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Marca de Fantasia
Parahyba, 2022
A diegese em crise:
consumo, tecnologia e história(s) do cinema
MARCA DE FANTASIA
Rua João Bosco dos Santos, 50, apto. 903A
Parahyba (João Pessoa), PB. Brasil. 58046-033
marcadefantasia@gmail.com
https://www.marcadefantasia.com
Conselho editorial
Adriano de León - UFPB Marcelo Bolshaw - UFRN
Alberto Pessoa - UFPB Marcos Nicolau - UFPB
Edgar Franco - UFG Marina Magalhães - UFAM
Edgard Guimarães - ITA/SP Nílton Milanez - UESB
Gazy Andraus - FAV-UFG Paulo Ramos - UNIFESP
Heraldo Aparecido Silva - UFPI Roberto Elísio dos Santos - USCS/SP
José Domingos - UEPB Waldomiro Vergueiro - USP
Agradecimentos
Sumário
Agradecimentos 4
Introdução 7
Recortes estilísticos
Entre a fisiognomia e a nascente ciência do cérebro:
notas sobre a política dos rostos no cinema 13
Isadora Rodrigues
História(s) do cinema
Espaço, voz e contraponto:
três cineastas e seus primeiros filmes sincronizados 79
Márcio Câmara
Os autores 258
Introdução
Estudos do cinema em tempos de pandemia
Rodrigo Carreiro
Introdução
Essa expressão interior que a face do ator deve aderir sem relu-
tar é o seu pensamento vinculado a uma ação, pois advém do dra-
ma que o roteiro coloca. Mais uma vez recorremos a Morin (1989,
p. 90), que refletindo sobre os métodos de interpretação desse pe-
ríodo nos diz que o “cogito cinematográfico é claro: pensem! O ‘eu
penso’ do ator de cinema é um ‘eu sou’”. Essa exigência de uma
interioridade pensante que deve ser deflagrada na face aparece de
modo variável na fala de inúmeros artistas do período clássico:
Referências
Vitor Celso
2. “Uma das anedotas que Hitchcock gostava de contar envolvia ser enviado
por seu pai à delegacia para ser preso por algum delito de infância. A história é
sugestiva em várias frentes e pode ser convocada para explicar várias facetas da
produção cinematográfica de Hitchcock” (COHEN, 2011, p. 134).
Fonte: https://medium.com/hope-lies-at-24-frames-per-second/todays-
the-thing-that-s-my-philosophy-alfred-hitchcock-s-shadow-of-a-doubt-
3553723eaaae
Figura 2. Frame do filme Um corpo que cai (1958), que alegoriza o potencial
de geometrização das imagens presente em Hitchcock
Fonte: https://www.imdb.com/title/tt0052357/mediaviewer/rm269591553/
Fonte: https://revistamoviement.net/o-poder-da-imagem-carrie-a-estranha-
1976-888c9969e13b
Fonte: https://revistamoviement.net/o-poder-da-imagem-
carrie-a-estranha-1976-888c9969e13b
Referências
Rodrigo Carreiro
5. Este valor foi gasto pelos diretores e produtores nas etapas de pré-produção e
filmagem, tendo custeado ainda o primeiro corte do filme. Depois de ser exibido
no Festival de Sundance de 2009, o longa-metragem foi adquirido pela distri-
buidora Artisan Films, que então gastou mais US$ 341 mil para pagar uma nova
mixagem de som (com a inclusão de novas ambiências, foley e efeitos sonoros),
correção de cores, finalização e telecinagem para o formato 35mm (WHITING-
TON, 2014, p. 177).
Considerações finais
Márcio Câmara
Introdução
8. As outras seis artes seriam dança, teatro, ópera, pintura, escultura e literatura.
9. O cubículo onde a câmera tinha que ser colocada por conta do seu barulho
era chamado de Caixa de gelo (Ice box), porque depois que era fechado, pro-
duzia um calor infernal para quem tinha que operar o equipamento lá dentro.
12. A exceção é Rouben Mamoulian, que na realidade faz seu primeiro filme,
mas que vinha de inúmeros experimentos sonoros no teatro e no musical da
Broadway.
13. Antes de Blackmail (1929) dirigiu The pleasure garden (1925), The moun-
tain eagle e The lodger (1926), Downhill, Easy virtue e The ring (1927), The
farmers’ wife e Champagne (1928) e também em 1929 The manxman.
14. É também o primeiro filme que tem a aparição de Hithcock: uma marca indisso-
ciável dos seus filmes.
16. Faço a traducão de silent films para filmes silenciosos, mesmo entendendo
que muitas vezes os filmes eram exibidos com algum acompanhamento sonoro.
Em geral escolho usar os termos som pré-sincronizado e som sincronizado para
fazer a distinção dos dois períodos históricos.
Para começar tenho que dizer que sou uma pessoa visual.
Eu experimento com meus olhos, e nunca, ou raramente,
com meus ouvidos, para o meu constante arrependimento.
Eu gosto de canções folclóricas mas nada me convence em
ir para um concerto ou a uma ópera (EISNER, 1976, p. 9).
17. Inventor francês que experimentou nos anos 1910 com projeção sincroniza-
da de som e imagem.
18. Georg Neumann lança em 1928, em Berlim, o seu microfone CMV 3 e inicia
uma tradição de excelência em microfones na Alemanha e no mundo. Nos anos
1940 tivemos a adição de duas empresas familiares na fabricação de micro-
fones: Sennheiser e Schoeps, duas marcas que juntamente com a Neumann,
comprada pela Sennheiser em 1991, mas mantida como marca independente,
são até hoje microfones de referência em sets de filmagem do mundo inteiro.
19. Dirigiu em 1919: Halb-Blut (Meio-casto); Der Herr der Liebe (O Mestre
do Amor); Die Spinnen (As Aranhas) Parte 1: Der Goldene See (O lago dou-
rado); Hara-kiri; Die Spinnen (As Aranhas) Parte 2: Das brillantenschiff (O
barco diamante); Das wandernde bild (A imagem viajante); em 1920: Vier
um die Frau (Por volta de uma mulher); em 1921: Der mude tod (A morte
cansada); Das indische grabmal (A tumba hindu) - Parte 1: Die sendung das
Yoghi (O show dos Yoghi) e Parte 2: Das indische grabmal (A tumba hindu);
Dr. Mabuse, der spieler (Dr. Mabuse, o jogador) Parte 1 Ein bild der zeit (Uma
fotografia do tempo); Parte 2: Inferno - Menschen der zeite (Inferno - homens
do tempo); em 1923: Die nibelungen (Os nibelungos). Parte 1: Siegfried tod (A
morte de Siegfried); Parte 2: Kriemhilds rache (A vingança de Kremilda); em
1926 Metropolis (Metropolis); em 1927 Spione (O espião) e em 1928 Frau im
mond (Mulher na lua).
Fonte: Rouben Mamoulian: style is the man; AFI Press (p. 96)
O filme usou a tecnologia da Western Eletric para fazer a gra-
vação do som direto no set, quebrando várias regras quanto da
imobilidade da imagem, que foi imposto pelo barulho feito pelas
câmeras. Mais notável ainda é o espaço sonoro que Mamoulian
cria nos seus sets, trazendo uma identidade sonora do mundo
dos bastidores do vaudeville que ele conhecia tão bem porque
trabalhou durante anos nessa realidade. É interessante notar
que o uso criativo do silêncio não era novo para Mamoulian, mas
algo que ele já trabalhara pelo seu conhecimento do palco. Um
ano antes de fazer Applause (Aplauso) ele dirigiu uma peça na
Broadway chamada Wings over Europe (Asas sobre a Europa).
Nessa peça, em um determinado momento ele usou uma técnica
para transgredir o espaço das paredes invisíveis do teatro:
Considerações finais
Refletindo sobre o momento histórico da transição do cinema
pré-sincronizado para o sincronizado, através do exemplo dos três
filmes analisados, fica a pergunta por que os filmes dos diretores
citados não foram analisados sobre as suas particularidades so-
noras? A raiz de uma hierarquia da imagem em relação ao som
surge nesse momento: foca-se nos exemplos de filmes onde só a
voz é importante, enquanto que já existiam outras maneiras de
relacionar imagem e som. A relação com a tecnologia no cinema
foi, e continua sendo, incorporada de forma diferenciada em di-
ferentes realidades cinematográficas. Nesse momento, pontuando
que os filmes analisados foram feitos em países diferentes - Ale-
manha, Estados Unidos e Inglaterra - e mesmo que houvesse um
avanço maior nos Estados Unidos, pela constituição industrial do
cinema estadunidense, os outros lugares, com seus determinados
diretores, não deixaram de experimentar e inovar na trilha sonora
dos seus filmes. É importante salientar que além dos tres filmes
Referências
Introdução
Em Cerrado
Referências
Introdução
Considerações finais
Referências
Introdução
Adaptações transculturais
O romance
27. A família morava na Itália quando Victor nasceu, mas logo depois se mudou
para a Suíça.
28. Victor mantém um diário com suas anotações, mas explica que não vai dei-
xar registrado o modo como a criatura foi criada, para que outra pessoa não siga
os seus passos.
Primeiro filme
Terceiro filme
Considerações finais
30. Esta primeira adaptação possui 16 minutos e foi dirigida por J. Searle Dawley.
Referências
Ian Costa
33. Ilusão musical dividida que gera a sensação de perpetuidade sonora em rit-
mo crescente.
34. Score é a extensão musical completa de uma obra audiovisual. Berchmans
(2016) defende a analogia que o score seria o “álbum” enquanto cues seriam “as
faixas deste álbum”.
35. Conceito cunhado por Michel Chion que indica um som que se ouve sem
que se veja a causa.
36. Ente acústico presente na acusmática, o qual é ouvido mas não visto.
Considerações finais
Referências
Matheus Arruda
Referências
Raphael Sagatio
Introdução
Fonte: o autor
Fonte: o autor
Fonte: o autor
Fonte: o autor
Fonte: o autor
1. Estética gráfica
Fonte: Blu-Ray
Fonte: Blu-Ray
Fonte: Blu-Ray
Fonte: Blu-Ray
Fonte: Netflix
Fonte: DVD
Figura 18. Frame dos títulos de abertura do filme Viagem Alucinante (2009)
Fonte: DVD
Por mais que exista um caos tipográfico nos créditos inicias, ain-
da assim, ele é bem organizado, afinal, são elementos simples inte-
ragindo de maneira simples, porém, devido à velocidade do que é
mostrado e a trilha sonora, a introdução se torna bem epilética.
Fonte: DVD
Fonte: DVD
38. Entrevista do diretor Gaspar Noé acusando o cantor Kanye West e o pro-
dutor Hype Williams de plágio: https://www.rollingstone.com/music/music-
-news/kanye-west-hype-williams-accused-of-plagiarism-by-director-gaspar-
-noe-35685/
Fonte: DVD
Fonte: FX
IV. Estética 3D
Figura 23. Frame dos títulos de abertura do filme Quarto do Pânico (2002)
Fonte: DVD
Fonte: DVD
Fonte: DVD
Fonte: DVD
Fonte: Netflix
Considerações finais
Referências
Os autores
Bruno Alves
Técnico de som direto, editor de som e músico. Piauiense radi-
cado na Paraíba desde 2007, é bacharel no curso de Radialismo
pela UFPB, tem formação técnica em captação e pós-produção de
som para TV, Cinema e Publicidade pelo IATEC, do Rio de Janei-
ro. Tem realizado captação e pós-produção de som de diversas
produções na Paraíba e em Pernambuco. Ministra cursos e ofici-
nas sobre som em projetos de interiorização do cinema nos dois
estados. Faz mestrado no PPGCOM da UFPE, onde investiga o
processo criativo das equipes de som nos filmes contemporâneos
de Pernambuco.
Filipe Falcão
Jornalista, professor universitário e pesquisador de cinema de
gênero. Doutor em Comunicação pela UFPE, com pesquisa de
pós-doutorado sobre direção de fotografia no cinema pernambu-
cano. Autor dos livros A estrada amarela (2021), A aceleração
do medo: o fluxo narrativo dos remakes de filmes de terror do
século XXI (2019), Medo de palhaço (co-autoria, 2016) e Fron-
teiras do medo: quando Hollywood refilma o horror japonês
(2015). Membro do conselho editorial da Revista Insólita. Mem-
bro do conselho editorial da Revista UnicaPhoto. Colunista de
cinema da Rádio CBN.
Ian Costa
Doutorando do PPGCOM da UFPE (Estética e Culturas da Ima-
gem e do Som) e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em
Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (Culturas
Inana Sabino
Mestranda pelo PPGCOM da UFPE, desenvolve pesquisa sobre
design de som e ficção científica. Formada em Cinema e Audio-
visual (UFPE) em 2018, recebendo a láurea acadêmica. Desen-
volveu pesquisas de iniciação científica, dentre elas um estudo
sobre o som em filmes de ficção científica lo-fi. Foi estagiária em
mediação cultural no Museu do Homem do Nordeste e em segui-
da também trabalhou como educadora na Coordenação de Artes
Visuais da Fundação Joaquim Nabuco.
Isadora Rodrigues
Doutora em Comunicação pelo PPGCOM da UFPE, Mestra em
Comunicação pelo PPGCOM da Universidade Federal do Ceará
(UFC), e graduada em Jornalismo pela mesma universidade. Ro-
teirista, participou da 3ª edição do Laboratório de Audiovisual/
Cinema do Porto Iracema das Artes, tendo projeto orientado
pelos realizadores Karim Aïnouz, Marcelo Gomes e Sérgio Ma-
chado. Escreveu o roteiro do longa-metragem de ficção Forta-
leza Hotel, lançado em 2021. Foi professora substituta do curso
de Jornalismo da Universidade Federal do Cariri (UFCA) entre
2016 e 2017, tendo ministrado disciplinas com ênfase na área de
Comunicação e Cultura.
Matheus Arruda
Mestre em Comunicação pelo PPGCOM da UFPE, instituição pela
qual também tem Bacharelado (2018) em Cinema e Auduovisual.
Foi bolsista da Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do
Estado de Pernambuco (FACEPE) e pesquisa sobre fisicalidade
no cinema e gêneros fílmicos, especialmente ação e horror.
Thaís Oliveira
Docente do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Es-
tadual de Goiás (UEG). Pós-doutoranda em Comunicação pela
UFPE. Doutora em Performances Culturais pela Faculdade de
Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (FCS-UFG).
Mestre em Arte e Cultura Visual pela Faculdade de Artes Visuais da
UFG. Graduada em Audiovisual com especialização em Cinema e
Educação. Atua na área de produção cinematográfica, prioritaria-
mente como captadora de som direto e editora de som. Atualmen-
te é coordenadora da Rádio UEG Educativa. Coordena o Núcleo
Audiovisual de Produção de Foley (NAUFO_UEG) do curso de Ci-
nema e Audiovisual da UEG. É pesquisadora no grupo de pesquisa
CRIA – Centro de Realização e Investigação Audiovisual, da UEG.
Tem interesse em pesquisas direcionadas ao som de cinema, arte
sonora, cinema goiano e produção técnica em audiovisual.