Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
28
28
A
LV
GASTROENTEROLOGIA
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
Doença Clorido Péptica
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
UNO
BR
A
AT
EN
1 0R
28
3
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
28
A
LV
SI
O
UN
BR
FIGURAS
A
AT
EN
0R
81
32
» FIGURA 1 - Imagem ilustrativa das regiões anatômicas e camadas histológicas
46
28
do estômago
28
» FIGURA 2 - Mucosa gástrica normal, com erosão e com ulceração
A
» FIGURA 3 - Gastrite crônica secundária à infecção pelo H. pylori
LV
SI
» FIGURA 4 - Classificação em intensidade normal, leve, moderada e intensa da
O
» atrofia do antro e do corpo
UN
FIGURA 5 - Representação esquemática da evolução da metaplasia gástrica
BR
no intestino
A
»
AT
»
FIGURA 7 - Corte histológico de mucosa gástrica, corado por hematoxilina e
0R
»
28
.2 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
BR
QUADROS
A
AT
EN
0R
81
32
46
» QUADRO 1 - Classificação de Sydney modificada
28
» QUADRO 2 - Graus do Sistema OLGA
28
» QUADRO 3 - Sistema OLGA relacionando localização e intensidade da atrofia gástrica
A
LV
» QUADRO 4 - Etiologia de úlceras pépticas
SI
» QUADRO 5 - IV Consenso Brasileiro de Infecção pelo H. pylori propõe algumas
O
UN
opções terapêuticas
BR
» QUADRO 6 - IBPs em doses habituais e doses plenas disponíveis em nosso meio
A
» QUADRO 7 - Indicações para o uso de IBPs
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
UNO
BR
A
AT
EN
1 0R
28
3
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
SUMÁRIO .3
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
BR
SUMÁRIO
A
AT
EN
0R
81
32
46
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO MÓDULO 8
28
28
A
LV
SI
1 GASTRITES 11
O
UN
1.1 GASTRITES E GASTROPATIAS AGUDAS
1.1.1 GASTROPATIA AGUDA BR
A
AT
2.1.1 ETIOPATOGENIA
A
2.1.3 TERAPÊUTICA
EN
0R
1
3 ÚLCERAS PÉPTICAS 23
328
46
3.1 EPIDEMIOLOGIA
28
3.2 ETIOPATOGÊNESE
28
3.4 COMPLICAÇÕES
SI
O
UN
BR
A
AT
.4 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
BR
SUMÁRIO
A
AT
EN
0R
81
32
46
4 HELICOBACTER PYLORI E CONDIÇÕES ASSOCIADAS
28
27
28
4.1 PATOGÊNESE
A
LV
4.2 DIAGNÓSTICO
SI
4.3 TRATAMENTO
O
UN
4.3.1 CONTROLE DE TRATAMENTO
BR
A
5 INIBIDORES DE BOMBA DE PROTONS
AT
31
EN
REFERÊNCIAS 36
SI
UNO
BR
A
AT
EN
1 0R
28
3
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
SUMÁRIO .5
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
ICONOGRAFIA
BR
A
AT
EN
0R
81
32
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
46
APRENDIZAGEM
28
PARA SABER
28
A
LV
SI
SAIBA MAIS
O
UN
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADE
S
BR
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
A
AT
EN
0R
81
GLOSSÁRI QUESTÕE
32
O S
46
28
28
A
LV
MÍDIAS
SI
ÁUDIO
INTEGRADAS
S
UNO
BR
A
AT
EN
ANOTAÇÕES CITAÇÕE
0R
S
1
328
46
28
28
EXEMPLOS DOWNLOADS
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
.6 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
INFORMAÇÕES SOBRE A
SI
O
UN
BR
AUTORA
A
AT
EN
0R
Vera Lúcia Ângelo Andrade
81
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com
32
Residência de Clínica Médica/Patologia Clínica na Fundação das Pioneiras Sociais.
46
Especialista em Gastroenterologia pela Federação Brasileira de Gastroenterologia e
28
28
em Doenças Funcionais e Motilidade Digestiva pelo Hospital Israelita Albert Einstein.
A
Mestra e doutora em Ciências (área de concentração: Patologia Geral) pela UFMG.
LV
SI
Membra da Federação Brasileira de Gastroenterologia e da Sociedade Brasileira de
O
Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia; membra internacional da American
UN
Neurogastroenterology and Motility Society e da American Gastroenterological
Association. Docente da Universidade Vale do Rio Verde (UninCor).
BR
A
AT
EN
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
0R
81
32
As gastrites são alterações inflamatórias da mucosa gástrica que podem ser agudas
3
46
das gastrites e terá especial atenção. As úlceras pépticas, a dispepsia não ulcerosa, o
A
LV
relacionadas a essa bactéria. Esses dois últimos serão abordados em outro módulo.
O
UN
BR
A
AT
SUMÁRIO .7
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
Especial atenção também será dada aos IBPs e sua farmacologia aplicada ao trato
O
digestivo. Os IBPs são usados amplamente na prática clínica, e caberá a você,
UN
gastroenterologista, saber prescrever com segurança e conhecer os seus possíveis
BR
efeitos colaterais e, ainda, aprender a distinguir entre uso e abuso desses
A
AT
medicamentos.
EN
0R
Como pode perceber, será um conteúdo extenso para ser estudado e que merece ser
81
32
aprofundado não só para a preparação para a prova de título de especialista, mas
46
para que seja um gastroenterologista pleno após ser aprovado.
28
28
OBJETIVOS DE
A
LV
SI
O
APRENDIZAGEM DO MÓDULO
UN
BR
A
Ao final deste módulo, espera-se que você seja capaz de:
AT
EN
0R
úlceras pépticas, Helicobacter pylori e afecções, bem como saber sobre o uso de
28
endoscópicos e microscópicos.
1
28
.8 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
•Avaliar e hierarquizar as decisões terapêuticas nos diferentes tipos de gastrites,
SI
baseando-se nos conhecimentos corretamente adquiridos sobre o assunto.
O
UN
•Recordar o papel do H. pylori na etiopatogênese das afecções associadas a essa
BR
bactéria.
A
•Diferenciar por meio de exames propedêuticos gastrites agudas, gastropatias e
AT
EN
gastrites crônicas.
0R
•Indicar os melhores método diagnóstico e técnica de coleta de espécimes gástricas
81
para o H. pylori, teste da uréase marcada, estudo histopatológico ou combinação
32
entre elas.
46
28
•Discutir a necessidade de acompanhamento das gastrites crônicas, com risco para
28
evolução para neoplasia. Aprender e aplicar os conhecimentos sobre planejamento
A
LV
temporal desse acompanhamento.
SI
•Identificar e aplicar na prática clínica os conhecimentos em Epidemiologia,
O
Etiopatogenia, Fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento e
UN
BR
complicações da dispepsia não ulcerosa. A
•Classificar a dispepsia funcional baseada no consenso de Roma IV.
AT
endoscópicos e histopatológicos.
28
28
relacionadas ao H. pylori.
LV
pylori.
U
SUMÁRIO .9
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
•Apontar, hierarquizar e aplicar a melhor sequência terapêutica para a erradicação do
O
UN
Helicobacter pylori e afecções associadas baseando-se no mais recente guideline
BR
nacional.
A
•Analisar a terapêutica das doenças clorido-pépticas nas gastrites, dispepsia não
AT
ulcerosa e úlceras pépticas.
EN
0R
•Explicar os tipos de inibidores de bomba de prótons, diferenças farmacológicas e
81
indicações terapêuticas.
32
•Avaliar criticamente a desprescrição de inibidores de bomba de prótons.
46
•Avaliar e hierarquizar a decisão terapêutica considerando conhecimentos
28
28
corretamente adquiridos sobre as doenças clorido-pépticas.
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
UNO
BR
A
AT
EN
0R
1
328
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
.10 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
1 GASTRITES
O
UN
BR
As gastrites são alterações inflamatórias frequentes da mucosa gástrica. O
A
AT
diagnóstico obrigatoriamente depende do exame endoscópico com estudo
EN
microscópico de espécimes das biópsias gástricas, portanto, não se admite o
0R
diagnóstico clínico de gastrite. Podem ser classificadas temporalmente em agudas
81
ou crônicas e/ou histopatologicamente. Várias classificações já foram realizadas, e a
32
46
mais utilizada é a de Sydney modificada. Foram propostos também estágios OLGA
28
(link operativo para avaliação de gastrite) para melhor estudo das gastrites crônicas;
28
é importante que esteja atento a essas novas propostas de classificação. A seguir,
A
LV
serão abordados diferentes tipos de gastrites.
SI
O
UN
Mas, antes de abordarmos as gastrites, será feita breve revisão de anatomia e
BR
histologia. A figura a seguir mostra a anatomia gástrica (corpo, antro e fundo) e
A
histologia gástrica (mucosa, submucosa, musculares e serosa).
AT
EN
0R
HISTOLÓGICAS DO ESTÔMAGO
32
46
28
28
A
LV
SI
UNO
BR
A
AT
EN
1 0R
28
3
46
28
28
A
LV
SI
O
SUMÁRIO .11
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
1.1 GASTRITES E GASTROPATIAS AGUDAS
O
UN
BR
A distinção entre as entidades patológicas agudas – gastrite e gastropatia – ainda
A
traz dúvidas para gastroenterologistas. Gastrite aguda é a lesão epitelial na mucosa
AT
EN
gástrica com processo inflamatório, e a gastropatia é a lesão gástrica na ausência de
0R
infiltrado inflamatório.
81
32
1.1.1 GASTROPATIA AGUDA
46
28
Gastropatia é definida como lesão epitelial da mucosa gástrica ao exame
28
endoscópico e ausência de infiltrado inflamatório no exame histopatológico.
A
LV
Etiologicamente, pode ser decorrente do uso de medicamentos, principalmente os
SI
anti-inflamatórios não hormonais (AINES) ou libação alcoólica. Outras causas de
O
UN
gastropatia, porém crônicas, são por hipertensão portal (causa vascular) ou refluxo
BR
biliar. Os sintomas dependem da etiologia e da intensidade da exposição ao agente
A
AT
a seguir ilustra: mucosa normal; erosão que não atinge muscular da mucosa; e
A
LV
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM,
O
2019.
UN
BR
A
AT
.12 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O tratamento será com supressão ácida com uso de IBPs e, caso necessário,
O
UN
protetores de mucosa como sucralfato e/ou antiácidos com anestésicos, caso seja
BR
necessário controle da dor. A resolução ocorre em torno de 7 a 14 dias, desde que o
A
agente agressor seja eliminado.
AT
EN
0R
Veja como o tema pode ser abordado em prova:
81
32
46
Paciente jovem, previamente hígido, foi atendido na urgência devido à hematêmese.
28
Relata estar usando nimesulida para trauma ortopédico em partida de futebol. Quais
28
são o diagnóstico clínico mais provável e a melhor conduta diagnóstica e/ou
A
LV
terapêutica?
SI
O
a. Gastrite aguda, e solicitar endoscopia digestiva alta.
UN
BR
b. Gastrite aguda, e iniciar uso de inibidor de bomba de prótons.
A
c. Gastropatia aguda, e iniciar uso de inibidor de bomba de prótons.
AT
EN
Resposta correta: c.
32
46
28
Justificativa do gabarito:
28
A
SUMÁRIO .13
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
1.1.2 GASTRITE AGUDA
BR
Gastrite aguda é a agressão da mucosa, por processo inflamatório. Etiologicamente
A
AT
a infecção aguda mais frequente é pelo H. pylori. A história clínica, assim como na
EN
gastropatia aguda, é a norteadora do diagnóstico. A EDA só será solicitada quando
0R
houver hemorragia digestiva ou dúvida diagnóstica. Biópsias raramente são
81
32
necessárias, e quando realizadas a submucosa pode apresentar hiperemia, edema,
46
além de infiltrado inflamatório de poli-morfonucleares e macrófagos. O tratamento é
28
feito com supressão ácida com uso de IBPs e, caso necessário, protetores de
28
mucosa como sucralfato e/ou antiácidos com anestésicos, caso seja necessário
A
LV
controle da dor. A resolução dos sintomas ocorre em torno de 7 a 14 dias, porém
SI
pode ser necessário o tratamento do agente etiológico específico.
O
UN
FIQUE ATENTO SOBRE O DIAGNÓSTICO DE “GASTRITE NERVOSA” BR
A
AT
EN
Essa entidade patológica não existe e pode causar iatrogenia diagnóstica. Embora
0R
frequentemente citado como agente etiológico das gastrites, o estresse não leva
81
gastrite antral, e pangastrite (quando acomete tanto corpo quanto antro). Essas
46
28
.14 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
QUADRO 1 - CLASSIFICAÇÃO DE SYDNEY MODIFICADA
BR
TIPO DE FATORES
A
GASTRITE ETIOLÓGICOS
AT
ATRÓFICA Autoimune Autoimune.
EN
Atrófica multifocal H. pylori.
Fatores ambientais são questionados. H. pylori.
0R
81
32
46
NÃO ATRÓFICA
28
28
OUTROS TIPOS DE GASTRITE (formas Idiopática? Resposta imune atípica ao H. pylori?
especiais) Autoimune? Glúten associado?
A
LV
Linfocítica Alergenos.
SI
Eosinofílica Sarcoidose, granulomatose de Wegener, doença de
O
Crohn, vasculites.
Granulomatosa
UN
BR
A
AT
SUMÁRIO .15
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
1.2.1 GASTRITE CRÔNICA ATRÓFICA
BR
A
AT
A progressão do processo inflamatório da gastrite crônica pode levar à atrofia da
EN
mucosa antral, do corpo ou em ambas as topografias (pangastrite), como ilustrado
0R
na figura a seguir.
81
32
46
FIGURA 4 - CLASSIFICAÇÃO EM INTENSIDADE NORMAL, LEVE, MODERADA E
28
INTENSA DA ATROFIA DO ANTRO E DO CORPO
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
da mesma linhagem, nesse caso mucosa intestinal, também pode ocorrer como
U
BR
ilustrado na figura a seguir. Colorações especiais podem ser necessárias para definir
A
NO INTESTINO
1
328
46
28
28
A
LV
SI
O
.16 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
Visando normatizar a gradação do fenótipo da gastrite atrófica, um grupo de
O
gastroenterologistas e patologistas (The Operative Link of Gastritis Assesment –
UN
BR
OLGA) reuniu-se e propôs a classificação evolutiva em estágios (OLGA I a IV),
considerando a localização endoscópica, a gravidade da atrofia e possível etiologia
A
AT
(infecção pelo H. pylori ou autoimune). Para que o estadiamento OLGA possa ser
EN
usado corretamente é fundamental a padronização da coleta das biópsias. As
0R
mesmas devem ser realizadas na pequena e grande curvatura de antro (A1 e A2), na
81
32
incisura angularis (A3) e na pequena e grande curvatura de corpo (C1 e C2) – sendo
46
no mínimo em cinco locais e separadas em três frascos. Os possíveis estadiamentos
28
28
no sistema OLGA podem ser sumarizados no quadro a seguir.
A
LV
QUADRO 2 - GRAUS DO SISTEMA
SI
OLGA
O
OLGA 0: ausência de atrofia.
UN
OLGA I: atrofia leve.
OLGA II: atrofia em diferentes locais de biópsias. BR
A
OLGA III: moderada atrofia em corpo e antro, associada à metaplasia intestinal.
AT
H. pylori, uma vez que já está estabelecido o seu papel etiológico na gastrite crônica
A
com potencial evolutivo para o câncer gástrico. A tabela a seguir sumariza possíveis
LV
13.
SI
O
UN
BR
A
AT
SUMÁRIO .17
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
O esquema a seguir representa a cascata da carcinogênese.
BR
A
AT
FIGURA 6 - CASCATA DA CARCINOGÊNESE
EN
0R
Resposta Perda de
Infecção da
inflamatória célulase Gastrite Metaplasia
mucosa gástrica Displasia Adenocarcinoma
cronicamente glândulas de atrófica intestinal
pelo H. pylori
81
ativa mucosa gástrica
32
46
FONTE: RIBEIRO; COELHO; COELHO, 2019, p. 13.
28
28
Os programas de vigilância para câncer gástrico devem ser reservados para
A
pacientes incluídos em OLGA III e IV, a cada 2 anos, segundo o IV Consenso
LV
Brasileiro do H. pylori.
SI
O
A endoscopia e o estudo histológico baseando-se no Sistema OLGA são
UN
fundamentais para identificar precocemente e com possibilidade de cura o câncer
gástrico, reduzindo a morbimortalidade por essa doença (o quinto câncer mais BR
A
AT
comum no mundo).
EN
a. OLGA I.
A
LV
SI
b. OLGA II.
NO
c. OLGA III.
U
BR
d. OLGA IV.
A
AT
Resposta: letra c.
EN
0R
Justificativa do gabarito:
1
28
.18 SUMÁRI
EN
O
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
1.3 TIPOS ESPECIAIS DE GASTRITES
BR
A
Existem tipos pouco frequentes de gastrite crônica que merecem ser detalhados a
AT
EN
seguir.
0R
1.3.1 GASTRITE LINFOCÍTICA
81
32
A gastrite linfocítica é um tipo pouco comum de gastrite crônica, com prevalência em
46
28
torno de 1%, tendo sido descrita por Haot et al. em 1985. No Brasil, foi descrita por
28
nosso grupo em 1998. A sua etiologia ainda não foi estabelecida, mas pode tratar-se
A
LV
de resposta imune atípica ao H. pylori. Microscopicamente é caracterizada por
SI
intenso infiltrado inflamatório linfocitário intraepitelial, com número de linfócitos acima
O
UN
de 15/células epiteliais. A figura a seguir ilustra corte histológico com elevada
BR
contagem de linfócitos intraepiteliais na mucosa gástrica, caracterizando a gastrite
A
linfocítica.
AT
EN
0R
SÃO FACILMENTE IDENTIFICADOS PELO NÚCLEO ESCURO COM HALO CLARO AO REDOR)
32
46
28
28
A
LV
SI
UNO
BR
A
AT
EN
10R
3 28
46
28
SUMÁRIO .19
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
1.3.2 GASTRITE EOSINOFÍLICA
BR
A
Gastrite eosinofílica é uma entidade patológica pouco frequente caracterizada por
AT
EN
intenso infiltrado eosinofílico na mucosa e submucosa gástrica. Embora a etiologia
0R
ainda não esteja esclarecida, a alergia está altamente implicada, e pode estar
81
associada à gastroenterite eosinofílica. Eosinofilia ocorre em 20% dos casos. O
32
diagnóstico é realizado com estudo histopatológico de biópsias gástricas, e três
46
28
formas já foram descritas, relacionadas com o predomínio do infiltrado eosinofílico:
28
mucosa, muscular ou serosa, sendo essa a mais rara. Testes alérgicos podem
A
contribuir com o diagnóstico. O tratamento varia da intensidade e do tipo de
LV
SI
apresentação. O medicamento prednisona reduz os sintomas e pode manter
O
remissões. Anti-histamínicos e cromoglicato são pouco eficazes.
UN
BR
1.3.3 GASTRITE GRANULOMATOSA
A
AT
EN
Gastrites granulomatosas não infecciosas são muito raras, menos de 0,3% dos
0R
a. Glúten.
1
328
b. Helicobacter pylori.
46
28
c. Sensibilidade alimentar.
28
d. Vasculites.
A
LV
Resposta: letra d.
SI
O
UN
BR
A
AT
.20 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
Gabarito e justificativa:
UN
BR
a. Glúten: relacionado a gastrite linfocítica ou eosinofílica.
A
b. Helicobacter pylori: pode estar relacionada a gastrite linfocítica.
AT
c. Sensibilidade alimentar: relacionada com a gastrite eosinofílica.
EN
d. Vasculites etiologicamente relacionadas a granulomatose de Wegener e outras
0R
vasculites.
81
32
46
28
2 DISPEPSIA NÃO ULCEROSA
28
A
LV
SI
Dispepsia é um termo que sugere sintomas, queimação, incômodo e sensação de
O
plenitude pós-prandial, podendo acometer até 20% da população. A dor pode ser
UN
confundida com gastrite, úlcera gástrica ou duodenal; porém, nessa condição não há
BR
nenhuma alteração.
A
AT
EN
sempre foi um desafio para o gastroenterologista, e foi mais bem definido pela Rome
28
2.1.1 ETIOPATOGENIA
1 0R
muitos pacientes com dispepsia funcional, porém estão presentes em pacientes com
28
cítricos,
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
SUMÁRIO .21
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
café e álcool, têm sido implicados no aparecimento de sintomas, porém não há
O
UN
estudos científicos que comprovem essa correlação. A relação entre secreção
BR
gástrica e dispepsia também não foi comprovada. Por outro lado, há vários estudos
A
que correlacionam distúrbios de motilidade com os sintomas dispépticos. O papel do
AT
H. pylori continua controverso; e o papel dos fatores psicossociais é muito relevante.
EN
0R
Pacientes com dispepsia funcional têm maior frequência de depressão e ansiedade.
81
2.1.2 DIAGNÓSTICO E PROPEDÊUTICA
32
46
O diagnóstico é fundamentalmente clínico, baseando-se nos critérios de Roma IV e
28
28
nos sintomas que precisam estar presentes nos últimos três meses e devem ter
A
início há pelo menos 6 meses.
LV
SI
O
A anamnese e o exame físico devem ser bem detalhados. Os sintomas são: dor
UN
epigástrica, queimação epigástrica, saciedade precoce, sensação de plenitude
BR
pós-prandial, na ausência de lesões estruturais na endoscopia digestiva que
A
AT
indicado como rotina, e estudo de esvaziamento gástrico também não faz parte da
28
investigação de rotina.
A
LV
SI
2.1.3 TERAPÊUTICA
NO
.22 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
Veja como o tema pode ser abordado em prova:
BR
A
AT
Paciente de 20 anos consulta-se devido à queimação persistente na região
EN
epigástrica e empachamento nos últimos seis meses, com piora nos últimos
0R
três meses. Está muito preocupada, pois já consultou várias vezes, e o
81
médico diagnosticou gastrite nervosa, após exame endoscópico. Qual é a
32
melhor conduta a ser adotada?
46
28
28
a. Confirmar o diagnóstico de gastrite nervosa e indicar psicoterapia.
A
b. Diagnosticar dispepsia funcional e tranquilizar a paciente.
LV
c. Solicitar novo exame endoscópico, com biópsias e classificação de OLGA.
SI
d. Solicitar novo exame endoscópico, com biópsias para pesquisa do H.
O
UN
pylori.
BR
A
AT
Resposta: letra b.
EN
0R
Gabarito e justificativa:
81
32
46
idade da paciente.
NO
3 ÚLCERAS PÉPTICAS
1 0R
28
3
SUMÁRIO .23
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
FIGURA 8 - ÚLCERA GÁSTRICA
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
81
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM,
32
2019.
46
28
3.1 EPIDEMIOLOGIA
28
perfurações.
A
AT
EN
3.2 ETIOPATOGÊNESE
0R
1
28
pylori revolucionou o diagnóstico das mesmas. O aforismo “sem ácido, sem úlcera”,
28
descrito pelo médico croata Karl Schwartz em 1910, caiu por terra com referida
28
.24 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
O aumento da secreção ácida só é visto em 30% dos pacientes com úlcera
SI
O
duodenal. O principal mediador da secreção ácida é a gastrina. Secreções em que
UN
há hipergastrinemia aumentam o risco de ulcerogênese. A resposta exagerada da
BR
produção de gastrina também pode ocorrer por menor produção de somatostatina,
A
AT
que inibe as células G, produtoras de gastrina. Outros fatores que estimulam a
EN
secreção ácida são a acetilcolina e a histamina. Os anti-inflamatórios não esteroides
0R
podem induzir a úlceras pépticas através da supressão das prostaglandinas, que
81
reduzem a produção de muco, comprometendo a defesa da mucosa gástrica.
32
46
28
Pode-se resumir os fatores agressores em: ácido, pepsina, anti-inflamatórios e o
28
H. pylori. A presença dessa bactéria levaria a maior produção de ácido, que chegaria
A
LV
ao duodeno. Nessa topografia em reação à agressão metaplasia gástrica, surgiria e
SI
seria colonizada. A inflamação das áreas metaplásicas levaria a menor vitalidade do
O
UN
tecido, com aumento de produção ácida local – e aí surgiria a úlcera duodenal.
BR
A
Os mecanismos de defesa são camada de muco, bicarbonato e o epitélio de
AT
Doenças granulomatosas.
EN
Idiopatia.
1
3 28
46
SUMÁRIO .25
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
FIGURA 9 - POSSÍVEIS MECANISMOS ETIOPATOGENESE DAS ÚLCERAS
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
O sintoma mais prevalente é a dor abdominal, mas a mesma não permite distinguir a
SI
3.4 COMPLICAÇÕES
1
328
46
Após o início da era dos IBPs, complicações por úlceras, tais como hemorragias,
28
perfurações e até óbitos, são bem mais raras, segundo estudos mais recentes.
28
.26 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
BR
Doença de Ménétrier é uma hiperplasia das células mucosas da mucosa
A
gástrica, não sendo caracterizada como gastrite. Epidemiologia: mais comum
AT
em homens entre 40 e 60 anos. Etiologia: ainda não estabelecida. Sintomas:
EN
assintomática ou epigastralgia, náuseas e vômitos. Pode manifestar-se como
0R
enteropatia perdedora de proteínas, levando a hipoalbuminemia e edema.
81
32
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
Fonte: GASTRITE hipertrófica ou doença de Ménétrier. In: Site Didático de Anatomia Patológica Neuropatologia e Neuroimagem.
U NO
4 HELICOBACTER PYLORI E
BR
A
AT
EN
CONDIÇÕES ASSOCIADAS
1 0R
SUMÁRIO .27
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
4.1 PATOGÊNESE
BR
A
AT
O H. pylori atualmente é o principal agente relacionado à gastrite crônica, e
EN
consequentemente, à gastrite atrófica e ao câncer gástrico. O antro classicamente é
0R
a primeira região a ser acometida; e a distribuição da bactéria no estômago parece
81
ser indicador da evolução da gastrite. Segundo a Organização Mundial de Saúde,
32
46
esta bactéria é considerada carcinógeno do tipo I, e estima-se que em torno de 80%
28
das neoplasias gástricas estejam relacionados à infecção pelo H. pylori. A cascata
28
da carcinogênese já foi discutida anteriormente.
A
LV
SI
FIGURA 10 - MECANISMOS PATOGÊNICOS DO H. PYLORI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
UNO
BR
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM,
A
2019.
AT
EN
4.2 DIAGNÓSTICO
0R
1
28
histológico é o padrão ouro para o diagnóstico dessa infecção. Para evitar falsos
A
negativos, deve-se interromper por 2 semanas o uso de IBPs e por 4 semanas o uso
LV
.28 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
FIGURA 11 - H. PYLORI NA MUCOSA GÁSTRICA CORADA POR GIEMSA
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM,
2019.
28
28
O teste respiratório com ureia 13C é o método padrão ouro para o diagnóstico,
A
coletam-se dois fragmentos do antro e dois do corpo. A sorologia pode ser usada
U
4.3 TRATAMENTO
10R
28
3
dias (72,9%) sobe para 14 dias (81,9%). O quadro a seguir sumariza as opções
LV
SI
SUMÁRIO .29
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
QUADRO 5 - IV CONSENSO BRASILEIRO DE INFECÇÃO PELO H. PYLORI PROPÕE ALGUMAS OPÇÕES TERAPÊUTICAS
BR
TRATAMENTOS DE ERRADICAÇÃO TRATAMENTOS DE ERRADICAÇÃO
A
DE PRIMEIRA LINHA: DE SEGUNDA E TERCEIRA LINHAS:
AT
EN
1) IBP dose plena, 12/12 horas. 1) IBP dose plena, 12/12 horas.
Amoxicilina 1.000 mg, 12/12 horas. Amoxicilina 1.000 mg, 12/12 horas.
0R
Claritromicina 500 mg, 12/12 horas. Levofloxacina 500 mg, 24/24 horas.
81
Duração do tratamento: 14 dias. Duração do tratamento: 10 a 14 dias.
32
46
2) Alérgicos à penicilina: 2) IBP dose plena, 12/12 horas.
28
IBP dose plena 12/12 horas. Subcitrato de bismuto coloidal 240 mg, 12/12
28
Subcitrato de bismuto coloidal 240 mg, 12/12 horas. horas.
Tetraciclina 500 mg, 6/6 horas, ou doxiciclina 100 Tetraciclina 500 mg, 6/6 horas, ou doxiciclina
A
LV
mg, 12/12 horas. 100 mg, 12/12 horas.
SI
Metronidazol 400 mg, 8/8 horas. Metronidazol 400 mg, 8/8 horas.
Duração do tratamento:10 a 14 dias.
O
Duração do tratamento:10 a 14 dias.
UN
Fonte: Elaborado pela autora – baseado em: IV CONSENSO BRASILEIRO SOBRE INFECÇÃO POR H.
PYLORI.
BR
A
AT
semanas após finalizado o esquema terapêutico já citado. O uso de IBPs deve ser
32
suspenso por 2 semanas, e antibióticos e sais de bismuto devem ser suspensos por
46
indicam que a infecção pelo H. pylori pode diminuir a absorção de vitamina B12. Indica
28
associada ao H. pylori. Pacientes que farão uso crônico de AINES (inclui AAS em doses
LV
.30 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
5 INIBIDORES DE BOMBA
BR
DE PROTONS
A
AT
EN
0R
Os inibidores da bomba de prótons (IBP) são medicamentos que inibem
81
32
irreversivelmente a secreção de ácido gástrico por inibição específica da enzima
46
H+/K+-ATPase na superfície secretora da célula parietal gástrica. Os IBP são pró-
28
fármacos que exigem ativação em meio ácido.
28
A
LV
5.1 MECANISMO DE AÇÃO DOS IBPs
SI
O
UN
Antes de abordar o mecanismo de ação dos IBPs, é importante relembrar como
BR
ocorre a secreção do ácido gástrico. Múltiplos fatores centrais (núcleo motor dorsal
A
AT
produção de HCl. Os IBPs só agem nas bombas ativadas, e essa ativação só ocorre
A
AT
no período pré-prandial.
EN
0R
mantêm níveis estáveis da droga, bem como metabolizadores rápidos que podem
3
46
exigir doses mais altas ou dividir a dose para manter o bloqueio ácido adequado.
28
SUMÁRIO .31
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
FIGURA 12 - MECANISMO DE AÇÃO DE ANTIÁCIDOS, INIBIDORES H2 E
BR
ANTIÁCIDOS NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS CLORIDO-PÉPTICAS
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
EN
0R
81
32
46
28
Fonte: SHUTTERSTOCK.COM,
28
2019.
A
LV
.32 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
QUADRO 6 - IBPs EM DOSES HABITUAIS E DOSES PLENAS DISPONÍVEIS EM NOSSO MEIO
BR
DOSES DE IBPs (METADE DA DOSE) DOSES PLENA DE IBPs
A
AT
Omeprazol 20 mg. Omeprazol 20 mg, 12/12 horas.
EN
Lansoprazol 30 mg. Lansoprazol 30 mg, 12/12 horas.
0R
Pantoprazol 40 mg. Pantoprazol 40 mg, 12/12 horas.
81
Rabeprazol 20 mg. Rabeprazol 20 mg, 12/12 horas.
32
Esomeprazol 40 mg. Esomeprazol 40 mg, 12/12 horas.
46
Dexlansoprazol 30 mg. Dexlansoprazol 60 mg, 24/24 horas.
28
28
Fonte: Elaborado pela autora.
A
LV
SI
5.3 USO DE IBPs NA PRÁTICA CLÍNICA
O
UN
BR
Os IBPs são a melhor alternativa no tratamento das doenças clorido-pépticas, e o
A
quadro a seguir resume as suas principais indicações de uso.
AT
EN
0R
Esofagite eosinofílica.
28
Dispepsia funcional.
A
A seguir, serão discutidas algumas particularidades do uso dos IBPs nas principais
EN
0R
indicações clínicas.
1
• DRGE
28
esofagites erosivas moderadas e Barrett, deve-se iniciar com dose plena e, depois,
A
tratamento inicial de 6-8 semanas, para esses casos, e de 8-12 semanas, para
O
SUMÁRIO .33
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
crônico. Caso não haja resposta terapêutica, pode-se solicitar manometria esofágica
SI
O
para excluir distúrbios motores esofágicos e a pHmetria ou pHimpedanciometria para
UN
pesquisa de refluxo não ácido.
BR
A
AT
Nas esofagites eosinofílicas, os IBPs podem ser opção terapêutica inicial ou
EN
associados a corticoides tópicos.
0R
81
• Dispepsia funcional
32
46
O uso de IBPs pode ser usado em dose plena, metade da dose ou sob demanda; e
28
devem ser avaliados individualmente. Os resultados terapêuticos nem sempre são
28
adequados.
A
LV
SI
• Úlceras pépticas
O
UN
Os IBPs fazem parte do arsenal terapêutico tanto de úlceras gástricas quanto
BR
duodenais. Nas primeiras, o tempo de tratamento em média é de 4-8 semanas; e nas
A
duodenais, é em média de 2-4 semanas.
AT
EN
0R
Os IBPs em geral são medicamentos seguros e podem ser usados por longos
32
46
períodos, mesmo que a inibição da secreção ácida leve por feedback iniba a
28
diarreia. Outros efeitos adversos incluem fraturas por fragilidade, nefrite intersticial,
A
delgado.
0R
DESPRESCRIÇÃO DE IBPs
3
46
28
decisiva no sucesso
O
UN
BR
A
AT
.34 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
terapêutico. Atualmente, os IBPs são a primeira escolha para supressão da secreção
BR
de ácido. A eficácia de todos os IBPs parece similar em longo prazo. O
A
dexlansoprazol, tem meia-vida mais longa – tendo o diferencial de inibir a secreção
AT
EN
ácida no período supino.
0R
81
O uso deliberado dos IBPs em nosso meio é um grande problema, agravado pela
32
auto-medicação e desconhecimento de muitos profissionais dos potenciais
46
28
problemas relacionados ao uso indiscriminado e prolongado dos mesmos. Cabe a
28
você, futuro especialista, saber discernir entre uso e abuso desses medicamentos.
A
LV
SI
Os temas gastrites agudas e crônicas, dispepsia não ulcerosa, úlceras, Helicobacter
O
UN
pylori e afecções e IBPs têm conteúdo muito extenso; este roteiro norteará seu
BR
estudo visando fornecer background teórico para prova de título especialista sem
A
substituir a leitura bibliográfica recomendada no edital, portanto.
AT
EN
0R
81
32
46
28
28
A
LV
SI
UNO
BR
A
AT
EN
1 0R
28
3
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
SUMÁRIO .35
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
REFERÊNCIAS
O
UN
BR
A
BRAY, F.; FERLAY, J.; SOERJOMATARAM, I.; SIEGEL, R. L.; TORRE, L. A.; JEMAL, A.
AT
EN
Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality
0R
worldwide for 36 cancers in 185 countries.
81
32
CA: A Cancer J Clin., 68, p. 394-424, 2018. Disponível em:
46
28
<socgastro.org.br/novo/2019/06/quarto-consenso-brasileiro-sobre-infeccao-por-h-py- lori-
28
3/>. Acesso em: 4 dez. 2019.
A
LV
SI
BRUTON, LAURENCE et al. As bases farmacológicas da terapêutica – Goodman e
O
UN
Gilman. 3. ed. Artmed, 2018.
BR
A
COELHO, L. G. V. et al. 4th Brazilian Consensus Conference on Helicobacter pylori
AT
GOLDMAN, Lee et al. Goldman-Cecil. Tratado de Medicina Interna. 25. ed. Elsevier.
LV
2016. KASPER, Dennis L. Harrisson – Medicina Interna. 2 vol. 19. ed. 2016.
SI
NO
U
<https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS85FQ9A/1/renato_assun__o_rodrigues_
28
dez. 2019.
BR
A
AT
.36 SUMÁRIO
EN
4
28
DOENÇA CLORIDO-PÉPTICA
28
A
LV
SI
O
UN
RIBEIRO, Henrique Gomes; COELHO, Maria Clara de Freitas; COELHO, Luiz Gonzaga
BR
Vaz. Avaliação do risco de câncer gástrico em pacientes com gastrite crônica por
A
AT
Helicobacter pylori. Ver Med Minas Gerais, 29 (Supl. 4), p. 11-15, 2019.
EN
0R
RIBEIRO, V. L. A. A.; ANDRADE FILHO, J. S.; BARBOSA, A. J. A. Lymphocytic gastritis
81
and Heli-cobacter pylori: a Brazilian survey. J Clin Pathol, 51, p. 83-85, 1998.
32
46
28
RIBEIRO, Vera Lúcia Ângelo Andrade; BARBOSA, Alfredo José Afonso; BARROS,
28
Carlos Alberto Silva. Gastrite varioliforme: freqüência e relação com a gastrite linfocítica.
A
LV
Arq. Gastroenterol., São Paulo, v. 37, n. 1, p. 7-12, jan. 2000. Disponível em:
SI
<http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032000000100003>. Acesso em: 4 dez. 2019.
O
UN
BR
RUGGE, M. et al. OLGA staging for gastritis: a tutorial. Dig Liver Dis., 40(8), p. 650-658,
A
2008.
AT
EN
<https://socgastro.org.br/novo/2019/06/quarto-consenso-brasileiro-sobre-infeccao-por-h-
28
28
à pós-graduação. 2011.
1 0R
28
3
46
28
28
A
LV
SI
O
UN
BR
A
AT
SUMÁRIO .37
EN
EN
AT
A
BR
UN
O
SI
LV
A
28
28
46
328
10R
EN
AT
A
BR
UNO
SI
LV
A
28
28
46
32
81
0R
EN
AT
A
BR
UN
O
SI
LV
A
28
28
46
32
81
0R
EN
AT
A
BR
UN
O
SI
LV
A
28
28
4