Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GRADUAÇÃO EM DIREITO
MANACAPURU – AM
05/10/2022
UNIVERSIDADE NILTON LINS
GRADUAÇÃO EM DIREITO
MANACAPURU – AM
05/10/2022
1
ESTUDO DE CASO
Caso: Em uma escola pública no interior de Goiás, é bastante comum que diferentes turmas
utilizem alternadamente a mesma sala de aula Preferencialmente, se busca que tal intercalação
ocorra dentre faixas etárias semelhantes. Todavia, em um destes espaços foi necessário que as
turmas da do primeiro ano do ensino fundamental o compartilhassem com alunos do ensino
médio. Assim, durante a manhã os alunos menores decoravam as paredes com seus trabalhos
e registravam o avanço do seu aprendizado. Mas, no período da tarde, começaram a ocorrer
casos cada vez mais frequentes de mesas rabiscadas, trabalhos escolares vandalizados e
pichações que ridicularizavam o aprendizado dos menores.
Assim, diante deste quadro, os pais e professores procuram você, diretor da escola,
para que aponte e implemente a solução mais adequada. Qual seria a melhor solução?
Esse acontecimento acaba por infringir alguns dos direitos fundamentais de nossas
crianças e adolescentes, onde as mesmas por lei, são respaldadas. Sendo eles, aplicados ao
caso hipotético, a proteção integral, que deve ser dada a todos os incapazes civilmente,
equivalente a todas as oportunidades e facilidades, para que tenham a chance de
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade. Onde o caso da vandalização de seus trabalhos escolares, com a intenção de
ridicularizar o aprendizado dos menores, acaba trazendo traumas aos pequenos e até mesmo
atrapalhando e danificando seu aprendizado, que no qual é de suma importância nesta idade,
2
pois é a fase onde os mesmos devem ter uma boa base de ensino e desenvolvimento escolar,
para assim, consequentemente, obterem um bom desempenho futuramente em sua
alfabetização.
Também temos a absoluta prioridade, onde os menores de 18, devem ter prioridade na
hora de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias, no atendimento público e na
hora da definição de políticas públicas, como no serviço de saúde, caso que é transgredido
quando a escola opta por utilizar a verba que lhes é ofertada pelo governo, para fins que não
sejam focados inteiramente nos alunos, como enfeites e decorações sem necessidade, visando
mais o embelezamento do prédio e não a infraestrutura correta para os pequenos. Fato
comprovado através de uma pesquisa, apontando que apenas 4,5% das escolas públicas do
país têm todos os itens de infraestrutura previstos em lei, no Plano Nacional de Educação
(PNE), de acordo com levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação em 2018.
E por fim, ao se tratar do foco principal dos direitos do ECA que rondam este assunto,
o primordial é o da educação, onde os pais são obrigados a matricular os filhos no sistema de
ensino e zelar pela frequência regular, frequência essa, que possivelmente pode ser abalada as
crianças da manhã, por se sentirem ridicularizadas ao ir a escola e ver seus trabalhos
danificados, e com isso, tendo um desestímulo para estudar, afetando seu aprendizado e sua
presença escolar. As escolas devem reportar casos de evasão escolar ou casos em que
identifiquem maus-tratos envolvendo os alunos, um direito que é violado quando os
professores optam por esconder problemas como estes dos pais do menor. Além de terem o
dever de respeitar os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da
criança e do adolescente.
Ainda sobre a relação de atenção do ECA, com os menores, podemos citar fatos
importantes que ocorreram após a criação deste estatuto que poderiam vir a se enquadrar neste
estudo de caso, sendo esses, a teoria do discernimento, em 1890, consistindo na primeira
legislação específica para crianças e adolescentes, já na República. Onde Pessoas entre 9 e 14
anos deveriam ser avaliadas para saber se tinham ou não discernimento sobre os delitos que
praticaram. Se sim, poderiam ser punidas. No casos de vandalismo, tanto na escola quando
aos trabalhos da série inferior, não se pode culpar somente os alunos, pois os professores estão
lá para proteger as crianças e mesmo que utilizarem do argumento de que os adolescentes já
poderiam ser responsabilizados, quem é a voz maior para a defesa de ambos, é a instituição,
ou seja, os professores deveriam visar a proteção das duas partes, mantendo a integridades dos
3
divisão das salas com alunos do ensino médio, consequentemente bem mais velhos que as
mesmas, todas as partes reclamaram da quebra de seus brinquedos educativos, danos a seus
materiais utilizados para a confecção de trabalhos, maquetes destruídas, dentre outros afins.
Ao se tratar da solução para este caso, como diretora, optaria pelo segundo elemento
essencial para solucionar conflitos, litígios, contendas inter individuais e sociais, sendo a
autocomposição, onde o conflito é solucionado pelos próprios envolvidos, sem coerção ou
intervenção direta de outros agentes. Ou seja, através da conversa, do diretor, no caso
hipotético sendo eu, com os pais de ambas as séries, buscando uma melhor solução sem a
necessidade de ir à justiça. Como forma de solução, sugeriria a orientação em casa dos pais
para com seus filhos, sobre o respeito com os demais colegas, e os professores também em
sala de aula, teriam de orientar as crianças a guardarem seus materiais em armários
individuais, tendo um para cada turma, tanto para as do 1º ano do fundamental quanto para os
do ensino médio.