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CENTRO UNIVERSITÁRIO

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRASÍLIA – IESB

PSICOEDUCAÇÃO E FORTALECIMENTO DA REDE DE APOIO COMO


PREVENÇÃO DO SUICÍDIO EM ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO DAS
ESCOLAS PÚBLICAS DO DF

Brasília – DF
Junho 2023
PSICOEDUCAÇÃO E FORTALECIMENTO DA REDE DE APOIO COMO
PREVENÇÃO DO SUICÍDIO EM ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO DAS
ESCOLAS PÚBLICAS DO DF

Discentes: Ana Caroline Ferreira Guedes Matrícula: 21111120049


Camila Pereira dos Santos Matrícula: 21111120053
Gisele Rodrigues dos Reis Venis Matrícula: 21111120046
Maria Elizabete Vasconcelos Matrícula: 21111120072
Natália de Oliveira Monte Matrícula:21111120074

Projeto de intervenção apresentado ao curso de graduação


em Psicologia como requisito parcial para a obtenção da
aprovação na disciplina Intervenção em Crise, turma
OPSCD8A-PSC034-20231 - IESB OESTE.

Docente: Profa. Mestre Hannya Eliana Herrera Cardona

Brasília – DF
Junho 2023
1. INTRODUÇÃO

De acordo com a OMS (2021), “o suicidio continua sendo uma das principais
causas de morte em todo mundo”, só em 2019, morreram mais de 700 mil pessoas, diante
desse quadro, surgiu a necessidade da OMS produzir novas orientações com o objetivos de
ajudar na criação de estratégias de atendimento e prevenção do suicidio. Segundo
afirmação de Tedros Adhanom Ghebreyesus, "não podemos e não devemos ignorar o
suicidio. cada um deles é uma tragédia."
Assim como afirma Tedros Adhanom, não podemos ignorar essa triste realidade,
pois o suicídio está entre as cinco maiores causas de morte na faixa etária de 15 a 19 anos.
Ou seja, essa é a idade crítica. Geralmente os adolescentes com essa idade encontram-se
cursando o Ensino Médio. Por isso, esse público demanda mais a nossa atenção nesse
período. Ainda sobre essa temática, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) diz
que “quanto mais expostos aos fatores de risco, maior o potencial impacto na saúde mental
de adolescentes.” E nesse período, os jovens estão expostos a uma série de desafios que
podem impactar sua saúde mental, o que muitas vezes acabam levando-os em uma tentativa
desesperada para acabar com o sofrimento, idealizando ou cometendo o suicídio.
De acordo com o Centro de Valorização à Vida (2020), a média brasileira é de 6 a 7
mortes por 100 mil habitantes, bem abaixo da média mundial – entre 13 e 14 mortes por
100 mil pessoas. Diante desse cenário alarmante, é essencial que as escolas desempenham
um papel ativo na identificação e prevenção de comportamentos suicidas. Professores, pais
e todo o corpo docente têm um papel fundamental nesse processo, pois estão em contato
direto com os jovens durante boa parte do dia. A prevenção do suicídio entre crianças e
adolescentes é de alta prioridade. Devido ao fato de em muitas regiões e países a maioria
dos adolescentes dessa idade frequentarem a escola, este parece ser um excelente local para
desenvolvermos a prevenção.
E a melhor abordagem para a prevenção do suicídio na escola consiste em uam boa
elaboração de um trabalho em grupo que inclui professores, médicos, enfermeiros,
psicólogos e assistentes sociais da própria escola, trabalhando em conjunto com agentes da
comunidade. (Organização Mundial da Saúde, 2000)
Este trabalho tem como objetivo discutir a importância da intervenção em suicídio
nas escolas, enfatizando a necessidade de envolver professores, pais e demais membros da
equipe educacional nesse processo. A intervenção busca não apenas identificar sinais de
alerta, mas também oferecer apoio adequado e encaminhamento para profissionais de saúde
especializados. Ao abordar a questão do suicídio na adolescência, é fundamental
compreender que se trata de um problema complexo, multifatorial e sensível. Portanto, a
intervenção precisa ser abordada de maneira cuidadosa, respeitando a privacidade e a
privacidade dos adolescentes, ao mesmo tempo em que oferece um ambiente seguro e
acolhedor. Ao longo deste trabalho, serão explorados os principais fatores de risco
associados ao suicídio na adolescência, assim como estratégias eficazes de intervenção.
Serão apresentados programas e recursos que podem ser implementados nas escolas.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 DEFINIÇÃO

O suicídio é o obito consecutivo de uma lesão autoprovocada voluntariamente ou da


fim à própria vida, pessoas de todas as idades e classes sociais cometem suicídio. Segundo
a Organização Mundial de Saúde (2020), o suicídio é a terceira maior causa de morte nos
individuos de 15 a 44 anos e a segunda entre jovens de 10 a 24 anos de idade.
A cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo, totalizando quase um milhão de
pessoas todos os anos. Estima-se que de 10 a 20 milhões de indivíduos tenta o suicídio a
cada ano. De todo suicídio, de seis a dez outras pessoas são diretamente impactadas,
sofrendo sérias consequências emocionais difíceis de serem repadas. Violência e Saúde
(OMS, 2020).

2.2 CARACTERÍSTICAS
O suicídio é complexo e relativo a vários factores. Ele envolve causas variadas e
costuma estar relacionado a transtornos psíquicos de ansiedade, humor e personalidade,
como a depressão, borderline, bipolaridade, abuso de drogas, entre outros. Fatores como
bullying, dificuldades financeiras, perdas afetivas, problemas no trabalho, existência de
doenças crônicas ou terminais e conflitos familiares também podem dar origem ao
comportamento suicida. Apesar de existirem algumas características mais comuns em
pacientes suicidas, a verdade é que a ideação suicida pode acontecer com qualquer um.
(Wenzel, 2010)

2.3 IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO


De acordo com o manual dirigido aos profissionais das equipes de saúde mental
(Mistério da Saúde, 2017), alguns dos fatores de risco para o suicídio são:

1. Transtornos mentais (em participação decrescente nos casos de suicídio) é um dos


principais fatores de risco e está presente no grupo dos não modificáveis, que são
eles a tentativa prévia de suicídio e a presença de transtorno psiquiátrico. Esse
antecedente pode aumentar em cinco a seis vezes as chances de tentar suicídio
novamente. Alguns deles são: Transtornos do humor (ex.: depressão); transtornos
mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas (ex
alcoolismo); transtornos de personalidade (principalmente borderline, narcisista e
anti-social); esquizofrenia; transtornos de ansiedade; comorbidade potencializa
riscos (ex.: alcoolismo + depressão).
2. Outros aspectos também são considerados fatores não modificáveis que inclui os
fatores sociodemográficos: Sexo masculino ( mas elas tentam três vezes mais do
que eles. Também há a presença de conflitos em torno da identidade sexual);
Doenças clínicas crônicas debilitantes ; Faixas etárias entre 15 e 35 anos e acima
de 75 anos; Estratos econômicos extremos; Residentes em áreas urbanas;
Desempregados (principalmente perda recente do emprego); Aposentados;
Isolamento social; Solteiros ou separados; migrantes; Eventos adversos na
infância e na adolescência: maus tratos, abuso físico e sexual, pais divorciados,
transtorno psiquiátrico familiar, etc;
3. Psicológicos envolvem os seguintes tópicos: Perdas recentes; Perdas de figuras
parentais na infância; Dinâmica familiar conturbada; Datas importantes; Reações
de aniversário; Personalidade com traços significativos de impulsividade,
agressividade, humor lábil.
4. Condições clínicas incapacitantes: Doenças orgânicas incapacitantes; Dor
crônica; Lesões desfigurantes perenes; Epilepsia; Trauma medular; Neoplasias
malignas e Aids.
Dentre os fatores que podem ser mudados e, com isso, ajudar a prevenir o suicídio,
está a presença de transtorno psiquiátrico. Os mais comuns incluem depressão, transtorno
bipolar, abuso/dependência de substâncias, transtornos de personalidade e esquizofrenia, e
96,8% das pessoas que morreram por suicidio possuíam histórico de doença mental
diagnosticada ou não e geralmente era tratada ou tratada inadequadamente. Entre os demais
fatores que, se modificados, podem evitar o suicídio, estão (ABP, 2019):

● Conflitos familiares, incerteza quanto à orientação sexual e falta de apoio social;


● Sentimentos de desesperança, desespero, desamparo e impulsividade:
● Impulsividade, principalmente entre jovens e adolescentes, figura como
importante fator de risco. A combinação de impulsividade, desesperança e abuso
de substâncias pode ser particularmente letal;
● Viver sozinho: divorciados, viúvos ou que nunca se casaram; não terem filhos.
● Desempregados com problemas financeiros ou trabalhadores não qualificados:
maior risco nos três primeiros meses da mudança de situação financeira ou de
desemprego;
● Aposentados;
● Moradores de rua;
● Indivíduos com fácil acesso a meios letais.

Após observar os fatores de risco, é necessário prestar atenção ao indivíduo e suas


posturas, tomadas de decisões e atitudes, focando nos principais. (ABP,2019)

2.4 IMPACTOS SOCIAIS

A temática sobre suicídio é permeada de estigmatizacoes trata-se de um assunto


complexo e desafiador visto que em nossa cultura a morte é vista como um assunto a ser
evitado. Neste cenário, articular discussões sobre a morte autoinfligida em diferentes
espaços sociais demanda cuidado e atenção daqueles que estão promovendo a reflexão
(Werlang, 2013). Na atualidade, a sociedade busca prolongar a vida a qualquer custo, logo,
é importante perceber como essa concepção impacta na percepção geral sobre o suicídio e
as concepções sociais e a forma como autoextermínio é retratada podem desqualificar
aqueles que tentaram suicídio, promovendo uma culpabilização e estigmatização do
indivíduo e seus familiares (Netto & dos Santos Souza, 2015).
É importante buscar compreender as motivações do ato, bem como contribuir com a
conscientização geral das pessoas para minimizar o estigma do ato suicida, para que
pessoas acometidas por ideações suicidas possam compartilhar seus pensamentos e
sentimentos. Além disso, é preciso enfatizar a oferta de um espaço de escuta para que as
pessoas possam se sentir protegidas, acolhidas e compreendidas, tornando a prevenção mais
efetiva

2.5 ESTATÍSTICAS

De acordo com informações obtidas no manual de Orientações para a atuação


profissional frente a situações de suicídio e automutilação, o suicídio é a segunda principal
causa mais frequente de mortes entre jovens entre 15 e 29 anos no mundo (OPAS, 2018) e
essa taxa tem aumentado levando esse grupo para o maior risco em um terço dos países
(OMS, 2019; MS, 2019; OMS, 2012). A média brasileira é de 6 a 7 mortes por 100 mil
habitantes e está abaixo da média mundial – entre 13 e 14 mortes por 100 mil pessoas. O
fator mais preocupante dentre esses dados é que enquanto a média mundial permanece
estável, esse número tem crescido no Brasil e o maior aumento foi registrado entre jovens
de 15 a 25 anos, grupo que este projeto visa atingir pois durante a adolescência, as pessoas
são mais propensas a tomar atitudes impulsivas, em especial quando lidam com situações
de estresse agudo, o que contribui para o aumento de pensamentos e atitudes suicidas. Por
isso, é importante atentar aos sinais de alerta em relação ao risco de suicídio na
adolescência e nos primeiros anos da vida adulta (Botega, 2015), tais como: mudanças
bruscas de personalidade ou de hábitos, afastamento de familiares e amigos, perda de
interesse por atividades que eram apreciadas, mudança no padrão de sono, comentários
autodepreciativos, desesperança e interesse crescente sobre morte.
No Brasil, entre 2000 a 2015, ocorreram 11.947 mortes em função de lesões
autoprovocadas em jovens de dez a 19 anos, representando 8,25% do total de mortes por
suicídio no período citado, havendo tendência de crescimento ( Cicogna et al. citado por
Figueiredo, 2022). Durante a adolescência, as pessoas são mais propensas a tomar atitudes
impulsivas, em especial quando lidam com situações de estresse agudo, o que contribui
para o aumento de pensamentos e atitudes suicidas. Por isso, é importante atentar aos sinais
de alerta em relação ao risco de suicídio na adolescência e nos primeiros anos da vida
adulta (Botega, 2015), tais como: mudanças bruscas de personalidade ou de hábitos,
afastamento de familiares e amigos, perda de interesse por atividades que eram apreciadas,
mudança no padrão de sono, comentários autodepreciativos, desesperança e interesse
crescente sobre morte.

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo geral:


Promover o bem-estar emocional e psicossocial dos adolescentes e ajudar a
desenvolver habilidades socioemocionais dos adolescentes tais como resiliência, empatia e
autocontrole, facilitando assim a cooperação e parceria entre a família, escola, comunidade
a fim de apoiar o desenvolvimento saudável dos adolescentes, visando aumentar a
conscientização sobre questões relacionadas ao desenvolvimento e saúde mental dos
adolescentes.

3.2. Objetivos Específicos:


● Criar grupos de discussão entre familiares, equipe escolar e adolescentes para
promover o entendimento mútuo e a resolução de conflitos.
● Oferecer treinamentos para familiares, professores e equipe escolar sobre
habilidades socioemocionais e estratégias de apoio aos adolescentes.
● Estabelecer um programa de mentoria que conecte os adolescentes aos membros da
comunidade.
● Criar parcerias com serviços de saúde mental e organizações comunitárias para
fornecer suporte adicional aos adolescentes, familiares e professores.
● Monitorar regularmente o progresso e o impacto das complicações, por meio de
estimativas e feedback dos participantes.

3. PLANO DE PREVENÇÃO

Justificativa

Ao escolher o público-alvo, optamos pelos adolescentes pelo o alto-índice de


suicidio se enquadrar nessa faixa etária. Muitos jovens ainda não estão preparados para
encarar sozinhos estes desafios com independência. Sentem-se deprimidos, solitários,
incompreendidos, levando a cometerem o suicídio, solução para pôr termo à dor emocional
(Marucco & Rampazzo, 2020). Na construção do nosso projeto, priorizamos aspectos que
constituem a realidade desses indivíduos, para a criação de medidas de prevenção.
Segundo, Teixeira (2002)
“Profissionais da educação e da saúde, familiares, precisam lidar
com a questão do suicídio como algo real, evitando entrar na
cumplicidade do silêncio que conduz à negação ou minimização do
problema. Contrariamente, podem ser co-construtores de programas
para o restabelecimento do adolescente que, num determinado
momento, quis dizer adeus à existência. E se assim o fizesse, deixaria de
continuar descobrindo as belezas de ser adolescente”

Lima e Silva (2020), reforçam ainda mais essa ideia ao citarem Netto & Souza
(2015), que dizem que “A escola é um local que por ser onde as crianças e os adolescentes
passam parte considerável de seu tempo, torna-se um espaço no qual podem manifestar
suas frustrações e condutas suicidas”. Ramos (2017), reitera a importância da família no
processo quando diz que os fatores que podem predizer um menor risco de suicidio passam
pela existência de um bom suporte familiar, onde a pessoa se sente ouvida, compreendida e
acolhida. Portanto, afirmamos que juntamente a intervenção com os adolescentes, incluir a
escola e a família em nosso projeto é uma medida imprescindível para bons resultados.

1. Etapas do projeto
1.1 Corpo docente

Objetivos:

● Sensibilizar todos os agentes educativos do estabelecimento de ensino no sentido de


poderem identificar adolescentes com tendências suicidas, bem como distinguir sinais,
sintomas e comportamentos que permitam identificar precocemente os adolescentes em
risco;
● Enfatizar a importância da relação professor/aluno e da relação família/escola;
● Alertar para a necessidade de encorajar os jovens com comportamentos da esfera
suicidária a pedirem ajuda, fornecendo-lhes um local dentro do estabelecimento de
ensino, com equipe treinada, no qual possa servir de ponto de apoio para realizar os
primeiros socorros e fazer os devidos encaminhamentos;
● Orientar a Instituição de Ensino a trabalhar de forma conjunta com a família para
identificar os jovens com comportamentos da esfera suicidária e implementar estratégias
de prevenção;

Preparação:
Antes mesmo de iniciar a formação, criar um espaço de fácil acesso na Instituição de
Ensino para o acolhimento e orientação aos pais e/ou responsáveis;

Recursos Humanos

● Psicólogos
● Profissionais da Instituição de Ensino
● Psiquiatra
Recursos Materiais

● Recursos de áudios e vídeos


● Espaço amplo com boa acústica

Atividades:
Formação: 2 encontros.
1º encontro:
- Primeira palestra: Psicoeducação sobre o suicidio (O que é o suicidio, Enfatizar os
fatores de risco), e por que os adolescentes são tão afetados.
- Segunda palestra: Por que a escola é importante no processo de prevenção (enfatizar
os fatores de proteção).
- Terceira palestra: Como identificar os sinais de alunos com potencial suicida e como
a escola pode intervir.

2º encontro:
- Primeira palestra: O que fazer em situações de potencial risco de suicidio.
- Segundo momento: roleplay de uma situação parecida com uma crise suicida
no espaço escolar para terem contato com a prática.
- Terceira palestra: Como fortalecer os fatores de proteção dos alunos e como
ser uma rede de apoio para eles, e entre si.
- Quarta palestra: Quais serão as medidas após a formação, como manter a
continuidade do projeto. Disponibilização do material de avaliação do risco
de suicidio (Anexo A) e instruções de aplicação.

Suporte semanal:
Ainda na formação será passada instruções da continuidade do projeto durante o semestre.
1º Cada professor deve ficar responsável por uma turma, e destinar um momento da sua
aula para criar uma espaço onde os alunos possam ser ouvido, e incentivados a se abrirem
2º Alunos que apresentarem sinais de comportamento suicida, devem receber cuidados
específicos, onde não os cause nenhum tipo de constrangimento.
3ª uma vez por mês, no horário da coordenação os professores terão um espaço para
conversar com um psicólogo responsável, momento de dar feedback, e também de tirarem
suas dúvidas.

Duração

O projeto ocorrerá durante todo o semestre. Sendo a primeira parte a formação, que
ocorrerá nos dois primeiros sábados do semestre, durante toda manhã, onde cada palestra
terá duração de 30 min, com intervalo de 10min entre elas. E a segunda parte com maior
prazo, a intervenção dos professores na sala, e nos demais espaços, com o encontro mensal
com os profissionais de psicologia.

Resultado

Espera-se que a equipe da escola esteja preparada para identificar e manejar, de forma
satisfatória, adolescentes com comportamentos de tendências suicidas. E também promover
um espaço de escuta a fim de diminuir possíveis riscos de suicidio.

1.2 A família

Sensibilização da família

Objetivos:

● Sensibilizar as famílias no sentido de estarem atentos às mudanças de comportamentos


dos adolescentes a fim de identificar os sinais e sintomas precocemente nos adolescentes
em risco, e assim, poderem buscar ajuda em tempo hábil;
● Enfatizar a importância de desenvolver uma relação saudável com os adolescentes no
ambiente familiar, buscando um diálogo harmonioso para facilitar a compreensão das
situações e mudanças diversas;
● Alertar aos pais e/ou responsáveis para a necessidade de ouvir, entender, encorajar e
colocar-se à disposição para ajudar e/ou buscar ajuda;
● Orientar aos pais e/ou responsáveis a buscar informações sobre os jovens que
manifestarem comportamentos “de alerta”, junto aos amigos, escola e familiares

Atividades

Sensibilização dos pais e/ou responsáveis através de:

● Reuniões online em horários e dias que contemplam a maioria (fazer uma pesquisa com
os pais, com dia e horário)
● Palestras online realizadas por profissionais especialistas em prevenção.

Palestras online:

1º Palestra: A adolescência e a sua complexidade.

2º Palestra: Psicoeducação do suicidio.

3º Palestra: Família no papel de prevenção. (como identificar, o que fazer, onde


procurar ajuda para os filhos)

4º Palestra: Fortalecimento dos laços afetivos como fator de proteção para os filhos.

5º Palestra: Posvenção

● Toda reunião terá um espaço para que os pais tirem suas dúvidas.

Recursos Humanos

● Palestrantes
● Pais/ responsáveis pelos adolescentes.
Recursos Materiais

● Recursos de áudios e vídeos


● Boa conexão de internet
● Acesso a plataforma do Google Meet
O que se espera de resultado

Espera-se que as famílias estejam preparadas para identificar os comportamentos de


tendências suicidas, bem como realizar o manejo, de forma satisfatória.

Duração

Será realizada uma atividade (reunião com palestra) uma vez por mês durante o primeiro
semestre. A duração da atividade será de 1 hora e 30min, usaremos o google meet, e
deixaremos a disposição a chamada no drive para que eles possam rever se preciso.

1.3 Adolescentes

Resiliência e saúde mental.

Objetivos:

● Sensibilizar os estudantes para desenvolver habilidades de manejo das emoções;


● Enfatizar a importância de desenvolver uma rede de apoio. Alguém em que se pode
confiar e pedir ajuda.
● Incentivar os jovens a buscar ajuda quando necessário;
● Orientar os jovens a estarem atentos aos colegas que manifestaram comportamentos “de
alerta”

● Atividades

Sensibilização dos estudantes através de:


● Palestras realizadas por profissionais especialistas em prevenção, identificação e manejo
com adolescentes em risco com o objetivo de orientar e esclarecer dúvidas quanto a fase,
os comportamentos de risco, e manejo primário;

Palestras:

1º Palestra: Psicoeducação do suicidio (o que é, e como procurar ajuda)

2º Palestra: Minhas emoções (o que são as emoções, como elas interferem no meu
dia, como posso identificá-las); Após a palestra executar a dinâmica psicodramática
(Solicitar a plateia, que aquele que se sentir à vontade descreva uma emoção que
está sentindo naquele momento, em seguida a equipe do psicodrama representar a
emoção).

3º Palestra: Minha saúde mental (como cuidar da saúde mental, onde procurar
ajuda, com quem falar e a resiliência como medida de enfrentamento).

4º Palestra: Uma mão amiga (como ajudar um amigo e como fazer parte da rede de
apoio).

Recursos Humanos

● Palestrantes (profissionais da psicologia)


● Equipe Psicodramatista ( ver a disponibilidade do grupo: Furunfunfar)
● Estudantes

Recursos Materiais

● Recursos de áudios e vídeos


● Sala ampla com boa acústica

O que se espera de resultado


Espera-se que os estudantes possam estar preparados para identificar suas emoções e
saibam lidar com situações adversas e comportamentos de tendências suicidas.

Duração

Serão realizadas palestras mensais, durante o semestre. Cada palestra terá duração de 1 hora
e 30 minutos aos sábados pela manhã.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABP. (2019, março 1). Fatores de risco para o suicídio: como identificá-los e o que fazer.
Setembro Amarelo. https://www.setembroamarelo.com/post/suicidio-fatores-de-risco
Botega, N. J. (2015). Crise suicida: avaliação e manejo. Artmed.
Centro de Valorização da Vida (2020). Falando abertamente sobre suicidio. Recuperado 1o
de junho de 2023, de
https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/Cartilha-Falando-Abertamente-2020-v
ers%C3%A3o-impress%C3%A3o-A4.pdf
Figueiredo, I. A. (2022). O nexo de causalidade entre suicídio e sociedade.
Lima, B. B., & Silva, F. D. S. D. (2020). O papel da escola na prevenção do suicídio
juvenil: desafios contemporâneos.
Maruco, F. D. O. R., & Rampazzo, L. (2020). O Suicídio no Contexto Escolar: o complexo
e emergente fenômeno através do bullying e dos desdobramentos do jogo virtual baleia
azul. Atena Editora.
Ministério da saúde. (2017). Prevenção do Suicídio: Manual dirigido a profissionais das
equipes de saúde mental. Recuperado 29 de maio de 2023, de
https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/manual_prevencao_suicidio_profissio
nais_saude.pdf
Netto, N. B., & dos Santos Souza, T. M. (2015). Adolescência, educação e suicídio: uma
análise a partir da psicologia histórico-cultural. Nuances: estudos sobre educação, 26(1),
163-195.
Orientações para a atuação profissional frente a situações de suicídio e automutilação.
http://conselho.saude.gov.br/images/CRPDF-Orientacoes_atuacao_profissional.pdf
Organização Mundial da Saúde (2000) Prevenção do suicidio: um manual para
profissionais da atenção primária. Gov.br. Recuperado 1o de junho de 2023, de
http://www.saude.niteroi.rj.gov.br/CSM/suicideprev_phc_port.pdf
Ramos, V. A. B. (2017). Como prevenir o suicídio. Psicologia PT, 10(68), 1-15.
https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1068.pdf
Relatório de atividades CVV 1º trimestre de 2023. Disponível em:
https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2023/05/CVV-_-Relatorio-de-Atividades-_-1-tr
imestre-2023.pdf. Acesso em: 30 maio 2023.
Sganzerla, G. C. (2021). Risco de suicídio em adolescentes: estratégias de prevenção
primária no contexto escolar. Psicologia escolar e educacional, 25.

https://www.scielo.br/j/pee/a/cSRRLBHpxrsKghmcNWMWctJ/

Teixeira, C. M. F. S. (2002). A escola como espaço de prevenção ao suicídio de


adolescentes–relato de experiência. Revista Inter Ação, 27(1), 99-114.
Wenzel, A; Beck, A.T & Brown, G. K. (2010). Terapia cognitivo-comportamental para
pacientes suicidas. Porto Alegre: Artmed.
5. ANEXO A

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