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Desenvolvimento Cognitivo:

TEORIA TRIÁRQUICA DA INTELIGÊNCIA (STERNBERG):


Essa teoria foi desenvolvida nos anos 80 e foi uma das primeiras teorias indo em oposição ao
modelo de uma inteligência única, definindo três componentes: Inteligência analítica,
Inteligência criativa e Inteligência prática. Vem destacar que os elementos empíricos e
contextuais são particularmente importantes durante a vida adulta e que testes que medem o
conhecimento tácito podem ser complementos úteis aos testes de inteligência tradicionais.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (IE):


Em 1990, dois psicólogos, Peter Salovey e John Mayer, criaram o termo inteligência emocional.
A inteligência emocional desempenha um papel importante no sucesso na vida. Ela se refere a
quatro habilidades relacionadas: capacidades de perceber, usar, entender e administrar, ou
regular, as emoções – nossas e dos outros – a fim de alcançar objetivos.

SOBRE OS GANHOS E PERDAS COGNITIVOS QUE OCORREM DURANTE A MEIA-IDADE:


Um estudo longitudinal de Seattle revelou que em termos de cognição, sob muitos aspectos as
pessoas de meia-idade estão em seu ápice. Várias das capacidades mentais básicas
permanecem fortes durante a meia-idade, mas há uma grande variabilidade individual.
● O achado de pesquisa abaixo, pode ajudar a explicar essa variabilidade individual das
capacidades mentais básicas, acompanhem:
“Pesquisadores que examinaram o tecido cerebral após a morte de 30 pessoas com
idades entre 26 e 106 anos identificaram dois grupos de genes que tendem a se
danificar com a idade. Entre eles estavam genes envolvidos na aprendizagem e na
memória. Os cérebros de pessoas de meia-idade apresentaram a maior variabilidade,
alguns exibindo padrões genéticos muito similares aos dos adultos jovens e outros
exibindo padrões genéticos mais semelhantes aos de adultos mais velhos (Lu et al.,
2004). Esse achado pode ajudar a explicar a grande variedade de diferenças individuais
no funcionamento cognitivo na meia-idade.”

SOBRE A INTELIGÊNCIA DOS ADULTOS DE MEIA IDADE:


Outra linha de pesquisa (Cattell, 1965; Horn, 1967, 1968, 1970, 1982a, 1982b; Horn e Hofer,
1992) estabeleceu uma distinção entre dois aspectos da inteligência: fluida e cristalizada.
Inteligência fluida: é a capacidade de resolver problemas novos que exigem pouco ou
nenhum conhecimento prévio, como descobrir o padrão em uma sequência de figuras. Ela
envolve perceber relações, formar conceitos e fazer inferências, capacidades largamente
determinadas pela condição neurológica;
Inteligência cristalizada: é a capacidade de lembrar e utilizar a informação adquirida ao
longo da vida, como encontrar um sinônimo para uma palavra.
Ela é medida por testes de vocabulário, conhecimentos gerais e respostas a situações e
dilemas sociais, capacidades que dependem largamente da experiência educacional e cultural.
● A inteligência fluida declina mais cedo do que a inteligência cristalizada.
SOBRE COMO OS ADULTOS MADUROS PENSAM:
Alguns teóricos propõem que a cognição assume formas características na meia-idade. Os
avanços na expertise, ou conhecimento especializado, têm sido atribuídos à encapsulação
das capacidades fluidas dentro da área de atuação de uma pessoa. O pensamento pós-formal
parece especialmente útil em situações que exigem pensamento integrativo.
Encapsulação: capacidades fluidas para resolver problemas que exigem expertise.
Esse tipo de pensamento intuitivo, baseado na experiência, também é característico do que
foi denominado pensamento pós-formal.
“Uma característica importante do pensamento pós-formal é sua natureza integrativa. Adultos maduros integram
lógica com intuição e emoção; fatos com ideias conflitantes; e informações novas com as que já possuem. Eles
interpretam o que leem, veem ou ouvem em termos do significado que isso tem para eles. Em vez de aceitar algo
por seu resultado visível, eles o filtram por meio de suas respectivas experiências de vida e aprendizado anterior.”

SOBRE A CRIATIVIDADE NO ADULTO DE MEIA IDADE:


O desempenho criativo depende de atributos pessoais e de forças ambientais. A criatividade
não está fortemente relacionada à inteligência.
Um declínio associado à idade aparece tanto nos testes psicométricos de pensamento
divergente quanto no resultado criativo real, mas as idades em que a produção atinge o pico
variam de acordo com a ocupação. As perdas de produtividade com a idade podem ser
compensadas por ganhos em qualidade.
● Muitas pessoas criativas alcançaram suas maiores realizações na meia-idade.

SOBRE A INTELIGÊNCIA E HABILIDADES DE PROCESSAMENTO DOS ADULTOS MAIS


VELHOS:
● Adultos mais velhos têm um desempenho melhor na parte verbal da Escala Wechsler
de Inteligência Adulta.
● O Estudo Longitudinal de Seattle descobriu que o funcionamento cognitivo na vida
adulta tardia é altamente variável. Poucas pessoas declinam em todas ou na maior
parte das áreas, e muitas melhoram em algumas. A hipótese do envolvimento procura
explicar as diferenças.
● Adultos mais velhos resolvem problemas práticos com mais eficácia se estes
tiverem relevância emocional para eles.
● Uma diminuição generalizada no funcionamento do sistema nervoso central pode afetar
a velocidade do processamento de informação.
● As memórias sensorial, semântica e de procedimento parecem tão eficientes nos
adultos idosos quanto em adultos mais jovens. A capacidade da memória de trabalho e
da memória episódica geralmente é menos eficiente.
● Adultos mais velhos têm mais problemas em recuperar palavras oralmente e em soletrar
do que adultos jovens. A complexidade gramatical e o conteúdo da fala declinam.
● Alterações neurológicas e problemas de codificação, armazenamento e recuperação
podem ser responsáveis por grande parte do declínio da memória funcional em adultos
idosos. Entretanto, o cérebro pode compensar alguns declínios relacionados à idade.
● Pessoas idosas mostram considerável plasticidade no desempenho cognitivo e
podem se beneficiar de treinamento.
Como o pensamento reflexivo, o pensamento pós-formal com frequência se desenvolve em resposta a
eventos e interações que revelam maneiras inusitadas de enxergar as coisas e contestam uma visão
simples e polarizada do mundo.

PENSAMENTO REFLEXIVO
É uma forma complexa de cognição que foi definida originalmente pelo filósofo e educador
americano John Dewey. Esse é um tipo de pensamento lógico que se torna mais
proeminente na vida adulta, envolvendo avaliação contínua e ativa das informações e
crenças levando em conta as evidências e implicações. O pensamento reflexivo enfatiza a
lógica complexa. A capacidade para o pensamento reflexivo parece surgir entre as idades de
20 e 25 anos de idade e necessita além de mudanças no funcionamento do cérebro (formação
de novos neurônios, sinapses e conexões dendríticas), precisa também de estímulos
ambientais significativos e ricos para impulsionar o desenvolvimento.

PENSAMENTO PÓS-FORMAL
Esse é considerado o estágio superior da cognição adulta, geralmente começa no início da
vida adulta, com frequência pela exposição à educação superior. Tipo de pensamento maduro
que recorre à experiência subjetiva e à intuição, bem como à lógica, e dá espaço para
ambiguidade, incerteza, inconsistência, contradição, imperfeição e tolerância.
O pensamento pós-formal envolve intuição, tanto quanto emoção. O pensamento pós-formal é
relativista. Exemplo: O pensamento imaturo vê preto e branco (certo versus errado; intelecto
versus sentimentos, mente versus corpo); o pensamento pós-formal vê tons de cinza.

MODELO DE DESENVOLVIMENTO COGNITIVO PARA O CICLO DE VIDA (SCHAIE)


Propôs sete estágios do desenvolvimento cognitivo relacionado à idade: aquisitivo (infância e
adolescência), realizador (adulto jovem), responsável e executivo (vida adulta intermediária)
e reorganizativo, reintegrativo e de criação de herança (vida adulta tardia).

RACIOCÍNIO MORAL
Sobre o desenvolvimento moral na vida adulta:
De acordo com Kohlberg, o desenvolvimento moral na vida adulta depende
principalmente da experiência, considerando-se que ela não pode ultrapassar os limites
fixados pelo desenvolvimento cognitivo. A experiência pode ser interpretada diferentemente em
vários contextos culturais, e nem todas as culturas apoiam os estágios mais avançados de
desenvolvimento moral de Kohlberg. Na teoria de Kohlberg, o desenvolvimento moral das
crianças e dos adolescentes acompanha o amadurecimento cognitivo. Os jovens avançam no
julgamento moral à medida que superam o egocentrismo e se tornam capazes de utilizar o
pensamento abstrato. Na vida adulta, entretanto, os julgamentos morais se tornam mais
complexos.
De acordo com Kohlberg, o avanço para o terceiro nível de raciocínio moral – a
moralidade pós-convencional totalmente baseada em princípios – é principalmente uma função
da experiência. A maioria das pessoas não atinge este nível até seus 20 anos, se isto ocorrer.
A experiência pode levar os adultos a reavaliarem seus critérios em relação ao que é certo e
justo. Por exemplo, alguns adultos apresentam espontaneamente experiências pessoais como
razão para suas respostas a dilemas morais.
Com relação aos julgamentos morais, então, os estágios cognitivos não explicam
tudo. Mesmo quando a cognição está em um nível elevado, as experiências pessoais ainda
podem afetar a probabilidade de envolvimento em certos tipos de raciocínio moral.
Pouco antes de sua morte em 1987, Kohlberg propôs um sétimo estágio de raciocínio
moral, que vai além das considerações de justiça. No sétimo estágio, os adultos refletem sobre
a questão “Por que ser moral?”. A resposta, dizia Kohlberg, reside em obter uma perspectiva
cósmica: “um senso de unidade com o cosmo, com a natureza ou com Deus”, que possibilita a
uma pessoa ver as questões morais “do ponto de vista do universo como um todo”.

Desenvolvimento Psicossocial:
NINHO VAZIO (prova!)
- Fase de transição que acompanha a saída do último filho da casa dos pais.
- Os efeitos do ninho vazio sobre um casamento dependem de sua qualidade e duração.
A partida dos filhos crescidos pode prenunciar uma segunda lua de mel. A partida dos
filhos da casa da família aumenta a satisfação conjugal, talvez devido ao tempo
adicional que o casal agora tem para passar um com o outro (Gorhoff, John e Helson,
2008).
- O ninho vazio pode ser mais difícil para casais cujas identidades dependem de seus
papéis de pais, ou que agora devem encarar problemas conjugais já existentes e
adiados pela pressão das responsabilidades parentais (Antonucci et al., 2001)

SÍNDROME DA PORTA GIRATÓRIA (prova!)


- Tendência dos adultos jovens que já deixaram a casa dos pais a voltar quando
enfrentam problemas financeiros, conjugais ou outros.
- A autonomia de um filho adulto é um sinal de sucesso dos pais. Como prevê o modelo
do momento dos eventos, então, o adiamento da saída de casa de um filho crescido ou
seu retorno a ela pode gerar estresse familiar (Antonucchi et al., 2001; Aquilino, 1996).

GERAÇÃO SANDUÍCHE:
- Os pais idosos podem tornar-se dependentes em uma época em que os adultos de
meia-idade precisam orientar seus filhos adultos ou, se a paternidade/maternidade foi
adiada, criá-los;
- Adultos de meia-idade “espremidos” pelas necessidades concorrentes de criar ou
orientar os filhos e cuidar de pais idosos; Cuidar de outra pessoa pode ser estressante.
Muitos cuidadores consideram a tarefa uma carga física, emocional e financeira,
especialmente se eles trabalham em tempo integral, têm recursos financeiros limitados
ou não têm apoio e assistência (Lund, 1993a; Schulz e Martire, 2004)

TEORIA DO COMBOIO SOCIAL:


- É um círculo mais próximo e estável de amigos e membros da família com quem eles
podem contar e que afetam fortemente seu bem-estar;
- As pessoas mais velhas preferem passar seu tempo com outras que aumentem seu
bem-estar emocional.
TEORIA DA SELETIVIDADE SOCIOEMOCIONAL:
- Os adultos mais velhos escolhem estar com as pessoas e nas atividades que atendem
suas necessidades emocionais mais imediatas. Tendem a passar o tempo livre com
alguém que conhecem bem. Seus sentimentos para com os velhos amigos são tão
fortes quanto os dos jovens adultos, e os sentimentos positivos em relação aos
membros da família são mais fortes (Charles e Piazza, 2007);
- Os relacionamentos são importantes para as pessoas mais velhas, ainda que a
frequência dos contatos sociais diminua na velhice.

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