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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS REGIONAL CATALÃO

UNIDADE ACADÊMICA ESPECIAL DE EDUCAÇÃO


CURSO DE PEDAGOGIA
PRFEOSSORA: CLAUDIA TAVARES DO AMARAL
DISCIPLINA: DIREITO A EDUCAÇÃO
DENISE RODRIGUES DIAS DOS SANTOS
MICHELE SANTOS DE JESUS

RESUMO
A disciplina de núcleo livre “Direito a Educação”, ofertada como disciplina de
verão, foi dividida em três partes no primeiro momento tratamos a temática “Direito a
educação para crianças imigrantes e refugiadas”, no segundo momento foram
convidados dois professores do curso de Direito para falar sobre “ Direitos
Fundamentais aplicados à educação”. E no terceiro momento a professora retomou o
assunto para debate e reflexão da temática e exibiu o documentário intitulado “Ninguém
me sonhou”, e para encerramento apresentamos seminários sobre modalidades de
educação onde pesquisamos leis que respalda tais modalidade e apresentamos e
debatemos em sala de aula.
Para a temática Direito a educação a criança imigrante e refugiada foi
ministrada pelo professor Romulo orientando de mestrado da professora Claudia que em
parceria com ela. O conteúdo foi ministrado pelo professor Romulo que com suas
experiências com seu trabalho como voluntario em uma ONG, nos ambientou sobre a
tematca que também faz parte da sua pesquisa de mestrado, trouxe para reflexão leis
que não sabíamos que existiam, histórias sobre povos de outros países e para além
histórias, documentários da experiência desses alunos estrangeiros, artigos que revelam
a relação da escola com o aluno estrangeiro sua família bem como o que eles
encontraram de dificuldade no processo de escolarização, matricula permanência na
escola entre outros.
No transcorrer das aulas foram discutidos temas como:
 A diferença entre imigrante e refugiado e as legislações pertinentes ao
tema.
 Abordar o direito à educação para crianças imigrantes e refugiadas no
Brasil;
 Apresentar dados quantitativos e qualitativos de crianças imigrantes em
escolas brasileiras.
 Minha jornada e história de refugiadas pelo mundo, escrito por Malala
Yousafzai.
Dentre os temas acima citados foram discutidos historias vividas narradas por
estrangeiros suas experiências na perspectiva de pais de alunos estrangeiros na condição
de imigrante e ou refugiado, que estuda ou estudaram em escolas brasileiras quais os
desafios encontrados, na perspectiva do aluno estrangeiro e do aluno brasileiro. Leis que
respaldam os direitos desses indivíduos. Documentários que mostram escolas brasileiras
que implantaram soluções para amenizar situações problemas de alunos estrangeiros.
Finalizamos esta etapa com apresentações de seminários sobre artigos que
estão no livro: Minha jornada e história de refugiadas pelo mundo, escrito por Malala
Yousafzai;
Na segunda parte da disciplina tivemos a temática “Direitos Fundamentais
aplicados à educação”, conteúdos trabalhado pelos professores: Luciano e Marco
Antônio, que revezaram no período matutino e vespertino, em aulas expositivas e
dialogada com a participação da professora Claudia, os professores trabalham com
advogados professores e cargos administrativos o que possibilitou agregar valor com
experiências reais de casos ações movidos por alunos e seus familiares nos apresentou o
desdobramento e seus desfechos, debatemos os assuntos pertinentes e tiramos duvidas
sobre as seguintes temáticas:
 Direitos Fundamentais aplicados à educação
 Lei das Anuidades escolares
 O direito à educação e o corte etário
 Responsabilidade Civil na escola
 Acidente em aula de educação física na escola: de quem é a
responsabilidade?
 Viagem ou passeio escolar e a responsabilidade legal do docente e da
escola
 Atropelamento em horário de aula e a responsabilidade da escola 4.
Aluno se machucou com bola no intervalo na escola e ficou cego.
Responsabilidade de quem?
 ‘Escola Sem Partido’ sob o crivo jurídico e pedagógico
 Qual é a diferença entre ato indisciplinar e ato infracional?
• Expulsão de estudante configura ato ilícito?
• Bullying na escola e a responsabilidade civil pela omissão dos
professores e Gestores
• Bullying na LDB: Novidade da lei 13.663/18 que o professor
deve saber
 Reprovação de aluno às vésperas da formatura e sua (i)legalidade
 Ofensa à docente em redes sociais e o dano moral?
 Agressão à professora em sala de aula: o poder público é responsável?
 Multa aos pais por abandono intelectual e evasão escolar.
Os professores trouxeram casos reais para debatermos o que tornou
interessante e esclarecedora as aulas, pois muitas são as responsabilidades das escolas,
dos professores, do Estado, dos Pais e dos alunos, estas situações nos fizeram
compreender o quão é complexo o sistema educacional, tanto público quanto privado.
Também se fez importante o debate sobre os órgãos e leis que amparam o direito a
educação.
A terceira parte já finalizando a disciplina com a professora Claudia que após a
exibição do documentário: “Nunca me sonharam”, retomou o assunto com reflexões
sobre documentário fazendo um paralelo com a nossa realidade, onde as alunas
opinaram e até se emocionaram com depoimento de uma aluno que se identificou com
os relatos dos alunos do documentário, pelas dificuldades de estudar, mas que hoje ela é
formanda do curso superior e ingressante na pós graduação como mestranda, ela
emocionou a todos. A professora também nos contou sobre sua trajetória de antes da
graduação até os dias atuais que não foi fácil e de como se identifica com depoentes do
documentário o que nos fez refletir que para além das nossas dificuldades que deixamos
família, o conforto do nosso lar para alcançar o sonho da graduação, mas que não somos
só nos existem tantos outros com problemas e dificuldades bem maiores. Debatemos na
sequencia as questões:
 Uberização da educação;
 Resolução de conflitos no âmbito educacional;
 Ativismo Judicial e Judicialização da educação;
Na sequencia dividimos a sala em grupos e apresentamos seminários referente
as seguintes modalidades de ensino:
1. Educação cigana/nômade
2. Educação do Campo
3. Educação a distância
4. Educação no presídio
5. Classe hospitalar
6. Educação indígena/quilombolas
Com as apresentações sobre tais modalidades de ensino nos fez refletir, uma
vez como futuros professores devemos pensar e saber que o direito a educação não é
uma área estática, mas esta em constante evolução, isto porque com as mudanças e
miscigenação de povos culturas surgem novas situações que permitem novas leis sejam
criadas e ou as antigas sejam reformuladas.
Segundo a Constituição federal de 1988 o artigo 205 “A educação, direito de
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração
da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Logo devemos discutir
debater sobre as temáticas uma vez que é direito de todos independente de sua origem,
raça, idade, sexo ou cor. A educação no Brasil é um direto social bem como dar ao
individuo autonomia intelectual e é dever do Estado e da família garantir o acesso e a
permanência na escola.
Faz-se necessário discutir também a precarização da profissão de quanto vem
sofrendo descasos transformando a profissão em algo como prestação de serviço sem
um compromisso formal a uberização traz prejuízos para os profissionais que se
prepararam para trabalhar de uma forma progressiva não com uma turma aqui hoje,
outra turma ali amanhã, sem uma continuidade, acarretando prejuízos no processo de
ensino-aprendizagem. O professor também não teria vinculo empregatício com a escola,
nem com aplicativo o que pode facilitar a ação dos mal-intencionados trazendo perigo
para dentro da escola sem ônus para ninguém. Mas para além de tudo estas discussões
estas experiências agregaram muito valor a formação docente, possibilitou que
aprendêssemos conteúdos referentes a área do direito mais precisamente, direito a
educação, as discussões, debates nos trouxe reflexões sobre temáticas que estão postas
na realidade do nosso país mas que não havíamos parado para refletir sobre as mesma,
iniciou com direito a educação de crianças imigrantes e refugiadas, passando pelos
direitos fundamentais aplicados à educação, que vieram com exemplos práticos com
ações jurídicas e seus desfechos, terminando com os seminários sobre modalidades de
ensino, pois o acadêmico egresso no curso de licenciatura não idealiza uma sala com
alunos que estão passando por uma doença, ou que são de cultura bem diferente dos
demais favorecendo bullying pelos colegas ou que fala um idioma diferente do nosso.
Pelo contrario sempre almejamos ansiamos por uma sala homogênea, logo a disciplina
nos possibilitou aprender um pouco mais sobre tais modalidades de ensino.
REFERENCIA
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Senado Federal: Art. 205. Disponível em:
<https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/
art_205_.asp>. Acesso em: 30 jan. 2020.

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