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CURSO DE PSICOLOGIA
1. INTODUÇÃO
O trabalho objetiva estudar o comportamento da população, em tempos de pandemia
no Distrito Federal, no que diz respeito à ideação suicida. Além de observar a prevalência
deste sintoma na amostra selecionada, ao analisar os dados coletados pretende-se
responder a alguns questionamentos e gerar hipóteses para trabalhos futuros relacionados
ao tema. Existe maior incidência da ideação suicida em tempos de pandemia? Este sintoma
está mais presente em determinado gênero, faixa etária, doenças pre-existentes ou classe
social? Que fatores internos e externos se relacionam com a presença da ideação suicida na
amostra?
Nossa hipótese se baseia na ideia na qual "A Covid-19 mata, seguramente, mas
encontrou um grande aliado no medo, no terror que agora oprime milhões de pessoas. Nos
últimos dias, na Itália, estamos assistindo a um trágico fenômeno ao qual não foi dado até
agora o suficiente destaque: os suicídios pelo coronavírus. Todo dia aumenta o número de
pessoas que tiram suas vidas para não ter de enfrentar a doença." Os sintomas muitas vezes
estão associados à depressão, encaminhando como uma comorbidade ou covariável, à ideia
de suicídio.
Ao se estudar e trabalhar com saúde e doença mental é imprescindível trazer a
reflexão sobre o normal e o patológico, sobre o transtorno mental no seu aspecto não
apenas clínico, como cultural. No DSM-V (APA, 2013) encontramos a definição de
transtorno mental como:
Um transtorno mental é uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente
significativa na cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo
que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento
subjacentes ao funcionamento mental. Transtornos mentais estão frequentemente
associados a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam atividades sociais,
profissionais ou outras atividades importantes. (...) Desvios sociais de comportamento (p.
ex., de natureza política, religiosa ou sexual) e conflitos que são basicamente referentes ao
indivíduo e à sociedade não são transtornos mentais a menos que o desvio ou conflito seja
o resultado de uma disfunção no indivíduo, conforme descrito (APA, 2013, p. 20).
No entanto, definir as patologias psiquiátricas com base em agrupamentos de
sintomas, desconsiderando-se as narrativas, histórias de vida e especificidades que podem
provocar e/ou contribuir para determinado comportamento e sofrimento psíquico, levando-
se em consideração apenas os aspectos clínicos, de forma alheia ao processo de vida do
sujeito, e esta visão pode reduzir e limitar em demasia as possibilidades de
acompanhamento, tratamento, controle e cura.
Seguindo esta definição de transtorno mental, o que podemos considerar saúde
mental? O transtorno mental sendo considerado o anormal, como podemos definir a
normalidade? A palavra normal é derivada do nome grego e da norma latina que significa
lei. “Um objeto ou fato normal se caracteriza por ser tomado como ponto de referência em
relação a objetos ou fatos ainda à espera de serem classificados como tal”. (Canguilhem,
1943, p.87). Portanto, do ponto de vista lógico, o anormal deve ser posterior à definição do
normal, sendo a negação deste. O patológico, então, não possuiria uma existência em si? O
estado patológico não é a ausência de uma norma, o estado patológico também é uma
forma de se viver. Não é a ausência de normalidade que constituiria o anormal. O
patológico também seria normal, pois a experiência do ser vivo incluiria a doença. Ampliar
o olhar sobre a normatividade é essencial para uma melhor compreensão sobre a
subjetividade que envolve a saúde, a doença, o transtorno e a sintomática psíquica.
A ideação suicida, como consta do glossário do DSM-V, constitui-se por
“pensamentos sobre autoagressão, com a consideração ou o planejamento de possíveis
técnicas para causar a própria morte” (APA, 2013, p. 825), e pode ser encontrada como
sintoma do: Espectro da Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos; Transtorno
Bipolar tipo 1; Transtorno Depressivo; Transtorno de pânico; Transtorno de ansiedade;
Transtorno dismórfico corporal; Transtorno de estresse pós traumático; Transtornos
Relacionados a Substâncias e Transtornos Aditivos; Transtorno do jogo; Transtorno da
personalidade borderline e transtorno do luto complexo persistente; e da Disforia de
gênero.
2. JUSTIFICATIVA
Esse é um trabalho prático para a disciplina de psicobiologia do comportamento do 4º
semestre do curso de psicologia. O tema foi escolhido por ser um assunto atual e de muita
importância para entendermos e analisarmos os comportamentos apresentados pela
população brasileira a respeito do momento de pandemia que estamos vivenciando.
Identifica-se como importante se falar de saúde mental diante da pandemia, sendo
necessário se falar abertamente sobre temas como, transtornos de ansiedade e depressão,
ataque de pânico, como também sobre ideação suicida, para que as pessoas conheçam os
sinais e saibam a melhor forma de agir diante da questão. Tornando-se de extrema
importância que todos saibam a respeito, pois além de ajudar e apoiar quem está passando
por esse problema também possibilita a prevenção de alguns sintomas, facilitando o
tratamento. Se quisermos, portanto, combater mais eficazmente a Covid-19, devemos
absolutamente aumentar as defesas psicológicas além das imunológicas das pessoas. “Uma
ótima forma de prevenção seria a cessação da pressão mediática que está causando pânico
e incerteza, substituindo-a com uma comunicação positiva, convidando a enfrentar com
serenidade e fortaleza a eventual doença.”
3. OBJETIVOS
3.1 Geral:
Identificar os aspectos comportamentais que estão sendo emitidos diante da
pandemia.
3.2 Específicos:
1. Identificar como as pessoas estão lidando com a nova forma de vida na pandemia.
2. Identificar a percepção que as pessoas têm relacionadas aos comportamentos sociais no
enfrentamento da pandemia.
3. Analisar o índice de ideação suicida frente ao novo momento em que vivemos.
4. Identificar os impactos que a pandemia trás no aumento ou não da ideação suicida.
4 METODOLOGIA
4.2. Local:
A pesquisa será realizada no Distrito Federal – DF. A realização será através de um
questionário online, onde o mesmo será disponibilizado por meio das redes sociais como
whatsapp e facebook e ficarão disponível 24 h de domingo a domingo a partir da segunda
quinzena de maio de 2020.
4.3. Participantes:
Participará da pesquisa homens e mulheres maiores de 18 anos de idade,
voluntariados e de forma anônima, que se disponibilize para colaborar com a pesquisa, não
havendo limite máximo de idade e nenhum tipo de remuneração para responder o
formulário. Será mantido o mais rigoroso sigilo mediante a omissão total de informações
que permitam identificar os participantes.
5 Instrumentos:
Será utilizado um questionário com 16 perguntas objetivas, que deverá ser
realizado através da plataforma Google Forms. Sendo necessária a utilização de aparelhos
tecnológicos como computadores, tablets e celulares todos com acesso a internet.
6 Recursos:
Não haverá nenhum gasto de natureza financeira para a realização da pesquisa.
7. CRONOGRAMA
A pesquisa terá duração de 06 meses. As etapas são descritas na tabela 1, a seguir:
8. REFERÊNCIA
Lasswell, H. D. (1968). Propaganda Technique in the World War. New York, NY:
Knopf. Berelson, B. (1952). Content Analysis in Communications Research. New
York, NY: Free Press
Organização Mundial da Saúde (2014). Classificação de Transtornos Mentais e de
Comportamento da CID-10. Artes Médicas, Porto Alegre.
Boteg. N. J., Werlang. B. G., Cais. C. F. S., & Macedo. M. M. K. (2006). Prevenção do
comportamento suicida. Pisico 37(3). Recuperado de:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5161562
Freitas. A. P. B., Abreu. A. C. O., Co elho. M. P., Peris. T. C., & Alves. I. D. O. L. (2017).
Suicídio no Brasil: uma compreensão do sofrimento psíquico dos pacientes. Revista
científica. Recuperado de:
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_suicidio.pdf
ANEXO A
(Questionário da pesquisa.)
SESSÃO 1:
SESSÃO 2:
2. Idade:*
_________
10. O que você acha sobre isolamento social nesse momento de pandemia? * (Marcar
apenas uma).
( ) Totalmente necessário.
( ) Muito necessário.
( ) Pouco necessário.
( ) Desnecessário.
11. O que você tem feito para se distrair no isolamento? * (Marcar apenas uma).
( ) Assisto filmes / séries.
( ) Ouço música.
( ) Leio livros.
( ) Evito assistir jornal.
( ) Jogo vídeo game.
( ) Brinco com meus filhos.
( ) Cozinho.
( ) Tenho feito mais uso de redes sociais.
( ) Reorganizo a casa.
( ) Outros.
SESSÃO 3:
13. O quanto você sente o seu humor alterado durante a pandemia? * (Marcar apenas
uma).
1 2 3 4 5
14. Ocorreu alguma perda financeira por conta da pandemia? * (Marcar apenas uma).
( ) Sim.
( ) Não.
15. Depois do início do período da pandemia você apresentou algum desses sintomas?*
( ) Pânico. ( ) Tremores.
( ) Depressão. ( ) Agitação.
( ) Euforia. ( ) Falta de entusiasmo.
( ) Dores no corpo. ( ) Desesperança.
( ) Ansiedade. ( ) Emotividade.
( ) Raiva. ( ) Insônia.
( ) Desânimo. ( ) Preocupação com a morte.
( ) Exagero na higienização.
( ) Reagir de forma exagerada
em situações do dia a dia.
( ) Problemas alimentares (falta ou excesso de apetite).
17. Você acha que a pandemia é um fator agravante para a ideação suicida?* (Marcar
apenas uma).
( ) Sim.
( ) Não.
18. Diante de uma suposta situação real de risco de suicídio, quais das opções você
considera mais importante para evitá-lo? * (Marcar apenas uma).
( ) Procurar ajuda de profissionais de saúde ou emergência.
( ) Entrar em contato com alguém de confiança.
( ) Não ficar sozinho ou não deixar a pessoa sozinha.
( ) Lidar sozinho com a situação.
( ) Evitar situações que aumente o risco de suicídio.
SESSÃO 4:
Agradecimentos:
Suas respostas foram registradas. Muito obrigado pela sua colaboração! Caso
perceba a necessidade você poderá entrar em contato com: o centro de valorização
a vida (CVV) de sua região, segue o número de Brasília: 61 3326-4111 e o número
geral 188.