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INSTITUTO CULTUS

NEUROPSICOLOGIA

BIANCA MENDONÇA CURVÊLO

SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA:
DEPRESSÃO , FATORES DE RISCO E ALTERAÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS

Aracaju

2021
1

SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA:
DEPRESSÃO , FATORES DE RISCO E ALTERAÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro


também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo
sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma
fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim
realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando
minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e
assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos
autorais.

RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso de pós-graduação tem como finalidade revisar estudos
sobre o comportamento suicida na adolescência e sua associação com a depressão assim como
identificar os fatores de risco, neuropsicológicos e evidenciar o conhecimento descrito na literatura da
saúde em áreas de psicologia, neuropsicológica e medicina. A metodologia utilizada para a realização
deste trabalho foi a revisão bibliográfica, a fim de buscar fontes científicas publicadas. Para esta
pesquisa, foi utilizada a base de consulta PEPSIC (Periódicos Eletrônicos em Psicologia), Google
Acadêmico, com embasamento teórico em livros e revistas nos últimos dez anos. Segundo os
critérios de multidimensionalidade do conteúdo (suicídio; suicídio na adolescência; depressão e
suicídio; suicídio no Brasil; comportamento suicida; suicídio: fatores de risco e neuropsicológicos
entre o período de 2010 e 2020). De acordo com a análise, o diagnóstico mais comum para o suicídio
na adolescência é o transtorno de humor em fase depressiva e, frequentemente, acompanhada de
outros fatores, tais como: crise financeira, desintegração da família e relacionamentos afetivos
efêmeros, abuso de álcool, esquizofrenia e transtorno de personalidade.

PALAVRAS-CHAVE: suicídio na adolescência; fatores e alterações neuropsicológico,


neuropsicologia, depressão e suicídio no brasil, comportamento suicida.
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1. INTRODUÇÃO

O suicídio se apresenta como grave problema de saúde pública no Brasil


e Mundo. Este fenômeno é compreendido como “dar fim na própria vida
voluntariamente”, consistindo em uma prática paradoxal que desafia diversas áreas
do conhecimento, dentre elas: Psicologia, Neuropsicologia e Psiquiatria (medicina).
Além disso, o suicídio é multicausal, envolvendo elementos culturais, psicológicos,
neuropsicológico, sociais, ambientais, biológicos, tudo que compreende na
existência do indivíduo. É relevante destacar que o suicídio é exibido como
consequência final de várias circunstâncias que põem em risco a vida,
considerando-as como comportamento suicida. O comportamento suicida é muitas
vezes apontado a preocupação , como o desejo, o ato que busca intencionalmente,
causar algum dando a si mesma. Englobam-se, neste item, as ideias e os desejos
suicidas (ideação suicida), o planejamento, a tentativa e o suicídio, ou seja, se trata
de um aleatório ou sem finalidade, mas representa para quem faz uma saída para
um problema, o qual está lhe causando sofrimento.
Refletindo acerca do ser humano sob o ponto de vista do ciclo vital e
fatores de risco, existem de acordo com os estudos possíveis alterações
neuropsicológicas que podem ser provocado pela depressão em crianças e
adolescentes, como também inclusão de tratamentos para esta fase do
desenvolvimento, como o uso de psicoterapia, avaliação neuropsicológica e
medicação antidepressiva e reabilitações neuropsicológica do indivíduo . A pesquisa
realizada é justifica por se tratar de uma problemática que é comum com o
profissional de psicologia enquanto psicólogo clínico e neuropsicólogo. O objetivo
deste estudo é ajudar aos profissionais na área da saúde, principalmente os
especialistas em neuropsicologia e psicólogos clínicos, expondo para eles, a
importância de identificar e antecipar as alterações no desenvolvimento
comportamental e cognitivo que o transtorno de Depressão e Ansiedade que pode
levar o individuo ao suicídio. A utilização de instrumentos como : testes
neuropsicológicos, teste de personalidade, escalas para a avaliação do
desenvolvimento, exames de imagem, poderá possibilitar um diagnóstico e introduzir
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intervenções terapêuticas precoces e mais assertivas, trazendo-lhes melhores


resultados.
O estudo foi uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa que
envolve uma abordagem interpretativa do mundo, o que significa que seus
pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, para que entendam
esses fenômenos a quem confere as pessoas. É bastante alarmante o fato que, na
panorama qualitativo, a fonte direta de dados é seu o ambiente natural, o principal
instrumento do pesquisador, sendo que os dados coletados são predominantemente
descritivos (CRESWEL, 2007, p. 186).
A Revisão bibliográfica faz parte de uma pesquisa, que mostra claramente
muitas contribuições científicas de vários autores sobre o tema específico. Como
base de dados, aplicamos as seguintes palavras-chave: : suicídio na adolescência;
fatores neuropsicológico, neuropsicologia, depressão e suicídio no brasil,
comportamento suicida, fatores de risco entre o período de 2010 a 2020, quando foi
delimitado alguns critérios de inclusão, sendo eles, a escolha das plataformas,
porque tive dificuldades em encontrar embasamento teórico em livros e revistas, e
optei por este período para fechar 10 anos e por serem assuntos recentes; escolhi
artigos e livros como fonte de pesquisa por encontrar informações relevantes à
necessidade de pesquisa.
As pesquisas foram feitas apenas em artigos da plataforma PePsic
(Periódicos Eletrônicos em Psicologia) e Google Acadêmico, com embasamento
teórico em livros e revistas nos últimos dez anos, que foram encontrados 149 artigos
entre os anos de 2010 a 2020, porém, foram adotados critérios de exclusão, tais
como: ano de publicação e delimitação da faixa etária, que compreende a
adolescência e, por isso, foram analisados 10 artigos, vários livros e revistas.
Em relação aos dados qualitativos, foram separados por semelhanças de
conteúdo e organizados em subtemas mais recorrentes: suicídio na adolescência;
fatores neuropsicológico, alterações neuropsicológica, depressão e suicídio no
brasil, comportamento suicida.
Este estudo pretende descrever as principais características clínicas,
fatores de risco, bem como as alterações neuropsicológicas encontradas na
depressão em adolescentes, sintomatologia, e fazer uma alerta aos profissionais da
área de neuropsicologia e medicina, a importância de identificar precocemente
alterações no desenvolvimento cognitivo e comportamental que este transtorno pode
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acarretar, possibilitando assim intervenções terapêuticas precoces e precisas para a


prevenção do suicídio. E a necessidade de estudos acadêmicos nesta área.

2 . DESENVOLVIMENTO

Lopes e Cardoso (1986, p.56) dissertam que existem muitas definições a


respeito da palavra suicídio, uma delas diz que é uma palavra que deriva da
expressão latina “sui caedere”, que significa “matar-se”. Por vezes, é designado
como “morte voluntária”, “morte intencional” ou “morte auto infligida”. Já no dicionário
da língua portuguesa, suicídio é uma palavra que significa o ato deliberado pelo qual
um indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte.
Werlang et al. (2005, p.259) afirmam que este comportamento suicida
pode ser subdividido em três tipos ou categorias, como: tentativa de suicídio,
ideação suicida (planejamento e desejo de se matar, bem como pensamento e
ideias suicidas) e o suicídio consumado. E isso passa ser um sinal de alerta para
família e amigos, pois, na maioria das vezes destes atos, a família e os amigos
costumam estar próximo e prevenir o pior. Ainda segundo estes autores, a ideação
suicida pode desencadear o risco para o suicídio, sendo este considerado o primeiro
passo para sua efetivação. Pensando assim, cometer suicídio não acontece de
maneira rápida, uma vez que, constantemente, o indivíduo que executa o suicídio
manifestou anteriormente algum sinal ou alguma advertência com relação à ideia de
atentar contra a própria vida.

De acordo com a OMS (2017) o suicídio está entre as dez primeiras causas
de morte no mundo e é a segunda principal causa entre pessoas de 15 a 29
anos. No mundo a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio, e a
cada 3 segundos uma pessoa tenta tirar a própria vida. O número anual de
suicídios é maior do que todos os conflitos mundiais combinados. Esses
dados são preocupantes, porém podem ser prevenidos a maioria dos casos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), dados


divulgados entre 2011 e 2015, pelo Ministério da Saúde, o índice de suicídio cresceu
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entre jovens de 15 a 29 anos. No ano de 2011, foram 11.458 mil mortes; 5,3 a cada
100 mil habitantes, já em 2015, chegou a 12.562 mil; 5,7 a cada mil habitantes.
Baptista (2004, p.69) consideram que o fenômeno do suicídio é
multicausal e sugerem que a etnia, a cultura, os fatores biológicos, ambientais,
psicológicos e políticos englobam a existência do indivíduo. Algumas literaturas
como a de Minayo e Cavalcante (2010, p.750) demonstram que as estatísticas de
suicídio são distribuídas de forma desigual nos diferentes países no mundo,
diferenças essas, como gêneros, nível social, culturas e os grupos etários. Os
homens são os que apresentam maior taxa de mortalidade 79% e as mulheres 3,6
menos 21%. Como também apresentam índices altos de viúvos, solteiros e
divorciados com 60,4%, de acordo com OMS (2017). Outros dados interessantes
são encontrados quando se compara o número de suicídios de acordo com a etnia,
a exemplo de indígenas (15,4%), se comparados aos brancos (5,9%) e aos negros
(4,7%).

Gráfico 1: Taxa de Mortalidade de suicídio

Taxa de Mortalidade OMS ( 2017)

Homens
Mulheres

Fonte: Organização Mundial da Saúde de 2017.

Braga e Dell’aglio (2013, p.10) explicam que podem ocorrer as falhas


estatísticas por vários motivos, principalmente, devido às dificuldades de
conceituação, como, por exemplo, identificar com precisão se um acidente de
trânsito foi fatalidade ou tentativa de suicídio, bem como no caso de um afogamento,
atropelamento, overdoses etc. Entretanto, há muitos casos que os familiares,
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preferem dizer que foi um acidente, que dizer que foi suicídio, pois a própria família
nega a realidade.
Apesar de muitas das vezes este ser um ato individual e mais conhecido,
existem outros tipos de práticas de suicídios, por exemplo, o em grupo, como no
contexto de seitas religiosas, que se utilizam de homens-bomba, ou de grupos
suicidas online, como o Jogo da Baleia Azul1. Conforme Stengel (1980), , também
existe o suicídio duplo, quando por exemplo um casal de namorados cometem o ato
do suicídio juntos. Já no pacto de suicídio, é extraordinariamente raro, mas
acontece, apesar de pouco conhecido, ou suicídio por imitação, exemplo do caso
Werther. Frequentemente tem-se sugerido, que alguns comportamentos suicida
pode ser aprendido através de um processo chamado de modelagem (PORTO,
2002).
De acordo com Lopes e Cardoso (1986, p.55), o meio mais utilizado é o
enforcamento entre homens (66,1%) e mulheres (47%), seguidos por intoxicação
exógena e armas de fogo. Existem muitos exemplos na literatura de suicídios :
eletrocussão (choque elétrico); incineração ;instrumentos perfurantes e cortantes;
submersão ou afogamento; precipitação; deglutição de corpos estranhos,
despedaçamento e envenenamento. Já em relação às tentativas de suicídio, as
mulheres são em maiores números (69%) e 31,1% tentam mais de uma vez.

2.1 COMPORTAMENTOS SUICIDAS E PROTEÇÃO CARACTERÍSTICA AO


LONGO DO CICLO VITAL

Schlosser et al. (2014,p.133) afirmam que o comportamento suicida ao


longo do ciclo de vida do indivíduo pode ser considerado como sendo o ato
intencional de causar dano a si mesmo, tendo o objetivo final dar cabo à própria vida
ou, como muitos apontam, dar fim a sua dor, suas ideias e seus desejos suicidas,
sem resultado de morte que são chamadas de ideação suicidas e os suicídios
consumados, aqueles que levam, de fato, à morte.
Segundo, Borges et al. (2008, p.109) alguns fatores podem predispor ao
comportamento suicida, e destaca a atenção para que se possa trabalhar de
1
O que é Jogo Baleia Azul. É o jogo disputado pelas redes sociais, que propõe desafios macabros aos
adolescentes, como bater fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se, ficar doente e, na etapa final,
cometer suicídio.
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maneira preventiva perante os comportamentos suicidas, é preciso estar ciente e


ficar atentos para os diversos fatores de proteção e de risco. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (2010), podem existir algumas mudanças para evitar
que o suicídio aconteça com tanta frequência no Brasil e no mundo. Estudos
apontam que que existência de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas
cidades, podem reduzir em 14% o risco de suicídio. Hoje, 2.463 instituições dos 6
mil municípios brasileiros ajudam na identificação e no tratamento precoce( como
terapias cognitiva comportamental, A Reabilitação Neuropsicológica ) e diagnósticos
neuropsicológicos e médicos de pessoas que sofrem de transtornos psicológicos.
Alguns estudos neuropsicológicos associados à neuroimagem trouxeram
considerável avanço para o entendimento dos correlatos neuroanatômicos
funcionais dos transtornos psiquiátricos. Distinguem-se três tipos de exames, de
acordo com seus objetivos: ressonância magnética (RM), a tomografia
computadorizada (TC) avaliam alterações estruturais do cérebro; a ressonância
magnética funcional (RMf), já no exame de tomografia por emissão de pósitron
(PET) e a tomografia por emissão de fóton único (SPECT) produzem imagens que
apresentam o estado metabólico e funcional do cérebro, analisa como um todo e
em determinadas regiões do cérebro, o que acaba permitindo uma investigação sem
a utilização de métodos tão invasivos (Weight e Bigler, 1998). É importante ficar
atento às pessoas que fazem parte do seu ciclo, especialmente para aquelas que
têm depressão, é recomendado ficar atento aos estados de tristezas, às vezes, até
verbalização da intenção. Toda atenção é pouca quando se tratando de pessoas
com sintomas suspeitos, como, por exemplo: daquelas que abusam de substâncias
(drogas), rompimento de relacionamento, perda de ente querido, abuso sexual, entre
outros. É válido lembrar que o aperfeiçoamento do acesso aos serviços sociais e de
saúde são estratégias efetivas para a prevenção do suicídio.
Para Ferreira (2008, p.48), existem outros sintomas que podem ajudar na
identificação de um quadro de alerta de suicídio, como: desesperança, tristeza
profunda , depressão, perda drástica financeira, melancolia, , separação nos
relacionamentos e dos filho ; insucesso escolar, pessimismo especialmente, se
acompanhado de angústia e tentativas de melhoria de resultados, mas, sem
sucesso, entre outros fatores que são pessoais e particulares de cada um. Por isso
deve-se sempre estar alerta a estes sintomas, pois o encaminhamento para um
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tratamento psicológico , neuropsicológico e médico, pode ajudar na prevenção e


tratamento.

2.2 SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA

A adolescência de acordo com OMS, ocorre entre 10 e 20 anos de idade


fase intermediária entre a da infância e a fase adulta, que acaba sendo marcada por
muitas transformações comportamentais como também hormonais .
Até o século XVIII, a adolescência foi confundida com a infância, e era
entendida de diversas maneiras, como, por exemplo, no latim, utilizavam-se nos
colégios as palavras puer e adolescens.. Assim chamava-se de juventude, que não
é sinônimo do que chamamos atualmente de adolescência, que, apesar de pouca
idade, já tinham funções sociais definidas na sociedade (GUTIERRA, 2003, apud
AMÉLIA, 2000).
Segundo Avanci et al. (1988, p.535), a ideação suicida caracteriza-se por
pensamentos autodestrutivos, que englobam a concepção de que a vida não vale a
pena ser vivida, formulando planos específicos para lhe pôr fim. A presença de
ideação suicida é um indício de sofrimento emocional grave e aparece como um dos
principais antecedentes de tentativas de suicídio e suicídio consumado. Estudos
referem que um terço (34%) das pessoas com ideação suicida ao longo da vida
elabora um plano de suicídio; desses, 72% praticam uma tentativa de suicídio; e
26% apresentam quadro de ideação suicida, e não elaboram plano, e acabam
concretizando a tentativa de suicídio ao um ato não planejado. A maioria das
tentativas de suicídio, planejadas ou não, ocorrem no primeiro ano após o início da
ideação suicida.
Para Bahls (1999) em adolescentes deprimidos é mais comum a presença
de outros transtornos psiquiátricos do que em adultos, os mais frequentes
são: transtorno de déficit de atenção, transtorno de conduta, transtorno
desafiador opositivo, transtorno de ansiedade, transtornos alimentares e
ainda os transtornos relacionados ao abuso de substâncias .

Conforme Viera (2004), em todos os países e grupos culturais, o suicídio


é menos frequente na infância e na adolescência antes dos quinze anos de idade,
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com aumento de sua incidência no final da adolescência e no início da terceira


década, configurando a terceira causa de morte de adolescentes e jovens adultos
(nos EUA), dado que se confirma em vários países europeus, asiáticos e da América
Latina. Adolescentes ou crianças que tentam ou tentam (sem êxito) o suicídio
possuem características em comum: uma parte apresenta histórico de tentativas
anteriores, e essas tentativas pertence a um grupo que possui maior risco de
suicídio bem-sucedido.
Scholosser et al. (CARMONA et al., 2010; PÉREZ-OLMOS et al., 2007),
entre outros estudos, apontam a adolescência como a etapa do ciclo vital com maior
índice de comportamento suicida, que variam entre 12 e 15 anos, tendo em vista
que a adolescência é considerada como fase em que o indivíduo vive crises
profundas, mudanças tanto físicas quanto psicológicas e culturais. Estima-se que a
população jovem (entre 2% e 12%) já apresentou comportamentos suicidas, o que
merece considerável atenção em termos mundiais.

2.3 FATORES DE RISCO E ALTERAÇÕES NEUROPSICOLÓGICAS

O risco de suicídio envolve situações em que as pessoas podem ter


pensamentos suicidas, desejos suicidas, relacionados a provocar a própria morte, ou
tentativas de suicídio. As pessoas que demonstram risco de cometerem suicídio é
comum o desejo de parar de sofrer (CHIQUITO e VEDANA, 2014). Existem alguns
fatores de risco que são: bullying, instabilidade e conflitos familiares, impulsividade,
desesperança, problemas de afetividade desempenho escolar baixo,
relacionamentos afetivos, , gravidez não planejada e dúvida quanto à orientação
sexual, as transformações físicas, neuropsicológicas e psíquicas que o adolescente
passa nesta fase, busca de autonomia, independência e identidade, abuso de
substâncias psicoativas. É raro um adolescente que tem algum fator de risco acima
procurar auxílio ou ajuda, por isso é importante observar atentamente os sinais
destes adolescentes que passam ou já passaram por isso.
Dutra (2012) diz que existem parâmetros associados ao risco de suicídio
entre crianças e adolescentes como previsibilidade, circunstâncias do
comportamento suicida, intenção de morrer, psicopatologia, mecanismo de
enfrentamento, comunicação, suporte familiar e estresse ambiental. Como também
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existem situações de risco como os relacionados à própria doença clínica ou ao seu


tratamento, como dor de difícil controle, efeitos adversos de fármacos, interações
entre medicamentos e estados de abstinência, estados metabólicos anormais e
condições que afetam o sistema nervoso central, no caso de pacientes que estão
internados por tentativas de suicídio, a atenção deve ser redobrada (BOTEGA,
CAIS, & RAPELI, 2012).

Segundo Luria (1981), A Neuropsicologia, é "a ciência que organiza no


cérebro os processos mentais humanos", e tem "como objetivo específico e
muito peculiar a investigação do papel dos sistemas cerebrais individuais
nas diversas e complexas de atividades mentais, esse ramo que busca
estabelecer relações entre comportamento, emoções e funcionamento
cerebral.

Objetivo de estudar as relações entre o funcionamento do comportamento


humano e o cérebro através de uma diversidade de testes específicos
neuropsicológico, é para a avaliar a função cognitiva do indivíduo, além da
anamnese e avaliação clínica é fundamental para o tratamento que deve ser
indicado. Com relação à depressão, na adolescência, a Neuropsicologia, é uma
grande aliada à Medicina, pois auxilia no diagnóstico mais assertivo e eficaz, do
paciente em depressão e com ansiedade, identificando previamente tais alterações
no desenvolvimento comportamental e cognitivo do indivíduo e utilizando
instrumentos com certa finalidade como : testes neuropsicológicos e escalas para a
avaliação do desenvolvimento, junto com a anamnese e histórico familiar, existirá a
possibilidade de intervenções terapêuticas precoces e mais precisas.

2.4 TRANSTORNOS DE HUMOR

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2000), todos os tipos


de transtornos do humor e problemas neuropsicológicos têm sido associados com o
suicídio. O transtorno de humor na sua fase depressiva é apontado como o principal
diagnóstico relacionado à tentativa ou à ideação suicida. Estes incluem: episódios
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depressivos, transtorno afetivo bipolar, transtorno depressivo recorrente e


transtornos do humor persistentes, esses diagnósticos são comumente avaliado por,
psicólogo, neuropsicológos ou psiquiatras.
O suicídio em si não é uma doença, nem absolutamente a exteriorização
de uma doença, porém, transtornos mentais se constituem em um importante fator
associado com o suicídio. A cooperação com o neuropsicólogo e com o psiquiatra é
a garantia de que seja fornecido um tratamento e terapia favorável para o indivíduo.
O suicídio é, então, um fator de risco considerável na depressão desconhecida e
não tratada. A depressão atinge uma alta população em geral e infelizmente não é
conhecido pela grande maioria como uma doença. Estima-se que 30% dos
pacientes vistos por um médico e psicólogos sofram de depressão.
Aproximadamente, 60% daqueles que buscam tratamento correto, a princípio,
procuram um clínico geral e depois é encaminhado para psicólogos e
neuropsicólogs. É um desafio para o médico, psicólogo e neuropsicólogo trabalhar
transtornos psicológicos e a doença física de forma simultânea. Em muitos casos, a
depressão é dissimulada e os pacientes apresentam somente queixas somáticas.

2.5 TRANSTORNOS DEPRESSIVOS

De acordo com Batista (2004), a depressão grave ocorre em 5% a 8%


dos adolescentes como um fator de risco entre adolescente que tentam o suicídio ou
se suicidaram. De acordo com Organização Mundial de Saúde (2014), os
transtornos depressivos e de ansiedade cresceram e integram um grupo de
patologias com progressiva prevalência na população geral. Estes corroboram para
que nas próximas duas décadas existam alterações dramáticas nas necessidades
de saúde da população mundial, devido à circunstância de que doenças como
depressão e cardiopatias estão sobrepondo as tradicionais doenças infecciosas e de
má nutrição.
De acordo com Meleiro (2004), a associação entre suicídio e transtornos
mentais é de mais de 90%, entre os transtornos mentais associados ao suicídio, a
Depressão Maior se destaca. Há também outros transtornos mentais que aparecem
na literatura associados ao suicídio como os transtornos bipolares do humor, abuso
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de álcool, esquizofrenia e transtornos de personalidade (obsessivo compulsivo,


evitativo, dependente, histriônico, narcisista, boderline, paranoide 2), entre outros. A
situação de risco pode se agravar quando mais de uma dessas condições
combinam-se, como, por exemplo, depressão e alcoolismo; ou ainda, a coexistência
de depressão, ansiedade e agitação, uso de substâncias psicoativas e depressão,
perda de um ente querido e depressão. “existe uma associação entre o
comportamento suicida e quadro clínico de depressão maior , tem sido descrita. Tais
estudos podem ser confirmados em distintas população e diferentes desenhos
metodológicos” (CHACHAMOVICH et al. 2009, p. 18).
Segundo Stengel (1980), o pensamento suicida pode se manifestar em
qualquer nível de depressão, pois seu conceito é biopsicossocial. Em outras
palavras, a razão para essa ocorrência pode estar associada a fatores
genéticos; psicológicos, como, comportamento ou personalidade; biológicos e
sociais, como em situações financeiras, culturais e familiares.
De acordo com Murray e Lopez (1997), estudos baseados em dados da
Organização Mundial da Saúde, desde 1950, afirmam que, de dez doenças
incapacitantes, cinco eram psicológicas ou mentais e na época de 1990 a depressão
estava em quarto lugar nessa escala. A pesquisa determinou as projeções para
2020, que apontam que a depressão vai ocupar o segundo lugar de incapacitação e
desajustamento em anos de vida, perdendo apenas para os problemas no coração,
como infarto e angina.
Em conformidade com Gorestein e Andrade (1998), o significado de
depressão é, sobretudo devido a: sentimento de tristeza, irritabilidade, pessimismo,
culpa e punição, , culpa e punição , sensação de fracasso; indecisão, introversão ,
ideias suicidas,distúrbios de sono e de alimentação,crises de choro,
autodepreciação , diminuição da libido e inibição para o trabalho.
Furlanetto (2000) descreveu a depressão agrupada em quatro esferas de
acordo com as características clínicas que apresentam: 1) quanto ao estado de

2
Obsessivo compulsivo: (TOC) é um transtorno comum, crônico e duradouro. É caracterizado pela presença de
obsessões e/ou compulsões. Evitativo: pessoas inseguras ou altamente tímidas. Dependente: incapacidade de ficar
sozinho, uma dependência sufocante dos outros, a insegurança, nenhuma responsabilidade pessoal, o medo
obsessivo de ser abandonado. Histriônico: as pessoas com esses transtornos têm emoções intensas, instáveis e
autoimagens distorcidas. Narcisista: a pessoa narcisista está absolutamente convencida de que é superior às
outras pessoas e se compara sistematicamente com todos ao seu redor pensando que ninguém está acima dela,
pelo contrário, acha que muitos (ou até mesmo todos) estão abaixo. Boderline: é um transtorno mental grave
caracterizado por um padrão de instabilidade contínua no humor, no comportamento, autoimagem e
funcionamento. Paranoide: é um padrão de suspeita generalizada e de desconfiança em relação aos outros.
13

humor: deprimido ou irritável; 2) quanto ao aspecto cognitivo: perda do interesse,


dificuldade de concentração, culpa, ideias suicidas, sentimento de fracasso,
indecisão e insatisfação; 3) quanto ao comportamento: retardo ou agitação
psicomotora, choro, retraimento e diminuição da libido; 4) a somática: alteração do
apetite e dor, distúrbio do sono, fadiga , diminuição do libido.
Em se tratando dos fatores de risco da depressão em crianças e
adolescentes, para Versiani, Reis e Figueira (2000), o mais relevante é a presença
de depressão em um dos pais, posto que a existência de histórico familiar com
depressão aumenta o risco em, pelo menos, três vezes, acompanhados por
estressores ambientais, como abuso físico e sexual e perda de um dos pais, irmão
ou amigo íntimo.

2.6 TAXAS DE MORBIDADE DE SUICÍDIO NA ADOLESCENTE

No Brasil o suicídio entre jovens ainda está como a quarta causa de morte
no Brasil. Após quinze anos de crescimento, números de suicídios no país
estabilizaram, índices em Roraima foram de 8,1 para 11,3 em cada 100 habitantes,
o que aumentou 11%; em Piauí passou de 2,8 para 10,1 em cada 100 habitantes; e
Rio Grande do Sul sempre foi líder, de 10,1 para 10,4 a cada 10 mil habitantes, são
maiores que a média nacional. O suicídio aumentou muito no Brasil entre 2000 e
2016 uma alta de 73% nesse período. Foram registrados as maiores taxas de
crescimento entre jovens e idosos, do acordo com o Ministério da Saúde (2000). Já
2015, na faixa etária de 15 a 29 anos foi a quarta causa de morte, ficando atrás
apenas de acidente de trânsito e violência (GIANNINI e LISBÔA, 2017).
No Brasil, a infância e a adolescência fazem parte do ciclo da vida
humana que se caracterizam pela baixa morbidade e mortalidade, entretanto, as
principais causas de morte nestas etapas estão relacionadas às doenças
oncológicas e violências, tais como homicídio e suicídio. Os números de suicídio no
mundo atingem mais de 800 mil pessoas no ano, mais que homicídios e guerras,
caso juntasse tudo no mundo. Se os suicídios no Brasil forem comparados aos
suicídios no mundo, o índice é baixo. Podemos notar, na imagem a seguir, que o
Brasil (de azul) apresenta números de menos que 8 por 100 habitantes, é a segunda
causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos.
14

Figura 1: Coeficientes de mortalidade por suicídio (por 100.000 habitantes),

Fonte: Organização Mundial da Saúde, tomando por base dados de 2009 (WHO)

3. CONCLUSÃO
15

Nos resultados encontrados, o suicídio é caracterizado como um


sofrimento tanto individual quanto familiar e coletivo, aliando-se às perdas pessoais,
materiais e econômicas, além de ser visto como algo muito complexo e desafiador.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias, ao menos, 32
pessoas tiram a própria vida no Brasil, sendo que a atual crise financeira e
Pandemia tornou-se um gatilho para pôr um fim à existência, devido ao fator
econômico funcionar como estopim para a explosão de uma crise emocional no
indivíduo, pois, sem perspectivas, há aumento da frustração e quando somado a
outros fatores, como a desintegração da família e os relacionamentos afetivos
efêmeros, há maior probabilidade de abalar a estabilidade psíquica do sujeito,
aumentando o risco de transtornos, bem como levar à morte. Embora o tema
escolhido possua poucos estudos brasileiros disponíveis, este é um problema social
que tem crescido significativamente no mundo. O conteúdo deste estudo me inquieta
e nos provoca a questionar o porquê de termos tão poucas pesquisas sobre a
temática. Optei por abordar o fenômeno do suicídio associado à depressão e
alterações neuropsicológicas objetivando dar maior visibilidade ao tema que é tido
pela sociedade como polêmico/tabu e, por isso, ainda é pouco discutido. À vista
disso, compreendo que não falar sobre o suicídio pode ser tão devastador quanto
falar de maneira inadequada. Conhecer uma pessoa em risco de suicídio pode ser
muito angustiante. Você pode ter medo de falar sobre o assunto, mas conversar
abertamente sobre pensamentos suicidas pode salvar vidas. É importante tentar
manter a calma e buscar apoio e orientações para poder ajudar alguém em risco de
suicídio (ALVAREZ,2002). Deste modo, esta pesquisa oferece a oportunidade de
refletir acerca das nossas ações cotidianas que poderiam, de alguma forma,
intensificar a dor do outro que já se encontra em sofrimento; refletir sobre a
precariedade de políticas públicas que contemplem os jovens em situação de
fragilidade e vulnerabilidade, além de fomentar a discussão e nos alertar para a
necessidade de falar do suicídio de modo empático, considerando os sentimentos
alheios, assim como ofertar maior atenção à prevenção, pois, apenas quando for
tratado com responsabilidade e conversado abertamente, será possível vislumbrar
novas perspectivas e advertir a outra pessoa para que tome medidas para
solucionar a situação, de modo a encaminhar o indivíduo que sofre processos
16

emocionais complexos para tratamento psicológico, neuropsicológico ou psiquiátrico,


que, por conseguinte, proporcionará um novo olhar sobre a vida e a vontade de
prosseguir. Porto, Hermolin e Ventura (2002) indicam que alguns estudos propõem a
presença de episódio depressivo e acompanham déficits neuropsicológicos. Tais
déficits é apresentado de uma forma grande e inclua-se anormalidades envolvendo
função executiva , velocidade psicomotora, a sustentação da atenção , raciocínio
não-verbal e aprendizagens novas. Esses autores citam também o fato de indivíduos
que apresentam episódio único de depressão, tem probabilidades menores de
déficits de cognitivos que os que tem apresentam depressão com episódios
recorrentes.
Percebe-se, também, a importância da continuidade nas investigações e
nos estudos sobre os comportamentos suicidas e alterações neuropsicológica, não
só na adolescência como nas outras fases da vida, considerando-se que há poucas
pesquisas nacionais sobre o tema e o índice de suicídio nesta idade vem crescendo
no país. Tal estudo pode trazer mais reflexão e prover mais informações, ajudar com
incentivos de medidas preventivas ao fenômeno e contribuir com a reflexão sobre a
promoção da qualidade de vida da população, visando o fortalecimento de
estratégias voltadas para isto.

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