Fatores de risco e de proteção: como identificar o paciente suicida?
De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS),
atualmente, a cada 40 segundos, uma pessoa tira à sua própria vida. Entende-se que há inúmeras causas e variáveis que levem esses, em sua maioria jovens, a cometer tal ato. Pode-se afirmar, que algumas atitudes especificas retratam um padrão suicida, não se tratando de escolhas generalizadas por parte de todos, mas sim fatores em comum, fazendo com que esses tomem escolhas parecidas antes de cometerem o suicídio, propriamente dito. Entre essas, a mudança brusca de humor, picos de tristeza excessiva e a ideia de deixarem uma espécie de carta suicida, com remetente a familiares e amigos próximos. Segundo um relatório sobre prevenção de suicídio da OMS, 90% dos casos de suicídio originou-se de algum transtorno mental, como depressão e esquizofrenia. Além de outros como perda de emprego, baixa autoestima, traumas ou até mesmo o estresse social. Todos esses são fatores de riscos que devem ser levados em consideração, porém um dos mais graves é o uso de drogas ilícitas, que além de tudo é um dos maiores ocasionadores de outros tipos de transtornos mentais do mundo. O artigo “Association of Cannabis Use in Adolescence and Risk of Depression, Anxiety, and Suicidality in Young Adulthoodp” destaca a importância de iniciativas destinadas a educar os adolescentes sobre os riscos associados ao uso de Cannabis e ensiná-los a resistir à pressão dos colegas. Dada a probabilidade de uma janela de risco durante a adolescência, quando os efeitos deletérios dessa são mais pronunciados, 10 os achados desta meta-análise sugerem que a maconha seja um sério problema de saúde pública e há uma necessidade urgente de implementar melhores programas de prevenção do uso de drogas visando o uso de Cannabis entre adolescentes e intervenções destinadas a educar os adolescentes para desenvolver as habilidades para resistir à pressão dos pares sobre o consumo de drogas. Uma pessoa com ideação suicida, que não senti mais vontade de viver e cogita se matar mesmo que não concluindo o ato, deve procurar ajuda psicoterapêutica para avaliar um possível transtorno ou instabilidade emocional com um psicólogo que possivelmente usará o DSM como material de apoio durante as sessões. O DSM-5 é um manual de diagnóstico sob uso exclusivo do psicólogo que tem como função diagnosticar transtornos mentais. Pode-se concluir que o suicídio é multifatorial. Não existe sequer um motivo em específico que possa provar o contrário. Transtornos mentais, uso abusivo de drogas, entre outros, são motivos que podem levar um paciente à, não só ideação, como à tentativa de suicídio. Sendo assim, não existem formas concretas de prevenção ou até mesmo proteção, sendo de suma importância o diagnóstico precoce.
Artigo de opinião escrito por Meg Sthefany Corrêa, curso Técnico em Química (IFRO – Campus Ji-Paraná), 27/09/2022.