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ESTUDO PILOTO DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO

COGNITIVO GRUPAL E O SEU IMPACTO


NO FUNCIONAMENTO COGNITIVO E NÃO-COGNITIVO
DE IDOSOS SOB RESPOSTA SOCIAL

VITOR HUGO DA SILVA ALVES

Dissertação apresentada ao ISMT para obtenção do grau de Mestre em Psicologia


Clínica Ramo Psicoterapias
Orientadora: Professora Doutora Helena Espírito Santo

Coimbra 2012
Imagem da capa:
http://www.google.pt/imgres?q=reabilita%C3%A7%C3%A3o%2Bcerebro&um=1&hl=pt-
PT&biw=1366&bih=622&tbm=isch&tbnid=tqF4znUtnlgkGM:&imgrefurl=http://www.faceboo
k.com/NeuroCogPortugal&docid=DyUPa7dJizs9PM&imgurl=http://sphotos-
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Os Velhos

Todos nasceram velhos — desconfio.


Em casas mais velhas que a velhice,
em ruas que existiram sempre — sempre
assim como estão hoje
e não deixarão nunca de estar:
soturnas e paradas e indeléveis
mesmo no desmoronar do Juízo Final.
Os mais velhos têm 100, 200 anos
e lá se perde a conta.
Os mais novos dos novos,
não menos de 50 — enormidade.
Nenhum olha para mim.
A velhice o proíbe. Quem autorizou
existirem meninos neste largo municipal?
Quem infringiu a lei da eternidade
que não permite recomeçar a vida?
Ignoram-me. Não sou. Tenho vontade
de ser também um velho desde sempre.
Assim conversarão
comigo sobre coisas
seladas em cofre de subentendidos
a conversa infindável de monossílabos, resmungos,
tosse conclusiva.
Nem me vêem passar. Não me dão confiança.
Confiança! Confiança!
Dádiva impensável
nos semblantes fechados,
nos felpudos redingotes,
nos chapéus autoritários,
nas barbas de milénios.
Sigo, seco e só, atravessando
a floresta de velhos.

Carlos Drummond de Andrade

A resposta certa, não importa nada, o essencial é que


as perguntas estejam certas.
Mário Quintana
Agradecimentos

Neste momento tão importante a nível pessoal, e sendo este um culminar de uma etapa, não posso
deixar de agradecer a um conjunto de pessoas que tornaram este sonho possível… Um trabalho não é realizado
só com o empenho e esforço de uma única pessoa… O meu grande e sincero “Muito Obrigado” a todas essas
pessoas que dela fizeram parte…
Em primeiro aos meus Pais, pela ajuda, sacrifício, força e apoio que sempre me deram para concluir esta
etapa.
Um agradecimento muito especial à Professora Doutora Helena Espirito Santo, orientadora da
dissertação, pela paciência, dedicação, compreensão, atenção, profissionalismo, disponibilidade, partilha de
tempo e saber, que me permitiu desenvolver capacidades, consolidar conhecimentos e receber uma diversidade
de novos saberes. Esta tese não teria sido terminada sem a sua ajuda.
Ao meu amigo Simon Fermino pela paciência, tempo disponibilizado, amizade, ajuda e auxilio na
realização deste trabalho que sem ele não teria sido concluído a tempo.
À Dr.ª Isabel Sousa pela ajuda, apoio, simpatia e por toda a sua disponibilidade.
Aos meus amigos e colegas que tiveram sempre uma palavra de incentivo, presenciando e partilhando
inúmeros momentos ao longo desta etapa de vida.
Cumpre-me ainda agradecer por fim, mas não menos importante, a todos os idosos que conheci, que
despenderam o seu tempo para participar nesta investigação. Sem eles nada seria possível.
Resumo

Objetivo: Com esta investigação pretendemos averiguar o impacto de um Programa de


Reabilitação Cognitiva Grupal (PRCG) elaborado de raiz também para analfabetos, no
funcionamento cognitivo e não-cognitivo de idosos sob resposta social. Método: Através de uma
amostra composta por 12 idosos (3 homens e 9 mulheres), com idades compreendidas entre 68 e 89
anos, foi realizado um estudo piloto experimental com base em exercícios práticos de forma a
capacitar os idosos de estratégias compensatórias e por sua vez melhorar as suas capacidades
cognitivas e os seus estados emocionais. O estudo teve por base dois grupos, reabilitado e não-
reabilitado (n = 6 cada), avaliados pré e pós PRCG. Todos os idosos foram submetidos a duas
aplicações da bateria de testes neuropsicológicos, que era constituída pela Mini-Mental State
Examination (MMSE), o Montreal Cognitive Assessment (MoCA), a Frontal Assessment Battery
(FAB), o Geriatric Anxiety Inventory (GAI), o Geriatric Depression Scale (GDS) e a Escala da
Solidão UCLA. A intervenção cognitiva consistiu em dez sessões grupais bi-semanais de 60
minutos cada. Resultados: A comparação pré e pós PRCG, revelou diferenças estatisticamente
significativas tanto a nível cognitivo (MoCA), como a nível executivo (FAB) e emocional (UCLA).
Conclusão: Concluímos que o PRCG é eficaz e tem uma relevante implicação cognitiva, uma vez
que através da sua aplicação é possível estabilizar ou mesmo recuperar as capacidades cognitivas e
executivas, bem como reduzir os sentimentos de solidão.

Palavras-Chave: Envelhecimento, Défice Cognitivo, Reabilitação Cognitiva Grupal, Avaliação


Neuropsicológica, Depressão, Ansiedade, Solidão, Institucionalização.
Abstract

Objective: With this research we intend to investigate the impact of a Cognitive Group Rehabilitation
Program (CGRP) developed from scratch also for illiterate people, on cognitive and not cognitive
functioning elderly cognitive social response. Method: Using a sample of 12 elderly patients (3 men
and 9 women), aged between 68 and 89 years, we conducted a pilot study based on experimental
exercises in order to empower the elderly with compensatory strategies and in turn, to improve their
cognitive abilities and their emotional states. The study was based on two groups, rehabilitated and
non-rehabilitated (n = 6 each), a pre and post assessment of the CGRP. All elderly submitted to two
applications of neuropsychological battery of tests, which consisted of the Mini Mental State
Examination (MMSE), the Montreal Cognitive Assessment (MoCA), the Frontal Assessment Battery
(FAB), the Geriatric Anxiety Inventory (GAI) the Geriatric Depression Scale (GDS) and the
Loneliness Scale UCLA. The cognitive intervention consisted of ten group sessions of 60 minutes
each. Results: The comparison before and after CGRP, revealed statistically significant differences
both at a cognitive (MoCA), executive (FAB) and emotional level (UCLA). Conclusion: We conclude
that CGRP is effective and has a significant cognitive implication, since through its application its
possible to stabilize or even recover cognitive and executive abilities, as well as the feelings of
loneliness.

Keywords: Aging, Cognitive Deficit, Cognitive Rehabilitation Group, Neuropsychological


Assessment, Depression, Anxiety, Loneliness, Institutionalization.
Programa de Reabilitação Cognitivo Grupal e Funcionamento Cognitivo e Não-Cognitivo

Introdução
Com o decorrer do envelhecimento saudável, certas funções cognitivas declinam
naturalmente (World Health Organization, 2005; Wilson, Evans, Emslie, Malinek
1997), tais como a atenção, memória, linguagem e funções executivas (Ávila e Miotto,
2003; Papalia e Olds, 2000; Parente e Taussik, 2002; Stuart-Hamilton, 2002; Yassuda et
al., 2006). Contudo, vários estudos sugerem que no envelhecimento saudável existe a
capacidade de compensação, pelo menos parcial, do declínio cognitivo (Ardila, 2007;
Backman, 1989; Baltes e Baltes, 1990; Dunlosky e Hertzog, 1998; Kirshner, 2002), Esta
capacidade de compensação indica a existência de plasticidade cognitiva (Verhaeghen,
2001).
O envelhecimento bem-sucedido é um conceito que tem ganho importância na
literatura científica (Einstein e McDaniel, 2004; Fillit et al., 2002; Valliant, 2002; Wei e
Levkoff, 2001). A investigação tem mostrado a importância de um nível regular e
constante de estimulação (Dik et al., 2003; Larson et al., 2006; Rosenzweig e Bennett et
al., 1996; Rovio et al., 2005; Teri et al., 2003). O exercício cognitivo regular promove
significativamente o desempenho cognitivo, permite também manter as capacidades
cognitivas (Ball et al., 2002; Dunlosky e Hertzog, 1998; Floyd e Scogin, 1997;
Goossens, 1992; O´Hara et al., 2007; Verhaeghen, Marcoen e; Willis et al., 2006),
facilita a execução de tarefas de vida diária e melhora o funcionamento executivo (Ball
et al., 2002; Carvalho, 2006; Lasca, 2003; Levine et al., 2007; O´Hara et al., 2007;
Souza e Chaves, 2006; Stuss et al., 2007; Valentijn et al., 2005; Willis et al., 2006;
Yassuda et al., 2006). Os efeitos do exercício cognitivo regular são estáveis, pois
permitem maximizar o potencial cognitivo e impedir a deterioração (Acevedo e
Loewenstein, 2008); estes efeitos são mesmo superiores aos benefícios medicamentosos
(Knapp et al., 2006; Spector, Woods e Orrell, 2008).
Em contraste com o envelhecimento bem-sucedido, e devido a razões várias,
[idades muito avançada, sexo feminino, baixa escolaridade e isolamento social
(Buchman et al., 2010; Fritch, McClendon, Smyth e Ogrocki, 2002; Stein et al., 2012)]
o declínio cognitivo, as doenças neurodegenerativas e, em particular a demência, têm
vindo a aumentar (Burns e Zaudigm 2002; Charchat-Fichman, Caramello, Sameshima, e
Nitrini, 2005; Freitas, Simões, Martins, Vilar e Santana, 2010; Peterson, 2004, 2010;
Wimo e Prince, 2010), estimando-se que existam em todo o mundo 35,6 milhões de
pessoas com demência (Wimo e Prince, 2010). Em Portugal, os números de demência

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rondam os 50.000 (Santana, 2005) e os números do défice/declínio situam-se entre os


9,6% a 36,4% dos idosos (Nunes et al., 2004, 2010; Paul e Ribeiro, 2010). Outras
razões para um envelhecimento mal-sucedido e que aumentam o risco de défice
cognitivo/demência incluem a sintomatologia psiquiátrica e a institucionalização
(Ganguli, Du, Dodge, Ratcliff e Chang, 2006; Naismith, e Scott, 2007; Spitznaget et al.,
2006; Stewart, 2004). Os sintomas psiquiátricos advêm muitas vezes do stress físico e
emocional inerente à incapacidade em lidar com as alterações geriátricas (Balcombe, e
Sinclair, 2001; Firmino, 2006; Fontaine, 2000; Jacob e Souza, 1994), sendo
acompanhada por sentimentos de inutilidade, sedentarismo, queixas somáticas (Adak et
al., 2004; Alvarez, e Sicilia, 2007; Angel, Vigen, Mack, Clark, e Gatz, 2006; Elias,
Robbins, e Budge, 2004; Garcia et al., 2006; Gotlob, e Joorman, 2010; Nilsson, 2006;
Oliveira et al., 2008; Paúl e Fonseca, 2005; Stella et al., 2002), isolamento e
sentimentos de solidão (DiTommaso et al., 2004; Nunes, 2008; Zimerman, 2000),
podendo ser fatores de risco de défice cognitivo ou mesmo demencial (Ganguli, Du,
Dodge, Ratcliff e Chang, 2006; Naismith, e Scott, 2007; Spitznaget et al., 2006;
Stewart, 2004). A institucionalização acarreta a privação de objetos de vida (Júnior e
Tavares, 2005), sentimentos de abandono (Born, 1996), perda da sua privacidade,
atividade social e apoio emocional (Barroso, 2006; Russo, 2008; Vaz, 2009). O ISMT
tem em curso um programa de intervenção junto de instituições que dão resposta social
a idosos. As instituições em que o projeto TE1 decorreu, na sua maioria, não dispõem de
serviços de avaliação, nem de intervenção que permitam atuar nas alterações cognitivas
ou emocionais. Assim, pelo impacto emocional, familiar e económico que o défice
cognitivo/demência envolve (Sousa, Mendes e Relvas, 2007; Tamai, 2002; Veras et al.,
2007), a reabilitação neuropsicológica (RN) assume um papel de extrema importância
(Garrido e Menezes, 2004), não só na estabilização do processo demencial, como
também na recuperação de défice cognitivo (Arkin, 2001; Bird, 2001), e ainda na
aquisição de um melhor nível funcionamento social, físico e emocional (D´Almeida et
al., 2004; Clare e Woods, 2001; Clare, Woods, Moniz-Cook, Spector e Orrell, 2003;
McLellan, 1991). A RN consiste em tratamento psicossocial envolvendo treino
cognitivo estruturado e tratamento das alterações comportamentais, relacionais e

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TE - Trajetórias do Envelhecimento de Idosos em Resposta Social: Estudo dos Fatores
Preditivos do Envelhecimento Saudável e da Demência

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emocionais (Burgio et al., 2001, 2002; Clare e Woods, 2003; De Vreese et al., 2001;
Revisão de Olazarán et al., 2010). Segundo Prigatano (1997), a RN inclui cinco
componentes: a reabilitação cognitiva, psicoterapia, estabelecimento de um ambiente
terapêutico, educação e estabelecimento de uma aliança de trabalho com o paciente e
com a família. Na última década, a investigação na área de RN tem, de facto,
demonstrado o seu papel no atraso do processo demencial (ainda que de curta duração)
e na melhoria comportamental/emocional (mais duradouro) (Gerber et al., 1991;
Higginbotham, 1983; van Hooren, 2007; Metitieri et al., 2001; Niu et al., 2010;
Sachdev, 2009; Teixeira et al., 2011; Tsolaki et al., 2011; Valentijn, 2005; Valenzuela e
Zanetti et al., 1995; Wallis, Batdwin; Raes, Williams e Hermans, 2009). Aos benefícios
da RN acrescenta-se a vantagem de ser menos custosa e de ser potencialmente alargada
através de materiais ou manuais escritos (Moniz-Cook, Vernooij-Dassen, Woods e
Orrell, 2011). A RN tem sido aplicada principalmente em sessões individuais, mas
também em sessões grupais, quer em contexto comunitário, centros de dia, lares ou
cuidados continuados (Revisão de Olazarán et al., 2010).
A investigação tem também demonstrado que a RN deve obedecer a critérios
chave: obedecer a um planeamento por objetivos (Clare, Linden e Woods, 2010; Clare,
Evans, Parkinson, Woods e Linden, 2011; Levack et al., 2006); repetir exercícios
(Clare, Wilson, Corter e Hodges, 2003; Diálogo de Prigatano, 1997); estimular várias
funções (“estimulação global”, Farina et al., 2006; Tsolaki et al., 2011); usar materiais
ecológicos com atividades familiares (Cavallini, Pagnin e Vecchi, 2003); incluir
exercícios que ajudem a combater a depressão (McDougall, 2001; Revisão de Wilson,
1998), e re-orientar o idoso para o ambiente através de estimulação contínua (Zanetti et
al., 1995).
Na avaliação do impacto de RN é essencial, incluir medidas cognitivas e não-
cognitivas (Jean, Bergyron, Thivierge e Simard, 2010; Niu, 2010; Piccolini, Amadio,
Spazzafumo, Moroni e Freddi, 1992), usar medidas com baixa variância (Rockwood,
Joyce e Stolee, 1997), incluir grupo de controlo, escolher os sujeitos de forma aleatória,
ter um formato cego, selecionar medidas de pós-reabilitação, adesão ao tratamento e ter
relevância teórica (Levine e Dowrey-Lamb, 2002).
Segundo o manifesto de Moniz-Cook, Vernooij-Dassen, Woods e Orrell (2011,
p.283), poucas intervenções psicossociais na demência atingiram o estádio de avaliação
rigorosa e ainda menos intervenções têm sido implementadas de forma disseminada.
Face aos números de demência (Santana, 2005), aos números do declínio cognitivo em

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Portugal, (Nunes et al., 2004, 2010; Paul e Ribeiro, 2010), e à escassa investigação, a
necessidade de implementar programas de intervenção tornou-se premente.
Perante as vantagens emocionais, sociais e económicas de implementação de um
programa de reabilitação grupal, são assim nossos objetivos: 1) criar um programa de
reabilitação grupal estruturado por objetivos, que também ajudem a combater a
depressão e que possam ser realizados por pessoas com e sem escolaridade; 2) aplicar o
programa a um grupo de idosos escolhidos de forma aleatória que tenham condições
para aderir ao tratamento, fazendo-o de forma a que o avaliador inicial não seja, nem
quem vai implementar o PRCG, nem o que vai fazer a reavaliação; 3) depois, e como
objetivo principal, queremos avaliar o impacto e a eficácia do PRCG aplicado em dez
sessões no funcionamento cognitivo, na sintomatologia ansiosa, depressão e
sentimentos de solidão; 4) finalmente queremos averiguar se as eventuais melhorias nos
aspetos emocionais explicam as melhorias previsíveis na cognição.

Materiais e Métodos
Desenho da Investigação
Esta investigação consiste num estudo piloto e experimental com uma
metodologia que utiliza questionários de resposta direta administrados em amostras de
conveniência da população recolhida no lar de Santo António da Cáritas Diocesanas de
Coimbra.

Participantes
A nossa amostra é constituída por 12 idosos sob resposta social dos quais três
(25%) são do sexo masculino e nove (75%) do sexo feminino com média de 81,92 anos
(DP = 6,26), com idades compreendidas entre 68 e 89 anos. Dividimos aleatoriamente a
amostra em dois grupos, o grupo reabilitado e o grupo não reabilitado. Na Tabela 1
apresentamos as características sociodemográficas da amostra e as comparações pelos
dois grupos. No que diz respeito ao Estado Civil foi dividido em três categorias,
solteiros (n = 3; 25%), divorciados (n = 1; 8,3%) e viúvos (n = 8; 66,7%). Esta
categorização superior a dois grupos deveu-se à ausência de idosos com companheiro.
A amostra ficou equilibrada a nível da escolaridade, sendo seis (50%) analfabetos e seis
(50%) com menos de quatro anos de escolaridade.

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Tabela 1. Caracterização Sociodemográfica da Amostra de idosos (N = 12).


Total Reabilitado Não Reabilitado X2/U P

N % M DP n % M DP n % M DP

Idade 12 81,92 6,26 6 82,83 7,94 6 81,00 4,60 11,50 0,295


a
Sexo _ _a

Masculino 3 25,0 3 25,0 0 0

Feminino 9 75,0 3 25,0 6 50.0

Estado Civil _a _a

Solteiro(a) 3 25,0 2 16,7 1 8.3

Divorciado(a) 1 8,3 0 0 1 16,7

Viúvo(a) 8 66,7 4 33,3 4 33,3

Escolaridade _a _a

Analfabeto(a) 6 50,0 4 33,3 2 16,7

[1-4] anos 6 50,0 2 16,7 4 33,3

Notas: M = média; DP = desvio-padrão; p = significância;


a
O Qui-quadrado não pode ser completado pois o numero de células com frequência esperada menor que cinco é inadequada.

Metodologia
Âmbito Geral do Estudo
Esta dissertação de Mestrado está inserida no Projeto de Investigação O Papel
de um Programa de Reabilitação Cognitivo Grupal no Funcionamento Cognitivo e não
Cognitivo de Idosos sob Resposta Social, cujo principal objetivo foi proceder à criação
e elaboração científica de um programa de intervenção que engloba diferentes técnicas
de estimulação cognitiva. Este programa de reabilitação cognitiva, tem como objetivo
promover uma estimulação adequada e constante do cérebro dos idosos (mesmo em
analfabetos), e produzir mudanças favoráveis tanto na sua estrutura como no seu
funcionamento. Este projeto está a decorrer no Instituto Superior Miguel Torga (ISMT)
com parceria com o Centro de Estudos da População Economia e Sociedade e surgiu da
necessidade de acompanhar os idosos institucionalizados que participaram e irão
participar ao longo do anterior projeto de investigação TE, também a decorrer no ISMT
e que tinha como objetivo principal o rastreio cognitivo, a avaliação e a caracterização
da população idosa que se encontra em resposta social no distrito de Coimbra.

Procedimentos

A Cáritas Diocesanas de Coimbra, sendo uma instituição que fornece resposta


social à população idosa no distrito de Coimbra e onde o autor desta dissertação fez o

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estágio, foi contactada por carta com a descrição detalhada do PRCG (Anexo 0) e das
suas potencialidades. Após este contacto inicial, e aproveitando o protocolo de parceria
já desenvolvido entre a instituição e o ISMT, foi possível proceder à administração da
bateria de testes que iremos descrever de seguida. Note-se que nesta instituição não há,
nem psicólogo, nem qualquer estimulação cognitiva estruturada. Esta instituição
caracteriza-se ainda por um ambiente que podemos designar como pouco complexo: a
estimulação é reduzida à visualizações dos mesmos programas televisivos; os idosos
podem optar por participarem em jogos lúdicos pouco estimulantes e automatizados
(sueca, dominó), por colorir desenhos básicos, ou ainda por participar em sessões de
ginástica semanais. Antes do início do processo de avaliação, os idosos foram
contactados um a um e informados do projeto, auscultados sobre o seu desejo ou não
em participar, assegurando-lhe que poderiam interromper a colaboração a qualquer
momento, tendo a sua confidencialidade preservada. Todos os idosos assinaram o termo
de consentimento informado (Anexo 1). A avaliação decorreu entre Novembro de 2010
e Julho de 2012. Avaliámos cada idoso com uma bateria de testes que se dividiu em três
sessões. Na primeira sessão, entre Dezembro de 2010 e Janeiro de 2012, alunos do 2º
ano do 1º ciclo aplicaram o MMSE, o GAI, a GDS, a SWLS e o PANAS, demorando
aproximadamente 30 minutos cada. A segunda sessão desenvolveu-se a par com a
primeira (entre Dezembro de 2010 e Janeiro de 2012), tendo sido levada a cabo por
alunos do 1º ano do 2º ciclo. Cada segunda sessão demorou cerca de 60 minutos e
abrangeu o MoCA, a Figura Complexa de Rey, os três testes de Fluência Verbal, o teste
Stroop, o Rey 15-item e o Teste do troco e do dinheiro. Por fim, entre Janeiro e Março
de 2012 efetuamos a terceira sessão, onde aplicámos a FAB, a UCLA e o QSTI. No fim
de cada avaliação, procedeu-se à cotação das escalas aplicadas e à inserção de dados
num sistema informático.
De seguida, elaborámos o PRCG entre Novembro de 2011 e Março de 2012 com
base nos cadernos de Alzheimer de Pais e Nunes (2006), na revisão de literatura (Jean,
Bergeron, Thivierge e Simard, 2010 e Wenisch et al., 2007) e em discussões de equipa.
A elaboração do programa ocorreu a par com a nossa avaliação inicial. Nessa
elaboração procurou criar-se exercícios que se direcionassem, quer a idosos com
funcionamento cognitivo normal (prevenção), quer com défice cognitivo (tratamento).
Procurou centrar-se nas dimensões cognitivas que são exigidas nas atividades da vida
diária do ser humano, incluindo na sua elaboração situações e objetivos próximos do
quotidiano. Procurou-se que variasse sessão para sessão, quer em materiais, quer em

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procedimentos. Procurou-se que abordasse processos cognitivos variados para eliminar


possível cansaço/saturação dos idosos. E construiu-se de forma a que cada sessão se
iniciasse com um exercício de aquecimento/ativador que se traduziu em técnicas de
reminiscência para fomentar a motivação e aumentar a autoconfiança. Seguindo-se
exercícios de intervenção cognitiva, a nível da atenção, memória, linguagem, gnosias,
praxias e funções executivas. Considerámos que no final de cada sessão se deveria
aplicar um exercício de linguagem expressiva que permitisse descontração social e
redução de alguma ansiedade por parte dos idosos. Elaborámos o programa para dez
sessões na totalidade, de 90 minutos cada, para acompanhar ritmos diferentes de cada
idoso, já que estas foram planeadas para 60 minutos de atividade cognitiva real.
Na seleção dos idosos usámos como critérios de exclusão condições físicas que
comprometessem a participação total no programa de intervenção; idade inferior a 65
anos e indisponibilidade para comparecer a todas sessões de reabilitação. Todos os
outros idosos foram considerados elegíveis e selecionados aleatoriamente. Depois a
nossa amostra foi dividida aleatoriamente em dois grupos, cada um com seis idosos. O
grupo reabilitado foi submetido ao programa de reabilitação grupal. O grupo não-
reabilitado ficou incluído em lista de espera. O PRCG prolongou-se ao longo de cinco
semanas, com duas sessões de reabilitação por semana. No final, numa segunda fase da
avaliação, os dois grupos de idosos, reabilitados e não-reabilitados, foram reavaliados
com os mesmos instrumentos neuropsicológicos. Na presente dissertação de mestrado
recorremos apenas ao MOCA e MMSE para avaliar a presença ou ausência de défice
cognitivo; a FAB para avaliar as funções executivas; e o GAI, a GDS e a UClA para
avaliar a sintomatologia ansiosa, depressiva e sentimentos de solidão respetivamente.
Instrumentos
A Escala de Depressão Geriátrica (GDS, Geriatric Depression Scale; Yesavage
et al., 1983) é a única escala de depressão desenvolvida e direcionada especificamente
para a população idosa (Anexo 2). Esta escala é encarada como a escala de rastreio mais
completa para avaliar a depressão geriátrica (Baldwin e Wild, 2004). Na versão original
de 30 itens (escala que usámos) a pontuação total varia entre zero e 30, com cada item
pontuado com zero ou um. Cotou-se como resposta afirmativa nos itens 2-4, 6, 8, 10-14,
16-18, 20, 22-26 e 28 com um ponto. Uma resposta negativa nos itens 1, 5, 7, 9, 15, 19,
21, 27, 29 e 30 vale um ponto. As suas propriedades psicométricas estão asseguradas, com
um alfa de Cronbach de 0,94 e com um kapa de 0,94 (Coleman et al., 1995). A GDS, em
Portugal, foi validada pelo Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências, em

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que os pontos de corte propostos adoptam as indicações dos autores da escala cotando-se os
resultados de 0 a 10 pontos como normal, de 11 a 20 pontos como depressão ligeira e de 21 a
30 pontos como depressão grave (Barreto, Leuschner, Santos e Sobral, 2003). A aplicação da
GDS foi aplicada para excluir os sintomas depressivos como fatores que influenciam a
relação entre reabilitação e a progressão das demências cognitivas.
O Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI; Geriatric Anxiety Inventory;
Pachana et al., 2007) foi desenvolvido como um instrumento breve para avaliar a
ansiedade da população idosa (Anexo 3). É um teste de 20 itens de resposta rápida, em
que o idoso pode concordar ou discordar das afirmações apresentadas. Todos os itens
referem-se sempre à última semana vivida pelo idoso(a), tendo como permissíveis
opções de resposta concordo (1 ponto) ou discordo (0 pontos). Tem como pontuação
mínima 0 pontos e máxima 20 pontos (Boddice, Pachana, e Byrne, 2008; Diefenbach,
Tolin, Meunier, e Gilliam, 2009; Martiny, Silva, Nardi, e Pachana, 2010; Pachana et al.,
2007). Esta escala é acessível a todos os níveis de escolaridade, ou de comprometimento
cognitivo leve (Rozzini, 2009). No estudo original de Pachana e colaboradores em 2007,
o GAI apresentou boas propriedades psicométricas e permitiu discriminar entre controlos
normais e pacientes com amostra psicogeriátrica, mostrou boa consistência interna em
idosos saudáveis (α = 0,91), e em amostra psicogeriatrica (α = 0,93), demonstrou
fidelidade teste-reteste (1 semana r = 0,91), fidelidade interobservadores (κ = 0,99). Em
relação à validade de critério indica o ponto de corte de 10/11, para transtorno de
ansiedade generalizada na amostra psicogeriátrica, com sensibilidade de 75% e
especificidade de 84% (Pachana et al., 2007). O GAI foi validado e adaptado para a
população portuguesa por Ribeiro, Paúl, Simões e Firmino em 2011. Estes autores
determinaram os valores 8/9 como ponto de corte para detetar sintomas graves de ansiedade.
A Avaliação Breve do Estado Mental (MMSE; Folstein et al., 1975) é naturalmente
o instrumento mais utilizado mundialmente para avaliar as funções cognitivas (Anexo
4). É um teste com uma durabilidade baixa, entre 5 a 10 minutos que fornece
informações sobre diferentes parâmetros cognitivos. O MMSE está agrupado em 7
categorias distintas: orientação espacial (5 pontos), orientação temporal (5 pontos),
atenção e cálculo (5 pontos), retenção de 3 palavras (3 pontos), evocação das 3 palavras
(3 pontos), capacidade construtivo visual (1 ponto) e linguagem (8 pontos). A
pontuação do MMSE pode variar de um mínimo de 0 pontos (elevado grau de défice
cognitivo) a um máximo de 30 pontos, equivalente á melhor capacidade cognitiva
(Folstein, Folstein, e McHugh, 1975). É um teste de rastreio para o défice cognitivo e

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não um teste de diagnóstico de demência (Folstein, 1998). Ao longo dos anos, em


diversas investigações, o MMSE revelou uma consistência interna que variou entre
pobre (0,54) e excelente (0,96) (Tombaugh e Mclntyre, 1992). O ponto de corte mais
utilizado para indicar défice cognitivo é 24, sendo sugerido por alguns autores para
aumentar a sensibilidade para o défice cognitivo leve, o ponto de corte 25 (Kay et al.,
1985). O ponto de corte passou a ser definido conforme a escolaridade, para reduzir a
perda de casos entre as pessoas de educação mais elevada e gerar menos falsos positivos
entre os que possuem um grau educacional inferior (Murden, McRae, Kaner, e
Bucknam, 1991). Para a população portuguesa os pontos de corte referenciados para se
considerar que manifesta défice cognitivo são de menos ou igual a 15 para analfabetos,
menos ou igual a 22 para indivíduos com 1 ou 11 anos de escolaridade e menor ou igual
a 27 para indivíduos com escolaridade superior a 11 anos (Folstein et al., 1975). De
acordo com Lezak, Howieson e Loring (2004), o MMSE apresenta alta fidedignidade
teste-resteste (após um período de quatro semanas) (r = 0,99) e boa concordância inter-
avaliadores (entre clínicos gerais e entre neuropsicológicos) (κ = 0,86) (Pezzoti,
Mastromattei e Di Lallo, 2008). Num estudo de Morgado, Rocha, Guerreiro e Martins
(2009), as pontuações médias foram de 25,16 ± 2,16 para 0-2 anos de literacia; 27,82 ±
1,78 para 3-6 anos e 29,05 ± 1,11 para mais de 7 anos de escolaridade, sendo na amostra
total de 28,05 (DP = 1,93) apresentando o teste um valor moderado de consistência
interna (α de Cronbach = 0,46).
O Montreal Cognitive Assessment (MOCA; Nasreddine et al., 2007) é um teste
neuropsicológico breve (10 min), de fácil utilização (Anexo 5), que foi construído e
aperfeiçoado para colmatar a pouca sensibilidade do Mini-Mental (MMSE) em
distinguir indivíduos com ligeiro défice cognitivo de indivíduos idosos normais
(Nasreddine, Phillips, Béridian, Charbonneau, e Whitehead, 2007). É um instrumento
com um método rápido, pratico e eficaz, usado principalmente em doentes com
pontuações entre 24 a 30 pontos no MMSE na detecção do défice cognitivo leve. É
constituído por um protocolo de 11 exercícios que pretendem avaliar oito domínios
cognitivos: funções executivas, linguagem, atenção e concentração, memória,
capacidade de abstração, capacidades visuo-construtivas, cálculo e orientação (Smith,
Gildeh, e Holmes, 2007). Comparativamente ao Mini-Mental (MMSE), o MoCA avalia
mais funções cognitivas e apresenta itens com maior nível de complexidade (Freitas et
al., 2010). O MoCA tem uma pontuação máxima de 30 pontos, com ponto de corte de 26,
sendo uma pontuação igual ou superior a 26 considerada normal, podendo ser mais útil para

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medir as mudanças cognitivas pós-reabilitação (Sweet et al., 2011). Apresenta uma elevada
consistência interna, com um alfa de Cronbach de 0,83 (Nasreddine, Phillips, e Bedirian, 2005).
A Frontal Assessment Battery (FAB; Dubois, Slachevsky, Litvan e Pillon, 2000)
foi construída por seis subtestes com o intuito de permitir a exploração de domínios
cognitivos e comportamentais do lobo frontal (Anexo 6), sendo também delineada como
tendo em vista a heterogeneidade anátomo-funcional das funções executivas (Dubois,
2000). Cada subteste apresenta a mesma pontuação, sendo esta cotada entre zero e três,
com o total a variar entre zero (pior resultado) e 18 (melhor resultado) (Dubois et al.,
2000; Lima et al., 2008; Matsui et al., 2006; Oguro et al., 2006), indicando a presença
ou não de disfunção executiva e a sua gravidade (Lima et al., 2008). É um instrumento
de rastreio cognitivo (Moura, 2008), de fácil e rápida administração (dez min) que pode
ser administrada por qualquer profissional (Dubois, 2000). A FAB está aferida para a
população portuguesa por Lima e Colaboradores (2008) e explora as funções dos
lóbulos frontais através de seis subtestes: flexibilidade mental, conceptualização,
sensibilidade à interferência, programação, autonomia ambiental e controle inibitório
(Rodrigues, 2009). Na investigação original (Dubois, 2000), a FAB tem boa consistência
interna (α = 0,78) e uma boa validade convergente [FAB relacionado com o Mattis
Dementia Rating Scale (r = 0,82) e com Wisconsin Card Sorting Test (r = 0,77)].
A Escala de Solidão da UCLA (Russel, Replau, e Ferguson, 1978) é constituída
por 20 itens com o objetivo de avaliar os sentimentos subjetivos de solidão ou
isolamento social (Anexo 7). A versão portuguesa da escala está validada para a
população idosa e inclui 16 itens estando formulada com quatro alternativas de resposta
categorizadas em: nunca (1), raramente (2), algumas vezes (3) e frequentemente (4)
(Pocinho, Farate, Amaral Dias, Lee e Yesavage 2009). Todas as frases foram
formuladas negativamente, de forma a refletirem a frequência dos sentimentos de
solidão. A pontuação média na versão portuguesa foi de 30,8; o ponto de corte foi de 32
(significando que a pontuação acima deste valor corresponde a presença de solidão e
abaixo deste valor a ausência de solidão); a análise fatorial mostrou a existência de dois
fatores (isolamento social e afinidade). As propriedades psicométricas revelaram-se
adequadas (κ = entre 0,8 e 1; escala total: α = 0,91; subescala isolamento: α = 0,87;
subescala afinidade: α = 0,81).

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Análise Estatística
Para a análise estatística foi utilizado Statistical Package for the Social ciences
(SPSS), versão 19.0 para Windows Vista SPSS Inc., 2011. As variáveis de critério foram a
presença ou ausência de indicadores de demência avaliados pelo MMSE, o declínio cognitivo
medido pelo MoCA, o funcionamento cognitivo medido pela FAB, a sintomatologia ansiosa
avaliada pelo GAI, a sintomatologia depressiva estimada pelo GDS e os sentimentos de
solidão medidos pela UCLA. Foram analisados os resultados das mesmas escalas nos dois
grupos de idosos (reabilitados e não-reabilitados) antes e depois da aplicação do PRCG.
Comparámos os dois grupos, reabilitado e não reabilitado, através das médias das pontuações
nas variáveis de critério (MMSE total e suas subescalas, MoCA total, GAI total, GDS total,
FAB total e UCLA total). Para o efeito utilizámos o Teste U de Man-Whitney para duas
amostras independentes no caso do MMSE total e suas subescalas, e o Teste t de Student para
as restantes variáveis de critério. Para proceder à comparação da média dos dois grupos
(Reabilitado e Não-Reabilitado) nos dois momentos de avaliação (Inicio e Fim), foi utilizado
o Teste t de Student para amostras emparelhadas para as cinco variáveis com distribuição
normal (MoCA, GAI, GDS, FAB, UCLA) para comparar as médias dos dois grupos antes e
depois da reabilitação. Com o mesmo propósito, nas medidas cuja distribuição não era
normal, mas era simétrica (MMSE total e suas subescalas), usámos o Teste Wilcoxon para
detetar diferenças significativas entre as pontuações médias dos dois grupos. Recorremos
também à análise da covariância (ANCOVA) para comparar as médias das pontuações dos
dois grupos de idosos (Reabilitado e Não-Reabilitado) depois da reabilitação. Para esta
análise, asseguramo-nos que os seus pressupostos não eram violados (normalidade,
linearidade, homogeneidade das retas de regressão e medição valida da covariável). O
pressuposto da linearidade da reta de regressão foi assegurado em todas as provas, exceto no
MMSE e nas suas subescalas. No entanto, como a ANCOVA é robusta a esta violação
quando há apenas um fator (a Reabilitação), podemos avançar com o tratamento estatístico
(Maroco, 2003). Por fim realizámos a ANCOVA de dois fatores, para verificar se os
sentimentos de solidão influenciavam a eficácia da reabilitação cognitiva.

Resultados
Na Tabela 2 apresentámos as diferenças das pontuações médias iniciais do
MMSE, do MoCA, da FAB, do GAI, do GDS e da UCLA, em dois grupos de idosos, um
grupo que irá ser submetido ao Programa de Reabilitação e outro Grupo que não será

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Reabilitado. Os resultados obtidos demonstram que não há diferenças estatisticamente


significativas entre os dois grupos quanto à sua sintomatologia ansiosa e depressiva; aos
sentimentos de solidão; ao seu funcionamento cognitivo e quanto ao défice cognitivo,
medidos pelo GAI, GDS, UCLA, FAB, MMSE e MoCA respetivamente (p < 0,05).

Tabela 2. Comparações das Pontuações Médias Iniciais de Várias Provas Cognitivas e


Emocionais de Um Grupo de Idosos Reabilitado e Outro Grupo que Não-Reabilitado.

Grupo Reabilitado Grupo Não Reabilitado


Testes Neuro Áreas
(n = 6) (n = 6) t/U p
Psicológicos Avaliadas
M DP M DP
MMSE Total 22,33 7,20 23,00 6,54 17,00 ۵ 0,871
Atenção 3,75 2,50 2,50 2,43 8,00 ۵ 0,356
۵
Memória 4,50 1,76 5,00 1,27 14,50 0,554
۵
Linguagem 7,33 1,21 7,00 1,67 17,00 0,869
Orientação 8,00 2,28 8,50 2,35 14,50 ۵ 0,554

MoCA Total 11,17 4,79 17,00 3,54 2,25 0,051
FAB Total 8,83 3,06 11,00 3,46 1,15 † 0,278

GDS Total 12,80 6,30 17,17 4,17 1,38 0,201
GAI Total 12,67 4,68 14,33 3,27 15,50 † 0.686
۵
UCLA Total 43,83 5,78 42,33 7,74 15,00 0,629
Notas: MMSE = Mini Mental State Examination; MoCA = Montreal Cognitive Assessment; FAB = Frontal Assessment Battery;
GAI = Geriatric Anxiety Inventory; GDS = Geriatric Depression Scale; UCLA = Escala da Solidão.
*Diferencas significativas ao nivel de 0,05
۵
Teste U de Man-Whitney usado na comparação de dois grupos.

Teste t de Student usado na comparação de dois grupos.

As pontuações totais do MoCA, da FAB, do GAI, da GDS, da UCLA, do MMSE e


das suas subescalas para os dois grupos (um submetido ao PRCG e outro não reabilitado) em
dois momentos distintos de avaliação (inicio e fim), são expostas na Tabela 3. As diferenças
estatisticamente significativas encontradas são assinaladas no quadro a negrito (p < 0,05).
Da análise da Tabela 3 e com auxílio visual facilitado pelas Figuras 1-6,
podemos constatar que o teste não paramétrico de Wilcoxon não revelou um aumento
estatisticamente significativo das pontuações médias do MMSE total obtido depois do
PRCG (Z = 1,83; p = 0,068); nem em nenhuma das suas subescalas, Atenção (Z = 0, p
= 1), Memória (Z = 1,89; p = 0,059), Linguagem (Z = 0,38; p = 0,705) e Orientação (Z
= 1,84; p = 0,066).

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Com o intuito de entender as pontuações referentes à evolução cognitiva medida


pelo MMSE Total e as suas subescalas, constatámos que apesar de os valores
alcançados não serem estatisticamente significativos no grupo reabilitado, estes eram na
sua maioria representativos de uma pequena melhoria ou da estabilização da capacidade
cognitiva. O mesmo não se verificou no grupo não reabilitado onde as suas pontuações
médias diminuíram. Os resultados obtidos nos dois grupos tiveram como exceção a
subescala do MMSE Atenção, onde o grupo reabilitado apresentou uma leve diminuição
da sua pontuação média e no grupo não-reabilitado essa mesma pontuação média teve
um aumento pouco ou nada significativo.
Através do teste t de Student para amostras emparelhadas observamos que
existem diferenças significativas entre o momento inicial e o momento final nas
pontuações médias do grupo reabilitado no MoCa total (t = 5,28; p = 0.003).
As pontuações médias do FAB total foram significativamente diferentes tanto no
grupo reabilitado como no grupo não-reabilitado, no entanto no grupo reabilitado
(Início: M = 8,83; Final: M = 12,67; p= 0,000) foram significativamente superiores,
enquanto que no grupo não reabilitado os valores foram significativamente inferiores
(Início: M =11,00; Final: M =9,67; p = 0,010).
Através do mesmo teste paramétrico (das pontuações médias do GDS Total),
observámos um aumento nos dois grupos em estudo. No entanto esse aumento só foi
estatisticamente significativo no grupo não-reabilitado (t = 2,88; p < 0,001).
Presenciámos um aumento estatisticamente significativo dos valores médios do
GAI no grupo não reabilitado (t = 2,80; p = 0,038), sendo observável uma significativa
diminuição no grupo reabilitado, não sendo esta significativa.
Em relação aos sentimentos de solidão dos dois grupos nos dois momentos de
avaliação, constatámos que tanto o grupo reabilitado (Z = 2,21; p = 0,027) como o
grupo não reabilitado (Z = 2,02; p = 0,043), obtiveram resultados significativos. No
entanto o grupo reabilitado melhorou (as pontuações desceram) e o grupo não
reabilitado piorou (as pontuações subiram).

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Tabela 3. Comparações das Pontuações Médias em Dois Momentos de Avaliação com


o Mini Mental State Examination (MMSE), o Montreal Cognitive Assessment (MoCA),
a Frontal Assessment Battery (FAB), a Geriatric Anxiety Inventory (GAI), a Geriatric
Depression Scale (GDS) e a Escala de Solidão (UCLA), de Dois Grupos de Idosos, um
Grupo Reabilitado (GR) e um Grupo Não Reabilitado (GNR).
Inicio Fim
Testes Neuro Áreas (n = 6) (n = 6)
Grupos t/Z p
Psicológicos Avaliadas
M DP M DP
Z
Total GR 22,33 7,20 25,33 3,72 1,83 0,068
Z
GNR 23,00 6,54 21,00 7,04 1,81 0,071
Z
Atenção GR 3,75 2,50 3,00 2,74 0,00 1,000
Z
GNR 2,50 2,43 3,00 2,45 0,82 0,414
MMSE 4,50 1,76 5,83 0,41 Z
0,059
Memória GR 1,89
Z
GNR 5,00 1,27 4,50 1,38 1,73 0,083
Z
Linguagem GR 7,33 1,21 7,50 0,55 0,38 0,705
Z
GNR 7,00 1,67 6,17 1,60 1,89 0,059
Z
Orientação GR 8,00 2,28 9,50 0,84 1,84 0,066
Z
GNR 8,50 2,35 8,33 2,34 0,45 0,655

MoCA Total GR 11,17 4,79 17,67 6,68 5,28 † 0,003



GNR 17,00 3,54 14,50 8,41 0,18 0,868

FAB Total GR 8,83 3,06 12,67 2,58 8,03 0,000

GNR 11,00 3,46 9,67 3,20 4,00 0,010

GDS Total GR 12,80 6,30 15,17 6,65 1,15 0,315

GNR 17,17 4,17 22,67 1,75 2,88 0,035

GAI Total GR 12,67 4,68 12,50 7,23 0,07 0,950

GNR 14,33 3,27 18,00 3,63 2,80 0,038
Z
UCLA Total GR 43,83 5,78 40,67 6,68 2,21 0,027
Z
GNR 42,33 7,74 52,00 6,45 2,02 0,043
Notas: MMSE = Mini Mental State Examination; MoCA = Montreal Cognitive Assessment; FAB = Frontal Assessment Battery;
GAI = Geriatric Anxiety Inventory; GDS = Geriatric Depression Scale; UCLA = Escala da Solidão.

Teste t de Student para amostras em pares.
Z
Teste de Wilcoxon para amostras em pares.

Para uma melhor análise visual, seguem-se as Figuras 1-6 que descrevem a
evolução das pontuações médias dos dois grupos de idosos, reabilitados e não-
reabilitados, conforme a capacidade cognitiva, funcional e emocional avaliada.

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25 30
20 25
U = 17,00 F = 10,27
t = 2,25 15
F = 9,97 20
10 15
10
5
5
0 0
Início Fim Início Fim

Reabilitado Reabilitado
Não Reabilitado MoCA total Não Reabilitado MMSE total
Figura 1. Gráfico demonstrativo da evolução em 18 meses da pontuação média do MoCA total e do MMSE total nos
dois grupos, Reabilitado (n = 6) e Não Reabilitado (n = 6). (*p < 0,05; **p < 0,01; ***p < 0,001; ; U= teste U de
Mann-Whitney; Z= teste Z de Wilconxon ; F= ANCOVA).

4 7
U = 8,00 6
3 F = 0,64 U = 14,50 5 F = 7,35
2 4
3
1 2
1
0 0
Início Fim Início Fim

Reabilitado Reabilitado
Não Reabilitado MMSE Atenção Não Reabilitado MMSE Memória

Figura 2. Gráfico demonstrativo da evolução em 18 meses das pontuações médias das subescalas do MMSE Atenção
e Memória nos dois grupos, Reabilitado (n = 6) e Não Reabilitado (n = 6). (*p < 0,05; **p < 0,01; ***p < 0,001; U=
teste U de Mann-Whitney; Z= teste Z de Wilconxon ; F= ANCOVA).

10 12
Z = 0,38 Z = 1,84
U = 17,00
8
F = 5,30 U = 14,50 8 F = 5,53
6
4 4
2
0 0
Início Fim Início Fim
Reabilitado Reabilitado
Não Reabilitado MMSE Linguagem Não Reabilitado MMSE Orientação
Figura 3. Gráfico representativo da evolução em 18 meses das pontuações médias das subescalas do MMSE
Linguagem e Orientação nos dois grupos, Reabilitado (n = 6) e Não Reabilitado (n = 6). (*p < 0,05; **p < 0,01; ***p
< 0,001; U= teste U de Mann-Whitney; Z= teste Z de Wilconxon ; F= ANCOVA).

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16 60
12 50 F = 47,58
t = 1,15 F = 72,35 U = 15,00 40
8 30
4 20
10
0 0
Início Fim Início Fim
Reabilitado Reabilitado
Não Reabilitado FAB total Não Reabilitado UCLA total
Figura 4. Gráfico representativo da evolução em 6 meses das pontuações médias do FAB total e da UCLA total nos
dois grupos, Reabilitado (n = 6) e Não Reabilitado (n = 6). (*p < 0,05; **p < 0,01; ***p < 0,001; U= teste U de
Mann-Whitney; Z= teste Z de Wilconxon ; F= ANCOVA).

25 20
20 F = 2,55 15 F = 1,97
t = 1,38 15 t = 15,50
10
10
5 5
0 0
Início Fim Início Fim
Reabilitado Reabilitado
Não Reabilitado GDS total Não Reabilitado GAI total
Figura 5. Gráfico representativo da evolução em 18 meses das pontuação médias do GDS total e do GAI total nos
dois grupos, Reabilitado (n = 6) e Não Reabilitado (n = 6). (*p < 0,05; **p < 0,01; ***p < 0,001; U= teste U de
Mann-Whitney; Z= teste Z de Wilconxon ; F= ANCOVA).

Optou-se de seguida, por executarmos uma ANCOVA de dois fatores para


avaliar a possibilidade de haver influência da variável solidão na eficácia da
intervenção. Assim as variáveis independentes (fatores fixos) foram a reabilitação (ser
ou não ser reabilitado) e a variável solidão (variação dos sentimentos); a variável
dependente consistiu nas pontuações de cada uma das variáveis cognitivas e emocionais
após reabilitação (momento final). As pontuações nestas mesmas provas antes da
reabilitação (momento inicial) consistiram nas covariáveis. Quando analisámos a
evolução dos sentimentos de solidão verificámos que todos os idosos do grupo
reabilitado melhoraram em termos de solidão, com diferenças que variaram entre 1 a 6
pontos e, inversamente, todos os idosos do grupo não-reabilitado, à exceção de 1 que
manteve a mesma pontuação, pioraram, com diferenças de pontuações que variavam
entre os 3 e os 19 pontos. Para realizar a ANCOVA de 2 fatores è exigido que a
variável independente de controlo (solidão) seja categórica (Pallant, 2007, p.303).
Primeiramente, categorizámos as diferenças na solidão entre o momento inicial e o

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momento final em melhoria franca (descida de 5 pontos ou mais), melhoria (diferença


de 1 a 4 pontos), ausência de melhoria (0 pontos), agravamento (subida até 5 pontos) e
agravamento franco (acima de 5 pontos). No entanto, o modelo não conseguiu verificar
se a solidão atuou como variável moderadora influente na eficácia no programa de
intervenção pois, não tivemos número suficiente de sujeitos em cada categoria da
variável solidão. Então, para podermos ter número suficiente de sujeitos por categoria
da variável solidão, tivemos de recodificar esta variável em 2 novas categorias: uma
designada por pequena diferença (até 5 pontos) e outra por grande diferença (entre 6 e
19 pontos). Desta forma, foi possível verificar a magnitude do efeito encontrado no pós
PRCG, sendo este calculado através do η2 e do d de Cohen. Concluímos que a
magnitude do efeito é significativa para o PRCG no MMSE total [F (1, 9) = 10,27; p =
0,011; η2 = 0,53]; na subescala do MMSE Memória [F (1, 9) = 7,35; p = 0,024; η2 =
0,45]; na subescala do MMSE Linguagem [F (1, 9) = 5,30; p = 0,047; η2 = 0,37]; na
subescala do MMSE Orientação [F (1, 9) = 5,53; p = 0,043; η2 = 0,38]; no MoCA total
[F (1, 8) = 9,97; p = 0,013; η2 = 0,56]; no FAB total [F (1, 9) = 72,35; p = 0,000; η2 =
0,89] e na UCLA total [F (1, 9) = 47,58; p = 0,000; η2 = 0,84]. O mesmo não se
verificou nos restantes testes neuropsicológicos, onde a subescala do MMSE Atenção
[F (1, 5) = 0,64; p = 0,459; η2 = 0,11]; o GAI total [F (1, 9) = 1,97; p = 0,194; η2 =
0,18] e o GDS total [F (1, 8) = 2,55; p = 0,149; η2 = 0,24], não apresentaram valores
significativos de magnitude do efeito no PRCG.
Por fim, na Tabela 4 prosseguimos com a análise do efeito da solidão no PRCG
consoante o MMSE, MoCA, FAB, GDS e GAI. Concluímos que a ANCOVA de dois
fatores, mostrou que a evolução da solidão e ao longo do tempo interferiu no efeito que
a reabilitação teve no MMSE Total, mas somente à custa da subescala memória, e no
efeito que a reabilitação teve nos sintomas depressivos.

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Tabela 4. Efeito da Solidão no Programa de Reabilitação Cognitivo Grupal,


Consoante os Diferentes Testes Neuropsicológicos, Mini Mental State Examination
(MMSE), Montreal Cognitive Assessment (MoCA), Frontal Assessment Battery (FAB),
Geriatric Depression Scale (GDS) e Geriatric Anxiety Inventory (GAI).

Testes Neuropsicológicos Áreas Avaliadas F p η2

Total 18,56 0,004 0,73

MMSE Atenção 4,98 0,112 0,62

Memória 13,41 0,008 0,66

Linguagem 1,05 0,340 0,13

Orientação 0,97 0,358 0,12

MoCA Total 3,12 0,128 0,34

FAB Total 3,84 0,091 0,36

GDS Total 7,76 0,032 0,56

GAI Total 0,24 0,644 0,38

Notas: F= efeito; η2= Tamanho do efeito; p = significância; p < 0,05.

CONCLUSÃO E DISCUSSÃO

Pretendíamos com este estudo verificar se existiam diferenças entre idosos


submetidos a um programa de reabilitação comparados com idosos não submetidos a
qualquer intervenção e averiguar se a reabilitação tinha impacto nas funções cognitivas
e emocionais. Os resultados obtidos através da análise estatística demonstraram existir
uma relação entre o PRCG e melhorias cognitivas e emocionais.
Após a aplicação do PRCG, verificamos melhorias significativas no
funcionamento cognitivo. Comparado com o momento inicial, o grupo reabilitado
melhora significativamente nas pontuações do MoCA e do FAB. O grupo reabilitado
melhora também nas pontuações do MMSE, mas essas diferenças não são significativas.
O grupo não-reabilitado piorou significativamente entre os dois momentos (inicial e
final) nas pontuações do FAB. Ainda piora nas pontuações do MMSE e do MoCA, mas
essas diferenças não são estatisticamente significativas.
Nas escalas emocionais verificamos que o grupo reabilitado melhora
significativamente entre os dois momentos na UCLA. No GDS e no GAI piorou, não
sendo esses valores significativos. O grupo não-reabilitado piorou significativamente
entre os dois momentos em todas as escalas emocionais (GDS, GAI e UCLA). É de

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ressalvar que o FAB e a UCLA foram administrados pelo mesmo avaliador um mês
antes da implementação do PRCG, ao contrário das restantes provas (MMSE, MoCA,
GAI e GDS) que foram administradas por avaliadores diferentes um ano antes da
implementação do PRCG.
Através da ANCOVA pudemos garantir que as diferenças finais entre o grupo
reabilitado e o grupo não-reabilitado nas medidas cognitivas se deviam ao PRCG e
asseguramo-nos, desse modo, que as diferenças iniciais entre os dois grupos não
explicavam as diferenças finais. Ou seja, as melhorias nas pontuações do MoCA e do
FAB no grupo reabilitado dever-se-ão ao PRCG.
Tanto quanto sabemos este é o primeiro estudo a estudar os efeitos cognitivos de
um programa de reabilitação cognitiva grupal em idosos institucionalizados. No
entanto, este efeito de melhoria cognitiva com reabilitação grupal já tinha sido
encontrado num estudo brasileiro com idosos residentes na comunidade (Irigaray,
Gomes filho e Schnaider, 2012).
A melhoria ocorrida no nosso grupo de idosos reabilitados pode dever-se, no
entanto, ao efeito da prática, pois o intervalo de tempo foi somente de um mês. Este
efeito de prática já foi amplamente registado em adultos mais jovens (Collie, Maruff,
Darby e McStephen, 2003), mas encontrámos poucos estudos comprovativos deste
efeito em idosos e somente com dois retestes espaçados uma semana e três meses
(Krenk, Rasmussen, Siersma e Kehlet, 2012). No entanto, estas considerações a serem
válidas, sê-lo-iam também para o nosso grupo não-reabilitado que foi também avaliado
com o mesmo intervalo de tempo. Ora, só verificámos efeito de melhoria no grupo
reabilitado. Assim, tendo em conta que a baixa/ausência escolaridade da nossa amostra,
e que a falta de estimulação cognitiva estruturada pode contribuir significativamente
para o declínio cognitivo (Finn e Mcdonald, 2012; Stein et al., 2012). Tal como a teoria
do desuso postula (Hultsch, Hertzog, Small e Dixon, 1999; Salthouse e Ferrer-Caja,
2003; Schaie, 1994), então podemos concluir que o nosso PRCG tem um efeito
relevante e importante.
A importância do PRCG é ainda maior se tivermos em consideração que,
segundo a caracterização de Schooler (1990), o ambiente institucional dos lares/centros
de noite e de dia são pouco complexos, e que a implementação de programas desta
natureza aumenta a complexidade/exigência da estimulação, ajudando a manter e a
melhorar as funções cognitivas e o funcionamento diário (Pires, 2008; Spector et al.,
2006; Verghese et al., 2003; Willis et al., 2006). Adicionalmente e destacando ainda

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mais a importância da implementação do nosso PRCG, os idosos do grupo não-


reabilitado pioraram significativamente nos sintomas depressivos e ansiosos ao longo de
um ano e nos sentimentos de solidão ao longo de um mês; ao contrário dos idosos do
grupo reabilitado melhoram significativamente nos sentimentos de solidão. Este
resultado foi confirmado depois de controlarmos as pontuações detetadas inicialmente
através da ANCOVA. A ausência de melhoria neste grupo nos sintomas de ansiedade e
depressão pode dever-se ao facto de terem sido avaliados um ano antes da
implementação do PRCG, mas seria expectável que melhorassem nesta sintomatologia,
especialmente nos sintomas ansiosos pois o mesmo já foi verificado noutros estudos
com reabilitação grupal (van Hooren et al., 2007; Valentijn et al., 2005). Estudos com
estimulação cognitiva não grupal tinham também relatado uma diminuição da depressão
(Gonçalves, 2007; Hermans, 2009; Pires, 2008; Raes, Williams e Niu et al., 2010)
Spector et al., 2001, 2003,2006;Verghan et al., 2003. Ainda assim estes resultados são
importantes, ainda que possam dever-se aquilo que um estudo com reabilitação
cognitivo grupal identificar como generalização de experiências positivas em estar num
grupo (Spector et al., 2011, p.945).
A melhoria ocorrida nos sentimentos de solidão (não suportados noutros
estudos) pode decorrer de a intervenção grupal proporcionar aos idosos uma fonte de
suporte e apoio, um espaço acolhedor para falar sobre suas vidas, um espaço de troca de
experiências, condições de melhoria dos relacionamentos interpessoais, as condições de
melhoria de auto-estima e autoconfiança, bem como as condições diminuição de
sentimentos de impotência e solidão (Kaplan e Sadock, 1997). De acordo com
Zimerman (1997) é preocupante quando a pessoa idosa atinge o estado mental de
“desistência”. Nesta circunstância, de desistência há perda de motivação e oposição a
quaisquer iniciativas. Ora os membros de um grupo podem servir como estímulo e
contribuir para a mudança desta grave condição. Assim, as propostas de intervenção
grupal para pessoas idosas tornam-se particularmente relevantes a fim de se evitar os
sentimento de solidão. De acordo com Capitanini (2000), a solidão inclui experiências
de isolamento, tristeza e insatisfação com a vida. Esse estado emocional não é causado
simplesmente pelo fato da pessoa estar fisicamente só, mas de estar sendo privada de
relacionamentos que gostaria de ter.
Como limitações, poderíamos referir que no total dos dois grupos (reabilitados e
não-reabilitados), existem mais mulheres que homens, embora esta seja a realidade em
idosos da população Portuguesa. No grupo não-reabilitado, de facto, não tivemos

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homens. O número reduzido de idosos impossibilita-nos de generalizar os resultados,


impondo-se a replicação com mais grupos de idosos. Para futuros estudos, achamos
pertinente a obtenção de uma amostra maior e mais representativa da população idosa.
Assim, os resultados, tem de ser vistos como preliminares implicando estudos de
replicação de grupos/ amostras maiores.

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Anexos
Anexo 0
2
Exercício 1.1
Exercício Ativador

Atividade: Situar os idosos temporal e espacialmente.

Procedimento: É pedido a cada idoso que indique dados pessoais (nome, idade, data de
nascimento), dados temporais (mês, ano, estação do ano, dia da semana) e dados espaciais
(morada onde vive/ou viveu; cidade, país). Este exercício deve estar adaptado a cada idoso para
se perceber qual o conhecimento que este tem do meio que o rodeia e do seu próprio
desempenho.

3
Exercício 1.2
Atenção

Atividade: Procurar e assinalar o carro.


Descrição do material: Lápis e Folhas em número igual ao número de idosos
com 25 ilustrações de transporte.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com 25 ilustrações, sendo-lhe
pedido que procure e assinale o carro da figura.

4
Exercício 1.3
Linguagem Expressiva e Memória

Atividade: Dizer 4 palavras das 6 categorias apresentadas.


Descrição do material: Folha de registo com as categorias e lápis para o avaliador.
Procedimento: É escolhido um idoso para iniciar a primeira ronda, pedindo-lhe que diga 4
palavras da categoria A i ais , e assim sucessivamente com os restantes idosos. Na segunda
ronda, será pedido ao segundo idoso da 1ª ronda 4 palavras da categoria Ali e tos . Nas rondas
seguintes, as restantes categorias serão iniciadas por um idoso diferente da ronda anterior.

ANIMAIS ALIMENTOS NOMES DE CORES PROFISSÕES NOMES DE


PESSOAS TERRAS

5
Exercício 1.4
Gnosias

Atividade: Apontar o animal doméstico pedido.


Descrição do material: Lápis e Folhas em número igual ao número de idosos, com 6 animais
domésticos.
Procedimento: É dada a cada idoso a folha com 6 animais domésticos pedindo-lhe que aponte
pela seguinte ordem: Cão, Ovelha, Vaca, Cabra, Porco, Coelho.

6
Exercício 1.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

7
8
Exercício 2.1
Exercício Ativador

Atividade: Orientação em tarefas da vida diária.

Procedimento: É pedido a cada idoso que indique:

nomes de pessoas que estão presentes na sua rotina diária (nomes de


familiares, amigos, cuidadores, etc);
os horários das suas refeições, hora de acordar e de deitar, pedindo que façam
uma comparação entre o presente e os hábitos relativamente aos mesmos
horários, no passado.

9
Exercício 2.2
Atenção

Atividade: Procurar e assinalar a maçã.


Descrição do material: Lápis e Folhas em número igual ao número de idosos com
25 alimentos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com 25 alimentos, sendo-lhe
pedido que procure e assinale a maçã.

10
Exercício 2.3
Linguagem

Atividade: Dizer o feminino das 6 listas.


Descrição do material: 6 listas deste manual.
Procedimento: Lê-se a 1ª palavra de cada lista a cada idoso pedindo-lhe que diga o feminino,
fazendo corresponder uma lista a cada idoso. De seguida, lê-se a 2ª palavra a cada idoso e
assim sucessivamente.

Idoso 1 Idoso 2
Cão Cavalo
Professor Ator
Manuel Luís
Gordo Simpático
Filho Padrinho
Homem Macho

Idoso 3 Idoso 4
Gato Bode
Enfermeiro Bombeiro
João Vitor
Feio Energético
Sobrinho Marido
Zangão Frade

Idoso 5 Idoso 6
Boi Carneiro
Carpinteiro Juiz
António André
Bondoso Atlético
Avô Genro
Pai Barão

11
Exercício 2.4
Praxias
Memória Recente

Atividade: Cópia de um desenho.


Descrição do material: Cartões com o desenho a copiar, lápis e folhas brancas em nº igual ao nº
de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha branca e um lápis sendo-lhes pedido que copiem o
desenho exposto no cartão. Passados 3 minutos é pedido aos idosos que reproduzam o mesmo
desenho mas desta vez de memória. No intervalo de 3 minutos, pede-se para virar os cartões e
folhas (sem explicar para quê) e fala-se de um assunto não relacionado com a atividade.

12
Exercício 2.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

13
14
Exercício 3.1
Exercício Ativador

Atividade: Focalizar experiências passadas.

Procedimento: É solicitado a cada idoso que anuncie:

 uma profissão ou profissões que exerceu ao longo da sua vida;


 que atividade profissional gostaria de ter exercido se tivesse tido essa
possibilidade.

15
Exercício 3.2
Atenção Seletiva

Atividade: Procurar e assinalar o carro seguinte.


Descrição do material: Lápis e Folhas com 25 ilustrações de transporte, em
número igual ao número de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com 25 ilustrações, sendo-lhe
pedido que procure e assinale o carro da figura.

16
Exercício 3.3
Gnosias

Atividade: Apontar as moedas e notas pedidas.


Descrição do material: Folhas com moedas e notas, em número igual ao número de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com moedas e notas pedindo-lhes que apontem
a moeda ou a nota solicitada.

17
Exercício 3.4
Memória
Memória imediata

Atividade: Repetição de números.


Descrição do material: Folha com diferentes sequências de números.
Procedimento: É pedido a cada idoso que repita por memória os primeiros números pela
mesma ordem que ouviu, pedindo que em seguida digam os segundos mesmos números
pela ordem contrária, dando a cada um o mesmo exemplo e.g. 5 6 / 6 5 .

Idoso 1 Idoso 2 Idoso 3 Idoso 4 Idoso 5 Idoso 6

28 13 26 31 57 64

92 45 57 24 89 73

164 736 246 256 547 364

072 793 408 632 509 034

7412 2089 3581 2304 0364 8067

3267 1428 6478 1396 9317 4267

18
Exercício 3.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

19
20
Exercício 4.1
Exercício Ativador

Atividade: Resgatar informação com estímulos relacionados com a juventude dos idosos.

Procedimento: A cada idoso é pedido que narre um acontecimento:

marcante na sua infância;


importante na sua fase adulta.

21
Exercício 4.2
Atenção

Atividade: Procurar e assinalar os quadrados verdes.


Descrição do Material: Lápis e folhas com 25 formas geométricas, em nº igual ao nº de
idosos.
Procedimento: É dado a cada idoso uma folha com as 25 figuras geométricas, sendo-lhes
pedido que procurem e assinalem o quadrado verde.

22
Exercício 4.3
Linguagem

Atividade: Dizer o oposto ou contrário das palavras apresentadas nos cartões.


Descrição do material: 6 listas de palavras deste manual.
Procedimento: Lê-se a 1ª palavra de cada lista a cada idoso pedindo-lhe que diga o contrário,
fazendo corresponder uma lista a cada idoso. De seguida, lê-se a 2ª palavra a cada idoso e assim
sucessivamente.

Idoso 1 Idoso 2
Crescer Leve
Mau Falar
Vazio Sentar
Proibir Doente
Pequeno Recusar
Sossegado Aumentar

Idoso 3 Idoso 4
Dentro Honesto
Perto Reparar
Privado Dar
Igual Rápido
Insulto Acordar
Fome Amor

Idoso 5 Idoso 6
Pobreza Ganhar
Belo Acabar
Magno Muito
Construir Além
Frio Isolado
Húmido Inteiro

23
Exercício 4.4
Gnosias

Atividade: Apontar o animal selvagem pedido.


Descrição do material: Folhas com 6 animais selvagens, em nº igual ao nº de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso a folha com 6 animais selvagens pedindo-lhe que aponte pela
seguinte ordem: Girafa, Canguru, Zebra, Elefante, Gorila, Urso.

24
Exercício 4.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

25
26
Exercício 5.1
Exercício Ativador

Atividade: Orientação temporal e espacial .

Procedimento: É pedido a cada idoso que diga uma cidade, país ou região que gostou mais de
visitar. Depois, deverão anunciar também outro(a) que se tivesse tido possibilidade ao longo da
sua vida, o(a) teriam visitado.

27
Exercício 5.2
Atenção

Atividade: Descobrir as diferenças.


Descrição do material: Lápis e folhas colunas com 24 figuras geométricas dispostas em duas
colunas, em nº igual ao nº de idosos
Procedimento: É dada a cada idoso a folha com 2 colunas com 24 figuras geométricas e um
lápis, sendo-lhes pedido que comparem as duas colunas e assinalem o desenho diferente na
coluna da direita.

28
Exercício 5.3
Linguagem
Evocação categorial

Atividade: Dizer 4 palavras começadas pelas letras apresentadas.


Descrição do material: Folha com 6 colunas tendo cada, uma letra diferente.
Procedimento: É pedido ao primeiro idoso para iniciar a ronda com a letra A, dizendo, diga
palavras começadas pela letra A de a el . Na segunda ronda peça ao segundo idoso para dizer
palavras começadas pela letra S de sapato, e assim sucessivamente com os restantes idosos.

Idoso 1 Idoso 2 Idoso 3 Idoso 4 Idoso 5 Idoso 6

A S F L C D
(Anel) (Sapato) (Folha) (Lápis) (Cadeira) (Dado)

29
Exercício 5.4
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

30
31
Exercício 6.1
Exercício Ativador

Atividade: Recuperação de informação por meio de música.

Procedimento: É pedido a cada idoso que responda às seguintes questões:

diga o seu cantor(a) preferido(a);

diga a sua música preferida

Após a escolha da música, deverá ser questionado o motivo da sua escolha


fazendo alusão a um possível acontecimento/lugar/pessoa que poderá ter
influenciado a mesma.

32
Exercício 6.2
Atenção

Atividade: Procurar e assinalar a banana.


Descrição do material: Lápis e folhas com 64 alimentos, em nº igual ao nº de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com 64 alimentos, sendo-lhe pedido que procure e
assinale a banana.

33
Exercício 6.3
Atenção

Atividade: Descobrir as diferenças.


Descrição do material: Lápis e Folhas com 2 colunas com 32 quadrados e lápis, em nº igual ao nº
de idosos.
Procedimento: É dado a cada idoso a folha com 2 colunas com 32 figuras geométricas e um lápis,
sendo-lhes pedido que comparem as duas colunas e assinalem o desenho diferente na coluna da
direita.

34
Exercício 6.4
Linguagem
Compreensão de Ordens

Atividade: Executar as ações pedidas.


Descrição do material: Lista com 6 ações.
Procedimento: Pede-se a todos os idosos que executem ao mesmo tempo as ações pedidas.

Deite a língua de fora

Coce a cabeça

Diga adeus com as suas mãos

Toque no joelho

Pisque o olho esquerdo

Levante-se

35
Exercício 6.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

36
37
Exercício 7.1
Exercício Ativador

Atividade: Orientação para a sua vida diária.

Procedimento: Neste exercício cada idoso procederá à identificação de cores, das paredes,
pisos e corredores de onde se encontra. Fará assim um esquema mental da planta do ambiente
onde se encontram. No caso dos idosos se encontrarem na sua própria casa, deve-se dar
importância a objetos como interruptores, a existência de alarme (caso exista), local onde se
encontra a cama e respetivas mesinhas de cabeceira.

38
Exercício 7.2
Compreensão de Ordens

Atividade: Execução de ordens.


Descrição do material: Cartões com 3 imagens de objetos, em nº igual ao nº de idosos.
Procedimento: É lido aos idosos diferentes ações, e depois pede-se para apontarem para o objeto
solicitado na ordem abaixo indicada:

Aponte para a figura do que usamos para vestir.


Aponte para a figura do que usamos para nos protegermos da chuva.
Aponte para a figura do que utilizamos para cortar.
Aponte primeiro para a figura do chapéu de chuva e depois para a figura da tesoura.
Aponte primeiro para a figura da camisola e depois para a figura do chapéu de chuva.
Aponte primeiro para a figura da tesoura e depois para a figura da camisola.

39
Exercício 7.3
Atenção

Atividade: Procurar e assinalar o algarismo 5.


Descrição do material: Lápis e folhas com 25 algarismos, em nº igual ao nº de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com 25 algarismos, sendo-lhe pedido que procure
e assinale o algarismo 5.

40
Exercício 7.4
Praxias
Memória Recente

Atividade: Cópia de um desenho.


Descrição do material: Cartões com o desenho a copiar, lápis e folhas brancas em nº igual ao nº
de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha branca e um lápis sendo-lhes pedido que copiem o
desenho exposto no cartão. Passados 3 minutos é pedido aos idosos que reproduzam o mesmo
desenho mas desta vez de memória. Nos 3 minutos, pede-se para virar os cartões e folhas (sem
explicar para quê) e fala-se de um assunto não relacionado com a atividade.

41
Exercício 7.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

42
43
Exercício 8.1
Exercício Ativador

Atividade: Evidenciar possíveis conflitos não resolvidos.

Procedimento: Neste exercício cada idoso procederá à identificação de:

um acontecimento marcante no ultimo ano;


um acontecimento marcante na ultima semana.

Entende-se como acontecimento marcante uma situação que provoque no idoso sentimentos
de extrema felicidade ou grande tristeza.

44
Exercício 8.2
Linguagem
Nomeação

Atividade: Identificação dos objetos.


Descrição do material: Cartões com 6 objetos, em nº igual ao nº de idosos.
Procedimento: É dado ao idoso 1 cartão com 6 objetos, sendo-lhe pedido que identifique o
objeto que está em cima do lado direito, depois do lado esquerdo, em seguida do meio do lado
direito e assim sucessivamente.

45
Exercício 8.3
Atenção

Atividade: Procurar e assinalar as bolas azuis.


Descrição do Material: Lápis e folhas com 64 formas geométricas, em nº igual ao nº de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com as 64 figuras geométricas, sendo-lhes pedido
que procurem e assinalem a bola azul.

46
Exercício 8.4
Memória
Memória recente

Atividade: Memorizar e repetir as palavras.


Descrição do Material: Folha com lista de palavras do manual.
Procedimento: É dita, pausadamente, a cada idoso uma lista de 6 palavras pedindo para
memorizar e depois repetir pela mesma ordem.

Idoso 1 Idoso 2 Idoso 3

Agricultor Enfermeiro Eletricista


Cadeira Enxada Porta
Formiga Cavalo Raposa
Tulipa Papoila Girassol
Vermelho Azul Preto
Camisola Gravata Luvas

Idoso 4 Idoso 5 Idoso 6

Bombeiro Professor Ferreiro


Fogão Mesa Quadro
Burro Gato Pássaro
Cravo Margarida Rosa
Amarelo Branco Verde
Calças Meias Cachecol

47
Exercício 8.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

48
49
Exercício 9.1
Exercício Ativador

Atividade: Resgatar emoções vividas previamente, gerando socialização e entretenimento


como parte da terapia.

Procedimento: É questionado a cada idoso que projeto de vida gostaria de realizar, se voltasse
a ter novamente 20 anos de idade. Entenda-se por projeto de vida, qualquer atividade
profissional / privada ou hobby , através da qual cada idoso adquiria realização pessoal.

50
Exercício 9.2
Atenção

Atividade: Procurar e assinalar o carro seguinte.


Descrição do material: Lápis e folhas com 64 carros em nº igual ao nº de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com 64 carros, sendo-lhe pedido que procure e
assinale o carro pedido.

51
Exercício 9.3
Funções Executivas
Sequências de ação

Atividade: Colocar as sequências por ordem de execução.


Descrição do material: Seis grupos de 4 cartões com diferentes imagens com uma dada
sequência.
Procedimento: São dados a cada idoso 4 cartões com uma determinada sequência, sendo-lhe
pedido para a colocar por ordem de execução.

52
Exercício 9.4
Memória
Memória recente

Atividade: Memorizar e repetir as palavras.


Descrição do Material: Folha com 6 quadros, cada um com 4 palavras.
Procedimento: É dita pausadamente uma lista de 6 palavras a cada idoso, pedindo para
memorizar e depois repetir pela mesma ordem.

Idoso 1 Idoso 2 Idoso 3

Comboio Táxi Bicicleta


Relógio despertador Chaves Cinto
Máquina de roupa Fogão Ferro de engomar
Maça Banana Cereja
Cama Armário Sofá
Bola Peão Cartas

Idoso 4 Idoso 5 Idoso 6

Barco Autocarro Avião


Mola da roupa Caneta Lápis
Aspirador Máquina da loiça Televisão
Laranja Ananás Manga
Banco Mesa Cadeira
Dados Dominó Berlindes

53
Exercício 9.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

54
55
Exercício 10.1
Exercício Ativador

Atividade: Orientação Temporal diária.


Material: 1 folha com 6 relógios cada, tendo cada um, uma hora diferente.
Procedimento: Antes de iniciar o exercício, a pessoa que irá aplicar o mesmo, deverá desenhar
as horas correspondentes às diferentes situações expostas em cada um dos relógios. É
entregue a cada idoso 1 folha com 6 relógios com diferentes horas, onde terão que identificar a
hora marcada em cada um deles. Cada relógio vai mostrar uma hora que corresponderá à hora
de levantar, do pequeno almoço, almoço, lanche, jantar e deitar de cada idoso.

Levantar Pequeno Almoço Almoço

Lanche Jantar Deitar

56
Exercício 10.2
Atenção

Atividade: Procurar e assinalar os algarismos 2 e 9.


Descrição do material: Lápis e folhas com 25 algarismos em nº igual ao nº de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha com 25 algarismos, sendo-lhe pedido que procure
e assinale os algarismos 2 e 9.

57
Exercício 10.3
Praxias
Memória Recente

Atividade: Cópia de um desenho.


Descrição do material: Cartões com o desenho a copiar, lápis e folhas brancas em nº igual ao nº
de idosos.
Procedimento: É dada a cada idoso uma folha branca e um lápis sendo-lhes pedido que copiem o
desenho exposto no cartão. Passados 3 minutos é pedido aos idosos que reproduzam o mesmo
desenho mas desta vez de memória. Nos 3 minutos, pede-se para virar os cartões e folhas (sem
explicar para quê) e fala-se de um assunto não relacionado com a atividade.

58
Exercício 10.4
Funções Executivas

Atividade: Dinheiro e Troco.


Descrição do material: Vários cartões, cada um com os respetivos valores: 1 moeda de 0,05 €,
0,10 €, 3 moedas de 0,20 €, 1 moeda de 2 € e uma nota de 5 €.
Procedimento: É dada a cada idoso os cartões com as moedas acima referidas, propondo-lhe a
seguinte situação: Ao fazer uma compra de 4,30 € e tendo consigo uma nota de 5 €, qual será o
troco que terá que re e er? . Após ter sido exposta esta situação, o idoso terá que fazer o troco
com as moedas que lhe foram entregues.

59
Exercício 10.5
Memória
Linguagem expressiva

Atividade: Notícia atual de um jornal diário.


Descrição do material: Um artigo com uma noticia atual com mais impacto da semana de um
jornal diário.
Procedimento: É lido aos idosos uma notícia, que poderia ser uma potencial noticia de
abertura de um telejornal, e em seguida serão colocadas as seguintes questões:

1. O que aconteceu?
2. Onde aconteceu?
3. Quando aconteceu?
4. Quem esteve envolvido?
5. Quais foram as consequências?

60
Anexo 1
TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu abaixo assinado (_______________________________________________)

autorizo a que sejam preenchidas escalas e questionários psicológicos de forma a

avaliarem a minha memória, estado de tristeza/depressão e outras funções cognitivas e

que estes dados possam ser usados em investigação psicológica, não sendo revelado o

meu nome.

Autorizo igualmente que estes dados fiquem a fazer parte do meu processo

individual e possa ser mostrado a médicos, sempre que a minha saúde assim o requeira.

Coimbra,

Assinatura

_____________________________________
Anexo 2
Código

Escala de Depressão Geriátrica (GDS)


Instituto Superior Miguel Torga

Responda SIM ou NÃO consoante se tem sentido de há uma semana para cá:

Sim Não
1. Está satisfeito(a) com a sua vida?
2. Pôs de lado muitas das suas actividades e interesses?
3. Sente a sua vida vazia?
4. Fica muitas vezes aborrecido(a)?
5. Tem esperança no futuro?
6. Anda incomodado(a) com pensamentos que não consegue afastar?
7. Está bem disposto(a) a maior parte do tempo?
8. Tem medo que lhe vá acontecer alguma coisa de mal?
9. Sente-se feliz a maior parte do tempo?
10. Sente-se muitas vezes desamparado(a)?
11. Fica muitas vezes inquieto(a) e nervoso(a)?
12. Prefere ficar em casa, em vez de sair e fazer coisas novas?
13. Preocupa-se muitas vezes com o futuro?
14. Acha que tem mais dificuldades de memória do que as outras pessoas?
15. Pensa que é muito bom estar vivo(a)?
16. Sente-se muitas vezes desanimado(a) e abatido(a)?
17. Sente-se inútil?
18. Preocupa-se muito com o passado?
19. Acha a sua vida interessante?
20. É difícil começar novas actividades?
21. Sente-se cheio(a) de energia?
22. Sente que para si não há esperança?
23. Pensa que a maioria das pessoas passa melhor que o(a) senhor(a)?
24. Aflige-se muitas vezes com pequenas coisas?
25. Sente muitas vezes vontade de chorar?
26. Tem dificuldade em se concentrar?
27. Gosta de se levantar de manhã?
28. Prefere evitar encontrar-se com muitas pessoas?
29. Tem facilidade em tomar decisões?
30. O seu pensamento é tão claro como era antes?

Pontuação da GDS:
1 ponto para as respostas Sim nas questões: 2-4, 6, 8,10-14, 16-18, 20, 22-26, 28
1 ponto para as respostas Não nas questões: 1, 5, 7, 9, 15, 19, 21, 27, 29, 30
0-10 = ausência de depressão
11-20 = depressão ligeira
21-30 = depressão grave

Yesavage, J. A., Brink, T. L., Rose, T. L., Lum, O., Huang, V., Adey, M., & Leirer, V. O. (1982). Development and validation of a geriatric depression
screening scale: A preliminary report. Journal of Psychiatric Research, 17, 37–49.
Trads: Barreto, Leuschner, Santos, & Sobral (2007).
Anexo 3
Código

Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI)


Instituto Superior Miguel Torga

Por favor, responda às seguintes questões de acordo com o modo como se tem sentido durante a última semana.

Concordo Discordo

1. Ando preocupado(a) a maior parte do tempo

2. Tenho dificuldades em tomar decisões

3. Sinto-me inquieto(a) muitas vezes

4. Tenho dificuldade em relaxar

5. Muitas vezes não consigo apreciar as coisas por causa das minhas preocupações

6. Coisas sem importância preocupam-me bastante

7. Sinto muitas vezes um aperto no estômago

8. Vejo-me como uma pessoa preocupada

9. Não consigo evitar preocupar-me, mesmo com coisas menores

10. Sinto-me muitas vezes nervoso (a)

11. Muitas vezes os meus próprios pensamentos põem-me ansioso(a)

12. Fico com o estômago às voltas devido à minha preocupação constante

13. Vejo-me como uma pessoa nervosa

14. Estou sempre à espera que aconteça o pior

15. Muitas vezes sinto-me agitado(a) interiormente

16. Acho que as minhas preocupações interferem com a minha vida

17. Muitas vezes sou dominado(a) pelas minhas preocupações

18. Por vezes sinto um nó grande no estômago

19. Deixo de me envolver nas coisas por me preocupar demasiado

20. Muitas vezes sinto-me aflito(a)

Pontuação da GAI:

1 ponto para as respostas Concordo em todas as questões

Pachana, N. A., Byrne, G. J., Siddle, H., Koloski, N., Harley, E., & Arnold, E. (2006). Development and validation of the Geriatric Anxiety Inventory. International
Psychogeriatrics, 19(1), 103-114.
Versão experimental: Espírito-Santo, H., & Daniel, F. (2010)
Anexo 4
Código

Avaliação Breve do Estado Mental (MMSE)


Instituto Superior Miguel Torga

Tempo aplicação 5-10 minutos Indicações principais despistagem de funções cognitivas

Cotação pelo entrevistador com algum treino Composição 30 itens

Materiais necessários lápis, relógio no pulso, 2 folhas de papel, cartão com frase “FECHE OS OLHOS”

1. A. ORIENTAÇÃO TEMPORAL
Vou fazer-lhe algumas perguntas. A maior parte delas são fáceis. Tente responder o melhor que for
capaz. (Dê 1 ponto por cada resposta correcta)

A. Em que ano estamos? __________________________________ _____

B. Em que mês estamos? __________________________________ _____

C. Em que dia estamos? (Quantos são hoje?) ________________ _____

D. Em que estação do ano estamos? ________________________ _____

E. Em que dia da semana estamos? (Que dia da semana é hoje?) _________________ _____

1. B. ORIENTAÇÃO ESPACIAL
F. Em que País estamos? (Como se chama o nosso país?) __________________________ _____

G. Em que distrito vive? _________________________ _____

H. Em que terra vive? _________________________ _____

I. Em que casa estamos?


(Como se chama esta casa onde estamos?) __________________________________ _____

J. Em que andar estamos? _______________________ _____

2. RETENÇÃO
Vou dizer-lhe três palavras. Queria que as repetisse e que procurasse decorá-las porque dentro de alguns
minutos vou pedir-lhe que me diga essas três palavras.
(Dê 1 ponto por cada resposta correcta)

PÊRA _______ GATO _______ BOLA _______ _____

Por favor, repita as três palavras.

3. ATENÇÃO E CÁLCULO
Agora peço-lhe que me diga quantos são 30 menos 3 e que ao número encontrado volte a subtrair 3 até
eu lhe dizer para parar.

(Dê 1 ponto por cada resposta correcta. Pare ao fim de 5 respostas. Se fizer um erro na subtracção, mas
continuar a subtrair correctamente a partir do erro, conte como um único erro)

30 ____ 27 ____ 24 ____ 21 ____ 18 ____ 15 ____ _____


Código

Se o sujeito não conseguir executar esta tarefa, faça, em alternativa, outra:


Vou dizer-lhe uma palavra e queria que me dissesse essa palavra letra por letra, mas ao contrário, isto é,
do fim para o princípio. A palavra é P O R T A.

(Dê 1 ponto por cada letra correctamente repetida)

A ____ T ____ R ____ O ____ P ____ ___

4. EVOCAÇÃO
(Só se efectua no caso do sujeito ter apreendido as três palavras referidas na prova de retenção)
Agora veja se me consegue dizer quais foram as três palavras que lhe pedi há pouco para repetir.
(Dê 1 ponto por cada resposta correcta)

PÊRA _______ GATO _______ BOLA _______ ___

5. LINGUAGEM
(Dê 1 ponto por cada resposta correcta)

A. (Mostre o relógio de pulso). Como se chama isto? ___

B. (Mostrar um lápis). Como se chama isto? ___

C. Repita a frase: O rato rói a rolha. ___

D. Vou dar-lhe uma folha de papel. Quando eu lhe entregar o papel, pegue nela com a sua mão
direita, dobre-a ao meio e coloque-a no chão. (ou: Coloque-a aqui em cima da secretária/mesa
— indicar o local onde o papel deve ser colocado).
Pega no papel com a mão direita

Dobra o papel ao meio ___


Coloca o papel no lugar

(Dê 1 ponto por cada etapa bem executada. A pontuação máxima é de 3 pontos)

E. Leia e cumpra o que diz neste cartão.(Mostrar o cartão com a frase: “FECHE OS OLHOS”. Se o
___
sujeito for analfabeto o examinador deverá ler-lhe a frase).

(Dê 1 ponto pela realização correcta)

(Dê uma folha em branco. Se o sujeito for analfabeto este ponto não é realizado)

F. Escreva uma frase. (A frase deve ter sujeito, verbo e ter sentido para ser pontuada com 1
___
ponto. Erros gramaticais ou de troca de letras não contam como erros).

(Mostrar o desenho num cartão ou na folha)

G. Copie o desenho que lhe vou mostrar. (Os 10 ângulos devem estar presentes e 2 deles devem ___
estar intersectados para pontuar 1 ponto. Tremor e erros de rotação não são valorizados).
FECHE OS OLHOS
Código

Valores de corte para a população portuguesa

• Idade superior a 40 anos

Analfabetos ≤ 15

1 a 11 anos de escolaridade ≤ 22

11 anos de escolaridade ≤ 27

Folstein, M. F., Folstein, S.E., McHugh, P. R. (1975). Mini-Mental State: a pratical method for grading the cognitive state of patients for the clinician. Journal of

Psychiatric Research, 12(3),189-198.


Anexo 5
Código

Avaliação Cognitiva de Montreal MoCA (Montreal Cognitive Assessment)

Instituto Superior Miguel Torga

Tempo aplicação ca. 15 minutos Indicações principais avaliação do Défice Cognitivo Ligeiro

Cotação pelo entrevistador com algum treino Composição 8 Domínios

Materiais Página de teste

1. Alternância conceptual (Trail Making alternado)

Administração: Assinalando o espaço em branco em baixo, o examinador dá as seguintes instruções ao sujeito:


Vou pedir-lhe que desenhe uma linha que vá de um número a uma letra, alternando entre números e letras, e respeitando a
ordem dos números do alfabeto.
Comece aqui (assinalar o número 1) e desenhe uma linha partindo do número 1 até à letra A, continuando depois até ao
número 2 e assim sucessivamente.
Termine aqui (assinalar a letra E).

Cotação: Atribuir 1 ponto se o sujeito desenha com sucesso a seguinte sequência (sem desenhar qualquer linha cruzada): 1-A-2-B-3-C-4-D-5-E
Atribuir 0 pontos se a sequência não é respeitada ou se, durante a execução, o sujeito não corrigir imediatamente um erro, qualquer que ele
seja.

Fim

Início

☐/1

2. Capacidades Visuo-construtivas (Cubo)

Administração: O examinador dá as seguintes instruções, apontando para o cubo:


Copie este desenho do modo mais exacto que conseguir, no espaço em baixo.

Cotação: Atribuir 1 ponto se a figura for desenhada correctamente:


O desenho deve ser tridimensional;
Estão presentes (desenhadas) todas as linhas;
Não são acrescentadas linhas;
As linhas são relativamente paralelas e aproximadamente do mesmo comprimento (são aceitáveis prismas rectangulares).
Atribuir 0 pontos se não forem respeitados todos os critérios anteriormente assinalados.

☐/1
Código
3. Capacidades Visuo-construtivas (Relógio)

Administração: Assinalando o espaço adequado, o examinador dá as seguintes instruções:


Agora vou pedir-lhe que desenhe um relógio, que coloque todos os números e que marque 11 horas e 10.

Cotação: Atribuir 1 ponto por cada um dos 3 critérios seguintes:


Contorno (1 pt): o contorno deve ser um círculo pouco deformado (p. ex., é permitida uma leve deformação do fechamento do
círculo);
Números (1 pt): todos os número devem estar presentes, sem números adicionais. Os números têm de estar na ordem correcta e
colocados de forma adequada, nos quadrantes do mostrador do relógio. São aceitáveis números romanos, bem como colocação dos
números fora do contorno do círculo (no exterior do círculo).
Ponteiro (1pt): os ponteiros devem indicar a hora correcta. O ponteiro das horas deve ser claramente mais pequeno que o ponteiro
dos minutos. O ponto de junção dos ponteiros deve estar colocado aproximadamente no centro do relógio.
Atribuir 0 pontos por cada critério anterior não respeitado.

Contorno ☐

Números ☐

Ponteiros ☐

☐/3

4. Linguagem (Nomeação)

Administração: o examinador pede ao sujeito para dizer o nome de cada um dos animais (da esquerda para a direita):
Diga o nome deste animal (apontar para o estímulo dromedário/camelo). E deste (apontar leão). E deste (apontar rinoceronte).

Cotação: atribuir um ponto por cada nomeação correcta: (1) camelo ou dromedário (2) leão (3) rinoceronte.
Atribuir 0 pontos por cada nomeação incorrecta.

Nomeação

Não Não Não

☐ ☐ ☐

☐/3
Código
5. Memória (Evocação Imediata)

Administração: O examinador lê uma lista de cinco palavras, ao ritmo de uma palavra por segundo, logo após ter dado as
seguintes instruções:
Isto é um teste de memória. Eu vou ler uma lista de palavras que deve memorizar.
Escute com atenção! Quando eu terminar, vou pedir-lhe que diga todas as palavras de que se consegue lembrar.
Pode dizê-las pela ordem que quiser.
Está preparad(a)? Rosto — veludo — igreja — malmequer — vermelho

O examinador lê a lista de palavras uma primeira vez e marca com um visto (✓), no espaço reservado para esse efeito, as
palavras que o sujeito consegue repetir/evocar.

Rosto Veludo Igreja Malmequer Vermelho

Quando o sujeito tiver terminado (lembrou-se de todas as palavras) ou quando não conseguir lembrar-se de mais palavras, o
examinador volta a ler a lista de palavras após as seguintes instruções:

Agora vou ler novamente a mesma lista de palavras.


Tente recordar-se e dizer-me o maior número de palavras que conseguir, incluindo as palavras que repetiu da primeira vez. Está
preparado(a)?
Rosto — veludo — igreja — malmequer — vermelho

O examinador lê a lista de palavras uma primeira vez e marca com um visto (✓), no espaço reservado para esse efeito, as
palavras que o sujeito repetiu no segundo ensaio.

Rosto Veludo Igreja Malmequer Vermelho

No final do segundo ensaio, o examinador informa o sujeito que deverá memorizar a lista de palavras e que terá de voltar a
repeti-las mais tarde, no final do teste:
Vou pedir-lhe para memorizar estas palavras.
Irei pedir-lhe que as repita de novo, no final do teste.

Cotação: Não é atribuída pontuação à prova de memória (evocação imediata, ensaios 1 e 2).

6. Atenção/concentração

Sequência numérica em sentido directo


Administração: O examinador lê uma sequência de 5 dígitos, ao ritmo de um dígito por segundo, logo após ter dado as
seguintes instruções:
Vou dizer-lhe alguns números e, quando eu tiver terminado quero que repita esses números na mesma ordem em que eu os
disse. Está preparado(a)?
Atenção! 2 —1 — 8 — 5 — 4.

☐/1
Sequência numérica em sentido inverso
Administração: O examinador lê uma sequência d 3 dígitos ao ritmo de um dígito por segundo, logo após ter dado as
seguintes instruções:
Agora vou dizer-lhe alguns números e, quando eu tiver terminado, quero que repita esses números na ordem inversa à que eu
lhe disse. Está preparado(a)?
Atenção! 7 — 4 — 2.

☐/1
Cotação: Atribuir 1 ponto por cada sequência repetida correctamente (n.b.: a ordem exacta de repetição da sequência numérica em sentido inverso é 2-4-7).
Atribuir 0 pontos, por cada repetição incorrecta (sentido directo e sentido inverso).
Código
6. Atenção/concentração

Concentração
Administração: O examinador lê uma séria de letras ao ritmo de um dígito por segundo, logo após ter dado as seguintes instruções:
Vou ler uma sequência de letras, uma série de letras.
De cada vez que eu disser a letra A, dê uma pancadinha com a mão, na mesa.
Quando eu disser uma outra letra diferente, não dê pancada com a mão.
Está preparado(a)?

F B A C M N A A J K L B A F A K D E A A A J A M O F A A B

☐/1
Cotação: Atribuir 1 ponto se a execução é correcta (admite apenas a ocorrência de um erro).
Atribuir 0 pontos se houver mais do que um erro, isto é ≥ 2 erros (considera-se erro quando o sujeito dá uma pancada sendo a letra dita errada – outra letra que
não A; ou quando o sujeito não dá uma pancada, tendo sido dita a letra A). [assinalar claramente, na folha de registo, o número e tipo de erros]

7. Atenção/concentração

Subtracção em sequência de 7
Administração: O examinador dá as seguintes instruções:
Agora vou pedir-lhe que calcule 100 menos 7 e, depois, continue a subtrair 7 ao número que deu como resposta, até eu lhe
dizer para parar.
Percebeu?
Está preparado(a)?.
Repetir a instrução duas vezes, se necessário.
Parar, após serem efectuadas 5 subtracções (independentemente de estarem correctas ou incorrectas).

93 86 79 72 65

☐/3
Cotação: Nesta prova, pontuação total possível é de 3 pontos. A pontuação será de 0 pontos se nenhuma subtracção estiver correcta. Atribuir 1 ponto por uma
subtracção correcta; 2 pontos por 2 ou 3 subtracções correctas; e 3 pontos por 4 ou 5 subtracções correctas. Cada subtracção é avaliada individualmente, isto
é, se o sujeito comete um erro de subtracção, mas depois faz subtracções de 7 correctas, a partir do número que dá como resposta, é atribuída pontuação a
essas respostas. Por exemplo, um sujeito responde 100-7 = 92-85-78-71-64; a resposta 92 é incorrecta, mas os números seguintes foram correctamente
subtraídos, pelo que se deve atribuir uma pontuação de 3.

7. Linguagem (repetição de frases)


Administração: O examinador dá as seguintes instruções:
Agora vou ler uma frase. Quero que a repita, tal como eu a disse, logo depois de eu terminar de a ler [pausa]:
Eu apenas sei que hoje devemos ajudar o João. _______

Após esta primeira tarefa, o examinador diz:


Agora vou ler outra frase. Quero que a repita, tal como eu a disse, logo depois de eu terminar de a ler [pausa]:

☐/2
O gato esconde-se sempre debaixo do sofá quando os cães entram na sala. _______

Cotação: atribuir 1 ponto por cada frase repetida correctamente. A repetição deve ser exacta. O examinador deve prestar atenção aos erros
por omissão, substituição e/ou adição.
Atribuir 0 pontos, por cada frase repetida incorrectamente.
Código

8. Linguagem (Fluência verbal)


Administração: O examinador dá as seguintes instruções:
Agora vou pedir-lhe que diga o maior número possível de palavras que começam por uma letra do alfabeto, que lhe vou dizer
a seguir. Pode dizer qualquer tipo de palavra, excepto nomes próprios (p. ex., António ou Lisboa), números, conjugações
verbais (p. ex., comes, comemos, comerei) e duas ou mais palavras da mesma família (p. ex., galinha, galinheiro).
Tem 1 minuto para dizer todas as palavras que se lembrar. Está pronto(a)? [pausa]
Agora, diga o maior número de palavras que comecem pela letra P.
[tempo: 60 segundos].
Pare!

☐/1
Cotação: atribuir 1 ponto se o sujeito disser 11 ou mais palavras em 60 segundos.
Registar as respostas do sujeito no verso da folha de protocolo.
Atribuir 0 pontos se o sujeito disser menos de 11 palavras (< 11 palavras).

9. Abstracção (semelhanças)
Administração: O examinador pede ao sujeito que diga o que têm em comum 2 elementos apresentados, ilustrando com o
seguinte exemplo:
Diga-me agora em que são semelhantes uma maçã e uma laranja?.
Se o sujeito dá uma resposta concreta (p. ex., têm casca), o examinador repete apenas mais uma vez:
Diga-me em que mais são semelhantes ou parecidas uma maçã e uma laranja?
Se o sujeito não dá uma resposta adequada (são frutos/fruta), o examinador deve dizer:
Sim, e ambas são frutos
Não dar quaisquer outras instruções ou explicações.

A) Depois do ensaio (item de treino), o examinador diz:


Agora diga-me, em que são semelhantes um comboio e uma bicicleta? ______

B) Após a resposta do sujeito o examinador deve perguntar:


E em que são semelhantes um relógio e uma régua? ______
Não dar pistas ou instruções suplementares.

☐/2
Cotação: Apenas os dois últimos itens são cotados (o item de treino não é cotado). Atribuir 1 ponto por cada resposta correcta (pontuação
máxima possível: 2 pontos). São aceitáveis as seguintes respostas:
Comboio/bicicleta = meios de transporte, meios de locomoção, para viajar.
Régua/relógio = instrumentos de medição, para medir.
Respostas não aceitáveis:
Comboio/bicicleta = têm rodas, andam.
Régua/relógio = têm números.
Código
10. Evocação diferida

Administração: o examinador dá as seguintes instruções:


Li há pouco uma lista de palavras e pedi-lhe que a memorizasse para repetir mais tarde. Agora, diga todas as palavras que
conseguir recordar dessa lista.
O examinador assinala com um visto (✓), no espaço para esse efeito, todas as palavras que o sujeito evoca sem a ajuda de
pistas.

Rosto Veludo Igreja Malmequer Vermelho

☐/5
Cotação: atribuir 1 ponto por cada uma das palavras recordadas sem qualquer pista.

OPCIONAL
Para as palavras que o sujeito não recorda espontaneamente, o examinador proporciona pistas de categoria semântica. Em seguida, para as
palavras que o sujeito não recorda, mesmo com pistas de categoria semântica o examinador oferece uma selecção de respostas possíveis e o
sujeito deve identificar a palavra adequada (reconhecimento). Apresentamos, no quadro que se segue, as pistas para cada palavra:

Rosto Pista de categoria: parte do corpo Escolha múltipla: nariz, rosto, mão
Veludo Pista de categoria: tecido Escolha múltipla: lã, algodão, veludo
Igreja Pista de categoria: edifício Escolha múltipla: igreja, escola, hospital
Malmequer Pista de categoria: flor Escolha múltipla: rosa, malmequer, túlipa
Vermelho Pista de categoria: cor Escolha múltipla: vermelho, azul, verde

Pista de categoria Rosto Veludo Igreja Malmequer Vermelho


Pista de escolha múltipla
Cotação: não se atribuem pontos às palavras recordadas com pistas. Assinalar com um visto (✓), no espaço para esse efeito, as palavras que
forem ditas a partir de uma pista (de categoria semântica ou de escolha múltipla). Ao serem proporcionadas pistas, os dados obtidos nesta prova
oferecem informação clínica sobre a natureza das dificuldades mnésicas. Quando se trata de dificuldades de recuperação de informação, o
desempenho pode melhorar graças às pistas. No caso de dificuldades no processo de codificação, as pistas não melhoram o desempenho.

11. Orientação

Administração: O examinador dá as seguintes instruções:


Diga-me qual é a data de hoje?
Se o sujeito der uma resposta incompleta, o examinador diz:
Diga o ano, o mês, o dia do mês (data) e o dia da semana (não questionar para as categorias temporais que o sujeito já
referiu).

Dia do mês Mês Ano Dia da semana Lugar Localidade

A seguir, o examinador pergunta: Diga como se chama o lugar onde estamos agora e em que cidade/vila/aldeia nos
encontramos.

☐/6
Cotação: atribuir 1 ponto por cada item correctamente respondido.
O sujeito deve saber a data exacta e o local exacto (hospital, clínica, escritório, etc.).
Atribuir 0 pontos se o sujeito se engana em 1 dia, no dia do mês e da semana.

PONTUAÇÃO TOTAL
Some todos os pontos assinalados na margem direita da folha de protocolo (para uma pontuação máxima possível de 30 pontos). Atribuir um ponto
suplementar se o sujeito tem 12 ou menos anos de escolaridade (se o resultado total no MoCA é inferior a 30). Uma pontuação total igual ou superior
a 26 é considerada normal.

☐/30
Nasreddine, Z. S., Phillips, N. A., Bédirian, V., Charbonneau, S., Whitehead, V., Collin, I., Cummings, J. L., & Chertkow, H. (2005). The Montreal Cognitive Assessment,
MoCA: a brief screening tool for mild cognitive impairment. Journal of the American Geriatrics Society, 53(4), 695-699.
Código

Figura complexa de Rey


Instituto Superior Miguel Torga

Tempo aplicação ca. 20 minutos Indicações principais avaliação organização visoespacial e


memória

Cotação pelo entrevistador com algum treino Composição 3 Momentos

Materiais Cartão estímulo; duas folhas A4 brancas; 4 canetas de cor (vermelha, azul, verde,
ver laranja); um cronómetro

1. Cópia

Administração: Mostrar o cartão na horizontal (o pequeno losango orientado para a direita do sujeito e ponta para baixo) e
dizer:
Tem aqui um desenho; vai copiá-lo nesta folha; não é preciso fazer um cópia perfeita; é preciso, no entanto, que tenha
atenção às proporções e, sobretudo, não esqueça nada. Não é preciso trabalhar à pressa. Comece com esta caneta.
Accionar o cronómetro discretamente.
Quando mudar de cor:
Se começar no grande, quando muda para o pequeno
Se começar no pequeno, quando muda para outro pequeno

Registar o tempo.
Pausa de 3 minutos. Arrumar o cartão-estímulo, arrumar a cópia. Escrever o nome da pessoa atrás do desenho. Limpar o
cronómetro, etc.

Tempo ____________ Tipo _____________ ☐/36


2. Memória (3 min)

Administração: O examinador dá uma folha em branco e uma caneta qualquer e pede:


Agora tente fazer o desenho de memória

☐/36
3. Memória (20-30 min)

Administração: O examinador dá uma folha em branco e uma caneta qualquer e pede:


Agora tente fazer aquele desenho outra vez de memória

Cotação ☐/36
Cotação
tação para cada um dos 18 elementos
ementos
(to máximo = 36)
(total
Bem colocado 2 pontos
Correcto
Mal colocado 1 ponto
Bem colocado 1 ponto
Distorcido ou incompleto, mas reconhecível
Mal colocado 1/2 ponto

Ausente ou irreconhecível 0 pontos

Rey, A. (1941). L’examen psychologique dans les cas d’encephalopathie traumatique. Archives of Psychology, 28, 286–340.
Anexo 6
FAB – Bateria de Avaliação Frontal
1. Semelhanças (conceptualização)

“Diga em que são semelhantes...”


Uma banana e uma laranja
No caso da resposta ser totalmente errada (“não têm nada de semelhante”) ou parcialmente errada
(“ambas têm pele”), ajudar, dizendo: “a banana e a laranja são ambas...”. Mesmo que o doente
responda correctamente após a ajuda, a pontuação é 0. Nos itens seguintes não deve ser dada
nenhuma ajuda.
Uma mesa e uma cadeira
Uma tulipa, uma rosa e uma margarida

Pontuação (só se consideram correctas as respostas por categorias: frutos, mobília e flores):
Três correctas 3
Duas correctas 2
Uma correcta 1
Nenhuma correcta 0

2. Fluência lexical (flexibilidade mental)

“Diga todas as palavras que se lembrar que comecem com a letra P, excepto nomes próprios e
apelidos.”
Se durante os primeiros 5 segundos o doente não der nenhuma resposta, dizer: “por exemplo, pato”. Se
ao fim de 10 segundos o doente continuar sem responder, estimulá-lo dizendo: “qualquer palavra que
comece com a letra P”. A duração da tarefa é de 60 segundos.

Pontuação (repetições de palavras ou variações [e.g., pato, patinho], apelidos e nomes próprios não
são considerados respostas correctas):
Mais de nove palavras 3
Seis a nove palavras 2
Três a cinco palavras 1
Menos de três palavras 0

3. Séries motoras (programação)

“Olhe com atenção para aquilo que estou a fazer.”


O examinador, sentado em frente ao doente, executa sozinho três vezes, com a mão esquerda, a série
de Luria “punho-eixo-palma”. Em seguida, diz: “Agora, com a sua mão direita, faça o mesmo, primeiro
comigo, depois sozinho”. Executa a série três vezes com o doente e depois diz-lhe: “agora, continue
sozinho”.

Pontuação:
Seis séries correctas consecutivas sozinho 3
Pelo menos três séries correctas consecutivas sozinho 2
Não consegue sozinho mas executa três séries consecutivas com o examinador 1
Não executa três séries consecutivas, nem sozinho, nem com o examinador 0
4. Instruções antagónicas (sensibilidade à interferência)

“Bata duas vezes na mesa quando eu bater uma”


Para ter a certeza que o doente compreendeu a instrução faça uma série de três ensaios: 1-1-1.
“Bata uma vez na mesa quando eu bater duas”
Fazer série de três ensaios: 2-2-2.

O examinador executa a seguinte série: 1-1-2-1-2-2-2-1-1-2

Pontuação:
Sem erros 3
Um ou dois erros 2
Mais de dois erros 1
O paciente bate igual ao examinador pelo menos quatro vezes consecutivas 0

5. Go-No-Go (controlo inibitório)

“Bata uma vez na mesa quando eu bater uma vez”


Fazer série de três ensaios: 1-1-1.
“Quando eu bater duas vezes, não bata”
Fazer série de três ensaios: 2-2-2.

O examinador executa a seguinte série: 1-1-2-1-2-2-2-1-1-2

Pontuação:
Sem erros 3
Um ou dois erros 2
Mais de dois erros 1
O paciente bate igual ao examinador pelo menos quatro vezes consecutivas 0

6. Comportamento de preensão (autonomia ambiental)

“Não aperte as minhas mãos”


O examinador, sentado em frente ao doente, coloca as mãos deste com a palma para cima sobre os
joelhos do doente. Sem dizer nada, coloca as suas mãos sobre as do doente para ver se ele as aperta
espontaneamente. Se as apertar, o examinador tenta novamente depois de lhe dizer: “agora, não aperte
as minhas mãos”.

Pontuação:
Não aperta as mãos do examinador 3
Hesita e pergunta o que fazer 2
Aperta as mãos do examinador sem hesitação 1
Aperta as mãos do examinador mesmo depois de lhe ter sido dito para não o fazer 0

Total: __________
Máximo (18 pontos)

Dubois, B., Slachevsky, A., Litvan, I., & Pillon, B. (2000). The FAB: A frontal assessment battery at bedside. Neurology, 55, 1621-1628.
Lima, C. F., Meireles, L., Fonseca, R., Castro, S. L., & Garrett, C. (2008). The Frontal Assessment Battery (FAB) in Parkinsonʼs disease and
correlations with formal measures of executive functioning. Journal of Neurology, 255(11), 1756-1761.
Anexo 7
ESCALA DE SOLIDÃO – UCLA – DANIEL RUSSELL
Versão Portuguesa Margarida Pocinho & Carlos Farate (2005)

Frequentemente Algumas vezes Raramente Nunca

1 ‐ Sente‐se infeliz por fazer muitas coisas sozinho

2 ‐ Sente que não tem alguém com quem falar

3 ‐ Sente que tem falta de companhia

4 ‐ Sente‐se como se realmente ninguém o compreendesse

5 ‐ Sente que não tem ninguém a quem possa recorrer

6 ‐ Não se sente ínMmo de qualquer pessoa

7 ‐ Sente que os que o rodeiam já não comparMlham dos seus interesses

8 ‐ Sente‐se abandonado

9 ‐ Sente‐se completamente só

10 ‐ É incapaz de estabelecer contactos e comunicar com os que o rodeiam

11 ‐ As suas relações sociais são superficiais

12 ‐ Considera que na realidade ninguém o conhece bem

13 ‐ Sente‐se isolado das outras pessoas

14 ‐ Sente‐se infeliz de estar tão afastado dos outros

15 ‐ É‐lhe diecil fazer amigos

16 ‐ Sente‐se posta à margem e excluída das outras pessoas

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