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Autoria - George Vittorio Szenészi

Copyright 2016 – Todos os direitos reservados


Publicado em agosto de 2016
SOBRE O AUTOR

George Vittorio Szenészi


Mestre em Psicologia, Certified Master Trainer de PNL,
Instrutor credenciado pelo American Board of Hypnotherapy
e Instrutor de Terapia da Linha do Tempo® convidado como
Trainer pessoalmente pelo seu criador, Tad James PhD
Há mais de 30 anos atua na área da PNL e das técnicas para
mudanças humanas aceleradas, dedicando-se, em especial,
ao estudo das emoções e ao desenvolvimento de técnicas
rápidas para mudança emocional.
É autor dos livros “Está na Hora!? A psicologia das linhas do
tempo" e "As Verdadeiras Emoções: Porque mudar sua vida
emocional".
Diretor da Metaprocessos – Mudanças Humanas Aceleradas.
INTRODUÇÃO

Você se emociona?
Certamente! Mesmo que você seja uma pessoa tida
como fria ou controlada, as emoções estão presentes
em cada momento da sua vida e não apenas nos
momentos emocionais ou emocionantes. Estão em cada
comportamento e cada pensamento seus, nos hábitos,
nas avaliações e nos julgamentos, no que você diz e no que não se diz.
Emoções e sentimentos são termômetros e indicadores para as escolhas
e decisões de cada instante. Formam um mundo muitas vezes oculto
por baixo das suas reações e comportamentos, inclusive daqueles ditos
racionais. São um aspecto fundamental da vida
pessoal para quem lida com treinamentos, estilos de
liderança, escolhas, decisões, desempenho e, em
especial, com a terapia e o coaching – mesmo que
se diga que o coaching seja uma abordagem que
não lida com as emoções.
Como um exemplo, lidar com emoções tem sido um dos aspectos mais
delicados da vida organizacional. Geralmente colocadas de lado por
fazerem parte das reações sobre as quais as pessoas pouco
aprenderam, as emoções são abafadas com uma sutil e inútil orientação
“você precisa aprender a se controlar”. As técnicas atuais para resolver
questões emocionais, nem sempre eficazes, são comumente
sofisticadas ou, com frequência, se parecem com terapia. Profissionais
de RH, consultores, instrutores, coaches e mesmo aqueles que atuam
em terapia necessitam de uma visão consistente e ao mesmo tempo
prática a respeito desse componente inseparável das reações humanas.
EMOÇÕES E SEUS TIPOS

A maioria das pessoas não sabe bem o que são as emoções. Vamos
então começar por aqui. Emoções são respostas corporais automáticas
aos eventos importantes e essenciais da vida. Não são reações mentais
nem puramente psicológicas. São programas biológicos envolvendo
alterações do corpo e da mente em resposta a experiências com o
mundo externo e com o mundo interno. Não são nem positivas nem
negativas – são neutras. São reações biológicas importantes e, por isso
e nesse sentido, são todas positivas.
As emoções têm um papel central na manutenção da vida: são parte
dos processos herdados pela espécie humana que ajudam a manter a
sobrevivência de nossa espécie. Elas mobilizam suas reações para os
casos em que a experiência que você está passando ou reforça ou de
alguma forma ameaça sua integridade de vida. As emoções atuais são o
resultado de uma programação que aconteceu ao longo dos milhões e
milhões de anos da história da evolução até o homo sapiens. Possuem
componentes desenvolvidos a partir dos processos de adaptação por
que cada espécie passou em sua vida.
Algumas respostas emocionais – poucas na verdade – são plenamente
naturais. A maior parte delas é fruto da adaptação recente, talvez na
última dezena dos milhares de anos do homo sapiens, ao meio cultural
em que crescemos. Daí surge o que podemos chamar de emoções
naturais e de emoções substitutas.
As emoções naturais são geneticamente herdadas: alegria, prazer
sensorial, afeto, tristeza, raiva, medo, surpresa, expectativa e aversão.
Você não precisou aprendê-las, já vieram com você. As outras, as
emoções substitutas, são “adaptações” de cada indivíduo a partir de
experiências onde as emoções naturais, biológicas, não puderam ser
expressas ou vividas naturalmente. São, por exemplo, a culpa, angústia,
nostalgia, apatia, solidão, ressentimento, mágoa, irritação, impaciência,
ansiedade, insegurança, cautela e muitas outras. São as emoções
adaptadas para a regras da vida “civilizada”.
Cada emoção natural pode ser entendida como uma mensagem sobre o
acontecimento que a estimulou. Está informando algo sobre a relação
entre o evento que a deflagrou e o equilíbrio de sua vida. A tristeza, por
exemplo, vem a partir de uma perda significativa, a perda de algo ou de
alguém que era importante para você. A raiva é a resposta a uma
invasão de outro em seu espaço pessoal físico, moral ou afetivo.
Já as emoções substitutas vieram do impedimento ou do controle das
reações naturais. São frutos da adaptação a regras não naturais dos costumes
de cada povo. Pelo fato de surgirem dessa negação a respostas
biologicamente constituídas, cada emoção substituta, de certa
forma, diz do quanto você deixou de compreender ou de
aceitar certas coisas naturais ao longo da jornada de suas
experiências.
Cada emoção substituta está dizendo do quanto você está
despreparado para lidar com a vida. Veja alguns exemplos.
Uma ansiedade fala de seu despreparo para lidar com um
evento futuro; a saudade, nostalgia e apatia, de sua dificul-
dade para se desapegar de algo passado e viver o momento
presente; a mágoa e o ressentimento, do quanto você não
conseguiu superar uma agressão ou uma perda de direitos
e acusa outros por isso; a indecisão, do quanto você teme as
consequências de uma escolha; a culpa, do quanto você não
assume a responsabilidade total por seus atos e é guiado por preceitos que
vieram de outros. Lamentavelmente as emoções substitutas ocupam
massivamente a maior parte das reações emocionais atuais.
VIVENDO AS EMOÇÕES

Emoções e sentimentos são os termômetros e os indicadores corporais para


as escolhas e decisões de cada instante. Viver é uma experiência
continuamente emocional. O que muitos pensam é que as emoções são
motoras para suas vidas: precisam guardar raivas para ter energia e culpa
para aprenderem a respeito de seus erros; precisam da ansiedade para serem
rápidas ou do medo para se protegerem. Outros interpretam as emoções
como sinais a respeito do momento em que vivem – como a angústia para
sinalizar que estão sendo oprimidos ou a indignação para mostrar que não
aceitam algo considerado injusto. Não sabem que essas emoções, sendo
parcelas e adaptações de reações naturais que permanecem no corpo, fazem
mal ao seu corpo. Não sabem que existem outros sinais mais saudáveis para
os mesmos propósitos e que as emoções não devem ser guardadas.
É importante saber que emoções são experiências que passam pela vida
e não precisam deixar rastros. Cumprem seus papéis em cada
momento mobilizando seu corpo para respostas e reações para, em
seguida, desaparecem.
O CONTROLE EMOCIONAL

Você sabe o que é controlar as emoções?


Controlar é conter, dirigir, alterar
a manifestação da emoção.
Controlar significa impedir que
uma emoção apareça na sua
forma natural.
Quando você controla sua emoção, de alguma forma você a está
suprimindo ou limitando sua manifestação. E suprimir emoções –
suprimir um programa biológico – tem consequências biológicas:
disfunções químicas, alterações orgânicas, desequilíbrio nas tensões
musculares e viscerais, desequilíbrio nas manifestações do pensamento
e da razão, estresse. Por outro lado, manifestar toda e qualquer emoção
num mundo controlado como o nosso atual, tem também seu ônus:
pode-se criar situações sociais às vezes não muito felizes ou, devido às
regras sociais, incômodas de lidar e insatisfatórias para necessidades
pessoais.
Como lidar com um dilema como esse? Suprimir faz um mal, expressar
traz outro mal. Um beco sem saída?
A solução, porém, existe e você um dia já a dominou. A habilidade que
você já teve quando criança e que o tempo, aliado de uma educação
que mais se pareceu com domesticação, o fez esquecer. A habilidade
que chamo de finalização: deixar as emoções se processarem
finalizando o ciclo biológico de cada uma. Você que já viu crianças
brigando, quanto tempo leva a raiva de uma que teve seu amiguinho
pegando seu brinquedo e saiu correndo? Pois é... alguns segundos de
briga – e em seguida está tudo normal. Já viu bebês rapidamente
alternando o riso com o choro? Emoções são assim, não são demoradas
e não necessitam ficar guardadas. Elas podem se reorganizar e
desvanecer muito rapidamente. É preciso reaprender a fazer isso.
Deixar as emoções realizarem aquilo que para o qual se desenvolveram.
Essa realização é que permite a vida naturalmente equilibrada e isenta
de efeitos residuais das emoções.
A RACIONALIDADE

Estudos científicos mostraram algo que a intuição e a experiência já


vinham apresentando há algum tempo – não existe racionalidade
adequada sem emoção. Os circuitos neurológicos do pensamento
racional se cruzam com os circuitos neurológicos das emoções em
certas regiões do cérebro (como por exemplo os córtices pré-frontais
ventromedianos e a amígdala). O dano dessas regiões compromete, de
maneira consistente e clara, o raciocínio, a tomada de decisões e,
também, as emoções e os sentimentos, e isso especialmente nos
domínios pessoal e social.
O que isso significa, em termos práticos, é que na vida pessoal, tanto
quanto na profissional, a vida racional depende da vida emocional.
Analisar problemas, criar opções, fazer escolhas e implantar medidas
são, por exemplo, movimentos gerenciais que, por dependerem de um
raciocínio bem fundamentado, dependem do lado emocional e do
sistema de avaliação interior dos profissionais. Sim, analisar, avaliar,
julgar e fazer escolhas são processos basicamente emocionais. Isso por
que são os sentimentos, ou seja, suas reações corporais, que informam
à pessoa sobre a qualidade e a adequação de suas decisões. No mínimo,
é a sensação corporal correspondente a “essa é a melhor escolha”. As
pesquisas científicas mostram que a certeza e a incerteza são repostas
dadas por sinalizadores corporais. Assim, a racionalidade pura é
humanamente impossível ou totalmente disfuncional. E que estados
emocionais disfuncionais, que vêm do controle emocional,
comprometem o uso efetivo do raciocínio e da inteligência.
Os estados emocionais estabelecem as matrizes para a resposta a um
acontecimento. As motivações mais profundas de cada opção que uma
pessoa faça são essencialmente emocionais – atendem a programas
instintivos ou a respostas emocionais que são vinculadas a necessidades
e a escolhas básicas como valores e preferências.
É preciso olhar as emoções e os sentimentos às vezes muito sutis que
estão interferindo fortemente em decisões, escolhas e opções de ação.
Equivocam-se aqueles que consideram sentimentos fortes como
necessários para o alcance de metas e objetivos. Em grande parte,
sentimentos fortes permanentes como determinação, coragem e vitória
indicam a presença de sutis emoções não finalizadas escondidas no
meio deles e que lhes são a razão de existirem.
FINALIZANDO

Sim, finalizar estados emocionais pendentes é o caminho para a saúde


emocional, a dispensa do controle emocional a racionalidade saudável.
Tomar cada estado emocional que ainda esteja ligado a memórias e
situações e transformá-los em aprendizados, compreensões ou aceitações.
Tomar cada emoção e eliminar sua presença da memória de suas histórias é
libertar a vida para a construção harmoniosa do agora e do futuro. Os
grandes “agoras” e os futuros grandiosos se erguem mais facilmente quando
apoiados no presente, e não no passado. Um passado cujas lembranças
possuem momentos insatisfatórios precisa ser refeito. Emoções ocorridas e
ainda doloridas são sinais de duas condições: a necessidade de controle
emocional e o comprometimento da racionalidade e uso da inteligência. E
isso significa dependência emocional e falta de liberdade interior.
Você, seus clientes e pacientes merecem bem mais do que isso.
Continue conosco para saber mais sobre o não controle emocional e
como finalizar as emoções antigas de uma forma imediata e altamente
eficaz. Saiba como construir rapidamente um novo passado e viver um
agora mais feliz com menos emoções.

contato@liberdadeemocional.net

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