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“ NEUROPLASTICIDADE E APRENDIZAGEM”

Armando Otávio Vilar de Araújo


Neurologista
CRM/RN 1563/ RQE 1228
“NEUROPLASTICIDADE”

*É a propriedade do cérebro se modelar, adaptar ou auto-


organizar suas conexões neurais em reflexo a novas
experiências. O fenômeno é descrito pela capacidade do
cérebro se modificar para se adaptar a lesões.
- Os neurônios são gerados por um processo chamado
neurogênese, proveniente de células-tronco e progenitores
neurais para compor nosso sistema nervoso, sobretudo na
região cerebral.
- A neurogenia é um processo contínuo e responsável por
expandir nossas redes neurais. Evento integrante sobretudo
da neuroplasticidade no aprendizado.

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“NEUROPLASTICIDADE”

* Os neurônios amadurecem em regiões específicas do cérebro,


ao receberem sinais neuroquímicos em reflexo de novas
experiências.
- As redes neuronais são terminações nervosas que acessam
capilarmente regiões do cérebro responsáveis pelo
aprendizado, memórias e inúmeras outras funções cognitivas.
- Quando usamos nosso cérebro de formas novas, criamos
novos caminhos para comunicação neural. Mesmo quando
adultos, o que aprendemos e ao que nos adaptamos ao longo
da vida, reorganizamos nossos neurônios existentes.
- Neuroplasticidade é o que nos permite aprender, memorizar
e adaptar através de nossa experiência com o mundo a nossa
volta.

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“NEUROPLASTICIDADE”

* Quanto menos se usa uma função cerebral, pior ela fica, ao


mesmo tempo que quanto mais se usa o cérebro em uma
atividade, melhor ele é capaz de realizá-la.
- A prática de exercícios mentais e um estilo de vida saudável,
favorece ao incremento da plasticidade cerebral e da
habilidade de aprender, a medida que envelhece.

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“SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NA NEUROPLASTICIDADE”

* Os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas


pelos neurônios, que permitem o envio de informações a
outras células (de nervo ou músculo). Eles podem atuar no
encéfalo, na medula espinhal e nos nervos periféricos. São
produzidos na célula transmissora e são acumulados em
vesículas sinápticas.

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“SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NA NEUROPLASTICIDADE”

*A maior parte encontra-se em três categorias: aminoácidos,


aminas e peptídeos. Cerca de 60 neuotransmissores foram
identificados e podem ser classificados, em geral em uma das
quatro categorias:
-Colinas, das quais a actilcolina é a mais importante;
-Aminas biogênicas, a serotonina, a histamina, e as
catecolaminas – a dopamina e a norepinefrina;
-Aminoácidos, o glutamato e o aspartato são os
transmissores excitatórios bem conhecidos, enquanto que o
ácido gama-aminobutírico (GABA), a glicina e a taurina
são neurotransmissores inibidores.

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“SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NA NEUROPLASTICIDADE”
-Neuropeptídeos, são formados por cadeias mais longas
de aminoácidos (como uma pequena molécula de proteina).
Muitos deles têm sido implicados na “modulação” ou na
“transmissão de informação neural”.
- Os neurotransmissores estão relacionados a dores, depressão
e doenças como Parkinson e Alzheimer.
- Não nos esqueçamos que a plasticidade neural é uma
mudança adaptativa na estrutura e nas funções do sistema
nervoso. Isso permite que os neurônios se regenerem e que
sejam criadas conexões sinápticas – meios da comunicação
entre os neurônios.
- De forma simples: a neuroplasticidade é o que permite que o
cérebro seja adaptável as mudanças, atuando de forma
maleável.

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“COMO SE DÁ A NEUROPLASTICIDADE”

- Existem duas principais formas por meio das quais ocorre a


neuroplasticidade: uma delas é o brotamento – quando há o
crescimento de uma área lesionada por meio de axônios. É
uma forma de os axônios se alongarem em direção a neurônios
que se encontram afastados.

A outra é a ativação de sinapses latentes – quando ocorre


uma lesão ou destruição de estímulos cerebrais, sinapses que
até então estavamn adormecidas, ficam ativas

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“QUAL A IMPORTÂNCIA DA NEUROPLASTICIDADE”

* Objetivos: aprender uma nova língua, preparar-se para uma


nova carreira, e utilizar a neuroplasticidade para agregar
conhecimentos e fortalecer conexões cerebrais a partir da
mudança de hábitos e comportamento.
- Existem evidências que o cérebro produz novos neurônios.
- A aprendizagem, as experiências e o ambiente em que você
vive são fundamentais para instigar a neuroplasticidade.
- Aprender novas línguas, ler bastante e praticar exercícios
físicos são hábitos que atenuam a deterioração, que inicia na
fase adulta.

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“NEUROPLASTICIDADE E SUA UTILIZAÇÃO CLÍNICA”

* O objetivo é aumentar a plasticidade do cérebro por meio de


exercícios que despertem as sinapses.

- A perda da neuroplasticidade ocorre com o tempo. Em geral,


ela diminui com a idade. Há alguns sinais que demonstram
essa perda: processamento de informações mais lento,
desatenção e falhas na memória são fatores presentes no
funcionamento cerebral com o tempo.

- A neuroplasticidade pode e deve ser estimulada na vida


adulta. (leitura de livros).

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“FUNDAMENTOS DA NEUROPLASTICIDADE”

- Você precisa estar engajado em mudanças;


- Quanto mais tentamos, mais motivados e alertas ficamos;
- Quanto mais você pratica algo, maior a capacidade de
mudança;
- Alterações nas conexões conduzidas pelo aprendizado
aumentam a cooperação entre as células cerebrais;
- O cérebro fortalece conexões entre grupos de neurônios,
permitindo ao cérebro prever o que vem a seguir;
- Mudanças iniciais são apenas temporárias. Só se tornam
permanentes quando o cérebro julga os seus resultados;

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“FUNDAMENTOS DA NEUROPLASTICIDADE”

- O cérebro muda por “ensaios mentais”. A imaginação e as


memórias também são úteis;

- Quanto mais o cérebro é exercitado, mais rápido e potente


ele fica;

- Enquanto o hemisfério esquerdo concentra mais raciocínio, o


direito foca na criatividade;

- Elimine maus hábitos e se alimente bem;

- O cérebro precisa de um bom período de descanso (sono).

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“FUNDAMENTOS DA NEUROPLASTICIDADE”

- Busque o aprendizado constantemente;

- Aprenda uma nova língua;

- Saia do modo automático – aprenda novos hábitos e instigue


a mente;

- Elimine as distrações – busque o foco de uma determinada


atividade, realizando-a do início ao fim, para aprender de
forma mais regular;

- Invista na aquisição de novos conhecimentos e experiências.

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“TIPOS DE NEUROPLASTICIDADE”

- Dendítrica- ocorre nas primeiras fases do desenvolvimento.


- Axônica- plasticidade inicial, ocorrendo entre zero e dois
anos de vida; crucial para o desenvolvimento do SN.
- Sináptica- capacidade de alterações nas sinapses entre as
células nervosas. Depende de estímulos externos e internos.
- Somática – é a aptidão para regular o aumento ou morte das
células nervosas. Ocorre somente no sistema central
embrionário e não está suscetível a influências externas.
- Regenerativa – mais frequente no SNP. É a capacidade de
regeneração de axônios lesados.

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“´CÉLULAS -TRONCO E REGENERAÇÃO DO S.N.”

- Restauração do SNC é um desafio e o transplante de células-


tronco tem sido considerado uma opção terapêutica
promissopra para muitas doenças neurológicas.

- Células-tronco são células imaturas com capacidade de


autorrenovação, ou seja, podem se proliferar extensivamente
por meio da divisão celular, dar origem a duas células-filhas
idênticas e se diferenciar em vários tipos de células maduras e
especializadas.

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“CÉLULAS -TRONCO E REGENERAÇÃO DO S.N.”

- As células-tronco são classificadas em:


-células-tronco embrionárias;
-células-tronco-fetais;
-células-tronco adultas.

- De acordo com o seu grau de plasticidade (potencial para se


diferenciar em vários tecidos):
- totipotentes;
- pluripotentes;
- multipotentes: mesenquimais
hematopiéticas.

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“´CÉLULAS -TRONCO E REGENERAÇÃO DO S.N.”
- Totipotentes: são as que dão origem ao embrião no início da
gestação. São capazes de gerar todos os tipos de células.
- Pluripotentes:encontradas na massa celular interna do
blastocisto. São capazes de se tornar qualquer tecido do corpo,
mas não formam estruturas extra-embrionárias. Encontradas
apenas no embrião em fases iniciais de formação.
- Multipotentes: são células-tronco adultas, que perdem o
potencial de se tornar qualquer tipo de célula, mas conseguem
se diferenciar em uma gama de células diferenciadas.
Encontradas em muitos tecidos do corpo.
-Mesenquimais- capazes de se diferenciar em células de
tecidos sólidos (músculos, ossos, cartilagens).
- Hematopoiéticas-presentes no sangue e medula óssea.
Apenas se diferenciam em células sanguíneas.

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“USO DAS CÉLULAS -TRONCO”

- Em terapias celulares e também para criação de modelos de


pesquisa.
- Transplante de células-tronco hematopoiéticas- também
conhecido como transplante de medula.
- Células mesenquimais podem ser retiradas do dente de leite,
da parede do cordão umbilical ou tecido adiposo.
- Células hematopoiéticas retiradas da medula óssea ou
sangue do cordão umbilical.

- Armazenamento em nitrogênio líquido à – 196 graus C.

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“USO DAS CÉLULAS -TRONCO”

- Doença de Huntington (distúrbio de movimento- coréia,


distonia, mioclonia e parkinsonismo), distúrbioos
comportamentais e demência. Início de 40-45 anos.
- Esclerose lateral amiotrófica (doença de Charcot). Formas
familiar e esporádica.
- Lesão cerebral traumática (TCE).
- Lesão da medula espinhal.
- Acidente vascular cerebral isquêmico.
- Doenças desmielinizantes (esclerose múltipla, mielite
transversa, neurite óptica, doença de Devic e leucodistrofias.

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“NEUROPLASTICIDADE E APRENDIZAGEM”

- O processo de plasticidade cerebral acontece envolvendo o


sistema mesolímbico.

1- Existe um objetivo para seu cérebro realizar processos


cognitivos.
2- No processo ele reconhece caminhos para tal objetivo.
3- Decisões conscientes são tomadas para registrar esses
caminhos.
4- Quando o propósito é atingido, os receptores cerebrais
recebem recompensa de dopamina.

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“NEUROPLASTICIDADE E APRENDIZAGEM”

5- Os caminhos neuronais recompensados se fortalecem e


expandem com o novo aprendizado.
6- Sempre que aquele conhecimento for necessário, a mesma
rede neuronal será acessada.
7- Quanto mais acessada, mais forte, ágil e precisa ela será.
8- Qualquer novo conhecimento dessa rede, a faz se
redesenhar e expandir.
* Esse processo é o que nos faz vencer medos e ganhar
coragem. Podemos dizer que os “medos” são caminhos
neuronais pouco percorridos sobre determinado aprendizado.
Os “hábitos” são caminhos neuronais bem transitados. Coisas
fáceis de realizar.

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“NEUROPLASTICIDADE E APRENDIZAGEM”

- Prática e intensidade sobre qualquer ensinamento: quanto


mais você estuda, mais o conhecimento será memorável, e
quanto maior seu foco, mais intenso será o processo de
aprendizado.
- O processo de neuroplasticidade durante o aprendizado
envove emoções e sensações. Elas são responsáveis pelos
estímulos bioquímicos que fortalecerão caminhos neuronais
sendo criados.
- O córtex pré-frontal esquerdo é associado com a
positividade, enquanto o córtex pré-frontal direito é associado
com emoções negativas.

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“NEUROPLASTICIDADE E APRENDIZAGEM”

- Músicos normalmente têm 130% mais de matéria no córtex


auditivo.

- A densidade de substância cinzenta no córtex parietal inferior


esquerdo é maior em indivíduos bilíngues.

- Meditação, foco, memorização, mapas mentais, podem nos


tornar mais inteligentes.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

*É um processo que se cumpre no SNC, que se produzem


modificações mais ou menos permanentes e se traduzem por
uma modificação funcional ou conductal, permitindo uma
adaptação do indivíduo ao seu meio.

- Os neurônios noradrenérgicos da substância reticular


ativadora ascendente, projetam-se no sistema límbico e na
corticalidade cerebral. A noradrenalina se constitui no
princípio químico da aprendizagem. As anfetaminas melhoram
a atenção e a memória, pois aumentam as catecolaminas.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* O processo de desenvolvimento neuropsicomotor inicia-se na


vida intrauterina. Desde a terceira semana de gestação, já se
tem evidências de formação de estruturas nervosas. A
atividade nervosa do feto é predominantemente reflexa, mas já
existe uma rica vida de relação.

- Existe forte ligação entre aprendizado e memória. Quando


chega ao SNC uma informação conhecida, essa gera uma
lembrança, que nada mais é que uma memória; quando chega
ao SNC uma informação nova, produz uma mudança na
função= aprendizado.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Células do aprendizado.
- Antes pensava-se que era competência apenas do neurônio.
- Atualmente aceita-se uma abordagem neuroglial. As células
gliais são 10 a 15 vezes mais numerosas que os neurônios e
podem se modificar a chegada de novas informações, além de
participarem da neurotransmissão e dos mecanismos celulares
do aprendizado.
- As conexões entre os neurônios são tripartites: englobam
neurônios pré-sinápticos, neurônios pós-sinápticos e a célula
glial (astrócito).

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Células do aprendizado.
- As células gliais são partícipes na orientação do crescimento,
na migração dos neurônios durante o desenvolvimento, da
comunicação neural, de defesa e de limitação das descargas
neurais anormais (epilepsia).

- A neuroplasticidade (capacidade de regeneração ou


recuperação das células nervosas), está intimamente ligada ao
processo de aprendizagem normal.
- A memória é esssencial para que a aprendizagem ocorra; é a
habilidade de reter e evocar informações.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Células do aprendizado.
- Os neurônios (80 bilhões). Cada um tem potencial para fazer
em torno de 60 mil sinapses e cada sinapse pode receber até
100 mil impulsos por segundo. Não existem dois cérebros
absolutamente iguais.
- A sinaptogênese cerebelar é mais intensa que a cerebral.
Seus neurônios podem fazer até 150 mil sinapses cada um.
Tem maior potencial neuroplástico, quando comparado com o
cérebro, entre as demais estruturas do SNC.
- A linguagem de comunicação interneural é basicamente
elétrica, ou seja, por meio da modificação do potencial de
membrana. Neurotransmissão elétrica e química.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Células do aprendizado.
- As células gliais (neuróglia) . Os astrócitos estão envolvidos
na migração celular e neurotransmissão. Os oligodendrócitos
participam ativamente da mielinização do SNC. Os
microgliócitos atuam na neuroplasticidade ao fazer a digestão
de células inviáveis (apoptose). Todas as células gliais
poderiam ser englobadas em dois grandes grupos: a neuróglia
do SNC e a do sistema nervoso pereiférico (SNP).

- A morte programada dos neurônios corticais (apoptose)


inicia-se no terceiro trimestre da gestação e se prolonga até o
segundo ano de vida.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Fisiologia e neuroquímica da aprendizagem


- A mielinização marca o estágio final da maturidade
embriológica e ontogenética do sistema nervoso. A mielina
acelera a transmissão interneural.
- Os dendritos são especializados em receber estímulos,
traduzindo-os em alterações do potencial de repouso da
membrana.
- A fibra de estrutura mais complexa é a que forma os nervos
periféricos.
- Os neurotransmissores(são produzidos nas terminações
axonais) :Glutamato, GABA, Aspartato e Glicina.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Processo de aprendizagem
- É um evento sinaptico,e, no seu transcurso, são produzidas
modificações moleculares. Existe uma etapa de aquisição e
outra de consolidação.
- A reverberação se relaciona à memória de curta duração,
essencial para a prendizagem. Na aprendizagem ocorre o
surgimento de novas sinapses e uma modificação das
existentes, naqueles neurônios com sinapses modificáveis.
- Na etapa de consolidação, ocorrem modificações
bioquímicas e moleculares nos potenciais pós-sinápticos que
se referem à memória.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Processo de aprendizagem
- As memórias de curta duração de até seis horas, têm como
função básica manter o indivíduo em condições de responder,
ler, dar seguimento a episódios e manter diálogo. São de
grtande importância para a fase de aquisição (aprendizado) na
formação das memórias.

- A etapa inicial para a formação de memórias declarativas


ocorre no hipocampo e dependendo do tipo de informação
processada, na amígdala e na área septal medial.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Processo de aprendizagem
- As memórias declarativas são armazenadas nos sítios de
formação. Em poucos dias, o hipocampo e a amígdala deixam
de ser importantes para a evocação. Posteriormente, as
memórias são armazenadas no córtex parietal posterior e,
talvez em outras áreas do cérebro.
- As variações individuais da aprendizagem têm etiologia
multifatorial, ou seja, resultam da ação conjunta de fatores
genéticos e ambientais.
- Não existe um gene da aprendizagem!
- Os transtornos de aprendizagem são multifatoriais,
caracterizados pela interações gene-gene e gene-ambiente.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Processo de aprendizagem
- Um indivíduo que apresenta um quadro de fobia específica,
pode-se utilizar uma técnica que produz gradativamente a
extinsão dos aspectos respondente do comportamento-alvo.
Essa técnica é chamada de dessensibilização sistemática.
- Esta técnica é utilizada com base na generalização
correspondente. Consiste em dividir o procedimento de
extinsão em pequenos passos. Faz-se necessário construir uma
escala crescente de acordo com as magnitudes que produzem a
chamada hierarquia de ansiedade. (ex: ver fotos, tocar em
animais de pelúcia, observar de longe, observar de perto, para
no final interagir).

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Processo de aprendizagem
- Existe uma técnica de contracondicionamento, que consiste
em condicionar uma resposta contrária àquela produzida pelo
estímulo condicionado.
- Após um condicionamento, estímulos que se assemelham
fisicamente ao estímulo condicionado podem passar a causar a
resposta condicionada. Esse fenômeno é chamado de
generalização respondente.
- Apresentações de um estímulo condicionado sem a presença
do estímulo incondicionado ao qual foi previamente
emparelhado produzem uma extinção respondente.

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“ANATOMIA DA APRENDIZAGEM”

* Processo de aprendizagem
- Existe uma técnica, chamada de modelagem, que é um
procedimento de reforçamento diferencial de aproximações
sucessivas de um comportamento-alvo. Gera um novo
comportamento, que é construído a partir de combinações de
respostas já presentes no repertório comportamental do
organismo. (ex;tirando fotos).
- Comportamento operante é aquele que produz alterações no
ambiente (falar, ler, escrever, raciocinar, abstrair etc.)

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“TRANSTORNOS DA LINGUAGEM ORAL”

* Transtornos da fonação.

- Disfonias: São secundárias a lesão de vias dos nervos


cranianos que inervam as cordas vocais ou a região chamada
de sistema ressoador laringofaríngeo-rinobucal. Lesão do n.
vago (X) ou n. glossofaríngeo (IX), que compromete a
movimentação da faringe e do véu palatino. (ex: síndrome do
cri-du-chat)

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“TRANSTORNOS DA LINGUAGEM ORAL”

* Transtornos da articulação da palavra.

- As disartrias são disturbios articulatórios que podem ter


etiologia periférica ou central.(VII e XII). Movimento da face
e da língua.
- As disartrias de causa central podem ocorrer por
comprometimento cerebelar, extrapiramidal e pseudobulbar.

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“TRANSTORNOS DA LINGUAGEM ORAL”

* Transtornos do rítimo.

- A gagueira é o mais frequente transtorno, com incidência


de 5% e prevalência de 1% na população geral. Trata-se de um
adificuldade na automatização da palavra, ou seja, uma
interrupção do rítimo normal da fala.
Costuma ser acompanhada de irregularidade respiratória no
momento de emissão da fala. A ansiedade também
desencadeia. Existem evidências de causa genética.
Predominância do sexo masculino. Gagueira fisiológica no
terceiro ano e desaparece após os quatro anos.

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“TRANSTORNOS DA LINGUAGEM ORAL”

* Retardo no desenvolvimento da fala.

- O retardo na fala se catrcteriza por um vocabulário pobre,


dificuldades na articulação das palavras, supressão, trocas e
inverssões de fonemas. Infantilização da linguagem do adulto
ao se dirigir a criança.

- O autismo infantil, que se relaciona ao transtorno global do


desenvolvimento, com maior comprometimento na
comunicação.

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“TRANSTORNOS DA LINGUAGEM ORAL”

*Afasias.
- Afasia é definida como transtornos da comunicação,
adquiridos por lesão nas regiões cerebrais especificamente
envolvidas no processo linguístico após sua estruturação.
Seriam impossibilidade ou dificuldade de expressão da
linguagem.
- Afasia de expressão, motora ou de Broca : Dificuldade ou
impossibilidade de se expressar em resposta a um
questionamento. Vocabulário restrito e esteriotipado.
- Afasia de percepção, sensorial ou de Wernicke: Dificuldade
parcial ou total no entendimento do que se escuta ou lê. Pode
falar muito, mas pode estar deslocado do contexto.

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“TRANSTORNOS DA LINGUAGEM ORAL”

*Afasias.
- Afasia mista carcteriza-se por dificuldades semelhantes na
percepção e na expressão.
- Afasia de condução, caracteriza-se pelo comprometimento
na repetição e nomeação.
- Afasia transcortical caracteriza-se por dificuldade na
elaboração da resposta.
- Afasia de Pitres ou anômica caracteriza-se por dificuldade
para nomeação.
- Afasia global caracteriza-se pelo comprometimento de
todas as funções linguísticas.

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“TRANSTORNOS DA LINGUAGEM ORAL”

*Disfasias.

- Disfasia pode se definida como a inabilidade para adquirir a


linguagem oral em uma criança com competência cognitiva
adequada, sem doença e/ou lesão cerebral importante, sem
alterações sensitivo-motoras significatiovas, sem distúrbios
comportamentais e ou psicoafetivos importantes e que teve
adequada oprtunidade para a prendizagem.

- As queixas são geralmente de atraso na aquisição da


linguagem. (autistas).

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“TRANSTORNOS DA LINGUAGEM ESCRITA”

* Dislexia.
- É um transtorno manifestado por dificuldade na
aprendizagem da leitura, independentemente de instrução
convencional, inteligência adequada e oportunidade
sociocultural.

- Leitura é a interpretação de qualquer sinal que, chegando


aos órgãos dos sentidos, conduza o pensamento a outra
situação além dele próprio. A leitura é uma forma complexa de
aprendizagem simbólica

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* Dispraxias.

- Praxia é a capacidade que o indivíduo tem de realizar um ato


motor mais ou menos complexo, anteriormente aprendido, de
forma voluntária, ou seja, sob ordem. Esses movimentos,
depois de aprendidos, podem, posteriormente tornar-se
automáticos.
- As praxias dependem especificamente do nível cortical da
motricidade.
- As apraxias, seriam a perda da capacidade para usar
símbolos, para construí-los e para entendê-los. Seriam
alterações no reconhecimento dos objetos.

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* Dispraxias.

- Dispraxia seriam a alteração ou o atraso, na integração


práxica, considerando também sua maior possibilidade de
recuperação, porque quanto mais jovem o ser, maior é a sua
capacidade de recuperação. Este fenômeno chamado de
plasticidade cerebral.

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* Disgnosias.
- As gnosias são as funções corticais ligadas ao
conhecimento. Toda gnosia constitui uma percepção mais
elaborada, abrangendo uma maior árera cortical, sendo um
processo complexo que envolve detectação, discriminação,
identificação e reconhecimento.
- A perecpção é a tomada de consciência sensorial de
acontecimentos exteriores que originaram sensações diversas.
Percepção visual, olfativa, auditiva, táteis e cinestésicas. As
percepções se integram e dão origem às gnosias mais
elaboradas, como noções de esquema corporal, espaço, tempo,
movimento e velocidade.

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“APRENDIZAGEM”

* No hipocampo, um fenômeno neural chamado


“potencialização de pulso combinado” é considerado como
subjacente ao aprendizado.

- O hipocampo é crucial para mover a memória de curto prazo


para a de lono prazo.

- A maior parte da memória de curto prazo é descartada e,


uma parte da informação alcança a memória de longo prazo.

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“APRENDIZAGEM”

* O aprendizado tem uma trajetória de vida útil, É


compulsivamente fácil quando você é muito jovem, difícil
depois da adolescência e muito difícil para a maioria dos
idosos.
- O aprendizado não é uma atividade puramente intelectual,
mas algo embutido em nossa habilidade de realizar tarefas
como descobrir como chegar a novos lugares e lidar com
novas pessoas.

- O aprendizado funciona melhor quando o tempo


dedicado a ele é distribuído por várias sessões mais curtas, em
vez de ser feito em apenas uma sessão longa.

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“APRENDIZAGEM”

* O papel-chave do sono REM no aprendizado também é má


notícia para os que ficam a noite inteira estudando.

- O sistema dopaminérgico no cérebro, fornece feedback de


recompensa/punição por adaptar o cérebro a atividades nas
quais você está envolvido.

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Muito obrigado!

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