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Grupo de Estudos e Pesquisas em

Ensino-Aprendizagem
GEPEA

Morfofuncionalidade do Sistema Nervoso

Reinaldo Golmia Dante

1
Visão Geral

v Objetivo geral.
v Sistema nervoso.
v Resultados e discussão.
v Considerações finais.
v Referências.

2
Objetivo Geral

Discutir a importância das teorias cognitivas de aprendizagem


na perspectiva da Neurociência/Psicologia/Educação. Antes,
contudo, faz-se necessário adquirir um conhecimento
elementar das bases morfofuncionais do sistema nervoso, pois,
em síntese, o encéfalo é constituído de células e interconexões.

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Sistema Nervoso

v Divisão do Sistema Nervoso (SN): Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema


Nervoso Periférico (SNP). O SNC é constituído pelo encéfalo e pela medula
espinhal, e, dentre inúmeras funções, pode-se citar o processamento de
informações. O SNP é constituído de nervos e gânglios nervosos, bem como
terminações nervosas periféricas.
v Constituição: células neurais neuronais (neurônios) e células neurais não
neuronais (glia ou neuroglia).

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Sistema Nervoso
Neurônio:

v Partes: dendritos, corpo celular (soma: núcleo e


citoplasma), axônio e terminações sinápticas.
v Funções: transmissão e recepção de informações
por meio de sinapses e codificação.
v Sentido da informação: o impulso elétrico tem o
sentido dos dendritos para as terminações
axonais. Com a Bainha de mielina, o impulso
elétrico percorre o axônio em uma velocidade até
100 vezes maior que sem essa bainha.

(SANTOS, ANDRADE e BUENO, 2015)

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Sistema Nervoso
Neurônio:
Classificação dos neurônios: interneurônios, neurônio eferente (motor) e neurônio
aferente (sensorial).

Anônio

Corpo celular

(SANTOS, ANDRADE e BUENO, 2015)

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Sistema Nervoso
Célula de glia ou neuróglia:

v Exemplos: astrócitos, micróglia e


oligodendrócitos.
v Funções: papéis regulatórios como
proliferação, diferenciação, migração,
crescimento, manutenção e morte dos
neurônios. Há finalidades específicas como
formação da barreira hematencefálica
(astrócitos), mielinização (oligodendrócitos
e células de Schwann), reparo e
imunomodulação (micróglia).
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Sinapse:
Sistema Nervoso
v É definida como uma região onde há troca de informações com outras células excitáveis (ex:
músculos, glândulas ou neurônios).
v Por meio das sinapses (em geral, substâncias químicas chamadas de neurotransmissores), o
neurônio transmite e recebe informações. Há também possibilidade de se obter sinapses por
meio do fluxo de corrente elétrica entre os terminais pré-sinápticos e pós-sinápticos.
v Um neurônio pode fazer mais de mil sinapses com outros alvos ao mesmo tempo.

(COSENZA e GUERRA, 2011, p. 14)

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Sistema Nervoso
Sinapse:
Fenda sináptica (synaptic cleft): etapas de uma comunicação nervosa.

Fonte: http://loretocollegebiology.weebly.com/synapses.html

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Sinapse:
Sistema Nervoso
v Neurônios aferentes: são aqueles que recebem informações por meio do SNP do
ambiente externo (ex: estímulo por meio do tato) e transmitem para o SNC.
v Neurônios eferentes: são aqueles que transmitem as informações geradas no SNC
para o SNP.

Fonte: http://profaerica-ciencias.blogspot.com/2016/02/o-caminho-das-sensacoes-e-o-controle-do.html

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Sistema Nervoso
Encéfalo:
v Partes: cérebro, mesencéfalo, cerebelo, ponte, bulbo raquidiano, tálamo e hipotálamo.
v Funções:
Ø Cérebro: percepção, controle dos movimentos e ações, comportamentos e funções cognitivas
(aprendizagem, memória, linguagem, inteligência, pensamento) etc.
Ø Mesencéfalo: visão, audição, movimento dos olhos e do corpo.
Ø Cerebelo: coordenação motora.
Ø Ponte: transferência de informações da medula e do bulbo até o córtex cerebral.
Ø Bulbo raquidiano: batimentos cardíacos, respiração, pressão do sangue, salivação, tosse, espirro e o
ato de engolir.
Ø Tálamo: recebe as informações sensoriais dos quatro sentidos (visão, audição, paladar e tato), ou seja,
com exceção das olfativas, classifica-as quanto ao estímulo sensorial e envia-as para o local apropriado
de processamento. Sensações de dor, temperatura e pressão são também enviadas por meio do tálamo.
Ø Hipotálamo: homeostase (manutenção do meio interno dentro dos limites compatíveis com a vida e com
o pleno funcionamento do organismo) e ajuda a regular o ritmo cardíaco. É o intermediário em traduzir
as emoções em respostas físicas. Ex.: a temperatura do corpo e o relógio biológico, fome, sede e
comportamento sexual.

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Sistema Nervoso
Encéfalo:

Hipotálamo

Tronco
encefálico:

(SANTOS, ANDRADE e BUENO, 2015)

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Sistema Nervoso
Lobos cerebrais:

v Frontal: planejamento e processamento motor


voluntário, integração de funções superiores (ex:
linguagem, consciência, raciocínio lógico, tomada de
decisão, memória).
v Parietal: interpreta as informações táteis (sensações
corporais) e os sinais de calor ou frio no ambiente.
v Occipital: processamento e percepção visual.
v Temporal: processamento de informações auditivas,
gustativas e olfatórias, além de integração multimodal
e de linguagem (percepção linguística).
v Insular/Límbico: processamento emocional para
coordenação de comportamentos e estados
emocionais (ex: sensação de dor, afeto, raiva, prazer).

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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade:
Conceito: A neuroplasticidade é a capacidade de modificação do cérebro a partir de
situações de aprendizagem às quais um indivíduo se expõe ao longo de sua vida (Rose & Abi-
Rached, 2013 apud SANTOS, ANDRADE e BUENO, 2015, p. 353).
“A plasticidade neural refere-se à capacidade que o SN possui em alterar algumas das suas
propriedades morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente. A análise dos
aspectos plásticos do SNC permite-nos relacioná-los a vários fatores, como a influência do
meio ambiente, o estado emocional, o nível cognitivo, entre outros, que interferem direta ou
indiretamente na plasticidade do SNC e, consequentemente, na reabilitação do paciente
neurológico” (OLIVEIRA, C.E.N.; SALINA, M.E.; e ANNUNCIATO, 2001, p. 6).
Em suma, a neuroplasticidade representa a maleabilidade de uma complexa rede neural do
SNC que tem o poder de estabelecer novas conexões sinápticas, reforçar aquelas já
existentes ou mesmo desfazer ligações entre neurônios.

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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade:

Desenvolvimento da rede neural nos primeiros Acreditava-se que a plasticidade neural não
anos de uma criança: se estenderia na fase adulta/idosa, mas um
recente estudos sugeriu que novos neurônios
foram criados em pessoas com idade entre
43 a 97 anos (MORENO-JIMÉNEZ, 2019).
Apesar de a taxa de criação de novos
neurônios decair, naturalmente, com o passar
da idade, esse resultado é muito animador e
abre esperanças na possibilidade de
aprendizagem de novos conhecimentos por
meio da neuroplasticidade.

(COSENZA e GUERRA, 2011, p. 33)


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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade:
Formação de novas conexões sinápticas de neurônios Conexões sinápticas gravadas em vídeo 170 horas.
de um feto animal crescendo em uma cultura de tecidos
em vitro:

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=hb7tjqhfDus Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=A9zLKmt2nHo

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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade:
O treinamento e a aprendizagem podem propiciar o “Durante o processo de aprendizagem, há
estabelecimento de novas conexões sinápticas que, modificações nas estruturas e funcionamento das
por sua vez, encaminharão com maior facilidade a células neurais e de suas conexões, ou seja, o
informação pela rede neural. aprendizado promove modificações plásticas, como
crescimento de novas terminações e botões
Ex: um músico, ao treinar com periodicidade um
sinápticos, crescimento de espículas dendríticas,
determinado instrumento (e.g., violino),
aumento das áreas sinápticas funcionais1,
desenvolverá suas habilidades cognitivas e motoras
estreitamento da fenda sináptica, mudanças de
que refletirão em uma melhor performance quando
conformação de proteínas receptoras, incremento
tocar a música.
de neurotransmissores2” (OLIVEIRA, 2001, p. 7).
O desenvolvimento dessas habilidades pode ocorrer
por meio de algumas formas: a) construção de novas 1KLEIM, J. A.; VIJ, K.; BALLARD, D. H.; e GRRENOUGH, W. T.
conexões sinápticas que aumentarão a Learning – dependent synaptic modifications in the cerebellar
complexidade da sua rede neural; b) interligação de cortex of the adult rat persist for at least four weeks. Journal of
circuitos neurais independentes provenientes de um Neuroscience, v. 17, n. 2, p. 717-721, 1997.
conhecimento ou experiência prévia quando 2 ARNSTEIN, P. M. The neuroplastic phenomenon: a physiologic
link between chronic pain and learning. Journal of Neuroscience
aplicados à aprendizagem de novos conhecimentos.
Nursing, v. 29, n. 3, p. 179-186, 1997.

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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade:
Um trabalho significativo documentou a neuroplasticidade no desenvolvimento, demonstrando
que as vias de desenvolvimento são moldadas pela experiência. A plasticidade é
frequentemente discutida em termos dos resultados das diferenças na entrada; diferenças nas
estruturas, processos ou respostas do cérebro refletem diferenças na experiência. Neste
artigo, a autora discutiu como a plasticidade do desenvolvimento também altera efetivamente a
entrada no sistema. Ou seja, as estruturas e processos mudam em resposta à entrada, e essas
estruturas e processos alterados influenciam as entradas futuras. Por exemplo, a plasticidade
pode alterar o padrão dos movimentos oculares para um estímulo, alterando, assim, qual parte
da cena se torna a entrada. Assim, a plasticidade não é vista apenas em estruturas e processos
que resultam de diferenças de experiência, mas também é vista nas mudanças na entrada à
medida que essas estruturas e processos se adaptam. O estudo sistemático da natureza da
experiência e como as diferenças na experiência moldam a aprendizagem podem contribuir para
a compreensão da neuroplasticidade em geral (OAKES, 2017, p. 4).

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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade: Estrutura conceitual para entender o
comportamento visual dos bebês1:
De acordo com Oake (2017, p.10-11):

Suposição: o tempo de procura determina a entrada, ou


melhor, o que o bebê examina é o que entra no sistema (e
fornece a entrada para o processamento, a representação
etc).
Caminho 1: a aparência é determinada pelo processo de
atenção. O olhar dos bebês reflete os seus controles sobre
suas atenções, fatores de cima para baixo e de baixo para cima
determinam onde os bebês prestam atenção.
(OAKES, 2017, p. 10)

Caminho 2: os processos cognitivos também contribuem para o comportamento visual.

Caminho 3: as experiências diárias afetam diretamente o comportamento visual.


1Extraído de OAKES, L. M. A biopsychosocial perspective on looking behavior in infancy. In Handbook of infant biopsychosocial
development. CALKIN, S. D. p. 38-70, New York: Guilford Press, 2015.

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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade:
Caminho 4: as linhas tracejadas representam os efeitos interativos Estrutura conceitual para entender
entre diferentes componentes. O foco desse trabalho foi estudar a o comportamento visual dos bebês1:
relação entre as experiências diárias e o processo de atenção. A
autora identificou que essa relação é bidirecional: assim, as
experiências moldam a maneira como a atenção é dirigida e a
atenção muda a entrada extraída da experiência. Não apenas os
bebês preferem rostos familiares de raça própria, mas a estratégia
usada para escanear faces de raças familiares difere da estratégia
usada para escanear rostos de outras raças. Da mesma forma,
bebês com e sem animais de estimação mostram diferentes
estratégias de varredura ao olhar para imagens de cães e gatos.
(OAKES, 2017, p. 10)
Ademais, parece que as estratégias que os bebês usam quando
observam as imagens no laboratório refletem sua aprendizagem
anterior para aprender.
1Extraído de OAKES, L. M. A biopsychosocial perspective on looking behavior in infancy. In Handbook of infant biopsychosocial
development. CALKIN, S. D. p. 38-70, New York: Guilford Press, 2015.

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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade:
Conclusão desse trabalho:
v A plasticidade é obviamente entendida no contexto da experiência, e como as diferenças na
experiência correspondem à diferença na entrada de um sistemas em desenvolvimento. O
cérebro é plástico e se adapta na ausência de experiência típica, como a entrada
coordenada dos dois olhos. Da mesma forma, o cérebro se adapta e é capaz de criar uma
organização diferente em resposta às diferenças mais sutis no que tange à experiência,
produzindo estruturas e organizações que diferem, mas não tão drasticamente comparado
à falta de uma experiência típica ou esperada. Neste artigo, a autora afirma que obtemos
uma compreensão mais profunda ao pensar que as entrada não são estáticas, mas sim
dinâmicas e que mudam com o passar do tempo como uma função da plasticidade que
reflete diferenças anteriores na entrada. (OAKE, 2017, p. 11).

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Sistema Nervoso
Neuroplasticidade:
Conclusão desse trabalho (cont.):
v Essa abordagem faz importantes previsões de desenvolvimento ligadas à experiência. À
medida que as crianças adquirem experiência - seja por meio da exposição na vida cotidiana
(por exemplo, vendo muitas faces, vivendo com um animal de estimação) ou da aquisição de
uma nova habilidade (por exemplo, alcance visualmente guiado, compreendendo os
significados das palavras) - essas experiências influenciarão a plasticidade no
desenvolvimento de sistemas, estruturas e processos. No entanto, essa plasticidade
também mudará a entrada de forma a impulsionar a plasticidade futura. Nesse sentido, a
mudança de desenvolvimento é uma cascata de efeitos, nos quais as adaptações que
ocorrem no início do tempo alteram a forma como a criança interage e recebe insumos do
mundo em um momento posterior, oferecendo oportunidades novas e diferentes para uma
adaptação posterior (OAKE, 2017, p. 12).

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Sistema Nervoso
Córtex cerebral:

v É a substância cinzenta localizada na camada externa


do cérebro.
Núcleo
v As substâncias cinzentas no interior da substância
branca são chamadas de núcleos (e não de córtex).
Eles também são formados por corpos neuronais.

v Constituída por corpos neuronais das regiões


telencefálicas (i.e., cerebrais) e diencefálicas (i.e.,
corpo pineal, tálamo e hipotálamo).

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Sistema Nervoso
Córtex cerebral:
Tipos de córtex de acordo com a morfologia:
v Alocórtex:
Ø É o córtex mais antigo na história da filogenética.
Ø Subdivide-se em:
üPaleocórtex: é dedicado ao olfato e possui três camadas corticais.
üArquicórtex: está relacionado à memória e as emoções e possui de três a quatro camadas
corticais.
v Mesocórtex:
Ø É também denominado de perialocórtex.
Ø É uma transição entre o alocórtex e o isocórtex.
Ø Possui uma histologia intermediária entre eles.
v Isocórtex:
Ø Desenvolvimento recente na história da filogenética.
Ø É também denominado de neocórtex e compreende, aproximadamente, a 90% do córtex.
Ø Homotípico: quando há evidência das seis camadas1 corticais.
Ø Heterotípico: quando uma das camadas corticais é indefinida.
1 São elas: molecular (externa), granular externa, piramidal externa, granular interna, piramidal interna e multiforme (interno).

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Sistema Nervoso
Córtex cerebral:
Tipos de córtex de acordo com a morfologia:

Fonte: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4601496/mod_resource/content/1/Neuroanatomia%202019.pdf

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Sistema Nervoso
Córtex cerebral:
Brodmann1 mapeou, em 1909, o encéfalo com as seguintes áreas:

Atualmente, já foram identificadas 52 áreas!

1 Brodmann K. "Vergleichende Lokalisationslehre der


Grosshirnrinde" (in German). Leipzig: Johann Ambrosius Barth,
1909.

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Sistema Nervoso
Córtex cerebral:
O neocórtex cerebral, localizado na região da substância cinzenta, possui seis camadas e os tipos de células
neurais dependem da área cortical.
Camada 1 (molecular ou plexiforme): área sináptica. Apesar de
poucos corpos neuronais, há muitos dentritos e axônios.
Camada 2 (granular externa): interneurônios e neurônios
piramidais pequenos. Os dentritos se direcionam para a camada 1
e os axônios para camadas mais profundas.
Camada 3 (piramidal externa): Neurônios médios. Os dentritos se
direcionam para a camada 1 e os axônios para camadas mais
profundas ou extracorticais.

Camada 4 (granular interna): células piramidais e estreladas


pequenas. Maior densidade de agrupamento celular. (Receptora)

Camada 5 (piramidal interna): Células piramidais grandes, células


estreladas e de Martinotti. Menor densidade de agrupamentos
celulares. Na área motora, tem as maiores células piramidais
(células de Betz). (Projeção)
Camada 6 (multiforme): células de várias formas e tamanhos.
Substância branca: é composta por prolongamentos de neurônios
(axônios mielíticos) e células gliais. A mielina é composta de tecidos
Fonte: http://chronopause.com/i293.photobucket.com/albums/
mm55/mikedarwin1967/Feline-62a.png
gordurosos com pequenos vasos sanguíneos.

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Sistema Nervoso
Córtex cerebral:

v Em todo córtex: camadas 1, 5 e 6.


v São encontradas somente no neocórtex:
camadas 2, 3 e 4.
v As camadas 1 e 4 são, em geral, aferentes, ou
seja, o seu sentido é para cima.
v As camadas 5 e 6 são, em geral, eferentes, ou
seja, o seu sentido é para baixo. Os neurônios
da camada 5 originam fibras córtico-fulgaz, ou
seja, que saem do córtex para outras
estruturas como o tronco cerebral, a medula
espinal e o tálamo.

Fonte: http://chronopause.com/i293.photobucket.com/albums/
mm55/mikedarwin1967/Feline-62a.png

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Sistema Nervoso
Córtex cerebral:
Em suma, temos os seguintes córtex: v Córtex pré-frontal: funções
executivas e metacognição.
v Córtex retrosplenial:
Pesquisadores identificaram a área
do cérebro (córtex retrosplenial)
responsável por decisões de valor
que são tomadas com base em
experiências passadas (HATTORI
et al., 2019).

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Sistema Nervoso
Memória:
Segundo Izquierdo (2018), a memória pode ser classificada em:

v Memória semântica armazena conceitos e se baseia na linguagem.


v Memória episódica é temporal, armazena experiências pessoais e se
subdivide em anterógrada e retrógrada.
v Memória processual é de longo prazo, inconsciente e armazena métodos
e técnicas.

Hipocampo: é a parte do cérebro responsável por formar nova memória de


longo prazo.

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Referências
COSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociência e educação [recurso eletrônico]: como o cérebro aprende. Porto Alegre :
Artmed, 2011.
HATTORI, R.; DANSKIN, B.; BABIC, Z.; MLYNARYK, N.; KOMIYAMA, T. Area-Specificity and Plasticity of History-
Dependent Value Coding During Learning. Cell, p.1-31, 2019. doi: 10.1016/j.cell.2019.04.027.
IZQUIERDO, I. Memória. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. 140 p.
MORENO-JIMÉNEZ, E. P.; FLOR-GARCÍA, M.; TERREROS-RONCAL, J.; RÁBANO, A.; CAFINI, F.; PALLAS-BAZARRA,
N.; ÁVILA, J.; e LLORENS-MARTÍN, M. Adult hippocampal neurogenesis is abundant in neurologically healthy subjects and
drops sharply in patients with Alzheimer’s disease. Nature Medicine, p.554-581, 2019. doi: 10.1038/s41591-019-0375-9.
OAKES, L. M. Plasticity may change inputs as well as processes, structures, and responses. Cognitive Development, v.42,
p.4-14, 2017.
OLIVEIRA, C.E.N.; SALINA, M.E.; e ANNUNCIATO, N.F. Fatores ambientais que influenciam a plasticidade. Acta fisiátrica,
v.8, n.1, p.6-13, abr. 2001. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102269/100647>. Acesso em:
14.05.2019.
ROSE, N.; e ABI-RACHED, J. Neuro: The new brain sciences and the management of the mind. Princeton: Princeton
University, 2013.

31
Referências

SALES, D. C. S.; e KONKIEWITZ, E. C. Reabilitação Neurológica. In: Tópicos de neurociência clínica. E. C. Konkiewitz (org.).
Dourados, MS: Editora da UFGD, p.103-116, 2010. Disponível em:
<http://files.ufgd.edu.br/arquivos/arquivos/78/EDITORA/Tópicos%20de%20neurociência%20cl%C3%ADnica.pdf>.
Acesso em: 14.05.2019.
SANTOS, F. H.; ANDRADE, V. M.; BUENO, O. F. A. Neuropsicologia hoje [recurso eletrônico], 2a ed. Porto Alegre: Artmed,
2015.
VANN, S. D.; AGGLETON, J. P.; e MAGUIRE, E. A. What does the retrosplenial cortex do? Nature Reviews Neuroscience, v.10,
n.11, p.792-803, 2009.

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Obrigado!

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