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O treino cognitivo focado nas estruturas tem como finalidade o treino de estruturas

cerebrais que possam estar afetadas por algum défice cognitivo que exista, acidentes
(por exemplo, AVC e acidente de aviação), declínio e lesão. O princípio base deste
treino é a plasticidade cerebral. Quando uma área cerebral esteja em declínio podemos
treinar o nosso cérebro para que áreas nas proximidades possam ajudar a recuperar uma
função cerebral. Não é possível assegurar a recuperação total das funções, mas faz-se a
recuperação dentro daquilo que é possível, dependendo da extensão da lesão cerebral ou
do nível declínio cognitivo.
Este treino focado nas estruturas não é unicamente feito em situações sinalizadas, mas
também como forma preventiva. Quanto mais exercitamos em profundida e em
extensão o nosso cérebro menor a probabilidade da existência de uma lesão grave
(paralelismo com treino físico).
Na adolescência e na idade infantil surgem mudanças no funcionamento e na
estrutura cognitiva até (a fase adulta). Estas mudanças revelam-se importantes nos
aspetos da evolução mental e psicofisiológica. As estruturas intelectuais entre o
nascimento e o período da adolescência surgem lentamente, mas de acordo com os
estágios do desenvolvimento a ordem de sucessão desses estágios é extremamente
regular. A velocidade do desenvolvimento, no entanto, pode variar de um a outro
indivíduo e também de um a outro meio social; consequentemente podemos encontrar
algumas crianças que avançam rapidamente e outras que avançam lentamente, mas isso
não muda a ordem de sucessão dos estágios pelos quais passam. Então, muito antes do
aparecimento da linguagem, todas as crianças normais passam por um número de
estágios na formação da inteligência, por exemplo sensório-motora, que pode ser
caracterizada por certos padrões de comportamento. Tais padrões testemunham a
existência de uma lógica que é inerente à coordenação das próprias ações.
Os estágios são temporalmente interdependentes, isto é, para que o indivíduo atinja um
novo estágio, é necessário que tenha atingido o estágio anterior, e mesmo na idade
adulta, pode-se afirmar que em muitos casos, em algumas áreas específicas, o ser
humano pode ainda não ter atingido todos os estágios.

Treino cognitivo nos idosos


Dentre as modalidades não farmacológicas de intervenção para idosos, o treino
cognitivo apresenta-se como uma alternativa promissora para atenuar ou retardar os
efeitos do envelhecimento sobre a cognição
No vasto campo das intervenções não farmacológicas para população idosa, uma das
áreas que vem fortalecendo a produção científica nacional é a da intervenção cognitiva,
na qual mecanismos cognitivos específicos são treinados em tarefas padronizadas,
consistindo em uma maneira direta e experimentalmente controlada de investigar o grau
de plasticidade no funcionamento intelectual durante o envelhecimento

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