Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AMÉRICA LATINA,
ELEIÇÕES E MUDANÇAS
POLÍTICAS
Organizadores
AMÉRICA LATINA,
ELEIÇÕES E MUDANÇAS
POLÍTICAS
1ª EDIÇÃO – 2023
M ARÍLIA/SP
Projeto editorial Praxis é a editora da RET
(Rede de Estudos do Trabalho - (www.estudosdotrabalho.net)
Editor-Chefe
Giovanni Alves
Conselho Editorial
Dr. André Luiz Vizzaccaro-Amaral (UEL)
Dr. Edilson Graciolli (UFU)
Dr. Francisco Luiz Corsi (UNESP)
Dr. Giovanni Alves (UNESP)
Dr. José Meneleu Neto (UECE)
Dr. Ricardo Antunes (UNICAMP)
Dr. Renan Araújo (UNESPAR)
Dra. Dolores Sanchez Wunsch (UFRS)
Bibliografia.
ISBN 978-65-84545-15-1
CDD 320.98
C A PÍT U LO 1
UM A A N Á LISE DA CON JUN T UR A IN T ERN ACION A L DE 2022 À LUZ
DE UM E X A ME DA S C AT EGORIA S REL ACION A DA S À HEG EMONIA
DE ROBERT W. COX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos
C A PÍT U LO 2
P OL A RIZ AÇ ÃO DOMÉ S TIC A E IN T ERV ENCIONISMO G LOBA L: OS
E S TA DOS UNIDOS DE JOE BIDEN (2021/2023). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Cristina Soreanu Pecequilo
Clarissa Nascimento Forner
C A PÍT U LO 3
A INICIATI VA CIN T UR ÃO E ROTA N A A MÉRIC A L ATIN A: OS
C A SOS DE BR A SIL, PA N A M Á, CHIL E E EQUA DOR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Ana Tereza Lopes Marra de Sousa
Giorgio Romano Schutte
Rafael Almeida Ferreira Abrão
Valéria Lopes Ribeiro
C A PÍT U LO 4
DE SCON TINUIDA DE S E CON TINUIDA DE S BIL AT ER AIS BR A SIL-
E S TA DOS UNIDOS: A G E S TÃO DE JAIR BOL SON A RO (2019/2022). . . . . . . 89
Cristina Soreanu Pecequilo
C A PÍT U LO 5
DERROTA DEFINITI VA OU RE V É S PA SS AG EIRO DO
BOL SON A RISMO? P OSSÍ V EIS CONSEQUÊNCIA S P OLÍTIC A S E
ECONÔMIC A S DO RE SULTA DO EL EITOR A L DE 2022. . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Agnaldo dos Santos
C A PÍT U LO 6
V ITÓRIA EL EITOR A L CON T R A O FA SCISMO E A DISPU TA PELO
E S TA BEL ECIMEN TO DE CONSENSOS CI V ILIZ ACION AIS NO
BR A SIL P ÓS - GOV ERNO BOL SON A RO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Fabio Venturini
C A PÍT U LO 7
A CON JUN T UR A DA ECONOMIA BR A SIL EIR A E A T ENDÊNCIA AO
BAIXO CRE SCIMEN TO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
Francisco Luiz Corsi
C A PÍT U LO 8
UM A CON JUN T UR A A SER SUPER A DA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173
Marcelo Soares de Carvalho
C A PÍT U LO 9
NOVA PRERIODIZ AÇ ÃO, NOVOS CONCEITOS, V EL HO DE V IR . . . . . . . . . 199
Dora Shellard Corrêa
C A PÍT U LO 10
OS NOVOS GOV ERNOS PROG RE SSIS TA S E AÇÕE S A FIRM ATI VA S
N A A MÉRIC A L ATIN A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
Regiane Nitsch Bressan
C A PÍT U LO 11
A FOME COMO PRO JE TO: A DE S T RUIÇ ÃO DA S P OLÍTIC A S DE
SEGUR A NÇ A A LIMEN TA R NO BR A SIL E A URG ÊNCIA DE SUA
RECONS T RUÇ ÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
Marina Gusmão de Mendonça
C A PÍT U LO 12
O SEN TIMEN TO PE SSOA L DO DE S T ERRO: A SPEC TOS PE SSOAIS
DA CONDIÇ ÃO DE REFUGIA DO E SUA PROT EÇ ÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277
João Alberto Alves Amorim
C A PÍT U LO 13
A RE TOM A DA DO PAC TO DE E S TA BILIDA DE E CRE SCIMEN TO
DA UNIÃO EUROPEIA: A INFLUÊNCIA A L EM Ã E OS EFEITOS DA
PA NDEMIA DA COV ID -19. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 303
Luís Felipe Borges Taveira
Daniel Campos de Carvalho
C A PÍT U LO 14
M A NIPUL AÇ ÃO DA S QUE S TÕE S HUM A NITÁ RIA S EM T EMP O
DE GUERR A: DIFERENÇ A DE ORÇ A MEN TO PA R A A QUE S TÃO
MILITA R E HUM A NITÁ RIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323
José Alexandre Altahyde Hage
Murilo Seri Fagundes
Paula Santos Vieira
C A PÍT U LO 15
CRISE G LOBA L DO C A PITA L NO SÉCULO X XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 337
Giovanni Alves
APRESENTAÇ ÃO
Introdução
1 Agradeço os comentários e sugestões feitos a uma versão anterior deste texto realizados
por Paulo Victor Zaneratto Bittencourt, Friedrich Maier e Helena Lucchesi França. Este
texto foi finalizado em 28 de fevereiro de 2023.
2 Docente da Unesp – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de
Marília. ORCID: 0000-0002-5542-2812. Bolsista Produtividade do CNPq nível 2.
3 Alguns poucos exemplos: Wallerstein (2004), Kennedy (1991), Campbell (2020).
4 “Q” refere ao número do caderno e “§” na edição crítica italiana dos cadernos carcerários
gramscianos citada neste texto.
7 No seu último livro, Cox (2013, p. 352) cita os casos do Iraque e do Afeganistão como
exemplares do que ele entende ser uma revolução passiva.
8 No seu texto pioneiro de proposição de teoria crítica, Cox (1981, p. 133) menciona o mate-
rialismo histórico como “uma fonte central da teoria crítica”.
9 A tradução é entendida em sentido gramsciano, conforme será explicado mais adiante no
texto.
10 Sobre o ecletismo de Cox no tocante à questão conceitual e analítica, consultar Ayers e
Saad-Filho: 2008. Sobre o ecletismo coxiano no tocante à justaposição dos estatutos epis-
temológicos de Gramsci e Horkheimer, consultar Passos, 2013.
13 Em Gramsci hegemonia não se reduz ao consenso como a definição de soft power pa-
rece sugerir (GRAMSCI, 1977, Q13, §37, p. 1638). Como lembraram Geraldo Zahran e
Leonardo Ramos (2010, p. 24), a caracterização de Nye do soft power dos Estados Unidos
como beneficiário de valores universais (NYE JR., 2004, p. 11) ocultava a existência de
processos de conflito, coerção e consenso na arena internacional que davam ensejo a valo-
res portadores de uma visão de mundo particular.
Considerações finais
Referências bibliográficas
ALVES, R. Q.; PASSOS, R. D. F. A incipiente contra-hegemonia chinesa durante o governo de
Xi Jinping (2013-): uma perspectiva da Economia Política Internacional. Práxis e Hegemonia
Popular, v. 6, n. 9, p. 191-209, 2022.
BERLINCK, F. Tensão entre china e EUA: por que a destruição do balão chinês agrava ainda
mais a crise diplomática entre os dois países. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/
noticia/2023/02/07/tensao-entre-china-e-eua-por-que-a-destruicao-do-balao-chines-agrava-
ainda-mais-a-crise-diplomatica-entre-os-paises.ghtml. Acesso em 7 de fevereiro de 2023.
CARR, E. H. Vinte anos de crise 1919-1939: uma introdução ao estudo das relações
internacionais. Brasília: UnB, 2001.
COSTA, A. G. da; PERES, U. D. A proposta do Green New Deal em 6 pontos. Nexo Políticas
Públicas. 8/2/2021. Disponível em: https://pp.nexojornal.com.br/perguntas-que-a-ciencia-ja-
respondeu/2021/A-proposta-do-Green-New-Deal-em-6-pontos. Acesso em 8 de fevereiro de
2023.
COX, R. W. Book review: Unravelling Gramsci: Hegemony and passive revolution in the global
political economy by Adam David Morton. Capital & Class, v. 93, p. 258-261, 2007a.
COX, R. W. Gramsci, hegemony, and international relations: an essay in method. In: COX, R.
W.; SINCLAIR, T. J. (org.). Approaches to World Order. Cambridge: Cambridge University,
1996, p. 124-143.
COX, R. W. Introduction. In: COX, Robert W. (org.). The new realism – Perspectives on
Multilateralism and World Order, New York: U.N. University, 1997, p. XV-XXX.
COX, R. W. Production, power, and world order: Social forces in the making of history. New
York: Columbia University, 1987.
COX, R. W. Social forces, states and world orders: beyond international relations
theory. Millennium, v. 10 n. 2, p. 126-155, 1981.
COX, R. W. The Political Economy of a Plural World: Critical reflections on Power, morals
and civilization, New York: Routledge, 2002.
COX, R. W. The Way Ahead: Toward a New Ontology of World Order. In: JONES, R. W. (org.).
Critical theory and world politics. Boulder, London: Lynne Rienner, 2001, p. 45-60.
COX, R. W. Universal foreigner: the individual and the world, New Jersey: World Scientific,
2013.
EUCLYDES, C. China divulga diretrizes para zerar emissões de carbono em 2060. Agência
CMA. São Paulo: 25/10/2021. Disponível em: https://www.agenciacma.com.br/china-divulga-
diretrizes-para-zerar-emissoes-de-carbono-em-2060/. Acesso em 7 de fevereiro de 2023.
GRAMSCI, A. Quaderni del carcere: edizione a cura di Valentino Gerratana. Torino: Einaudi,
1977.
JAHN, B. One Step Forward, Two Steps Back: Critical Theory as the Latest Edition of Liberal
Idealism, Millenium, v. 27, n. 3, p. 613-641, 1998.
KEOHANE, R. O. After hegemony: Cooperation and discord in the world political economy.
Princeton: Princeton University, 1984.
KINDLEBERGER, C. La grande depressione nel mondo 1929-1939, Milano: Etas Libri, 1988.
JAHN, B. One Step Forward, Two Steps Back: Critical Theory as the Latest Edition of Liberal
Idealism, Millenium, v. 27, n. 3, p. 613-641, 1998.
MAHAN, A. T. The influence of sea power upon history: 1660-1783, London: Methuen, 1965.
NYE JR, J. O paradoxo do poder americano. Por que a única superpotência do mundo não
pode prosseguir isolada, São Paulo: Unesp, 2002.
NYE JR, J. Soft power: The Means to Success in World Politics, New York: PublicAffairs, 2004.
PASSOS, R. D. F. Gramsci e a Teoria Crítica das Relações Internacionais. Revista Novos Rumos,
v. 50, p. 1-19, 2013.
PASSOS, R. D. F. Interregno hegemônico? Uma avaliação sobre a hegemonia dos Estados Unidos
a partir da análise das relações de força dos cadernos carcerários de Gramsci. Revista Novos
Rumos, v. 56, p. 59-70, 2019.
SAAD-FILHO, A. & AYERS, A. J. Production, Class and Power in the Neoliberal Transition:
A Critique of Coxian Ecletism, In: AYERS, Alison (org.). Gramsci, Political Economy and
International Relations Theory: modern princes and naked emperors. New York: Palgrave
Macmillan, 2008, p. 109-130.
SCHOUTEN, P. Theory Talk #37: Robert Cox on World Orders, Historical Change, and the
Purpose of Theory in International Relations. 12 de março de 2010. Disponível em: http://
www.theorytalks.org/2010/03/theory-talk-37.html. Acesso em 14 set 2010.
SKINNER, Q. Meaning and Understanding in the History of Ideas. History and Theory, v. 8,
n. 1, p. 3-53, 1969.
STERN, N.; XIE C. China’s new growth story: linking the 14th Five-Year Plan with the 2060
carbon neutrality pledge. Journal of Chinese Economic and Business Studies, p. 1-21, 2022.
WALLERSTEIN, I. Semi-Peripheral Countries and the Contemporary World Crisis. Theory and
Society, v. 3, n. 4, p. 461-483, 1976.
WALLERSTEIN, I. The Rise and Future Demise of the World Capitalist System: Concepts for
Comparative Analysis. Comparative Studies in Society and History, v. 16, n. 4, p. 387-415, 1974.
Introdução
6 O termo guerra por procuração, no original inglês proxy war, origina-se na Guerra Fria
(1947/1989), em particular na década de 1970/1980 quando na impossibilidade do enfren-
tamento direto entre as superpotências devido ao risco da destruição mútua assegurada
pelo poder nuclear, EUA e União Soviética (URSS). Neste cenário, uma das superpotências
apoiava um terceiro país, ou vários Estados pivô, em uma determinada região ou situação,
visando prejudicar seu adversário indiretamente. O expediente foi usado em conflitos as-
simétricos como EUA-Vietnã (1968/1973), URSS-Afeganistão (1979/1989) somente para
citar alguns, e no atual contexto é o cenário triangular Ucrânia-Rússia-EUA/UE/OTAN
(entendendo-se este eixo ocidental como um bloco único anti-Rússia).
BIDEN, Joseph R. Remarks on United States foreign policy at the Department of State. 4 feb.
2021. Disponível em: https://www.presidency.ucsb.edu/. Acesso em: 25 jun. 2022.
BIDEN, Joseph R. Remarks by President Biden on the End of the War in Afghanistan. 31 aug.
2021. Disponível em: https://www.whitehouse.gov/briefing-room/speeches-remarks/2021/08/31/
remarks-by-president-biden-on-the-end-of-the-war-in-afghanistan/. Acesso em: 25 jun. 2022.
BIDEN, Joseph R. Remarks of President Joe Biden – State of the Union Address as Prepared
for Delivery. 01 mar. 2022. Disponível em: https://www.whitehouse.gov/briefing-room/speeches-
remarks/2022/03/01/remarks-of-president-joe-biden-state-of-the-union-address-as-delivered/
CREBO HEDIKER, Heidi and HEDIKER, Douglas. A real foreign policy for the middle class.
Foreign Affairs, 101 (3), May/June 2022. p. 104-116.
EICHENGREEN, Barry. What money can´t buy: The limits of economic power. Foreign Affairs,
vol. 101, n 4, Jul/Aug. 2022.
G7. “CARBIS BAY G7 SUMMIT COMMUNIQUÉ- Our Shared Agenda for Global Action to
Build Back Better”. Disponível em: https://www.g7uk.org/wp-content/uploads/2021/06/Carbis-
Bay-G7-Summit-Communique-PDF-430KB-25-pages-1-2.pdf. Acesso em: 18 jul. 2021.
NORTH ATLANTIC COUNCIL. Brussels Summit Communiqué. 14 jun. 2021. Disponível em:
https://www.nato.int/cps/en/natohq/news_185000.htm. Acesso em: 25 jun. 2022.
PECEQUILO, Cristina Soreanu. Os Estados Unidos de Joe Biden: Um Breve Balanço Interno
e Externo (2021/22). NERINT: Núcleo Brasileiro de Estratégia e Relações Internacionais,
2022. Disponível em: https://www.ufrgs.br/nerint/os-estados-unidos-de-joe-biden-um-breve-
balanco-interno-e-externo-2021-22/. Acesso em: 20 fev. 2023.
PEW RESEARCH. 2022. Far more Americans see U.S. influence on the world stage getting
weaker than stronger. Disponível em: https://www.pewresearch.org/fact-tank/2022/12/22/far-
more-americans-see-u-s-influence-on-the-world-stage-getting-weaker-than-stronger/. Acesso
em 24 fev. 2022
PEW RESEARCH. 2023b. As Russian invasion nears one-year mark, partisans grow further
apart on U.S. support for Ukraine. Disponível em: https://www.pewresearch.org/fact-
tank/2023/01/31/as-russian-invasion-nears-one-year-mark-partisans-grow-further-apart-on-u-
s-support-for-ukraine/. Acesso em 26 fev. 2023.
THE WHITE HOUSEa. Biden´s Inaugural Address. January 20th, 2021 https://www.
whitehouse.gov/briefing-room/speeches-remarks/2021/01/20/inaugural-address-by-president-
joseph-r-biden-jr/. Acesso em: 20 fev. 2021
THE WHITE HOUSEc. The American´s job plan. Disponível em: https://www.whitehouse.gov/
briefing-room/statements-releases/2021/03/31/fact-sheet-the-american-jobs-plan/. Acesso em:
23 març 2021
THE WHITE HOUSEd. FACT SHEET: The American families Plan Disponível em: https://
www.whitehouse.gov/briefing-room/statements-releases/2021/04/28/fact-sheet-the-american-
families-plan/. Acesso em: 23 jun 2022.
THE WHITE HOUSEe. Updated fact sheet: Bipartisan Infrastructure Investment and Jobs
Act. August 02, 2021. Disponível em: https://www.whitehouse.gov/briefing-room/statements-
releases/2021/08/02/updated-fact-sheet-bipartisan-infrastructure-investment-and-jobs-act/.
Acesso em: 23 jun. 2022
THE WHITE HOUSEh. National Security Strategy, October 2022. Disponível em: https://
www.whitehouse.gov/wp-content/uploads/2022/10/Biden-Harris-Administrations-National-
Security-Strategy-10.2022.pdf. Acesso em: Jan 27, 2023.
US DEPARTMENT OF DEFENSE. Fact Sheet: 2022 National Defense Strategy, Disponível em:
https://media.defense.gov/2022/Mar/28/2002964702/-1/-1/1/NDS-FACT-SHEET.PDF. Acesso
em 12 maio 2022.
A INICIATIVA CINTUR ÃO E
ROTA NA AMÉRIC A L ATINA: OS
C A SOS DE BR A SIL, PANAMÁ,
CHILE E EQUADOR1
Estudos de caso
Brasil
Panamá
Nos últimos anos houve baixo interesse dos EUA na região, repre-
sentado pelo corte em ajudas financeiras, por exemplo. Ainda assim
as nações centro-americanas mantêm uma forte relação de depen-
dência, inclusive por meio de acordos de livre comércio com os EUA
(GRANADOS & RODRIGUEZ, 2020). Nesse contexto, o Panamá é o
país mais relevante para a China na sub-região da América Central,
principalmente quando considerado o Canal do Panamá. No que se
refere às relações comerciais, o comércio entre a China e o Panamá
aumentou principalmente a partir de 2000. Em 2019 o total do comér-
cio foi de US$ 4,7 bilhões, com as importações chinesas assumindo
uma importância significativa, com US$ 4,2 bilhões. O Panamá vem
apresentando déficit comercial constante com a China, chegando a
US$ 3 bilhões em 2019 (UNCTAD Stat, 2021).
Esse quadro de crescentes importações reflete em parte o fato
de que atualmente a China é o primeiro fornecedor da Zona Franca
Chile
8 No entanto, o processo acelerado foi interrompido pelas grandes manifestações que toma-
ram o país em 2020, frustrando o desejo da diplomacia chilena de serem os primeiros da
região no AIIB, posição que ficou com Equador.
Equador
Referências bibliográficas
ABRÃO, R. A. F. Belt and Road Initiative and its Impacts on Latin America’s Regional Integration.
In: The Twelfth International Convention of Asia Scholars (ICAS 12). Amsterdam University
Press, 2022. p. 9-17. https://doi.org/10.5117/9789048557820/ICAS.2022.002
ÂNGULO, S. Ecuador firma un acuerdo de créditos con DFC de Estados Unidos por $ 3.500
millones para prepagar deuda cara. Expresso, 2021.
BANGAR, R. Will Huawei weather 5G storms in Latin America? Financial Express, 27 jul. 2020.
BERNAL-MEZA, R. China and Latin America Relations: The Win-Win Rhetoric. Journal of
China and International Relations. Special Issue, 2016.
BULLOCK, G. The Belt and Road Initiative: China’s Rise, America’s Balance, and Latin America’s
Struggle. History Honors Papers, n. 7, 2020.
CARAMURU, M., LINS, C., FERREIRA, G. Brasil-China: O estado da relação, Belt and Road
e lições para o futuro. CEBRI, Rio de Janeiro, 2019.
CASAS, A. O., FREITAS, C. D., BASCUÑÁN, D. R. The Imminence of the Belt and Road
Initiative in Latin America: commentary from Brazil, Chile and Mexico. In: GARCÍA, A. O.
China: The Belt and Road Initiative – A Global Transformation. México: UNAM, 2020.
DREYER, T. J. The Belt, the Road, and Latin America. Foreign Policy Research Institute,
January 16, 2019.
FLINT, C., ZHU, C. The geopolitics of connectivity, cooperation, and hegemonic competition:
The Belt and Road Initiative, Geoforum, v. 99, p 95-101, 2019.
GARZÓN, P. China’s Silk Road reaches the Panama Canal. Dialogo Chino, 2017. https://
dialogochino.net/en/infrastructure/10233-chinas-silk-road-reaches-the-panama-canal/
GARZÓN, P., CASTRO, D. China-Ecuador relations and the development of the hydro sector: a
look at the Coca Codo Sinclair and Sopladora hydroelectric projects. In: Peters, E. D., Armony,
A., Shoujun, C. Building Development for a New Era: China’s infrastructure in Latin America
and the Caribbean. Pittsburgh: Asian Studies Center, 2018.
JAUREGUI, J. G. Latin American countries in the BRI: challenges and potential implications
for economic development. Asian Education and Development Studies, v. ahead of print, 2020.
JONES, L; ZENG, J. Understanding China’s ‘Belt and Road Initiative’: beyond ‘grand strategy’ to
a state transformation analysis. Third World Quarterly, v. 40, n. 8, p. 1415-1439, 2019.
LAC POLICY PAPER. China’s Policy Paper on Latin America and the Caribbean. USC US-
China Institute, 2009. https://china.usc.edu/chinas-policy-paper-latin-america-and-caribbean
LUCERO, K. China no prestará un dólar más al Ecuador sin petróleo de por médio. In:
Revista Gestion, 2020. https://www.revistagestion.ec/economia-y-finanzas-analisis/
china-no-prestara-un-dolar-mas-al-ecuador-sin-petroleo-de-por-medio
MÉNDEZ, Alvaro. Panama could soon become China’s gateway to Latin America thanks to an
imminent free trade agreement. The London School of Economics and Political Science, 2018.
MENDEZ, A., ALDEN, C. China in Panama: From Peripheral Diplomacy to Grand Strategy.
Geopolitics, 1-23, 2019.
MORENO, L. Lenín Moreno: Ecuador busca promover inversiones y comercio con China a través
de la Franja y la Ruta. Xinhua, 2018. http://spanish.xinhuanet.com/2018-12/14/c_137674549.htm
MORENO, S., TELIAS, D., URDINEZ, F. Deconstructing the Belt and Road Initiative in Latin
America. Asian Education and Development Studies, Vol. ahead-of-print, 2020.
PETERS, E. D. China´s Foreign Direct Investment in Latin America and the Caribbean.
México: Universidad National Autonoma de México, 2019.
ROLLAND, N. Beijing’s response to the belt and road initiative’s ‘pushback’: a story of assessment
and adaptation. Asian Affairs, v. 50, n. 2, pp. 216-235, 2019.
ROSITO, T. Bases para uma estratégia de longo prazo do Brasil para a China. Rio de Janeiro:
CEBC, 2020.
SCHUTTE, G. R. Oásis para o capital - solo fértil para a corrida de ouro: a dinâmica dos
investimentos chineses no Brasil. Curitiba: Appris, 2020.
TORO-FERNANDEZ, J., TIMES-IHL, J. The Pacific Alliance and the Belt and Road Initiative.
Asian Education and Development Studies, v. ahead of print, 2020.
URDINEZ, F. The accession of Latin American countries to the Asian Infrastructure Investment
Bank: lessons from Brazil and Chile. Asian Education and Development Studies, Vol. ahead-
of-print, 2020.
YOUKEE, M. Has China’s winning streak in Panama ended? Dialogo Chino. London, 2020.
ZHU, J., TILAK, J. Exclusive: China’s Tianqi nears $4.3 billion deal to buy stake in Chile’s SQM
– sources. Reuters, 2018.
DESCONTINUIDADES E
CONTINUIDADES BIL ATER AIS
BR A SIL- ES TADOS UNIDOS:
A GES TÃO DE JAIR
BOL SONARO (2019/2022)1
Introdução
Do “desalinhamento” à acomodação?
de Bolsonaro à Lula (2021/2022)
Considerações finais
Referências bibliográficas
AMORIM, Celso. Teerã, Ramalá e Doha- memórias da política externa ativa e altiva. Rio de
Janeiro: Benvirá, 2015
BBC BRASIL. “O que muda na relação Brasil-EUA com novos acordos assinados entre países”.
2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-54603503. Acesso em 10 nov.
2020.
BBC Brasil. “Governo Biden recebe dossiê de acadêmicos com alerta de ‘versão mais extrema
de ataque ao Capitólio’ no Brasil”. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/
internacional-61267152. Acesso em 19 maio 2022.
Bastos, P. Z. and Hiratuka, C. “The foreign economic policy of Dilma Rousseff´s government
and the limits of dependency”. Latin American Perspectives, 47, issue 2 (2020): 25-46. https://
doi.org/10.1177/0094582X19894590
Caballero, S. and Crescentino, D. “From the quest for autonomy to the dualbreak: structural and
agential changes in Brazil’s foreign policy during the 21st Century”. Rev. Bras. Polít. Int., 63(1):
e011, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7329202000111
Casarões, G. and Magalhães, D. “The hydroxychloroquine alliance: how far-right leaders and
alt-science preachers came together to promote a miracle drug”. BRAZILIAN JOURNAL OF
PUBLIC ADMINISTRATION, 55, n. 1 (2021): 197-214
Doval, G. P. “Bolsonaro in Brazil: to the right of the right” in Doval, G. P. and Souroujon, G.
Global resurgence of the right- conceptual and regional perspectives, 214-234. London and
New York: Routledge. 2021.
Folha de São Paulo. “Visita de chefe da CIA ao Brasil teve segurança regional como tema e
reforço da ofensiva anti-China”. Accessed: September 14, 2021. https://www1.folha.uol.com.
br/mundo/2021/07/visita-de-chefe-da-cia-ao-brasil-teve-seguranca-regional-como-tema-e-
reforco-de-ofensiva-anti-china.shtml.
G1. Mundo. “Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA vem ao Brasil para visita com
foco nas mudanças climáticas”. Acesso em 15 Setembro, 2021. https://g1.globo.com/mundo/
noticia/2021/08/04/conselheiro-de-seguranca-dos-eua-vem-ao-brasil-para-visita-com-foco-
nas-mudancas-climaticas.ghtml.
HIRST, Monica e MACIEL, Tadeu. “A política externa do Brasil nos tempos do governo
Bolsonaro”. Disponível em: https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.4771. Acesso em: 10 dez
2022.
HIRST, Monica and PEREIRA, Lia Valls B. “Making sense of United States-Brazil relations
under Bolsonaro”. Disponível em: https://doi.org/10.1111/lamp.12273. Acesso em 10 dez 2022.
Levitsky, Steven e Ziblatt, Daniel. Como as democracias morrem. Rio de Janeiro: Zahar Ed.
2018.
MEARSHEIMER, John J. “Bound to Fail- the rise and fall of the liberal international order”.
International Security, 43 (4), Spring 2019. p. 7-50
NETO, Paulino Franco de Carvalho. “Notas sobre as Relações entre o Brasil e os Estados Unidos”
in Cadernos de Política Exterior / Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais. – v. 1, n. 2
(out. 2015). - [Brasília] : FUNAG, 2015. p. 63-87
Pecequilo, Cristina Soreanu. Brazilian foreign policy: from the combined to the unbalanced
axis (2003/2021). Revista Brasileira de Política Internacional [online]. 2021a, v. 64, n.
1 [Accessed 13 December 2022], e011. Available from: <https://doi.org/10.1590/0034-
7329202100111>. PECEQUILO, CRISTINA SOREANU. As relações bilaterais Brasil-Estados
Unidos: Biden 100 dias. São Paulo: FES Briefing, 2021b
REUTERS. U.S. looks for closer ties to Brazil at a time of turmoil and war. Disponível
em: https://www.reuters.com/world/americas/us-looks-closer-ties-brazil-time-turmoil-
war-2022-04-26/. Acesso em 05 dezembro 2022.
THE WHITE HOUSE. National Security Strategy, 2017. Washington. Disponível em: https://
www.whitehouse.gov/wp-content/uploads/2017/12/NSS-Final-12-18-2017-0905.pdf
THE WHITE HOUSE. “National Strategy to Secure 5G of the United States of America”. 2020.
Disponível em: https://www.whitehouse.gov/wp-content/uploads/2020/03/National-Strategy-
5G-Final.pdf. Acesso em 05 ago. 2020.
THOMAZ, Lais Forti; VIGEVANI, Tullo; FERREIRA, Elisa Cascão. “A política subordinada de
Bolsonaro a Trump (2019/2020): Estudos de Caso- Embraer, Alcântara, RDT&E e Vistos”. Sul
Global, 2 (2), p. 199-231. 2021
Valor Econômico. “Governo Biden descarta acordo comercial com Bolsonaro”. Disponível em:
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/09/14/governo-biden-descarta-acordo-comercial-
com-brasil.ghtml. Acesso Setembro 20, 2021.
Ventura, D. de F. L., Bueno, F. T. C. “De Líder a Paria de la Salud Global: Brasil Como Laboratorio
Del “Neoliberalismo Epidemiológico” Ante La COVID-19. Foro Internacional (FI), LXI,
2021,núm. 2, cuad. 244, 427-467. DOI: https://doi.org/10.24201/fi.v61i2.2835
VIGEVANI, Tullo; OLIVEIRA, Marcelo F. de; CINTRA, Rodrigo. Política externa no período
FHC: a busca de autonomia pela integração. Tempo soc., São Paulo , v. 15, n. 2, p. 31-61, Nov.
2003
DERROTA DEFINITIVA OU
RE VÉS PA SSAGEIRO DO
BOL SONARISMO? POSSÍVEIS
CONSEQUÊNCIA S POLÍTIC A S E
ECONÔMIC A S DO RESULTADO
ELEITOR AL DE 20221
Introdução
5 Disponível em https://theintercept.com/2020/08/21/steve-bannon-preso-bolsonaro-ex-
trema-direita/. Acessado em 03/11/2022.
6 Um bom livro que discute os fundamentos filosóficos dessa nova direita, ligando-a com
uma articulação mundial, é Guerra pela Eternidade - o retorno do tradicionalismo e
ascensão da direita populista, de Benjamin R. Teitelbaum. Editora da Unicamp, 2020.
7 Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/business/crescimento-da-china-vai-desace-
lerar-drasticamente-em-2022-diz-banco-mundial/. Acessado em 03/11/2022.
8 “Datafolha no 2º turno: lula tem 49% das intenções de voto; Bolsonaro, 44%”, por Levy
Teles. O Estado de São Paulo. Disponível em: https://www.estadao.com.br/politica/data-
folha-no-segundo-turno-lula-tem-49-das-intencoes-de-voto-bolsonaro-44-3/. Acessado
em 03/11/2022.
9 “O discurso e a ação – Para de fato combater a desigualdade, promessa na posse, Lula terá
que enfrentar interesses poderosos e seculares”, por André Barrocal. Carta Maior. 11 de
janeiro de 2023, Ano XVIII, nº 1241, pp. 14-18.
12 “Solução final – O governo Bolsonaro deu guarida à ação deliberada de extermínio dos
Yanomâmi”, por Fabíola Mendonça. Carta Capital. 1 de fevereiro de 2023. Ano XXVIII, nº
1244, pp. 14-19.
13 “Economista de Lula: vamos revogar o teto de gastos e criar um novo arcabouço fiscal”,
por Luciana Dyniewicz e Adriana Fernandes. O Estado de São Paulo. Disponível em ht-
tps://www.estadao.com.br/economia/economista-lula-teto-de-gastos-guilherme-mello/.
Acessado em 30/01/2023.
14 “PEC da Gastança pode elevar dívida bruta a 95,3% do PIB em 2031”. Disponível em ht-
tps://crusoe.uol.com.br/diario/ifi-pec-da-gastanca-pode-elevar-divida-bruta-a-953-do-
-pib-em-2031/. Acessado em 18/11/2022.
15 “Após COPOM, mercado adia no Focus previsão de 1º corte da Selic para novembro”. Isto
É Dinheiro. Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/apos-copom-mercado-adia-
-no-focus-previsao-de-1o-corte-da-selic-para-novembro/ . Acessado em 06/02/2023.
16 “Estadão ouve ‘economistas’ sobre Campos Neto no Roda Viva: todos a favor”. Brasil 247.
Disponível em: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/estadao-ouve-economistas-
-sobre-campos-neto-no-roda-viva-todos-a-favor/. Acessado em 14/02/2023.
17 “O dia seguinte – O fracassado golpe bolsonarista resulta de um complô entre fanáticos,
endinheirados, militares e policiais. E fortalece momentaneamente Lula”. Por André
Barrocal. Carta Capital. 18 de janeiro de 2023, Ano XXVIII, nº 1242, pp. 12-17.
18 Lula foi eleito com 50,9% de eleitores, mais de 60 milhões e trezentos mil brasileiros.
Disponível em https://noticias.uol.com.br/eleicoes/2022/apuracao/2turno/. Acessado em
03/11/2022.
19 “Polícia Federal caça mais três terroristas dos atos de 8 de janeiro”, por Plínio Teodoro.
Revista Fórum. Disponível em: https://revistaforum.com.br/politica/2023/2/3/policia-
-federal-caa-mais-trs-terroristas-dos-atos-de-de-janeiro-130967.html. Acessado em
03/02/2023.
20 Os militares e a política”, por Cesário Melantonio Neto. Último Segundo. Disponível em:
https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/coluna-do-embaixador/2023-02-10/os-milita-
res-e-a-politica.html. Acessado em 10/02/2023.
21 “Sérgio Etchegoyen e os negócios militares”, por Luís Nassif. Jornal GGN. Disponível em
https://jornalggn.com.br/crise/sergio-etchegoyen-e-os-negocios-militares-por-luis-nas-
sif/. Acessado em 19/01/2023.
22 “Brasil é um laboratório da extrema-direita global”, por Laís Modelli. Opera Mundi.
Disponível em: https://operamundi.uol.com.br/analise/78549/brasil-e-um-laboratorio-
-da-extrema-direita-global. Acessado em 11/01/2023.
23 “Lula se reúne hoje com Fórum de Governadores”, por Karine Melo. Agência Brasil.
Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2023-01/lula-se-reune-
-hoje-com-forum-de-governadores. Acessado em 30/01/2023.
24 “As conferências nacionais do país são mostradas como exemplo”, por Luís Nassif. Jornal
GGN. Disponível em https://jornalggn.com.br/gestao-publica/o-mundo-discute-formas-
-de-aprofundamento-da-democracia-por-luis-nassif/. Acessado em 03/11/2022.
25 “Lula busca romper isolamento do país na COP27 ao se contrapor a política ambiental
de Bolsonaro”, por Bianca Gomes, Gustavo Schmitt e Sérgio Roxo. O Globo. Disponível
em https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2022/11/lula-busca-romper-isolamento-
-do-pais-na-cop27-ao-contrapor-politica-ambiental-de-bolsonaro.ghtml. Acessado em
30/01/2023.
Fabio Venturini1
4 Ver: MARREIRO, Flavia: Ataque ajudará Bolsonaro a chegar perto de seu teto eleitoral,
em torno de 26%. El País Brasil, 8 de setembro de 2018. Disponível em: <https://brasil.
elpais.com/brasil/2018/09/04/politica/1536094658_372158.html>. Acesso em 21/02/2023.
Cenário interno
5 Ver: DATAFOLHA. Aprovação a governo Dilma Rousseff cai 27 pontos em três semanas.
Disponível em: <http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2013/06/1303659-apro-
vacao-a-governo-dilma-rousseff-cai-27-pontos-em-tres-semanas.shtml>. Acesso em
21/02/2023.
Governo e tensionamento
Quadro atual
Considerações finais
Referências bibliográficas
BROWN, Wendy. Nas Ruínas do Neoliberalismo. a Ascensão da Política Antidemocrática no
Ocidente. São Paulo: Politeia, 2019.
DREIFUSS, René Armand. O Jogo da Direita na Nova República. Rio de Janeiro: Vozes, 1989.
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos. O Breve Século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.
MONIZ BANDEIRA, Luís Alberto. A Segunda Guerra Fria. Geopolítica e dimensão estratégica
dos Estados Unidos: das rebeliões na Eurásia à África do Norte e ao Oriente Médio. Rio de
Janeiro: José Olympio, 2015.
MOURA, Maurício; CORBELLINI, Juliano. A eleição disruptiva. Por que Bolsonaro Venceu.
Rio de Janeiro: Record, 2019.
Singer, A. Os sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador São Paulo: Companhia
das Letras, 2012.
SOUZA, Herbert José de. Como se faz análise de conjuntura. Petrópolis: Vozes, 1987.
STREEK, Wolfgang. Tempo comprado. A crise adiada do capitalismo democrático. São Paulo:
Boitempo, 2018.
Introdução
1 Este artigo baseia-se, fundamentalmente, no texto publicado nos Anais do XXII Fórum de
Conjuntura. Fizemos apenas uma revisão e esclarecemos alguns pontos que tinham sido
tratados de forma muito sintética anteriormente. Apesar de muitos dados mais recentes
terem sido publicados, atualizamos apenas alguns que consideramos indispensáveis. De
todo modo, a análise de conjuntura feita no início de setembro de 2022 continua, no geral,
sustentável.
2 Professor de Economia Política e Economia Brasileira da Faculdade de Filosofia e Ciências
(FFC) da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
3 O PIB do Brasil, no segundo trimestre de 2022 cresceu 1,2% em relação trimestre anterior.
Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, este crescimento foi de 3,2%. No terceiro
trimestres, o PIB cresceu 0,4% em relação ao trimestre anterior e 3,6% na comparação
interanual. Estima-se, na comparação trimestral, uma retração de 0,2% para o último tri-
mestre. A tendência é de desaceleração (IBGE, 2022).
5 A bibliografia sobre esses processos é imensa, ver entre outros: Brenner (2003), Harvey
(1996), Belluzzo (2009) e Rorberts (2016).
6 Em 2021, o centro da meta estava estabelecido em 3,75% e o IPCA foi de 10,6%. Em 2022, a
meta era de 3,5% e o IPCA acumulado em 12 meses foi de 5,8% (IBGE, 2022). Mesmo com
o declínio da inflação o Banco Central persiste em manter a inflação em patamares eleva-
díssimos, com o argumento de esvaziar as expectativas inflacionárias ante as incertezas
fiscais do novo governo Lula. A política monetária apertada bloqueará um crescimento
mais vigoroso da economia.
7 No terceiro trimestre o PIB cresceu 0,4% em relação ao anterior, o que significou uma
desaceleração, causada tanto pelos primeiros efeitos da elevação da taxa de juros quanto
pelo fato da base de comparação ser mais alta, diferentemente da situação verificada entre
2021 e 2020. Na comparação interanual, o crescimento foi de 3,6%. Pelo lado da oferta em.
comparação com o trimestre anterior, a agropecuária recuou 0,9%, a indústria cresceu
0,8, puxada pela construção civil e o serviços cresceram 1,3%. Todos os setores perderam
ritmo. Do lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 1% e o do governo 1,3%, o
investimento subiu 2,8 e as exportações e importações subiram respectivamente 3,6% e
5,8%. Aqui também observa-se uma desaceleração em todos os itens. A FBCF representou
19,4% do PIB. Cabe mencionar que o PIB do terceiro trimestre de 2022, depois de 8 anos,
superou o do primeiro do de 2014, o que indica a extensão da quase estagnação da econo-
mia brasileira ( IBGE, 2022).
Considerações finais
8 Em 2022, o superávit primário foi de 1,28% do PIB. Porém, o déficit nominal alcançou
4,68% do PIB. Isto significa que foram despendidos recursos da ordem 5,96% do PIB para
o pagamento dos juros da dívida publica. Valor muito maior ao destinado a qualquer pro-
grama social. A dívida bruta situou-se em 73,5% do PIB, que não é um patamar elevado
que indique um descontrole, como sugerem os chamados analistas de mercado e a grande
imprensa (BCB, 2022).
Referências bibliográficas
BARBOSA, Nelson. Qual foi o impulso fiscal de 2020? Folha de São Paulo, p. A22, 28/05/2021.
BELUZZO, Luiz G.M. Os antecedentes da tormenta. Origens da crise global. São Paulo: UNESP,
2009.
CARVALHO, Laura. Valsa Brasileira. Do boom ao caos econômico. São Paulo: Todavia, 2018.
CORSI, Francisco L. Economia do capitalismo global: um balanço crítico do período recente. In:
ALVES, G. ; GONZALES, J. L.; BATISTA, R. L. (Orgs.). Trabalho e educação: contradições do
capitalismo global. Maringá: Massoni, 2006.
SICSÚ, João. Dez anos que abalaram o Brasil. Rio de Janeiro: Geração, 2013.
Introdução
6 Conforme registrado pelas contas nacionais, sobretudo no Produto Interno Bruto, o PIB.
7 Não obstante o fato de que Keynes seria conhecido como “pai” da Macroeconomia por
conta da publicação de sua magnum opus (KEYNES, 1936), Kalecki teria (talvez) sido o
pioneiro na identificação do basilar princípio da demanda efetiva. Uma coletânea de tex-
tos do autor polonês publicada ainda ao final da década de 1930 (KALECKI, 1939) apre-
senta artigos nos quais o papel central dos gastos (especialmente do investimento privado
e dos gastos públicos), de modo análogo a Keynes, já era demonstrado – entre 1933 e 1935.
8 Por suposto, também os entes subnacionais importam quanto à consolidação dos gastos
totais do setor público; no entanto, é o governo central que tem à sua disposição ferramen-
tas que permitem (ou poderiam permitir) maior margem de manobra à ação estatal, como
no caso das políticas monetária, fiscal e cambial.
9 Parece particularmente grave o fato de ter-se tido, durante o fatídico ano de 2020, uma
execução orçamentária do Ministério da Saúde abaixo daquela autorizada pelo Congresso
Nacional por conta da circunstância emergencial de saúde pública (IPEA, 2021, p. 149).
10 A média geométrica das taxas de crescimentos trimestrais do PIB (taxas usadas nas
Tabelas 1 e 2) é bem próxima de zero entre 2015 e 2018.
11 Item que pode ser equiparado, para os fins desta exposição, ao investimento. A rigor, o
investimento (como componente do PIB) é composto pela formação bruta de capital fixo
(aquisição de material para ampliação ou reposição da capacidade produtiva instalada) e
pela variação de estoques.
179
Fonte: IBGE – SIDRA – Contas Nacionais Trimestrais.
Dois outros aspectos relativos à redução da ação do Estado no
campo econômico também se mostraram importantes para o fraco
desempenho macroeconômico: a ausência de controles do Banco
Central sobre a taxa de câmbio e o descaso com os estoques públi-
cos reguladores de preços de alimentos. A Companhia Nacional de
Abastecimento (CONAB) viu despencarem seus volumes estocados
de arroz, feijão, milho, trigo, soja e café; tal fenômeno começa já em
2015, mas é levado ao paroxismo a partir de 2017 (CONAB, 2023),
quando já se passa a cogitar a venda de muitos dos armazéns ante-
riormente usados para estocar produtos – estrategicamente com-
prados em períodos de safra e vendidos na entressafra, impedindo
maior volatilidade de preços e protegendo, sobretudo, consumidores
e pequenos produtores.
O regime de câmbio flexível, adotado ainda em 1999, permite
que qualquer instabilidade (interna ou externa, fundamentada em
situações concretas ou não) seja ocasião para fuga de capital finan-
ceiro, com predomínio da lógica especulativa de curto prazo – já
que não se dispõe, por escolha local, de dispositivos de controle
de capitais; não por outro motivo, apesar das expressivas reservas
cambiais acumuladas desde os primeiros anos do presente século,
o real passou por grande desvalorização cambial já em 2020 (cerca
de 29%, apenas nesse ano). Considerando a elevada dependência
nacional em relação a fertilizantes e insumos agrícolas, bem como
os efeitos de preços relativos provocados pela violenta mudança na
taxa de câmbio (que leva muitos produtores da agropecuária a prio-
rizar o fornecimento ao exterior, em detrimento do abastecimento
local), o resultado concreto foi uma alta nos preços dos gêneros ali-
mentícios como não se via há mais de duas décadas. Considerando
que esses itens têm mais peso na cesta de consumo da população
de mais baixa renda (Tabela 3), sua perda de renda real foi expres-
siva – mesmo admitindo uma eventual (e improvável) hipótese da
preservação de seus vínculos empregatícios em tal conjuntura (ver
item seguinte).
12 De acordo com o IPEA, as faixas de renda domiciliar usadas para compor a tabela são as
seguintes (em valores referentes a janeiro de 2023): (1) renda muito baixa: menor que R$
2.015,18; (2) renda baixa: entre R$ 2,015,18 e R$ 3.022,76; (3) renda média-baixa: entre R$
3.022,76 e R$ 5.037,94; (4) renda média: entre R$ 5.037,94 e R$ 10.075,88; (5) renda média-
-alta: entre R$ 10.075,88 e R$ 20.151,75; (6) renda alta: maior que R$ 20.151,76.
2021 2022
2017 2018 2019 2020
(4o trim) (2o trim)
Argentina 26,42 44,43 65,22 39,66 38,00 49,33
Bolívia 2,39 2,42 2,58 2,50 6,00 6,00
Brasil 9,83 6,56 5,96 2,81 8,25 12,58
Chile 2,69 2,56 2,46 0,75 3,17 8,08
México 6,75 7,69 8,00 5,31 5,08 7,08
Paraguai 5,40 5,25 4,50 1,67 4,00 7,25
Uruguai ... ... ... 4,50 5,58 8,88
2021 2022
2017 2018 2019 2020
(4o trim) (2o trim)
Argentina 26,8 47,7 66,9 36,8 38,9 ...
Bolívia 6,0 6,4 6,4 6,3 6,5 5,6
Brasil 49,9 45,2 42,7 33,8 36,4 ...
Chile 11,5 10,6 8,5 8,0 12,6 16,3
México 27,0 28,3 30,3 30,2 29,2 29,6
Paraguai 14,3 12,9 12,7 10,7 9,9 ...
Uruguai 15,4 14,2 13,3 12,7 8,8 10,5
15 O estudo preparado pela CEPAL (2022) não se refere a médias nacionais para todos os
canais de crédito ao setor privado: antes, escolhe-se um canal de concessão de crédito
que se assume como mais representativo da realidade de cada país; no caso brasileiro, por
exemplo, optou-se por apresentar as taxas de juros sobre o crédito individual para pessoas
físicas, apenas.
16 Não por acaso, observou-se importante acréscimo no volume de famílias atingidas pela
insegurança alimentar, no período.
17 Tavares e Belluzzo (2002) chamam atenção para o fato de que a taxa básica de juros, em um
contexto de liberalização da conta financeira (ou seja, na ausência de instrumentos que
possam regular os fluxos de capitais financeiros de curto prazo), é usada como forma de
atrair aplicações financeiras forâneas (ou, em contexto de crises cambiais, como forma de
se tentar desestimular fugas de capitais); o controle indireto da inflação ocorreria via uso
dos bens importados (tornados mais baratos quando há valorização cambial) e por meio
do bloqueio da relação entre desvalorização cambial e aumento dos preços locais (pelos
motivos acima indicados, com respeito à nossa atualidade). Além de deprimir a demanda
agregada, os investimentos privados e fomentar, portanto, o desemprego (o que ajuda a
conter a inflação, mas com enorme custo social), esse tipo de prática tende a aumentar a
dívida pública tanto nas conjunturas de saída líquida de recursos externos (porque aí se
aumenta a taxa básica de juros, usada como referência para remuneração de muitos dos
títulos de dívida pública), quanto nas conjunturas de entrada líquida de recursos, como
resultado da política de “esterilização de divisas” (quando o Banco Central vende títulos
ao setor privado para “enxugar liquidez” em moeda local, resultante da entrada de moeda
estrangeira que é trocada por moeda local). Assim sendo, nas conjunturas de escassez de
divisas, a dívida pública sobe puxada pela alta na taxa básica de juros; nas conjunturas de
abundância de divisas, aumenta o estoque de dívida pública em poder do setor privado.
18 A comparação entre um estoque (a dívida pública) e um fluxo (o PIB) é problemática em
diferentes sentidos. Em primeiro lugar, a medida consolidada do estoque de dívida esconde
importantes aspectos relativos à composição da dívida (em termos de prazos de vencimento
dos títulos, da moeda na qual ela é exigível, de eventuais cláusulas de recompra de títulos, e
da natureza da remuneração dos mesmos: pré ou pós-fixada); assim sendo, um mesmo va-
lor de estoque de dívida pode ocultar uma infinidade de combinações de composição, mais
ou menos interessantes ao governo devedor. Em segundo lugar, é importante estabelecer a
distinção entre dívida bruta (soma de todas as exigibilidades ao setor público em poder do
setor privado) e dívida líquida (valor ao qual se chega depois de abater da dívida bruta os
direitos a receber que detém o setor público). Finalmente, a comparação com o PIB (cujo
valor tende a flutuar muito mais que o estoque de dívida) pode levar a conclusões equivoca-
das; cenários recessivos levam a reduzir o valor do PIB, fazendo com que aumente a relação
“dívida / PIB” sem que o governo devedor tenha aumentado seus gastos. Adicionalmente,
cenários recessivos também levam à queda das receitas públicas e a uma piora no saldo fis-
cal – mesmo que o governo não amplie seus gastos. Portanto, tal medida do “desempenho
fiscal” mostra-se pouco lógica (e, talvez, muito ideológica), na prática.
19 O argumento do “risco fiscal” é pouco crível quando a maior parte da dívida pública está
denominada em moeda emitida localmente, tal como no caso brasileiro (já que os títulos
de dívida são exigíveis numa moeda que, em princípio, não é escassa para quem tem o
poder de emiti-la). A confusão entre as distintas lógicas das finanças pública e privada
(CARVALHO; ROSSI, 2020) parece, de fato, atender a interesses materiais muito bem es-
tabelecidos e conhecidos; ainda que os argumentos apresentados para defender tal política
de juros elevados sejam alegadamente “técnicos”, eles estariam mais decisivamente ligados
a interesses pouco explicitados, tanto econômicos quanto políticos (KALECKI, 1943).
20 O saldo fiscal primário é aquela medida orçamentária que exclui de seu cálculo os pa-
gamentos de juros e amortizações da dívida pública; o saldo fiscal nominal corresponde
àquele que inclui todas as receitas e despesas do setor público.
2012 20,82
2013 19,23
2014 20,78
2015 21,90
2016 33,34
2017 38,48
2018 39,46
2019 41,66
2020 47,98
2021 45,28
2022 48,17
21 Evidentemente, têm-se aqui presentes os argumentos acima apresentados (em outra nota)
com respeito ao problemático uso desta forma de medir o endividamento público (como
percentual do PIB); optou-se, no entanto, por preservar essa maneira de apresentar os
valores de modo a explicitar que, mesmo em seus próprios termos (tal como geralmente
usados em favor das recentes políticas fiscal e monetária), a defesa da gestão econômica
praticada no período estudado seria, portanto, pouco defensável.
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
América
Latina e 23,3 22,7 21,9 20,7 19,2 18,6 18,6 18,3 17,4 19,0
Caribe
Argentina 15,4 15,4 14,7 14,9 14,3 15,8 15,3 13,1 12,6 15,3
Bolívia 17,5 18,3 19,1 19,1 19,0 20,4 20,2 19,0 15,5 16,3
Brasil 19,1 19,7 18,7 16,7 15,2 14,6 15,1 15,5 16,1 18,0
Chile 27,1 26,6 25,1 24,6 23,6 22,5 23,0 23,9 23,1 24,3
México 24,3 23,1 23,1 23,5 23,1 22,3 22,0 21,0 18,8 19,7
Paraguai 20,2 20,1 20,5 19,5 19,1 19,3 19,9 18,8 20,0 22,7
Uruguai 19,5 19,3 19,2 17,3 16,8 16,6 15,0 15,1 16,3 18,0
2022
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
(1º trim)
Bolívia 101,8 107,7 109,5 111,5 115,0 114,6 114,2 116,3 …
Brasil 108,4 108,9 107,6 110,2 110,0 110,5 115,5 108,4 103,1
Chile 111,9 113,9 115,4 119,0 121,3 123,8 124,5 125,8 125,4
Colômbia 104,5 105,7 103,4 106,6 107,7 108,6 103,3 109,8 111,5
México 101,7 103,2 104,1 102,9 103,7 106,7 110,8 112,4 116,5
Peru 117,9 117,5 122,2 121,8 125,8 125,0 118,6 123,6 129,9
Uruguai 115,4 117,3 119,1 122,6 122,8 124,4 122,2 120,4 120,3
28 Evidentemente, a inflação local tem importante papel neste resultado, já que aqui é feita
referência aos rendimentos reais do trabalho, vale dizer, descontados dos efeitos do au-
mento do nível de preços.
29 Mesmo considerando que toda uma gama de situações precárias de absorção de mão de
obra foi tornada legal e, portanto, potencialmente coerente com o aumento da formalidade
jurídica dos vínculos empregatícios.
Conclusão
Referências bibliográficas
BIAVASCHI, M. B.; VAZQUEZ, B. V. A contínua reforma trabalhista e seus efeitos sobre o
trabalho no Brasil. In: PRONI, M. W.; LEONE, E. T. (orgs.). Facetas do Trabalho no Brasil
Contemporâneo. Curitiba: CRV / Campinas, SP: Unicamp. IE, 2021, p. 153-170.
CARVALHO, L.; ROSSI, P. Mitos fiscais, dívida pública e tamanho do Estado. In: DWECK,
E.; ROSSI, P.; OLIVEIRA, A. L. M. (orgs.). Economia pós-pandemia. São Paulo: Autonomia
Literária, 2020, p. 39-49.
CEPAL. Estudio Económico de América Latina y el Caribe, 2022. Santiago: Naciones Unidas,
2022. Disponível em: https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/48077/4/S2201058_
es.pdf . Acesso em: 24/02/2023.
IPEA. Carta de Conjuntura. Várias números / Séries Estatísticas Conjunturais. Disponível em:
https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/ . Acesso em: 20/02/2023.
_______. Políticas sociais: acompanhamento e análise, Vol. 28. Brasília: IPEA, 2021.
Disponível em: https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/10796/1/Politicas_Sociais_n28.
pdf Acesso em: 23/02/2023.
KALECKI, M. Essays in the Theory of Economics Fluctuations. London: Allen and Unwin,
1939.
_______. Political Aspects of Full Employment. Political Quarterly. Vol. 14, No. 4, pp. 322-331,
1943.
KEYNES, J. M. The General Theory of Employment, Interest and Money. London: Macmillan
and Co., Limited, 1936.
_______. The Collected Writings of John Maynard Keynes, Vol. XXIX. London: MacMillan,
1979.
MANNHEIM, K. Ideologie und Utopie. Bonn: F. Cohen, 1929. Tradução britânica: Ideology
and Utopia: an introduction to the Sociology of Knowledge. London: Routledge & Kegan Paul
Ltd., 1954.
2 “Across the world, ecosystems are for sale. The commodification1of nature, and its appro-
priation by a wide group of players, for a range of uses – current, future andspeculative – in
the name of ‘sustainability’, ‘conservation’ or ‘green’ values is accelerating”
3 “However, in the beginning of the twentieth century, nobody, (...), imagined the Great
Acceleration of the second phase of the Anthropocene—the post-World War II worldwide
industrialization, techno-scientific development, nuclear arms race, population explosion
and rapid economic growth”
4 the increase in reactive nitrogen in the environment, arising from human fixation of at-
mospheric nitrogen for fertilizer, has been dramatic; and the world is likely entering its
sixth great extinction event and the first caused by a biological species
Referências bibliográficas
CARR, E.H. O que é história? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976
BERRY, Thomas. Art in the Ecozoic Era. Art Journal, Vol. 51, n. 2, 1992, 46-48.
BERRY, Thomas, The ecozoic era. In: ADELSON, Glen; ENGELL, James; RANALLI, Brent &
VAN ANGLEN, K. P. (orgs.). Environment: na interdisciplinay anthology. New Haven: Yale
University Press, 2008.
CARDOSO, Ciro Flamarion. Paradigmas Rivais. In: CARDOSO, Ciro Flamarion, ARIÈS,
Philippe. O TEMPO DA HISTÓRIA. São Paulo: Editora Unesp, 2013
DANOWSKI, Débora; CASTRO, Eduardo Viveiros. Há Mundo por vir? Ensaio sobre os medos
e os fins. 2ª. Ed. Desterro: Instituto SócioAmbiental, 2017.
FAIRHEAD, James; LEACH, Melissa and SCOONES, Ian. Green Grabbing: a new appropriation
of nature? The Journal of Peasant StudiesVol. 39, No. 2, April 2012, 237–261
HARAWAY, Donna ISHIKAWA, Noboru; GILBERT, Scott; OLWING, Kenneth; TSING, Anna
L.; BUBANDT, Nils. Anthropologists are talking – About the Anthropocene. Etnos, Aarhus,
vol 81, n.3, 2026, p. 535-564. Disponível em https://doi.org/10.1080/00141844.2015.1105838
Acessado em: 20/09/2020.
HELLER, Agnes. From red to green. Telos. New York, n o 59, p. 35 - 44, 1984.
KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo: estudos sobre história. Rio de Janeiro: Contraponto/
Editora da Pontifícia Universidade Católica, 2014
LANDURIE, Emmanuel Le Roy. Analles: Economie, Societé, Civilisation. Paris, n. 29, 1974.
MCNEILL, John R.; ENGELKE, Peter. The great acceleration: na environmental history of
the anthropocene since 1945. Cambridge: The Belknap Press of Harvard University Press,
2013MARON, Dina Fine. Coronavírus está acabando com a indústria de pele de vison na
Holanda. National Geography, 30 de jun. 2020, atualizado em 5 de nov. 2020. Disponível em:
https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2020/06/coronavirus-esta-acabando-com-
a-industria-de-pele-de-vison-na-holanda acessado em 20/01/2023.
QUENET, Grégory. The Anthropocene ande the time of Historians. In: Annales. Histoire,
Sciences Sociales. V. 72, n. 2. 2017, p. 267-299.
REIS, José Carlos. História a ciência dos homens no tempo. Londrina: Eduel, 2018.
RICOEUR, Paul. Tempo e Narrativa. Tomo I. Trad. Constança Marcondes César. Campinas,
SP: Papirus, 1994
SEITZINGER , Sybil et all. The Anthropocene: From Global Change to Planetary Stewardship.
Ambio, V.41, 2011. DOI 10.1007/s13280-012-0353-7.
STEFFEN, Will; GRINEVALD, Jacques; CRUTZEN, Paul and MCNEILL, John. The
Anthropocene: conceptual and historical perspectives. Philosophical Transactions of Royal
Society A, Vol. 369, n. 1938, p.369-867, march 2011. doi:10.1098/rsta.2010.0327
STEFFEN, Will Steffen, Wendy Broadgate, Lisa Deutsch, Owen Gaffney and Cornelia Ludwig. The
Trajectory of the Anthropocene: The Great Acceleration. The Anthropocene Review, vol. 2, n.1:
pp. 81-98, 2015. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/2053019614564785
Acessado em 05/10/2020
Stengers, Isabelle. No Tempo das Catástrofes. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
TSING, Anna. Unruly Edges: Mushrooms as Companion Species: For Donna Haraway.
Environmental humanities, v. 1, p. 141-154, 201.
ZARUR, Camila. É como se fôssemos extintos novamente. Piauí, Folha de S. Paulo, 03 set
2018. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/e-como-se-fossemos-extintos-novamente/
Acessado em: 03/04/2023.
OS NOVOS GOVERNOS
PROGRESSIS TA S E
AÇÕES AFIRMATIVA S NA
AMÉRIC A L ATINA
Introdução
Chile
Considerações finais
Referências bibliográficas
ABRASCO. Com grande mobilização dos movimentos feministas, Argentina aprova a
legalização do aborto. 30 de dezembro de 2020. Disponível em: https://www.abrasco.org.
br/site/noticias/com-grande-mobilizacao-dos-movimentos-feministas-argentina-aprova-a-
legalizacao-do-aborto-no-pais/55264/. Acessado em 26 de janeiro de 2023.
BBC. O novo avanço da esquerda na América Latina (e as diferenças com o passado). 14 julho
2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62170808. Acessado em
15 de janeiro de 2023.
BRESSAN, Regiane Nitsch. Cono Sur, gobernanza ambiental y ODS: Mercosur y el medio
ambiente. Policy Paper. Red Latinoamericana de Seguridad Ambiental, Dezembro de
2022, n. 08, 01-25 p. Disponível em: https://www.kas.de/documents/273477/22595279/
Policy+Paper+8_+Cono+Sur_Gobernanza+Ambiental+y+los+ODS.pdf/30ece907-5716-d4a1-
878f-1fe058a46bf0?version=1.1&t=1676390511985. Acessado em 27 de dezembro de 2022.
BRESSAN, Regiane Nitsch. Professora analisa crise no Chile. 29 de novembro de 2019. RECORD
NEWS TV - JORNAL R7, com Heródoto Barbeiro. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=74qGROCIgAU. Acessado em 18 de dezembro de 2022.
CNN, Brasil. Veja cinco pontos para entender o plebiscito da nova Constituição do Chile. 25 de
agosto de 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/veja-cinco-pontos-
para-entender-o-plebiscito-da-nova-constituicao-do-chile/ Acessado em 04 de março de 2023.
COSTA, Anna Gabriela. Gustavo Petro é eleito presidente na Colômbia. CNN, 19 de junho de
20122. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/gustavo-petro-e-eleito-
presidente-na-colombia/. Acessado em 21 de janeiro de 2023.
ELM. Gabriel Boric anuncia compromiso con el medio ambiente y la crisis climática: “Es
urgente ocuparnos de quienes viven en zonas de sacrificio”. 01º de junho de 2022. Disponível
em: https://www.elmostrador.cl/dia/2022/06/01/gabriel-boric-anuncia-compromiso-con-el-
medio-ambiente-y-la-crisis-climatica-es-urgente-ocuparnos-de-quienes-viven-en-zonas-de-
sacrificio/. Acessado em 18 de janeiro de 2023.
EL PAÍS. Sánchez se reivindica con Boric como un continuador de la lucha de Allende por la
justicia social. ASAMBLEA GENERAL ONU, 21 de setembro de 2022. Disponível em: https://
elpais.com/internacional/2022-09-21/sanchez-se-reivindica-con-boric-como-un-continuador-
de-la-lucha-de-allende-por-la-justicia-social.html. Acesso em 04 de fevereiro de 2023.
G1. Veja íntegra do discurso de Lula na COP 27. G1, Meio Ambiente. 16 de novembro de 2022.
Disponível em: https://g1.globo.com/meio-ambiente/cop-27/noticia/2022/11/16/veja-integra-do-
discurso-de-lula-na-cop-27.ghtml. Acesso em 08 de fevereiro de 2023.
HYLTON, Forrest. A revolução colombiana. Coleção Revoluções do Século XX. São Paulo, Ed.
UNESP, 2010, 194 p.
MELLO, Michele. Colômbia cria Ministério da Igualdade e Equidade que será chefiado por
Francia Márquez. Brasil de Fato, São Paulo, 13 de Dezembro de 2022. Disponível em: https://
www.brasildefato.com.br/2022/12/13/colombia-cria-ministerio-da-igualdade-e-equidade-que-
sera-chefiado-por-francia-marquez. Acessado em 18 de dezembro de 2022.
MOLINA; Federico Rivas. MONTES; Rocío. Chile abraza la nueva izquierda latinoamericana.
El País Internacional. Santiago de Chile, 11 de março de 2022. Disponível:https://elpais.com/
internacional/2022-03-11/chile-abraza-la-nueva-izquierda-latinoamericana.html. Acessado em
12 de fevereiro de 2023.
O GLOBO. Direitos LGBT+: Argentina terá cota para pessoas trans no setor público nacional.
Jornal O Globo. 04 de setembro de 2020. Disponível em: https://oglobo.globo.com/celina/
direitos-lgbt-argentina-tera-cota-para-pessoas-trans-no-setor-publico-nacional-24623798.
Acessado em 28 de fevereiro de 2023.
PRENSA PREDISENCIA. Presidente de la República, Gabriel Boric Font, se reúne con el nuevo
ministro de Justicia y Derechos Humanos, Luis Cordero. Gobierno de Chile. 11 de janeiro de
2023. Disponível em: https://prensa.presidencia.cl/comunicado.aspx?id=208070. Acessado em 16
de janeiro de 2023.
RIVERS, Matt. La democracia tuvo un año difícil en América Latina. Pero no todo es pesimismo
y tristeza. CNN Español. 01º de janeiro de 2022. Disponível em: https://cnnespanol.cnn.
com/2022/01/01/analisis-democracia-ano-dificil-america-latina-dictaduras-izquierda-2022-
trax/. Acessado em 25 de fevereiro de 2023.
CAPÍTULO 11
2 Bacharel em História e Direito pela Universidade de São Paulo (USP); Mestre e Doutora
em História Econômica pela FFLCH-USP; possui Pós-Doutorado em Ciências Sociais
pela FFC-UNESP (campus de Marília); Professora Adjunta do Departamento de Relações
Internacionais da EPPEN-UNIFESP (campus de Osasco); Professora Colaboradora do
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da FFC-UNESP (campus de Marília);
Pesquisadora Convidada da Cátedra J. Castro/USP (Cátedra Josué de Castro de Sistemas
Alimentares Saudáveis e Sustentáveis) - endereço eletrônico: mgmendonca@unifesp.br).
5 O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado pela Lei 10.696, de 2003. Os
objetivos básicos são promover acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar,
por meio de compra de alimentos produzidos pela agricultura familiar, com dispensa de
licitação. Destina-se a atender às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutri-
cional e àquelas amparadas pela rede de assistêrncia social, pelos equipamentos públicos
de segurança alimentar e nutricional e pelas redes pública e filantrópica de ensino. Além
disso, o PAA tem também o objetivo de contribuir para a constituição de estoques públi-
cos de alimentos (BRASIL, 30/12/2021). O PAA foi extinto pelo governo Bolsonaro, por
meio da Lei 14.284, de 29 de dezembro de 2021, que criou o Programa Alimenta Brasil
(GOVERNO FEDERAL, 18/1/2022).
6 O programa da merenda escolar, como é conhecido o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE), oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricio-
nal aos alunos de todas as etapas da educação básica pública. Por meio dele, o governo
federal repassa a estados, municípios e escolas federais valores para a cobertura de 200
por meio da transição gradual das revoluções coloridas para a guerra não convencional,
a fim de desestabilizar, controlar ou influenciar projetos de infraestrutura multipolares
por meio do enfraquecimento do regime, troca do regime ou reorganização do regime”
(KORYBKO Apud TUTAMÉIA, 19/10/2018, p. 3). E referindo-se ao caso brasileiro, acres-
centa: “há uma guerra híbrida muito intensa sendo travada no Brasil neste momento e afeta
todos os aspectos da vida de cada cidadão [...]. Ao longo dos últimos dois anos, agentes exter-
nos vêm tentando muito sutilmente condicionar a população para voltá-la contra o Partido
dos Trabalhadores, usando instrumentos como a Operação Lava Jato, apoiada pela NSA,
que tomou vida própria” (KORYBKO Apud TUTAMÉIA, 19/10/2018, p. 7). NSA é a sigla
em inglês para National Security Agency, uma das principais agências norte-americanas
de segurança.
Não bastasse isso, poucos dias antes Paulo Guedes dera uma
declaração estarrecedora. Segundo ele,
19 A Terra Indígena Yanomami, demarcada em 1992, abrange 96.650 k² de área dos estados
de Amazonas e Roraima. A população é calculada em 26 mil indígenas, divididos em 228
comunidades (NETO, 2/2/2023).
Referências bibliográficas:
A conta chegou... para os pobres. O governo Temer abandona a política de valorização do salário
mínimo. Instituto Humanitas Unisinos, 12/1/2017 (disponível em: <https://www.ihu.unisinos.
br/78-noticias/563890-a-conta-chegou-para-os-pobres-o-governo-temer-abandona-a-politica-
de-valorizacão-do-salario-minimo>, acesso em 22/1/2023).
AGÊNCIA BRASIL. IBGE: inflação oficial fecha 2021 com alta de 10,06%, 11/1/2022
(disponível em: <agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticias/2022-01/IBGE-infacao-medida-
pelo-ipca-fecha-2021-com-alta-de1006#:~:text=Publicado%20em2011%2F01%2F20...>, acesso
em: 8/4/2022).
AGÊNCIA BRASIL. INPC sobe 0,73% em dezembro e fecha o ano em 10,16%, diz IBGE,
11/1/2022 (disponível em: <agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-01/infacao-sobe-
073-em-dezembro-e-fecha-o-ano-em-1016-diz-ibge>, acesso em: 8/4/2022).
ALVARENGA, Darlan. IPCA: inflação acelera para 1,62% em março, maior para o mês em 28
anos. G1 Economia, 8/4/2022 (disponível em: <g1.globo.com/economia/notica/2022/04/08/
ipca-inflacao-acelera-para-162percent-em-marco.ghtml>, acesso em: 8/4/2022).
ALVES, José Eustáquio Diniz. Índice de preço de alimentos bate recorde histórico em fevereiro
de 2022. EcoDebate, 8/4/2022 (disponível em:<ecodebate.com.br/2022/03/07/índice-de-preco-
dos-alimentos-bate-recorde-historico-em-fevereiro-de-2022/>, acesso em: 8/4/2022).
BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita; COMPARATO, Fábio Konder. Quem tem fome não
pode esperar. Piauí, 10/12/2021 (disponível em: <piaui.folha.uol.com.br/quem-tem-fome-nao-
pode-esperar/>, acesso em: 10/4/2022).
BENITES, Afonso. Não é doença, é fome. El País, 24/5/2021 (disponível em: <brasil.elpais.com/
brasil/2021-05-24/não-e-doenca-e-fome.html>, acesso em: 24/5/2021).
BERCOVICI, Gilberto. O golpe do impeachment In: PRONER, Carol et al. (Org.). A resistência
ao golpe de 2016. Bauru: Canal 6, 2016
BERCOVICI, Gilberto. Política do petróleo: a política recente do petróleo no Brasil In: ALVES,
Giovanni et al. (Org.). Enciclopédia do golpe. Bauru: Canal 6, 2017, v. 1.
Brasil é alvo de guerra híbrida, diz analista. Tutaméia, 19/102018, p. 3 (disponível em: <http://
tutameia.jor.br/brasil-e-alvo-de-guerra- hibrida/?fbclid=IwAR0uGoARFcCksWq1seU_
SQfeJJB9aljLILtGKqnvEVh9ZanjeFEnfZqlCw>, acesso em: 21/10/2018).
BRASIL. Câmara dos Deputados. Extinto pelo governo, Consea é essencial para combate à
fome, diz Nações Unidas, 25/4/2019 (disponível em: <camara.leg.br/noticias/556204-extinto-
pelo-governo-consea-e-essencial-para-combate-a-fome-diz-nacoes-unidas/, acesso em:
30/12/2021).
BRASIL. Secretaria Especial do Desenvolvimento Social. Brasil sai do mapa da fome das Nações
Unidas, segundo FAO (16/9/2014) (disponível em: <mds.gov.br/área-de-imprensa/noticias/2014/
setembro/brasil-sai-do-mapa-da-fome-das-nacoes-unidas-segundo-fao>, acesso em: 24/5/2021).
CARRANÇA, Thais. Minha aluna desmaiou de fome: professores denunciam crise urgente nas
escolas brasileiras. BBC News, 17/11/2021 (disponível em: <bbc.com/portuguese/brasil-59215351.
amp>, acesso em: 18/11/2021).
CASTRO, Josué de. As condições de vida das classes operárias do Recife. Rio de Janeiro:
Departamento de Estatística e Publicidade/Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, 1935.
Com Bolsonaro e Guedes à frente da economia, 33 milhões de brasileiros vivem com menos de
um salário mínimo por mês. Brasil 247, 19/4/2022 (disponível em: <brasil247.com/economia/
com-bolsonaro-e-guedes-a-frente-da-economia-33-milhoes-de-brasileiros-vivem-com-menos-
de-um-salario-minimo-por-mês>, acesso em: 19/4/2022).
CONTAIFER, Juliana. “As cicatrizes da fome”. Metrópoles, 6 fev. 2022 (disponível em:
<metrópoles.com/materias-especiai/cicatrizes-da-fome-acidentes-com-alcool-liquido-
crescem-com-crise-do-gas>, acesso em: 17/4/2022).
Contra a fome, Paulo Guedes quer que pobres comam restos dos restaurantes. Jornalistas Livres,
18/6/2021 (disponível em: <jornalistaslivres.org/contra-a-fome-paulo-guedes-defende-que-os-
pobres-comam-restos/>, acesso em: 3/8/2021).
COSTA, Samuel. Inflação: preços de alimentos sobem 21,4% desde o início da pandemia. Poder
360, 31/10/2021 (disponível em: <poder360.com.br/economia/inflacao-precos-de-alimentos-
sobem-214-desde-o-inicio-da-pandemia/>, acesso em: 28/11/2021).
DIAS, Victor. Sob Bolsonaro, mais de 7 mil crianças morreram por desnutrição no Brasil.
Diário do Centro do Mundo, 15/11/2021 (disponível em: <diariodocentrodomundo.com.br/
sob-bolsonaro-7-mil-criancas-desnutricao/>, acesso em: 15 nov. 2021).
DOWBOR, Ladislaw. Fome, uma decisão política e corporativa In: CAMPELLO, Tereza;
BORTOLETTO, Ana Paula (Org.). Da fome à fome: diálogos com Josué de Castro. São Paulo:
Elefante, 2022.
FERRARI, Hamilton. Barril de petróleo supera US$ 130. Poder 360, 8/3/2022 (disponível
em: <poder360.com.br/Europa-em-guerra/barril-do-petroleo-supera-us-130/#:~:text=0%20
barril%20tipo%20brent%20chegou,em%20US%24%2096%2C84>, acesso em: 10/4/2022).
Fim do Auxílio Emergencial deve deixar mais de 22 milhões sem benefício: entenda. G1 Economia,
26/10/2021 (disponível em: <g1.globo.com/economia/auxilio-emergencial/noticia/2021/10/26-
fim-do-auxilio-emergencial-deve-deixar-mais-de-22-milhoes-sem-beneficio-entenda.ghtml>,
acesso em: 29/12/2021).
Fome avança no país e carcaça de peixe é vendida em mercado do Pará. Brasil 247, 6/10/2021
(disponível em: <brasil247/brasil/fome-avanca-no-pais-e-carcaca-de-peixe-e-vendida-em-
mercado-do-para>, acesso em: 7/10/2021).
FORTES, Leandro. Em Roraima, Lula visita o holocausto yanomami deixado por Bolsonaro.
Diário do Centro do Mundo, 21/1/2023 (disponível em: <https://www.diariodocentrodomundo.
com.br/em-roraima-lula-visita-o-holocausto-yanomami-deixado-por bolsonaro-por-leandro-
fortes/, acesso em: 21/1/2023).
GALINDO, Eryka; TEIXEIRA, Marco Antonio; ARAÚJO, Melissa de; MOTTA, Renata;
PESSOA, Milene; MENDES, Larissa; RENNÓ, Lúcio. Efeitos da pandemia na alimentação e na
situação da segurança alimentar no Brasil. Food for Justice Working Paper Series. Food for
Justice Power: Politics and Food Inequalities in a Bioeconomy, 2021, Working Paper 4 (disponível
em: <lai.fu-berlin.de/pt/forschung/food-for-justice/publications1/Publikationsliste_Working-
Paper-Series/Working-Paper-4/índex.html>, acesso em: 27/5/2021).
GERCINA, Cristiane. Preço do gás chega a R$ 150 e revendedores parcelam botijão em SP. Folha
de S. Paulo, 13/3/2022 (disponível em: <www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/03/preço-medio-
do-gas-chega-a-r-150-e-revendedores-parcelam-botijao-em-sp.shtml>, acesso em: 6/4/2022).
GOMES, Rodrigo. Quadro da fome na cidade de São Paulo é um dos mais graves da história.
Rede Brasil Atual, 28/4/2022 (disponível em: <https://www.redebrasilatual.com.br/
cidadania/2022/04/fome-na-cidade-de-sao-paulo-grave-historia/>, acesso em: 29/4/2022).
GOVERNO FEDERAL. Ministério da Cidadania. Bolsa Família: o que é (disponível em: <www.
gov.br/cidadania/pt.br/acoes-e-programas/bolsa-familia/o-que-e>, acesso em: 29/12/2021).
Graziano: fome no Brasil pode chegar a “situação explosiva”. UOL Notícias, 1/3/2022 (disponível
em: <noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2022/03/01/graziano-fome-no-brasil-
pode-chegar-a-situacao-explosiva.htm>, acesso em: 10/4/2022).
G1. Economia. Salário mínimo: veja histórico dos últimos reajustes, 31/12/2021 (disponível
em: <https ://g1.globo.com/economia/noticia/2021/12/31/salario-minimo-veja-historico-dos-
ultimos-reajustes.ghtml>, acesso em: 27/4/2022).
IBGE. INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Tabelas, 3/2022 (disponível em:
<ibge.gov.br/estatísticas/preços-e-custos/9258-indice-naciona-de-precos-ao-consumidor.
htmal?=&t=resultados>, acesso em: 8/4/2022).
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua (disponível
em: <ibge.gov.br/estatísticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-
domicilios-continua-trimestral.html?=&t=series-historicas&utm_source=landin...>, acesso
em: 24/5/2021).
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua (disponível
em: <ibge. gov. BR/estatísticas/sociais/trabalho/9171-pesquisa-nacional-por-amostra-de-
domicios-continua-mensal.htmal?edicao=33362&t=destaques>, acesso em: 10/4/2022).
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (disponível em:
<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/
releases/32418-sintese-de-indicadores-sociais-em-2020-sem-programas-sociais-32-1-da-
populacao-do-pais-estariam-em-situacao-de-pobreza>, acesso em: 23/4/2022).
JAGER, Henrique. Os custos da política de preços da Petrobras para a sociedade. Carta Capital,
24/9/2021 (disponível em: <cartacapital.com.br/opinião/os-custos-da-politica-de-precos-da-
petrobras-para-a-sociedade/, acesso em: 8/4/2022).
LEITE, Paulo Moreira. O outro lado da Lava-Jato. São Paulo: Geração Editorial, 2015.
LIMA, Thiago. Toda fome é uma decisão política. Boletim Lua Nova, nº 108, ago./2020
(disponível em: <boletim lua nova.org/?s=toda+fome+e+uma+decisão+política+>, acesso em:
13/8/2021).
LIRA NETO, João. Como Bolsonaro planejou extinguir a reserva Yanomami. Diário do
Nordeste, 24/1/2023 (disponível em: <https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opinião/
colunistas/lira-neto/como-bolsonaro-planejou-extinguir-a-reserva-yanomami-1.3327056>,
acesso em: 6/2/2023).
LOPES, Mauro. As quatro famílias que decidiram derrubar um governo democrático In:
JINKINGS, Ivana et al. (Org.). Por que gritamos golpe. São Paulo: Boitempo, 2016.
LÖWY, Michael. Da tragédia à farsa In: JINKINGS, Ivana et al. (Org.). Por que gritamos golpe.
São Paulo: Boitempo, 2016.
MACHADO, Ana Maria; JABRA, Daniel; SENRA, Estêvão; GONGORA, Majol. Bolsonaro, a
pandemia e a nova corrida pelo ouro na Terra Indígena Yanomami. Le Monde Diplomatique
Brasil, 2/2/2021 (disponível em: <https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/68065055/Bolsonaro_a_
pandemia_e_a_nova_corrida_pelo_ouro_na_Terra_Indigena_Yanomami_27.01.2021-libre.
pdf?1>, acesso em 8/2/2023).
MALAR, João Pedro. Renda média do brasileiro cai 1,1% no trimestre até janeiro; queda
anual chega a 9,7%. CNN Brasil, 18/3/2022 (disponível em: <cnnbrasil.com.br/business/enda-
media-do-brasileiro-cai-11-no-trimestre-ate-janeiro-queda-anual-chega-a-97/#:~:text=A%20
divulgacao%20foi%20feita%20pelo%>, acesso em: 10/4/2022).
MALUF, Renato Sérgio Jamil (Coord.). Projeto VIGISAN. Inquérito nacional sobre
insegurança alimentar no contexto da pandemia da Covid-19 no Brasil, 2021 (disponível em:
<pesquisassan.net.br/olheparaafome>, acesso em: 27/5/2021).
MORAES, Kaique. Governo Bolsonaro recebeu 5 alertas por mês sobre a crise Yanomami em 2022.
Diário do Cento do Mundo, 9/2/2023 (disponível em: <https://www.diariodocentrodomundo.
com.br/governo-bolsonaro-recebeu-5-alertas-por-mes-sobre-crise-yanomami-em-2022/>,
acesso em: 9/2/2023).
MARCEL, Renan. Ossos de boi, arroz e feijão quebrado formam cardápio de um Brasil que
empobrece. El País, 25/7/2021 (disponível em: <Brasil.elpais.com.br/Brasil/2021-07-25/arroz-
quebrado-bandinha-de-feijao-e-ossos-de-boi-vao-para-o-prato-de-um-brasil-que-empobrece.
html>, acesso em: 3/8/2021).
MELITO, Leandro. Arquitetura da destruição das políticas de combate à fome no Brasil. O Joio e
o Trigo, 3/2/2020 (disponível em: <ojoioeotrigo.com.br/2020/02/arquitetura-da-destruicao-das-
politicas-de-combate-a-fome-no-brasil/>, acesso em: 22/7/2021).
MENDONÇA, Marina Gusmão de. Guerra híbrida no Brasil: o caso Lula. Perspectivas: Revista
de Ciências Sociais. São Paulo, v. 52, jul.-dez. 2018.
MORAES, Kaique. Governo Bolsonaro recebeu 5 alertas por mês sobre a crise Yanomami em 2022.
Diário do Cento do Mundo, 9/2/2023 (disponível em: <https://www.diariodocentrodomundo.
com.br/governo-bolsonaro-recebeu-5-alertas-por-mes-sobre-crise-yanomami-em-2022/>,
acesso em: 9/2/2023).
MOREIRA, Assis. Brasil amplia liderança no ranking mundial de superávits agrícolas. Valor,
29/11/2020 (disponível em: <https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2020/11/29/brasil-
amplia-lideranca-no-ranking-mundial-de-superavits-agricolas.ghtml>, acesso em: 15/8/2021).
NETO, Solon. Crise Yanomami reforça denúncias contra Bolsonaro no Tribunal de Haia,
diz especialista. Sputnik Brasil, 2/2/2023 (disponível em: <https://sputniknewsbrasil.com.
br/20230131/crise-yanomami-reforca-denuncias-contra-bolsonaro-no-tribunal-de-haia-diz-
especialista-27310052.html>, acesso em: 8/2/2023).
Passar fome no Brasil é uma grande mentira, diz Bolsonaro. O Globo, 19/7/2019 (disponível
em: <oglobo.globo.com/Brasil/passar-fome-no-brasil-uma-grande-mentira-diz-
bolsonaro-23818496>, acesso em: 23/7/2021).
PAULANI, Leda Maria. Uma ponte para o abismo In: JINKINGS, Ivana et al. (Org.). Por que
gritamos golpe. São Paulo: Boitempo, 2016.
PEREIRA, Felipe. Remédio para a fome. TAB UOL, 29/11/2021 (disponível em: <tab.uol.com.br/
edição/doentes-de-fome/#cover>, acesso em: 29/11/2021).
Pobreza extrema afeta 13,7 milhões de brasileiros, diz IBGE. Folha de S. Paulo, 12/11/2020
(disponível em: <www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/11/pobreza-extrema-afeta-137-
milhoes-brasileiros-diz-ibge.shtml#:~:text=De%20acordo%20com20%20IBGE.a%20met...>,
acesso em: 26/5/2021).
População brasileira pode ser menor que o estimado, aponta prévia do Censo. Valor Investe,
28/12/2022 – disponível em: <https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/
noticia/2022/12/28/populacao-brasileira-pode-ser-menor-que-o-estimado-aponta-previa-do-
censo.ghtml>, acesso em 22/1/2023
RUPP, Isadora. Como o garimpo foi expulso da terra Yanomami em 1992. Nexo, 24/1/2023
(disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2023/01/24/Como-o-garimpo-foi-
expulso-da-terra-Yanomami-em-1992>, acesso em: 7/2/2023).
SILVA, Tânia Elias Magno da. Josué de Castro: para uma poética da fome. São Paulo: Pontifícia
Universidade Católica, 1998. Tese de Doutoramento.
SOUZA, Vinícius. Quem procura osso é cachorro. A fome bolsonarista humilha a população.
Jornalistas Livres, 23/7/2021 (disponível em: <jornalistaslivres.org/quem-procura-osso-e-
cachorro-a-fome-bolsonarista-humilha-a-populacao/>, acesso em: 3/8/2021).
VIEIRA, Ezequiel. Desemprego: Brasil tem 12 milhões de pessoas em busca de trabalho, diz
IBGE. Diário do Centro do Mundo, 29/4/2022 (disponível em: <diariodocentrodomundo.com.
br/desemprego-brasil-tem-12-milhoes-de-pessoas-em-busca-de-trabalho-diz-ibge/, acesso em
29/4/2022).
VIEIRA, Ezequiel. Prévia da inflação é a maior para abril em 27 anos, aponta IBGE. Diário
do Centro do Mundo, 27/4/2022 (disponível em: <diariodocentrodomundo.com.br/previa-da-
inflacao-e-a-maior-para-abril-em-27-anos-aponta-ibge/>, acesso em: 27/4/2022).
O SENTIMENTO PESSOAL
DO DES TERRO: A SPEC TOS
PESSOAIS DA CONDIÇ ÃO DE
REFUGIADO E SUA PROTEÇ ÃO
Introdução
9 Art. 5.°.
Considerações finais
Proponho a você, que está lendo este texto agora, que reflita
nas seguintes questões: O que você faria se, de um dia para outro,
perdesse tudo que mais ama na vida? Como você se sentiria se fosse
obrigado a deixar a sua casa, sua cidade, seu país, simplesmente
porque alguém que não conhece e nunca viu decidiu que todos os
que têm sua cor, sua raça, sua orientação sexual, sua religião, sua
etnia, sua religião ou sua opinião política, devem morrer?
Já imaginou como se sentiria se a cidade em que você vive
fosse, de um dia para o outro, engolida pelo inferno da guerra e você
23 Conforme o relatório Global Trends – Forced Displacement in 2021, publicado pelo Alto
Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, em 16.06.2022.
24 Atores políticos de figura patética, redes sociais, personalidades públicas dos mais varia-
dos tipos e tamanhos, estruturas corporativas culturais poderosas etc.
25 Das grandes corporações de mídia à indústria da propaganda e do entretenimento; Das
redes sociais e robôs de assimilação de metadados a fantoches caricaturais, ungidos a per-
sonalidades políticas, com milhões de seguidores hipnotizados.
26 Sobre este tema, vide, por todos, o excelente A Doutrina do Choque – A Ascensão do
Capitalismo do Desastre, de Naomi Klein (Editora Nova Fronteira, 2008, 592 p.).
27 Segundo o relatório Tempo de Cuidar – O Trabalho de Cuidado não Remunerado e Mal
Pago e a Crise Global de Desigualdade, publicado em 20.01.2.020, pela ong britânica
Oxfam, o mundo possui 2.153 bilionários (0,00003% da população global), e estas pessoas
somadas possuem mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas (cerca de 60% da população
Referências bibliográficas
ACNUR BRASIL. Manual de Procedimentos e Critérios para a Determinação da Condição
de Refugiado: de acordo com a Convenção de 1951 e o Protocolo de 1967 relativos ao estatuto
dos refugiados, disponível em https://www.acnur.org/portugues/wp-content/uploads/2018/02/
Manual_de_procedimentos_e_crit%C3%A9rios_para_a_determina%C3%A7%C3%A3o_da_
condi%C3%A7%C3%A3o_de_refugiado.pdf
______________. Framework for Durable Solutions for Refugees and Persons of Concern,
maio/2.003, disponível em https://www.refworld.org/docid/4124b6a04.html.
ANDRADE, José H. Fischel de. Direito Internacional dos Refugiados – Evolução Histórica
(1.921–1.952). Rio de Janeiro, editora Renovar.
BARRETO, Luis Paulo Telles F. A Lei Brasileira de Refúgio – Sua História, in BARRETO,
Luis Paulo Telles F. Refúgio no Brasil – A Proteção Brasileira aos Refugiados e seu Impacto na
Américas. Brasília, ACNUR, Ministério da Justiça, 2.010, p. 12.
DE GENOVA, Nicholas. Spectacles of migrant ‘illegality’: the scene of exclusion, the obscene of
inclusion. In Ethnic and Racial Studies, 2013, Vol. 36, n.°07.
FARRIER, David. Postcolonial Asylum - Seeking Sanctuary Before the Law. Liverpool,
Liverpool University Press, 2.011.
ISLAM, Rafiqul. The Origin and Evolution of International Refugee Law. In ISLAM, Rafiqul,
BHUIYAN, Jahid Hossain (eds.). An Introduction to International Refugee Law. Leiden, 2013,
Martinus Nijhoff Publishers, pp. 13-36.
PRICE, Mathew E. Rethinking Asylum: History, Purpose, and Limits. Cambridge, Cambridge
University Press, 2.009, p. 26/27.
ROSA, Miriam Debieux, BERTA, Sandra Letícia, TOMA, Taeco, ALENCAR, Sandra Carignato.
A condição errante do desejo: os imigrantes, migrantes, refugiados e a prática psicanalítica
clínico-política. In Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, São Paulo, V. 12,
n.° 03, p. 497-511, setembro 2.009.
SAID, Edward. Reflexões sobre o Exílio. In SAID, Edward. Reflexões sobre o Exílio e Outros
Ensaios. São Paulo, Companhia das Letras, 2.003, pp.46-60.
TUAN, Yi-Fu. Espaço e Lugar – A Perspectiva da Experiência. São Paulo, Difel Editora, 1.983,
p. 151.
A RETOMADA DO PAC TO
DE ES TABILIDADE E
CRESCIMENTO DA UNIÃO
EUROPEIA: A INFLUÊNCIA
ALEMÃ E OS EFEITOS DA
PANDEMIA DA COVID -19
Introdução
BLUMEL, G. Common views on the future of the Stability and Growth Pact. Vienna: BMF,
2023. Disponível em https://www.bmf.gv.at›dam. Acesso em 17 de fevereiro de 2023.
BLYTH, M. Austerity: The History of a Dangerous Idea. New York: Oxford University Press,
2013.
BULMER, Simon. Germany and the Eurozone Crisis: Between Hegemony and Domestic Politics.
West European Politics, v. 37, n. 6, 2014, pp. 1244-1263. Disponível em http://dx.doi.org/10.108
0/01402382.2014.929333. Acesso em 20 de fevereiro de 2023.
CRAWFORD, B. Power and German Foreign Policy. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2007.
DYSON, K.; FEATHERSTONE, K. The Road to Maastricht. Oxford: Oxford University Pres,
1999.
EUROPEAN COMMISSION. Committee for the study of economic and monetary union.
Report on economic and monetary union in the European Community. Brussels: EC, 1989.
Disponível em https://ec.europa.eu/economy_finance/publications/pages/publication6161_
en.pdf. Acesso em 11 de dezembro de 2021.
HAYO, Bernard. Inflation culture, central bank independence and price stability. European
Journal of Political Economy, v. 14, 1998, pp. 241–263.
HOWARTH, David; ROMMERSKIRCHEN, Charlotte. A Panacea for all Times? The German
Stability Culture as Strategic Political Resource. West European Politics, v. 36, n. 4, 2013, pp.
750-770.
KRECKÉ, Elisabeth. Is there a future for the Stability and Growth Pact?. GIS, 6 de abril de
2022. Disponível em https://www.gisreportsonline.com/r/stability-growth-pact/. Acesso em 20
de fevereiro de 2023.
MALINGRE, Virginie. EU Commission suspends fiscal rules until end of 2023. Bruxelles:
Le Monde, 2022. Disponível em https://www.lemonde.fr/en/economy/article/2022/05/24/
eu-commission-suspends-fiscal-rules-until-end-of-2023_5984552_19.html. Acesso em 17 de
fevereiro de 2023.
PACKROFF, Jonathan. German finance minister sceptical of new EU debt rules. Euractiv, 10
de novembro de 2022. Disponível em https://www.euractiv.com/section/economic-governance/
news/german-finance-minister-sceptical-of-new-eu-debt-rules/. Acesso em 20 de fevereiro de
2023.
SCHUKNECHT, Ludger; MOUTOT, Philippe; ROTHER, Phillip; STARK, Jürgen. The Stability
and Growth Pact: Crisis and Reform. ECB Occasional paper series, n. 129, sept. 2011. Disponível
em https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/scpops/ecbocp129.pdf. Acesso em 18 de fevereiro de
2023.
STEINHERR, Alfred. EMS and ECU: Proposals for Developing their Synergy. In: DE GRAUWE,
Paul; PEETERS, Theo (orgs). The ECU and European Monetary Integration. London:
Macmillan, 1989.
TANZI, Vito. The Stability and Growth Pact: its role and future. Cato Journal, v. 24, ns. 1-2,
2004. Disponível em https://ciaotest.cc.columbia.edu/olj/cato/v24n1-2/cato_v24n1-2h.pdf.
Acesso em 18 de fevereiro de 2023.
THE ECONOMIST. Europe’s plans for laxer spending rules shows German influence is
waning. The Economist, 29 de setembro de 2022. Disponível em https://www.economist.
com/europe/2022/09/29/europes-plans-for-laxer-spending-rules-shows-german-influence-is-
waning. Acesso em 20 de fevereiro de 2023.
THYGESEN, Niels. From the European Monetary System to Economic and Monetary Union -
How and Why? Open Economies Review, n. 1, 1990, pp. 201-227.
UNIÃO EUROPEIA. Tratado da União Europeia. Jornal Oficial das Comunidades Europeias,
C326/19. Luxemburgo, 26 de outubro de 2012. Disponível em https://eur-lex.europa.eu/resource.
html?uri=cellar:2bf140bf-a3f8-4ab2-b506-fd71826e6da6.0022.02/DOC_1&format=PDF.
Acesso em 22 de fevereiro de 2023.
UNIÃO EUROPEIA. Tribunal de Justiça da União Europeia. Grande Seção. Processo C-493/17.
ECLI:EU:C:2018:1000. Autor: Heinrich Weiss e outros. Réu: Bundestag e outros. Pedido de
decisão prejudicial: Bundesverfassungsgericht - Alemanha. Luxemburgo, 11 de dezembro de
2018. Disponível em https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX%3A62017C
J0493&qid=1622844043109. Acesso em 04 de junho de 2021.
WYPLOSZ, Charles. Reform of the Stability and Growth Pact: The Commission’s proposal
could be a missed opportunity. Brussels: CEPR, 2022. Disponível em https://cepr.org/
voxeu/columns/reform-stability-and-growth-pact-commissions-proposal-could-be-missed-
opportunity. Acesso em 20 de fevereiro de 2023.
Introdução
Orçamento Militar
Orçamento Militar
Considerações Finais
Referências bibliográficas
ANTEZZA, Arianna. FRANK, André. FRANK, Pascal.FRANZ, Lukas. KHARITONOV,
Ivan. KUMAR, Bharath. REBINSKAYA, Ekaterina. TREBESCH, Christoph. The Ukraine
Support Tracker: Which countries help Ukraine and how?. In: Make Your Publications
Visible (ECONSTOR). Disponível em: https://www.econstor.eu/bitstream/10419/262746/1/
KWP2218v5.pdf. Acesso em:
BREASSEALE, Todd. $820 Million in Additional Security Assistance for Ukraine. In: U.S.
Department of Defense - DoD News. Publicação em 01 de julho de 2022. Disponível em: https://
www.defense.gov/News/Releases/Release/Article/3081993/820-million-in-additional-security-
assistance-for-ukraine/. Acesso em: 05 set. 2022.
CARVALHO, Mônica de. “Segurança humana: a questão do cotidiano no campo das relações
internacionais. In: NASSER, R. M. (org.). O Silêncio das Missões de Paz. São Paulo, UNESP,
Programa San Tiago Dantas de Pós Graduação. 2012.
FETTWEISS, Cristopher. “Nothing to Fear but Fear Itself: The National Security Policy of the
United States”. (Cap. 05) In: The Palgrave Handbook of National Security. Ed. CLARKE,
Michael. HENSCHKE, Adam. SUSSEX, Mathew. LEGRAND, Tim. Editora: Palgrave Macmillan,
2022.
Kerr, Pauline. Human Security. Cap. 8. In: Contemporary Security Studies. Coor. Alan Collins.
Ed. Oxford, 2013.
SZUCS, Agnes. EU countries receive $3.7B from budget to host Ukrainian refugees Poland,
Romania main beneficiaries of advanced EU payments. In: Anadolu Agency. Publicação: 28 de
abril de 2022. Disponível em: https://www.aa.com.tr/en/europe/eu-countries-receive-37b-from-
budget-to-host-ukrainian-refugees/2575627. Acesso em: 10 set. 2022.
UNHCR (2022a) - United NAtions High Commissioner for Refugees. Portal de dados
operacionais: situação dos refugiados na Ucrânia. Disponível em: https://data.unhcr.org/en/
situations/ukraine. Acesso em: 23 set. 2022.
UNITED NATIONS. Human security now : protecting and empowering people / Commission
on Human Security. In: Commission on Human Security. Disponível em: https://digitallibrary.
un.org/record/503749?ln=en. Acesso em:
VERGUN, David. Biden Signs Lend-Lease Act to Supply More Security Assistance to Ukraine.
In: U.S. Department of Defense - DoD News. Publicação em 09 de maio de 2022. Disponível em:
https://www.defense.gov/News/News-Stories/Article/Article/3025302/biden-signs-lend-lease-
act-to-supply-more-security-assistance-to-ukraine/. Acesso em: 01 set. 2022.
CAPÍTULO 15
Giovanni Alves4
Introdução
A “Policrise” do Capital
5 Adam Tooze. “Policrise: pensando na corda bamba” (29/10/2022). Disponivel em: ht-
tps://eleuterioprado.blog/2022/11/10/policrise-pensando-na-corda-bamba/. Acesso em:
19/04/2023; Michael Roberts. “Polycrisis and depression in the 21st century” (09/01/2023).
Disponivel em https://thenextrecession.wordpress.com/2023/01/05/polycrisis-and-de-
pression-in-the-21st-century/. Acesso em 19/04/2023.
8 A palavra “catástrofe” tem sua origem na língua grega antiga, derivando de “katastrophḗ”,
que significa “virada para baixo” ou “reviravolta”. Em seu sentido original, “catástrofe”
era usada para se referir ao clímax trágico de uma peça de teatro, em que a história tomava
uma reviravolta para pior e levava a um desfecho trágico. Com o tempo, o termo passou a
ser utilizado para se referir a qualquer evento desastroso ou calamitoso. Assim, a palavra
“catástrofe” mantém a ideia de uma virada súbita e drástica, que leva a consequências
negativas e graves.
9 A transição epidemiológica é um processo em que ocorre uma mudança nos padrões
de saúde e doença de uma população, geralmente em resposta a mudanças socioeconô-
micas, ambientais e demográficas. Esse processo é caracterizado por uma mudança do
predomínio de doenças infecciosas para doenças não infecciosas como principais causas
de morbidade e mortalidade. Historicamente, as doenças infecciosas eram as principais
causas de morte em todo o mundo, mas com a melhoria das condições de vida, a imple-
mentação de medidas de prevenção e controle de doenças infecciosas, o avanço da me-
dicina e o aumento da expectativa de vida, ocorreu uma transição epidemiológica. Isso
significa que as doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardíacas, diabetes,
câncer e doenças respiratórias, tornaram-se mais prevalentes como principais causas de
morte e morbidade. A transição epidemiológica é um processo dinâmico e pode variar em
diferentes países e regiões do mundo, dependendo do estágio de desenvolvimento, fatores
culturais e ambientais, e outros fatores.
Capital e capitalismo
11 Uma crise estrutural é uma situação de desequilíbrio econômico e social que afeta pro-
fundamente as bases e as estruturas de uma sociedade ou sistema econômico. Diferente de
“crises cíclicas” que ocorrem em intervalos regulares e afetam apenas algumas áreas espe-
cíficas, as crises estruturais podem ser mais duradouras e impactantes, afetando diversos
setores e esferas da vida social e econômica. Geralmente, as crises estruturais são causadas
por problemas profundos na organização ou funcionamento do sistema econômico e so-
cial, que geram desigualdades, instabilidades e ineficiências.
Referências bibliográficas
ALVES, Giovanni. O duplo negativo do capital: Ensaio sobre a crise do capitalismo global.
Marília: Projeto editorial Praxis, 2018
DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: Ensaio sobre a sociedade
neoliberal. São Paulo: Boitempo editorial, 2016.
MÉSZÁROS, István. A crise estrutural do capital. São Paulo: Boitempo editorial, 2009.
_________________. Para além do capital: Rumo a uma teoria da transição. São Paulo:
Boitempo editorial.
_________________. Para além do Leviatã: Crítica do Estado. São Paulo: Boitempo editorial,
2021.
ISBN 978-65-84545-15-1
9 7 8 6 5 8 4 5 4 5 1 5 1