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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACIG

PSICOLOGIA: QUESTÕES TEÓRICAS E PRÁTICAS DO SUICÍDIO

Alunas: Denise Florêncio Robadel, 2000073


Emanuelle Silva Ferreira, 2010082
Iara Aguiar Emerick, 2010425
Jadhe Silvino Duar Rocha, 2010317
Marcelly Moreira Baía, 2010036
Maria Eduarda Machado Ferreira, 2010119

Professor: Welligton Magno Da Silva

CURSO: PSICOLOGIA PERÍODO: 5º

Manhuaçu/MG
2022
Projeto Integrador IV

1.0 Título: Psicologia: Questões teóricas e práticas do suicídio


2.0 Área Temática: Saúde, Educação, Direitos Humanos
3.0 Objetivos:
3.1 Objetivo Geral:
Desenvolver atividades com a temática voltada ao suicídio, em um Centro
Universitário localizado na Zona da Mata Mineira.
3.2.1Objetivo Específico:
3.2.2 Objetivo histórico:
O suicídio é uma característica complexa que vem se tornando um grave problema de
saúde pública mundial (LOUZÃ NETO; ELKIS, 2007). O ato suicida é caracterizado por ser
a lesão causada independente e intencional, compreendo a tentativa. A ideação suicida está
inclusa no comportamento suicida (BAPTISTA, 2004). Além disso:

É principalmente a partir de Agostinho de Hipona (séc. V), também


chamado por alguns de Santo Agostinho, que a morte de si passa a ter uma
conotação pecaminosa. Posteriormente, ainda na Idade Média, passa a ser
compreendida como crime, porque lesava os interesses da Coroa: aqueles
que se matavam tinham seus bens confiscados pela Coroa, em detrimento de
suas famílias, e os cadáveres eram penalizados. Ao final da Idade Média,
com a separação entre a Coroa e a Igreja, o poder médico passa a ocupar um
lugar privilegiado no controle da sociedade, de maneira que, a partir de
então, são os “médicos” que definem a negatividade da morte voluntária,
deslocando o fenômeno do pecado à patologia e qualificando-o como
loucura (BERENCHTEIN NETTO, 2013, p. 16).

3.4 Objetivo prático


 Discutir, por meio das rodas de conversa, melhores formas de se trabalhar com a
temática no contexto do trabalho do Psicólogo;
 Trazer para o público reflexões sobre o assunto, assim como apontar possíveis
caminhos e ações de prevenção ao suicídio;
 Levantar informações sobre o assunto por meio dessas conversar, para compreender a
visão de como pessoas enxergam o tema, contribuindo para desestigmação do assunto;
 Transformar as discussões em conteúdo informativo sobre assunto, a fim de
desenvolver novas práticas voltadas a esse tema.
4.0 Público Alvo: Discentes e docentes do Centro Universitário UNIFACIG, instituição
localizada na cidade de Manhuaçu, Zona da Mata Mineira.
5.0 Local da Realização: Centro Universitário UNIFACIG, instituição localizada na cidade
de Manhuaçu, Zona da Mata Mineira.
6.0 Instituições parceiras:Centro Universitário UNIFACIG.
7.0 Equipe Técnica: As estudantes do 5°período de Psicologia do Centro Universitário
UNIFACIG, Denise Robadel, Emanuelle Silva, Iara Aguiar, Jadhe Rocha, Marcelly Baía e
Maria Eduarda Machado. Tendo também como colaborador o Professor/Psicólogo Wellington
Magno da Silva, que é mestre pela UFSJ e doutorando pela UFMG, membro do Núcleo de
Direitos Humanos da UFMG(NUH). A equipe também consistirá em profissionais da área que
irão palestrar em determinados encontros, que por sua vez serão escolhidos por terem
experiência e conhecimento sobre Suicídio.
8.0 Número Estimado de Participantes: A ideia central do projeto é contar com a
participação de toda a instituição universitária (discentes e docentes) para as palestras
propostas. Dessa forma, torna-se critérios de saturação minayo realizar uma estimativa exata
de participantes. Sendo assim, não é possível realizar uma estimativa exata.
9.0 Justificativa:
Para compreender o suicídio é necessário ter uma visão sobre os diversos fatores e
influências que estão presentes nesse contexto. Primeiramente, o que é o suicídio? De acorda
com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o suicídio seria uma ação voltada e planejada
(consciente) e que o resultado será a própria morte. Pode-se relacionar o suicídio com
diversos fatores: tais como psicológicos/pessoais, biológicos/genéticos, sociais/culturais;
políticos, econômicos e religiosos (MARIS, 2002; ZAMETKIN, ALTER E YEMINI, 2001).
Ainda sobre esses fatores, pode-se dizer que:
Os fatores mais associados com o suicídio/ ideação suicida são descritos por
muitos autores, podendo citar: Estresse atualmente e durante a vida do
indivíduo, percepção negativa ou catastrófica sobre os fatores estressantes,
suporte social deficitário, presença de violência familiar, pais com baixa
escolaridade, ter contato com o suicídio recente, utilização de drogas,
problemas financeiros, baixa autoestima, quebra de relacionamentos
românticos intensos, ter algum tipo de transtorno mental, ter sofrido abuso
sexual ou agressões físicas constantes ( principalmente durante a infância e
adolescência) ( BAPTISTA, 2004, p.9 e p.10).
Diante de um cenário de aceleração e liquidez, Valdemar Angerami-Camon (2008)
afirma que as mudanças sociais, a evolução da sociedade, os benefícios, as oportunidades, as
novas formas de vinculação e deveres e obrigações têm provocado sofrimento psíquico em
todos, especialmente nos jovens que, incapazes de lidar com tais desafios, encontram na
morte uma forma de “fuga” dessa realidade. Barrón e Krmpotic (2016) destacam, ademais,
que quando um jovem põe fim à própria vida deseja, em verdade, deixar de sofrer e não
morrer. Neste sentido, o suicídio pretende acabar com a dor insuportável e nessa tentativa o
sujeito termina com a própria existência.
Existem ainda aspectos que facilitam esse processo como por exemplo a " facilidade
em ter acesso a produtos químicos (envenenamento e intoxicação) e armas de fogo)”
(BAPTISTA, M.N. Suicídio e depressão- atualizações. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan;2004.). Por isso o acesso fácil a um meio de executar a ação suicida deveria ser um
assunto a ser tratado e trabalhado para que as taxas de suicídio possam diminuir.
GRANDIN,L.D.etal.Suicidepreventionincreasingeducationandawareness.Jornalof Am. Acad.
ChildAdolesc. Pchiatry, v62 (suppl 25), p. 12-6, 2001.)
Como citados por KREUZ, ANTONIA e NIEHU (2020) suicídios são precedidos por
sinais de alerta importantes, tais como sinais verbais e/ou comportamentais, que, contudo,
nem sempre são perceptíveis para a família ou o entorno. No entanto, também existem
suicídios que são cometidos de maneira impulsiva, como trazem os estudos do Núcleo de
Estudos de Prevenção do Suicídio (NEPS) e do Centro Antiveneno da Bahia (Ciave).
Pensando no fato de que para cada morte por suicídio cerca de seis pessoas são
afetadas (ABP, 2014), devemos levar em consideração que somente no Brasil há pelo menos
uma centena de pessoas por dia impactadas pelo suicídio de um ente familiar ou de alguém
muito próximo. (Tal Young I, Iglewicz A, Glorioso D, Lanouette N, Seay K, Ilapakurti M,
Zisook S. Suicide bereavementandcomplicatedgrief. Dialogues ClinNeurosci. 2012
Jun;14(2):177-86. doi: 10.31887/DCNS.2012.14.2/iyoung. PMID: 22754290; PMCID:
PMC3384446) o número de sobreviventes pode girar em torno de seis a quatorze pessoas.
De acordo com as pesquisas da Johns Hopkins University e KarolinskaInstitute
(2010) apresentadas por Pitman (2016). Está bem estabelecido que a exposição à morte por
suicídio pode ser fator de risco significativo para o desenvolvimento de muitas consequências
negativas no enlutado, incluindo o aumento do risco de suicídio (Pittman, Osborn, King,
&Erlangsen, 2014 apud Cook et al., 2015). Estamos diante de um tipo de perda com
especificidades que são, muitas vezes, invisibilizadas e negligenciadas, visto que os
sobreviventes/enlutados recebem pouco ou nenhum cuidado para seu luto.
Desta forma, o cuidado aos sobreviventes de um suicídio é uma forma de prevenção
de outras mortes autoprovocadas/prevenção para futuras gerações (Scavacini, 2017). Na
posvenção são empreendidas condutas, ações, habilidades e estratégias para o manejo e
cuidado daquele que tentou o suicídio ou daqueles enlutados pela morte de quem se suicidou.
Infere-se então, acerca dos dados expostos, que a complexidade do suicídio, voltada
ao antes e ao pós do mesmo, deve ser pesquisada e comentada em escala cada vez maior para
que haja cada vez mais uma desnaturalização em cima de casos de suicídio e que gere como
consequência uma quebra do tabu imposto nesse tema, proporcionado maior atenção à saúde
mental.
10.0 Fundamentação Teórica:
No Brasil, há um crescimento de 29,5% do percentual de suicídios nos
últimos 25 anos, sendo que o número de suicídios pode ser até 20% maior,
caso seja considerada a parcela que é registrada como acidente ou como
causa desconhecida (Bertolote, Botega, & De Leo, 2011)
A subnotificação é tida como elemento dificultador na compreensão da
proporção desse fenômeno, limitando a criação de planos de prevenção e
intervenções mais eficazes diante das reais taxas de mortalidade por suicídio
(Alves & Cadete, 2014).

Diante a evidência dos dados apresentados, observa-se a necessidade e a importância


de falar sobre o suicídio. Outro ponto que compromete inteiramente o foco em determinado
assunto, é o fato de que a falta de subnotificação limita a criação de planos de de prevenção e
intervenção eficaz diante as reais taxas de mortalidade, segundo Alves & Cadete (2014)
É uma importante ferramenta de prevenção o conhecimento diante a fatores de risco e
o domínio profissional sobre determinada temática, pois
"... toda ameaça de uma pessoa em situação de vulnerabilidade para o suicídio deve ser
levada a sério, mesmo quando pareça falsa ou de caráter manipulador" (Vidal & Contijo,
2013, p. 109)
A necessidade de constante aprimoramento e de formação em centros
especializados que respeitem os campos éticos, teóricos e técnicos da
psicologia, como ciência e profissão, está largamente descrita, como no
Código de Ética (Conselho Federal de Psicologia [CFP], 2005) e na
Resolução n. 10, de 2000)
Os psicólogos devem estar atentos aos níveis de sofrimento psicológico que
podem ocorrer como resposta à incapacidade de lidar com determinados
acontecimentos de vida, podendo constituir um importante fator de proteção
aos riscos (Sobrinho & Campos, 2016).
Mediante o exposto com os dados e afirmações apresentados, entende-se que há uma
importância em proporcionar maior visibilidade ao tema. Portanto, é necessário compreender
que não se podem explicar em totalidade as taxas de suicídio como uma um fator único. O
nosso estudo sendo assim, prioriza contribuir para reflexão do tema que foi proposto
entendendo que o suicídio depende da intensidade de como o sujeito experiência a dor.
11.0 Metodologia:
O projeto exposto será desenvolvido no Centro Universitário UNIFACIG, em
Manhuaçu (Zona da Mata Mineira) através do auxílio e orientação do Professor/Psicólogo
Wellington Magno da Silva, mestre pela UFSJ e doutorando pela UFMG, membro do Núcleo
de Direitos Humanos da UFMG(NUH). Serão organizadas palestras expositivas e interativas
(rodas de conversa) sobre o suicídio, com participação do corpo docente e discente do Centro
Universitário, que se voluntariarem a participar.
A utilização do método das Rodas de conversa ocorre pelo fato de que as questões
levantadas são feitas em conjunto, através da interação dos integrantes a fim de que as ideias
se complementem. Assim, como diz WARSCHAUER (2001), o ato de conversar resulta em
uma compreensão e reflexão mais profundas quando se fala de partilha de ideias. Durante o
mês de setembro, serão trabalhadas em cada semana questões voltadas ao tema central, a fim
de gerar maior entendimento a respeito do mesmo.
Os temas tratados serão: introdução ao Suicídio; Suicídio na adolescência; Apoio aos
sujeitos que já tentaram suicídio; e Suicídio em pessoas idosas. Além da orientação do
Professor/Psicólogo Wellington Magno, as rodas de conversa serão mediadas pelas estudantes
Denise Florêncio, Emanuelle Silva, Iara Aguiar, Jadhe Rocha, Marcelly Baia e Maria Eduarda
Ferreira, do quinto período do curso de Psicologia e a mesa de debate será composta por
profissionais da área. Tais encontros terão duração de aproximadamente uma hora e quarenta
minutos em horários destinados ao evento, sendo utilizado o auditório da universidade,
juntamente com o auxílio de slides a fim de melhor visualização e compreensão a respeito do
tema.

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