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FUNDAMENTOS DA
NEUROPSICOPEDAGOGIA
02
CONTEXTUALIZANDO
ensinar seus alunos, como eles, por vezes sem saber, agem no
desenvolvimento de seus pequeninos aprendizes, estimulando
competências ou bloqueando potenciais diante de estratégias
pedagógicas que não levam em conta a natureza do responsável pelo
aprendizado: o cérebro18, p.14.
ATENÇÃO
* Esse texto utiliza a indicação das referências bibliográficas por meio do sistema
numérico: pequenos números sobrescritos indicam a referência que pode ser
consultada ao final do documento. Quando mais de um número for indicado, cada
um deles remeterá a uma obra diferente. No caso de citações, o número indica a
obra e é seguido da indicação da(s) página(s). No exemplo acima, no último trecho
(18, p.14), temos a indicação do livro 18 nas referências, com a página 14, de
onde foi extraída a citação.
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conjunto de disciplinas de diferentes áreas (ex. biológicas, humanas, exatas,
saúde, entre outras) que estudam o sistema nervoso, seja no nível molecular,
celular, sistêmico ou integrado, comportamental e cognitivo20, 21. A neuroeducação
é uma área interdisciplinar, que integra a educação, psicologia e neurociência.
Desenvolveu-se muito nos últimos anos e tem como principal foco otimizar o
processo de ensino-aprendizagem, que inclui compreender os distúrbios e
doenças que podem afetá-lo. A Neuropsicopedagogia inspira-se na
Neuroeducação. É conhecimento, pesquisa e ação. Foca-se no processo de
ensino-aprendizagem, buscando avaliá-lo e otimizá-lo (intervenção)14.
Como pode ser percebido, a presente disciplina tem muito a oferecer ao
seu processo de formação em Educação Inclusiva. Tenha uma ótima aventura!
Figura 1 – Neurônio
05
Figura 2 - Exemplo de sinalização eletroquímica de um neurônio de dopamina
Fonte: 10, p. 47
1.2 Sinapse
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TEMA 2 – NEUROTRANSMISSORES E CÉLULAS NERVOSAS
2.1 Neurotransmissores
08
c. apoiam a estrutura neuronal;
d. levam nutrientes aos neurônios;
e. modulam atividade elétrica na sinapse.
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órgãos viscerais e fazem parte do SNA, como será visto em item próximo 3,6. O
sistema nervoso periférico possui duas divisões.
Sistema Nervoso Somático (SNS) – por meio de receptores específicos
na pele, músculos e articulações, esse sistema recebe e envia informações
sensoriais do corpo para o cérebro (sentido aferente), via medula espinal.
Isso é feito por feixes de axônios que formam os nervos. No sentido
contrário (eferente), recebe sinais do SNC no sentido de iniciar, modular ou
inibir movimentos nos músculos, articulações e pele3.
Sistema Nervoso Autônomo (SNA) – controla de forma automática o
ambiente interno do organismo, mantendo-o em equilíbrio (homeostase)
face às variações de estímulos internos e externos2,3. Controla também
glândulas, como as sudoríparas, e os órgãos viscerais, como o coração,
estômago, pulmões, bexiga. Os nervos do SNA levam informações
somatossensoriais do meio interno para o SNC; este, por sua vez pode
responder com dois tipos de sinais: de alerta, que repara o corpo para ação,
e de relaxamento, que reconduz o corpo ao repouso. Por exemplo, se
subitamente soa o alarme de incêndio no local onde você se encontra, em
segundos seu corpo estará pronto para a ação.
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controlados pelos sistemas simpáticos e parassimpáticos, como pode ser visto na
Figura 3, conforme 3, p.113.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Tronco_cerebral>.
011
4.1 Tronco encefálico ou cerebral
012
4.2 Formação reticular
4.3 Cerebelo
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Lesões cerebelares não impedem a realização de movimentos, mas
podem comprometer seriamente o equilíbrio corporal, provocar
alterações no tônus postural ou dar origem a distúrbios de coordenação
motora, caracterizados pela presença de tremores, ataxia e dismetria.11
4.4 Cérebro
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endócrino. Constitui-se no principal centro regulador das atividades viscerais,
podendo gerar respostas simpáticas ou parassimpáticas. Muito importante para a
regulação das emoções, é região nodal do sistema límbico, relacionando-se com
as amígdalas, com o septo e o hipocampo. Nele ocorre a interação entre o sistema
nervoso e o sistema endócrino, principais reguladores do organismo 3,6.
O hipotálamo produz ainda os hormônios ocitoxina, vasopressina
(antidiurético) e polipeptídios, liberando-os na pituitária, para controlá-la. A
pituitária é considera a “glândula chefe”, visto que libera hormônios que
controlam as demais glândulas endócrinas do organismo e ainda determina os
processos de desenvolvimento, ovulação e lactação. Dessa forma o hipotálamo
influencia todo o sistema endócrino. No entanto, essa influência é regulada pelas
informações que recebe sobre os níveis sanguíneos dos hormônios produzidos
pelas glândulas3,6.
O hipotálamo regula a temperatura corporal, a ingestão de alimentos e a
ingestão e eliminação de água. Pelo seu núcleo supraquiasmático – o relógio do
organismo – e as informações que obtém da retina, também controla os ritmos
circadianos do corpo, integrando-os aos ciclos de claro e escuro da natureza. Ele
é ainda um centro importante na interação neuroimunológica, ou seja, entre o
sistema nervoso e o sistema imune6.
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ligados às regiões motoras do córtex frontal. Os núcleos de base recebem
comandos dessas regiões e as enviam aos centros de movimento do tronco
encefálico. Simultaneamente, por meio do tálamo, têm retroalimentação daquelas
regiões de comando. Incluem o corpo estriado, núcleo subtalâmico e a substância
negra. O núcleo acumbente (ou acumbens) e pálido ventral são extensões do
corpo estriado, o qual é importante no planejamento e controle corporal. A doença
de Parkinson tem sido relacionada à falta do neurotransmissor dopamina,
relacionada ao corpo estriado e ao núcleo accumbens3,6,11.
O sistema límbico (Figura 4) é localizado na borda do hemisfério cerebral
(limbo = margem), é composto por
Fonte: <http://www.escoladepostura.com.br/main.asp?link=noticia&id=303>.
016
giro cíngulo e insula). As áreas pré-frontais, também relacionadas às emoções,
serão descritas adiante.
O hipocampo é uma antiga região bilateral, que tem papel crucial no
armazenamento de novas memórias declarativas, recentes e de longo prazo,
elaborando novas conexões (sinapses) a cada experiência 3,6,12. Está relacionado
à orientação espacial, sendo que sua lesão bilateral produz desorientação e falhas
na memória declarativa (amnésia anterógrada global)1,12. Tem amplas conexões
com as áreas corticais, recebendo e enviando informações para essas áreas.
Também se conecta a regiões relacionadas ao controle das emoções como o
septo, a amígdala, partes do tálamo e do hipotálamo, o corpo estriado e a
formação reticular. Sua porção posterior parece relacionada com processos
cognitivos de aprendizagem e memória, em particular aqueles ligados à
navegação, exploração e locomoção. Em complemento, sua região anterior
envolve-se na emoção e comportamentos motivados1. Essa região parece estar
relacionada a transtornos com o estresse pós-traumático, depressão e
Alzheimer10,12.
Como visto, o hipocampo é importante para o processo das emoções, mas
é a amígdala ou complexo amigdaloide a estrutura mais crucial desse processo.
017
Ela participa também de processos cognitivos, como a atenção, a
percepção e a memória e seria importante na atribuição do significado
emocional dos estímulos externos. Projeções da amígdala que chegam
ao hipocampo podem reforçar a memória de eventos com conteúdo
emocional. Lesões na amígdala, assim como sua desconexão,
provocam uma dissociação entre os processos sensoriais e emocionais.
[...] Em síntese, a amígdala participa de circuitos em que ocorre uma
interação entre as informações vindas do meio externo, configurando a
realidade ambiental, e as informações vindas do meio interno,
configurando as necessidades do organismo em determinado momento.
O processamento dessas informações permite o desencadear de
respostas autonômica e comportamentais, bem como a interferência nos
processos ideacionais. 1, p.41-42
018
Figura 5 – Ínsula
Fonte: <http://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-nervoso/telencefalo/>.
Para Luria, sob um prisma funcional, o córtex pode ser dividido em três
tipos de áreas: primárias, secundárias e terciárias. As áreas primárias ou de
projeção, são ligadas ao processamento de informação sensorial e a motricidade.
Células de elevada diferenciação e especificidade e outras com caráter
multimodal. Ainda há células de manutenção não específica do tono (não
respondem a nenhum tipo específico de estímulo). Em síntese elas recebem e
020
enviam informações para a periferia14,16. As áreas secundárias, de projeção-
associação ou associativas unimodais, ou, ainda, gnósticas. São menos
diferenciadas e mais associativas, permitindo que as informações sejam
recebidas, processadas, integradas ou combinadas umas com as outras e ainda
armazenadas6,14,16. Já as áreas terciárias ou multimodais ou ainda as zonas de
superposição têm funções integrativas das “informações que chegam de
diferentes analisadores”. A maioria dos neurônios são multimodais, respondendo
às características gerais do estímulo16, p.55. Dessa forma atuam nas funções
executivas, como a atenção, motivação, percepção, memória, raciocínio, cognição
e planejamento). Como pode ser visto, essas áreas são as mais importantes e
foram as últimas a se desenvolverem. Elas precisam da participação em concerto
de várias áreas e, em certa medida, elas regem a orquestra cerebral11,14,16.
Localização
Tipo de
pelas Áreas de Descrição funcional da(s) área(s)
área
Brodmann
1ª 3, 1 e 2 Área somatossensorial primária (somestésica) (S1)
1ª 4 Área motora primária (M1)
2ª 5e7 Áreas associativas somatossensoriais
2ª 6 Áreas pré-motora (PMA) e motora suplementar (SMA)
Área relacionada ao controle dos movimentos oculares
2ª 8
(campos oculares frontais)
3ª 9 Área associada a cálculos e lógica
3ª 10 Área associada à atenção e alerta
3ª 11 e 12 Áreas associadas à decisão e comportamentos éticos
Áreas associadas à memória verbal, motivação e
13 e 14
informações somatossensoriais
15 e 16 Córtex da ínsula
1ª 17 Área visual primária (V1)
2ª 18 Área visual secundária (V2)
2ª 19 Área visual associativa (V3, V4 e V5)
2ª 20, 21 e 37 Áreas sensoriais associativas
2ª 22 Área de Wernicke (percepção linguística)
23, 24, 25, 26, 27 Córtex associativo límbico (relacionado com as emoções)
28 Área olfatória e córtex associativo límbico
29, 30, 31, 32, 33 Córtex associativo límbico (relacionado com as emoções)
34 e 35 Córtices entorrinal e perrinal (giro para-hipocampal)
36 Córtex hipocampal (memória verbal, memória espacial)
Áreas heteromodais temporoparietais (reconhecimento de
3ª 37, 39 e 40
faces, objetos e vozes)
38 Área olfatória e córtex associativo límbico
1ª 41 e 42 Áreas auditivas primária e associativa
43 Área gustativa e córtex associativo sensoriomotor
3ª 44 e 45 Área de Broca (expressão linguística)
Córtex associativo pré-frontal e dorsolateral (funções
3ª 46 e 47
executivas, pensamento, cognição e comportamento)
Fonte: 11, p. 796-829
021
Além da divisão dos tipos de áreas, Luria considera três unidades
funcionais. A primeira unidade regula o tônus cortical, a vigília e o filtro de
estímulos. É formada pelo tronco encefálico, com ênfase para a formação ou
sistema reticular, e por regiões subcorticais como o hipotálamo, a amígdala e o
hipocampo, relacionadas ao sistema límbico. Seu slogan é manter “o cérebro
desperto”! 14,16 O nível de excitação ou tono cortical é essencial para o
recebimento e processamento de todas as informações que chegam, bem como
para a programação e controle de execução de atividades dirigidas às metas. O
sistema reticular regula o tono cortical (em nível ascendente) e é influenciado por
ele (em nível descendente), e assim faz uma organização vertical de todas as
atividades cerebrais, visto que todas precisam de energia para funcionar 14,16. Em
nível ascendente, o sistema reticular é ativado por processos de manutenção da
homeostase – ou equilíbrio interno do organismo – como as funções
respiratórias, digestivas etc., que são reguladas principalmente pelo hipotálamo.
A chegada de estímulos do meio exterior também ativa o sistema reticular,
visto que o organismo precisa avaliar as informações (reflexo de orientação) para
se adaptar ao meio. Aqui temos a participação das estruturas subcorticais
límbicas, com destaque para a amígdala e o hipocampo. A vigilância às mudanças
do meio e às surpresas, é essencial para a sobrevivência16. Já na direção oposta,
de cima para baixo, ou no nível ascendente, o sistema reticular é ativado por
intenções e planos, previsões e programas, para os quais o córtex pré-frontal entra
em cena, influenciando as estruturas do tronco cerebral para obter a energia de
que precisa para suas atividades. Aqui temos a participação da fala (tanto interna
quanto externa) e a consequente influência social em termos de motivação; aliás,
quando falamos de motivação, temos também o sistema límbico em seu papel
crucial de valoração emocional das memórias16. Essa unidade também é
responsável pelo filtro de informações sensoriais (visuais, auditivas, gustativas e
tácteis), sendo que todos os receptores sensoriais (com exceção do olfato) têm
fibras conectadas nesse sistema, o qual seleciona que informações avançarão em
direção ao córtex16. Em síntese, ela controla o estado de alerta do córtex, filtra
informações e também é importante na capacidade de focalizar a atenção 16.
A segunda unidade recebe, processa e armazena informações
sensoriais; é composta pelos lobos parietal, occipital e temporal. Sua chave é o
“cérebro informado”; essa unidade recebe os estímulos que chegam ao cérebro a
partir dos receptores periféricos e por meio dos três tipos de áreas descritas
acima, os decompõe e analisa, transformando-os de dados brutos, recebidos nas
022
áreas primárias (que distingue os dados visuais, auditivos e táteis), em dados
processados e sintetizados na segunda, e integrados de forma simultânea em
sínteses intermodais abstratas nas áreas terciárias14,16.
A terceira unidade funcional programa, regula e verifica a atividade
mental, composta pelo lobo frontal, com destaque pela a parte pré-frontal. Ela é o
“cérebro programador”. 16 O ser humano não é passivo diante de seu ambiente:
este aprendeu a agir de forma ativa, criar intenções, planos e programas para
ação. E, após se envolver nessas ações, modelando os comportamentos para
executá-los corretamente, é necessário verificar se os resultados apresentados
são coerentes com aqueles esperados e, se não o forem, o comportamento
precisa ser corrigido para que as intenções originais sejam alcançadas16.
FINALIZANDO
023
no sentido de manter a atenção nas informações necessárias ao aprendizado,
inibindo estímulos distrativos e também na manutenção de um nível de alerta
suficiente para que o aprendizado possa ocorrer, sendo que o funcionamento
dessa estrutura basicamente autônoma, de acordo com o nível de excitação é o
filtro/passagem dessas informações, que será mais de responsabilidade
dos professores do que dos aprendizes. Por exemplo, a formação reticular é
ativada com a chegada de informações novas que precisam ser avaliadas; se os
professores tiverem um padrão de comportamento com pouca novidade, não
prenderão a atenção de seus alunos, podendo, ao contrário, ser induzidos ao
sono.
Chegamos então ao cérebro; que informações serão suficientemente
importantes para adentrarem no portão do tálamo? E, tão ou mais importante que
ele, temos o centro do estresse, que é o hipotálamo que, com seu controle sobre
a pituitária, comanda o sistema endócrino e as respostas simpáticas e
parassimpáticas. Ele age também em parceria com a amígdala e o hipocampo,
chaves de um complexo sistema complexo chamado límbico, praticamente
responsável pela maior parte do aprendizado do cérebro. O sistema das emoções
define o que é importante para o organismo, ou seja, que informações devem
receber atenção e quais não precisam ser percebidas. Sendo a atenção um dos
elementos mais importantes da aprendizagem, o sistema das emoções é um
elemento crucial para esse processo, e é também crucial para a memorização e
evocação de informações; amígdala e hipocampo são estruturas contíguas que
funcionam em mútua colaboração. Lembrando que o hipocampo é a estrutura
relacionada ao processo de armazenamento de memória de longo prazo, crucial
ao processo de aprendizagem. Além da atenção e da memória, o sistema das
emoções também participa de forma crucial dos processos de motivação, sem a
qual aprendizados conscientes são muito difíceis. Ascendendo um pouco mais,
dentro do cérebro, vemos a importância do giro cíngulo, que participa dos
processos de atenção, da seleção de ações motivadas, da memória e do
processamento visuoespacial. Atua ainda na monitoração de conflitos, e é
essencial ao sistema de atenção, quando é necessário mudar o foco da atenção,
ou, ainda, na flexibilidade mental para adaptação às mudanças do meio e
enfrentamento de conflitos. Todos esses processos são importantes na
aprendizagem e, em complemento, tem função na percepção da empatia social e
atividades cooperativas, igualmente essenciais ao aprendizado. E, se pensarmos
no modelo das unidades funcionais proposto por Luria, já comentamos acima da
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primeira unidade (ligada à ativação e alerta do córtex). A segunda unidade é a
receptora. Podemos citar a área secundária 22 de Brodmann, conhecida como
área de Wernicke, crucial na compreensão linguística; e a área terciária de
expressão da linguagem, área de Broca, 44 e 45 de Brodmann, ambas essenciais
ao processo da linguagem verbal, sendo que seu mau funcionamento ou
dificuldades na interconexão entre elas, produzirá problemas na compreensão e
expressão linguística. Por fim, chegamos à terceira unidade de Luria, última
estrutura filogeneticamente desenvolvida, os lobos frontais, em especial o córtex
pré-frontal. Essa unidade deve ser o alvo da educação, porque tem a capacidade
de resolver problemas, criar soluções e inovar. No entanto, se os métodos de
ensino estiverem baseados em comandos, pouco dessa estrutura será utilizada.
Por outro lado, se os alunos estiverem focados na resolução de problemas, então
estamos no ápice das capacidades humanas, que coincide com autonomia do
aprendiz.
Esperamos que tenha apreciado nossa primeiras incursões e reflexões
sobre o funcionamento cerebral e sua conexão com a aprendizagem.
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REFERÊNCIAS
15. PILLAY, S. S. Your brain and business. New Jersey: Pearson, 2011.
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17. SBNPp. O que é neuropsicopedagogia. Recuperado de
<http://www.sbnpp.com.br/o-que-e-neuropsicopedagogia/>. Acesso em: 22
set. 2017
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