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Coerção gera coerção/

Porque fazemos isso?


Análise Experimental do Comportamento
Professora Ananda Moraes

Alunos: Brendha Ester Públio Rodrigues


Diego Brasil Pereira Gomes
Isabel Silveira de Morais
Kauã Victor Moreira da Silva
Mariana Aguiar de Souza
Xamânica Fernandes Alves
A
G
R
“O comportamento
agressivo em
humanos pode ser

E
definido em termos
gerais como um
comportamento social

S
hostil, como o de
infligir dano ou causar
prejuízo a uma pessoa

S ou grupo.”

Ã
O https://www.google.com/search?q=o+que+%C3%A9+agressao&source=lmns&bih=600&biw=1349&hl=pt-
BR&sa=X&ved=2ahUKEwistsLc2K7-AhXtrJUCHfbfDHAQ_AUoAHoECAEQAA
Agressão induzida por coerção é
encontrada em muitas espécies,
incluindo a nossa. O atacante e o
atacado nem mesmo precisa ser da
mesma espécie.

Punição não precisa ser fisicamente


dolorosa para incitar agressão como
efeito colateral.

Punição e privação levam a agressão. http://psicoterapiacomportamentalinfantil.blogspot.com/2013/01/comportamento-anti-


social.html
Baseada em nossa pesquisa...
A palmada, punição corporal muitas vezes aplicada por adultos
em crianças, causa impactos negativos sobre o funcionamento
cerebral. A área que regula reações emocionais e reavalia riscos
(chamada giro frontal medial) reagiu mais fortemente a faces
temerosas do que às expressões neuras no caso de crianças que
apanhavam. O resultado foi consequência da menor ativação
dessa parte do córtex pré-frontal das crianças que recebiam
palmadas às expressões que denotavam neutralidade. "Mas essas
respostas tendem a causar má adaptação no longo prazo, já que
podem promover reatividade emocional elevada, dificuldades na
regulação emocional, tendências hostis e maior risco de
psicopatologia", diz o estudo.

https://jovempanbauru.com.br/noticias/palmadas-comprometem- Na conclusão, os autores afirmam que seus resultados sugerem


desenvolvimento-cerebral-de-criancas-mostra-estudo
que as palmadas podem influenciar a resposta neural de crianças
a "deixas emocionais de uma forma qualitativamente similar a
formas mais severas de violência".
Pode ser muito difícil
punir moderadamente
crianças mais rebeldes.
Se o adulto pune a
criança continua
desobedecendo a
tendência é aumentar
crescentemente a
severidade da punição.
Isto acarreta o risco de
ultrapassar os limites,
caracterizando abuso.
COERÇÃO INDUZ...
... mais do que apenas o ato agressivo em si mesmo. Depois de ser
punido um sujeito fara qualquer coisa que possa para ter acesso ao outro
sujeito que ele possa atacar. Para alguém que acabou de ser punido a
própria oportunidade de atacar prova ser um reforçador positivo.

“MELHOR DEFESA É O ATAQUE”

https://abobrinhaecia.wordpress.com/2012/11/06/a-melhor-defesa-e-o-ataque/
OS AMBIENTES SÃO...

...surpreendentemente coercitivos.
Um mecanismo de ataque inato, liberado pela experiencia de, ou
apenas ameaça de dor ou perda poderia ter evoluído.” A melhor
defesa é um bom ataque”. Um mecanismo de ataque inato não
funcionaria se existisse a identificação acurada da fonte de
punição ou ameaça. O sujeito reage a agressão contra um
indivíduo próximo, ainda que aquele indivíduo possa não ter sido
de modo algum responsável pelo choque.
COMO PUNIDORES...

...não apenas nos estabelecemos como


alguém que foge ou esquiva, mas
também nos descobrimos recebendo
pagamento em espécie, objetos de
contra-ataque induzido por punição,
isso acontece quando quer que
estejamos envolvidos em atividades
que se referem a influenciar a conduta
https://jrmcoaching.com.br/blog/aprenda-a-como-influenciar-pessoas-a-
de outros.
fazerem-coisas-boas-e-produtivas/
Práticas coercitivas podem gerar contra-
ataques contra indivíduos e grupos dos
quais eles são membros, famosa frase:
“laranja podre estraga o resto”

Coerção severa, então, gera uma


contra-reação quase automática.
Retaliação bem-sucedida prevê
reforçamento rápido e poderoso. O
ciclo de coerção e represália repete-se
incessantemente. https://folhaderondonianews.com/news/2018/06/15/conducao-coercitiva-
na-analise-de-amadeu-guilherme-machado/
Contracontrole

A longo prazo, controle coercitivo continua a


funcionar somente se o controlador tiver uma
população cativa. Mas mesmo se os punidos
forem confinados ou restringidos fisicamente e
não puderem escapar, a coerção inevitavelmente
produz um de seus mais proeminentes efeitos
colateriais: contracontrole. Ou seja, aprenderão
a controlar seus controladores.
Vamos entender o caso do Megaupload→
O caso do megaupload é um bom exemplo social e recente para falarmos de
controle aversivo e contracontrole. Tudo isso ocorreu em meio a uma polêmica nos
Estados Unidos sobre dois projetos de lei antipirataria.

Diante disso, pode-se observar uma infinidade de contingências coercitivas


aplicadas socialmente. Como destacou Skinner (1953, 1974, 1987), a nossa
sociedade é permeada de controle aversivo, o que gera comportamentos de fuga e
contracontrole, muitas vezes, também de forma coercitiva, como é possível
observar na descrição desse vai-e-vem de contingências aversivas descritas.

Renata Silva Pinheiro21/02/2012


Analistas aplicados do comportamento não tornam a conduta controlável, eles
tentam modifica-lo em direções que os indivíduos e comunidade considerem
desejáveis. Reconhecer a universalidade do controle, com seu amplo
componente coercitivo é o primeiro passo para o contracontrole efetivo.

A alternativa que temos para evitar a violência, é a de repensar a nossa cultura, como
fez Skinner durante toda sua vida. Devemos abandonar a crença de que os controles
coercitivos são absolutamente necessários para o bom funcionamento da sociedade.
Segundo ele, as mudanças nas formas de controle interpessoais, de coercitivas para
reforçadoras, propiciando ambientes mais adequados para o desenvolvimento das
crianças e adolescentes.
Por que fazemos isso?
Punimos pela imediaticidade da resposta, pela
crença de que uma ação coercitiva de punição
imediatamente resulta numa reação de obediência.
Quem pune tem como objetivo controlar um
comportamento - seja o resultado a extinção,
aumento, ou diminuição do mesmo.

A coerção é responsável por trazer sérios efeitos


colaterais gravíssimos para os indivíduos que são
punidos, principalmente na área do seu
desenvolvimento e relações sociais. https://pin.it/3GhHYQ0
Modelos punitivos
Sabemos que modelos punitivos não param no indivíduo que é punido.
Estudos revelam que existe uma grande probabilidade da pessoa que é
punida, vir a ser o punidor mais tarde, com seus filhos, e até com outras
pessoas do seu convívio social, este é um dos vários efeitos colaterais. Mais
tarde também, podem apresentar sérios problemas na questão de controle
de impulsos emocionais, como a raiva, por exemplo.

https://es.slideshare.net/JeniiPDiaz/modelo-punitivo
A punição ensina para a criança a
aceitar este método como uma
estratégia de modificação do
comportamento alheio. O
comportamento punitivo do
adulto pode ser usado como
modelo pela criança. É desta
forma que ocorre a transmissão
intergeracional dos
comportamentos punitivos e da
violência.
https://tudobemserdiferente.wordpress.com/2013/08/21/pedagogia
-do-incentivo-ou-pedagogia-da-punicao/
Mas, mesmo sabendo dos efeitos colaterais severos da
punição, porque ela ainda é aplicada?

Muito se trata da imediaticidade da resposta, muitos pais aplicam este


modelo punidor para cessação imediata de alguns comportamentos
dos filhos. Porém, sabemos que nenhum comportamento novo é
ensinado quando se aplica punição.

Recebe punição

Se torna punidores Cessação imediata do


comportamento

Comportamentos
agressivos, fuga/esquiva
Hoje já temos acesso à uma gama de informações que comprovam e reforçam
que, aplicar modelo punitivo em crianças geram sérios problemas pras mesmas.

Entender que conseguimos resolver e


extinguir comportamentos com
soluções alternativas, que vão resolver
a questão do comportamento
indesejado, de uma maneira que não
vai ser prejudicial pra saúde
física/mental da criança.

https://images.app.goo.gl/q4dTxxQbJ1pJXppSA

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