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E
FUNÇÕES CORTICAIS
Prof. Doutorando Pablo
Silva de Lima
BIBLIOGRAFIA ATUAL.
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NEUROPLASTICIDADE
OU
PLASTICIDADE CEREBRAL
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• Plasticidade é sua capacidade de fazer e desfazer ligações
entre os neurônios como consequência das interações
constantes com o ambiente externo e interno do corpo.
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• É a capacidade das sinapses neurais e das vias cerebrais de serem
modificadas por pensamentos e emoções alteradas, bem como por estímulos
ambientais, comportamentais e neurais.
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EXEMPLO...
• O treino e a aprendizagem podem levar à criação de novas sinapses e à
facilitação do fluxo da informação dentro de um circuito nervoso.
• Por outro lado, o desuso, ou uma doença, podem fazer com que ligações
sejam desfeitas, empobrecendo a comunicação nos circuitos atingidos
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NEUROPLASTICIDADE
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• São exemplos de neuroplasticidade a neurogênese que ocorre em
algumas regiões do cérebro adulto influenciada por fenômenos
ambientais; a regeneração bem-sucedida de axônios periféricos
submetidos a lesões, e a regeneração malsucedida dos axônios do
sistema nervoso central.
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• Define-se neuroplasticidade como a propriedade do sistema nervoso
de alterar a sua função ou a sua estrutura em resposta às influências
ambientais que o atingem.
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GENÉTICAS DESENVOLVIMENTO AMBIENTAIS
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• Essa fase de maior suscetibilidade ao ambiente, que caracteriza o
sistema nervoso imaturo, é chamada período crítico, e varia para as
diversas regiões e sistemas neurais, bem como para os
comportamentos e funções correspondentes.
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• Tanto durante o desenvolvimento quanto na vida adulta, a neuroplasticidade pode
manifestar-se paralelamente (com frequência, simultaneamente) de três maneiras
distintas:
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O SISTEMA NERVOSO SE
REGENERA?
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• Poucos anos atras, essa pergunta quase intuitiva que todos nos
fazemos tinha uma resposta direta e simples: não, o sistema
nervoso não se regenera.
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• A recuperação neural depende da restauração da função cerebral nos
tecidos neurais inicialmente perdidos em consequência de lesão ou
doença.
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• Sempre se soube que a neurogênese é ativa durante as fases iniciais do
desenvolvimento, cessando em seguida para dar lugar aos mecanismos de
posicionamento e diferenciação das células neurais; mas não se sabia que
algumas regiões do sistema nervoso retinham essa propriedade até a vida
adulta.
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• Desde os tempos do famoso histologista espanhol Santiago Ramón y Cajal
(1852-1934), sabia-se que os axônios do sistema nervoso periférico exibem
ampla capacidade regenerativa, tanto morfológica quanto funcional, e que isso
não acontecia tão facilmente no sistema nervoso central.
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• Neurogênese significa o exercício do ciclo celular integral pela
célula nervosa.
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• Um aspecto central da plasticidade é o aumento (ou
diminuição) de sinapses, porque é por meio das sinapses que
as células se comunicam e, portanto, é por meio das sinapses
que podem ocorrer alterações na comunicação entre os
neurônios.
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• A neuroplasticidade está presente em ambos os casos, durante
processos patológicos e lesões no SN, bem como, faz parte da
fisiologia normal do nosso corpo desde a ontogenia (embriologia) até
a vida adulta e morte.
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REGENERAÇÃO AXÔNICA NO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
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REGENERAÇÃO AXÔNICA NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
• No sistema nervoso central dos mamíferos a situação é bem diferente.
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• A incapacidade de regeneração dos axônios centrais torna
permanente o efeito das lesões.
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• Tem-se tentado utilizar meios farmacológicos ou imunológicos para
bloquear a ação das proteínas inibidoras do crescimento axônico,
desfazer a cicatriz glial, acelerar a remoção dos detritos de mielina.
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COMO PROMOVER
NEUROPLASTICIDADE?
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REFERÊNCIAS
• Cosenza, Ramon, M. e Leonor B. Guerra. Neurociência e educação: como o
cérebro aprende . Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2009.
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OBRIGADO!
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FUNÇÕES
COGNITIVAS
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• O conceito de que existem áreas corticais especializadas ou
dedicadas a funções específicas, como a linguagem, a atenção ou a
memória, vem sendo cada vez mais criticado e substituído pelo
modelo das redes nervosas dedicadas
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Segundo Mesulam (2000), pelo menos cinco redes de larga escala
poderiam ser identificadas:
• 1. uma para atenção espacial, com epicentros nos córtices
parietal, pré-frontal e giro do cíngulo, com predominância à direita;
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• 2. Uma para linguagem com epicentros frontal (área de Broca) e
temporoparietal (área de Wernicke), com predominância à esquerda;
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• 3. uma para memória e emoção, com epicentros no hipocampo e
amígdala;
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• A cognição, seguramente, é um fenômeno derivado do funcionamento dos
circuitos neurais.
• Ela não pode ser localizada em sinapses ou neurônios isolados, mas deriva do
processamento que ocorre em um grande número de elementos nervosos
interconectados de forma complexa.
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VAMOS AS FUNÇÕES
NEUROCOGNITIVAS
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ATENÇÃO
FUNCIONAMENTO
ATENCIONAL
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• Na verdade, boa parte dessa informação não chega a ser processada, não só
porque é desnecessária e seria pouco econômico cuidar dela, mas também
porque nosso cérebro, apesar de constituído por bilhões de células
interligadas por trilhões de sinapses, não tem a capacidade de examinar tudo
ao mesmo tempo.
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• O modelo cognitivo do sistema atencional humano proposto e revisado por
Posner (2012) envolve três componentes dissocia- dos: alerta, orientação e
atenção-executiva (ou vigília, processos atencionais automáticos e processos
atencionais controlados, dependendo da tradução)
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• Os processos atencionais automáticos representam um sistema relacionado
ao direcionamento do foco atencional diante de estímulos ambientais.
• Além disso, esse sistema apresenta também conexões com regiões dos lobos
frontais relaciona- das aos movimentos oculares e manuais e à linguagem
expressiva.
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• O terceiro componente do sistema atencional é composto pelos
processos atencionais controlados, que envolvem recursos de
natureza executiva, permitindo ao sujeito a mudança voluntária de
foco, a manutenção do tônus atencional e a resolução de conflitos
atencionais em situações que demandam inibição, flexibilidade e
alternância.
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• atenção executiva é que ela está relacionada aos mecanismos de
autorregulação, ou seja, com a capacidade de modular o comportamento de
acordo com as demandas cognitivas, emocionais e sociais de uma determinada
situação.
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• Processos atencionais automáticos encontram grande sobreposição com o
conceito de velocidade de processamento, domínio cognitivo comumente
encontrado em estudos de natureza psicométrica que se relaciona à
velocidade de execução de diferentes tarefas, das mais simples às mais
complexas.
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Atenção sustentada
A atenção dividida
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APRENDIZAGEM
ATENÇÃO
SOLUÇÕES DE
DIVERSOS
PROBLEMAS DA
VIDA DIÁRIA
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LINGUAGEM
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O QUE É LINGUAGEM?
• Segundo Harley (2013, p. 5), “trata-se de um sistema de símbolos e regras que
possibilitam que nos comuniquemos.
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• Detalhes da base neural da linguagem foram inicialmente
evidenciados a partir de estudos de distúrbios adquiridos da
linguagem, conhecidos como afasias.
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• Portanto, os distúrbios de linguagem adquiridos geralmente
interferem de forma significativa nas habilidades comunicativas,
sociais, laborais e de (re)integração à sociedade (Hillis, 2007).
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Os componentes de representação da linguagem envolvem o
processamento nos seguintes níveis:
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• e) Lexical: envolve compreensão e produção de palavras. Léxico é o
conjunto de palavras em uma dada língua ou no repertório linguístico de uma
pessoa.
• f) Sintático: refere-se às regras de estrutura das frases, às funções e às
relações das palavras em uma oração.
• g) Pragmático: compreende o modo como a linguagem é usada e
interpretada, considerando as características do falante e do ouvinte, bem
como os efeitos de variáveis situacionais e contextuais.
• h) Prosódico: integra a habilidade de reconhecer, compreender e produzir
significado afetivo ou semântico com base na entonação, na ênfase e em
padrões rítmicos da fala
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• Estudos de neuroimagem funcional com participantes neurologicamente
saudáveis e com pacientes com dano neurológico têm destacado a
importância do hemisfério cerebral esquerdo (HE) para o processamento da
linguagem, tanto oral como escrita (Ca- tani et al., 2012; Purcell, Napoliello, &
Eden, 2011; Vigneau et al., 2006).
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• Vigneau e colaboradores (2006) realizaram um estudo de metanálise
descrevendo a organização funcional do HE para a linguagem.
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• No estudo de revisão de Catani e colaboradores (2012),
identificaram-se di- versas regiões, concentradas principalmente no
HE, responsáveis pelas habilidades de linguagem.
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• As projeções talâmicas auditivas (área 21 de Brodmann), quando
dani- ficadas, mostram-se responsáveis pela surdez cortical de sons
ou palavras.
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• O hemisfério cerebral direito (HD) também tem um importante papel no pro-
cessamento da linguagem e da comunicação.
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• Entre as alterações adquiridas de linguagem, as afasias são as mais
estudadas.
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• O diagnóstico de afasia é realizado a partir do desempenho do
paciente em tarefas de linguagem oral e escrita que avaliam
compreensão, expressão, nomeação e repetição nos níveis da
palavra, da sentença e do discurso
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NEUROANATOMIA DA LINGUAGEM
Área de Wernicke,
Área de Broca, na
no lobo temporal
região frontal
superior posterior
lateral esquerda
esquerdo,
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AFASIA DE BROCA
• Caracterizam-se por fala espontânea e repetição de sentenças não fluentes
(extensão da frase reduzida melodia e agilidade articulatória alteradas, menor
número de palavras por minuto).
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AFASIA GLOBAL
• A fala espontânea consiste em estereotipias e perseverações, em que a
compreensão mostra-se severamente prejudicada, podendo ser
compreendidos apenas comandos simples.
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AFASIA DE WERNICKE
• Caracteriza-se por linguagem expressiva espontânea e repetição fluentes,
mas desprovidas de sentido (jargão), além de comprometimento da
compreensão de palavras, sentenças e conversação.
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MEMÓRIA
• A complexidade da memória diz respeito ao envolvimento de
diversos processos de recepção, arquivamento e recordação de
informações. Trata-se de uma função multifacetada, envolvendo
diversos mecanismos neurais
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• Grande parte do conhecimento atual sobre neuroanatomia da memória teve
como gatilho o famoso caso de amnésia anterógrada profunda (perda da
capacidade de fixar na memória acontecimentos ocorridos após um agente
amnéstico) do paciente H.M
• A primeira publicação sobre esse paciente ocorreu no final dos anos 1950
(Scoville & Mil- ner, 1957), quando foi relatada a retirada cirúrgica de porções
temporais mediais bilateralmente, evidenciando a importância das estruturas
dessas regiões para a memória, assim como possibilitando seu fracionamento
entre memória declarativa (explícita) e não declarativa (implícita) – esta última
preservada no paciente, apesar de sua total incapacidade de se lembrar de
eventos novos
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• https://www.youtube.com/watch?v=W0TTQroCjoQ&list=PLCt5pFbxY1GTUKZ
vmGMdIIwdGzO4x9Gef
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MEMÓRIA DE CURTO A MEMÓRIA DE LONGO
PRAZO PRAZO
• Se caracteriza por ser um • Refere-se à memória
sistema de capacidade para eventos que
limitada responsável ocorreram a vários
pelo armazenamento minutos, horas, dias,
temporário e pelo meses ou anos atrás
controle da informação. (tulving, 1983).
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• As memórias declarativas são aquelas que contêm informação que, em geral,
sabemos que possuímos e à qual temos acesso consciente.
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A memória episódica é aquela que
memórias declarativas semânticas
contém informação acerca da nossa
contêm informação a respeito do
própria vida e de eventos com ela
ambiente que nos rodeia e da qual
relacionados como, por exemplo, a
somos capazes de lembrar sem saber
festa de nossos 15 ou 18 anos ou o
como, quando e/ou onde a adqui-
dia em que conhecemos nossa
rimos.
companheira ou nosso companheiro.
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• As memórias procedimentais (de procedimento ou implícitas, ou
ainda não-declarativas) contêm informação à qual não temos
acesso consciente, tal como o conhecimento de um procedimento
automático (dirigir um automóvel, digitar um documento) e a
informação adquirida durante paradigmas de condicionamento e
habituação.
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• Na formação das memórias declarativas participam várias regiões corticais
(pré-frontal, entorrinal, parietal etc.) e, fundamentalmente, o hipocampo,
uma estrutura cortical filogeneticamente antiga localizada no lobo temporal
do cérebro
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• Denomina-se amnésia a perda ou falha da memória declarativa.
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• Já a amnésia retrógrada impede a lembrança de fatos e eventos que
tenham acontecido antes do início da patologia.
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• A região CA11 do hipocampo desempenha papel fundamental na formação
de memórias declarativas.
• Porém, essa região não atua isoladamente, mas sim como parte de um
circuito reverberante funcionalmente ativo que envolve o neocórtex
temporal vizinho (córtex entorrinal) e outras duas subáreas hipocampais: o
giro dentado e a região CA3
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• Estruturas límbicas:
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PARA EU APRENDER
1.aquisição de material;
2.armazenamento;
3.resgate do material.
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FUNÇÕES
VISUOPERCEPTIVAS
• Os principais processos cognitivos associados à identificação e ao
reconhecimento de objetos incluem os processos visuais primários,
perceptivos e associativos.
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• Processos perceptivos
• Esses processos integram os processos visuais primários em estruturas
perceptivas coerentes, possibilitando perceber a forma de um objeto.
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• Processos associativos
• Os processos associativos são responsáveis pela análise semântica do objeto
ou reconhecimento de seu significado.
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• Prosopagnosia
• Esse quadro consiste na incapacidade de reconhecer faces familiares e
famosas como consequência de comprometimento da região têmporo-
occipital, especialmente do giro fusiforme, no hemisfério direito (não
dominante).
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REFERÊNCIAS
• Fuentes, Daniel, e outros. Neuropsicologia . Disponível em: Minha Biblioteca, (2ª edição).
Grupo A, 2014.
• KREBS, Cláudia. Neurociências Ilustradas . Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2015.
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OBRIGADO !
LEMBRE-SE DA ATIVIDADE DE PÓS-AULA
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