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UNIVERSIDADE DE S.

TOMÉ E PRINCIPE
“INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO”

LICENCIATURA EM: EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO

Tema: Ação reguladora do Sistema Nervoso Central e asseguramento vegetativo da ação


motora ao exercício físico

Docente: Adinex Costa

Discentes:
Cristina Gomes Casuniro

José do Nascimento
Mazidane Conceição da Madre de Deus
Nilson Diogo Francisco

Ano Lectivo 2023


Índice
Introdução....................................................................................................................................3
Sistema Nervoso..........................................................................................................................4
Sistema nervoso central e periférico.....................................................................................5
Sistema cérebro-espinhal do ser humano.......................................................................11
Sistema autônomo ou vegetativo................................................................................................12
Neuroanatomia...........................................................................................................................13
Estado vegetativo.......................................................................................................................13
Causas do estado vegetativo.......................................................................................................14
Sintomas do estado vegetativo...................................................................................................14
Diagnóstico do estado vegetativo...............................................................................................15
Prognóstico do estado vegetativo...............................................................................................16
Tratamento do estado vegetativo................................................................................................17
Atendimento de longo prazo.............................................................................................17
Conclusão...................................................................................................................................19
Referencia Bibliográfico............................................................................................................20

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Introdução

O sistema nervoso garante que os estímulos sejam captados e interpretados, e que respostas a
esses estímulos sejam geradas e também é constituído por tecido nervoso.
O sistema nervoso autônomo apresenta duas divisões, a parassimpática e a simpática. O Sistema
Nervoso Parassimpático é responsável por inibir o funcionamento dos órgãos, ou seja, retoma a
atividade normal do corpo após um estímulo simpático.
Pessoas em estado vegetativo dormem e acordam regularmente e seus olhos abrem e se movem,
mas, normalmente, elas perdem toda a capacidade de pensamento e comportamento consciente.

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Sistema Nervoso

O sistema nervoso, também chamado de sistema neural, é responsável por controlar as


ações voluntárias (correr, falar, andar, etc.) e involuntárias (respiração, digestão,
batimentos cardíacos, etc.) que o corpo realiza. De modo geral, ele representa a rede de
comunicações do organismo.

O cérebro é o centro de comando da rede ou centro do pensamento, sentimento,


memória, fala, visão, audição, movimento, entre outros. A medula espinhal e os nervos
cranianos transmitem os sinais entre o cérebro e o corpo. Esses sinais conduzem aos
músculos informações entendidas pelos sentidos e coordenam as ações dos órgãos
internos.

O cérebro é protegido pelos ossos do crânio. Da mesma forma, a medula espinhal é


protegida pelos ossos da coluna vertebral.
O cérebro e a medula espinhal são rodeados e protegidos pelo líquido cefalorraquidiano
(LCR). O LCR contém basicamente água com proteínas, açúcar (glicose), glóbulos
brancos e hormônios.
Esse líquido é produzido pelo plexo coroide, que está localizado nos ventrículos. Tanto
os ventrículos, como os espaços em torno do cérebro e da medula espinhal são
preenchidos com LCR.
Todas as sensações e mensagens precisam ser levadas até ele para que possa enviar
estímulos específicos para cada órgão do corpo humano.

O cérebro é um dos órgãos mais importantes


do sistema nervoso. (Foto: Pixabay)
Por exemplo, ao lesionar uma parte do corpo, uma informação é enviada ao cérebro, que
responde com a sensação de dor, que nada mais é um mecanismo de defesa do
organismo. Contudo, se a pessoa não sentir dor, não tomará nenhuma medida
preventiva.

O sistema nervoso possui três funções básicas:

Sensitivas: diversos estímulos e informação são captados por receptores sensitivos,


também conhecidos como neurônios receptores, que estão pelo corpo. Por exemplo, um
ferimento na pele ou o aumento da temperatura externa faz com que os neurônios
sensitivos atuem.

Integradoras: células nervosas, chamados de interneurônios ou neurônios conectores,


fazem a análise, processamento e armazenamento dos estímulos e informações captados
pelos receptores sensitivos.

Motoras: essa última fase é executada pelos neurônios motores, também conhecidos
como neurônios eferentes ou efetuadores, que em contato com órgãos efetores recebem
uma informação do cérebro e executam uma ação de acordo com a situação.

Sistema nervoso central e periférico

O sistema nervoso ainda subdivide-se em sistema nervoso central (SNC) e sistema


nervoso periférico (SNP). O primeiro é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal,
já o segundo é composto por uma rede de nervos que conecta por todo o corpo.

Divisão Componentes Funções

Cérebro
Processamento e integração de informações.

SNC Encéfalo Cerebelo


(crânio)
Bulbo raquidiano

Medula espinhal

Transporte de informações entre os órgãos


Cranianos (12 pares) receptores de estímulos, o SNC e os órgãos
Efetuadores (músculos, glândulas, etc.).

Nervos Raquidianos (31 pares)


SNP

Simpáticos

Gânglios Parassimpáticos

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Sistema nervoso central (SNC)

O sistema central é responsável por captar e transmitir informações para o corpo. Ele é
composto pelo encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula espinhal.

Estruturas do sistema nervoso central

As principais áreas do SNC incluem o cérebro, cerebelo e tronco cerebral. Cada uma
destas partes tem uma função especial.

 Cérebro. O cérebro é o centro de controle do corpo enviando mensagens ao


longo das fibras nervosas. O cérebro é dividido em duas metades, os hemisférios
cerebrais direito e esquerdo. Os hemisférios cerebrais controlam o movimento, o
pensamento, a memória, as emoções, os sentidos e a fala. Os sintomas causados
por um tumor num hemisfério cerebral dependendo da sua localização, podem
incluir convulsões, problemas na fala, mudanças de humor, mudanças na
personalidade, fraqueza ou paralisia em parte do corpo, problemas na visão ou
na audição ou em outros sentidos.

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 Cerebelo. O cerebelo está localizado abaixo e na parte posterior do cérebro. O
cerebelo mantém o equilíbrio e a postura, controla o tônus muscular e os
movimentos voluntários. Os tumores do cerebelo podem causar problemas de
coordenação dos movimentos, perda do equilíbrio, diminuição do tônus da
musculatura esquelética, problemas de deglutição ou sincronização dos
movimentos oculares, e alteração do ritmo da fala.

 Tronco cerebral. O tronco cerebral ou tronco encefálico está situado entre a


medula espinhal e o cérebro. É a área do SNC responsável pelo controle da
pressão arterial, deglutição, respiração e batimentos cardíacos. O tronco cerebral
possui três porções: o bulbo raquidiano, a ponte (protuberância) e o
mesencéfalo. É no tronco encefálico que se encontra fixo o cerebelo. Tumores
nesta região podem provocar fraqueza, visão dupla, rigidez muscular ou
problemas com a sensibilidade, movimentos dos olhos, audição, movimento
facial, coordenação dos pés ou deglutição.

 Nervos cranianos. Os nervos cranianos são os que se conectam com o encéfalo.


Esses nervos transmitem sinais diretamente entre o cérebro e o rosto, olhos,
língua, boca e algumas outras áreas. Os tumores que acometem os nervos
cranianos podem provocar problemas de visão, problemas de deglutição, perda
de audição, paralisia facial, dormência ou dor, entre outros.

 Medula espinhal. A medula espinhal é composta por fibras nervosas que


transportam sinais relacionados ao controle muscular, sensação e controle da
bexiga e intestino. Os tumores da medula espinhal podem provocar fraqueza,
paralisia ou dormência.

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 Glândula pituitária e hipotálamo. A glândula pituitária ou hipófise é uma
glândula, situada na sela túrcica (cavidade óssea localizada na base do cérebro),
ligado ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. A hipófise é responsável por
várias funções do organismo como crescimento, metabolismo, produção de
corticoides naturais, menstruação e produção de óvulos, produção de
espermatozoides, e produção de leite nas mamas. O crescimento de tumores
próximos à glândula pituitária ou do hipotálamo, assim como a cirurgia ou
radioterapia nessas áreas podem interferir nessas funções.

 Glândula pineal. A glândula pineal não é exatamente uma parte do cérebro, na


verdade é uma pequena glândula endócrina localizada entre os hemisférios
cerebrais. A glândula pineal produz a melatonina. Esse hormônio sincroniza os
vários ritmos circadianos do organismo com o ciclo dia/noite. As alterações
diárias da melatonina, com seu pico se situando durante a noite, agem em
receptores do próprio hipotálamo, que se encarregam de sincronizar o ciclo
vigília/sono do corpo e o funcionamento de outros hormônios. Os tumores mais
frequentes da glândula pineal são denominados pineoblastomas.

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 Barreira hematoencefálica. A barreira sangue cérebro (barreira
hematoencefálica) é uma estrutura que atua principalmente para proteger o
sistema nervoso central de substâncias químicas presentes no sangue, permitindo
ao mesmo tempo a função metabólica normal do cérebro. É composta de células
endoteliais, que são agrupadas nos capilares cerebrais. Essa densidade
aumentada restringe muito a passagem de substâncias a partir da corrente
sanguínea, muito mais do que as células endoteliais presentes em qualquer lugar
do corpo. Infelizmente, essa barreira também impede a entrada dos
medicamentos quimioterápicos usados para destruir as células cancerígenas.

 Plexo coroide. O plexo coroide é a área do cérebro localizada dentro dos


ventrículos que produz o líquido cefalorraquidiano (LCR) para nutrir e proteger
o cérebro.

Tipos de células e tecidos do sistema nervoso central

O sistema nervoso central (SNC) é formado por vários tipos de células e tecidos:

 Neurônios. Os neurônios são as células mais importantes no cérebro. Eles são


responsáveis pela recepção e transmissão dos estímulos do meio interno e
externo, possibilitando ao organismo a execução de ações e respostas adequadas.
Ao contrário de muitos outros tipos de células que podem crescer e se dividirem
para reparar os danos causados por uma lesão ou uma doença, os neurônios
param de se dividir cerca de um ano após o nascimento. Os neurônios não
costumam formar tumores, mas muitas vezes são danificados por tumores que se
iniciam nas proximidades.

 Células gliais. São células de suporte do cérebro. As células gliais podem se


tornar cancerígenas e crescer formando um tumor cerebral. Os tumores que se
desenvolvem nas células gliais são denominados gliomas. Existem três tipos de
células gliais, além de um quarto tipo denominado micróglia, que não é
verdadeiramente uma célula glial, mas faz parte do sistema imunológico:

1. Astrócitos. Essas células têm a função de sustentação e nutrição dos neurônios.


Quando o cérebro está lesionado, os astrócitos formam o tecido de cicatrização
para reparar o dano. Os principais tumores que se iniciam nestas células são os
astrocitomas ou glioblastomas.
2. Oligodendrócitos. Essas células são responsáveis pela produção da bainha de
mielina, uma substância gordurosa, que tem a função de isolante elétrico para os
neurônios do SNC. Os tumores que se iniciam nestas células são chamados
oligodendrogliomas.
3. Células ependimárias. São células epiteliais colunares que revestem os
ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinhal. Em algumas
regiões, essas células são ciliadas, facilitando a movimentação do líquido
cefalorraquidiano. Os tumores que se iniciam nessas células são chamados
ependimomas.
4. Micróglia. Estas células participam do processo de inflamação e reparação do
SNC, secretam também diversas citocinas reguladoras do processo imunológico
e removem os restos celulares que surgem nas lesões do SNC.

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 Células neuroectodérmicas. As células neuroectodérmicas são células
primitivas, provavelmente remanescentes das células embrionárias, e
encontradas em todo o cérebro. O tumor mais comum dessas células no cerebelo
é o meduloblastoma.

Meninges. As meninges são membranas de tecido conjuntivo que revestem e protegem


o cérebro e a medula espinhal. Apesar de sua função protetora, as meninges podem ser
alvo de patologias importantes, como tumores benignos, meningiomas e as conhecidas
meningites.Sistema nervoso periférico (SNP)

O sistema periférico conduz as informações dos órgãos periféricos até o SNC e traz de
volta as informações para os órgãos. Esse subsistema é formado pelos nervos e
gânglios.

- Gânglios: correspondem a um aglomerado de neurônios, geralmente com forma


esférica, que estão localizados fora do SNC.

- Nervos: são filamentos nervosos envolvidas por tecido conjuntivo. Eles se ramificam
por toda extensão do corpo e são responsáveis pela comunicação entre os órgãos e o
SNC.

Existem três tipos de nervos: os sensitivos (aferentes) que levam o estímulo da periferia
do corpo até o SNC e motores (eferentes) que trazem a resposta do SNC para músculos
ou glândulas. Já os nervos mistos, são sensitivos e motores ao mesmo tempo.

Os nervos também podem ser divididos em:

• Raquidianos ou espinhais: compostos por 31 pares que realizam a conexão da


medula espinhal com os diversos músculos do corpo.
• Cranianos: compostos por 12 pares que realizam a conexão do encéfalo para os
músculos ou dos órgãos sensoriais para o encéfalo.

O SNP ainda possui uma subdivisão:

- Sistema nervoso somático: composto por fibras motoras que levam os impulsos do
SNC até os músculos esqueléticos. Ele controla os movimentos voluntários das pernas,
braços, troncos, etc.

- Sistema nervoso autônomo: também formado fibras motoras, contudo elas conduzem
os impulsos do SNC para os músculos lisos das vísceras e do coração. Diferente do
sistema anterior, sua principal função é comandar os órgãos internos do corpo e,
consequentemente, as atividades involuntárias.

Esse último sistema está dividido em duas partes opostas, mas que garantem o equilíbrio
do corpo: o sistema nervoso simpático (estimula o funcionamento dos órgãos)
e sistema nervoso parassimpático (inibe o funcionamento dos órgãos).

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Sistema cérebro-espinhal do ser humano
No homem, a estrutura dos nervos é diferenciada em duas áreas. Uma delas corresponde
ao sistema nervoso central, constituído pelo encéfalo e a medula espinhal, que se aloja
no conduto crânio-raquidiano, protegido pelas meninges e pelas vértebras. A outra
forma o sistema nervoso periférico, que consta de um conjunto de nervos distribuídos
por todo o organismo. Parte do sistema periférico integra o sistema nervoso autônomo,
ou vegetativo, que regula o funcionamento das vísceras e glândulas.

No sistema nervoso central, o encéfalo humano mantém a tripla divisão em


prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo, característica da evolução embrionária dos
vertebrados, embora organicamente se estabeleça preferencialmente a distinção entre
cérebro, cerebelo, ponte de Varólio (ou protuberância), pedúnculos cerebrais e bulbo
raquidiano (ou medula oblonga). O cérebro é o elemento principal, para o qual são
dirigidos os impulsos recebidos pelo sistema nervoso. Na morfologia cerebral distingue-
se uma primeira separação em dois grandes hemisférios cortados por uma linha
profunda, a fissura sagital. Na superfície de cada um desses hemisférios existem dois
outros cortes, a fissura de Sylvius, ou sulco lateral, e a de Rolando, ou sulco central.
Ficam assim delimitados quatro lobos em cada bissecção: frontal, parietal, temporal e
occipital.

A cavidade interna do cérebro é irrigada pelo líquido cefalorraquidiano, que flui


também na medula espinhal e constitui um elemento de extrema importância no
diagnóstico de muitas doenças e alterações metabólicas. De dentro para fora,
distinguem-se a substância branca, formada pelos axônios recobertos de mielina,
material lipoproteico que envolve as fibras e aumenta a velocidade de transmissão dos
impulsos nervosos; e a substância cinzenta, que forma o envoltório ou córtex cerebral.
A massa cerebral é recoberta por três membranas de proteção, as meninges, que
separam o córtex dos ossos cranianos. São elas a pia-máter (mais interna), aracnoide
(intermediária) e dura-máter (mais externa).

Na região póstero-inferior do cérebro, situa-se o cerebelo, órgão responsável pela


coordenação motora formado por uma parte mediana, o verme, e dois lobos ou
hemisférios. A ponte de Varólio, também denominada protuberância anular, liga o
cérebro, o cerebelo e o bulbo, e está situada na parte inferior do encéfalo. Compõe-se de
diferentes planos de fibras nervosas longitudinais e transversais. O bulbo faz a transição
entre o encéfalo e a medula. Nele se entrecruzam as fibras nervosas que atingirão o
cérebro, razão pela qual as funções reguladoras do lado direito do corpo são controladas
pelo lobo cerebral esquerdo, e as correspondentes ao lado esquerdo, pelo lobo direito.

Do bulbo nasce a medula espinhal ou raquidiana, cordão nervoso cilíndrico que se


prolonga pelo interior da coluna vertebral até o extremo do osso sacro. O cordão
medular consta de um núcleo central de substância cinzenta, com característica
disposição em forma de X, envolto numa massa cilíndrica de substância branca. A
substância cinzenta se ramifica a partir da medula para formar as raízes dos nervos
raquidianos. Ao longo de toda a sua extensão, a medula raquidiana é protegida
externamente, como o encéfalo, pelas três meninges e, em seu canal interno, por uma
membrana denominada epêndima.

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Os nervos representam a unidade fisiológica fundamental do sistema nervoso periférico.
Eles se originam nos dois componentes básicos do sistema nervoso central: o cérebro e
a medula espinhal. Os 12 pares de nervos cranianos são os seguintes:

Par I: olfativo;

Par II: óptico;

Par III: óculo-motor;

Par IV: troclear;

Par V: trigêmeo;

Par VI: óculo-motor externo;

Par VII: facial;

Par VIII: vestíbulo-coclear;

Par IX: glossofaríngeo;

Par X: vago;

Par XI: acessório;

Par XII: hipoglosso.

Sistema autônomo ou vegetativo

A regulação das funções dos órgãos internos, de forma involuntária e autônoma, é


executada pelo sistema nervoso vegetativo, unidade fisiológica integrada por dois
sistemas diferenciados, o simpático e o parassimpático, com atividades opostas. A
motilidade intestinal, por exemplo, é estimulada por um nervo do sistema simpático e
inibida por outro do sistema parassimpático. As unidades funcionais do sistema
vegetativo são as fibras e os gânglios.

O sistema simpático é integrado por uma dupla cadeia de gânglios dispostos em ambos
os lados da coluna vertebral. A condução dos impulsos nervosos às vísceras é feita por
dois neurônios: o pré-ganglionar parte da medula e forma no gânglio uma sinapse com o
neurônio pós-ganglionar, que prossegue para inervar um órgão periférico. O segundo
componente do sistema nervoso autônomo é o parassimpático, formado pelas fibras
nervosas autônomas que emergem do sistema nervoso pelos nervos cranianos e pelos
segmentos sacrais. Embora seus componentes obedeçam ao padrão geral da via efetora

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autônoma formada de dois neurônios, o parassimpático se caracteriza por ter o gânglio
muito próximo da víscera que inerva.

Neuroanatomia
Medula espinhal

Rombencéfalo Ponte, Bulbo, Medulla oblongata


Tronco
cerebral
Mesencéfalo Tectum, Pedúnculo cerebral, Pretectum, Ducto mesencefálico

Encéfalo Epitálamo, Tálamo, Hipotálamo, Subtálamo,Glândula


Diencéfalo pituitária, Glândula pineal, Terceiro ventrículo
Prosencéfalo
Rinencéfalo, Amígdala, Hipocampo, Neocórtex, Ventrículos
Telencéfalo laterais

Estado vegetativo

Por

Ken n eth M aies e


, MD , Rutger s U niver s ity

Revis ado/Cor r igido: m ai 2022

Estado vegetativo ocorre quando o cérebro (a parte do cérebro que controla o


pensamento e o comportamento) não funciona mais, mas o hipotálamo e o tronco
cerebral (as partes do cérebro que controlam as funções vitais, tais como ciclos de
sono, temperatura corporal, respiração, pressão arterial, frequência cardíaca e
consciência) continuam a funcionar. Assim, as pessoas abrem os olhos e parecem
acordadas, mas de outra forma não respondem a estímulos de forma significativa.
 Mais comumente, o estado vegetativo é causado por dano cerebral grave
resultante de traumatismo craniano ou de um distúrbio que prive o cérebro de
oxigênio, como parada cardíaca ou respiratória.

 As pessoas em estado vegetativo conseguem abrir os olhos, mas não conseguem


falar ou fazer coisas que requeiram pensamento ou intenção consciente, e não
têm consciência de si próprias nem de seu ambiente.

 Os médicos diagnosticam estado vegetativo somente depois de observarem as


pessoas por certo período e em mais de uma ocasião e não encontrarem nenhum
indício de consciência.

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 Pessoas em estado vegetativo requerem atenção integral, incluindo boa nutrição
e medidas para prevenir problemas que resultam da incapacidade de se mover
(como úlceras de decúbito).

O estado vegetativo é raro.

Um estado vegetativo que dura mais de um mês é considerado um estado vegetativo


persistente. A maioria das pessoas em estado vegetativo persistente não recupera
qualquer função mental ou capacidade de interagir com o ambiente de forma
significativa. No entanto, algumas pessoas em estado vegetativo persistente melhoram
o suficiente para o diagnóstico ser alterado para estado minimamente consciente . Em
pessoas em estado minimamente consciente, a consciência é gravemente prejudicada,
mas não completamente.

Quando qualquer recuperação ocorre, a causa foi geralmente lesão cerebral devido a
um ferimento na cabeça (lesão traumática cerebral ), não uma doença que resultou do
cérebro sendo privado de oxigênio. Também, a recuperação é frequentemente muito
limitada. Por exemplo, as pessoas podem alcançar qualquer e todos os objetos ou
podem emitir a mesma palavra diversas vezes. Em casos raros, pessoas em estado
vegetativo persistente decorrente de traumatismo craniano continuam a melhorar
lentamente ao longo de meses a anos.
O número de pessoas que estão em estado vegetativo é desconhecido, mas estima-se
que cerca de 25 mil adultos e quase 10 mil crianças nos Estados Unidos tenham esse
transtorno.

Causas do estado vegetativo

Um estado vegetativo ocorre quando o telencéfalo (a maior parte do cérebro) é


gravemente lesionado (tornando as funções mentais impossíveis), mas o sistema
reticular ativador ainda está funcionando (tornando a vigília possível). O sistema
reticular ativador controla se uma pessoa está desperta (vigília). É um sistema de
células nervosas e fibras localizado nas zonas profundas da parte superior do tronco
cerebral (a parte do cérebro que conecta o telencéfalo com a medula espinhal).
Mais comumente, um estado vegetativo é causado por lesão cerebral grave, devido a:

 Traumatismo craniano
 Um quadro clínico que priva o cérebro de oxigênio, como parada cardíaca ou
parada respiratória
No entanto, qualquer problema que prejudica severamente o cérebro, como
sangramento (hemorragia) no cérebro ou uma infecção no cérebro, pode resultar num
estado vegetativo.

Sintomas do estado vegetativo

Pessoas em estado vegetativo podem fazer algumas coisas, porque algumas partes do
cérebro estão funcionando:

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 Elas podem abrir os olhos.

 Elas têm padrões de sono e vigília relativamente regulares (mas não


necessariamente relacionados com o dia e a noite).

 Elas podem respirar, sugar, mastigar, tossir, esforçar-se para vomitar, engolir e
fazer sons guturais.

 Elas podem até ser surpreendidas por ruídos altos e parecem sorrir ou franzir a
testa.

Devido a estas respostas, elas podem parecer estar cientes do que se passa ao redor.
Contudo, elas não apresentam percepção de si próprias ou do ambiente. Suas respostas
aparentes ao mundo ao seu redor resultam de reflexos básicos automáticos
(involuntários) e não de uma ação consciente. Por exemplo, elas podem
instintivamente agarrar um objeto ao tocar a mão, assim como faz um bebê.

Pessoas em estado vegetativo não podem fazer coisas que exigem pensamento ou
intenção consciente. Elas não podem falar, seguir comandos, mover seus membros
propositadamente ou mover-se para evitar um estímulo doloroso.

A maioria das pessoas em estado vegetativo perdeu toda a capacidade para a


consciência, pensamento e comportamento consciente. No entanto, em algumas
pessoas, a ressonância magnética funcional (RMf) e eletroencefalografia (EEG)
detectaram indícios de alguma atividade cerebral sugerindo possível consciência.
Nessas pessoas, a causa foi geralmente uma lesão na cabeça, não uma doença que
resultou na privação de oxigênio ao cérebro. Quando solicitado que essas pessoas
imaginassem mover uma parte do corpo, estes testes mostraram atividade cerebral
adequada para tal ação (embora as pessoas não fizessem a ação). No entanto, estes
testes não podem determinar o quanto essas pessoas têm de consciência. A percepção
que pode ser detectada somente por esses exames é chamada consciência encoberta
(escondida).
As pessoas em estado vegetativo não têm controle da micção e defecação (são
incontinentes).

Diagnóstico do estado vegetativo

 Avaliação médica

 Exames, tais como ressonância magnética e eletroencefalografia

Os médicos suspeitam de estado vegetativo com base nos sintomas. No entanto, antes
de um estado vegetativo ser diagnosticado, as pessoas devem ser observadas durante
um período de tempo e em mais do que uma ocasião. Se as pessoas não são
observadas por tempo suficiente, as provas de consciência podem ser desperdiçadas.
As pessoas que têm alguma consciência podem estar em um estado de consciência
mínima, em vez de um estado vegetativo.
Um exame por imagem, como a ressonância magnética (RM) ou a tomografia
computadorizada (TC), é feito para verificar a existência de doenças que podem estar
causando o problema, especialmente aquelas que podem ser tratadas.

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Se o diagnóstico for incerto, os médicos podem realizar outros exames de diagnóstico
por imagem – tomografia por emissão de pósitrons (positron emission tomography,
PET) ou tomografia computadorizada por emissão de fóton único (single-photon
emission computed tomography, SPECT). Esses exames podem indicar o grau de
funcionamento do cérebro.
Pode ser feita uma eletroencefalografia (EEG) para verificar se há anormalidades na
atividade elétrica do cérebro que sugiram convulsões, as quais podem prejudicar a
consciência.
Pode ser realizada uma RM funcional (RMf) para verificar a atividade cerebral e,
assim, determinar se a consciência está completamente comprometida. Esse exame
pode detectar quando uma pessoa responde a perguntas e comandos, mesmo quando a
resposta não for aparente, ou seja, quando a pessoa não falar ou se mover em resposta
(consciência encoberta). O EEG também pode detectar essa atividade cerebral. Os
resultados desses exames podem afetar as decisões sobre cuidados de longo prazo.

Prognóstico do estado vegetativo

Algumas pessoas se recuperam espontaneamente de um estado vegetativo, mas a


recuperação costuma ser incompleta. As chances de recuperação dependem da causa e
da extensão do dano cerebral e da idade da pessoa, como o seguinte:

 Alguma recuperação é mais provável se a causa for uma lesão na cabeça, uma
anormalidade metabólica reversível (como hipoglicemia) ou uma superdosagem
de medicamento em vez de um acidente vascular cerebral ou parada cardíaca
importante.

 As pessoas mais jovens podem recuperar mais o uso de seus músculos do que as
pessoas mais velhas, mas as diferenças na recuperação da função mental, do
comportamento e da fala não são significativas.

 Se um estado vegetativo durar mais do que alguns meses, as pessoas não são
susceptíveis de recuperar a consciência. Se as pessoas não se recuperam,
provavelmente ficam severamente incapacitadas.

Qualquer recuperação de um estado vegetativo é improvável após um mês se a causa


tiver sido qualquer outra que não uma lesão na cabeça. Se a causa foi devido a uma
lesão na cabeça, a recuperação é improvável após doze meses. No entanto, algumas
pessoas melhoram em meses ou anos. Raramente, a melhora ocorre tardiamente. Após
cinco anos, aproximadamente 3% das pessoas recuperam a capacidade de se
comunicar e entender, mas poucas conseguem viver de forma independente e
nenhuma pode funcionar normalmente.

A maioria das pessoas que permanecem em estado vegetativo morre dentro de 6 meses
do dano cerebral original. A maioria das outras vive cerca de 2 a 5 anos. A causa da
morte é muitas vezes uma infecção do trato respiratório ou urinário ou disfunção
grave (insuficiência) de vários órgãos. Mas a morte pode ocorrer subitamente e a
causa pode ser desconhecida. Algumas pessoas vivem por vários anos.

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Houve relatos de pessoas voltarem a apresentar algum grau de consciência depois de
passar anos no que parece ser um estado vegetativo ou coma. Esses relatos
frequentemente envolvem pessoas que estavam em um estado de consciência mínima,
geralmente depois de uma lesão na cabeça. As possibilidades de recuperação de um
estado minimamente consciente são imprevisíveis, mas melhores do que no caso de
um estado vegetativo.

Tratamento do estado vegetativo

 Medidas preventivas para problemas devido à imobilização

 Boa alimentação

A musicoterapia pode ter efeitos discretamente benéficos por estimular uma resposta
em pessoas em estado vegetativo ou outros tipos de comprometimento da consciência.
Mas a utilidade dessa terapia ainda é incerta.

Atendimento de longo prazo


Como pessoas em coma, aquelas em um estado vegetativo necessitam de atenção
integral.
Fornecer uma boa alimentação (suporte nutricional) é importante. As pessoas são
alimentadas através de um tubo inserido pelo nariz até o estômago (chamado
alimentação por sonda). Às vezes, elas são alimentadas por uma sonda inserida
diretamente no estômago ou no intestino delgado através de uma incisão na parede
abdominal. Os medicamentos também podem ser dados através desses tubos
.
Muitos problemas resultam da incapacidade de se mover (imobilização) e as medidas
para evitá-los são essenciais (consulte Problemas devido a repouso na cama ). Por
exemplo, o seguinte pode ocorrer:
 Úlceras de decúbito : Deitar em uma posição pode cortar o fornecimento de
sangue para algumas regiões do corpo, fazendo com que a pele rache e úlceras
de decúbito se formem.
 Contraturas: A falta de movimento pode também resultar em rigidez e
encurtamento permanentes dos músculos (contraturas) fazendo com que as
articulações fiquem permanentemente flexionadas.

 Coágulos sanguíneos: A falta de movimento torna mais provável a formação
de coágulos sanguíneos nas veias da perna, o que é denominado trombose
venosa profunda. (causada por alguns fatores como predisposição genética,
idade mais avançada, colesterol elevado, cirurgias e hospitalizações
prolongadas, obesidade, uso de anticoncepcionais, consumo de álcool, fumo,
falta de movimentação, aumentam o risco de desenvolver trombose).

As úlceras de decúbito podem ser prevenidas pelo reposicionamento frequente da


pessoa e colocação de almofadas protetoras sob as partes do corpo que ficam em
contato com a cama, como calcanhares, para proteger essas partes.

Para evitar contraturas, os fisioterapeutas movem suavemente as articulações da


pessoa em todas as direções (exercícios passivos de amplitude de movimento) ou
colocam talas nas articulações em determinadas posições.

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A prevenção de coágulos sanguíneos inclui o uso de medicamentos e compressão ou
elevação das pernas. A movimentação dos membros, como ocorre em exercícios
passivos de amplitude de movimento, também pode ajudar a prevenir coágulos
sanguíneos.
Devido às pessoas terem incontinência, deve-se tomar cuidado em manter a pele limpa
e seca. Se a bexiga não estiver funcionando e urina estiver sendo retida, um tubo
(cateter) poderá ser colocado na bexiga para drenar a urina. Os cateteres são limpos
cuidadosamente e examinados regularmente para prevenir o desenvolvimento de
infecções do trato urinário.

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Conclusão

Podemos entender que a prática de atividade física proporciona uma melhoria na


aprendizagem, também ajuda a proteger e fortalecer o nosso cérebro contra doenças
paralisia cerebral e entres outras, danos uma e longa prolongada saúde até a velhice com
uma mente saudável.
Referencia Bibliográfico

www.fisiologia.kit.net/fisio/nervoso/nervoso.htm

https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-
espinal-e-dos-nervos/coma-e-consci%C3%AAncia-comprometida/estado-vegetativo

https://www.oncoguia.org.br/conteudo/o-sistema-nervoso-central/881/176/

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/biologia/sistema-nervoso

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