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“Nunca me sonharam”
Como meus pais não foram bem sucedidos na vida, eles também não me influenciavam, não
me davam força para estudar. Achavam que quem entrava na universidade era filho de rico.
Acho que eles não acreditavam que o pobre também pudesse ter conhecimento, que pudesse
ser inteligente. Para eles, o máximo era terminar o ensino médio e arrumar um emprego:
trabalhador de roça, vendedor, alguma coisa desse tipo. Acho que nunca me sonharam sendo
um psicólogo, nunca me sonharam sendo professor, nunca me sonharam sendo um médico,
não me sonharam. Eles não sonhavam e nunca me ensinaram a sonhar. Tô aprendendo a
sonhar.
Artigo 26
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior,
esta baseada no mérito.
Além das políticas públicas, é importante que haja uma reflexão sobre as práticas
pedagógicas e a construção de currículos que possibilitem a inclusão de conteúdos e
perspectivas diversas. Isso inclui a valorização das culturas e histórias das minorias, bem
como a inclusão de temas como gênero, raça e diversidade sexual. O episódio nove da
websérie trata da pluralidade no ambiente escolar, refletindo sobre a perspectiva de uma
escola plural: quanto mais se abrem espaços para o diálogo plural, mais a educação possibilita
o respeito às diferenças. Sabe-se que os jovens possuem dificuldades familiares, pessoais,
financeiras, e tudo isso, às vezes, pode distanciar o aluno do convívio social. Por isso é
necessária a compreensão de que a escola é um espaço a fim de homogeneizar o convívio
social dos alunos.
Essa reflexão também deve incluir a forma como os professores são preparados e
capacitados para lidar com alunos de diferentes origens e situações socioeconômicas. Isso
inclui a necessidade de formação continuada para desenvolver habilidades e competências
para lidar com a diversidade cultural e os desafios que ela traz, bem como a conscientização
sobre a importância da inclusão e equidade na educação.
Dessa forma, entende-se que a educação precisa ser vista como uma
responsabilidade compartilhada entre os diferentes setores da sociedade, incluindo governo,
escolas, pais e comunidades. Isso inclui a colaboração de todos para garantir que os
estudantes tenham acesso a recursos e apoio para ensinar, aprender e crescer, bem como a
criação de uma cultura de valorização e investimento na educação. Todos possuem papel
principal no funcionamento da escola, especialmente no sentido de ter a visão do outro, pois o
reconhecimento da visão do outro leva à compreensão daquilo que realmente falta.