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Prefeitura Municipal de São Gonçalo

Secretaria Municipal de Assistência Social


Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres

Setembro amarelo
Um alerta pela vida
Origem do Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo é uma campanha global de prevenção do suicídio.


Neste período, as ações de valorização da vida e de cuidados com a
saúde mental se intensificam.

A campanha foi inspirada na história de Mike Emme, um adolescente


norte-americano que cometeu suicídio aos 17 anos. Ele era conhecido
por sua personalidade carinhosa e habilidade mecânica, tendo como
sua marca um Mustang 68 que ele mesmo restaurou e pintou de
amarelo. A família e os amigos não perceberam os sinais de
sofrimento que pudessem alertá-los para o risco de um suicídio. No
funeral, os amigos distribuíram fitas amarelas com a mensagem: “se
precisar, peça ajuda”. A ação inspirou outros movimentos de
conscientização e alcançou o país, e posteriormente o mundo.
.
FATORES DE RISCO

Doenças mentais, aspectos psicológicos, sociais e ter uma condição de


saúde limitante

Destaque:

A violência doméstica tem efeitos muito danosos para a saúde mental da mulher
e das crianças. Mulheres em situação de violência tem maior predisposição a
desenvolverem transtornos de ansiedade e depressão. Algumas pesquisas atuais
relacionam o suicídio de mulheres a uma situação anterior de violência. As
crianças inseridas nesse contexto podem apresentar diversas dificuldades, entre
elas questões relacionadas à socialização e ao aprendizado.
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) destaca que 50% dos casos de
suicídio se associam a alguma doença mental, não tratada ou não tratada
adequadamente. Exemplos: Depressão, Transtorno bipolar, Transtornos mentais
relacionados ao uso de álcool e outras substâncias, Transtorno de personalidade e
Esquizofrenia.
Aspectos psicológicos

• Perdas recentes
• Baixa resiliência
• Personalidade impulsiva, agressiva ou humor instável
• História de abuso físico ou sexual na infância
• Desesperança, desespero e desamparo
• Conflitos de identidade sexual

Quando estes fatores estiverem associados ao consumo de substâncias químicas,


o risco é extremamente alto. Pessoas que já tenham tentado suicídio tem 5 vezes
mais chances de atentar novamente contra a própria vida.
Aspectos sociais

Indice maior de suicídio entre homens – as mortes por suicídio acometem três
vezes mais os homens do que as mulheres. Índice elevado de suicídio entre
idosos.

Fatores sociais de risco:


• Gênero masculino
• Idade entre 15 e 30 anos e acima de 65 anos
• Sem filhos
• Moradores de área urbana
• Desempregados ou aposentados
• Isolamento social
• Solteiros, separados ou viúvos
• Populações especiais: indígenas, adolescentes e moradores de rua

Condição de saúde limitante também é fator de risco:


• Doenças orgânicas incapacitantes
• Dor crônica
• Doenças neurológicas (epilepsia, Parkinson, Hungtinton)
• Trauma medular, etc
Dados
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais
de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao
suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes
registradas. Ainda de acordo com a OMS, as taxas
mundiais de suicídio estão diminuindo, mas na região
das Américas os números vêm crescendo. Entre 2000
e 2019, a taxa global diminuiu 36%. No mesmo
período, nas Américas, as taxas aumentaram 17%.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece
como a quarta causa de morte mais recorrente, atrás
de acidentes no trânsito, tuberculose e violência
interpessoal.
Uma em cada cem mortes ocorre por suicídio, revelam estatísticas da OMS
18 junho 2021
Um relatório liberado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta o
suicídio como uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, na
frente de doenças como HIV, malária e câncer de mama, e até de guerras e
homicídios.
O diretor-geral da OMS alertou que a atenção e prevenção ao suicídio se tornam
ainda mais importantes no contexto da pandemia de COVID-19, que agrava
fatores de risco.
Mundialmente, a taxa de suicídio está diminuindo, mas, nas Américas, subindo.
Embora alguns países tenham colocado a prevenção do suicídio no topo de suas
agendas, muitos permanecem não comprometidos com a pauta.
Para apoiar os países em seus esforços de conter suicídios, a OMS lançou a
campanha “LIVE LIFE”, baseada em quatro estratégias que envolvem a
limitação ao acesso de armas; educação midiática; educação socioemocional e
identificação precoce.
MITOS
Há vários mitos relacionados ao comportamento suicida.
Atente-se a eles!
1. O suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso.
FALSO. Apesar de parecer um ato de impulsividade, o
suicídio pode já ter sido considerado. Muitos indivíduos
emitem algum tipo de mensagem verbal ou comportamental
sobre a intenção de cometer esse ato.
2. Pessoas que sobrevivem a uma tentativa de suicídio ou
que aparentam estar melhores em relação a intenção de tirar
a vida estão fora de perigo.
3. O risco do suicídio existe para o resto da vida.
4. Quem ameaça está apenas querendo chamar a atenção.
5. O suicídio é hereditário.
6. Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm
sempre alguma perturbação mental.
7. As crianças não cometem suicídio, pois não entendem a
consequência do ato e são incapazes de fazer algo contra a
própria vida.
8. Falar sobre suicídio aumenta o risco.
Vamos entender melhor os principais
transtornos mentais?
Depressão (CID 10 – F33) é uma doença psiquiátrica e que produz
uma alteração do humor caracterizada por tristeza associada a
sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa
autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.
É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória
provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que
são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um
ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os
desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas etc.

Luto não é depressão


Sintomas da depressão

Alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional);

Distúrbio do sono (insônia ou sonolência excessiva);

Problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos
os dias);

Fadiga ou perda de energia constante;

Culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade);

Dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou
concentrar-se, o que também afeta a memória)

Ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte);

Baixa autoestima

Alteração da libido.
Transtorno de ansiedade
A ansiedade é uma reação normal diante de situações que podem
provocar medo, dúvida ou expectativa.

É considerada normal a ansiedade que se manifesta nas horas que


antecedem uma entrevista de emprego, o nascimento de um filho,
uma viagem para um lugar desconhecido, uma cirurgia delicada, etc.
Nesses casos, a ansiedade funciona como um sinal que prepara a
pessoa para enfrentar o desafio e, mesmo que ele não seja superado,
favorece sua adaptação às novas condições de vida.

O transtorno da ansiedade é um distúrbio caracterizado pela


“preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de
difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo e vem
acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação,
fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular
e perturbação do sono.
Sintomas associados


Palpitações;

Falta de ar;

Taquicardia;

Aumento da pressão arterial;

Sudorese excessiva;

Dor de cabeça;

Alteração nos hábitos intestinais;

Náuseas;

Aperto no peito;

Dores musculares.
Síndrome do Pânico
Síndrome do pânico é uma condição associada a crises repentinas de ansiedade
aguda, marcadas por muito medo e desespero, associadas a sintomas físicos e
emocionais aterrorizantes.

O ataque de pânico começa de repente e apresenta pelo menos quatro dos


seguintes sintomas:


Medo de morrer;

Medo de perder o controle e enlouquecer;

Dor e/ou desconforto no peito que podem ser confundidos com os sinais do
infarto;

Palpitações e taquicardia;

Sensação de falta de ar e de sufocamento;

Sudorese;

Náusea;

Desconforto abdominal;

Tontura ou vertigem;

Ondas de calor e calafrios;

Adormecimento e formigamentos;

Tremores, abalos e estremecimentos.
FATORES DE PROTEÇÃO

Autoestima elevada
Bom suporte familiar
Crenças religiosas, culturais ou étnicas
Laços sociais estabelecidos
Vida social e lazer
Estar empregado
Ter criança em casa
Ausência de doença mental
Senso de responsabilidade com a família
Capacidade de solucionar problemas
Você conhece o CVV?
O Centro de Valorização da Vida
Trabalha para oferecer suporte emocional e
realizar a prevenção do suicídio.
A organização é reconhecida
como Utilidade Pública Federal desde a
década de 1970.
Voluntários ficam à disposição 24
horas para oferecer atendimento pelo
telefone 188 ou pelo chat online no site.
O atendimento é anônimo e realizado por
voluntários que guardam sigilo.
Disque 188
Locais de acolhimento e orientação à mulher em situação de violência:

Ceom - Centro Especial de Orientação à Mulher


Rua Camilo Fernandes Moreira, s/n – Neves.
Tel. (21) 96427-0012 / (21) 3758-506

Sala Lilás – Projeto voltado ao atendimento especializado com


acolhimento para mulheres em situação de violência
Rua: Capitão Juvenal Figueiredo, 3381 Tribobó (IML)
Tel: 2701-5622 / 3715 -2155

Patrulha Maria da Penha/ 7 º BPM - Tel: (21)9963-0026

Central de Atendimento para a mulher – disque 180

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