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SUICÍDIO E TCC

SUICÍDIO

Dados:

• Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano - sendo essa a segunda
principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. (OPAS, OMS,
2018)
• A cada 45 segundos ocorre um suicídio em algum lugar do planeta.
• No Brasil, 51% dos casos de suicídio acontecem dentro de casa, seguida pelos hospitais
(26%). Estima-se que apenas um em cada três casos de tentativa de suicídio chegue aos
serviços de saúde, de forma que os dados sobre o comportamento suicida são bastante
incipientes. (BOTEGA, 2014)
• Os principais meios utilizados são enforcamento (47%), armas de fogo (19%) e
envenenamento (14%). Entre os homens predominam enforcamento (58%), arma de
fogo (17%) e envenenamento por pesticidas (5%). Entre as mulheres, enforcamento
(49%), seguido de fumaça/fogo (9%), precipitação de altura (6%), arma de fogo (6%) e
envenenamento por pesticidas (5%).
• O suicídio é a segunda causa de maior morte no mundo, perdendo apenas para
acidentes de trânsito. Ele é muito preocupante entre os 15 a 29 anos de idade. (OMS).
• Com criança é mais raro e pouco identificado, pois nessa fase não se identifica muito
bem a diferença entre suicídio e acidentes.
• Já na adolescência é bem mais comum.
• Vale ressaltar que arrancar cabelos, se cortar, cortar unhas, sobrancelhas, nem sempre
são tentativas de suicídio. Podem ser atos para aliviar o sofrimento emocional.
• No Brasil, os índices de suicídio têm aumentado, com atenção maior a população idosa.
Dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2018, apontam para a alta taxa de suicídio
entre aqueles com mais de 70 anos. Nessa faixa etária, foi registrada a taxa média de
8,9 mortes por 100 mil nos últimos seis anos.
• Ajuda: impedir acesso aos meios (farmacinhas, armas e altura).

Conteúdo exclusivo da JT Psicologia e dos alunos da Comunidade Psi. Qualquer divulgação desse
material, será considerada como plágio.
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Por: Jesiane Marins CRP 05/31907 e Thatiana Valory CRP 05/31448
SUICÍDIO E TCC

Informações gerais:

Por muitos anos o suicídio foi compreendido como um pecado (“Não matarás”) e isso
levou o ato a uma doença mental, principalmente a depressão.
Por muitos anos o suicídio foi discutido como um ato filosófico, religioso e moral. Só no
Século XIX foi abordado de uma forma mais científica.
As pessoas com ideação suicida dão sinais de morte antes de executarem o objetivo,
elas fazem cartas, tem pressa para fazerem inventários, se isolam, visitam pessoas que estavam
há muito tempo sem visitar e se despendem...
Tentativas de suicídio são fatores de risco para novas tentativas, pois a pessoa pode se
sentir aliviada em tentar se matar assim como ter familiares que tentaram ou se suicidaram ou
ter ideias e/ou planos de suicídio.
A literatura aponta que a pessoa só comete o suicídio se tiver alguma predisposição a
alguma doença mental, algo que ela não diagnosticou ou tratou adequadamente.
As pessoas do círculo social de quem cometeu suicídio se tornam vulneráveis ao
desenvolvimento dos transtornos mentais.
Demonstrar empatia é uma excelente forma de diminuir o risco. Porém temos medidas
protetivas, que são:
• Orientação sobre os transtornos mentais, seus tratamentos e remissões.
• Combate aos estigmas e preconceitos
• Alerta sobre os fatores de risco (ver tabela abaixo).
• Relação do suicídio com doenças mentais (dados do Ministério da Saúde (2007-2016
apontam que 96,8% das pessoas que tiraram sua própria vida tinham 1 transtorno mental, não
necessariamente diagnosticado e/ou tratado.

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Fatores de risco de suicídio, de acordo com a ABP e o CFM


Doença mentais Aspectos sociais
Depressão Sexo masculino;
Transtorno bipolar Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65
anos;
Transtornos mentais relacionados ao uso Sem filhos;
de álcool e outras
substâncias;
Transtornos de personalidade; Moradores de áreas urbanas;
Esquizofrenia Desempregados ou aposentados;
Associação de doenças mentais (aumento Isolamento social;
do risco) – Exemplo: Solteiros, separados ou viúvos;
paciente bipolar que também seja Populações especiais: indígenas,
dependente de álcool terá adolescentes
risco maior do que se ele não tiver essa e pessoas em situação de rua.
dependência.
Aspectos psicológicos Condição de saúde limitante
Perdas recentes de parentes e/ou amigos; Doenças orgânicas incapacitantes;
Pouca resiliência; Dor crônica;
Personalidade impulsiva, agressiva ou de Doenças neurológicas (epilepsia,
humor instável; Parkinson, Huntington)
Ter sofrido abuso físico ou sexual na Trauma medular;
infância;
Desesperança, desespero e desamparo. Tumores malignos;
AIDS
Fonte: Conselho Federal de Medicina e Associação Brasileira de Psiquiatria (2014 apud
Quesada, Andrea Amaro et al. Prevenção, proteção e pósvenção ao suicídio Fortaleza:
Fundação Demócrito Rocha, 2020, p. 7).

Fatores de proteção segundo a OMS:

• Bom relacionamento familiar;


• Bons professores;
• Habilidades socioemocionais (autoconfiança, autocontrole, empatia, flexibilidade
cognitiva, ter uma crença e fazer parte dessa comunidade).
Quanto maiores os fatores de risco maiores as chances de cometer suicídio. Quanto
maior os fatores de proteção menores as chances de cometer suicídio, mesmo na presença de
grandes fatores de risco.

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Como reduzir os riscos? Aumentando os fatores de proteção, tais como:

• Inserção e integração social


• Crença religiosa
• Aspectos culturais
• Redução do preconceito
• Estilo saudável de vida
• Autoestima elevada
• Ausência de doença mentais ou controle da mesma
• Relação positiva com o terapeuta e seu psiquiatra.
• Gravidez desejada e planejada
• Capacidade para resolver problemas
• Maior adaptabilidade a variações da vida
• Ter informação adequada sobre o tema
POSVENÇÃO

• A posvenção é um conjunto de atividades de cuidado oferecido às pessoas em


luto por suicídio, cujo objetivo é apoiar sua recuperação e evitar possíveis complicações,
como aumento do comportamento suicida e/ou o luto complicado.
• Em 2014 a posvenção foi reconhecida pela OMS como uma importante
ferramenta na área de prevenção ao suicídio no relatório “Prevenindo o suicídio: um
imperativo global – tradução livre”, no qual é recomendado que comunidades promovam
suporte aos sobreviventes, que intervenções devem ser oferecidas aos enlutados e
programas nacionais de prevenção do suicídio devem incluir esse tipo de suporte.
• Ativa: quando são oferecidos esses serviços. No Brasil não há esse tipo.
• Passivo: quando procuram essa ajuda.

O que NÃO fazer:

• Não destacar esse tipo de notícia (por exemplo, colocando na primeira página);

• Não divulgar o lugar, a carta de despedida e o método utilizado no suicídio;

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• Colocar o suicídio como resultado único da pandemia;

• Jamais compartilhar fotos ou vídeos de um suicídio;

• Não romantizar ou falar como se fosse legal, um ato corajoso ou de covardia;

• Não relacionar o suicídio com crime, loucura ou falta de fé;

• Não colocar o suicídio como bem sucedido ou dar a entender que a pessoa encontrou a
paz;

• Não determinar um culpado ou um único motivo;

• Não julgar, não fazer piadas ou estigmatizar;

• Não mostrar o suicídio como uma saída. (FIOCRUZ, 2020)

O QUE FAZER:

• Compreender que o suicídio é complexo e multifatorial;

• Sensibilizar as pessoas para o tema, gerando empatia;

• Informar sempre onde buscar ajuda;

• Lembrar dos que ficaram e respeitar o luto;

• Usar e divulgar fontes de informação confiáveis;

• Interpretar de forma cuidadosa e correta as estatísticas;

• Ter um cuidado extra ao se tratar de suicídio de celebridades;

• Se possível, falar das possíveis consequências físicas no caso de tentativas de suicídio


não fatais;

• Abordar os sinais de risco e alerta (mas sem reducionismos – identificar o risco pode ser
algo complicado);

• Mostrar que existe tratamento e que há outras alternativas ao suicídio.

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TRATAMENTO SEGUNDO A TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Modelo cognitivo para atos suicidas

Ele envolve:

• Teoria cognitiva geral


• Teoria cognitiva específica para atos suicidas
• Resultados de estudos empíricos projetados para identificar
importantes processos cognitivos associados aos atos suicidas.
Termos que compreendem o espectro do comportamento suicida, segundo Crosby
(2007).
Suicídio: Morte causada por comportamento danoso autoinfligido com qualquer
intenção de morrer como resultado desse comportamento.
Tentativa de suicídio: comportamento não fatal, autoinfligido, potencialmente
danosos, com qualquer intenção de morrer como seu resultado. Uma tentativa de suicídio pode
resultar ou não em um ferimento.
Ato suicida: comportamento autoinfligido, potencialmente danoso, com qualquer
intenção de morrer como seu resultado. Um ato suicida pode resultar ou não em morte
(suicídio).
Ideação suicida: quaisquer pensamentos, imagens, crenças, vozes ou outras cognições
relatadas pelo individuo sobre terminar intencionalmente com sua própria vida.
Duas classes de pacientes suicidas:
1- Caracterizados pela desesperança e forte desejo de tirar a própria vida
2- Dificuldades para regular o humor e o comportamento impulsivo, ou
que fazem tentativa para comunicar algo as outras pessoas.
Os esquemas cognitivos para o suicídio são acionados de acordo com a carga de
vulnerabilidade, o grau do transtorno mental e dos agentes estressores.
As experiências emocionais das pessoas são determinadas pela forma como essas as
interpretam e julgam pelas situações. Não será uma perda de emprego que causará a depressão,
mas a maneira como o indivíduo lidou com isso que será um importante fator para o possível
adoecimento. Os pensamentos disfuncionais gerados em uma situação considerada não
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agradável, será repetido em situações similares e isso gera uma retroalimentação entre
cognições e emoções.
Vamos imaginar a seguinte situação para entendermos melhor como acontece essa
situação.
Uma pessoa perde o emprego e a partir disso ela pode ter várias interpretações.
1- Ficarei desempregada para sempre (esse para sempre pode causar
depressão).
2- Ser demitida é muito humilhante ( isso pode causar raiva).
3- Pode ser minha oportunidade para abrir meu negócio que sempre quis
e não tive coragem ( pode sentir esperança). Aqui houve uma redução a extremidade
das atividades desadaptativas o que contribui para a redução do sentimento negativo.

O Esquema negativo é formado da seguinte maneira.

Teoria cognitiva geral

• Aparece a notícia. Você está demitida!


• Vem os antecedentes (como trabalhei para essa empresa em vão).
• Cognição (Isso vai causar um caos na minha vida e na da minha família)
• Reação ( Suar, coração acelerado, falar alto, chorar).
As cognições vão depender: das memórias de vida, dos transtornos mentais e se está
passando por um estresse.
Indivíduos que pensam em se matar geralmente tem esquemas negativos relacionados
a transtornos e principalmente os de humor (Depressão e TAB), ou ansiedade ou abuso de
sustâncias.
A terapia cognitiva para o suicídio se assemelha a aplicação para muitos outros
transtornos, como depressão, ansiedade, personalidade. Passará pela conceituação cognitiva
para definir o que será feito frente ao caso. A diferença é que na terapia cognitiva orientada
para o suicídio o psicólogo lidará com os problemas da vida, principalmente aqueles
relacionados a última crise suicida.

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A intervenção poderá ser de forma direta: ajudar a impedir o ato suicida e a lidar com
as crises
Indireta: ter melhores expectativas em relação ao futuro
É muito importante começar psicoeducando esse paciente com o modelo cognitivo e
que nossas interpretações sobre algumas situações as vezes são equivocadas devido nossas
experiências emoções e reações comportamentais.
É preciso esclarecer para o paciente que ele assumirá uma postura ativa para resolução
de problemas durante as sessões, com um trabalho em equipe orientado para o seu objetivo.

TERAPIA COGNITIVA:

Em pacientes ansiosos: focamos nas técnicas de relaxamento


Em pacientes depressivos: focamos no monitoramento das atividades que possam
extrair prazer na vida.
As estratégias comportamentais mudam as ações, mas também alteram o cognitivo,
pois por meio do comportamento os pacientes aprendem a tolerar as situações desconfortáveis.
A ESTRUTURA DA SESSÃO COM PACIENTE SUICIDA

1- Verificação do humor
2- Retomada da sessão anterior
3- Estabelecimento de agenda
4- Revisão da tarefa de casa
5- Discussão das questões da agenda
6- Sínteses periódicas
7- Atribuições das tarefas de casa
8- Resumo
9- Feedback
1- COMO VERIFICAR O HUMOR

Pode pedir que o paciente chegue uns 10 minutos antes da sessão e preencha o
Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) ou Escala de Desesperança de Beck.
O psicólogo pode começar a sessão discutindo sobre as respostas do paciente e ficar
atento aos itens que pioraram ou não melhoraram.

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Caso o clínico não tenha esses instrumentos, pode pedir que o paciente defina seu
humor de 0 a 10, onde 0 é humor extremamente ruim e 10 extremamente bom.
Abordar algo que pode ser perturbador para o paciente como sono ou fadiga.
Verifica-se também a adesão do paciente a outros protocolos de tratamento (remédios,
atividades sociais, grupo de ajuda) e uso de substâncias químicas.

2- RETOMADA DAS SESSÕES ANTERIORES:

Serve apenas para saber se o paciente entendeu a proposta da sessão anterior e se fixou
o que foi aprendido. Também consegue ligar o conteúdo anterior ao atual.
Perguntas que podem ser feitas para retomar a sessão anterior (Wenzel, Brown e Beck
, 2010, p.96).
a) O que é que nós conversamos na última sessão que era importante para prevenir outra
tentativa? O que você aprendeu?
b) Houve alguma coisa que lhe incomodou sobre nossa última sessão?
c) Que tarefa de casa você fez ou deixou de fazer? O que você aprendeu?

3- ESTABELECIMENTO DA AGENDA:

Colocar itens na pauta das sessões que sejam em comum acordo.


Esses itens estão relacionados aos objetivos e o psicólogo deve perguntar ao paciente o
que ele deseja colocar na agenda da terapia. Se ele demonstrar dificuldade para defini-los o
psicólogo pode questionar sobre o que o incomoda, como gostaria de ser, o que deseja mudar....
O conteúdo dessa agenda pode mudar conforme a progressão das sessões.
Caso um objetivo seja estabelecido e este não esteja relacionado a proposta do
tratamento, o psicólogo conduzirá gentilmente essa retomada do paciente.
“O estabelecimento de uma agenda provoca esperança em alguns pacientes, pois isso
comunica que seus problemas de vida podem ser abordados de forma sistemática” (Wenzel,
Brown e Beck, 2010, p.96).

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Nas sessões iniciais onde o clínico deve focar sua atenção?

1- Nas questões que aproximaram o paciente a ideação suicida;


2- Intervenções que podem ser úteis na prevenção de futuros atos suicidas;
3- Pensamentos, crenças ou comportamentos que interfiram com a adesão ao tratamento
ou a conformidade ao tratamento.
4- REVISÃO DA TAREFA DE CASA

Mede se o paciente conseguiu aplicar o aprendido nos seus problemas diários e resolve-
los. Não basta aprender em terapia; é preciso executar.
Se o clínico não revisa a tarefa de casa, o paciente pode compreende-las como não
importantes e não dar seguimento as outras que forem solicitadas

5- DISCUSSÃO DOS ITENS DA PAUTA

O paciente apresenta os problemas que são perturbadores para ele e o clínico vai
discutir sobre como ele pode compreender esses acontecimentos, trazer uma percepção mais
balanceada sobre o problema e propor meios para resolver as questões principais.
6- SÍNTESES PERIÓDICAS

Elas ajudam na reafirmação do problema, da principal conclusão aprendida a partir da


discussão do problema e das maneiras pelas quais os pacientes aprendem a lidar com eles.
7- TAREFAS DE CASA:

Por meio delas o paciente executa o que foi aprendido na terapia e vai obtendo
autonomia para resolver seus problemas. Eles precisam executá-las.

8- SÍNTESE FINAL E FEEDBACK


Ao final de cada sessão é importante deixar uns 5 minutos para dar e receber feedback.
Assim, os problemas são identificados e as estratégias de gerenciamento das emoções aplicadas.
Com esse momento o paciente entende que é possível mudar estratégias da terapia e que esta
não é engessada.
O tratamento apresentado abaixo refere-se ao protocolo obtidos entre os anos de 2002
e 2005 após vários ensaios clínicos randomizados. Ele é aplicado para pacientes que estão em
plena crise ou que passaram por ela recentemente.
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Dificuldades dos pacientes suicidas segundo Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 112):
1- Desenvolver importantes habilidades cognitivas, comportamentais e afetivas para lidar
com as situações;
2- Usar as habilidades aprendidas previamente durante as crises;
3- Usar recursos aprendidos durante a crise.
O que eles precisam saber:
1- Estratégias de coping;
2- Ferramentas cognitivas para identificar razões para viver e promover a esperança;
3- Melhorar as habilidades de resolução se problemas;
4- Aumentar a conexão dos pacientes com suas redes sociais de apoio;
5- Aumentar a conformidade dos pacientes com as intervenções médicas, psiquiátricas, de
tratamento de adictos e de serviço social que estão recebendo paralelamente.
Na fase aguda da prevenção do suicídio, usamos em média 10 sessões.
FASE INICIAL DO TRATAMENTO:
1) Obter um consentimento informado e socializar os pacientes na estrutura e processo
da terapia cognitiva;
2) Engajar os pacientes no tratamento
3) Conduzir uma avaliação do risco do suicídio
4) Desenvolver um plano de segurança;
5) Transmitir um senso de esperança;
6) Fazer com que os pacientes proporcionem uma descrição narrativa dos eventos que
ocorreram durante a crise suicida recente.

1- CONSENTIMENTO INFORMADO E SOCIALIZAÇÃO DO PACIENTE NA ESTRUTURA DA


TCC

Pode optar por fazer por escrito, mas a explicação verbal deve ser aplicada.
É importante escutar esse paciente tranquilamente e não pressioná-lo sobre dividir os
pensamentos suicida com uma pessoa de sua confiança.

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Antes do consentimento informado, socializamos o paciente sobre a agenda da primeira


sessão, que se estrutura da seguinte forma: discussão sobre a estrutura do processo do
tratamento; ênfase na importância do comparecimento à terapia e de uma participação ativa;
o preenchimento de uma avaliação do risco de suicídio; o preenchimento de um plano de
segurança (veremos mais a frente); e o feedback do paciente para acrescentarmos os itens
adicionais a pauta.
No consentimento informado é preciso esclarecer sobre os limites da privacidade e
confidencialidade; riscos (desconfortos emocionais, ocorrência de um ato suicida ao longo do
tratamento, efeitos negativos da quebra da confidencialidade) e benefícios do tratamento;
eficácia da TCC para pacientes suicidas com algum artigo que retrata resultados de pesquisas;
estrutura do processo de tratamento, riscos e benefícios em potencial do tratamento e
tratamentos alternativos, ter um diálogo aberto de forma que o paciente consiga fazer suas
perguntas, que a hospitalização só será indicada quando estão em risco de se ferir e que não
estão em segurança para serem tratados com uma rotina ambulatorial.
Exemplo de um artigo: Um estudo realizado por Brown et al. (2005), com participantes
com idade acima de 16 anos que tentaram suicídio, e posteriormente, foram submetidos à uma
intervenção breve, a Terapia Cognitiva, em um hospital de emergência, demonstrou que esse
tipo de intervenção é eficaz na prevenção de tentativas futuras de suicídio. Os resultados
mostraram que os participantes do grupo de terapia cognitiva foram 50% menos propensos a
repetir a tentativa de suicídio durante o período em que foram acompanhados. Brown, G. K.,
Tenhave, T., Henriques, G. R., Xie, S. X., Hollander, J. E., & Beck, A. T. (2005). Cognitive therapy
for the prevention of suicide attempts: A randomized controlled trial. LAMA, 294, 563-570. doi:
10.1001/jama.294.5.563 Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/201330
Para que o paciente não fique assustado com o rompimento da confidencialidade é
preciso esclarecer que antes disso vocês podem: aumentar a frequência das sessões; programar
breves verificações telefônicas, consultar membros da família. Caso haja necessidade de romper
com o sigilo, as informações passadas serão aquelas para preservar a vida do paciente.

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Se o paciente trouxer outras questões que não estejam relacionadas a ideação suicida é
preciso deixar claro que isso pode ser trabalhado após ele desenvolver a capacidade de
generalizar suas habilidades de gerenciamento do suicídio.
A duração de cada fase do tratamento será definida conforme a avaliação de sua
evolução e compartilhada com o paciente.
Engajamento ao tratamento:
Segundo Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 118) é preciso:
1- Demonstrar uma compreensão da realidade interna dos pacientes e demonstrar
empatia com suas experiências;
2- Colaborar com os pacientes o tanto quanto possível para que o clínico e paciente
possam funcionar como uma equipe;
3- Solicitar feedback dos pacientes e responde-lo ao longo da sessão; e
4- Demonstrar níveis ótimos de calorosidade, genuidade, preocupação, confiança e
profissionalismo.
5- Modelar esperança em todo o tempo.
6- Quando o paciente trouxer lembranças ruins, reforçar que falar sobre esses momentos
será importante para a prevenção de suicídios no futuro.
7- Ensinar o paciente a lidar com as perturbações, apresentando um relaxamento,
respiração diafragmática.
8- Realizar questionamento socrático para identificar se o ambiente, a figura do psicólogo,
culturas e etnias estão atrapalhando no processo. A pergunta pode ser: O que passa na
sua cabeça quando se imagina sendo atendido por mim neste ambiente?
9- Identificar obstáculos que possam dificultar o paciente a responder a terapia, por
exemplo: falta de transporte ou internet boa, baixas expectativas sobre o tratamento...
10- Identificar se existem ganhos secundário com o ato suicida: ganhar atenção, cuidado,
preocupação de pessoas próximas e prestadores de serviços.

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2- AVALIAR DO RISCO E SUICÍDIO


É preciso ficar atento a fala do paciente e perguntar abertamente sobre o risco de
suicídio. Isso faz parte do antes, durante e depois a fase inicial.
Objetivos Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 121):
1- Identificar os fatores de risco e os fatores de proteção que determinam o nível de risco
de suicídio dos pacientes;
2- Identificar transtornos médicos e psiquiátricos concomitantes que são especialmente
relacionados ao comportamento suicida;
3- Determinar o nível mais apropriado de cuidado (por exemplo, tratamento ambulatorial
ou de intenção); e
4- Identificar os fatores de risco que são modificáveis com o tratamento.

Como avaliar os fatores de risco:


Ficar atento a: diagnósticos médicos e psiquiátricos, histórico psiquiátrico,
vulnerabilidades psicológicas ( pex. Desesperança) e vulnerabilidades psicossociais (perdas
recentes, ambiente hostil).
Pergunta: Tem vontade de morrer? Seu desejo de morrer supera seu desejo de viver? Existe
pensamento de morrer? Existe imagem ou comando alucinatório de se ferir? Tem algum plano
para que isso aconteça? Essa vontade de se matar é fraca, moderada ou forte? Tem arma em
casa? Tem fácil acesso a uma arma de fogo?
Se o paciente relatar que tem pensado em se matar é preciso identificar temporalidade, como
por exemplo se isso aconteceu nas últimas 48 horas, com qual frequência, se aconteceu na
semana anterior.
Usar a tabela de avaliação de risco e/ou C-SSRS Avaliação do risco de suicídio de Columbia. (EM
ANEXO NESSA AULA).
Avaliação dos fatores de proteção:
A literatura apresenta muitos menos os fatores de proteção do que os de risco, porém
pacientes que moram com uma família unida e participante no tratamento, tem menos chances
de cometerem o suicídio.

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Como saber o risco do suicídio: Deve-se unir todas as informações obtidas na entrevista
de anamnese e a severidade desses fatores. Caso o paciente tenha tentando o suicídio
anteriormente, isso aumenta muito o seu risco no momento atual.
Quando os fatores de proteção forem maiores que os fatores de risco o perigo para o
suicídio é baixo; quando os fatores de proteção forem mais baixos do que os fatores de risco o
perigo para o suicídio é alto; quando os fatores de proteção e de risco estão equiparados, o risco
é moderado.
3- PLANOS DE SEGURANÇA
Após investigar a avaliação de risco e descobrir que o paciente pode ser trabalhado em
consultório, o psicólogo ajudará o paciente a desenvolver um plano de segurança antes da crise,
pois durante esse momento é mais difícil que o paciente consiga aplicar alguma técnica para
resolução de problemas.
Esse plano envolve uma lista de estratégias de coping (enfretamento) que é negociada
com o paciente.
Segundo Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 128): os componentes básicos do plano de segurança
incluem:
1- Reconhecer sinais de alerta que precedem as crises suicidas,
2- Identificar estratégias de coping que podem ser utilizadas sem se contratar outras
pessoas;
3- Contatar amigos ou familiares; e
4- Contatar profissionais ou estabelecimentos de saúde mental.
Quando os pensamentos surgirem, os pacientes devem colocar em prática a primeira
etapa do plano, se essa não resolver, ele prosseguirá as próximas, pois as pesquisas apresentam
que a crise não demora muito tempo.
Quanto ao nome plano de segurança, alguns pacientes podem não querer usar esse
termo, portanto isso pode ser negociado com ele, mudando a nomenclatura para a forma que
ele se sentir mais a vontade.
A literatura não é clara sobre usar ou não contrato de suicídio. Uns autores vão dizer
que isso pode contribuir e outros não. Sobre a não contribuição eles apontam que isso não pode

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inibir o paciente ou ele pode não executar por medo de romper o prometido com o psicólogo,
porém não aprende como lidar.
Já o plano de segurança, que pode vir como um “contrato” com o clínico visa direcionar
o paciente a o que fazer durante a crise.

Etapas do Plano de segurança:


1- Reconhecer sinais de alerta: pensamentos automáticos, imagens, humor ou
comportamentos.
Exemplos: querer dormir e não acordar mais; querer me ferir; pensar: “eu não aguento
mais isso”.
2- Utilizar estratégias de coping: vão listar atividades que poderiam fazer sem contatar
pessoas.
Exemplos: sair para caminhar; escutar música; tomar um banho; brincar com o cachorro;
arrumar alguma coisa; ler algum livro.
3- Contatar familiares ou amigos: só executarão essa etapa se as estratégias de coping não
resolverem o problema. Portanto, eles devem ter uma lista de familiares e amigos que
podem ser contatados, depois eles vão hierarquizar os familiares e amigos por ordem
de preferência.
O psicólogo deve ajudar o paciente sobre como ele falará com a pessoa escolhida para
contatar.
4- Contatar profissionais ou estabelecimentos: listar os números telefônicos que poderia
ajudar durante a crise.
Exemplos: o clínico; o clínico de plantão; o psiquiatra; estabelecimento de emergência
24 horas; outros serviços de apoio locais ou nacionais.
O psicólogo deverá também instruir ao paciente sobre como ele falará com a instituição
ou profissional que entrará em contato.
Após apresentar todo o plano de segurança, o psicólogo revisa todas as etapas com o
paciente e pergunta se gostaria de acrescentar algo. Também deve perguntar, de 0 a 100 o
quanto eles estão comprometidos em cumprir com a tarefa de casa.

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Caso paciente diga que não conseguirá executar o plano de segurança, o psicólogo trabalhará
as crenças negativas sobre o mesmo e negociará sobre a sua execução.
Após toda a negociação feita, paciente e psicólogo assinam o plano de segurança. Fica uma cópia
com o paciente e outra com o psicólogo. Também é preciso discutir sobre o formato que ele vai
querer usar, como por exemplo: no celular, no computador, em papel, post-it, cartões.
Tabela padrão do plano de segurança:

PLANO DE SEGURANÇA PORTÁTIL


Sinais de alerta:
Estratégias de coping:
Familiares/amigos:
Contatos de emergência:

Caso o paciente possua uma arma de fogo, uma pessoa de sua segurança deve removê-
la do seu acesso e a coloca-la num lugar seguro ou entrega-la a polícia. O psicólogo deve entrar
em contato com essa pessoa para saber se a arma de fato foi removida.
5- TRANSMITIR O SENSO DE ESPERANÇA:
Mesmo na primeira sessão o psicólogo pode instruir o paciente a fazer uso de algumas
habilidades para enfrentar a crise. Neste momento o psicólogo também pode garanti-lo que ele
melhorará com todo o trabalho em equipe e que ele poderá usar os recursos por ele discutidos
para passar por esses primeiros momentos. Cada etapa vencida é um distanciamento maior das
crises.
6- NARRATIVA SOBRE A CRISE RECENTE
A primeira sessão deverá focar no consentimento informado, avaliação do risco de
suicídio e desenvolvimento do plano de segurança. Na próxima sessão pergunta-se sobre os
acontecimentos durante a crise suicida e ela será a base para a conceituação cognitiva,
baseando-se nos aspectos cognitivos, afetivos, comportamentais e situacionais de sua crise.

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CONCEITUAÇÃO COGNITIVA DE CASO DOS ATOS SUICIDAS


A avaliação psicológica do paciente com ideação suicida tem 2 momentos importantes.
1- Coleta de dados igual para todos os pacientes com histórico de vida, histórico da doença
e queixas principais.
2- Coleta de informações detalhadas sobre a crise suicida conforme modelo da Terapia
Cognitiva abaixo. Além das informações abaixo o psicólogo pode pedir: circunstâncias,
momento, data, local, quem estava junto, se a vontade foi impulsiva ou planejada.

Evento Pensamentos Emoção Comportamento Pensamentos Tentativa


ativador automáticos automáticos de suicídio
(motivação) (intenção
suicida)

Internos: Externos: perda de


pensamentos alguém ou outro
disfuncionais acontecimento ruim

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LINHA DO TEMPO
Resposta Pensamentos
Resposta automáticos chave
Pens. Comportamental
Evento ativador (motivações)
automático Afetiva

Críticas do seu “Ele não tem Raiva Saiu “Eu não aguento mais isso. Eu
padrasto e a sua nenhum correndo e não posso suportar esse ciclo
mãe não fez respeito por isolou-se sem fim. Eu não aguento me
nada. mim” sentir deprimida com isso.”

Resposta afetiva Pensam-chave (intenção) Tentativa de Reação a tentativa


suicidio
Com raiva e “Já chega. Eu vou Overdose com 20 Ambivalente sobre o
deprimida fazer isso. Eu quero pílulas de um fracasso da
morrer. Eu quero remédio para tentativa.
que isso pare.” dormir.

Fonte: Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 142)

Assim a conceituação cognitiva se apresenta da seguinte forma:

Fatores de Vivências
vulnerabilidade Iniciais

Crenças
centrais ou
nucleares

Crenças
intermediárias
ou regras

Emoção Comporta Pensamentos Tentativa


Pensamentos
Evento mento automáticos de
automáticos
ativador (intenção suicida) suicídio
(motivação)

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CONCEITUAÇÃO COGNITIVA

Fatores de vulnerabilidade: déficits de resolução de problemas

Vivências iniciais: episódios depressivos recorrentes. O pai abandonou a família. Mãe


negligente.

Crenças centrais: “Eu não tenho valor”. “A vida não tem sentido”.

Crenças intermediárias: “Se eu não consigo controlar minhas emoções, então eu não tenho
valor”. Se os tratamentos passados não ajudaram, então não há esperança.

Pensamentos-chave automáticos: “Eu não aguento mais isso”. As coisas nunca mudarão”.

Processos cognitivos relacionados ao suicídio: Fixação atencional; inabilidade de gerar outras


soluções que não o suicídio.

Fonte: Wenzel, Brown e Beck (2010, p. 147)

Após a conceituação cognitiva, será definido o plano de intervenção. De acordo com o


presente caso podemos pensar em:

1- Reestruturação cognitiva
2- Ativação comportamental
3- Treinamento de habilidades sociais
4- Resolução de problemas
5- Prevenção de recaídas.

FASE INTERMEDIÁRIA DO TRATAMENTO

Na fase intermediária o objetivo é fazer com que o paciente desenvolva estratégias de


coping cognitivas, comportamentais e afetivas. Essas intervenções são consequência da boa
conceituação cognitiva e do plano de tratamento.
Importante ressaltar que muitos pacientes com ideação suicida, possuem problemas
associados muito graves, tais como: outros transtornos psiquiátricos, problemas físicos crônicos,
problemas psicossociais e o foco do psicólogo será ajudar o paciente a resolver essas questões
principais para evitar as ideações.

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É preciso deixar claro: No primeiro momento o foco do psicólogo é ajudar o paciente a


compreender a crise suicida por meio do modelo cognitivo para esse tipo de problema e ajudá-
lo a desenvolver estratégias para futuras crises.
No segundo momento, com o primeiro momento bem estabelecido, o psicólogo poderá
focar em outras áreas, tais como: outros transtornos psiquiátricos associados, problemas
psicossociais e outros problemas.
O psicólogo deve passar estratégias que sejam fáceis de serem executadas quando a
crise vier.
Em toda a sessão deve ser feita a avaliação do risco de suicídio, isso que garantirá a
segurança do paciente e desenvolver um plano apropriado para cada sessão. Aqui verifica-se
brevemente o humor, porque o foco será na ideação.
O que devemos ficar atentos:

• Mudança abrupta no quadro clínico


• Falta de melhora ou piora na condição do paciente a despeito do tratamento
• Perda significativa e outros sinais de alerta que foram listados no plano de segurança.

Avaliação de álcool e drogas

É comum o uso de álcool e drogas durante uma crise suicida e isso aumenta o risco, pois
não conseguem julgar pensamentos e comportamentos.

Deve-se perguntar se o paciente fez uso de álcool ou drogas após a última sessão, com
qual frequência, quantidade, efeitos no humor e exposição ao risco de comportamentos
autoagressivos.

Para identificar se existe o vício ou a associação da ideação suicida ao uso da substância


o clínico pode perguntar: de 0 a 100 qual sua vontade de usar substância agora?

Conformidade ao tratamento

A literatura aponta que pacientes com ideação suicida são diagnosticados com pelo
menos um transtorno psiquiátrico, portanto é papel do psicólogo perguntar se o paciente foi fiel
ao uso da medicação na última semana, se tomou a dose certa, se não esqueceu nenhum dia,
quando foi a última consulta, se já tem uma data agendada para o retorno.
Caso o paciente não esteja comprometido com a medicação, isso deverá ser colocado
na pauta da sessão e discutido.

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Crenças comuns a esses pacientes segundo Wenzel, Brown e Beck (2010, p.160):
• “Ser forçado a tomar medicações infringe minha liverdade.”
• “Tomar medicamentos implica que eu estou doente/louco.”
• “Se eu tomar meu remédio, estarei admitindo que alguma coisa está seriamente errada
comigo.” e
• “Eu nunca vou ficar melhor de qualquer modo, então qual é a utilidade de tomar a
medicação?”
Caso o clínico perceba a necessidade do uso de outros serviços profissionais (médico
contínuo, dependência química e serviços sociais) ele deve encaminhá-lo e se o paciente estiver
assistido, deve-se perguntar se está sendo fiel a essas instituições e com o tratamento.
Revisão do plano de segurança

Não existe um tempo estipulado, porém o clínico revisa o plano de segurança de tempos
em tempos para acrescentar novas habilidades adquiridas, com novos contatos desenvolvidos
ou outras demandas que possam ser acrescentadas.
Uma pergunta inicial pode ser: o plano de segurança tem sido útil para controlar as crises
suicidas? A partir daí, o psicólogo, pode examinar os pensamentos automáticos e expectativas
em relação ao plano de segurança.
Caso seja preciso mudar o plano de segurança, assim deve ser feito.
Estratégias de intervenção

Comportamentais: aumentar as atividades prazerosas, melhorar o apoio social,


aumentar a conformidade com os tratamentos médicos, psiquiátricos, de dependência química
e com os serviços sociais.
Aplicar escala de eventos agradáveis que se encontra em anexo nessa aula.
Após esse momento o psicólogo deve perguntar a probabilidade do paciente se engajar
nas simples tarefas que foram escolhidas por ambos para que ele as execute ao longo dessa
semana.
Ainda no fator comportamental, o psicólogo busca aumentar os recursos sociais dos
seus pacientes, pois muitos do que tem ideação suicida acreditam que ninguém se preocupa

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com ele. Isso envolve fortalecer as relações existentes ou construir novas relações, caso não se
tenha um forte apoio emocional.
Para isso pedimos que o paciente fala uma lista de pessoas que ele deseja que façam
parte do seu convívio. E como o psicólogo pode ajuda-lo a pensar? Fazendo indicações de
possíveis grupos, tais como: familiares, amigos, igrejas, vizinhos, outros recursos comunitários.
Caso a família já esteja cansada desse paciente, o psicólogo fará algumas sessões com
esses familiares para verificar a veracidade da fala do paciente em afirmar que a família não se
importa com ele, revisar o plano de segurança, porém, tudo isso com consentimento do
paciente.
É importante ensinar aos familiares:
A) Como reconhecer sinais de alerta de uma crise iminente;
B) Questões específicas que podem ser feitas aos pacientes para
determinar se eles estão em uma crise; e
C) Como ajudar os pacientes a implementar estratégias de coping para
lidar com uma crise ou ajudá-los a contatar outros profissionais durante um período de
crise.
D) Ajudar a remover armas letais.
Emocionais: habilidades de coping afetivo para regular as emoções.
Cognitivas: modificar crenças disfuncionais, identificar razões para viver, aumentar as
estratégias de resolução de problemas e reduzir a impulsividade.
Essas estratégias são utilizadas em conjunto. Isso deve ser avaliado, de acordo com o
perfil do paciente. O importante é encorajar esse paciente a continuar com a vida e os
tratamentos.
(Wenzel, Brown e Beck , 2010, p.153-157).
Estratégias de coping afetivo
São estratégias para que os pacientes consigam regular as emoções sem que haja
autolesões. Elas são do tipo:
1- Autoalívio físico: Para conseguirem esse autoalívio eles podem: práticar
exercício físico regularmente, praticar relaxamento muscular progressivo e/ou praticar

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respiração controlada para diminuir a excitação fisiológica associada a emoções


perturbadoras.
2- Autoalívio cognitivo: Técnicas de distração como pensar em atividades
ou acontecimentos prazerosos, fazer algo que lhe causa bem como arrumar uma casa,
um armário, telefonar para um amigo. Tudo isso resolve temporariamente e evita a
autolesão, mas não ensina a lidar com determinadas situações, por isso é importante
ensinar ao paciente a diferença entre distração e evitação.
3- Autoalívio sensorial: irão explorar os sentidos tais como: cheiro, som,
toque. Podem tomar um banho, escutar uma música, usar essências na casa.
Estratégias cognitivas:
Modificando crenças centrais (Wenzel, Brown e Beck , 2010, p.163).
Primeiro passo é ajudar o paciente a identificar suas crenças negativas e a perceber
o quanto elas afetam os sentimentos/emoções e comportamentos.
Para identificas quais crenças negativas estavam presentes no momento da crise, o
paciente faz um exame dos pensamentos automáticos mais frequentes, de lembranças da
infância e de experiências da sua vida e com os outros. A partir dessa identificação o
psicólogo pode aplicar o questionamento socrático e experimentos comportamentais.
Crenças comuns em pacientes com ideação:
• Eu sou incompetente
• Eu estou preso
• Eu sou inferior
• Eu não consigo lidar com as coisas
• Eu não sou atraente
• Eu serei rejeitado
• Eu não tenho o que oferecer
• Eu sou tedioso
• Eu estou quebrado
• Eu sou um desperdício
• Eu sou um fardo

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• Eu não mereço viver


Identificar as razões para viver
É pedido ao paciente que liste as razões para viver quando não estão na crise e essa
lista será consultada quando a ideação vier.
Aplicar o inventário de razões para viver em anexo nessa aula.
Caso o paciente não considere checar as razões para viver suficiente para sair da
crise, o psicólogo pode propor o Kit esperança. Esse Kit consiste em pegar uma caixa de
papel ou outro objeto e nele depositar fotografias, cartas, poemas, materiais religiosos, um
desenho feito com filho ou neto...serão depositadas memórias. Ele pode enfeitar essa caixa,
montar com alguém da família. Em momentos de crise ele poderá consultar essa caixa. Esse
Kit esperança em forma de caixa pode ser adaptado conforme a necessidade do paciente,
pode ser um caderno, uma pintura, um site, arquivos no computador ou celular.
Desenvolvendo cartões de coping LER PÁGINA 167 DO LIVRO PRINCIPAL DESSA AULA
Esses cartões são chamados também de enfrentamento. Eles podem ser construídos
tipo em papel ficha, no celular em bloco de notas, no caderno da terapia, em post-
its...precisa ser algo que o paciente tenha acesso facilmente.
O psicólogo constrói esses cartões juntamente com o paciente, pegando trechos da
fala dele.
Cartão tipo 1: Colocar os pensamentos automáticos sobre suicidio e as respostas a
esses pensamentos (discutidas em terapia) ao lado.
Cartão tipo 2: Apresentando as respostas que negam uma crença central negativa,
por exemplo: Eu sou um fardo.
Cartão tipo 3: alternativas de enfrentamento frente a uma crise, que pode ser sair
para caminhar, ligar para alguém.
Cartão tipo 4: afirmações motivacionais para o paciente tomar medidas que
contribuam ao alcance de objetivos ou aplicar habilidades de coping.
Aumentando as habilidades de resolução de problemas
Após o paciente aprender a lidar com as crises suicidas o psicólogo o ensinará a lidar
com os problemas do cotidiano para que eles foquem menos no suicidio.

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Portanto, o psicólogo se engaja em ajudá-lo a resolver problemas que foram listados


nas sessões iniciais com apresentação de possíveis soluções. As crenças centrais negativas
tentarão impedir que o paciente coloque as soluções em prática, porém quanto mais
alternativas forem oferecidas, maior a chance do paciente se engajar em uma solução.
Aqui, deve-se tomar cuidado para não apresentar soluções muito complexas. É
preciso começar por soluções simples e a curto prazo, mas planejar as de médio e longo
prazos.
Reduzindo a impulsividade
Apesar de ser um ato, a literatura considera como um fator cognitivo, pois requer
um pensamento cuidadoso.
Para o paciente compreender melhor que a crise virá e passará é preciso desenhar
seu humor ao longo de uma crise e como houve oscilação dela com diminuição após se
permitir aceitar a situação e enfrenta-la.
É eficaz criar uma lista de vantagens e desvantagens de agir por impulso frente a
uma crise. Isso pode ajudá-lo a procrastina o suicídio.
Ele também pode consultar as estratégias de coping que contribuem a cometer o
ato suicida, podendo ser: (dormir, conversar com uma pessoa, ligar para o clínico).
O principal objetivo é tornar o ambiente difícil para o suicídio.
FASE AVANÇADA DO TRATAMENTO

Recapitulando: fase inicial é reduzir a probabilidade dos pacientes entrarem na crise


suicida; fase intermediária é ajudar o paciente a desenvolver estratégias de coping e na fase
avançada, busca-se avaliar se o paciente aprendeu e consegue aplicar habilidades
específicas que podem contribuir a combater a crise suicida.

Nesse momento o psicólogo consolida, revisa e aplica estratégias que se mostraram


eficazes para o paciente ao longo do tratamento.

4 tarefas principais do psicólogo na fase avançada, segundo Wenzel, Brown e Beck (2010,
p.171).

a) Sintetizar e consolidar habilidades que foram aprendidas durante a fase intermediária;


b) Aplicar essas habilidades em uma série de exercícios de imaginação guiada;
c) Revisar o progresso em direção aos objetivos de tratamentos; e

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d) Planejar para a continuação do tratamento, encaminhar para outro tratamento ou


preparar o término do tratamento.

Revisão das habilidades

Essa etapa deve ser feita quando:

a) Os pacientes não mais relatam qualquer desejo de cometer suicidio;


b) Os pacientes percebem que a maior parte (se não todas) das questões que
desencadearam sua crise suicida recente foi abordada;
c) A severidade dos sintomas agudos dos pacientes tenha diminuído, evidenciado pelos
escores reduzidos no Inventário de Depressão de Beck (BDI-II) ou no Inventário de
Desesperança de Beck;
d) Os pacientes demonstraram que adquiriram habilidades para lidar com crises ou
perturbações futuras.

Aqui, há uma revisão do plano de tratamento e do plano de segurança que foi


modificado ao longo do tratamento.

É importante questionar quais foram as habilidades mais úteis para lidar com as crises e
se ele tiver dificuldades para listar essas habilidades de coping isso significa que ele não está
pronto para prosseguir na fase avançada.

Se o paciente gerar uma lista das habilidades de coping com facilidade, o psicólogo já
pode entrar na fase de prevenção de recaídas.

PREVENÇÃO DE RECAÍDAS PARA CRISES SUICIDAS

Passo 1: Preparação

• Proporcionar uma descrição lógica e completa dos passos envolvidos neste


protocolo.
• Confirmar que o paciente compreende o protocolo.
• Descrever as potenciais reações emocionais negativas.
• Discutir estratégias para lidar com reações emocionais negativas.
• Abordar as preocupações e os apontamentos do paciente.
• Obter o consentimento do paciente.
Passo 2: revisão da crise suicida recente

• Avaliar se o paciente é capaz de produzir uma imagem vívida, e, se não for, ensiná-
lo a fazer isso.

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• Estabelecer a cena da tentativa ou da crise.


• Solicitar ao paciente que descreva, no tempo verbal presente, a sequência de
eventos que levou a crise suicida.
• Focar pensamentos, emoções, comportamentos e circunstâncias-chave que foram
os mais relevantes para crise suicida.
Passo 3: revisão da crise suicida recente utilizando habilidades
• Solicitar, novamente, que o paciente descreva, no tempo verbal presente, a
sequência de eventos que o levou a crise suicida.
• Estimular o paciente a descrever as estratégias de contém e as respostas
adaptativas para os eventos ativadores-chave.
Passo 4: revisão de uma futura crise suicida
• Solicitar ao paciente que imagine e descreva a sequência de eventos que pode levar
a uma futura crise suicida.
• Focar os pensamentos, emoções, os comportamentos e as circunstâncias-chave que
são mais relevantes para provocar a ideação suicida.
• Estimular o paciente a descrever as estratégias de coping e as respostas adaptativas
para os eventos ativadores-chave.
Passo 5: de Debriefing e seguimento
• Solicitar ao paciente que resuma o que aprendeu com esses exercícios.
• Descrever a maneira na qual as mudanças que o paciente fez em tratamento foram
refletidas em seu manejo das crises suicidas imaginadas.
• Identificar quaisquer questões que tenham emergido nesses exercícios que
permanecem problemáticas para o paciente.
• Determinar se o paciente está experimentando ideação suicida e, se estiver,
colaborativo a mente desenvolver um plano para abordá-la.
• Revisar o plano de segurança.
• Oferecer sessões adicionais de tratamento ou chamadas telefônicas de
acompanhamento conforme clinicamente indicado.

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CONTINUIDADE AO TRATAMENTO

O clínico deve preparar o paciente para as recaídas e refletir que geralmente esses
momentos levam a uma desesperança. Portanto, é sempre muito importante ter por perto o
plano de segurança.
Ficar em alerta, pois na crise e com a desesperança o pensamento do tudo ou nada pode
surgir e aí começa-se a acreditar que a terapia não adiantou.
A partir daqui então, psicólogo e paciente negociam a frequência das sessões conforme
o objetivo do paciente. Se o paciente não quiser mais continuar com a terapia para resolver
problemas futuros, o psicólogo deve esclarecer que a “alta” não acontece em uma sessão e que
precisarão de sessões para a manutenção.
Caso esse paciente seja um dependente químico o psicólogo pode encaminhá-lo para
uma clínica de recuperação, para um psiquiatra especialista no problema. Não basta
encaminhar, é importante que o psicólogo o acompanhe nesse processo e observe se ele
continua comprometido com os outros tipos de tratamento.

REFERÊNCIAS:

1- Brown, G. K., Tenhave, T., Henriques, G. R., Xie, S. X., Hollander, J. E., & Beck, A. T. (2005).
Cognitive therapy for the prevention of suicide attempts: A randomized controlled trial.
LAMA, 294, 563-570. doi: 10.1001/jama.294.5.563 Disponível em:
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/201330
2- Botega, Neury José. Comportamento suicida: epidemiologia. Psicologia USP [online].
2014, v. 25, n. 3 [Acessado 6 Janeiro 2023], pp. 231-236. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140004>. ISSN 1678-5177.
https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140004.
3- Wenzel, A., Brown, G. K., & Beck, A. T. (2010). Terapia cognitivo-comportamental para
pacientes suicidas. Porto Alegre: Artmed.
4- Dados depressão e suicidio OPAS: https://www.paho.org/pt/topicos/depressao

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Links úteis:

• https://www.cvv.org.br/

• 188

• https://mapasaudemental.com.br/sobre-nos/

• https://vitaalere.com.br/

• https://nomoblidis.com.br/blog/

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