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CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DO PIAUÍ - CEUPI

GRUPO EDUCACIONAL CEUMA

A POLÍTICA DO COMBATE AO SUICÍDIO NO CONTEXTO PROFISSIONAL.

Gabriele Batista da Silva Marques de


Castro
Maria Rafaela Viana Barbosa

Orientadora: Ma. Mayara Carneiro


Alves Pereira
RESUMO
Este artigo visa explorar a necessidade e eficácia das políticas de prevenção ao suicídio no
ambiente de trabalho. Analisar a importância da capacitação, capacitação de funcionários e
implementação de programas de suporte mental para reduzir o estigma e fornecer recursos
adequados. Destaca a relevância das estratégias políticas para proteger a saúde mental dos
profissionais e promover ambientes de trabalho saudáveis, ressaltando o apoio institucional
necessário para enfrentar esse desafio crescente. A análise da pressão do trabalho, a redução
do estigma em relação às questões de saúde mental e a promoção de culturas organizacionais
que priorizam o bem-estar são áreas fundamentais para abordar nesse contexto, bem como, a
prevenção e posvenção associada a estes casos.

Palavras-chaves: Política. Combate. Suicídio. Profissional

ABSTRACT

This article aims to explore the need and effectiveness of workplace suicide prevention
policies. Analyze the importance of capacity building, employee training and implementation
of mental support programs to reduce stigma and provide adequate resources. It highlights the
relevance of political strategies to protect the mental health of professionals and promote
healthy work environments, highlighting the institutional support necessary to face this
growing challenge. Analyzing work pressure, reducing stigma regarding mental health issues
and promoting organizational cultures that prioritize well-being are fundamental areas to
address in this context, as well as prevention and intervention associated with these cases.
Keywords: Politics. Combat. Suicide. Professional

1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2014) declarou, em seu primeiro relatório global
acerca da prevenção ao suicidio, que mais de 800 mil pessoas cometem suicidio por ano no
mundo, sendo que, envenenamento, enforcamento e armas de fogo estão entre os métodos
mais comuns de suicídio global. Ainda segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o
suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode
afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e
identidades de gênero.
Em países subdesenvolvidos ou em estágios de desenvolvimento, o problema se evidencia
pela falta de atendimento devido para identificação dos casos, tratamento e apoio necessário,
caracterizando a necessidade de políticas públicas eficientes na área da saúde para prevenção
dessas ocorrências (WHO, 2014).

Com isso, importante ressaltar que a ausência de conscientização sobre a importância de


abordar o combate ao suicídio no ambiente profissional pode resultar no desconhecimento
sobre os motivos que levam alguém a considerar tirar a própria vida. Muitas vezes, os
indivíduos podem se sentir incapacitados ou até mesmo prejudicados por situações que
ocorrem no ambiente de trabalho, sem compreender plenamente o impacto disso em sua
saúde mental.

Por tanto, as políticas de combate ao suicídio no âmbito profissional têm-se tornado uma
prioridade, considerando a crescente conscientização sobre a importância de abordar questões
de saúde mental no local de trabalho. O suicídio pode ser então definido como o “ato humano
de causar a interrupção da própria vida” e a tentativa de suicídio como o “ato de tentar cessar
a própria vida, porém, sem consumação” (Brasil, 2009, p.40).

Com relação ao ambiente profissional, diversas complicações surgem, muitas das


contribuições de fatores que podem levar os profissionais a considerar ou até mesmo
cometerem o ato do suicídio. As pressões externas e familiares são alguns dos elementos que
afetam essa situação delicada. Silva et. al (2015) fala sobre a compreensão ao sofrimento dos
atuantes da saúde, é uma profissão suscetível aos transtornos psíquicos, pelo fato de lidar
cotidianamente com a vida, a dor, e morte das pessoas sob seus cuidados e com as cobranças
dos seus familiares”.

Com os desafios e demandas enfrentadas no ambiente profissional, é crucial desenvolver


estratégias e métodos eficazes para prevenir o suicídio. Implementar medidas adequadas pode
promover um ambiente de trabalho mais saudável e seguro, além de combater esse problema
de maneira eficaz. Dessa forma, no primeiro semestre de 2019, foi sancionada a Lei nº
13.819/2019, instituindo a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio no
Brasil (PNPAS). Esta constitui um marco legal para possíveis regulamentações (decretos,
portarias) que possam ser implementadas no território nacional, a fim de prevenir o suicídio
(Brasil, 2019).

Dentro desse contexto profissional, é crucial enfatizar a prevenção para evitar que um
indivíduo considere tirar sua própria vida. Além disso, é importante promover medidas
preventivas para desencorajar outros profissionais de seguir um padrão de comportamento
destrutivo. Setembro Amarelo é o mês (de 1 a 30 de setembro) dedicado à prevenção do
suicídio. Trata-se de uma campanha, que teve início no Brasil em 2015, e que visa
conscientizar as pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento.

Este artigo explora as estratégias, desafios e impactos, essas estratégias geralmente envolvem
a implementação de programas de saúde mental no local de trabalho, acesso a serviços de
aconselhamento e recursos para lidar com o estresse e a pressão profissional. Incluem
desafios à conscientização, à redução do estigma associados à busca de ajuda e à criação de
ambientes de trabalho mais saudáveis.
Tem como objetivo destacar a relevância das políticas no enfrentamento ao suicídio, as
ferramentas disponíveis nesse contexto, as abordagens profissionais, investigar estratégias de
prevenção e intervenção no ambiente de trabalho, bem como descrever o impacto do suicídio
na vida dos profissionais, pacientes e familiares.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Suicidio: Um contexto abrangente

Traduz-se a palavra suicídio como sendo a morte de si mesmo. O termo refere-se à morte
intencional, com o intuito de fugir de si ou de um grande sofrimento. Tal acepção parece
bastar a princípio, porém, é possível perceber em uma reflexão mais profunda que os
mecanismos e fatores envolvidos no ato suicida demandam uma conceituação muito mais
complexa do termo. Aponta-se que o suicida não está em busca da morte em seu ato, mas
vivencia uma fantasia onde matar-se não implica em necessariamente morrer (Cassorla,
1985).
O suicidio pode ser então definido como o “ato humano de causar a interrupção da própria
vida” e a tentativa de suicídio como o “ato de tentar cessar a própria vida, porém, sem
consumação” (Brasil, 2009, p.40). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a
tentativa de suicidio diz respeito a qualquer conduta suicida não fatal ou dano provocado em
si mesmo, intencionalmente. De acordo com Santana e Rocha (2014) o ato de dar um fim a
própria vida é visto com uma inquietação ou desconforto emocional, originando o ato suicida.
A pessoa pode realizar comportamentos autolesivos com intenção de morrer, podendo ser
uma tentativa de suicidio planejada ou impulsiva, por isso é necessário atentar ao risco de
suicidio e a como a letalidade aumenta se existirem tentativas sucessivas, pois a pessoa pode
aumentar o grau a cada tentativa (Vidal et al., 2013). Ressalta-se a importância de
compreender o grau de complexidade e a letalidade dos métodos escolhidos pelo indivíduo
para a consumação do ato, pois são fundamentais para identificar o motivo e o risco de novas
tentativas.
Em uma concepção epidemiológica, o suicidio é estabelecido como fenômeno
multideterminado e, em síntese, manifesta-se como pedido de ajuda, reconhecível e
previsível, que necessita de suporte e resposta imediata (Lovisi et al, 2009;). Ao longo da
história, já houve diferentes interpretações sobre o autoextermínio (Minois, 2018).
Émile Durkheim em seu livro O suicídio (1987) traz questionamentos intrínsecos sobre o
agente causador de tal ato e se quando tomou a sua resolução era a própria morte que ele
queria ou se havia algum outro objetivo. Segundo o autor, intenção é algo muito íntimo para
poder ser aprendida de fora, a não ser por aproximações grosseiras, pois ela se furta até
mesmo à observação interior. Quantas vezes nos enganamos a respeito das verdadeiras razões
que nos fazem agir.
Em tese, o suicidio também pode ser uma manifestação do ser humano, um manejo para lidar
com a própria dor, uma maneira de encarar o sofrimento, um escape da sua própria
existência(Müller et al, 2016). Considera-se que o indivíduo vê o suicídio como uma solução
a qual ele pode dispor quando não suportar mais viver em sofrimento (Rigo, 2013). Para
Dutra (2010), o suicidio é uma fuga da ausência de sentido da vida, onde viver torna-se
insuportável, um sofrimento, um peso.

Precisamos refletir mais criticamente sobre o sofrimento psíquico nos dias atuais
e como o homem desse tempo constrói as suas relações de sentido. Como as
condições econômicas, históricas, sociais e culturais influenciam e participam do
processo de construção das subjetividades e,consequentemente, dos sintomas, estes
entendidos enquanto expressão de sofrimento (Dutra, 2008, p. 224).

De acordo com um estudo realizado por Daolio e Silva (2009), as maiores representações
sociais sobre o suicidio estão ligadas a ideias de sofrimento, desespero, fuga da dor, falta de
apoio e empatia de pessoas próximas, dentre outras. Corroborando com esta linha de
pensamento, Morais e Sousa ressaltaram como principais motivos para a tentativa de suicidio
os seguintes aspectos: problemas pessoais, financeiros, depressão, vontade de acabar com o
sofrimento, falta de suprimento das necessidades básicas e outros associados.

2.2 Suicidio no contexto profissional

Assim, é importante analisar os aspectos que influenciam o suicídio por meio de estudos que
buscam minimizar a ocorrência desse fenômeno, a fim de mapear fatores individuais,
coletivos e contextuais que impactam na incidência do ato suicida em diferentes espaços
(Marin & Barros, 2003). Estudos recentes têm demonstrado que a fragilidade dos vínculos
trabalhistas, as piores condições de trabalho e dificuldades socioeconômicas são fatores de
risco para o comportamento suicida ( Silva et al., 2015).
Entre os fatores listados em estudos epidemiológicos como associados ao risco elevado de
suicídio estão variáveis demográficas, socioprofissionais e psicossociais, como depressão,
agressividade, impulsividade, desesperança, alcoolismo, idade, gênero, substâncias químicas
e psicoativas, além de perda de suporte social, emprego, dificuldades profissionais e
desengajamento social (Félix et al., 2016)
Voltando-se exclusivamente para o suicidio nos contextos de trabalho encontra-se uma visão
mais ampla sobre o tema. Dejours, Abdoucheli e Jayet (2007) retomam os preceitos da
psicodinâmica do trabalho para relacionar o suicídio com a fragilização das defesas
estabelecidas pelos trabalhadores no ambiente laboral, as quais foram impactadas por formas
neoliberais recentes de organização da produção.
Entre essas práticas, evidenciam-se ações de gestão que enfatizam o individualismo, a
segregação entre os colegas e a promoção dos valores institucionais em favor da máxima
produtividade, sem qualquer consideração acerca dos valores sociais do trabalhador (Dejours,
2010). Segundo Dejours e Bégue (2010) leva-se em consideração a possibilidade de inter-
relação entre as mortes e as formas de organização do trabalho.
Faz-se necessário também entender que o indivíduo que está passando por algum tipo de
sofrimento psíquico dá indicativos, podendo muitas das vezes esse sofrimento está associado
ao ambiente de trabalho ao qual está sujeito. Silva et al (2015) caracteriza alguns desses
indicativos:
Lentidão nas atividades, desinteresse, redução da energia, apatia, dificuldade de
concentração, pensamento negativo e recorrente, com perda da capacidade de
planejamento e alteração do juízo de verdade são evidências de sofrimento humano
que sinalizam para depressão e possível risco de suicídio.

Segundo Lancman e Sznelwar (2004), existem diversas formas de sofrimento no trabalho que
podem causar sofrimento psíquico e levar a um possível risco de suicidio ou ideação suicida,
entre eles estão inclusos: medo do acidente, medo de não ser capaz de seguir as cadências ou
os limites de tempo impostos, sofrimento proveniente da repetição contínua e do
aborrecimento, medo de agressões provenientes dos usuários ou dos clientes, receio da
autoridade exercida pela hierarquia e medo da demissão.

2.3 Prevenção e posvenção

Em todo caso, faz-se indispensável métodos de combate ao suicidio, os mesmos precisam ser
de conhecimento da população em geral. De acordo com o Conselho Regional de Psicologia
do DF (2020) a prevenção desses casos e o cuidado com indivíduos que possuem ideação
suicida é um desafio para profissionais da psicologia, da educação e da saúde, em geral. De
acordo com um estudo realizado por Jorge et al (2011), o acolhimento, o vínculo, a
corresponsabilização e a autonomia são os principais elementos relacionados na promoção da
saúde mental.
Da mesma forma é considerável uma rede de apoio estruturada, que consiste em um trabalho
de rede, o qual presta assistência em cuidados com a saúde mental, sendo eles: Unidades
Básicas de Saúde (UBS), Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), Centro de
Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), hospitais, Centro de Valorização da Vida (CVV) (Conselho Regional de
Psicologia do DF, 2020).
O baralho para avaliação, intervenção e posvenção do comportamento suicida é uma
ferramenta importante no reconhecimento de comportamentos de risco, podendo auxiliar
psicólogos e psiquiatras neste reconhecimento, visto que, muitas vezes o profissional não
sabe lidar com certas demandas ou não sabe como agir nessas situações. Ter cartas como
sugestão de intervenções podem auxiliar o sujeito a pensar sobre estratégias para lidar com
uma crise suicida juntamente com seu profissional de saúde mental (Wang et al., 2016)
Pelo fato de se compreender que se deve oferecer atenção ao sofrimento de todo os usuários
(não apenas daqueles diagnosticados com transtornos psiquiátricos), quanto pela importância
que se dá à integração das ações com os outros atores presentes no território, sejam eles da
saúde ou de outros setores, destacando-se a construção das redes de cuidado intra e
intersetorialmente como de relevância central (Conselho Regional de Psicologia do DF, 2020,
p. 31).
Utiliza-se o termo posvenção para caracterizar qualquer atividade que possua o objetivo de
reduzir os impactos causados por uma morte por suicidio e prevenir o sobrevivente enlutado
de enxergar o ato suicida como alternativa ou até mesmo de tentar o suicidio (Abilio et al.,
2015). Desta forma o Conselho Regional de Psicologia do DF (2020) ressalta a necessidade
da construção de espaços de escuta e acolhimento para pessoas que estão passando por
sofrimentos psíquicos e também para famílias que perderam alguém para o suicidio.
O suicidio de um membro da família ou amigo pode ter impacto intenso, e muitas vezes,
devastador sobre as pessoas emocionalmente próximas (Jordan e Mcintosh, 2011 apud Cook,
Jordan e Moyer, 2015). Está bem estabelecido que a exposição à morte por suicidio pode ser
um fator de risco significativo para o desenvolvimento de muitas consequências negativas ao
enlutado, incluindo o aumento do risco do suicidio (Pittman, Osborn, King, e Erlangsen, 2014
apud Cook et al., 2015).
Em caso de morte por suicídio, uma estratégia de cuidado é o apoio para familiares e amigos
em luto, visto que estes possibilitam trabalhar questões da perda e do seu enfrentamento,
participando do processo de ressignificação e reconstrução (Scavacini et al., 2019). Esse
trabalho pode ser feito por meio de grupos, nos quais é possível trabalhar as vivências de
enlutados, seus sentimentos, a falta que o/a falecido/a faz, conhecer e aprender com outros
passando por esse tipo de perda (Fukumitsu, 2018).

3. METODOLOGIA

Este estudo adota uma abordagem integrativa, utilizando a qualitativa da literatura para
descrever os tópicos em questão. O processo envolve examinar fontes bibliográficas
existentes para identificar e analisar o que foi previamente escrito sobre o tema. Dividimos
essa abordagem em duas etapas: primeiro, compilamos fontes bibliográficas para ampliar
nossa lista de referências; em seguida, foram resumidos os dados, fatos e informações
relevantes encontrados na literatura selecionada.
Foram feitas pesquisas nas seguintes bases de dados, Ebscohost, PePSIC, Scielo (Scientific
Eletronic Library Online), Google Académico. Utilizou-se nas pesquisas os seguintes
descritores: “Política”, “Combate”, “Suicídio”, “Profissional”, “Prevenção”, “Posvenção”.
Foram lidos em média 60 artigos já publicados e foram selecionados com base na leitura do
título e dos resumos, identificando o que de fato alcançava o que estávamos buscando dentro
do tema desta pesquisa.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Suicidio: Um contexto abrangente


Com o objetivo de ordenar de forma estruturada livros e artigos estabelecidos para
esta pesquisa, foi instituída uma tabela contendo: Autor e ano, objetivo e resultados
de cada pesquisa realizada.

Quadro 1: Análise de dados obtidos por meio de pesquisas, relacionado a um contexto mais
abrangente acerca do suicidio.

Autor e ano Objetivos Resultados

Brasil (2009) Trazer uma reflexão acerca O suicidio tem sido um


da definição da palavra tema recorrente e muito
suicidio e do ato de falado nos dias atuais, dessa
autoextermínio, bem como a maneira destaca-se o
tentativa de dar um fim à suicidio como o ato que o
própria existência. ser humano de interromper a
sua vida, sendo uma maneira
de lidar com o sofrimento e
a tentativa de suicidio como
o ato de encerrar a vida, mas
sem consumação.
Durkeim (1987) Compreender os motivos Os motivos que levam o
que levaram o indivíduo a sujeito a cometer tal ato são
cometer tal ato, e quais eram muito íntimos e individuais,
seus objetivos. de maneira que quem está de
fora não consegue obter uma
visão ampla, a não ser por
aproximações grosseiras. Ou
seja, apenas aquele que
desistiu de viver consegue
compreender as razões que o
fizeram optar por isso.

Rigo (2013) Motivar discussões acerca da O suicidio é a maneira que o


visão do indivíduo sobre o indivíduo que está passando
ato de tirar a própria vida. por algum sofrimento
psíquico encontra para dar
um fim a dor, um escape
quando a vida não faz mais
sentido e quando o viver
torna-se insuportável.

Lovisi et al (2009) Analisar por meio de estudos O suicidio se constitui nos


como o suicidio é dias atuais como um
estabelecido e como se fenômeno complexo, com
manifesta. muitas facetas a serem
analisadas de forma pontual
e pode se manifestar como
um pedido de ajuda
desesperado, que necessita
de suporte, assistência
profissional e familiar.

O suicídio é uma tema complexo e delicado, envolvendo a decisão consciente de acabar com
a própria vida. O suicídio pode ser então definido como o “ato humano de causar a
interrupção da própria vida” e a tentativa de suicídio como o “ato de tentar cessar a própria
vida, porém, sem consumação” (Brasil, 2009, p.40).
A OMS entende por suicídio o ato de matar-se deliberadamente. E por comportamento
suicida, uma diversidade de comportamentos que incluem o pensar em suicidar-se,
considerado como ideação suicida, planejar o suicídio, tentar o suicídio e cometer o suicídio
propriamente dito. E considera como risco para o suicídio a presença de fatores sociais,
psicológicos, culturais, relacionais, individuais e de outro tipo que podem levar uma pessoa a
um comportamento suicida (Silva et al., 2015).
No Brasil, considerado um país com taxas baixas de suicídio, as de pessoas acima de 60
anos são o dobro da população em geral, com um aumento exponencial no grupo de idosos
do sexo masculino (Lovisi et al., 2009; Minayo et al 2006).
De acordo com Durkheim (1982), em seus estudos, sociólogo classifica o suicídio em três
tipos: egoísta, altruísta e anômico. Suicídio egoísta, tem como causas a depressão, a
melancolia, a sensação de desamparo moral, provocados pela desintegração social.
O suicídio é um fenômeno social mundial e um problema de saúde pública observado desde
a Antiguidade, provocando sofrimento naqueles que conviviam com as vítimas (Brasil,
2017).
Segundo Rigo, (2013) Pressupõe-se também, que o suicídio é uma manifestação do ser
humano, uma maneira encontrada pelo sujeito de lidar com o sofrimento, uma fuga de sua
existência, um escape para a dor. Considera-se que o indivíduo vê o suicídio como uma
solução, a qual, ele pode dispor quando não suportar mais viver em sofrimento.
Durkheim, (2011) Afirma que o fenômeno tem um eminente caráter de origem social, não
sendo somente um ato individual, mas que essa medida extrema se explica não só do
temperamento do indivíduo, seu caráter, antecedentes e fatos pregressos em sua vida privada,
mas também pelo meio no qual está inserido.
Conforme Lovisi, et al., (2009)os principais fatores associados ao suicídio são: tentativas
anteriores de suicídio, doenças mentais (principalmente depressão e abuso/dependência de
álcool e drogas), ausência de apoio social, histórico de suicídio na família, forte intenção
suicida, eventos estressantes e características sociais e demográficas, tais como pobreza,
desemprego e baixo nível educacional.
Nesse sentido, Durkheim (2014) afirma que cada sociedade está predisposta a fornecer um
contingente determinado para mortes voluntárias, interessando para a sociologia a análise do
processo social do suicídio, pois cada sociedade, em cada momento da história, oferece uma
atitude social em relação ao autoextermínio.
Segundo o autor citado acima (2000) deixa-se evidente a importância do coletivo, denotando
que é a vida em sociedade que auxilia na manutenção da vida particular de cada pessoa,
sendo por intermédio dos vínculos sociais e da troca de ideias e sentimentos que o indivíduo
pode recarregar sua energia vital e se restabelecer. O coletivo, para o autor, é o efeito da
cooperação entre pessoas distintas que se envolvem mediante as vivências, pelas quais o
indivíduo torna-se um ser social. Quando nessa relação social deixa de existir colaboração e
solidariedade, o individualismo vai predominar, podendo ser um fator contribuinte para o
suicídio.
Foi observado, que o suicídio é um assunto complexo e delicado. É uma ação de tirar a
própria vida e está ligada a uma variedade de fatores, incluindo problemas de saúde mental,
estresse, traumas, isolamento social e desesperança. É importante buscar ajuda e apoio para
prevenir o suicídio, tanto para aqueles que estão lutando quanto para aqueles ao seu redor. A
conscientização, o diálogo aberto e o acesso aos recursos de saúde mental são fundamentais
na prevenção do suicídio.

4.2 Suicidio no contexto profissional


Quadro 2: Exploração de dados realizados por meio de artigos e livros, objetivando trazer
uma análise acerca do suicidio no contexto profissional.

Autor e ano Objetivos Resultados

Silva et al (2015) Compreender e identificar Entende-se que condições


fatores de risco para o instáveis de trabalho, falta de
comportamento suicida. segurança no emprego,
longas horas de expediente,
pressão excessiva, questões
socioeconômicas podem
contribuir para um
comportamento suicida.
Félix et al (2016) Fazer uma análise acerca das De acordo com os fatores
variáveis que estão citados em estudos
associadas ao risco elevado epidemiológicos, variáveis
de suicidio. demográficas,
socioprofissionais e
psicossociais, como
depressão, agressividade,
desesperança, idade, abuso
de substâncias
químicas,além de perda de
suporte social e emprego são
fatores relacionados ao
elevado risco de suicidio ou
ideação suicida.

Abdoucheli e Jayet (2007) Analisar como o suicidio Sugere que as atuais


está relacionado com os condições de trabalho, as
preceitos da psicodinâmica pressões impostas, a
do trabalho. precarização dos vínculos
dos indivíduos com o
trabalho e a organização
podem prejudicar a saúde
mental dos trabalhadores e
assim contribuir para o
suicidio ou tentativa de
suicidio.

Dejours (2010) Analisar as práticas O individualismo, a perda de


trabalhistas de maneira que contato social e físico entre
venha ser compreendido o colegas de trabalho e a busca
motivo pelo qual as mesmas pela máxima produtividade é
estão associadas a falta de um agravante no que se diz
saúde mental e ao alto índice respeito à saúde mental dos
de suicidio. profissionais e pode estar
relacionado aos casos de
suicidio no ambiente
profissional.

Atualmente, pela corrente precarização social do trabalho, as transformações ocorridas no


tecido social em decorrência do marco neoliberal implicam modificações micro e
macrossociais que fragilizam e tornam descartáveis, instáveis, efêmeras e prejudicadas as
relações entre as pessoas, o que inclui o seu vínculo com as organizações (Torres et al, 2016)
e com o próprio trabalho (Almeida et al, 2016).
Segundo Félix et al., (2016) Entre os fatores em estudos epidemiológicos como associados
ao risco elevado de suicídio estão variáveis demográficas, socioprofissionais e psicossociais,
como depressão, agressividade, impulsividade, desesperança, alcoolismo, idade, gênero,
substâncias químicas e psicoativas, além de perda de suporte social, emprego, dificuldades
profissionais e desengajamento social.
Em ambientes profissionais, diversos fatores podem predispor uma pessoa a considerar o
suicídio e desenvolver, ao longo do tempo, consequências graves, como a depressão. A
depressão é uma das doenças que mais atinge seus profissionais e produz danos à capacidade
laboral e vida pessoal. Como o estado depressivo é preditor do aumento do risco para o
suicídio, os profissionais da enfermagem apresentam mais risco para o suicídio. (Silva et al.,
2015).
De acordo com o autor citado acima (2015) a lentidão nas atividades, desinteresse, redução
da energia, apatia, dificuldade de concentração, pensamento negativo e recorrente, com perda
da capacidade de planejamento e alteração do juízo de verdade são evidências de sofrimento
humano que sinalizam para depressão e possível risco de suicídio.
Outra variável preditora para o risco de suicídio é o cansaço emocional, que é caracterizado
pela perda de energia, o desgaste, a exaustão e a fadiga, um estado emocional estritamente
relacionado com os componentes depressivos, coerente com o principal componente do
Burnout implicado em suicídio. Dentre os vários sintomas comuns desta patologia, os atos
lesivos ou suicídio apareceram como um dos mais alarmantes. (Silva et al., 2015).
Segundo Dejours (2017), um suicídio pode indicar solidão psicológica intolerável, uma
solidão afetiva que se estabelece no indivíduo, mesmo ele estando em uma comunidade de
trabalhadores, a qual muitas vezes, é apenas um agrupamento de pessoas individualizadas e
não de um coletivo de trabalho, propiciando o isolamento. Assim, Dejours posiciona o
sentimento de solidão como o primeiro aspecto a ser elucidado no suicídio que ocorre no
local de trabalho, podendo ser considerado uma ação que revela a degradação profunda da
convivência e da solidariedade.
A carga psíquica do trabalho contempla os elementos afetivos e relacionais, resultantes do
desejo do trabalhador à ordem do empregador. A organização do trabalho ao prescrever o
modo operatório e preciso de execução da tarefa, pode desencadear uma tarefa fatigante.
Quando não se tem autonomia, a carga psíquica aumenta. Por outro lado, quando a
organização do trabalho é flexibilizada, proporciona maior liberdade para reordenar as
atividades, abre possibilidades para a descarga de energia pulsional (Dejours, 1993/2007).
Em uma compreensão expandida sobre o tema, Dejours, Abdoucheli e Jayet (2007) retomam
os preceitos da psicodinâmica do trabalho para relacionar o suicídio com a fragilização das
defesas estabelecidas pelos trabalhadores no ambiente laboral, as quais foram impactadas por
formas neoliberais recentes de organização da produção.
Entre essas práticas, evidenciam-se ações de gestão que enfatizam o individualismo, a
segregação entre os colegas e a promoção dos valores institucionais em favor da máxima
produtividade, sem qualquer consideração acerca dos valores sociais do trabalhador (Dejours,
2010).
No contexto do suicídio no trabalho, fatores como estresse, pressão excessiva, falta de
suporte emocional e desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional podem contribuir.
Dejours, Abdoucheli e Jayet (2007)
Nesta pluralidade de fatores destaca-se o trabalho, considerado por Dejours (2009) central na
vida humana, um elemento constitutivo para a formação da identidade, fonte de prazer e
sofrimento. A relação entre suicídio e trabalho vem sendo evidenciada com as mortes e
tentativas de suicídio acontecendo no local de trabalho, mensagens brutais dirigidas à
comunidade laboral, um convite para a sociedade refletir sobre o sofrimento (Dejours, 2010).
Analisando os desafios frequentemente presentes no ambiente de trabalho, torna-se evidente
a ausência de políticas efetivas para prevenir o suicídio. É notável como diversos fatores
podem predispor a esse cenário preocupante. É fundamental implementar medidas que
promovam um ambiente de trabalho saudável, oferecendo suporte psicológico, programas de
bem-estar e conscientização sobre saúde mental para prevenir e lidar.

4.3 Prevenção e posvenção


Quadro 3: Analisar dados adquiridos por meio de cartilhas, artigos e livros, trazendo uma
análise acerca da prevenção e posvenção no contexto do suicidio.

Autor e ano Objetivos Resultados


Jorge et al (2011) Trazer uma análise com Em um contexto onde se lida
relação aos elementos com pessoas que têm
relacionados na promoção ideação suicida, é importante
da saúde mental e como destacar que o acolhimento
estes elementos vão realizado por familiares,
contribuir na prevenção do amigos, o vínculo com
suicidio. pessoas próximas são
significativos para a
promoção da saúde mental e
para a prevenção do suicidio.

Wang et al (2016) Avaliar ferramentas que O baralho para a avaliação,


possam contribuir de intervenção e posvenção é
maneira eficaz para a uma ferramenta de suma
intervenção e posvenção do importância, pois vai
comportamento suicida. auxiliar o indivíduo a pensar
em estratégias que o ajudem
a lidar em um momento de
crise suicida, em conjunto
com o profissional que o
auxilia.

Abilio et al (2015) Compreender e refletir Posvenção é um termo


acerca do significado do instituído que caracteriza
termo posvenção. atribuições que tenham
como objetivo reduzir abalos
causados por uma morte por
suicidio, e ajudar o enlutado
a não enxergar o suicidio
como alternativa para ele
mesmo.

Jordan et al (2011) Enfatizar como o suicidio O suicidio tem um impacto


pode afetar as famílias e negativo e intenso para as
amigos enlutados e o pessoas que são próximas do
impacto gerado. indivíduo, podendo gerar
uma carga muito pesada para
aqueles que ficaram, os
questionamentos do motivo
pelo qual o indivíduo optou
por isso, a culpa por não ter
percebido os sinais, a
responsabilidade atribuída a
si mesmo por não ter
ajudado são consequências
negativas ao enlutado e pode
incluir o aumento do risco
do suicidio.

O acolhimento, o vínculo, a corresponsabilização e a autonomia são os principais elementos


relacionados na promoção da saúde mental (Jorge et al 2011). É de suma importância buscar
medidas que possam contribuir na prevenção do suicidio, dessa maneira, a atenção que é dada
aos indivíduos, de maneira que eles possam falar abertamente sobre suas necessidades,
relações consolidadas entre profissional da saúde mental e paciente são pontos importantes
que visam tanto o estímulo e melhoria da saúde mental, quanto a prevenção e ideação suicida.
Segundo Silva et al (2020) os esforços de prevenção ao suicidio exigem coordenação e
colaboração entre diversos setores da sociedade, dentre eles o setor da saúde, educação,
trabalho, agricultura, negócios, justiça, lei, defesa, política e até mesmo a mídia. Esses
esforços devem ser abrangentes e integrados entre si, já que em uma questão tão complexa
como é o suicidio, nenhuma abordagem por si só pode causar impacto (Neto et al, 2020).
De acordo com Sillva (2020) os suicídios são evitáveis e para isso existem medidas que
podem diminuir a ocorrência deste ato, entre essas medidas, tem-se a redução de acesso aos
meios de suicidio (armas de fogo, medicamentos, pesticidas), intervenções escolares,
políticas públicas do controle do uso de álcool, identificação precoce, tratamento e
atendimento de pessoas com transtornos mentais, sofrimento emocional agudo; treinamento
de profissionais de saúde não especializados na avaliação e gestão de comportamento suicida,
cuidados de acompanhamento para pessoas que tentaram suicidio e prestação de apoio
comunitário.
Ter cartas como sugestão de intervenções podem auxiliar o sujeito a pensar sobre estratégias
para lidar com uma crise suicida juntamente com seu profissional de saúde mental (Wang et
al, 2016). O baralho para a avaliação, intervenção e prevenção do suicidio auxilia os
profissionais da psicologia e psiquiatria frente ao comportamento suicida, também contribui
na prevenção do risco ao suicidio bem como é um suporte para indivíduos que tem ideação
suicida, plano, ou tentativas, sendo também de grande valia para pessoas que perderam um
ente querido ou alguém próximo para o suicidio.
De acordo com World Health Organization (WHO, 2020) é necessário identificar indivíduos
interessados na prevenção do suicidio, para assim serem desenvolvidas estratégias, sendo que
a prevenção de suicidio demanda uma abordagem multisetorial, envolvendo profissionais da
área da saúde, bem como representantes de outros setores. Uma relação de interessados
poderia incluir: Setores do governo, ministério da agricultura (alto índice de suicidio por
ingestão de pesticidas), e de transporte, setores de saúde do público em geral, setor da
educação, autoridades legais, organizações não governamentais e sobreviventes.
Utiliza-se o termo posvenção para caracterizar qualquer atividade que possua o objetivo de
reduzir os impactos causados por uma morte por suicidio e prevenir o sobrevivente enlutado
de enxergar o ato suicida como alternativa ou até mesmo de tentar o suicidio. O suicidio
provoca sofrimento nos sobreviventes que precisam vivenciar o processo de luto e encontrar
significados para a perda, além de aprender a lidar com a ausência e as repercussões da morte
(Ruckert et al, 2019). Torna-se necessário desenvolver habilidades para lidar com a nova
realidade (Kovács et al, 2016).
Dessa forma é importante encontrar maneiras de auxílio para enlutados de morte por suicidio,
segundo Krysinska et al (2012) as estratégias de posvenção podem ser operacionalizadas a
partir das perspectivas dos profissionais da saúde pública, com o desenvolvimento de
políticas e estratégias gerais para a população. De acordo com o Ministry of Health (2011),
entre as estratégias internacionais que apresentam melhor eficácia estão: Assistência prática
imediata, conselhos de autocuidado, informações sobre requisitos policiais e legais,
encaminhamento para outros serviços de acolhimento e informações sobre perda e tristeza.
O suicidio de um membro da família ou amigo pode ter impacto intenso, e muitas vezes,
devastador, sobre as pessoas emocionalmente próximas (Jordan et al), de maneira que estes
indivíduos se tornem sobreviventes, pois a vida dos mesmos foi alterada pela perda,
impactada pelo fim de alguém significativo, fim este, que muita das vezes é precoce,
deixando também, muitos questionamentos para aqueles que ficaram.
As ações praticadas pelos suicidas, quando são bem sucedidas, inevitavelmente, deixam uma
enormidade de sequelas psicológicas nos familiares enlutados, causando no seio familiar uma
série de mazelas que proporcionam marcas indeléveis no estado emocional desses indivíduos,
necessitando os mesmos de acompanhamento especializado, no sentido de abrandar tais
dissabores (Prado et al, 2023). Segundo Osmarin (2015) as famílias que vivenciam o luto por
suicidio passam por um período conturbado, onde são gerados inúmeros pensamentos, mas,
cada um lida de uma forma diferente e única.
De acordo com Silva (2023), para que as pessoas que perderam alguém para o suicidio
possam enfrentar essa fase difícil, é necessário o desenvolvimento de ações por parte dos
profissionais da saúde, em específico os psicólogos, usar subsídios que viabilizem um melhor
acompanhamento, proporcionando apoio, aconselhamento, procedimentos terapêuticos, além
da conversação que gere um maior conforto e que possam ultrapassar sem maiores sequelas
essa fase tão repentina.

5. Conclusão
Após muitos estudos, foi observado a importância de enfatizar a escassez de conteúdos
científicos abordando esse tema tão relevante nos dias atuais. Durante muitos anos, houve
uma lacuna na implementação de novas medidas de prevenção ao suicídio. Somente em 2019
foi criada a Lei L13819, que estabelece a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e
do Suicídio.

Dando destaque o mês de setembro, que assume um papel crucial ao ser reconhecido como
o Setembro Amarelo, um período dedicado à prevenção do suicídio. É um momento de
ampliar a conscientização sobre esse tema sensível, oferecendo suporte e acolhimento àqueles
que enfrentam situações desafiadoras e sentimentos que não têm saída, não esquecendo de
prestar assistência aos sobreviventes, pois os mesmos também enfrentam situações
desafiadoras após a perda de alguém emocionalmente próximo.

Por fim, conclui-se que é essencial destacar a urgência de políticas específicas, abordagens
preventivas e programas de apoio à saúde mental dos profissionais. Reforçar a importância da
conscientização, capacitação e acesso a recursos é crucial para criar um ambiente de trabalho
mais saudável e empático, reduzindo os índices de suicídio entre os trabalhadores. Além
disso, enfatizar a necessidade de colaboração entre órgãos governamentais, empresas e
profissionais da saúde para implementar e monitorar essas políticas é fundamental.
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