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DE
NEURODESENVOLVIMENTO
TICIANA SANTIAGO DE SA
CONTATO: ticianasantiagodesa@gmail.com
CONTEXTUALIZAÇÃO DAS NEUROCIÊNCIAS, ENFOQUE
HISTÓRICO, MULTIDISCIPLINAR, TRANSFORMAÇÕES NAS FORMAS
DE COMPREENSÃO E ANÁLISE DOS TRANSTORNOS DE
NEURODESENVOLVIMENTO.
ORGANIZAÇÃ
BASE PARA AS DEMAIS AULAS DO CURSO
O DA AULA
PACIÊNCIA COM OS PRIMEIROS SLIDES, ENFOQUE NO TEMA NA
AULA TRANSTORNOS DE NEURODESENVOLVIMENTO
EXEMPLIFICADOS E CARACTERIZADOS NA SEGUNDA METADE DO
DOCUMENTO
Eduardo Galeano
5
RENÉ
DESCARTES E A
NEUROPSICOLO
GIA
Dualismo Cartesiano:
IMPLICAÇÕES PARA
NOSSO TEMA
■ Visto como uns dos precursores da neuropsicologia
por introduzir a relação entre filosofia psicológica e
fisiologia.
■ Estabelece a existência de duas substâncias
fundamentais: pensamento (alma) e corpo.
■ Alma seria imaterial, metafísico e o corpo matéria.
Necessidade de uma ponte.
O PROBLE
MA MENTE
X CORPO
■ Realismo (e.g. Matrix)
■ Racionalismo (“cogito ergo
sum”)
■ Psicologia
Cognitiva/Terapias
Cognitivas/Neuropsicologi
a cognitiva
Implicações do dualismo
TESES CONTEMPORÂNEAS SOBRE A
RELAÇÃO MENTE-CÉREBRO
LURIA E A
NEUROPSICOLOGIA
Estabelecimento da relação entre biologia e
cultura.
O desenvolvimento e funcionamento do
cérebro seria influenciado por interações de
fatores biológicos e sociais
Sistema Nervoso
A complexidade,
Central- Encéfalo e Encéfalo: Cérebro,
múltiplas funções e
medula espinhal Cerebelo e troco
composição do
(Protegido por ossos, encefálico.
Sistema Nervoso.
crânio e vértebras)
http://anatpat.unicamp.br/bineucerebrocoro
nal.html
O QUE É
NEUROPLASTICIDADE?
Neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade
neuronal, é a capacidade de o cérebro se adaptar
a mudanças por meio do sistema nervoso.
Por meio desses fatores, a plasticidade permite que novas ligações entre
os neurônios (as sinapses) sejam estabelecidas, alterando completamente
a rede de conexões.
De forma simplificada, é
Uma delas é o brotamento –
Existem duas principais uma forma de os axônios se
quando há o crescimento de
formas por meio das quais alongarem em direção a
uma área lesionada por
ocorre a neuroplasticidade. neurônios que se encontram
meio de axônios.
afastados.
■ Fisioterapia Nutrição
■ Psicologia Neurologia
■ Medicina Física e Reabilitação
Neuroplasticidade
INDICAÇÃO DE LINKS PARA SABER
MAIS
■ https://www.youtube.com/watch?v=DcjqJ6GJWGg
■ https://www.youtube.com/watch?v=zldNCOXflys
■ https://www.youtube.com/watch?v=-QM0LYsKP7o
■ https://www.youtube.com/watch?v=h1rkL_1V4E4
■ https://www.youtube.com/watch?v=CrpA_o0AGY8
■ https://www.youtube.com/watch?v=ZdLBblubYKU
■ DAMASIO E A NEUROLOGIA
https://www.youtube.com/watch?v=FMWdp7UWGUM
■ https://www.youtube.com/watch?v=SIj3hOMaIIM
■ https://www.youtube.com/watch?v=w8OpY2XRLdE
■ NEUROCIENTISTAS DE REFERENCIA
https://ginasticadocerebro.com.br/galeria-neurocientistas/
https://issuu.com/izadora80/docs/9_revista
■ MATURANA https://www.youtube.com/watch?v=mvH8D4oDMCE
■ VARELA
https://www.youtube.com/watch?v=3-VydyPdhhg
ABRAÇA – Associação
Brasieira para Ação por Direitos
das Pessoas Autistas
INDICAÇÕE
https://abraca.net.br/
S DE
REFERENCI
A
https://abraca.net.br/manifesto-da-
neurodiversidade-interseccional-br
asileira/
TGD: TRANSTORNOS GLOBAIS DO
DESENVOLVIMENTO
TGD -- Transtornos Globais do Desenvolvimento Incluir crianças
com TGD -- Transtornos Globais do Desenvolvimento (autismo e
psicose infantil) no ensino regular é um dos maiores desafios da
educação inclusiva.
INDICAÇÃO INICIAL
O programa começa com a psicóloga Marise Bastos explicando o
que é o transtorno e como a escola pode ajudar no tratamento
dos alunos. Para mostrar um exemplo de inclusão, a equipe da
Univesptv conversou com a mãe de um aluno com TGD e com a
coordenadora pedagógica da escola particular de São Paulo
onde ele estuda.
■https://tvcultura.com.br/videos/37128_tgd-transtornos-globai
s-do-desenvolvimento.html
Documentário - Autismo: O mundo neurodiverso
https://www.youtube.com/watch?v=b7JdmA5cPcQ
Um Só Mundo Documentário Autismo
https://www.youtube.com/watch?v=hRPdQpU7NbA
Arthur e o Infinito - Um Olhar Sobre o Autismo
https://www.youtube.com/watch?v=33Fv3_0s0rE
Stimados Autistas - Documentário
https://www.youtube.com/watch?v=qR5JIrKboso
■https://lunetas.com.br/series-e-filmes-sobre-autismo/
■“O nome dela é Sabine” (Elle sappelle Sabine, 2008) é um
documentário francês vencedor do prêmio da crítica internacional
de Cannes em 2007.15 de jan. de 2016
■https://www.youtube.com/watch?v=cGBwUrjASuA
■Aspergirls: Empowering Females with Asperger
Syndrome é um livro de não-ficção escrito pela autora
americana Rudy Simone e publicado em 2010 pela Jessica
Kingsley Publishers O livro aborda as experiências de mulheres
que possuem síndrome de Asperger, daí o neologismo (junção de
"asperger" e "girls", ou "garotas" em inglês). Foi escrito para
ajudar meninas e mulheres que foram diagnosticadas com
Asperger. Não possui tradução para o português.
■02 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Conscientização
do Autismo (Transtorno do Espectro do Autismo - TEA). A data foi
criada em 2007 com a declaração da Organização das Nações
Unidas.
Perfis compartilham trajetória em busca
de diagnóstico, como lidam com
episódios de crise e questões sociais e
familiares
https://autismoerealidade.org.br/
2021/03/25/autistas-influenciadores/
https://autismoerealidade.org.br/2021/03/25/autistas
-influenciadores/
■Autodiagnosticada com autismo, Lu Viegas é mãe de
autista, professora, ativista e idealizadora do
#VidasNegrasComDeficienciaImportam
Lu Viega Instagram: @umamaepretaautistafalando
Twitter: @luu_viegas
Facebook: Luciana Viegas Caetano
Luciana Viegas é uma autista autodiagnosticada e mãe de
duas crianças, uma delas um garoto autista não verbal.
Ela faz parte da Abraça (Associação Brasileira para Ação
por Direitos das Pessoas Autistas) e é idealizadora do
movimento #VidasNegrasComDeficienciaImportam.
Luciana discute a interseção entre
racismo e capacitismo e como isso afeta a oferta de
acompanhamento da saúde das pessoas negras. Sobre o
maternar atípico, ela conta que pesa uma cobrança ainda
maior por conta de idealizações capacitistas. “Ser mãe
muda a gente. Humaniza, simplifica e enlouquece. Gosto
dessas três palavras pra pensar em maternidade.
Acontece que esse processo quando você é uma mãe
neurodiversa, é intenso e acaba nos deixando um enorme
fardo de culpa.” Luciana também é professora de escola
pública e promove formação de práticas inclusivas em
salas de aula.
■Diagnosticado aos 35 anos, Fábio Sousa busca dar visibilidade a
autistas negros e conta como lida com as peculiaridades do seu autismo
■Tio Faso
Instagram: @seeufalarnaosaidireito, @tiofaso
Twitter: @tiofaso
Facebook: Se eu falar não sai direito
YouTube: Se eu falar não sai direito
■O designer Fábio Sousa é um autista negro que só foi diagnosticado
em 2018, aos 35 anos. Desde então, atua como ativista na
conscientização do autismo. Assim como Luciana, Fabio também discute
as interseções entre racismo e capacitismo em seus perfis. “`Pensar em
negritude no meio [autista] não é segregar, mas juntar as nossas vozes
para falar mais alto”, afirma em uma de suas publicações mais recentes.
■Em seus perfis, Fábio busca aumentar a visibilidade de pessoas
negras autistas e vamos deixar aqui indicações que encontramos no
perfil dele para você conhecer: @rita.louzeiro_art, @desenhistadasruas,
@autistaehamae, @theblackautism, @maeatipicapreta, @sapatao_autista
, @paradoxa_edu, @heyautista, @yaraleone.
■
■Diagnosticada após os 40 anos, Dani Sales divide experiências pessoais e fala de autismo na
vida adulta
■Vida de autista
Instagram @vidadeautista
Facebook: Vida de autista
YouTube: Vida de autista
■Diagnosticada com autismo em 2017, aos 42 anos, Daniela Sales divide no Instagram
mensagens que vão de memes divertidos a dicas para desenvolver o autoconhecimento e melhorar
a saúde mental.
■Ali também divulga seus vídeos do YouTube, em que discute com mais profundidade temas que
afetam o cotidiano de adultos com autismo. Sexo, relacionamento, emprego, sinais do autismo nos
adultos e medicamentos fazem parte da extensa lista.
■Podcaster, YouTuber, ativista, programador e pesquisador comenta polêmicas e explica
conceitos essenciais para compreender o autismo
■Willian Chimura
Instagram: @chimurawill
YouTube: Willian Chimura
Facebook: Willian Chimura
Twitter: @chimurawill
■Willian Chimura é um jovem ativista que tem autismo leve, é programador e faz mestrado em
Informática para Educação no IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul). Willian é um dos
participantes do podcast Introvertendo, criado, produzido e apresentado só por autistas. Ele
também se dedica a pesquisar como apps e jogos podem contribuir para avaliação e aprendizagem
de crianças com TEA.
■
■Fotógrafo e escritor fez série de entrevistas durante a
pandemia e fala do seu desenvolvimento no espectro
■Nicolas Brito
Instagram: @nicolasbritosalesoficial
Facebook: Nicolas Brito Sales
■O fotógrafo, escritor e palestrante autista Nicolas Brito
conta com o apoio da mãe, Anita, para gerenciar seu perfil no
Instagram. Eles contam sobre o desenvolvimento de Nicolas em
relação, por exemplo, à comunicação e à seletividade alimentar
.
■Ao longo do ano passado, conduziu o projeto “Nicolas
entrevista”, com bate papo com influenciadores da comunidade,
como o ex-participante do Pequenos Gênios Pedro Melim, Wilian
Chimura e a atriz Bel Kutner, que tem um filho autista.
■DELICADEZA É AZUL
■https://www.youtube.com/watch?v=CXqI9YmD8GA
■O documentário traz um panorama sobre o autismo e promove reflexões, por exemplo, sobre a busca do
melhor tratamento e questões sobre a inclusão escolar. Além de entrevistas com crianças de diferentes níveis do
espectro, seus familiares, terapeutas, professores e médicos, artistas como Ney Matogrosso e Bob Wolfensom
comentam o valor funcional e poético de cada um dos cinco sentidos. Um novo olhar sobre o autismo com
questionamentos sobre o que significa hoje uma comunicação relevante através dos cinco sentidos. O roteiro que
vai além das dificuldades práticas da síndrome mostra o valor do respeito, do amor e da delicadeza como
elementos transformadores e chama para uma conscientização urgente de que ser diferente é normal
EM UM MUNDO INTERIOR” (2018)
■Link: https://lunetas.com.br/series-e-filmes-sobre-autismo/
■Para ajudar a desconstruir estereótipos que só reforçam o preconceito e mostrar que o espectro autista
configura todo um universo a ser descoberto, respeitado e incluído na sociedade, o
documentário “Em um mundo interior”, o primeiro longa-metragem brasileiro estritamente sobre autismo, traz a
questão do “eu queria que meu filho que…”. Além de remeter diretamente ao chamado “luto do filho idealizado”,
comum após o diagnóstico, fica a provocação: por que idealizamos as crianças – típicas ou atípicas –, se cada uma
vai desenvolver sua própria subjetividade? Um mosaico de sete histórias, conectadas pelo diagnóstico do autismo,
tendo como ponto comum a perspectiva da inclusão e a certeza de que cada sujeito com autismo é diferente do
outro. São relatos de famílias de diferentes classes sociais e regiões do país, que compartilham a rotina de Enzo,
Julia, Roberto, Igor, Isabela, Mathias e Eric, crianças e adolescentes cujas idades variam entre três e 18 anos. Uma
reflexão que se estende não só para pais de crianças com deficiências, transtornos ou limitações específicas, mas
para a sociedade em geral, tão marcada pelo desejo de normatização.
■
LONGE DA ÁRVORE” (2017)
Baseado no premiado e aclamado livro “Longe da árvore: pais, filhos e a busca da identidade”, de Andrew Solomon, o
documentário fala sobre a família que nascemos e a família que construímos. Um olhar corajoso na jornada de acolhimento e
afeto das relações humanas, traz experiências de diversas pessoas consideradas fora do padrão social e cultural, como indivíduos
que apresentam transtornos, diferenças físicas, mentais, sociais que vão muito além da deficiência. Um retrato de perfis de
pessoas que o autor chama de “identidades horizontais” (isto é, divergentes dos padrões familiares, linguísticos e sociais
predeterminados), sujeitas em graus distintos a influências genéticas e ambientais. Sobre os sentidos de ser diferente e,
principalmente, de aprender a amar e respeitar as diferenças.
MANIFESTO DA NEURODIVERSIDADE
INTERSECCIONAL BRASILEIRA EM LINGUAGEM
SIMPLIFICADA
https://abraca.net.br/manifesto-da-neurodiversidade-intersecc
ional-brasileira-em-linguagem-simplificada/
EQUIDADE
REPRESENTAÇÕE
S
CAPACITISM
O
REPRESENTATIVIDADE
Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições com início no
período do desenvolvimento.
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL
O transtorno do espectro autista caracteriza-se por déficits
persistentes na comunicação social e na interação social em
múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em
comportamentos não verbais de comunicação usados para
interação social e em habilidades para desenvolver, manter e
compreender relacionamentos. Além dos déficits na comunicação
social, o diagnóstico do transtorno do espectro autista requer a
presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividades
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento definido por níveis prejudiciais
de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade. Desatenção e
desorganização envolvem incapacidade de permanecer em uma tarefa, aparência
de não ouvir e perda de materiais em níveis inconsistentes com a idade ou o nível
de desenvolvimento. Hiperatividade-impulsividade implicam atividade excessiva,
inquietação, incapacidade de permanecer sentado, intromissão em atividades de
outros e incapacidade de aguardar – sintomas que são excessivos para a idade ou
o nível de desenvolvimento. Na infância, o TDAH frequentemente se sobrepõe a
transtornos em geral considerados “de externalização”, tais como o transtorno de
oposição desafiante e o transtorno da conduta. O TDAH costuma persistir na vida
adulta, resultando em prejuízos no funcionamento social, acadêmico e profissional.
Os TRANSTORNOS MOTORES DO NEURODESENVOLVIMENTO incluem o transtorno
do desenvolvimento da coordenação, o transtorno do movimento estereotipado e os
transtornos de tique. O transtorno do desenvolvimento da coordenação caracteriza-se
por déficits na aquisição e na execução de habilidades motoras coordenadas,
manifestando-se por falta de jeito e lentidão ou imprecisão no desempenho de
habilidades motoras, causando interferência nas atividades da vida diária. O transtorno
do movimento estereotipado é diagnosticado quando um indivíduo apresenta
comportamentos motores repetitivos, aparentemente direcionados e sem propósito,
como agitar as mãos, balançar o corpo, bater a cabeça, morder-se ou machucar-se.
Os movimentos interferem em atividades sociais, acadêmicas ou outras. Se os
comportamentos causam autolesão, isso deve ser especificado como parte da
descrição diagnóstica.
Um TRANSTORNO ESPECÍFICO DA APRENDIZAGEM, como o
nome implica, é diagnosticado diante de déficits específicos na
capacidade individual para perceber ou processar informações com
eficiência e precisão. Esse transtorno do neurodesenvolvimento
manifesta-se, inicialmente, durante os anos de escolaridade formal,
caracterizando-se por dificuldades persistentes e prejudiciais nas
habilidades básicas acadêmicas de leitura, escrita e/ou matemática.
O desempenho individual nas habilidades acadêmicas afetadas está
bastante abaixo da média para a idade, ou níveis de desempenho
aceitáveis são atingidos somente com esforço extraordinário. O
transtorno específico da aprendizagem pode ocorrer em pessoas
identificadas como apresentando altas habilidades intelectuais e
manifestar-se apenas quando as demandas de aprendizagem ou
procedimentos de avaliação.
É IMPORTANTE MENCIONAR QUE A DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL POSSUI QUATRO NÍVEIS DE GRAVIDADE:
LEVE, MODERADA, GRAVE E PROFUNDA.
UMA ANALISE CRITICA DAS PISTAS
TRANSTORNO DA COMUNICAÇÃO
SOCIAL
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO COM O CORPO E
O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL
Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-V (APA, 2014),
as características do TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA são:
DSM recorre a duas estratégias: contar sintomas e avaliar o histórico parental da criança, isto é, identificar
“fatores ambientais”. Esses seriam os seguintes (Goodman; Scott, 2012):
• Nível socioeconômico baixo.
• História parental de psicopatologia.
• Criminalidade parental.
• Características de cuidado parental:
hostilidade, pouco carinho, pouca supervisão,
regras e disciplina inconsistentes
ATENÇÃO
para pais com 160 questões. Ambas analisam a intensidade dos comportamentos.
itens descrevem as características do TOD em quatro intensidades de apresentação para cada item e pode ser aplicada para pais e
professores. É bem específica para o TOD.
Quando a paciente iniciou na educação infanঞl, começaram os primeiros problemas de comportamento. Houve
dificuldade de adaptação em sucessivas escolas onde ela estudou, por não respeitar regras, comportamento
opositor com os professores e agressividade com os colegas. As sucessivas mudanças de escola por problemas
comportamentais moঞvaram a busca pelo atendimento psicológico, tendo sido trabalhadas habilidades sociais e
de regulação emocional. Houve melhora do comportamento escolar, entretanto, manঞnha-se o comportamento
opositor em casa e na presença dos pais.
Os pais eram bastante ansiosos e queriam sempre acertar no cuidado e no manejo da
criança. Também se senঞam cansados e culpados por toda a situação. Na avaliação
psiquiátrica, a criança se mostrava extremamente irritada e hosঞl, apresentando resistência
para conversar ou realizar aঞvidades lúdicas.
O desenvolvimento do vínculo era bastante dificultado pelo padrão opositor. Foi solicitada
avaliação neuropsicológica para esঞmar o compromeঞmento cogniঞvo que
eventualmente a paciente pudesse apresentar, tendo em vista as múlঞplas dificuldades
apresentadas por ela em diferentes contextos e presentes desde o início da vida. A realização
da avaliação foi bastante trabalhosa, em função das situações de frequente recusa em
realizar os testes e a necessidade de negociações e combinados
■ ruptura e desorganização. Tratava-se de uma criança com perfil de limitação cogniঞva e emocional, associado a um padrão
de TOD. Em reavaliação psiquiátrica, optou-se pela associação de baixa dose de medicação anঞpsicóঞca, visando ao melhor
controle dos sintomas de desregulação emocional e iminente quebra psíquica. Houve melhora dos sintomas comportamentais
em outros ambientes, porém, as dificuldades de manejo parental se manঞnham, havendo momentos de instabilidade e
agressividade no contexto domésঞco.
■ Os pais foram encaminhados ao PCOP, para que os comportamentos inadequados dos pais da filha fossem reconhecidos,
modificados e treinados para a melhora da interação familiar, do alinhamento parental e de novas estratégias de manejo dos
comportamentos disfuncionais da menina.
■ A melhora da paciente foi significaঞva e permanente. Ampliou o repertório de comportamentos adequados, melhorando
habilidades globais, incluindo o aprendizado acadêmico, social e a autoesঞma. O humor se manteve adequadamente estável,
e os ganhos se manঞveram ao longo do tempo. Os pais se tornaram mais asserঞvos e puderam lidar com novas situações–
problema de forma mais tranquila e planejada. O caso desta menina ilustra uma criança com TOD, associado a um transtorno
do neurodesenvolvimento, que se beneficiou do tratamento medicamentoso, mas que apresenta
ATIVIDADE
TOC
SITUAÇÕES
-
PROBLEMA
■ PERSPECTIVA SENSÍVEL PARA ENTENDER OS
TRANSTORNOS DE NEURODESENVOLVIMENTO
E O NOSSO PAPEL NO TRABALHO COM O TEMA
Presença no cotidiano...
2. “Tão linda, nem parece ser deficiente!”: preconceito que parte da ideia de beleza padrão,
associada a corpos perfeitos. Todos os corpos são lindos em suas diversidades!
3. “Aquela menina PCD”: pessoas com deficiência são, antes de mais nada, pessoas. Indivíduos
únicos, com vivências e personalidades diversas e não devem ter sua existência reduzida à sua
condição de saúde.
198
Instrumentos e processos de
trabalho: implicações...
199
“Eu não estou mais
aceitando as coisas que
eu não posso mudar. Eu
estou mudando as coisas ANGELA DAVIS,
que não posso aceitar.” filósofa e ativista
americana
Sobre nossos
achados e
construções
201
■ Esquecem facilmente o que
OBRIGADA!!!!!!
tem de fazer;
■ Repelem tudo o que exige
atividade mental prolongada;
VEJAM OS MATERIAIS
■ Distraem-se facilmente
COMPLEMENTARES COM Acom
estímulos insignificantes;
CARACTERIZAÇÃO E AS FORMAS
■ Precisam ler oralmente, não
DE INTERVENÇÃO
conseguem ler
silenciosamente;
CONTATOS:
■ Apresentam dificuldades em
TICIANASANTIAGODESA@GMAIL.C
compreenderem o que lêem;
OM