se o paciente conseguiu aplicar o aprendido nos seus problemas diários e resolve-
los. Não basta aprender em terapia; é preciso executar.
Se o clínico não revisa a tarefa de casa, o paciente pode compreende-las como não
importantes e não dar seguimento as outras que forem solicitadas
O paciente apresenta os problemas que são perturbadores para ele e o clínico vai
discutir sobre como ele pode compreender esses acontecimentos, trazer uma percepção mais
balanceada sobre o problema e propor meios para resolver as questões principais.
6- SÍNTESES PERIÓDICAS
Por meio delas o paciente executa o que foi aprendido na terapia e vai obtendo
autonomia para resolver seus problemas. Eles precisam executá-las.
Dificuldades dos pacientes suicidas segundo Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 112):
1- Desenvolver importantes habilidades cognitivas, comportamentais e afetivas para lidar
com as situações;
2- Usar as habilidades aprendidas previamente durante as crises;
3- Usar recursos aprendidos durante a crise.
O que eles precisam saber:
1- Estratégias de coping;
2- Ferramentas cognitivas para identificar razões para viver e promover a esperança;
3- Melhorar as habilidades de resolução se problemas;
4- Aumentar a conexão dos pacientes com suas redes sociais de apoio;
5- Aumentar a conformidade dos pacientes com as intervenções médicas, psiquiátricas, de
tratamento de adictos e de serviço social que estão recebendo paralelamente.
Na fase aguda da prevenção do suicídio, usamos em média 10 sessões.
FASE INICIAL DO TRATAMENTO:
1) Obter um consentimento informado e socializar os pacientes na estrutura e processo
da terapia cognitiva;
2) Engajar os pacientes no tratamento
3) Conduzir uma avaliação do risco do suicídio
4) Desenvolver um plano de segurança;
5) Transmitir um senso de esperança;
6) Fazer com que os pacientes proporcionem uma descrição narrativa dos eventos que
ocorreram durante a crise suicida recente.
Pode optar por fazer por escrito, mas a explicação verbal deve ser aplicada.
É importante escutar esse paciente tranquilamente e não pressioná-lo sobre dividir os
pensamentos suicida com uma pessoa de sua confiança.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Se o paciente trouxer outras questões que não estejam relacionadas a ideação suicida é
preciso deixar claro que isso pode ser trabalhado após ele desenvolver a capacidade de
generalizar suas habilidades de gerenciamento do suicídio.
A duração de cada fase do tratamento será definida conforme a avaliação de sua
evolução e compartilhada com o paciente.
Engajamento ao tratamento:
Segundo Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 118) é preciso:
1- Demonstrar uma compreensão da realidade interna dos pacientes e demonstrar
empatia com suas experiências;
2- Colaborar com os pacientes o tanto quanto possível para que o clínico e paciente
possam funcionar como uma equipe;
3- Solicitar feedback dos pacientes e responde-lo ao longo da sessão; e
4- Demonstrar níveis ótimos de calorosidade, genuidade, preocupação, confiança e
profissionalismo.
5- Modelar esperança em todo o tempo.
6- Quando o paciente trouxer lembranças ruins, reforçar que falar sobre esses momentos
será importante para a prevenção de suicídios no futuro.
7- Ensinar o paciente a lidar com as perturbações, apresentando um relaxamento,
respiração diafragmática.
8- Realizar questionamento socrático para identificar se o ambiente, a figura do psicólogo,
culturas e etnias estão atrapalhando no processo. A pergunta pode ser: O que passa na
sua cabeça quando se imagina sendo atendido por mim neste ambiente?
9- Identificar obstáculos que possam dificultar o paciente a responder a terapia, por
exemplo: falta de transporte ou internet boa, baixas expectativas sobre o tratamento...
10- Identificar se existem ganhos secundário com o ato suicida: ganhar atenção, cuidado,
preocupação de pessoas próximas e prestadores de serviços.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Como saber o risco do suicídio: Deve-se unir todas as informações obtidas na entrevista
de anamnese e a severidade desses fatores. Caso o paciente tenha tentando o suicídio
anteriormente, isso aumenta muito o seu risco no momento atual.
Quando os fatores de proteção forem maiores que os fatores de risco o perigo para o
suicídio é baixo; quando os fatores de proteção forem mais baixos do que os fatores de risco o
perigo para o suicídio é alto; quando os fatores de proteção e de risco estão equiparados, o risco
é moderado.
3- PLANOS DE SEGURANÇA
Após investigar a avaliação de risco e descobrir que o paciente pode ser trabalhado em
consultório, o psicólogo ajudará o paciente a desenvolver um plano de segurança antes da crise,
pois durante esse momento é mais difícil que o paciente consiga aplicar alguma técnica para
resolução de problemas.
Esse plano envolve uma lista de estratégias de coping (enfretamento) que é negociada
com o paciente.
Segundo Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 128): os componentes básicos do plano de segurança
incluem:
1- Reconhecer sinais de alerta que precedem as crises suicidas,
2- Identificar estratégias de coping que podem ser utilizadas sem se contratar outras
pessoas;
3- Contatar amigos ou familiares; e
4- Contatar profissionais ou estabelecimentos de saúde mental.
Quando os pensamentos surgirem, os pacientes devem colocar em prática a primeira
etapa do plano, se essa não resolver, ele prosseguirá as próximas, pois as pesquisas apresentam
que a crise não demora muito tempo.
Quanto ao nome plano de segurança, alguns pacientes podem não querer usar esse
termo, portanto isso pode ser negociado com ele, mudando a nomenclatura para a forma que
ele se sentir mais a vontade.
A literatura não é clara sobre usar ou não contrato de suicídio. Uns autores vão dizer
que isso pode contribuir e outros não. Sobre a não contribuição eles apontam que isso não pode
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
inibir o paciente ou ele pode não executar por medo de romper o prometido com o psicólogo,
porém não aprende como lidar.
Já o plano de segurança, que pode vir como um “contrato” com o clínico visa direcionar
o paciente a o que fazer durante a crise.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Caso paciente diga que não conseguirá executar o plano de segurança, o psicólogo trabalhará
as crenças negativas sobre o mesmo e negociará sobre a sua execução.
Após toda a negociação feita, paciente e psicólogo assinam o plano de segurança. Fica uma cópia
com o paciente e outra com o psicólogo. Também é preciso discutir sobre o formato que ele vai
querer usar, como por exemplo: no celular, no computador, em papel, post-it, cartões.
Tabela padrão do plano de segurança:
Caso o paciente possua uma arma de fogo, uma pessoa de sua segurança deve removê-
la do seu acesso e a coloca-la num lugar seguro ou entrega-la a polícia. O psicólogo deve entrar
em contato com essa pessoa para saber se a arma de fato foi removida.
5- TRANSMITIR O SENSO DE ESPERANÇA:
Mesmo na primeira sessão o psicólogo pode instruir o paciente a fazer uso de algumas
habilidades para enfrentar a crise. Neste momento o psicólogo também pode garanti-lo que ele
melhorará com todo o trabalho em equipe e que ele poderá usar os recursos por ele discutidos
para passar por esses primeiros momentos. Cada etapa vencida é um distanciamento maior das
crises.
6- NARRATIVA SOBRE A CRISE RECENTE
A primeira sessão deverá focar no consentimento informado, avaliação do risco de
suicídio e desenvolvimento do plano de segurança. Na próxima sessão pergunta-se sobre os
acontecimentos durante a crise suicida e ela será a base para a conceituação cognitiva,
baseando-se nos aspectos cognitivos, afetivos, comportamentais e situacionais de sua crise.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
LINHA DO TEMPO
Resposta Pensamentos
Resposta automáticos chave
Pens. Comportamental
Evento ativador (motivações)
automático Afetiva
Críticas do seu “Ele não tem Raiva Saiu “Eu não aguento mais isso. Eu
padrasto e a sua nenhum correndo e não posso suportar esse ciclo
mãe não fez respeito por isolou-se sem fim. Eu não aguento me
nada. mim” sentir deprimida com isso.”
Fatores de Vivências
vulnerabilidade Iniciais
Crenças
centrais ou
nucleares
Crenças
intermediárias
ou regras
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
CONCEITUAÇÃO COGNITIVA
Crenças centrais: “Eu não tenho valor”. “A vida não tem sentido”.
Crenças intermediárias: “Se eu não consigo controlar minhas emoções, então eu não tenho
valor”. Se os tratamentos passados não ajudaram, então não há esperança.
Pensamentos-chave automáticos: “Eu não aguento mais isso”. As coisas nunca mudarão”.
1- Reestruturação cognitiva
2- Ativação comportamental
3- Treinamento de habilidades sociais
4- Resolução de problemas
5- Prevenção de recaídas.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
É comum o uso de álcool e drogas durante uma crise suicida e isso aumenta o risco, pois
não conseguem julgar pensamentos e comportamentos.
Deve-se perguntar se o paciente fez uso de álcool ou drogas após a última sessão, com
qual frequência, quantidade, efeitos no humor e exposição ao risco de comportamentos
autoagressivos.
Conformidade ao tratamento
A literatura aponta que pacientes com ideação suicida são diagnosticados com pelo
menos um transtorno psiquiátrico, portanto é papel do psicólogo perguntar se o paciente foi fiel
ao uso da medicação na última semana, se tomou a dose certa, se não esqueceu nenhum dia,
quando foi a última consulta, se já tem uma data agendada para o retorno.
Caso o paciente não esteja comprometido com a medicação, isso deverá ser colocado
na pauta da sessão e discutido.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Crenças comuns a esses pacientes segundo Wenzel, Brown e Beck (2010, p.160):
• “Ser forçado a tomar medicações infringe minha liverdade.”
• “Tomar medicamentos implica que eu estou doente/louco.”
• “Se eu tomar meu remédio, estarei admitindo que alguma coisa está seriamente errada
comigo.” e
• “Eu nunca vou ficar melhor de qualquer modo, então qual é a utilidade de tomar a
medicação?”
Caso o clínico perceba a necessidade do uso de outros serviços profissionais (médico
contínuo, dependência química e serviços sociais) ele deve encaminhá-lo e se o paciente estiver
assistido, deve-se perguntar se está sendo fiel a essas instituições e com o tratamento.
Revisão do plano de segurança
Não existe um tempo estipulado, porém o clínico revisa o plano de segurança de tempos
em tempos para acrescentar novas habilidades adquiridas, com novos contatos desenvolvidos
ou outras demandas que possam ser acrescentadas.
Uma pergunta inicial pode ser: o plano de segurança tem sido útil para controlar as crises
suicidas? A partir daí, o psicólogo, pode examinar os pensamentos automáticos e expectativas
em relação ao plano de segurança.
Caso seja preciso mudar o plano de segurança, assim deve ser feito.
Estratégias de intervenção
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
com ele. Isso envolve fortalecer as relações existentes ou construir novas relações, caso não se
tenha um forte apoio emocional.
Para isso pedimos que o paciente fala uma lista de pessoas que ele deseja que façam
parte do seu convívio. E como o psicólogo pode ajuda-lo a pensar? Fazendo indicações de
possíveis grupos, tais como: familiares, amigos, igrejas, vizinhos, outros recursos comunitários.
Caso a família já esteja cansada desse paciente, o psicólogo fará algumas sessões com
esses familiares para verificar a veracidade da fala do paciente em afirmar que a família não se
importa com ele, revisar o plano de segurança, porém, tudo isso com consentimento do
paciente.
É importante ensinar aos familiares:
A) Como reconhecer sinais de alerta de uma crise iminente;
B) Questões específicas que podem ser feitas aos pacientes para
determinar se eles estão em uma crise; e
C) Como ajudar os pacientes a implementar estratégias de coping para
lidar com uma crise ou ajudá-los a contatar outros profissionais durante um período de
crise.
D) Ajudar a remover armas letais.
Emocionais: habilidades de coping afetivo para regular as emoções.
Cognitivas: modificar crenças disfuncionais, identificar razões para viver, aumentar as
estratégias de resolução de problemas e reduzir a impulsividade.
Essas estratégias são utilizadas em conjunto. Isso deve ser avaliado, de acordo com o
perfil do paciente. O importante é encorajar esse paciente a continuar com a vida e os
tratamentos.
(Wenzel, Brown e Beck , 2010, p.153-157).
Estratégias de coping afetivo
São estratégias para que os pacientes consigam regular as emoções sem que haja
autolesões. Elas são do tipo:
1- Autoalívio físico: Para conseguirem esse autoalívio eles podem: práticar
exercício físico regularmente, praticar relaxamento muscular progressivo e/ou praticar
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
4 tarefas principais do psicólogo na fase avançada, segundo Wenzel, Brown e Beck (2010,
p.171).
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
É importante questionar quais foram as habilidades mais úteis para lidar com as crises e
se ele tiver dificuldades para listar essas habilidades de coping isso significa que ele não está
pronto para prosseguir na fase avançada.
Se o paciente gerar uma lista das habilidades de coping com facilidade, o psicólogo já
pode entrar na fase de prevenção de recaídas.
Passo 1: Preparação
• Avaliar se o paciente é capaz de produzir uma imagem vívida, e, se não for, ensiná-
lo a fazer isso.
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
CONTINUIDADE AO TRATAMENTO
O clínico deve preparar o paciente para as recaídas e refletir que geralmente esses
momentos levam a uma desesperança. Portanto, é sempre muito importante ter por perto o
plano de segurança.
Ficar em alerta, pois na crise e com a desesperança o pensamento do tudo ou nada pode
surgir e aí começa-se a acreditar que a terapia não adiantou.
A partir daqui então, psicólogo e paciente negociam a frequência das sessões conforme
o objetivo do paciente. Se o paciente não quiser mais continuar com a terapia para resolver
problemas futuros, o psicólogo deve esclarecer que a “alta” não acontece em uma sessão e que
precisarão de sessões para a manutenção.
Caso esse paciente seja um dependente químico o psicólogo pode encaminhá-lo para
uma clínica de recuperação, para um psiquiatra especialista no problema. Não basta
encaminhar, é importante que o psicólogo o acompanhe nesse processo e observe se ele
continua comprometido com os outros tipos de tratamento.
REFERÊNCIAS:
1- Brown, G. K., Tenhave, T., Henriques, G. R., Xie, S. X., Hollander, J. E., & Beck, A. T. (2005).
Cognitive therapy for the prevention of suicide attempts: A randomized controlled trial.
LAMA, 294, 563-570. doi: 10.1001/jama.294.5.563 Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/201330
2- Botega, Neury José. Comportamento suicida: epidemiologia. Psicologia USP [online].
2014, v. 25, n. 3 [Acessado 6 Janeiro 2023], pp. 231-236. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140004>. ISSN 1678-5177.
https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140004.
3- Wenzel, A., Brown, G. K., & Beck, A. T. (2010). Terapia cognitivo-comportamental para
pacientes suicidas. Porto Alegre: Artmed.
4- Dados depressão e suicidio OPAS: https://www.paho.org/pt/topicos/depressao
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC
Links úteis:
• https://www.cvv.org.br/
• 188
• https://mapasaudemental.com.br/sobre-nos/
• https://vitaalere.com.br/
• https://nomoblidis.com.br/blog/
Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
C
Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448