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Adaptação e plasticidade do Cérebro Humano

Bruna Pinto nº2


Inês Silva nº6
Leonor Brites nº10
Rui Tuna nº19

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Índice

1. Intrdução__________________________________________________________________3
2. Neuroplasticidade___________________________________________________________4
2.1. Inacabamento______________________________________________________4
2.2. Plasticidade Desenvolvimental/Função Vicariante__________________________4
2.3. Adaptabilidade______________________________________________________5
3. Importância da Neuroplasticidade ______________________________________________5
4. Conclusão__________________________________________________________________6

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Neste trabalho vamos analisar a relação entre o cérebro e a capacidade de adaptação e
de autonomia do Homem (neuroplasticidade). Antigamente acreditava-se que o cérebro após
atingir a sua maturidade não se alterava, e que quando uma área sofria uma lesão a disfunção
era permanente. Atualmente encontramos um vasto leque de informações sobre este tema e
obviamente a teoria antiga foi totalmente excluída. No entanto, estas teorias evoluíram e
chegamos ao conceito de neuroplasticidade que é a capacidade que o cérebro tem de
aprender e se reprogramar. Essa competência está presente nas células nervosas e permite que
todo o sistema nervoso consiga se adaptar a determinadas situações como traumas e lesões.

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Sendo o cérebro uma parte do nosso organismo, também ele se desenvolve
lentamente ainda que, programado geneticamente, é muito influenciado pelo meio, ou seja,
pelas experiências.
Isso acontece porque comparado a outros animais o ser humano chega ao mundo
prematuramente e não especializado/equipado com as funções necessárias para a sua
sobrevivência. No entanto devido á adaptação e plasticidade do nosso cérebro, conseguimos
com o auxílio da tecnologia sobreviver às condições do ambiente onde estamos.
A ciência tem demonstrado que o nosso cérebro é capaz de se adaptar mesmo na idade adulta.
Deste modo, considera-se que o cérebro humano é um órgão dinâmico e adaptativo, capaz de
se reestruturar em função de novas exigências ambientais ou das limitações impostas por
lesões.

Com isto a neuroplasticidade divide-se de duas formas distintas ainda que


complementares:
A plasticidade desenvolvimental ocorre quando o cérebro não maturado, de uma criança,
começa a processar a informação dos sentidos até ao período adulto. Acontece sempre que
aprendemos algo novo ou experienciamos algo novo.
A função vicariante é um processo em que depois de uma zona do cérebro ser danificada
devido a uma lesão ou doença, outros neurónios geralmente vizinhos da zona lesionada
adaptam-se para exercer as funções dela, não sendo sempre possível recuperar essas funções
na totalidade. Um exemplo desse processo é o caso de uma mulher anônima de 24 anos que
descobriu a partir de exames médicos que vive desde a sua nascença sem cerebelo. Ainda
assim, leva uma vida relativamente normal e os problemas que enfrenta são pouco
significativos em relação ao que seria previsto pela ciência, pois tudo indica que o córtex desta
mulher terá assumido as funções da estrutura em falta. Este caso abre novas perspetivas sobre
a plasticidade cerebral e a capacidade do sistema de se adaptar e reorganizar.

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Passamos agora a explicar o efeito da idade na plasticidade cerebral, apesar do cérebro
ter a capacidade de se reorganizar durante toda a vida, a plasticidade diminui com a idade. Por
exemplo, crianças que são submetidas a uma hemisferectomia radical (a remoção total de um
dos hemisférios cerebrais que paralisa um dos lados do corpo), acabam muitas vezes por
recuperar quase todo o movimento do lado afetado porque o hemisfério restante assume as
funções do hemisfério removido. Esta capacidade de reorganização não é tão comum em
adultos, mas ainda assim são conhecidos casos de adultos com AVCs que em poucos meses
conseguiram recuperar os movimentos de por exemplo uma perna paralisada.
Um exemplo é o caso de Genie, uma rapariga que foi mantida em cativeiro durante 13 anos
pelo próprio pai e que não falava. Através de testes neurológicos descobriu-se que o hemisfério
esquerdo do cérebro dela que controla, a linguagem, não estava tão desenvolvido. Isso deve-se
á ausência de estimulação da linguagem. O que impedia o desenvolvimento do seu cérebro,
depois foi submetida a treinos específicos que a ajudaram a desenvolver muito lentamente a
linguagem, porém só utilizava formas elementares de comunicação verbal.

Por fim, vamos falar sobre a importância da neuroplasticidade, da se pelo facto de que
ela estimula a adaptação do cérebro as mais variadas situações. Isso faz também com que um
individuo não perca totalmente a sua capacidade de realizar várias tarefas, mesmo que
algumas áreas do seu sistema nervoso estejam lesionadas.
Eventos traumáticos também podem gerar distúrbios psicológicos, como a síndrome do pânico
e outros transtornos de ansiedade. Estimulando a neuroplasticidade e possível auxiliar uma
pessoa a enfrentar esses problemas e minimizar os seus efeitos na sua vida.
Outra aplicação interessante da neuroplasticidade é a de desenvolver novos hábitos e
substituir antigos.

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Concluindo, a interação com os outros e com o mundo em geral transforma
continuamente o nosso cérebro, esta transformação, apelidada de plasticidade, ocorre
naturalmente em consequência das novas experiências e da aprendizagem ou como um
mecanismo adaptativo de compensação de funções perdidas ou de maximização de funções
mantidas em caso de lesão cerebral. Embora a plasticidade cerebral seja uma capacidade
presente ao longo da vida toda, ela tende a diminuir progressivamente com a idade.

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Bibliografia

https://blog.cognitivo.com/neuroplasticidade/
Manual da Disciplina

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