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Fazer um resumo em tópicos sobre os assuntos:

1. Alterações do Pensamento
2. Alterações da Consciência
3. Alterações da Atenção
4. Alterações da Orientação

1. Alterações do Pensamento
O Pensamento se constitui a partir de elementos sensoriais (imagens perceptivas e
representações), sendo que o pensamento normal é guiado pela lógica formal e orientar-
se segundo a realidade e os princípios de racionalidade da cultura na qual o indivíduo se
insere.

Elementos Constitutivos do pensamento:


CONCEITOS: se formam a partir das representações; não apresentam elementos
sensoriais, não é possível senti-los ou imaginá-los. Exprimem-se apenas os caracteres
mais gerais dos objetos e dos fenômenos.
JUÍZOS: afirmação de uma relação entre dois conceitos. Por exemplo, ao tomar-se os
conceitos “cadeira” e “utilidade” (ou seja, qualidade de ser útil), pode-se formular o
seguinte juízo: a cadeira é útil.
RACIOCÍNIO: modo especial de ligação entre conceitos, e de sequência de juízos, de
encadeamento de conhecimentos.
ALTERAÇÕES DOS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO PENSAMENTO
Desintegração dos conceitos: os conceitos sofrem um processo de perda de seu
significado original, uma mesma palavra passa a ter significados cada vez mais diversos
(esquizofrenia, síndromes demenciais).
Condensação dos conceitos: o paciente involuntariamente resume várias ideias em um
único conceito, que se expressa por uma nova palavra.

Alterações da Consciência
As alterações da consciência podem se apresentar tanto pelo lado Quantitativo, quanto
pelo lado Qualitativo.
As alterações cotidianas da consciência são: sono, sonho.
O termo consciência origina-se da junção de dois vocábulos latinos: cum (com)
e scio (conhecer), indicando o conhecimento compartilhado com outro e, por extensão,
o conhecimento “compartilhado consigo mesmo”.
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA CONSCIÊNCIA

Alterações patológicas quantitativas da consciência: rebaixamento


do nível de consciência

1. Obnubilação ou turvação da consciência. Trata-se do rebaixamento da consciência


em grau leve a moderado. À inspeção inicial, o paciente pode já estar claramente
sonolento ou parecer desperto, o que dificulta o diagnóstico. De qualquer forma, há
sempre diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão da compreensão e
dificuldade de concentração.
2. Sopor. É um estado de marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode ser
despertado apenas por estímulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa. Aqui, o
paciente sempre se mostra evidentemente sonolento. Embora ainda possa apresentar
reações de defesa, ele é incapaz de qualquer ação espontânea.

3. Coma. É o grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência. No estado


de coma, não é possível qualquer atividade voluntária consciente. Além da ausência de
qualquer indício de consciência, os seguintes sinais neurológicos podem ser verificados:
movimentos oculares errantes com desvios lentos e aleatórios, nistagmo, transtornos do
olhar conjugado, anormalidades dos reflexos oculocefálicos (cabeça de boneca) e
oculovestibular (calórico) e ausência do reflexo de acomodação.

Alterações da Atenção
Atenção - Ação de fixar sua mente sobre alguma coisa.
 Hipoprosexia
- Diminuição global da atenção;
- Fadigabilidade, preda básica da capacidade de concentração, dificuldade crescente em
todas as atividades psíquicas complexas.
 Aprosexia:
É a total abolição da capacidade de atenção.
 Hiperprosexia:
Aumento quantitativo da atenção, atenção excessiva da atenção em um foco,
acompanhada de Distrabilidade.
Alterações da Orientação
Trata se da capacidade individual de situar-se quanto a si mesmo e ao ambiente,
estando intimamente relacionada com o funcionamento da consciência.
Tipos de orientação:
- Orientação autopsíquica;
- Orientação alopsiquica;
- Orientação temporal;
-Orientação espacial.
As alterações psicopatológicas da orientação:
 Desorientação Torporosa ou confusa:
É influenciada pela redução do nível da consciência;
É a forma mais comum de desorientação.
 Desorientação amnéstica:
Déficit de memória, onde o paciente mostra-se incapaz de fixar aos acontecimentos,
repercutindo nas relações com o tempo e o espaço, como com as pessoas de seu
ambiente. Ocorre exemplarmente na síndrome de Korsakov.
 Desorientação Apática ou Abúlica:
Uma marcante alteração do humor e da volição, gerando desinteresse profundo e apatia,
gerando uma preservação da clareza e nitidez sensorial. Ocorrendo depressões graves e
melancolia.
 Desorientação Delirante:
Apesar da complexa lucidez da consciência, observa-se um tipo de desorientação que
resulta da adulteração da situação no tempo e no espaço. É mais observado nas psicoses
esquizofrênicas.
 Desorientação Oligofrênica:
Ocorre em circunstâncias nas quais se verificam graves déficits intelectuais por
incapacidades ou dificuldades em compreender o ambiente e de reconhecer e interpretar
as normas sociais que moldam os laços sociais.
 Desorientação Histérica:
Ocorre em conjunto com a dissociação histérica.
 Desorientação por Desagregação:
Ocorre nas esquizofrenias, sobretudo quando se verifica nas mesmas as vivencias de
despersonalização, se caracteriza por um sentimento de estranheza resistente ao sentido,
relacionado com o meio exterior e que tende a se dirigir à própria pessoa.

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