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NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO

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Sumário

NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2

A neurociência e a educação .......................................................................... 3

Cérebro e aprendizagem ............................................................................. 8


Aprendizagem e Educação ........................................................................ 13
Neurociência cognitiva e educação............................................................ 14
Relação entre neurociência e educação .................................................... 15
Neurociência, pedagogia e psicopedagogia .............................................. 18
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 22

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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A neurociência e a educação

Quando falamos de educação, também estamos falando especificamente da


aprendizagem, que na neurociência é conhecido como os processos neurais, redes
que se estabelecem, neurônios que se ligam e fazem novas sinapses. Os processos
neurais são redes que se estabelecem, neurônios que se ligam e fazem novas
sinapses. Aprendizagem é o processo pelo qual o cérebro reage aos estímulos do
ambiente, ativa essas sinapses (ligações entre os neurônios por onde passam os
estímulos), tornando-as mais "intensas". A cada estímulo novo, a cada repetição de
um comportamento que queremos que seja consolidado temos circuitos que
processam as informações, que deverão ser então consolidadas.

A neurociência se constitui assim em atual e uma grande aliada do professor


para poder identificar o individuo como ser único, pensante, atuante, que aprende de
uma maneira toda sua, única e especial. Desvendando os mistérios que envolvem o
cérebro na hora da aprendizagem, a neurociência disponibiliza, ao moderno professor
(neuroeducador), impressionantes e sólidos conhecimentos sobre como se
processam a linguagem, a memória, o esquecimento, o humor, o sono, a atenção, o
medo, como incorporamos o conhecimento, o desenvolvimento infantil, as nuances
do desenvolvimento cerebral desta infância e os processos que estão envolvidos na
aprendizagem acadêmica.

Logo, um vasto campo de preciosas informações relacionadas ao aluno e ao


processo de absorção da aprendizagem a ele proporcionada. Tomarmos posse
desses novos e fascinantes conhecimentos é imprescindível e de fundamental
importância para uma pedagogia moderna, ativa, contemporânea, que se mostre
atuante e voltada às exigências do aprendizado em nosso mundo globalizado, veloz,
complexo e cada vez mais exigente.

As neurociências descrevem a estrutura e funcionamento do sistema nervoso,


enquanto a educação cria condições que promovem o desenvolvimento de
competências. Os professores atuam como agentes nas mudanças cerebrais que
levam à aprendizagem. As estratégias pedagógicas utilizadas por professores

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durante o processo ensino-aprendizagem são estímulos que produzem a
reorganização do sistema nervoso em desenvolvimento, resultando em mudanças
comportamentais.

As funções intelectuais como a memória, linguagem, atenção, emoções, assim


como ensinar e aprender, são produzidas pela atividade dos neurônios no nosso
encéfalo. O encéfalo é o órgão da aprendizagem. O encéfalo humano é composto por
aproximadamente 86 bilhões de neurônios, as células nervosas, que interagem entre
si e com outras células formando redes neurais para que possamos aprender o que
é significativo e relevante para a vida. Os neurônios são células altamente excitáveis
que se comunicam entre si ou com outras células por meio de uma linguagem
eletroquímica. O nosso comportamento depende do número de neurônios envolvidos
nesta rede de comunicação neural e dos seus neurotransmissores, que são
substâncias químicas que modulam a atividade celular, acentuando ou inibindo a
comunicação entre os neurônios. A maioria dos neurônios possui três regiões
responsáveis por funções especializadas: corpo celular, dendritos e axônio.

Figura: Desenho esquemático de um neurônio. Observe o corpo celular que contém o núcleo

celular, os prolongamentos chamados dendritos e o axônio. Fonte:


http://www.sogab.com.br/anatomia/sistemanervosojonas.htm.

As sinapses, ou seja, as conexões entre as células nervosas que compõe as


diversas redes neurais vão se tornando mais bem estabelecidas e mais complexas,
à medida que o aprendiz interage com o meio ambiente interno e externo. Desta
forma, é verdadeiro que crianças pouco ou não estimuladas durante a infância podem
apresentar dificuldade de aprendizagem. Nestes casos ao encéfalo delas não foi dada
a oportunidade de se desenvolver plenamente, alcançando toda a sua potencialidade.
Estas crianças, para alcançar os objetivos de desenvolvimento e competência,
precisarão de estímulos bem direcionados e de estratégias alternativas de

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aprendizagem para poderem ter chances de desenvolver as habilidades não
desenvolvidas.

Além dos neurônios, o sistema nervoso é composto por células da glia, que
possuem funções importantes e distintas, como suporte, defesa, auxílio na
transmissão do impulso nervoso, produção de líquor, entre outras. No sistema
nervoso central, além dos 86 bilhões de neurônios, existem 85 bilhões de células da
glia, que são os astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e células ependimárias. Estas
células possuem funções variadas e primordiais. Resumidamente, os astrócitos
captam o excesso de neurotransmissores e dão suporte para o estabelecimento dos
neurônios em seus devidos lugares durante o desenvolvimento. Os
oligodendrócitos produzem bainha de mielina, uma substância isolante lipoproteica
que reveste os axônios, facilitando e acelerando a transmissão do impulso nervoso
nos neurônios. A micróglia atua como célula de defesa, enquanto as células
ependimárias produzem o líquor ou líquido encéfalo-espinhal, que reveste todo
nosso sistema nervoso, funcionando como uma barreira mecânica contra impactos.

Figura: Neurônios e células da glia. Fonte:


http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/celulas-da- glia/celulas-da-glia.php,

Todas estas células, sejam elas neurônios ou células da glia compõem o tecido
nervoso, que é a base de construção do encéfalo. O encéfalo humano é um órgão
único, nobre, que juntamente ao cerebelo e tronco encefálico formam o encéfalo. O

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encéfalo é todo o conjunto de estruturas localizadas no interior do crânio. O cérebro
é responsável pelas emoções, raciocínio, aprendizagem, é a sede das sensações e
movimentos voluntários. Ele possui áreas responsáveis por funções específicas e
globais.

Figura : Funções específicas e globais do cérebro humano. Fonte: Lent, 2010.

O cérebro humano possui cinco divisões anatômicas, os lobos cerebrais


existem cinco lobos: frontal, parietal, occipital, temporal e insular. O lobo frontal é
responsável pela tomada de decisão, julgamento, memória recente, crítica, raciocínio.
O lobo parietal está relacionado às sensações e a interpretação das sensações, pelo
senso de localização do corpo e do meio ambiente. O lobo occipital ocupa-se
basicamente com a visão, enquanto o temporal, com a audição. O lobo insular está
relacionado a processos emocionais fortemente influenciados pelos órgãos dos
sentidos. Além desta divisão anatômica, podemos notar que a superfície do cérebro
do homem apresenta depressões denominadas sulcos, que delimitam os giros
cerebrais. A existência dos sulcos permite considerável aumento de superfície sem
grande aumento do volume cerebral e sabe-se que cerca de dois terços da área
ocupada pelo córtex cerebral estão "escondidos" nos sulcos.

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Figura: Lobos cerebrais. Fonte: Netter, 2007.

Conceitos como neurônios, sinapses, sistemas a tencionais, (que viabilizam o


gerenciamento da aprendizagem), mecanismos mnemônicos (fundamentais para o
entendimento da consolidação das memórias), neurônios espelho, que possibilitam a
espécie humana progressos na comunicação, compreensão e no aprendizado e
plasticidade cerebral, ou seja, o conhecimento de que o cérebro continua a
desenvolver-se, a aprender e a mudar não mais estarão sendo discutidos apenas por
neurocientistas, como até então imaginávamos. Estarão agora, na verdade, em sala
de aula, no dia a dia do educador, pois uma nova visão de aprendizagem está a se
delinear. O fracasso e insucesso escolar têm hoje um novo olhar, já que uma nova e
fascinante gama de informações e conhecimentos está á disposição do educador
moderno.

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Graças à neurociência da aprendizagem, os transtornos comportamentais e
da aprendizagem passaram a ser mais facilmente compreendidos pelos educadores,
que aliados a neurociência tem subsídios para a elaboração de estratégias mais
adequadas a cada caso. Um professor qualificado e capacitado, um método de ensino
adequado e uma família facilitadora dessa aprendizagem são fatores fundamentais
para que todo esse conhecimento que a neurociências nos viabiliza seja efetivo,
interagindo com as características do cérebro de nosso aluno. Esta nova base de
conhecimentos habilita o educador a ampliar ainda mais as suas atividades
educacionais, abrindo uma nova estrada no campo do aprendizado e da transmissão
do saber.

LEMBRE-SE

os astrócitos captam o excesso de neurotransmissores e dão suporte para o


estabelecimento dos neurônios em seus devidos lugares durante o desenvolvimento.
Os oligodendrócitos produzem bainha de mielina, uma substância isolante lipoproteica que
reveste os axônios, facilitando e acelerando a transmissão do impulso nervoso nos neurônios.
A micróglia atua como célula de defesa, enquanto
As células ependimárias produzem o líquor ou líquido encéfalo-espinhal, que reveste todo
nosso sistema nervoso, funcionando como uma barreira mecânica contra impactos.

Cérebro e aprendizagem

O homem percebe o mundo por meio de seu aparelho perceptual, num


processo interpretativo dos fenômenos que envolve seus sentidos e sua memória.
Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informação. A
aquisição é também chamada de aprendizagem: só se ‘grava’ aquilo que foi
aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação.
Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido A percepção é a
capacidade de associar as informações sensoriais à memória e à cognição, de modo
a formar conceitos sobre o mundo, sobre nós mesmos e orientar nosso
comportamento.

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De acordo com a neurociência
LEMBRE-SE
cognitiva, cujo foco de atenção é a
compreensão das atividades cerebrais e dos
A atividade mental estimula a
reconstrução de conjuntos neurais, processos de cognição, a aprendizagem
processando experiências vivenciais
e/ou linguísticas, num fluxo e refluxo de humana não decorre de um simples
informação.
armazenamento de dados perceptuais, e sim
do processamento e elaboração das
informações oriundas das percepções no cérebro. O indivíduo, permanentemente em
busca de respostas para as suas percepções, pensamentos e ações, tem suas
conexões neurais em constante reorganização e seus padrões conectivos alterados
a todo momento, mediante processos de fortalecimento ou enfraquecimento de
sinapses. No cérebro, há neurônios prontos para a estimulação. A atividade mental
estimula a reconstrução de conjuntos neurais, processando experiências vivenciais
e/ou linguísticas, num fluxo e refluxo de informação.

As informações, captadas pelos sentidos e transformadas em estímulos


elétricos que percorrem os neurônios, são catalogadas e arquivadas na memória. É
essa capacidade de agregar dados novos a informações já armazenadas na memória,
estabelecendo relações entre o novo e o já conhecido e reconstruindo aquilo que já
foi aprendido, num reprocessamento constante das interpretações advindas da
percepção, que caracteriza a plasticidade.

A aprendizagem, portanto, é o processo em virtude do qual se associam coisas


ou eventos no mundo, graças à qual adquirimos novos conhecimentos. Denominamos
memória o processo pelo qual conservamos esses conhecimentos ao longo do tempo.
Os processos de aprendizagem e memória modificam o cérebro e a conduta do ser
vivo que os experimenta. Assim, o cérebro pode ser visto como um sistema dinâmico
que tem sua complexidade funcional subsidiada pela sua interação com outros
sistemas nele presentes, não podendo ser interpretado como depósito estático para
o armazenamento de informação.

Segundo Posner e Raichle (2001), os sistemas cognitivos são aqueles


sistemas mentais que regem as atividades diárias do ser humano – como ler,
escrever, conversar, planejar, reconhecer rostos. Alguns sistemas comportam outros
sistemas, agregando complexidade na geração de um comportamento. O sistema
cognitivo da linguagem, por exemplo, envolve falar, ler e escrever, ativando diferentes

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estruturas cerebrais. Esses diferentes sistemas cognitivos têm como base distintas
operações mentais: uma dada tarefa mental como jogar xadrez, pode ativar diferentes
operações mentais, as quais estão relacionadas a redes neurais de áreas cerebrais
específicas.

Acrescenta-se a essas proposições a visão de Moraes (2004), para quem a


aprendizagem progride mediante fluxos dinâmicos de trocas, análises e sínteses
autor reguladoras cada vez mais complexas, ultrapassando o acúmulo de
informações e sendo reconstruída, via transformação, por meio de mudanças
estruturais advindas de ações e interações provocadas por perturbações a serem
superadas.

A memória é responsável pelo armazenamento de informações, bem como


pela evocação daquilo que está armazenado. E a aprendizagem requer competências
para lidar de forma organizada com as informações novas, ou com aquelas já
armazenadas no cérebro, a fim de realizar novas ações. Aprender envolve, assim, a
execução de planos já formulados, resultando de ações mentais bem pensadas,
ensaiadas mentalmente e que influenciam o planejamento de atos futuros. O cérebro
está preparado para funcionar com o feedback interno e externo, pois é
autorreferente, isto é, o que é recebido em qualquer nível cerebral depende de tudo
o mais que acontecer nesse nível, e o que é enviado para o nível seguinte depende
do que já estiver acontecendo nesse nível.

Apesar da proximidade entre os conceitos de aprendizagem e memória. O


processo de aquisição de novas informações que vão ser retidas na memória é
chamado aprendizagem. Através dele nos tornamos capazes de orientar o
comportamento e o pensamento. Memória, diferentemente, é o processo de
arquivamento seletivo dessas informações, pelo qual podemos evocá-las sempre que
desejarmos, consciente ou inconscientemente. De certo modo, a memória pode ser
vista como o conjunto de processos neurobiológicos e neuropsicológicos que
permitem a aprendizagem.

Considerando a flexibilidade do cérebro para reagir às demandas do ambiente,


explicada pela sinaptogênese – capacidade de formação de novas conexões,
sinapses, entre as células cerebrais –, e o fato de que o conhecimento deve ser
codificado nas ligações entre os neurônios, a aprendizagem, possibilitada pela

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plasticidade cerebral, modifica química, anatômica e fisiologicamente o cérebro,
porque exige alterações nas redes neuronais, cada vez que as situações vivenciadas
no ambiente inibem ou estimulam o surgimento de novas sinapses mediante a
liberação de neurotransmissores. Oferecer situações de aprendizagem
fundamentadas em experiências ricas em estímulos e fomentar atividades intelectuais
pode promover a ativação de novas sinapses.

As informações do meio, uma vez selecionadas, não são apenas armazenadas


na memória, mas geram e integram um novo sistema funcional, caracterizando com
isso a complexificação da aprendizagem. Uma informação pode, pela desordem que
gera, levar à evolução do conhecimento do indivíduo, pois ele precisará desenvolver
estratégias cognitivas a fim de reorganizar e retomar o equilíbrio na construção do
conhecimento. E isso é obtido por meio de um processo dinâmico e recursivo
presente na reconstrução do próprio ato de conhecer. A aprendizagem, embora
dependa de substratos físicos estruturados caracteriza-se pelo processo de contínua
inovação, maleável por natureza, flexível e dinâmico.

LEMBRE-SE

O lobo frontal é responsável pela tomada de decisão, julgamento, memória recente,


crítica, raciocínio. O lobo parietal está relacionado às sensações e a interpretação das
sensações, pelo senso de localização do corpo e do meio ambiente. O lobo occipital
ocupa-se basicamente com a visão, enquanto o temporal, com a audição. O lobo
insular está relacionado a processos emocionais fortemente influenciados pelos
órgãos dos sentidos.

A aprendizagem surge de um acoplamento estrutural: as interações recíprocas


entre o indivíduo e o meio fazem surgir mudanças estruturais na organização do ser
vivo e do contexto em que está inserido; perante as informações, o organismo, num
processo auto organizador, opera com propriedades emergentes, a fim de se adaptar
às condições cambiantes presentes no processo de conhecer. Transferir para a
educação, o entendimento da aprendizagem como acoplamento estrutural implica
uma visão nova do aprender, a qual passa a estar fundamentada no fato de que
experiências de aprendizagem em contextos pedagógicos geram alterações na
estrutura do indivíduo.

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As experiências em sala de aula estimulam reflexões recursivas sobre os
pensamentos, sentimentos e ações, permitindo que a aprendizagem seja concebida
como processo reconstrutivo, envolvendo autor reorganização mental e emocional
daqueles que interagem nesse contexto. Aprender não é somente reconhecer o que,
virtualmente, já era conhecido; não é apenas transformar o desconhecido em
conhecimento. É a conjunção do reconhecimento e da descoberta. Aprender
comporta a união do conhecido e do desconhecido. A memória e a aprendizagem são
fundamentais para a evolução do indivíduo como ser social, pois ultrapassam a
simples apreensão das informações pelo sujeito aprendente, passando a
fundamentar seu pensamento e suas ações. Pensar é, com efeito, um processo, uma
função biológica desempenhada pelo cérebro.

LEMBRE-SE

O cérebro pode ser visto como um sistema dinâmico que tem sua complexidade funcional
subsidiada pela sua interação com outros sistemas nele presentes, não podendo ser
interpretado como depósito estático para o armazenamento de informação.

O processamento do pensamento é o ato de receber, perceber e compreender,


armazenar, manipular, monitorar, controlar e responder ao fluxo constante de dados.
A capacidade para ligar de forma competente as informações oriundas das áreas de
associação motora, sensorial e mnemônica é decisiva para o processamento do
pensamento e para a consideração e planejamento de futuras ações. Deve-se
ressaltar também que as emoções desempenham um papel decisivo na
aprendizagem.

Posner e Raichle (2001), retomando os estudos de Friedrich e Preiss, lembram


que o sistema límbico, formado por tálamo, amígdala, hipotálamo e hipocampo, avalia
as informações, decidindo que estímulos devem ser mantidos ou descartados,
dependendo a retenção da informação no cérebro da intensidade da impressão
provocada nele. A consciência da experiência vivenciada é atingida quando, ao
passar pelo córtex cerebral, compara-se a experiência com reflexões anteriores.
Assim, quando conseguimos estabelecer uma ligação entre a informação nova e a
memória preexistente, são liberadas substâncias neurotransmissoras – como a
acetilcolina e a dopamina – que aumentam a concentração e geram satisfação. É

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dessa maneira que emoção e motivação influenciam a aprendizagem. Os
sentimentos, intensificando a atividade das redes neuronais e fortalecendo suas
conexões sinápticas, podem estimular a aquisição, a retenção, a evocação e a
articulação das informações no cérebro.

Diante desse quadro, os autores defendem a importância de contextos que


ofereçam aos indivíduos os pré-requisitos necessários a qualquer tipo de
aprendizado: interesse, alegria e motivação. A razão é fortemente relacionada com a
emoção. De um modo ou de outro, nossos atos e pensamentos são sempre
influenciados pelas emoções. Dentro de uma perspectiva de aprendizagem
sustentada nas relações entre os elementos constituintes da percepção – sentidos e
memória – e no pensamento sistêmico, no qual essas relações acontecem inseridas
na complexidade da reestruturação permanente do conhecimento no cérebro/mente,
é imprescindível que o professor se reconheça como responsável pela configuração
de um ambiente que propicie a autor reorganização dos indivíduos.

Ainda que a inteligência do indivíduo dependa, pela interação entre as células


neuronais, do desenvolvimento biológico, somente as mediações que o indivíduo
sofre em suas interações com o meio ambiente onde está inserido é que permitirão
expandir essa inteligência em todo seu potencial. À luz desses argumentos, entender
como o aluno aprende permite ao professor, assim, buscar uma forma mais adequada
de ‘didatizar’ os conhecimentos científicos, pois compreender a forma de cognição do
aluno melhora a organização do ensino.

Aprendizagem e Educação

O aprender e o lembrar do estudante ocorre no seu cérebro. Conhecer como


o cérebro funciona não é a mesma coisa do que saber qual é a melhor maneira de
ajudar os alunos a aprender. A aprendizagem e a educação estão intimamente
ligados ao desenvolvimento do cérebro, o qual é moldável aos estímulos do ambiente.
Os estímulos do ambiente levam os neurônios a formar novas sinapses. Assim, a
aprendizagem é o processo pelo qual o cérebro reage aos estímulos do ambiente,
ativando sinapses, tornando-as mais “intensas”. Como consequência estas
constituem-se em circuitos que processam as informações, com capacidade de
armazenamento molecular.

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O estudo da aprendizagem une a educação com a neurociência. A
neurociência investiga o processo de como o cérebro aprende e lembra, desde o nível
molecular e celular até as áreas corticais. A formação de padrões de atividade neural
considera-se que correspondam a determinados “estados e representações mentais”.
O ensino bem sucedido provocando alteração na taxa de conexão sináptica, afeta a
função cerebral. Por certo, isto também depende da natureza do currículo, da
capacidade do professor, do método de ensino, do contexto da sala de aula e da
família e comunidade. Todos estes fatores interagem com as características do
cérebro dos indivíduos. A alimentação afeta o cérebro da criança em idade escolar.
Se a dieta é de baixa qualidade, o aluno não responde adequadamente à excelência
do ensino fornecido.

Neurociência cognitiva e educação


LEMBRE-SE

O processamento do pensamento é o ato de receber, perceber e compreender,


armazenar, manipular, monitorar, controlar e responder ao fluxo constante de dados. A
capacidade para ligar de forma competente as informações oriundas das áreas de
associação motora, sensorial e mnemônica é decisiva para o processamento do
pensamento e para a consideração e planejamento de futuras ações.

A neurociência cognitiva utiliza vários métodos de investigação (por ex. tempo


de reação, eletroencefalograma, lesões em estruturas neurais em animais de
laboratório, neuroimageamento) a fim de estabelecer relações cérebro e cognição em
áreas relevantes para a educação. Está abordagem permitirá o diagnóstico precoce
de transtornos de aprendizagem. Este fato exigirá métodos de educação especial, ao
mesmo tempo a identificação de estilos individuais de aprendizagem e a descoberta
da melhor maneira de introduzir informação nova no contexto escolar. Investigações
focalizadas no cérebro averiguando aspectos de atenção, memória, linguagem,
leitura, matemática, sono e emoção e cognição, estão trazendo valiosas contribuições
para a educação.

Pesquisadores em educação têm uma postura otimista de que as descobertas


em neurociências contribuam para a teoria e práticas educacionais. Destarte,
exemplos incluem empreendimentos para desenvolver currículo sob medida, para
atender fraqueza/excelência daqueles alunos que usam preferencialmente um dos

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hemisférios. A neurociência, psicologia e ciências cognitivas somadas à educação,
trazem novo enquadramento e integração destas áreas do conhecimento.

Tabela - Princípios da neurociência com potencial aplicação no ambiente de sala de aula.

Fonte: Bartoszeck, 2006.

Relação entre neurociência e educação

LEMBRE-SE
Os comportamentos que adquirimos
O cérebro é responsável pelas ao longo de nossas vidas resultam do que
emoções, raciocínio, aprendizagem, é
a sede das sensações e movimentos chamamos de aprendizagem ou aprendizado.
voluntários. Ele possui áreas
responsáveis por funções específicas Aprender é uma característica intrínseca do
e globais
ser humano, essencial para sua
sobrevivência. A educação visa ao
desenvolvimento de novos comportamentos num indivíduo, proporcionando-lhe
recursos que lhe permitam transformar sua prática e o mundo em que vive. Educar é

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proporcionar oportunidades e orientação para aprendizagem, para aquisição de
novos comportamentos. Aprendizagem, por sua vez, requer várias funções mentais
como atenção, memória, percepção, emoção, função executiva, entre outras. E,
portanto, depende do cérebro.

O Sistema Nervoso (SN), por meio de seu integrante mais complexo, o cérebro,
recebe e processa os estímulos ambientais e elabora respostas adaptativas que
garantem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie. A evolução nos
garantiu um cérebro capaz de aprender, para garantir nosso bem-estar e
sobrevivência e não para ter sucesso na escola. A menos que o bom desempenho
escolar signifique esse bem-estar e sobrevivência do indivíduo. Na escola o aluno
aprende o que é significativo e relevante para o contexto atual de sua vida. Se a
“sobrevivência” é a nota, o cérebro do aprendiz selecionará estratégias que levem à
obtenção da nota e não, necessariamente, à aquisição das novas competências.

O comportamento humano resulta da atividade do SN, do conjunto de células


nervosas, ou redes neurais, que o constituem. O comportamento depende do número
de neurônios e de suas substâncias químicas, da atividade destas células, da forma
como neurônios se Informação, para o neurônio, é a alteração das suas
características eletroquímicas. Quando o indivíduo está em interação com o mundo,
exibindo um comportamento, vários conjuntos de neurônios, em diferentes áreas do
SN estão em funcionamento, ativados, trocando informações. As funções mentais são
produzidas pela atividade do SN e resultam do cérebro em funcionamento. Funções
relacionadas à cognição e às emoções, presentes no cotidiano e nas relações sociais,
como sentir e perceber, gostar e rir, dormir e comer, falar e se movimentar,
compreender e calcular, ter atenção, lembrar e esquecer, planejar, julgar e decidir,
ajudar, pensar, imaginar, se emocionar, são comportamentos que dependem do
funcionamento do cérebro. Educar e aprender também.

LEMBRE-SE

Graças à neurociência da aprendizagem, os transtornos comportamentais e da


aprendizagem passaram a ser mais facilmente compreendidos pelos educadores, que
aliados a neurociência tem subsídios para a elaboração de estratégias mais adequadas
a cada caso.

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As neurociências são ciências naturais, que descobrem os princípios da
estrutura e do funcionamento neurais, proporcionando compreensão dos fenômenos
observados. A. Educação tem outra natureza e sua finalidade é criar condições
(estratégias pedagógicas, ambiente favorável, infraestrutura material e recursos
humanos) que atendam a um objetivo específico, por exemplo, o desenvolvimento de
competências pelo aprendiz, num contexto particular. A educação não é investigada
e explicada da mesma forma que a neurotransmissão. Ela não é regulada apenas por
leis físicas, mas também por aspectos humanos que incluem sala de aula, dinâmica
do processo ensino aprendizagem, escola, família, comunidade, políticas públicas.
Descobertas em neurociências não se aplicam direta e imediatamente na escola. O
trabalho do educador pode ser mais significativo e eficiente se ele conhece o
funcionamento cerebral, o que lhe possibilita desenvolvimento de estratégias
pedagógicas mais adequadas.

Aprender não depende só do cérebro. É importante esclarecer que as


neurociências não propõem uma nova pedagogia e nem constituem uma panaceia
para a solução das dificuldades da aprendizagem e dos problemas da educação. Elas
fundamentam a prática pedagógica que já se realiza, demonstrando que, estratégias
pedagógicas que respeitam a forma como o cérebro funciona, tendem a ser mais
eficientes. A neurociência por si só não pode fornecer o conhecimento específico
necessário para elaboração de ambientes de aprendizagem em áreas de conteúdo
escolar específicas, particulares. Mas fornecendo “insights” sobre as capacidades e
limitações do cérebro durante o processo de aprendizagem, a neurociência pode
ajudar a explicar porque alguns ambientes de aprendizagem funcionam e outros não.
Descobertas em neurociências não se aplicam direta e imediatamente na escola. A
aplicação desse conhecimento no contexto educacional tem limitações. As
neurociências podem informar a educação, mas não explicá-la ou fornecer
prescrições, receitas que garantam resultados. Teorias psicológicas baseadas nos

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mecanismos cerebrais envolvidos na aprendizagem podem inspirar objetivos e
estratégias educacionais.

A inclusão dos fundamentos neurobiológicos do processo ensino-


aprendizagem na formação inicial do educador proporcionará nova e diferente
perspectiva da educação e de suas estratégias pedagógicas, influenciando também
a compreensão dos aspectos sociais, psicológicos, culturais e antropológicos
tradicionalmente estudados pelos pedagogos.

LEMBRE-SE

Processamento do pensamento é o ato de receber, perceber e compreender,


armazenar, manipular, monitorar, controlar e responder ao fluxo constante de dados. A
capacidade para ligar de forma competente as informações oriundas das áreas de
associação motora, sensorial e mnemônica é decisiva para o processamento do
pensamento e para a consideração e planejamento de futuras ações.

Neurociência, pedagogia e psicopedagogia

A neuropsicologia é o campo das neurociências em que ocorre a intersecção


das ciências cognitivas com as ciências do comportamento, e ela engloba ambas. A
neuropsicologia tem ramificações que alcançam muitas outras facetas do
conhecimento como a psiquiatria. Os psiquiatras se preocupam em saber como, onde
e em quais circuitos cerebrais ocorre a ação medicamentosa. Esquizofrenia,
depressão, ansiedade, transtornos obsessivo-compulsivos e outras manifestações
psiquiátricas são hoje estudadas à luz de seu substrato biológico cerebral. Nesse
contexto, o neuropsicólogo participa da avaliação das funções cognitivas e da terapia
cognitivo-comportamental.

A tarefa da ciência neural hoje é a de fornecer explicações do comportamento


em termos da atividade cerebral, de explicar como milhões de células neurais
individuais, no cérebro, atuam para produzir o comportamento e como, elas são
influenciadas pelo ambiente. Existem alguns questionamentos da parte de alguns
pesquisadores acerca da análise da função cerebral que a neurociências se ocupa,
isto, questiona-se se estas são suficientemente refinadas para verdadeiramente

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esclarecer sobre a relação entre comportamento humano e função cerebral.
(BARROS, et al., 2004).

No entanto, encontramos respostas esclarecedoras a esses questionamentos.


O desenvolvimento da neurociência cognitiva conduz a uma epistemologia não-
reducionista, que trabalha com distintos, mas inter-relacionados níveis de análise.
Diferentes metodologias são usadas para a observação de diferentes níveis de
organização da estrutura e funções cerebrais, obtendo-se entendimento detalhado de
mecanismos cognitivos no cérebro animal. Modelos mais amplos procuram integrar
esse conhecimento empírico e descobrir os princípios fundamentais das funções
cognitivas de cérebro. (JÚNIOR, 2001).

A neuropsicologia, um dos campos de estudo da neurociência é uma área de


conhecimento que trata da relação entre cognição e comportamento e a atividade do
sistema nervoso em condições normais e patológicas. A neuropsicologia cognitiva
está preocupada com os padrões de desempenho cognitivo intacto e deficiente
apresentados pelos pacientes com lesão cerebral, pois para os neuropsicólogos
cognitivos, o estudo de pacientes com lesão cerebral pode revelar muito sobre a
cognição humana normal. (EYSENCK; KEANE, 2007; COSENZA; FUENTES;
MALLOY-DINIZ, 2008).

Este campo compreende o estudo da relação entre as funções neurais e


psicológicas e o estudo do comportamento ou mudanças cognitivas que acompanham
lesões em partes específicas do cérebro sendo que estudos experimentais com
indivíduos normais também são comuns. Assim, se um indivíduo com lesão em

LEMBRE-SE

A aprendizagem, é o processo em virtude do qual se associam coisas ou eventos no mundo,


graças à qual adquirimos novos conhecimentos. Denominamos memória o processo pelo qual
conservamos esses conhecimentos ao longo do tempo. Os processos de aprendizagem e
memória modificam o cérebro e a conduta do ser vivo que os experimenta

determinada área cerebral mostra um déficit cognitivo específico, então essa área
poderá estar envolvida na função cognitiva afetada. O estudo aprofundado de
indivíduos com lesão permite compreender o funcionamento cognitivo normal.

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A pedagogia também tem utilizado dos conhecimentos dos mecanismos
cerebrais envolvidos na aprendizagem. À medida que ocorre maturação e a
especialização das redes neuronais ao longo do desenvolvimento infantil e a
participação das diferentes áreas cerebrais na aprendizagem, o material aprendido,
por exemplo, a alfabetização, influencia a organização cerebral. (MENDONÇA;
AZAMBUJA; SCHLECHT, 2008).

Há uma relação direta entre as neurociências e a educação, se considerarmos


a significância do cérebro no processo de aprendizagem do indivíduo, assim como o
contrário. O estudo da aprendizagem une de modo inevitável a educação e a
neurociência. Esta última incide o seu estudo na relação entre o funcionamento
neurológico e a atividade psicológica, dando ênfase à analise do comportamento,
como a manifestação última da atividade do sistema nervoso. (POSNER;
ROTHBART, 2005).

A aprendizagem depende da neuroplasticidade e pode ser entendida como um


processo pelo qual o sistema nervoso reestrutura funcionalmente suas vias de
processamento e representação da informação. A neuroplasticidade é a capacidade
que o encéfalo possui em se reorganizar ou readaptar frente a novos estímulos, sejam
eles positivos ou negativos. As sinapses ou conexões entre os neurônios se
modificam durante o processo de aprendizagem, quando há evocação da memória,
quando adquirimos novas habilidades. Ao analisar os neurônios após um processo
de aprendizagem, pode-se observar várias modificações estruturais que ocorreram,
tais como o brotamento de espículas dendríticas, brotamento axonal colateral e
desmascaramento de sinapses silentes. A neuroplasticidade possibilita a
reorganização da estrutura do encéfalo e constitui a fundamentação neurocientífica
do processo de aprendizagem. As estratégias pedagógicas devem utilizar recursos
que sejam multissensoriais, para ativação de múltiplas redes neurais que
estabelecerão associação entre si. Se as informações/experiências forem repetidas,
a atividade mais frequente dos neurônios relacionados a elas, resultará em
neuroplasticidade e produzirá sinapses mais consolidadas.

A sociedade criou expectativas em relação ao que as neurociências podem


trazer à educação, sendo algumas dessas crenças falsas. A procura de respostas

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não deve incidir na questão de como a ciência do cérebro é aplicada à prática
educativa, mas sim naquilo que os educadores precisam saber e como podem ser
informados pela investigação neurocientífica. O ponto de partida para o entendimento
mútuo passa pela utilização de um vocabulário que seja igualmente entendido por
neurocientistas e educadores. Os próprios problemas de investigação devem
responder a questões elaboradas pelo trabalho conjunto de modo a ir de encontro
aos reais problemas que ocorrem nos contextos educativos. Quanto maior for o
diálogo, menos espaço haverá para interpretações erradas, sendo mais esclarecedor
por todas as partes.

O desenvolvimento da neurociência é verdadeiramente fascinante e gera


grandes esperanças de que, em breve, novos tratamentos estarão disponíveis para
uma grande gama de transtornos e distúrbios do sistema nervoso que debilitam e
incapacitam milhões de pessoas anualmente. Concluindo, não há como separar o
comportamento de sua base biológica. Entretanto é importante ressaltar que o
sistema nervoso é apenas condição necessária para que o comportamento, os
pensamentos e sentimentos ocorram. Nunca foi e nunca será pretensão da
neurociência afirmar que o sistema nervoso seja condição suficiente para a
emergência de tais processos. Não cabe à neurociência discutir construtos como a
consciência e nem tampouco tentar solucionar dilemas metafísicos, tais como a
possível dualidade mente/cérebro, a questão dos qualia ou a causação psicofísica. A
despeito do que dizem os críticos da neurociência, esta tem somente um único
objetivo: tentar compreender o sistema nervoso, e nada mais! O máximo que
podemos afirmar é que os nossos pensamentos e sentimentos são produtos de
estímulos que delineiam e modelam o encéfalo, sendo que o ambiente social, atuando
sobre um substrato genético, é uma poderosa força moduladora para este processo.

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compreensão do desenvolvimento cognitivo. Revista Neurociências, São Paulo,
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