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Fábio Barroso Ferreira (202203765183)

Relação entre cérebro e comportamento: Somos nosso cérebro?


O cérebro é o componente físico ou biológico e o comportamento é o aspecto mental ou psicológico. 30 março,
2021 by NeuronUP
A pesar de sua antiga origem, a dicotomia “corpo-mente” até hoje não foi resolvida; e continuamos
traçando uma linha entre os dois conceitos, como se fossem aspectos independentes e distantes entre si.
No entanto, estudar esses elementos separadamente acaba sendo um obstáculo para o avanço científico,
já que ambos componentes estão interrelacionados de uma forma muito mais complexa do que podemos imaginar.
Por que nos comportamos de uma determinada maneira? É o cérebro que está por trás das nossas ações?
Tente responder a seguinte pergunta:
Qual é o objetivo final do nosso cérebro?
Muitas pessoas responderão: “perceber”, “pensar”, “raciocinar” ou “aprender”. É verdade que o cérebro
desenvolve essas tarefas, porém, todas elas servem como base de uma função final, que é direcionar o
comportamento; por exemplo: através da nossa percepção podemos saber o que acontece no nosso entorno,
podendo assim, desenvolver comportamentos mais adequados e adaptativos.
Desta forma, o objetivo é relacionar certos acontecimentos cerebrais com certos comportamentos. Porém
nem tudo é tão simples assim, poisum mesmo comportamento pode ser desencadeado por diferentes mecanismos
fisiológicos; por exemplo: você pode beber uma cerveja porque está com sede ou porque se sente estressado e
quer aproveitar seu poder de embriaguez para relaxar.
Somos o nosso cérebro? Agora tente responder:
Se o cérebro do Albert Einstein pudesse ser transplantado no seu corpo, você poderia pensar e falar
como ele? Você se comportaria exatamente como ele? Você teria ganhado o Prêmio Nobel de Física? E se
o cérebro do Amadeus Mozart fosse transplantado em você, você seria capaz de produzir as mesmas obras
que ele produziu?
Normalmente, a primeira coisa que podemos pensar é que se tivéssemos o cérebro de um gênio, seríamos
um gênio, pois acreditamos que o cérebro é o responsável pelo comportamento. Porém, ao fazer uma pequena
investigação percebemos que as coisas não são tão simples assim.
Não podemos esquecer que o cérebro é um órgão flexível e mutável, que evolui ao longo da vida e se adapta às
particularidades de cada entorno. Sendo assim, a relação cérebro e comportamento é modificada por diferentes
aspectos:
• O ambiente: o ambiente ao nosso redor influencia no nosso cérebro e no nosso comportamento; poiso
ambientealterao desenvolvimento de diferentes habilidades. Desta forma, a aquisição da linguagem pode variar
em uma criança vinda de um entorno rural e em outra que vem de um entorno urbano, isso se dá pela estimulação
verbal diferente que cada pessoa recebe.
Outro exemplo são os ambientes enriquecidos. Está demonstrado cientificamente que se estabelece um maior
número de conexões sinápticas em indivíduos que se encontram em ambientes enriquecidos (que proporcionam
mais possibilidades de ação, permitem maior aprendizagem e estimulam os sentidos) do que em ambientes
empobrecidos.
Por outro lado, existem fatores ambientais que podem modificar o desenvolvimento do sistema nervoso. Um
exemplo é a desnutrição precoce. Portanto, fica demonstrado que nosso cérebro pode passar por mudanças de
acordo com o ambiente no qual nos desenvolvemos e, portanto, pode influenciar nos futuros comportamentos.
• Aspectos socioculturais e históricos: seguindo o exemplo anterior que falava sobre transplante cerebral,
provavelmente nossos comportamentos teriam sido muito diferentes dos comportamentos dos gênios na sua
época. Pois, em seguida teríamos nos adaptado ao nosso contexto sociocultural e histórico, o qual seria, sem
dúvida, muito diferente da realidade do Einstein e do Mozart.
• A filogenia: armazenamos no nosso cérebro uma herança filogenética, ou seja, uma herança da espécie.
Sendo assim, pode-se apreciar no cérebro humano uma camada profunda ou reptiliana (a camada mais antiga
filogeneticamente), uma camada intermediária ou límbica, e uma externa ou neocórtex (essa é a que diferencia
os humanos do resto dos animais). Desta forma, à medida que evoluímos como espécie, o cérebro vai passando
por mudanças para atender às demandas do nosso entorno (ambiente).
• A genética: a parte genética vai condicionar como e quando vão se desenvolver as diferentes partes do
nosso cérebro de acordo com a herança familiar. Dentro de uma determinada faixa, pode-se estabelecer variações
tais como diferentes sensibilidades à recompensas, diferentes probabilidades de emitir comportamentos, etc. Por
outro lado, se houver alguma mutação nos genes envolvidos, o processo vai variar e pode causar vários distúrbios.
• A ontogenia: refere-se ao nosso desenvolvimento como indivíduo e ao aprendizado ao longo da vida.
Nosso comportamento atual é condicionado pelas experiências do passado, as quais estão armazenadas na
nossa memória e servem como guia para escolher um determinado comportamento em meio a outros. Por
exemplo: se experimentamos prazer ao realizar uma atividade no passado, na atualidade tentaremos repeti-la.
• Outro aspecto que reafirma a relação cérebro e comportamento são as mudanças de comportamento
observadas após uma lesão cerebral. A Neurociência é responsável por encontrar ligações entre determinadas
estruturas cerebrais e certos comportamentos, isso se faz principalmente através da observação de indivíduos
com dano cerebral. Para isso, são realizadas técnicas de neuroimagem para determinar a localização da lesão, e
se examina o perfil neuropsicológico do indivíduo. Se o padrão se repete em um grande número de pacientes
diferentes, pode-se dizer que uma determinada área cerebral está relacionada com a função danificada.
Definitivamente, tudo isso nos indica que há uma relação complexa e interdependente entre cérebro e
comportamento. O cérebro recebe informações e influências externas e internas, as quais permitem desencadear
os comportamentos mais apropriados em cada momento. Além disso, nossos comportamentos têm consequências
sobre o meio ambiente, que podem ser vivenciadas como positivas ou negativas para nós. Essas consequências
nos fazem aprender e modificam a probabilidade de que tais comportamentos se repitam ou não. O aprendizado
alcançado acaba produzindo mudanças a nível cerebral, em especial nas conexões sinápticas do nosso cérebro.
Referências:
– Carlson, N.R. (2006). Fisiología de la conducta 8ª Ed. Madrid: Pearson. pp: 2-3.
– Matute, E. y Roselli, M. (2010). Neuropsicología infantil: historia, conceptos y objetivos. En S. Viveros Fuentes.
(Ed.), Neuropsicología del Desarrollo Infantil (pp. 3). México: El manual moderno.
– Tamayo, J. (2009). La relación cerebro-conducta ¿hacia una nueva dualidad? Revista Internacional de
Psicología y Terapia Psicológica, 9(2), 285-293.

Documentário - A poderosa revelação pelo derrame


SONDAGEM DA APRENDIZAGEM

1) Os dois hemisférios cerebrais se complementam enquanto nos comportamos e interagimos com os vários
ambientes que nos rodeiam. Dentro de suas atividades, qual principal papel de cada hemisfério, de acordo
com o documentário?
R: de acordo com o documentário, o hemisfério esquerdo do cérebro é responsável pelo pensamento lógico,
pela linguagem e pela análise crítica, enquanto o hemisfério direito é mais associado com a criatividade, a
intuição e a percepção visual e espacial. No entanto, é importante ressaltar que ambos os hemisférios
trabalham em conjunto e são igualmente importantes para o funcionamento do cérebro e do comportamento
humano.

2) Jill Bolte Taylor apresentou uma oportunidade de pesquisa que poucos cientistas do cérebro já tiveram,
ela sofreu “na pele” um grave derrame. Comente o que houve com as funções de movimento, fala e
autoconsciência da cientista que teve o derrame.
R: Jill Bolter Taylor teve um derrame que afetou, principalmente, o lado esquerdo do cérebro, que é
responsável pela linguagem e pela capacidade de se comunicar. Como resultado, ele perdeu a habilidade de
falar, ler e escrever, bem como a capacidade de entender números e conceitos abstratos. Além disso, ele
também teve dificuldade em se mover e coordenar seus movimentos. No entanto, mesmo com todas essas
dificuldades, Jill manteve sua autoconsciência e foi capaz de entender que esteva tendo um derrame e
procurou ajuda.

3) O que você entende pela frase “sou um ser de energia conectado com a energia ao meu redor” na relação
entre o comportamento e o cérebro?
R: essa frase sugere a ideia de que a energia que nos cerca pode afetar nossa própria energia e,
consequentemente, nosso comportamento. Essa relação entre energia e comportamento pode estar relacionada
com a influência do ambiente, das outras pessoas e das emoções em nossa vida. Alguns estudos indicam que
a energia eletromagnética pode afetar o funcionamento do cérebro e que a integração entre as pessoas pode
produzir respostas emocionais que alteram a atividade cerebral. Portanto, a frase sugere uma compreensão
holística do ser humano, em que o cérebro e o comportamento são influenciados por diversos fatores externos
e internos, incluindo a energia ao nosso redor.
4) Qual é o objetivo final do nosso cérebro?
R: O texto aborda a relação entre o cérebro e o comportamento, destacando que ambos estão interrelacionados
de uma forma muito mais complexa do que se pode imaginar. O objetivo final do cérebro é direcionar o
comportamento, e não apenas “perceber”, “pensar”, “raciocinar” ou “aprender”. Porém, nem tudo é tão
simples assim, pois um mesmo comportamento pode ser desencadeado por diferentes mecanismos
fisiológicos. O cérebro é um órgão flexível e mutável, que evoluiu ao longo da vida e se adapta às
particularidades de cada entorno. A relação entre cérebro e o comportamento é modificada por diferentes
aspectos, como ambiente, os aspectos socioculturais e históricos, a filogenia e a genética.

5) Como funcionam a sensação e percepção enquanto nos comportamos?


R: O cérebro e o comportamento são interrelacionados de uma forma muito mais complexa do que podemos
imaginar. O objetivo final do nosso cérebro é direcionar o comportamento, e todas as funções cerebrais,
como perceber, pensar, raciocinar e aprender, servem como base para esse fim. No entanto, a relação entre o
cérebro e o comportamento é influenciada por diferentes aspectos, como o ambiente, aspectos socioculturais
e históricos, filogenia e genética. O ambiente ao nosso redor influencia no nosso cérebro e no nosso
comportamento, o contexto sociocultural e histórico em que nos desenvolvemos pode influenciar nos futuros
comportamentos, armazenamos no nosso cérebro uma herança filogenética e a parte genética vai condicionar
como e quando vão se desenvolver as diferentes partes do nosso cérebro de acordo com a herança familiar.

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