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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3

2 NEUROCIÊNCIA ............................................................................... 4

2.1 Campos da Neurociência: ........................................................... 5

3 SINAPSES ......................................................................................... 5

4 ALTERAÇÕES NA TRANSMISSÃO NEURONAL E SÍNTESE DE


NEUROTROFINA. .............................................................................................. 7

5 PROCESSO DE APRENDIZAGEM E NEUROCIÊNCIA ................. 12

6 NEUROPSICOLOGIA ...................................................................... 15

6.1 Reabilitação neuropsicológica ................................................... 16

6.2 Planejamento da reabilitação norteado pela teoria


comportamental ............................................................................................ 17

7 REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA ................................................... 19

8 REABILITAÇÕES MOTORAS ......................................................... 21

8.1 Reabilitação nos Danos Cerebrais Adquiridos .......................... 22

8.2 Reabilitação no Acidente Vascular Cerebral (AVC) .................. 24

8.3 Reabilitação por hidroterapia..................................................... 25

8.4 Diferenças em relação a outros tratamentos ............................. 27

8.5 Reabilitação com a dança ......................................................... 28

8.6 Reabilitação com realidade virtual ............................................. 29

8.7 Reabilitação com craniopuntura ................................................ 31

8.8 Reabilitação com equoterapia ................................................... 33

9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ..................................................... 34

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é


semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o
tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos
ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de
atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 NEUROCIÊNCIA

Fonte: ufjf.br

A Neurociência é conceituada como uma área que estuda o sistema


nervoso central (SNC) e suas ações no corpo humano. Está presente em
diferentes campos do conhecimento e interfere em diferentes áreas como a
Linguística e Medicina, entre outras. Segundo MALLOY-DINIZ et al. (2010), a
Neuropsicologia é um dos ramos da Neurociência que se preocupa com a
complexa organização cerebral, que trata da relação entre cognição e
comportamento e a atividade do SNC em condições normais e patológicas;
sendo assim, a Neuropsicologia é de natureza multidisciplinar, e permite a
elaboração de um estudo prático do cérebro, contribuindo para diagnósticos
precoces e precisos das patologias e de alterações das funções cerebrais
superiores.
Segundo PANTANO & ZORZI (2009), o estudo da Neurociência considera
o conhecimento das funções cerebrais como peça chave para o estímulo de um
desenvolvimento cognitivo saudável. Sabendo que o cérebro se reorganiza
constantemente, em acordo com os estímulos externos, o desafio é facilitar a
absorção do estímulo correto e positivo.

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2.1 Campos da Neurociência:

– Neuropsicologia: esta parte estuda a interação que há entre as ações


dos nervos e as funções ligadas à área psíquica.
– Neurociência cognitiva: este campo foca na capacidade cognitiva
(conhecimento) do indivíduo, como o raciocínio, a memória e o aprendizado.
– Neurociência comportamental: quem segue esta linha procura
estabelecer uma ligação entre o contato do organismo e seus fatores internos
(emoções e pensamentos) ao comportamento visível, como a forma de falar, de
se postar e até mesmos os gestos usados pela pessoa.
– Neuroanatomia: uma das partes mais complexas da neurociência, que
tem por objetivo compreender toda a estrutura do sistema nervoso. Com isso, o
estudioso precisa separar o cérebro, a coluna vertebral e os nervos periféricos
externos para analisar cada item com muita cautela a fim de compreender a
respectiva função de cada parte e nomeá-la.
– Neurofisiologia: por último, mas não menos importante, temos a
neurofisiologia, que estuda as funções ligadas às várias áreas do sistema
nervoso.

3 SINAPSES

Sabemos que os impulsos nervosos devem passar de uma célula à outra


para que ocorra uma resposta a um determinado sinal. Para que isso ocorra, é
necessário a presença de uma região especializada, que recebe o nome
de sinapse. Hoje sabemos que há dois tipos de sinapses no Sistema Nervoso
Central (SNC): as sinapses elétricas e as sinapses químicas. Ela pode ser
definida como a região de proximidade entre a extremidade de um neurônio e
uma célula vizinha, onde os impulsos nervosos são transformados em impulsos
químicos em decorrência da presença de mediadores químicos. (DA SILVA,
2010).
Um neurônio faz sinapses com diversos outros neurônios. Estima-se que
uma única célula nervosa possa fazer mais de mil sinapses. Geralmente elas

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ocorrem entre o axônio de um neurônio e o dendrito de outro. Entretanto, podem
ocorrer algumas sinapses menos comuns, tais como axônio com axônio,
dendrito com dendrito e dendrito com corpo celular.
Os axônios apresentam diversas ramificações e, no final delas, são
encontradas expansões chamadas de botões pré-sinápticos. Esses botões estão
separados da membrana do outro neurônio ou célula muscular através de um
espaço que recebe o nome de fenda sináptica.

Fonte: etudocienciacdb.com.br

O potencial de ação chega até o botão terminal do axônio do neurônio


pré-sináptico, mas não consegue sair de lá sob a forma de eletricidade por que
há fluido (neurotransmissores) na fenda sináptica. A sinapse é eletroquímica
justamente porque depois de o potencial de ação viajar ao longo do axônio do
neurônio e atingir o terminal pré-sináptico, ele provoca a liberação na fenda de
uma pequena quantidade de moléculas de neurotransmissores: acetilcolina,
norepinefrina, epinefrina, histamina, glutamato e serotonina, dentre outros.
Quanto a liberação do transmissor, o responsável por tal é o sódio.
Diferentemente do potencial de ação, essas moléculas podem se propagar pelo
fluido até a membrana pós-sináptica, e lá se ligam a moléculas receptoras
específicas, que ficam localizadas na membrana plasmática do neurônio pós-
sináptico, no lado oposto da fenda sináptica (FRANÇA, 2015).
Diferentes neurotransmissores podem ser liberados em diferentes
condições. Além disso, dependendo do neurotransmissor liberado, o potencial

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de ação que será deflagrado no neurônio seguinte pode ser repetido, inibido ou
modificado. É esta diversidade na interação sináptica que permite que
comportamentos diferentes sejam desencadeados por um único estímulo. Os
potenciais vêm em série, um depois do outro, e o fluxo deles funciona como
código digital a ser decifrado pelo processamento cortical. Em uma micro
perspectiva, este é o processo responsável pelo funcionamento do cérebro.
(BEAR, 2006).

4 ALTERAÇÕES NA TRANSMISSÃO NEURONAL E SÍNTESE DE


NEUROTROFINA.

Fonte: sinapsiscuanticaspolarizadas-war.com.br

Evidências mostram que o exercício promove alterações cerebrais em


consequência do aumento no metabolismo, oxigenação e fluxo sanguíneo no
cérebro. No entanto, a maioria das evidências disponíveis provém de pesquisas
em animais. Estes estudos mostram que o exercício modula a maioria dos
neurotransmissores no SNC associados ao estado de alerta (norepinefrina),
sistema de recompensa e prazer (dopamina) e ansiedade.
A atividade física ativa as monoaminas e aumenta as chances de
recuperação de transtornos como a depressão. Nesse contexto, é interessante
o fato de que agonistas de serotonina, incluindo alguns antidepressivos como a
fluoxetina, podem aumentar a gênese celular, enquanto a administração de

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antagonistas de receptores de serotonina reduzem a proliferação celular no giro
denteado, uma região do hipocampo que têm se mostrado tão potentes quanto
o de medicações serotonérgicas, aumentando a possibilidade de o incremento
na neurogênese ser o mecanismo comum terapêutico por trás das melhoras nos
sintomas.

Fonte: pt-br.aia1317.wikia.com

O processo da biossíntese de serotonina pode ocorrer pelo aumento de


seu precursor triptofano no cérebro, influenciado pelo exercício. A serotonina
pode atenuar a formação de memórias relacionadas ao medo e diminuir as
respostas à eventos ameaçadores através de projeções serotoninérgicas que
partem dos núcleos da rafe para o hipocampo.
O exercício também pode influenciar a síntese de dopamina em
consequência do aumento nos níveis de cálcio no cérebro, através do aumento
da atividade enzimática do sistema cálcio-calmodulina. Análises de varredura
mostraram também que tanto o exercício agudo quanto o crônico afetam a
expressão de genes hipocampais associados à plasticidade sináptica de uma
forma geral. Mais especificamente, genes relacionados ao sistema
glutamatérgico são regulados para cima e aqueles associados ao sistema
GABA, para baixo. As alterações na função glutamatérgica induzidas pelo
exercício podem desse modo influenciar a produção e função de novos
neurônios no cérebro adulto. No entanto, é improvável que esse aumento de
ativação resulte em excitotoxidade associada ao glutamato, já que o exercício

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também eleva os níveis de proteínas neuroprotetoras como o BDNF (Fator
neurotrófico derivado do cérebro).
Outros fatores neuroquímicos liberados durante o exercício agudo
incluem opioides e endocanabinóides, responsáveis pela sensação de euforia,
bem-estar, sedação e redução à sensibilidade da dor O exercício aumenta a
atividade nos sistemas opioides. Além disso, agonistas externos exógenos,
como a morfina e a heroína, suprimem a neurogênese in vivo enquanto,
endorfinas e encefalinas estimulam a gênese celular in vitro. Os complexos
efeitos dos opioides na produção de novos neurônios, no entanto, ainda
permanecem incertos.

Fonte: wordpress.com

As endorfinas não atravessam a barreira hematoencefálica, mas a


molécula lipossolúvel da anandamida, um endocanabinóide, pode entrar no
cérebro e desencadear as conhecidas sensações. Os autores fornecem uma
visão completa de como esse importante sistema de recompensa está envolvido
na melhora do estado psicológico, sensibilidade à dor, e consequentemente na
função cognitiva, em consequência do exercício.
Fatores neurotróficos, proteínas essenciais para sobrevivência,
proliferação e maturação neuronal, também são ativados e sintetizados durante
o exercício agudo e crônico. Estudos em animais mostraram aumento nos níveis
de expressão de diversas neurotrofinas como o fator neurotrófico derivado do

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cérebro, Fatores neurotróficos, proteínas essenciais para sobrevivência,
proliferação e maturação neuronal, também são ativados e sintetizados durante
o exercício agudo e crônico. Estudos em animais mostraram aumento nos níveis
de expressão de diversas neurotrofinas como o fator neurotrófico derivado do
cérebro, fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1), fator de
crescimento vascular endotelial (VEGF), neurotrofina-3 (NT3), fator de
crescimento de fibroblasto (FGF-2), fator neurotrófico derivado da glia (GDNF),
fator de crescimento epidérmico (EGF) e fator de crescimento nervoso (NGF).

Fonte:uol.com.br

Nas últimas décadas, vem crescendo o interesse na relação entre fatores


angiogênicos e neurogênese. No giro denteado, no hipocampo, os novos
neurônios se aglomeram próximos aos vasos sanguíneos e se proliferam em
resposta aos fatores vasculares, como VEGF e IGF-1. Isto levou à hipótese de
que células neurais progenitoras estão associadas a um nicho vascular e que a
neurogênese e a angiogênese estão intimamente relacionadas.
Em particular, estudos mostraram que a expressão do gene hipocampal
de VEGF em animais adultos resulta em aproximadamente o dobro do número
de neurônios no giro dentado e melhoras na cognição. Além disso, a infusão
periférica de IGF-1 também aumenta a neurogênese no cérebro de animais
adultos, além de reverter a redução neuronal relacionada ao envelhecimento.
Deste modo, muitos autores concluem que as alterações vasculares no cérebro

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em consequência do exercício podem ser mediadas por fatores como o IGF e
VEGF.

Fonte: youtube.com

Recentemente, em um estudo de neuroimagem em animais e humanos


foi observada uma correlação entre fluxo sanguíneo no giro denteado e
neurogênese, sugerindo que mudanças no fluxo sanguíneo do cérebro de
humanos podem ser uma medida de mensuração da neurogênese.
No entanto, outros estudos mostraram que o exercício aumentou a taxa
de sobrevivência de novos neurônios, mas não a vascularização associada, o
que indica que esta associação ainda é incerta.
Os efeitos a longo prazo dos exercícios parecem resultar de diferentes
respostas e adaptações, comparados com os efeitos do exercício agudo. Uma
série de alterações neuroquímicas em consequência do exercício, como o
aumento na expressão de fatores neurotróficos e a indução de processos anti-
inflamatórios que promovem angiogênese, neurogênese e sinaptogênese,
advém do aumento no fluxo sanguíneo cerebral.
Apesar da maioria dos estudos serem realizados em animais, alguns
destes resultados já foram extrapolados para humanos, já que os mecanismos
adjacentes apresentam respostas muito similares em animais e humanos.

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5 PROCESSO DE APRENDIZAGEM E NEUROCIÊNCIA

Fonte: seillacarvalho.com.br

Compreendendo que, na educação, a Neurociência busca entender como


o cérebro aprende e como o mesmo se comporta no processo de aprendizagem,
são definidos métodos para identificar como os estímulos do aprendizado podem
chegar neste órgão central. Sabe-se que os estados mentais são provenientes
de padrões de atividade neural, então, a aprendizagem é alcançada por meio da
estimulação das conexões neurais, que podem ser fortalecidas dependendo da
qualidade da intervenção pedagógica. (COSENZA, 2011).
Segundo PANTANO, et al (2009), o estudo da Neurociência considera o
conhecimento das funções cerebrais como peça chave para o estímulo de um
desenvolvimento cognitivo saudável. Sabendo que o cérebro se reorganiza
constantemente, em acordo com os estímulos externos, o desafio é facilitar a
absorção do estímulo correto e positivo. Os autores comentam que os primeiros
mecanismos para tal absorção são a atenção e a memória.
Em razão dessas concepções neuropsicológicas, faz-se necessário
verificar a visão de GADOTTI (2008). Este afirma que a qualificação do professor
é estratégica quando se refere à educação de qualidade. Contudo, encontrar os
parâmetros adequados para essa qualificação é algo complexo. Visto que tanto
os conteúdos quanto a metodologia dos cursos de formação dos professores são

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geralmente ultrapassados, são baseados numa velha concepção instrucionista
(métodos tradicionais) da docência.
A Neurociência proporciona para os educadores novas estratégias de
ensino e aprendizagem. Sendo assim, quando os estudantes são estimulados e
valorizados em sala de aula por meio de um método dinâmico e prazeroso,
surgem alterações na quantidade e qualidade de conexões sinápticas,
resultando em um processo cerebral positivo, que aumenta as suas
possibilidades de resultados eficazes. No desenvolvimento de ações dinâmicas
relacionadas à aprendizagem, existem diferentes maneiras de implementar
inovações de ensino, como o uso de jogos pedagógicos e didáticos, métodos de
associação de informações e imagens e atividades envolvendo os cinco
sentidos. (COSENZA, 2011).
Aprendizagem, cognição, memória e ensino estão correlacionados e
correspondem às atividades fundamentais que ocorrem na escola. A escola é,
sobretudo, um lugar onde pessoas se reúnem para ensinar e aprender. As
interações do sujeito com o ambiente levam a modificações sinápticas e ao
surgimento de novas sinapses por reforço das conexões neurais com atividades
úteis. Do contrário, as ligações sinápticas pouco usadas tornam-se mais fracas
ou desaparecem. As escolhas das conexões que serão preservadas e
potencializadas dependerão dos estímulos que o cérebro recebe. (MORRIS,
2003).
RAPIN (1982) entende a aprendizagem humana como processamento de
informação, sendo que, os processos centrais são modificações e combinações
que ocorrem nas estruturas cognitivas. Segundo o autor, o aprendiz é concebido
como um manipulador inteligente e flexível, que busca a informação e trata de
organizá-la, integralizá-la, armazená-la e recuperá-la, quando necessário, de
forma ativa e ajustada às estruturas cognitivas de que dispõem internamente. A
aprendizagem é um mecanismo essencial na vida dos seres humanos, desde
que, concebe a integração social entre pessoas e no desenvolvimento dos
indivíduos em determinadas tarefas, sejam acadêmicas ou sociais. De acordo
com VYGOSTKY, et al (1988), o aprendizado é um aspecto necessário e
universal para o desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente

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organizadas e particularmente humanas. É a possibilidade de uma pessoa
conhecer, compreender, decodificar e armazenar informações provenientes do
meio que vive ou frequenta.
NORBONA (2001) descreve que muitos procedimentos de aprendizagem
se apoiam precisamente em um marco de referência que inclui a noção clássica
de psicomotricidade, o conhecimento implícito que o sujeito possui de seu
próprio corpo, estático e em movimento, e sua relação com os objetos externos.
A neuropsicologia busca explorar as funções precisas da cognição que
correspondem, por sua vez, as áreas e circuitos bem identificados do cérebro.
A avaliação neuropsicológica em relação ao desenvolvimento infantil tem
por objetivos, identificar precocemente déficits ou dificuldades no
desenvolvimento cognitivo e alterações no processo de aquisição de
habilidades; examinar os efeitos dos déficits na capacidade de processar
determinadas informações em domínios cognitivo-linguísticos específicos; e
identificar possíveis áreas compensatórias executadas pelo cérebro visando a
impulsionar as áreas comprometidas. Além disso, a avaliação neuropsicológica
infantil visa à elaboração de programas de reabilitação a fim de promover o
desenvolvimento das funções neuropsicológicas e atenuar o impacto das
dificuldades na aprendizagem e no comportamento (SEMRUD-CLIKEMAN &
ELLISON, 2009).

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6 NEUROPSICOLOGIA

Fonte: paulamartim.com.br

A neuropsicologia é uma área relativamente nova, e pode ser entendida


como uma área da ciência que compartilha de saberes e interesses da
neurologia e da psicologia. São dispositivos de informações que possuem
ligações entre sistemas, isto é, de um lado há estudo detalhado do sistema
nervoso, e do outro, a análise do comportamento humano e dos processos
psicológicos. TABAQUIM (2003) descreve a neuropsicologia como estudo dos
distúrbios das funções superiores produzidos por alterações cerebrais,
investigando, especificamente, os distúrbios dos comportamentos adquiridos,
pelos quais cada homem mantém relações adaptadas com o meio.
Segundo MALLOY-DINIZ, et al.,(2010), a Neuropsicologia é um dos
ramos da Neurociência que se preocupa com a complexa organização cerebral,
que trata da relação entre cognição e comportamento e a atividade do SNC em
condições normais e patológicas; sendo assim, a Neuropsicologia é de natureza
multidisciplinar, e que permite a elaboração de um estudo prático do cérebro,
contribuindo para diagnósticos precoces e precisos das patologias e de
alterações das funções cerebrais superiores.

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6.1 Reabilitação neuropsicológica

A neuropsicologia vem contribuído de diversas formas, desde o


desenvolvimento de pesquisas a aplicação de seus conceitos e técnicas.
RAMOS e HAMDAN (2016) ainda nos chama atenção para a diferenciação entre
neuropsicologia e neuropsicologia clínica, segundo os autores supracitados a
neuropsicologia nada mais é que uma disciplina básica, por sua vez a
neuropsicologia clinica caracterizasse por ser a aplicação da disciplina e de
conhecimentos provenientes das investigações clinicas e experimentais relativos
as dificuldades, relativas a “[...] relação cérebro-comportamento, identificando,
mensurando e descrevendo mudanças comportamentais relativas à disfunção
cerebral e investigando déficits cognitivos e seus efeitos na vida diária de
pacientes [...]” neurologicamente comprometidos. Na atualidade os recursos
derivados da avaliação neuropsicológica são amplamente requeridos por
diversos profissionais, entre eles podemos citar: professores, psicólogos,
médicos, psiquiatras entre outros.
Segundo SILVA (2017) a avaliação neuropsicológica é essencial para a
determinação ou não de distúrbios cognitivos assim como o nível “funcionamento
em relação ao nível ocupacional, e localizar alterações sutis, a fim de detectar
as disfunções ainda em estágios iniciais.”
Salientasse aqui que a neuropsicologia vai muito além de um diagnóstico
a mesma adentra no campo do tratamento, atuando não somente com clientes
com algum comprometimento neurológico, mas também déficits de
aprendizagem, pacientes psiquiátricos entre outros. A neuropsicologia vem
contribuindo para o planejamento de tratamentos e acompanhamento evolutivo
após a inserção de medicamentos, cirurgias e reabilitação. Podemos citar como
exemplo os “métodos de instrução explícita, programas de estimulação e
treinamento cognitivo tem sido considerada como importantes ferramentas para
que crianças com necessidades educativas especiais aprendam” (FREITAS;
CARDOSO, 2018, p.165).
A avaliação neuropsicológica além de proporcionar métodos para a
investigação da condição cerebral pelo estudo do comportamento auxiliando no

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diagnóstico diferencial, constatando disfunções cognitivas quando instaladas e
verificar possíveis alterações que possam estar iniciando-se. (DA SILVA, 2020).

6.2 Planejamento da reabilitação norteado pela teoria comportamental

Fonte: psicologado.com

Uma infinidade de procedimentos comportamentais pode ser empregada


na reabilitação neuropsicológica. É importante que o programa de reabilitação
seja bem estruturado, o que facilita a escolha das melhores técnicas a serem
empregadas. WILSON et al. (2003) e MCGLYNN (1990) sugerem alguns passos
para o planejamento do tratamento:
1) Especificar o comportamento a ser trabalhado, evitando descrições
gerais como “melhorar a concentração”, “reduzir dificuldades de memória” ou
“dificuldade de autocontrole”.
2) Determinar os objetivos do tratamento claramente. Exemplo:
“permanecer em uma tarefa por 15 minutos, 3 vezes por dia, por 5 dias
consecutivos”.
3) Obter uma linha de base do comportamento em questão. Isso pode ser
feito registrando a frequência com que o comportamento-problema ocorre ou
não. Exemplo: “quantas vezes este cliente faz a mesma pergunta no período de
uma sessão” ou “quantas vezes Maria se esquece de acionar os freios da cadeira

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de rodas quando tem de ir ao banheiro”. O número de sessões para se obter
uma boa linha de base varia, mas os autores recomendam quatro sessões para
comportamentos que não apresentam muita variação (mais estáveis). Para
comportamentos com grande variabilidade, podem ser necessárias mais
sessões, além de se fazer uma análise mais detalhada de fatores que possam
estar interferindo (horário do dia, cansaço, presença de algumas pessoas etc.).
4) Identificar motivadores ou reforçadores. Podem ser verbais
(“parabéns”, “você diminuiu 30 segundos para fazer esta tarefa”) ou algo mais
concreto como na Economia de Fichas, em que, após adquirir determinado
número de pontos, o cliente pode escolher algum prêmio (passeios, maior tempo
de visita, ir ao cinema etc.). O tipo de reforçador escolhido deve ser valorizado
pelo cliente. Por exemplo, atenção pode ser um reforçador eficiente para certo
indivíduo, mas pode ser aversivo para um outro indivíduo que é retraído. Assim,
a observação comportamental cuidadosa é essencial na escolha dos
reforçadores mais poderosos para cada indivíduo.
5) Especificar os passos do tratamento de maneira que um novo membro
da equipe possa implementar as atividades caso seja necessário substituir
algum profissional. Investigar que tipos de técnicas comportamentais serão mais
eficazes para cada problema e analisar quais são as habilidades cognitivas que
o cliente deve possuir para se beneficiar de um procedimento.
6) Monitorar o progresso. Isso deve ser feito de acordo com o que foi
planejado.
7) Avaliar. Isso poderá ser feito por meio de registros ou de um estudo de
caso experimental.
8) Fazer modificações, caso sejam necessárias.
9) Planejar a generalização. Essa é uma parte crucial da reabilitação, pois
os clientes têm dificuldade para transferir o que foi aprendido no ambiente
terapêutico para a vida cotidiana. Isso pode ser feito mediante treinos fora do
ambiente das sessões e instruindo os familiares a incentivar o cliente nos mais
diversos ambientes, o que ajudará a promover o aprendizado e a generalização
do que foi reabilitado. É importante não ter expectativas de que a generalização
ocorrerá espontaneamente, pois na maioria das vezes ela não ocorre.

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A qualidade da relação terapêutica é outro fator essencial para os bons
resultados de um programa de reabilitação. Se o cliente não gostar do
profissional, não confiar nele ou não o respeitar, provavelmente não será
cooperativo e não conseguirá se beneficiar do programa. Também o
reforçamento por parte do profissional é crucial, sendo motivador para o cliente
e contribuindo para seu engajamento no programa.

7 REABILITAÇÃO NEUROLÓGICA

Fonte: saudesemfronteiras.zip.net

Múltiplos fatores se combinam para fazer que a longevidade da vida


humana aumente com o passar do tempo. Com o aumento da população idosa
nas últimas décadas, tornou-se comum entre as famílias que os membros mais
velhos desenvolvam desordens degenerativas como o mal de Alzheimer ou a
doença de Parkinson, ambas progressivas e severamente debilitantes no longo
prazo. A compreensão dos mecanismos subjacentes às doenças
neurodegenerativas tornou-se de amplo interesse público e vultosos recursos
vêm sendo investidos na pesquisa básica sobre o assunto, bem como na
pesquisa translacional que busca transformar descobertas feitas na bancada de
laboratório em soluções terapêuticas eficazes. (RIBEIRO, 2013).

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A doença de Parkinson é causada pela degeneração de neurônios
produtores do neurotransmissor dopamina presentes no núcleo mesencefálico
denominado substancia nigra. A degeneração da substancia nigra pode ser
causada por fatores genéticos e/ou ambientais. Quando a degeneração atinge a
maioria das células da substancia nigra, começam a aparecer sintomas motores
como rigidez, tremores, lentificação dos movimentos e instabilidade postural
(DAVIE, 2008).
O mal de Alzheimer é uma doença caracterizada por morte neuronal e
atrofia de diversas regiões cerebrais, cujo desenvolvimento leva à demência e à
morte. Os sintomas iniciais da doença são déficits de memória que evoluem com
o tempo para quadros de confusão mental, irritabilidade, agressividade,
instabilidade de humor e graves problemas cognitivos que terminam por isolar
os pacientes do convívio social. As causas do mal de Alzheimer ainda não estão
bem estabelecidas, existindo ao menos três principais teorias não
necessariamente excludentes para explicar o fenômeno. A hipótese mais antiga
sobre o mal de Alzheimer é a de que a causa da doença deriva de um decréscimo
da síntese do neurotransmissor acetilcolina. (DE CALIGNON et al., 2012).
A neurociência atua diretamente em tais doenças, proporcionando ao
paciente melhora da qualidade de vida.

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8 REABILITAÇÕES MOTORAS

Fonte: mundodastribos.com

A reabilitação do cérebro lesado pode promover reconexão de circuitos


neuronais lesados. Quando há pequenas perdas de conectividade a tendência é
que ocorra uma recuperação autônoma, enquanto que, grandes perdas poderão
acarretar em perda permanente da função. Algumas lesões são potencialmente
recuperáveis, mas para tanto, necessitam de tratamentos precisos, mantendo
níveis adequados de estímulos facilitadores e inibidores. As mudanças
organizacionais dependem das áreas lesadas e íntegras pré-existentes e da
localização da lesão e são encontradas em ambos os hemisférios cerebrais.
Até os anos 50, aproximadamente, acreditava-se na impossibilidade de
se fazer algo quando conexões e neurônios eram perdidos, em consequência de
lesão cerebral, devido a incapacidade dos neurônios se dividirem. Com o avanço
das pesquisas e dos métodos de imagem foi possível adquirir uma nova visão
do sistema nervoso, não como uma estrutura rígida e imutável, mas sim flexível,
que modifica sua estrutura funcional sob diferentes circunstâncias, expressando
assim uma capacidade plástica durante o processo de adaptação.
O SNC possui uma rede neural complexa, com células altamente
especializadas, que fazem milhares de conexões a todo momento e determinam
a sensibilidade e as ações motoras, traduzindo-as em comportamento. Na

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presença de lesões, há um desarranjo nesta rede neural e o SNC inicia seus
processos de reorganização e regeneração.
A análise dos aspectos plásticos do SNC permite-nos relacioná-los a
vários fatores, como influência do ambiente (ambiente terapêutico deve fornecer
condições adequadas para o aprendizado ou reaprendizado motor do paciente),
o estado emocional (motivação e depressão), o nível cognitivo (indivíduos com
menor déficit cognitivo, respondem de maneira mais adequada à terapia), entre
outros, que interferem direta ou indiretamente na plasticidade do SNC e,
consequentemente, na reabilitação do paciente neurológico.

8.1 Reabilitação nos Danos Cerebrais Adquiridos

Fonte: mbenedicto.com.br

O conceito Dano Cerebral Adquirido remete para toda a lesão cerebral


permanente, respeitante a uma ou mais das estruturas encefálicas – hemisférios
cerebrais, cerebelo, tronco cerebral, gânglios da base, entre outras – que surge
após lesão ou trauma. A manifestação das suas complicações é muito variável,
dada a grande especificidade que estas estruturas apresentam em termos
funcionais.
O trauma cerebral-craniano é considerado a causa mais comum de dano
cerebral adquirido. Na prática neurológica e neuropsicológica, a condição é que

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desempenha o maior número de intervenções devido aos danos que causa.
(SULEIMAN, 2005).
De acordo com YANETH, et al (2014), caracteriza-se por uma alteração
na atividade cerebral secundária a uma lesão traumática que exerce um passo
de energia que gera danos e compromete estruturas como tecido cerebral e
vasos sanguíneos. A presença de um dos seguintes sinais define uma alteração
na atividade cerebral: perda ou diminuição da consciência; perda de memória
antes ou após o evento ter ocorrido; fraqueza, perda de equilíbrio, paralisia ou
perda de visão e, alteração mental no momento da lesão.

Fonte: ahoragranada.com

A repetição de tarefas ou de exercício é outro princípio importante, cuja


fundamentação fisiológica se baseia na teoria de aprendizagem de Hebbian; as
conexões entre os neurônios são reforçadas promovendo deste modo o aumento
da plasticidade sináptica (a forma como estas células, melhor comunicam entre
si).
A evidência disponível conclui ainda que a intensidade do exercício
produz resultados benéficos ao nível da função motora dos membros, do
equilíbrio, bem como da força dos membros inferiores, implicando assim
melhores resultados no desempenho das atividades básicas da vida diária, com
destaque para a marcha. É sugerido que este fator tenha também uma
implicação positiva na comunicação, deglutição, no controlo dos esfíncteres,
funções cognitivas e humorais, incluindo a depressão e a ansiedade.

23
8.2 Reabilitação no Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O termo adequado é Acidente Vascular Encefálico (AVE), que engloba


cérebro, cerebelo ou tronco encefálico, pois a lesão pode acometer qualquer
uma dessas regiões não sendo restritas ao cérebro. Entretanto é mais conhecido
como AVC, Acidente Vascular Cerebral. Ele acontece quando há um
derramamento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. O AVC pode ser
classificado de duas maneiras: AVC isquêmico, quando há um entupimento nos
vasos e consequentemente a falta de oxigênio no cérebro; AVC hemorrágico que
é consequência de um rompimento de um vaso sanguíneo, causando um
derramamento de sangue (hemorragia) no cérebro. Seu tipo de gravidade e de
eficácia na reabilitação vai depender do tamanho da área lesionada/local da
lesão e da idade do paciente. (DOS SANTOS, 2018).
O AVC é uma doença que acomete grande parte da população,
necessitando de intervenções específicas. O projeto se faz necessário, pois
aborda uma intervenção no que se refere à reabilitação de pacientes cérebro
lesados, em que é fundamental a atuação do psicólogo dentro deste processo,
sobretudo com a Neuropsicologia, bem como intervenções que trabalhem danos
cerebrais após o ocorrido. (DOS SANTOS, 2018).

Fonte: ericasitta.com

24
AVC e implicações cerebrais, segundo RANGEL (2013, p. 210), as
sequelas que apresentam os pacientes acometidos de AVC, gera dependência
para a realizações de atividades de vida diária. LIMA (2010, p. 124) acrescenta
que o suporte positivo social, juntamente com a assistência familiar de qualidade,
manteve, e em alguns casos até melhoraram a qualidade de vida desses
pacientes.
GUNAYDIN (2011, apud RANGEL, 2013, p. 87) diz que o
comprometimento das dimensões gera consequências negativas para a
evolução do estado de saúde dos pacientes afetados. Conforme TERRONI,
(2003, p. 450) “O paciente com AVC, apresenta sequelas que limitam as
atividades diárias, comprometendo aspectos físicos, psicológicos e sociais que
alteram significativamente a qualidade de vida”. GREENDENGER (2009, p. 98)
fala que há necessidade de envolvimento familiar no processo do adoecimento,
o que justifica a prevalência de pacientes que possuem cuidadores. De acordo
com CANCELA (2008, p.3), “Após a ocorrência de AVC poderão estar presentes
alguns déficits perceptivos. O seu tipo e extensão vão depender do local da
lesão”.
A principal função da reabilitação é ajudar o indivíduo a conseguir o
máximo das suas capacidades por meio do uso de estratégias de compensação.
A compensação dos déficits cognitivos é um dos principais objetivos que a
reabilitação de quadros de lesão almeja. Além disso, é importante entender que
a recuperação de um quadro de lesão cerebral também depende muito do
ambiente e da motivação do paciente que, acima de tudo, deverá acreditar que
pode e vai melhorar, e que deve lutar por si.

8.3 Reabilitação por hidroterapia

A hidroterapia é um recurso da fisioterapia que utiliza a água como agente


externo, abrangendo e aplicando exercícios aquáticos terapêuticos em piscina
aquecida e coberta, para ajudar na reabilitação de várias patologias. (MORINI,
2002).

25
Fonte: fisioteraloucos.com.br

Objetivos:
O objetivo da reabilitação aquática neurológica geral é tornar o paciente o
mais independente possível para a realização de suas tarefas de vida diária.
Várias técnicas podem ser aplicadas na hidroterapia. O WATSU (Water
Shiatsu, shiatsu aquático), é uma das técnicas que promovem o relaxamento
muscular e o alongamento de musculaturas encurtadas, melhorando as
amplitudes de movimento e trazendo bem-estar geral ao paciente. (MORRIS,
2000).
A hidroterapia é uma modalidade terapêutica que o fisioterapeuta dispõe
para reabilitar seus pacientes, nesta faz-se o uso do meio físico água. A
utilização da água para tratamento e cura de doenças é algo comum aos
homens, sendo que a primeira referência a este uso remete a antiguidade
clássicas e povos antigos como egípcios, gregos e romanos. Entre os ocidentais
este uso pautado em estudos científicos só ocorreu no início do século XX e
perdura até os dias atuais. (SANTANA, 2018).
A água como meio terapêutico é entendida tanto na medicina tradicional
quanto permeando os conhecimentos dos nossos ancestrais. Assim, faz parte
de rituais místicos de cura, tanto nas culturas indígenas, africanas e demais
povos que, com crenças e culturas diversas, recorrem a água para extrair
benefícios. (SANTANA, 2018).

26
São diversos os efeitos fisiológicos da imersão do corpo na água, dentre
os quais podem ser citados os efeitos térmicos, relativos ao relaxamento
muscular, alívio da dor, melhora na mobilidade articular. Tem-se ainda os efeitos
óptico, químico e mecânico, este associado a redução de edemas, ganho de
força muscular, melhora na amplitude de movimento e reabilitação de equilíbrio
e propriocepção. Este recurso possui algumas indicações como para ganho de
força, melhora na marcha, alongamento e reabilitações específicas nos campos
da ortopedia, traumatologia, pediatria, neurologia, obstetrícia e outros.
(SANTANA, 2018).

8.4 Diferenças em relação a outros tratamentos

a) Temperatura da água;
b) Qualificação profissional;
c) Atendimento individualizado ou em grupos patológicos recém avaliados;
d) Presença na água de profissional devidamente habilitado e com
conhecimento inclusive de primeiros socorros;
e) Local de fácil acesso para a entrada e saída do paciente da água, sem
haver barreiras arquitetônicas de qualquer espécie;
f) Esclarecimentos ao paciente sobre o que está sendo feito bem como os
objetivos a serem atingidos.

27
8.5 Reabilitação com a dança

Fonte: requilibrius.com.br

A Dançaterapia ou Dança Movimento Terapia institui-se como profissão


em 1966, com a criação da Associação Americana de Dançaterapia. As pioneiras
foram todas mulheres: bailarinas, coreógrafas e professoras de dança que,
compartilhavam uma paixão comum e um respeito profundo pelo valor
terapêutico de sua arte. (PAINADO, 2018).
A Dançaterapia é dedicada ao desenvolvimento da qualidade de vida e
espiritualidade das pessoas. Sua aplicabilidade está relacionada à alegria e ao
bem estar. A metodologia está adaptada às necessidades do cotidiano: seus
valores, suas crenças, sua cultura, seu imaginário e seu Corpo. Em Dançaterapia
trabalha-se o movimento para transformar a rigidez do corpo em elasticidade.
Procura motivar a alegria e a vontade de viver, visando atender às necessidades
das pessoas na busca por uma qualidade de vida melhor. Trabalha o prazer, a
concentração, a paciência, o acolhimento, o respeito às diferenças e a ternura
com profundidade, sendo a Dançaterapia um caminho que leva ao
autoconhecimento, à meditação e ao relaxamento. Utiliza a dança para sair do
isolamento e para aceitar as diferenças, resgatando a diversidade e a
autenticidade num mundo marcado por estereótipos e padronização de estilos,
formas e gestos. (PAINADO, 2018).

28
A dança, além de ser uma forma de manifestação artística, promove
benefícios tanto nos aspectos cognitivos e comportamentais, como redução da
hiperatividade, da agressividade e do isolamento social, quanto promove
melhora dos aspectos físicos e motores, como a flexibilidade, a coordenação, o
equilíbrio e a mobilidade funcional (JESUS et al., 2016).
A dança vem ao encontro destes objetivos pois fornece ao indivíduo
estimulação emocional, social, cognitiva e física. Este método vem sendo
utilizado com o objetivo de reabilitar pessoas com prejuízo físico e/ou psicológico
(LOPEZ-ORTIZ, et al, 2012).

8.6 Reabilitação com realidade virtual

Fonte: istoe.com.br

A Realidade Virtual (RV) é uma nova tecnologia que proporciona a


simulação da vida real e transmite uma maior intensidade durante o treinamento,
resultando em um estímulo sensorial mais avançado. Ela consiste na criação de
um ambiente totalmente virtual, tridimensional, onde o paciente interage através
de estímulos visuais, táteis, auditivos e sensoriais, recriando o máximo da
realidade possível, sendo muito utilizado para reabilitação da marcha, equilíbrio,
coordenação motora, entre outros. (DEUTSCH, 2008).

29
Dentre os principais benefícios estão: maior motivação para realização do
tratamento, feedback imediato, armazenamento das atividades realizadas pelo
computador, grande interatividade do paciente, proporcionando assim diversão
associada à reabilitação em diversas faixa etárias, além de favorecer a melhora
do desempenho físico e cognitivo. No processo de reabilitação, os equipamentos
mais utilizados são os vídeos games devido ao seu baixo custo, destacando-se
o Nintendo® Wii (NW). Muito utilizada na reabilitação ortopédica e neurológica,
a plataforma traz benefícios como a eficácia no consumo máximo de oxigênio,
melhora no condicionamento físico, no equilíbrio, postura, amplitudes de
movimentos, além da motivação do paciente. (CORRÊA, 2011).
Os sistemas de realidade virtual são compostos principalmente por:
Hardware: computadores potentes, luvas de interação, capacetes com
visão estereoscópica, entre outros equipamentos não convencionais.
Software: ambiente de simulação, sistema operacional, drivers, etc.
Percepção Sensorial: os cinco sentidos do corpo devem estar presente no
ambiente virtual sempre que possível.
Utilizar a realidade virtual no processo de reabilitação apresenta
benefícios que vem sendo descobertos à medida que estas tecnologias se
tornam mais acessíveis. Dentre eles se destacam:
• Tratamento pode ser adaptado ao paciente,
• Permite ser executado várias vezes,
• Possibilita a padronização dos tratamentos e dos protocolos de
recuperação aumentam.
O exército americano, por exemplo, usa ferramentas com jogos de
realidade virtual para distrair pacientes com queimaduras enquanto passam por
tratamentos dolorosos.
Nesse contexto, as ferramentas envolvendo realidade virtual tem um
papel que vai muito além da simples motivação, trazendo contribuições em
diferentes aspectos.

30
8.7 Reabilitação com craniopuntura

Fonte: inspirar.com.br

A acupuntura é um conjunto de conhecimentos teórico-empíricos que está


atrelada à prevenção, tratamento e cura de patologias por meio da introdução de
finíssimas agulhas em distintas regiões do corpo chamadas de “acupontos” e
tem seus resultados reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde e
inquirições científicas por sua eficácia no tratamento da dor, das doenças
osteomusculares e neurológicas. As doenças neurológicas (DN) podem afetar a
estrutura corporal e sua capacidade funcional, dificultando o controle dos
movimentos do indivíduo levando a um maior gasto de energia. A acupuntura,
por agir sobre todo o Sistema Nervoso, estimula o mecanismo de compensação
e equilíbrio em todo o corpo para sanar a doença. (MOTA, 2012).
A craniopuntura chinesa ou acupuntura craniana chinesa é uma técnica
contemporânea que foi desenvolvida através da associação das agulhas
fisiformes com os estudos do córtex cerebral realizados pela medicina Ocidental,
e tem proporcionado grandes resultados para o tratamento da Esclerose Múltipla
(EM)e outras doenças do SNC, como AVC, doença de Parkinson, traumas
medulares, desordens pós-traumáticas como a dor fantasma e dores complexas
localizadas (KARPATKIN, et al, 2014).
No transcorrer da reabilitação neurológica, a acupuntura possibilita à
estimulação da propagação celular neuronal, a facilitação da plasticidade neural,

31
a redução da reação inflamatória pós-isquemia e a prevenção da apoptose
neuronal (KONG et al., 2010). Estas respostas positivas ocorrem devido à
produção da “diferença de potencial elétrico na ordem de 1.800 micro V, podendo
elevar-se para 140.000 micro V, quando a agulha é mantida presa entre os dedos
do acupunturista” (TOLEDO, et al, 2011).
A craniopuntura tem como princípio de tratamentos a estimulação das
áreas correspondentes às partes do cérebro lesionadas com a finalidade de
promover o retorno das funções alteradas (SHUNFA, 2006). A área motora da
acupuntura do couro cabeludo de Jiao, que é especificamente usada para o
tratamento da disfunção motora após o AVC, é equivalente à estrutura do giro
pré-central do córtex cerebral na projeção do couro cabeludo (WANG et al.,
2017).

Fonte: rsaude.com.br

32
8.8 Reabilitação com equoterapia

Fonte: leiaogazeta.com.br

A equoterapia é um método terapêutico alternativo que visa uma melhora


física e psicológica de pacientes com deficiências cognitivas, utilizando o cavalo
como cinesioterapêutico. Acredita-se que o cavalo possui movimento único e
repetitivo, similar a marcha humana, proporcionando ao praticante um
desenvolvimento no estimulo sensório-motor e em seu equilíbrio. (ARRUDA,
2019).
A fraqueza, os movimentos sinérgicos anormais e a espasticidade
resultam em um padrão de marcha alterado, o que contribui para uma dificuldade
de equilíbrio, risco de quedas e aumento do consumo de energia durante a
caminhada. Portanto a recuperação da marcha requer diferentes técnicas que
vão exigir a capacidade do fisioterapeuta de auxiliar os pacientes a suportar seu
próprio peso corporal e controlar seu equilíbrio. (MORAES, 2018).
Com base nesses aspectos, a marcha do cavalo dará ao praticante
movimentos rítmicos e repetitivos semelhantes à caminhada do ser humano,
contribuindo para a melhora da postura, equilíbrio e força. Assim, o estímulo
proprioceptivo irá contribuir para o amadurecimento sensório-motor do paciente,
pois ele fará uma reorganização postural a cada movimento do cavalo, buscando
equilíbrio. (BEINOTTI, 2010).

33
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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