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NEUROPSICOLOGIA DO CICLO DE VIDA

 Fundamentos conceptuais
o Ciclo de vida
 Período que decorre entre o nascimento e a morte. Inclui o conceito de
desenvolvimento.
 O autor que introduziu este conceito foi Baltes, nos anos 70.
o O ciclo de vida / ciclo vital ganhou especial relevo porque a maioria das teorias não incluía o
ciclo vital

o Modelos teóricos que incluem o ciclo de vida


 Erickson – teoria psicossocial, aborda todo o ciclo de vida em 8 estadios/fases

 Schaie-wills – teoria que inclui todo o ciclo de vida. Explica a teoria em que o
desenvolvimento cognitivo é feito em função das exigências contextuais composto por
varias fases:
 Aquisitiva – infância/adolescência. Toda a cognição para a aquisição de
conhecimento
 Realização – jovem adulto. Aplicação de todo o conhecimento para situações
importantes, para projectos de vida
 Responsabilidade – adulto. Responsabilidade familiar e profissional
 Executiva - assumir a posição de liderança de uma organização
 Reorganizativa – idade avançada. Entrada na reforma, alguns indivíduos
sentem que tem de se reorganizar
 Integrativa – indivíduos pensam e elaboram sobre a sua vida
 Herança – indivíduos pensam sobre a herança, como querem o funeral. Pode
se incluir a herança de valores/princípios/associações/fundações, etc..

 Segundo Baltes, o ciclo de vida está incluído o desenvolvimento, sendo que este inclui
alterações e decorre durante toda a vida. Caracterizando-se por ganhos e perdas, o
desenvolvimento é um processo influenciado por aspectos culturais e factores
associados à idade cronológica e acontecimentos de vida.

 O desenvolvimento implica a plasticidade, onde o individuo deve-se adaptar, logo pode-


se intervir no desenvolvimento, onde cada individuo tem um papel activo no seu
desenvolvimento e caracteriza-se por um processo dinâmico

 Modelos de desenvolvimento neuropsicológico


o Crianças e adolescentes
 Evolutivo  o desenvolvimento neuropsicológico decorre de um processo de maturação
do cérebro
 A definição de Perturbação é explicada pelo neurodesenvolvimento
 Lesão  o desenvolvimento neuropsicológico é explicada a partir dessa lesão
 Integração cérebro-meio

o Adulto e idoso

 Existem ainda modelos baseados no desenvolvimento normal ou patológico

 Envelhecimento
o Activo, Normal, Óptimo, Com êxito, Satisfatório

 Envelhecimento patológico vs. Envelhecimento saudável

 Modelo do Envelhecimento Saudável de Rowe e Kahn (1997), depende de 3


factores
o Ausência de patologia física (pode haver patologia mas o individuo lida
bem com ela)
o Manutenção de actividade física e cognitiva (pode gerar redes sociais)
o Manutenção de um estilo de vida activo e muito relacionado com
actividade social

o Autonomia: individuo tem capacidade de tomar decisões


o Independência: o individuo consegue desenvolver as AVD’s sem
precisar de ajuda
 Stern – Teoria Da Reserva Cognitiva – ARTIGOS !
o Perante uma mesma lesão, 2 indivíduos diferentes tem manifestações
e recuperações diferentes
 Devido à reserva cognitiva que existe face a uma lesão. Cada
individuo pode trabalhar na sua reserva cognitiva de forma
 Activa – o individuo pode actuar sobre a sua reserva
cognitiva
 Passiva – diferenças individuais que existem no
cérebro
 Aumentar a reserva cognitiva a ler, estudar, ir ao cinema,
exposições… cada individuo constrói a sua reserva

 Modelos de reserva

o Reserva cerebral – modelo passivo


 A reserva deriva do tamanho do cérebro ou o numero de neurónios. Cérebros maiores podem
suportar mais insultos antes do deficit clinico emergir, porque permanece um substrato
neuronal suficiente que suporta o funcionamento normal.
 Este modelo considera que existem diferenças individuais na capacidade de reserva cerebral.
 Onde quando a capacidade de reserva cerebral passa um limiar critico fixo défices
específicos clínicos ou funcionais emergem.
o Desta forma, diferenças individuais na capacidade de reserva cerebral
levam a diferenças na expressão clinica de um grau particular de lesão do
cérebro
 A noção de reserva cerebral postula que a diferente susceptibilidade das pessoas a uma
lesão cerebral ou patologia resulta da extensão da lesão e de uma medida meramente
quantitativa da capacidade de reserva cerebral
 Quando a patologia reduz a CRC a um determinado limiar critico, o declínio funcional
ocorre
o Isto pode explicar como uma patologia que é relativamente igual entre duas
pessoas pode se manifestar funcionalmente de maneira diferente
 Duas pessoas com níveis iguais da doença de Alzheimer podem
ter uma performance muito diferente em testes cognitivos.
 Este modelo pode ser considerado passivo, porque quando se alcança um determinado rácio
entre a quantidade de patologia e quantidade cerebral, o comprometimento funcional é
inevitável.
 Este modelo assume que uma determinada patologia cerebral tem o mesmo efeito
em todas as pessoas, o que varia é a capacidade cerebral individual. Sendo a lesão
cerebral suficiente ou insuficiente para fazer com que a capacidade de reserva
cerebral atinja um nível critico.
 Critica: este modelo não tem em consideração as diferenças individuais em como o cérebro
processa tarefas cognitivas ou funcionalmente quando numa situação de lesão cerebral.

o Reserva cognitiva – modelo activo


 O cérebro tenta activamente superar a lesão cerebral através da utilização de processos
cognitivos pré-existentes ou por processos compensatórios
 O limiar para o declínio funcional não é fixado por medidas cerebrais quantitativas,
podendo porém ser alterado mediante a experiencia
o Ainda que os sujeitos tenham a mesma quantidade de CRC, o paciente
com mais reserva cerebral poderá tolerar uma lesão maior que o outro,
antes do comprometimento clinico ser aparente
 O modelo da reserva cognitiva postula que os processos cognitivos são cruciais para
explicar as diferenças entre um sujeito que esta funcionalmente comprometido de
um que não está, independentemente de as alterações cerebrais ou patologias
cerem iguais
o Estes processos cognitivos consistem na diferença na eficiência,
capacidade ou flexibilidade cognitiva moldada pela experiencia de vida do
sujeito
 É um modelo activo porque depende da actividade neuronal actual para explicar as
diferenças funcionais, sugerindo que a actividade neuronal actual é moldada por
diferentes experiencias, exposições ou actividades da vida do sujeito
 Modelo de Optimização Selectiva com Compensação (SOC; Baltes et al.,
1990)
Perguntar sobre o o Para o envelhecimento ser bem sucedido tem de haver uma
artigo… maximização dos ganhos e minimização das perdas
 Selecção: selecção de objectivos alcançáveis e realistas
Não faz sentido o que diz 
o artigo e o que está nos
apontamentos  Optimização: capacidade que o individuo tem de aproveitar
todos os recursos (cognitivos, sociais, emocionais)

 Compensação: na falta de um determinado recurso, o


individuo compensa com outra ferramenta.
 SONO
o Conceito e função
 Enquadra-se num ciclo de sono vigília controlado pelo hipotálamo
 Caracteriza-se por inactividade comportamental, relaxamento do tónus muscular, olhos
fechado, fase consciência complementar à vigília
 O sono é importante para que possamos descansar e continuar acordados
 O estudo do sono é feito através:
 Medidas objectivas (escalas)
 Polisonografia (estudo da actividade cerebral quando o sujeito dorme)
 Indicadores comportamentais

o Relevância
 Segregação de todas as hormonas anabolizantes (de crescimento)
 Controlo da produção de hormonas catabolizantes (> cortisol hipertensão privação
sono )
 Estabilização dos processos imunológicos
 Consolidação da memória
 Estabelecimento de condições que favorecem a aprendizagem
 Favorece a adaptação psicossocial (sonhos são importantes para a nossa componente
afectiva)
 Reparação do colagénio e ácido hialurónico  “Sono de Beleza”
 Restabelecimento do equilíbrio hídrico
 Equilíbrio do s hidratos de carbono e lípidos
 Regulação hormonas relacionadas com o apetite

o Consequências da privação do sono


 Menos alerta
 Alterações na atenção, concentração, memoria e aprendizagem
 Susceptibilidade acidentes
 Irritabilidade, mau estar geral
 Alterações de apetite

o Arquitectura do sono
 Tipo
 NREM  não REM ou lento, ondas cerebrais lentas
 REM  Rapid Eye Movement
o Existe uma grande actividade cerebral  Sono Paradoxal (actividade
cerebral semelhante ao estado de vigília)
 É nesta fase eu se dá os sonhos
 Adaptação psicossocial
 Memoria
 Preparação redes neuronais para a aprendizagem
 Fases
 4 fases
o 1, 2 – fases superficiais do sono
o 3, 4 – fases profundas do sono  onde ocorre maior parte dos
processos a cima referidos – Processo Reparação Orgânica –
ocorrendo na 1ª metade da noite
OU
 3 fases
o N1 (=1)
o N2 (=2)
o N3 (= 3+4)
o Ritmo circadiano
 Relógio biológico que funciona ciclicamente (normalmente ao longo de 24h)
 Ciclo mediado por diferentes factores (o nosso ritmo circadiano tem de estar em
harmonia com o dia-noite)

o Glândula pineal
 Melantonina (produzida durante a noite – inibida com a luz do dia)
o Sono & Ciclo de Vida

 Horas de sono
 Recém-nascidos – 20h sono
 Primeira infância – 10h/12h sono
 Adulta – 7h/8h sono
 3ª idade - 5h/6h sono

 Padrão – quantas vezes se dorme


 Recém-nascidos – padrão polifásico
 Primeira infância – padrão hemifásico (sestas)
 Adulta – padrão monofásico (1x/dia)
 3ª idade – padrão polifásico

 Arquitectura
 Recém-nascidos – muito sono REM podendo não haver fase N3
 Primeira infância – NREM e REM
 Adulta – ciclos NREM e REM
 3ª idade – Fase N3 diminui, o sono REM acontece 20% numa noite

o Higiene do sono
 Activar o ritmo circadiano
 Estabelecer horários de sono – ter uma hora especifica para deitar e levantar
 Evitar sestas, sendo as que se fazem no máx. 20 min
 Não passar muito tempo na cama “a fazer ronha”
 Ser exposto à luz natural
 Eliminar todos os elementos que provoquem activação “arousal”
 Ecrãs de telmoveis, tablets, TV, etc..
 Leitura de livros ou temáticas relacionadas com o trabalho
 Realização de trabalho na cama
 Controlar as condições ambientais, seja temperatura, intensidade da luz,
colchão, almofada ou roupa de dormir
 Companhia pode por vezes ser um activador
 Exercício físico à noite como activador
 Alterar hábitos comportamentais
 Álcool e substancias toxicas
 Alimentação adequada, não muito calórica
 Evitar chá e café
 Tabaco é um estimulante

o Perturbações do sono: generalidades


 Insónias
 Roncopatia
 Sonambulismo
 Terrores nocturnos
 Bruxismo
 Apneia do sono
 ALTERAÇÕES DURANTE O CICLO DE VIDA
o SNC alterações relacionadas com o envelhecimento cerebral
 O cérebro começa a formar-se a partir do tubo neuronal, sendo que o lobo frontal é
aquele que termina o seu desenvolvimento mais tardiamente, já na idade adulta.
 No envelhecimento, é o lobo frontal que mais sofre com o efeito da passagem
do tempo
o os idosos tornam-se mais impulsivos – controlo inibitório semelhante as
crianças
 Mesulam (2000), afirma que o envelhecimento cerebral resultada:
 Da passassem do tempo,
 Da constituição do cérebro e património genético, (relacionado com reserva
cognitiva)
 Do impacto cumulativo de diferentes situações.

 Manifestações do envelhecimento cerebral


 Atrofia do cérebro – perda de peso e volume
o Perda de neurónios, de substancia branca (lentificação do
processamento de informação), aumento dos ventrículos, dendrites
diminuem
o Áreas mais afectadas
 Hipocampo
 Temporal
 Frontal
 Atrofia do lobo frontal
o Teoria da hipótese frontal – West (1996, 2000)
 Todas as funções cognitivas suportadas
pelo lobo frontal tendem a declinar mais
rapidamente do que as funções que não
são suportadas por este
 Maior permeabilidade da BHE
o Com o envelhecimento o cérebro fica mais exposto aos efeitos das
substancias toxicas como o álcool e medicamentos (intoxicação
medicamentosa, muitas vezes confundida com demência)
 Todos os aparelhos e sistemas ficam mais lentificados – urinário  incontinência
 Alterações nas artérias
o Endurecem e tornam-se menos flexíveis, diminuindo a perfusão
sanguínea do cérebro  menos oxigénio
 A prática de exercício físico é importante para o cérebro,
promovendo maior chegada de oxigénio ao cérebro
 Existem mais áreas cerebrais activadas para a realização de uma determinada função
o Compensação (Reserva Cognitiva)

o Sistema Motor
 Alterações anatómicas
 O esqueleto diminui 1cm/década
o Achatamento das vertebras e discos intervertebrais, inflamações nas
articulações, artrite reumatoide, osteoporose
 O nariz e as orelhas crescem
 Sarcopenia = perda de massa muscular, sendo que a que fica perde resistência
o Acompanhada por um aumento do tecido adiposo
 Tendência para ficar inclinado para a frente
o Perda de altura e equilíbrio
 Alterações na destreza
 Perda de precisão, destreza fina, movimento nos membros superiores
 Alterações na marcha
 Perda de velocidade e qualidade marcha
 Os passos tornam-se mais pequenos
 Sobem escadas como os bebes, um pé de cada vez
 Aumentam a base de sustentação a andar – andam com as pernas abertas
 A marcha pode torna-se mais hesitante devido a uma experiencia traumática de
queda.
 Alterações no equilíbrio, quer por efectivos problemas de equilíbrio, ou postura
ou medo de cair
 Marcha festinada – (D. Parkinson)
 Marcha Ataxica
 A marcha encontra-se associada a aspectos cognitivos
 Qualidade da marcha influenciada por perdas visuais e/ou auditivas
o Sistema Sensorial  Alterações normativas e adquiridas na:

 VISÃO
 Glaucoma
o Quando a camara fica cheia de humor vítreo e o líquido comprime o
nervo óptico
o Pode levar à perda de visão/visão periférica por destruição do nervo
óptico
 Cataratas
o Cristalino torna-se opaco com a idade
 Retinopatia diabética
o Degenerescência da retina
 Degenerescência macular – associada a idade
o Perda da visão central
 Presbiopia
o Processo normativo – dificuldade em
ver ao longe
 Redução visão periférica
 Redução da capacidade para realizar
movimentos de perseguição
 Dificuldade de adaptação ao escuro
 Sabe-se que em crianças invisuais o desenvolvimento cognitivo é mais lento

 AUDIÇÃO
 Presbiacúsia
o Processo normativo – perda de audição, especialmente sons agudos
 Ouvido externo

 Ouvido médio
 3 ossos – vibram para propagar o som até ao ouvido
interno
o Estribo
Com o envelhecimento, estes ossos solidificam
e perdem a capacidade de propagação do som o Martelo
o Bigorna

 Ouvido interno
 Cóclea – transforma e prepara a informação para
transmitir ao córtex auditivo
 Canais semicirculares – contem liquido fundamental
para o equilíbrio
 A perda de audição tem diversos graus de severidade e pode ser adquirida

 OLFACTO
o Perda do olfacto pode ser um dos primeiros sinais de Parkinson

 PALADAR
o Aumento do limiar
 Necessidade de uma maior concentração de doce/salgado para sentir o
sabor
 TACTO.
o Perda de sensibilidade
 É necessário uma maior intensidade do estimulo pra que o sujeito sinta
o toque
 PERTURBAÇÕES DO NEURODESENVOLIMENTO
o Neurodesenvolvimento
 Conjunto de modificações psicomotoras e comportamentais desde a concepção até à
idade adulta

 Desenvolvimento de um conjunto de competências com as quais o individuo interage
com o meio ambiente
 Competências como:
o Percepção, audição, motoras, cognitivas, sociais e académicas

 Perturbações do neurodesenvolvimento
 Conjunto de alterações nas competências (que podem também ser défices) que
surgem precocemente, muitas das vezes antes da idade escolar, que interferem
com o funcionamento do individuo
 Têm uma origem multifactorial e são dinâmicas (há dias em que o individuo
parece que melhora ou piora, e com o passar do tempo pode ou não convergir
num desenvolvimento típico/normativo)

 Incapacidade intelectual*  atraso global no desenvolvimento


 Perturbações da comunicação*  fala e linguagem
 Perturbação do espectro do autismo  comunicação e socialização
 Perturbação hiperatividade/ défice de atenção *
 Perturbação da aprendizagem específica*
 Perturbações motoras
 Perturbações de tiques
 Outras perturbações do neurodesenvolvimento

o PERTURBAÇÃO DE DÉFICE DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE


 Mais frequente
 Surge em idade escolar, muito cedo, podendo persistir na adolescência e idade adulta

 Caracteriza-se por 3 SINTOMAS NUCLEARES:


 Desatenção
 Hiperatividade
 Impulsividade

 APRESENTAÇÃO:
 Combinada ( + freq. em ♂, cumpre os 3 sintomas nucleares)
 Predominantemente de desatenção ( + freq. em ♀,
cumpre apenas o sintoma nuclear de desatenção)
 Predominantemente de hiperatividade-impulsividade
(cumpre apenas os critérios nucleares de hiperactividade e
impulsividade)
 Causas
 Genética
o Adultos com PHDA  > probabilidade de filhos com PHDA
 Ambiente pré-natal
o Consumo de álcool, tabaco, psicofármacos e má nutrição durante a
gravidez, diabetes gestacional, exposição a químicos e metais pesados
o Prevenção primária  Educação durante a gravidez
 Baixo peso ao nascer e prematuridade
o < 1.5kg  > probabilidade de PHDA
 Alteração cerebral
o Estudos de neuroimagem
 Crianças com PHDA apresentam um volume cerebral mais
reduzidos que as crianças que não tem PHDA, especialmente
nos lobos frontais
 Neurofisiológica (hipótese dopaminérgica)
o Alterações no sistema dopaminergico relacionadas com questões
cognitivas, afectivas e de locomoção
 CRIANÇAS
 CRITÉRIOS
o <12 anos, 6 sintomas, 2 contextos, 6 meses, sintomas inadequados ao
desenvolvimento e têm impacto negativo nas atividades académicas e
Perguntar a Dalila por sociais (APA; 2014)
apontamentos extras  CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS
sobre isto o Desempenho escolar & interações sociais
 COMORBILIDADE
 AVALIAÇÃO
o Escalas de Connors (1969) – versão Pais e Professores

 ADULTOS
 CRITÉRIOS
o 5 sintomas
 CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS
o Desempenho laboral & interações sociais
 COMORBILIDADE
 AVALIAÇÃO
o Adult ADHD Self-Report Scale (OMS, 2003)

 INTERVENÇÃO

Funções executivas associadas com PHDA

 Funções executivas são processos cognitivos superiores que regulam o comportamento cognitivo,
emocional e social dos sujeitos, cuja função é resolver situações novas e complexas às quais o sujeito
está exposto
o As bases neurológicas das FE são os lobos pré-frontais
 Incluindo aspectos como a manutenção do foco na resolução de problemas,
iniciativa para planear e organizar acções, controlo das emoções e impulsões,
fluidez no processo de execução, flexibilidade para mudar e corrigir estratégias,
manutenção de um objectivo, monitorização de actividades até alcançar a solução
do problema, consciência das acções
o O desenvolvimento das funções executivas tem inicio muito cedo
 Existem estudos que tem vindo a demonstrar uma associação das perturbações de
neurodesenvolvimento a défices nas FE
o Como por exemplo, PHDA e Perturbação Bipolar em crianças e adolescentes
 Existe alguma dificuldade em diferenciar estas duas patologias uma vez que
partilham 3 sintomas descritos no DSM-IV-TR (na fase maníaca da PB): discurso
rápido, distração e hiperactividade  há quem sugira uma comorbilidade entre estas
duas perturbações

 PHDA é acompanhada de disfunções executivas severas como


o Pouca inibição comportamental acompanhada de respostas impulsivas, organização pobre
de actividades, dificuldade em parar comportamentos que estas a decorrer, problemas em
manter a atenção focalizada numa única actividade, dificuldade em monitorizar as próprias
actividades, baixa capacidade para aceder a possíveis consequências futuras das suas
acções
 O que faz com que o sujeito funcione de forma inadequada em contexto social, e
não permite que este tenha um processamento adequado para alcançar objectivos
o Os défices nas FE dependem do tipo de PHDA da criança
 Crianças com PHDA do tipo de Desatenção, têm mais défices nas FE que as
crianças com hiperatividade

(Revista neurologia)
 Existe um défice das FE em sujeitos com PHDA, devido ao desenvolvimento tardio dos circuitos
frontoestriatais e frontocerebrais
o Deficies mais comuns consistem na inibição da resposta motora, a atenção mantida, memoria
de trabalho, percepção do tempo.
o PERTURBAÇÕES ESPECIFICAS DA APRENDIZAGEM
 GENERALIDADES
 São detectadas na altura em que a criança entra para escola
 Fatores que podem comprometer a aprendizagem
o Alterações genéticas
o Patologias
o Aspectos biológicos
o Variáveis culturais e socioeconómicas
o Políticas de ensino
o Variáveis emocionais e afetivas
o Motivação
o Condições da instituição onde se estuda
o Dinâmica da turma
o Métodos de ensino
o Relação com os colegas
o Programas escolares

 Manifestações clínicas na leitura e escrita


o Lentidão na leitura
o Demorar demasiado tempo a fazer TPC
o Queixas dos professores
o Há uma necessidade de soletrar
o Substituir palavras
o Notas baixas
o Discurso pouco fluente
o Não consegue interpretar o que lê
 Os conceitos de dislexia, disgrafia (produção escrita), discalculia (dificuldade
em lidar com raciocínio matemático) estão associados a esta perturbação

 CRITÉRIOS
 Dificuldades em aprender e usar as capacidades académicas (leitura,
expressão escrita, números, raciocínio matemático), 6 meses, abaixo do
esperado para idade cronológica, início nos anos escolares e não explicáveis
por outros fatores (DSM-5; APA, 2014)

 LEITURA
 Dislexia – incapacidade que o individuo tem para lidar com a fonética das
palavras. Confunde letras que tem a mesma semelhança acústica semelhantes
em termos gráficos, grafia relacionadas com a orientação semelhantes, leitura
totalmente inversa, substituição de palavras

 CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS
 Desempenho escolar, interações sociais & emprego

 COMORBILIDADE
 Dificuldades de leitura tem comorbidade com perturbações PHDA

 AVALIAÇÃO
 (leitura, escrita, contagem, tarefas não simbólicas, operações aritméticas)
 LEITURA
o Pedir a leitura em voz alta para perceber com clareza/precisão o tempo
de leitura
 Palavras, pseudopalavras, frases, texto
o Fazer pergunta relacionada com quilo que leu (compreensão)
o Competência do individuo enquanto lê
 ESCRITA
o Discalculia
 Dificuldade para lidar com números, fazer raciocínios
matemáticos aprender operações aritméticas
 Manifestações clinicas
 Lentificação a fazer cálculos
 Não utilizam estratégias eficazes
 Lentidão na correspondência numero-palavra
 Dificuldades relacionadas com quantidades
 Dificuldade em decompor os números (centenas,
dezenas, unidades)
 Dificuldade em compreender os sinais matemáticos
 Podem inverter os algarismos (direita para a esquerda)
 Dificuldade na contagem progressiva e regressiva
 Comorbilidade com PHDA, dislexia, P. Linguagem
 Consequências: desempenho académico, interacção com
colegas, problemas relacionados com a auto-estima
 Avaliação
 Reconhecimento dos números
 Contagem regressiva e progressiva
 Realização de tarefas não simbólicos (comparação entre grupos/quantidades)
 Realização de operações aritméticas (ver o tempo)
 Intervenção
 Treino da atenção
 Dislexia/escrita
o Consciência fonológica (capacidade que o individuo tem em analisar os
elementos sonoros que constituem palavras)
 Silaba
 Fragmentação de uma palavra em silabas, palavras
diferentes com silaba inicial igual
 Rima
 Terminações das palavras e pedir/ treinar as
competências de identificação de rimas
 Palavra
 Ler palavras, frases simples  frases complexas,
completar palavras
 Trabalhar com os pais reforços positivos
 Explicar aos professores a dificuldade da criança
 Discalculia
o Contagem
o Treino da matemática
o Contagem progressiva/regressivamente
o Noção de quantidade e símbolos matemáticos
o Compreensão do enunciado
 Correspondência entre quantidade e algarismos
 Treinar interpretação de enunciados de problemas

 Perturbação da linguagem esta incluída nas perturbações da comunicação

 INTERVENÇÃO
 (consciência fonológica e treino da matemática)
 Tende a manter-se durante todo o ciclo de vida. Pode-se fazer intervenção os
indivíduos podem desenvolver estratégias de coping pra lidar com a dislexia

o PERTURBAÇÃO DA LINGUAGEM
 GENERALIDADES
 Surge numa idade mais precoce do que a entrada na escola
 Aquisição da linguagem
 Condições para a linguagem
o periodo de desenvolvimento
o sem alterações orgânicas / biológicas
o periodo critico desde o nascimento até aos 6 anos
o periodo marginal 6 ate aos 12 anos
o adolescência: erros de sintaxe, equivalente a uma criança de 3 anos

 Manifestações clínicas
o défice de compreensão e défice de expressão

 CRITÉRIOS
 Dificuldades na aquisição e uso da linguagem nas diferentes modalidades
devido a défices na compreensão ou produção, capacidades abaixo do
esperado para idade cronológica, início ocorre no inicio do período de
desenvolvimento e não explicáveis por outros fatores (DSM-5; APA, 2014)

 Vocabulário reduzido
 Sintaxe limitada
 Todo o discurso pode te erros
 Dificuldade em descrever uma situação
 Persistem durante todo o ciclo vital (individuo pode desenvolver estrageias de
coping)

 CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS
 Desempenho escolar, interações sociais & emprego

 COMORBILIDADE
 Elevada com PHDA

 AVALIAÇÃO
 Através de provas
 Testes de Linguagem (Inês Sim-Sim)
 Produção, qualidade e fluência

 INTERVENÇÃO
 Treino da fonologia, morfo-sintaxe (construção de frases complexas), semântica
(significado), pragmática (expressões ideomáticas)
 Em vários domínios: pais, professores e criança

o PERTURBAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL


 GENERALIDADES
 Diagnosticados na entrada para a escola
 Diagnóstico pode ocorrer nos primeiros dois anos de vida nos casos mais
graves, devido a atrasos na locomoção, na aquisição da linguagem
 Existem varias causas
o Relacionadas com pre natalidade
 Doenças genéticas – trissomia 21
 Infecçoes que ocorrem durante a gravidez
 Substancias toxicas
 Ma nutrição
o Durante o parto
 Complicações no parto
 Corte de oxigénio
 Paralisia cerebral
o Complicações no perido pós-natal
 Infecçoes
 Microencefalia
o Idade adulta
 Consequência de um traumatismo crânio-encefalico
 Actos médicos mal feitos – pode resultar em PDI profundo

 Funcionamento intelectual abaixo da media (2DP abaixo da Media)


o É medido através de instrumentos psicométricos
o Havendo uma deficiência ao nível das competências adaptativas
 Autocontrolo, aprendizagem, socialização

 Interessa avaliar o funcionamento intelectual mas também as AVD’s

 CRITÉRIOS
 Défices em funções intelectuais. Défices no funcionamento adaptativo
resultantes da falha em atingir os padrões de desenvolvimento e socioculturais.
Início durante infância ou adolescência (DSM-5; APA, 2014)

 Preenchidos 3 critérios:
o Défices em funções intelectuais.
 Raciocínio matemático e logico, planeamento, resolução
problemas, pensamento abstrato
o Défices no funcionamento adaptativo resultantes da falha em atingir os
padrões de desenvolvimento e socioculturais.
 Domínios
 Conceptual
o inclui linguagem escrita, matemática,
conhecimento geral, memoria
 Social
o Empatia, comunicação interpessoal, habilidade
de fazer e reter, manter amigos
 Pratico
o AVD’s, lazer, actividade profissional,
responsabilidade laboral
o Início durante infância ou adolescência
 Pode ser classificada em:
o Ligeira  + frequente
o Moderada
o Grave
o Profunda  - frequente
 Existem mais casos no género masculino que feminino, o que pode estar
relacionado com questões genéticas

 CIF – CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCINALIDADE


o A partir do grau de PDI é atribuído um código CIF

 Pode haver comportamentos agressivos e disruptivos


o Dificuldades ao nível da comunicação
 Pode haver dificuldade em avaliar situações de risco
 Podem ser pessoas muito ingénuas
o Correm risco de serem enganas, roubadas, abusadas, etc..
 Falta de discernimento social
o No sentido de querem ser tao apelativas que incomodam o outro, são
muito “melosas”, agarram-se muito as pessoas e demostram muito
afecto
o Comportamento inadequado

 Mantem-se durante a vida, não é progressiva

 CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS
 Desempenho escolar, interações sociais & emprego

 Centro de Actividades Ocupacionais (CAO)


o Ocupar estes sujeitos com PDI, e em função do grau de funcionalidade
trabalhar com eles no sentido de serem o mais autónomos possível

 COMORBILIDADE
 Paralisia cerebral
 Autismo
 PHDA
 Perturbações do movimento
 Estados de ansiedade
 Epilepsia
 Patologia física – são muito vulneráveis

 AVALIAÇÃO
 Definição de um perfil de funcionamento e perceber quais os pontos fortes e
fracos do individuo

 Escalas de Griffiths e Wechsler. Matrizes Progressivas Raven


 Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland -ECA

 INTERVENÇÃO
 Profunda – há pouca coisa a fazer
o Estimulação multi-sensorial
 Toda a intervenção deve incluir os familiares, principalmente os pais
o Reduzir culpa
o Sugerir formas para lidar com o filho
o Reduzir ansiedade
o Dar sugestões de instituições para dar resposta
 Se a PDI for diagnosticada nos 3 primeiros anos de vida
o Psicomotricidade ou reabilitação psicomotora
 Quando diagnosticada em idade escolar
o Trabalhar estimular as areas que estão comprometidas com especial
enfoque nas competências intelectuais
 Saber contar, saber qual é maior, menor etc…
 Tentar treinar muito a questão das AVD’S
o Vestir e despir, comer etc. sozinho – independência / autonomia
o Socialização

 Construção de material a partir daquilo que se percebe que motiva o sujeito


 Trabalhar passo-a-passo (ex. trabalhar as cores em 6 sessões)
 TRAUMATISMOS CRÂNIO-ENCEFÁLICOS - TCE
o Tipo de TCE
 Aberto (penetrante)  lesão focal (impacto é causado por um objecto que entra na
caixa craniana)
 Fechado  lesão difusa

o Lesões resultantes de TCE


 Primárias  lesão axional difusa, contusão cerebral e laceração cerebral
 Manifestam-se no momento em que se dá o impacto
 Secundárias  infeções, hipertensão intracraniana, hemorragias
 Têm origem no momento do impacto mas só se manifestam algum tempo
depois

o Classificação da gravidade do TCE


 Pontuação na Escala de Coma de Glasgow
 3 grandes áreas
o Abertura dos olhos
o Resposta motora
o Resposta verbal
 Pontuação pode variar de 3-15
o 3-8  grave
o 9-12  moderado
o 13-15  ligeiro
 Duração do coma
 Duração da amnésia pós-traumática (PTA)
 Quando o sujeito esta a recuperar de um TCE e há confusão, não conseguindo
armazenar novas informações e faze novas aprendizagens

o CRIANÇAS
 Principais causas: quedas, desporto, acidentes veículos motorizados
 Consequências em diferentes domínios
 Cognitivo
 Educacional
o Muitas vezes são encaminhados para o ensino especial, não tendo
dificuldades em ler mas sim na interpretação do que leem por
problemas atencionais.
 Psicossocial
o Baixo controlo inibitório
 Agressividade
 Desinibição
 Relação com os pares
 Funcionalidade
o Dificuldades nas AVD’s
 Deixam de se vestir, tomar banho, etc., sozinhos
 Tem comportamentos desadaptativos
 Familiar
o Todas estas implicações reflectem-se no contexto familiar

 Variáveis com influência na recuperação


 Gravidade TCE
 Contexto
o Se é funcional, se vive com familiares ou não, se tem recursos €
 Nível de desenvolvimento
o O prognóstico de um adolescente é melhor que o de uma criança
 Porque em idades precoces o TCE é mais grave uma vez que
pode impedir estruturas que estavam em desenvolvimento ou
que ainda não foram desenvolvidas, fazendo com que estas
também já não se desenvolvam
 Comprometendo o desenvolvimento da criança, e
portanto tendo o pior prognostico, uma vez que esta
condição se mantem para o resto da vida do sujeito

 Características na vida adulta


 Dificuldades atenção, processamento de informação, FE.
 Depressão, PDAH (secundária, uma vez que é após o TCE), PSPT
 Dificuldades emprego
o ADULTOS
 Principais causas: acidentes, atividades lazer, quedas

 Consequências em diferentes domínios


 Cognitivo
 Neurocomportamental
o Desinibição
 Síndrome de desinibição (comportamental, verbal e sexual)
o Declínio na iniciativa
 Apatia, amotivação
o Agressividade
o Comportamentos de risco – consumo de substancias
 Psicossocial
o Regresso ao trabalho
o Condução
o Ansiedade e depressão
o Nível afectivo
 Funcionalidade
o AVD’s
 Familiar

o O CASO PARTICULAR DOS IDOSOS


 Maior vulnerabilidade a TCE
 Fragilidade
 Equilíbrio
 Osteoporose
 Recuperação mais lenta
 Depende da reserva cognitiva
 Variáveis importantes na recuperação
 Suporte social
 Recursos económicos
 Questões emocionais como depressão ou sentimentos de culpa

o Intervenção & Prevenção


 Intervenção a nível psicossocial
 Treino de competências sociais

 Criação de um espaço para a família


 Tentar encontrar estratégias de coping adequadas para aquela situação
 Grupos de apoio para cuidadores

 Estimulação cognitiva
 Treino da atenção
 Validade ecológica
 Recurso a tecnologias
 FRAGILIDADE
o Síndrome biológico de diminuição da capacidade de reserva homeostática do organismo e da
resistência aos fatores de stress
 Sistema imunitário debilitado
 Perda massa muscular – sacorpenia  Quedas
 Metabolismo lento – anemias
 Declínio cognitivo

 Maior vulnerabilidade: patologia, quedas, dependência, hospitalização,


institucionalização, mortalidade e dificuldade em recuperação

o Critérios (Fried et al., 2001)


 Perda de peso não intencional
 Exaustão (psicológica)
 Diminuição da atividade física
 Diminuição força de preensão
 Lentidão da marcha

o Fatores de risco
 Idade (>90 anos),
 Status socioeconómico e níveis educacionais baixos,
 Doença crónica

o Prevenção & Intervenção


 Promover a pratica da actividade física e exercício físico
 Alguns sujeitos são muito “preguiçosos”
 Hidroginástica e tai chi – melhoram os níveis de depressão
 Melhora a resposta cardiorrespiratória  > aporte se sangue e oxigénio ao
cérebro  melhoria das capacidades cognitivas
 Prevenir estados de desidratação e desnutrição
 Ter especial cuidado com doenças cronicas
 Intervenção terciaria  cuidados paliativos . > qualidade de vida

o Relação entre fragilidade e défice cognitivo ARTIGOS !


 DELIRIUM
o Conceito
 Estado confusional ou síndrome confusional agudo
 “baralhação completa” – familiares
 Alteração cognitiva da atenção, memoria e consciência
 Dificuldade em focalizar atenção
 Desorganização do pensamento  consequentemente da linguagem (discurso
desorganizado e incoerente)
 Desorientação
 Memoria
 De inicio agudo, transitório, associada a uma maior agitação psicomotora
 Muitas das vezes acompanhado de irritabilidade e choro

 Pode também ser resultado do consumo de substancias (e.g. Álcool), ou da sua


abstinência (delirium tremens)
 Nos idosos é mais frequente acontecer como consequência de … (factores de risco)

o Critérios
 Perturbação na atenção e consciência.
 Desenvolve-se num curto período de tempo.
 Alteração na cognição.
 Não explicável por outras perturbações neurocognitivas.
 Existe evidência que é uma consequência direta de uma determinada condição.

o Tipos
 Evolução: agudo (horas / dias) e persistente (semanas)
 Nível atividade psicomotora: hiperativo (jovens), hipoativo (idosos) e misto
(DSM-5, 2014)

o Fatores de risco
 idade avançada, hospitalização, pós-operatório, infeções agudas polimedicamentação,
desidratação, desnutrição, privação do sono prolongado, condição cognitiva

Delirium Demência

Inicio Súbito Insidioso

Evolução Aguda / persistente Sempre progressiva

Funções cognitivas Alteradas Deterioradas

Alucinações Pode existir É mais raro

Actividade psicomotora Pode estar alterada É mantida


o Diagnóstico diferencial com demência

o Intervenção
 Cuidar do sujeito e esperar que este estabilize
 Não se deve deslocar a pessoa – desorientação
 Tentar tranquilizar o sujeito
 Não deixar o sujeito sozinho
 Explicar aos familiares o que se está a passar
 Terapia orientada para a realidade
 DÉFICE COGNITIVO LIGEIRO
Perturbação Neurocognitiva Ligeira
o Conceito
 Petersen e colaboradores (1999) da clínica de Mayo propôs o termo DCL para designar
um declínio cognitivo não normativo, que não se encontra num quadro demencial
 (na DSM-5 designado por Perturbação Neurocognitiva Ligeira)

o Relevância
 Estado de transição entre o envelhecimento normativo e a demência
 - controlo inibitório
 - resistência à interferência  maior dificuldades atenção e memoria (trabalhão
e episódica recente)
 < da velocidade de processamento de informação
 Maior dificuldade com nomes próprios
 Linguagem menos frequente por dificuldade de acesso ao léxico

o Critérios
 Evidência de um declínio cognitivo modesto num ou mais domínios cognitivos, que é
baseado na preocupação do indivíduo, de um cuidador e no resultado de testes
neuropsicológicos estandardizados.
 Os défices não interferem na realização independente das AVDs, não ocorrem no
contexto de um delirium e não são explicados por outra perturbação mental
(DSM-5, 2014)

o Tipos
 Amnésico – capacidade comprometida é a memória
 Não amnésico – capacidade comprometida é outra que não a memoria

o Avaliação
 RASTREIO COGNITIVO
 MoCA, MMSE, Clinical Rating Dementia
 Para diferenciar situações normativas de demenciais

 Existe uma relação forte entre DCL e Alzheimer

o Intervenção
 DALILA

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