FACULDADE UNINTA ITAPIPOCA

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DENIS SANTOS MELO

MATEUS JEFERSON BRAGA DE SOUSA

MARIA KAYLLANE SOARES RODRIGUES

STHEYCE KELLE MENDONÇA DUARTE

ACOLHIMENTO DE ADOLESCENTES COM IDEAÇÕES SUICIDAS.

ITAPIPOCA
2022
 INTRODUÇÃO

A palavra “suicídio” deriva do latim sui (si mesmo) e caedes (ação de matar). O
suicídio é o ato de tirar a própria vida e está diretamente associado a pensamentos
fantasiosos de controle, libertação, alivio e punição, com isso quem tem essa
pretensão acredita que tem o pleno controle do fim de sua vida de acordo com a sua
realidade e necessidade individual. Segundo Camus, para definir se a vida tem ou não
um valor a ser vivido e necessário que primeiro se entenda a vida.

Existe apenas um único problema filosófico realmente sério: o suicídio. Julgar

se a vida vale ou não a pena ser vivida significa responder à questão
fundamental da filosofia.
(Camus; Albert 1942)

No Brasil, segundo dados do ministério da saúde cerca de 12 mil pessoas tiram

a própria vida por ano, quase 6% da população. Uma realidade devastadora quando
se percebe que o perfil das vitimas a maioria é homem, negro, com idade entre 10 e
29 anos em 2019. No entanto é possível, prevenir essas atitudes, desde que haja
informações, campanhas preventivas e profissionais de saúde habilitados à
disposição da população.

METODOLOGIA

Esta pesquisa cientifica caracteriza-se como uma revisão integrativa, o qual

tem uma fundamentação teórica que visa dar sustentação ao desenvolvimento da
pesquisa, assim, a pesquisa bibliográfica caracteriza-se pelo uso de artigos, livros ou
demais materiais já publicados e que em comum abordem a temática analisada para
que possam em conjunto produzir um conhecimento coerente, real e efetivo.

Para a estruturação dessa pesquisa, as seguintes etapas foram percorridas:

formação da pergunta norteadora; busca ou amostragem na literatura; coleta de
dados, análise crítica do estudo; e discussão dos resultados. A pergunta norteadora
foi: Como se compreende a atuação da enfermagem perante a problemática do
acolhimento de adolescentes com ideações suicidas, a partir da literatura científica?

Foi consultado o motor de pesquisa google acadêmico. O período de busca

ocorreu no mês de abril de 2022

Os descritores utilizados todos constantes dos DECS (Descritores em Ciências

da Saúde) foram: “adolescência”, “suicídio” e “enfermagem”
 Ao realizar a busca foram encontrados Aproximadamente 3220 resultados
sendo esses os de mais relevância e que não fugissem do tema, artigos na BVS,
Scielo, marceloparazz, revista saúde.com, paho, núcleo do conhecimento, global
academic nursing e rsdjournal, em seguida foram aplicados os critérios de
elegibilidade (inclusão e exclusão) dos manuscritos. Para os critérios de inclusão
foram selecionados os estudos que estivessem disponíveis de forma completo
gratuitamente, no idioma português e inglês, artigos dentro da temática pesquisada e
que fossem publicados entre 2005 e 2021.

Em relação aos critérios de exclusão, foram considerados os estudos

duplicados, de idioma estrangeiro e/ou que fugissem da temática.

CONCLUSÃO

O profissional de enfermagem que possui o contato com o indivíduo pós a

tentativa de suicídio, deve estar apto para a abordagem, atendimento e encaminhado
deste. A promoção ainda do cuidado e das intervenções pós uma tentativa de suicídio
é resgatar a esse indivíduo sua força de viver, força de combater a doença, que em
geral é a depressão. Os métodos que os profissionais realizam, devem ser capazes
de prever e identificar o comportamento suicida.

A escuta qualificada é primordial não devendo ser imersa a um discurso

preconceituoso e de julgamentos, considerando ainda que a pessoa nem sempre
pode estar disposta a externar seus sentimentos, surgindo ainda um novo desafio aos
profissionais de enfermagem.

Em suma, as estratégias usadas para o combate as novas tentativas de

suicídio, é essencial para que possa combater não somente o ato em si, mas as
demais doenças relacionadas com o suicídio, como a depressão.

Entende-se que os profissionais de enfermagem têm um papel muito

importante no acolhimento dos pacientes em risco de suicídio e seus familiares. Para
isso, utilizam ferramentas e estratégias como: exame do estado mental, avaliação e
classificação de risco, atendimento ao paciente em local seguro para ambos, rede de
apoio em conjunto com serviços especializados, familiares/cuidadores e
administração de terapia medicamentosa, quando necessário, além de visitas
domiciliares.
 Portanto, como o enfermeiro passa mais tempo com o paciente acaba por o,
tornar capacitado a prestar um atendimento mais objetivo ao paciente tendo, em vista
a maneira correta e o cuidado de lidar com o paciente, levando em conta seu histórico
e seu estado mental de momento.

Também foi possível identificar durante a pesquisa que no Brasil são muito
escassos os trabalhos referentes a atuação do enfermeiro no atendimento de
adolescentes com histórico suicida realizados em hospitais e UBS, refletindo na
ausência de estratégias brasileiras para a prevenção de novas tentativas de suicídio
no âmbito dos serviços de emergências. Indaga-se também que essa realidade
evidenciada pode ser compreendida pelo fluxo de contrarreferência dos serviços de
emergência a serviços de atenção básica e especialmente aos centros de atenção
psicossocial. Ainda assim, consideram-se essenciais ações por partes destes serviços
que se tornam porta de entrada ao paciente psiquiátrico e que o atendem muitas vezes
em momento de crise extrema, como na tentativa de suicídio.

REFERÊNCIAS

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