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Curso: Biologia
Disciplina: Botamica (1º Ano)
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Indicadores Classificação
Categoria Pontuação Nota
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tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Estrutura Aspectos Conclusão 0.5
organizacionai Bibliografia 0.5
s
Contextualização 1.0
(Indicação clara do
problema
Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
Metodologia adequada 2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio 2.0
do discurso académico
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Conteúdo coesão textual)
Revisão bibliográfica 2.0
nacional e
Análise e internacionais
discussão. relevantes na área de
estudo.
Exploração dos dados. 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos.
Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
parágrafo,
espaçamento entre
linhas
Referênci Normas APA Rigor e coerência das 4.0
as 6ª edição em citações/referências
Bibliográf citações e bibliográficas
icas bibliografia.
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Recomendações de melhoria:
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Índice
Folha de Feedback............................................................................................................1
Recomendações de melhoria:...................................................................................2
1. Introdução..............................................................................................................4
3. Conclusão............................................................................................................14
4. Referencias Bibliográficas...................................................................................15
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1. Introdução
As plantas podem se reproduzir de maneira sexuada e/ou assexuada e este trabalho se
concentrará na forma sexuada de reprodução das plantas. As plantas, sendo organismos
sésseis, necessitam de agentes transportadores de gametas para que a reprodução
sexuada ocorra via polinização. Independente das estratégias adotadas pelas plantas para
promover a polinização ótima, elas devem arcar com os custos associados a cada uma
dessas estratégias. A ideia de um custo na polinização se torna crítica quando
considerados os polinizadores bióticos. Isto acontece porque a relação entre as plantas e
esses polinizadores é conflituosa, sendo que cada participante tenta minimizar os
esforços em relação aos benefícios obtidos. Embora às vezes passem a ideia de
passividade na interação, as plantas podem influenciar como os polinizadores atuam.
Entre as angiospermas (plantas com flores) existem mecanismos que selecionam os
gametas presentes no grão de pólen, o que é denominado seleção gametofítica. Por fim,
podem existir ainda mecanismos pós-zigóticos que selecionam a progênie, os quais
envolvem o aborto seletivo e a alocação diferencial de recursos.
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2. Sistema reprodutivo em plantas
As plantas não apresentam mobilidade e dependem de vetores bióticos ou abióticos para
promover a polinização, ou seja, o transporte de pólen ate a superfície estigmática,
evento fundamental para que o processo de fertilização e a reprodução sexuada se
realizem. E sempre necessário enfatizar que, apesar da heterospórea e a produção de
pólen e óvulos permitir a analogia do processo de polinização com a reprodução
sexuada de outros grupos de organismos, a reprodução sexuada nas plantas envolve
mais especificamente os processos de formação dos gametas que ocorrem nos óvulos e
no tubo polínico e que culminam com o acoplamento e a fertilização. Como não podem
escolher diretamente os parceiros reprodutivos, o resultado da reprodução sexuada nas
plantas dependem da qualidade do pólen que chega ao estigma.
Nesse sentido, as plantas podem influenciar de várias maneiras o processo de transporte
de pólen. Alem disso, o fechamento dos óvulos na camera carpelar permitiu as
angiospermas (plantas com flores) interferir ativamente no crescimento dos tubos
polínicos e no processo de fertilização, selecionando gametas de melhor qualidade.
Finalmente, o controle na alocação de recursos apos a fertilização para o
desenvolvimento do endosperma e do embrião permite as angiospermas ainda a seleção
pos-zigotica da progénie resultante do processo reprodutivo. Estas distintas instâncias
que permitem as plantas certo controlo sobre o processo reprodutivo podem ser vistas,
de uma maneira geral, como o sistema de reprodução das plantas, mas algumas
distinções e esclarecimentos da terminologia vão ser feitos ao longo do capitulo para
evitar confusões e tentar padronizar o uso dos termos (Neal & Anderson 2005).
Alguns autores veem o sistema de reprodução como todas as formas das plantas de
alguma maneira controlarem o processo reprodutivo.
Neste sentido, os sistemas de reprodução seriam estratégias evolutivamente estáveis,
resultantes de seleção natural e importantes para a sobrevivência dos indivíduos
(Crawley 1997).
Nossa visão aqui e que o estudo dos sistemas de reprodução e parte dos estudos de
biologia floral, que envolveria ainda desenvolvimento da estrutura floral e a
polinização.
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Sistemas de reprodução incluiriam os sistemas sexuais e de incompatibilidade, alem de
outros mecanismos morfofisiologicos que controlam o fluxo de pólen e,
consequentemente, a reprodução.
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num certo sentido replicavam as diferenças associadas a oogamia, levaram a analogia
entre estas estruturas do esporófito e as gametas de outros grupos de organismos.
A maioria das flores das angiospermas vai apresentar estruturas que produzem pólen e
outras que produzem óvulos. As ideias básicas de Goethe destas estruturas como folhas
modificadas tem sido corroboradas pela descoberta de genes homoeróticos que
controlam o processo de organização da flor e que são comuns a todas as angiospermas
(Dornelas & Dornelas 2005).
Nestas flores os óvulos estão fechados em cameras carpelares e os grãos de pólen são
depositados no estigma, formando tubos polínicos que vão transportar as células
espermáticas ate os óvulos. Os óvulos das angiospermas têm, no saco embrionário, um
aparato orosférico formado por duas sinérgides, a oosfera e comumente esta associado
ao núcleo resultante da fusão dos núcleos polares. O tubo polínico que chega ao ovulo
comumente penetra a micrópila e descarrega as células espermáticas dentro de uma das
sinérgides.
Uma destas células eventualmente vai se fundir com a oosfera, dando origem ao zigoto
diploide, e a outra, com o núcleo de fusão, dando origem a uma célula triploide que vai
formar o endosperma (Willense & Went 1984).
A sifonogamia completa, o acoplamento e a dupla fertilização descritos anteriormente
são comuns a maioria das angiospermas e, ate certo ponto, caracteres diagnósticos do
grupo (Williams 2008).
Desde Lineu, óvulos e grãos de pólen são vistos como parte da expressão sexual nas
plantas. Apesar das tentativas de adequar a terminologia e evitar possíveis erros
decorrentes de tal analogia (Mariath et al. 2006), a literatura internacional tem
consagrado o uso de termos associados a expressão sexual para as estruturas dos
esporófitos das plantas. Como estas estruturas estão vinculadas diretamente a produção
das gametas, ate mesmo os modelos que descrevem a seleção natural e a evolução da
expressão sexual tem sido aplicados aos esporófitos das plantas (Ainsworth 2000).
Para alguns grupos de plantas nas gimnospermas e angiospermas, a expressão sexual e
diferente entre indivíduos e análoga a que ocorre nos animais; assim a analogia funciona
sem problemas. Para estes grupos de plantas dioicas, mesmo a genética da determinação
sexual pode ser semelhante, com cromossomos sexuais e ate mesmo as assimetrias
associadas ao modelo XY de muitos grupos de animais (Ainsworth 2000, Charlesworth
2002, Ming et al. 2011).
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Mas a maior parte das angiospermas e hermafrodita, o que implica mais de 90% das
espécies do grupo apresentar flores com carpelos e estames funcionais, expressando
funções sexuais diferentes (Ainsworth 2000). Mais que isso, como a produção de
gametas masculinos e femininos esta integrada numa mesma estrutura floral, a
expressão sexual nestas plantas vai exigir uma serie de compromissos e gerar conflitos
potenciais (Janzen 1977)
Potências conflitos surgem se pensarmos nos “custos” e “interesses” distintos
associados as duas funções sexuais. As gametas femininas, as oosferas, e as estruturas
associadas a estas gametas vão acumular recursos necessários para o desenvolvimento
das sementes e frutos. Estas estruturas reprodutivas são, de uma maneira geral,
dispendiosas e sua produção e limitada pela fisiologia da planta-mae, ou seja, o
esporófito. Os recursos param a produção de óvulos, sementes e frutos são mais ou
menos fixos. Desta maneira, a melhor forma de utilizar estes recursos e garantir que a
fertilização ocorrera utilizando gametas com grande aptidão genética e, dependendo do
ambiente, com uma variabilidade genética ampla o suficiente para lidar com a
variabilidade ambiental.
Como a formação de sementes e frutos e um processo dispendioso, a função feminina
também pode adotar mecanismos ativos de aborto que permitem descartar óvulos não
fertilizados ou fertilizados por gametas de baixa aptidão, otimizando o uso dos recursos
fisiológicos limitados para a formação de progénies mais aptas (Janzen 1977, Lloyd
1979, 1980).
Por outro lado, o pólen e as gametas masculinos são relativamente menos custosos e
podem ser produzidos em maior quantidade. E o sucesso reprodutivo via função
masculina não tem as mesmas limitações fisiológicas, na medida em que grãos de pólen
podem fertilizar óvulos de muitas plantas diferentes. Desta maneira, quanto mais grãos
de pólen forem produzidos ou quanto maiores forem as estruturas atrativas para que os
polinizadores busquem esses grãos de pólen, maior será a possibilidade de que seja
transportado pólen ate outras flores (outros indivíduos) e maior poderá ser a progénie
formada.
Nesse sentido, não existe vantagem para a função feminina em produzir um número
maior de flores do que aquelas que efetivamente darão origem a frutos. Em
contrapartida, caso as flores sejam módulos iguais, quanto mais flores produzidas, maior
a quantidade de pólen e maior a possibilidade de reprodução viam função masculina. A
tendência, em indivíduos hermafroditas, e a de produzir um número maior de flores do
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que aquelas que efetivamente darão origem a frutos. Assim, a eficácia da transformação
de flores em frutos não e só resultante da eficiência do processo de polinização. A
incapacidade da planta em transformar todos os pistilos em frutos da margem aos
processos de aborto seletivo que poderiam otimizar a reprodução via função feminina.
Toda esta discussão tem importância para o entendimento da evolução dos sistemas
sexuais e dos sistemas de incompatibilidade a serem discutidos mais a frente.
De qualquer forma, o surgimento de flores unissexuais permite uma alocação de
recursos mais refinada em cada função sexual e o surgimento de uma grande variedade
de sistemas sexuais.
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2.3. Fluxo gênico e sistemas de reprodução
Ate aqui menciono a reprodução sexuada num contexto de cruzamento entre indivíduos
distintos, em que o fluxo génico, via pólen entre plantas diferentes, aumenta a
variabilidade genética. As flores hermafroditas, ao concentrar duas funções sexuais
numa mesma flor, tem a vantagem ou a desvantagem de permitir autopolinização, isto e,
a transferência do pólen para o estigma da própria flor ou entre flores de uma mesma
planta, processo chamado de geitonogamia. Mesmo com flores unissexuais, a presença
dos dois tipos numa planta (monoicia) poderia levar a predominância de autogamia. Em
muitos casos, esta autopolinização pode ate mesmo ser automática, caso os estames e o
estigma estejam localizados próximos uns dos outros na estrutura da flor.
Levando isto em consideração, e possível pensar em dois extremos reprodutivos no que
diz respeito ao fluxo génico. Num extremo, flores hermafroditas podem nunca abrir
totalmente, sendo obrigatoriamente autopolinizadas. Estas flores são chamadas
cleistogamias e podem ser vistas como adaptações para maximizar a autopolinização e
diminuir as possibilidades de cruzamentos entre indivíduos.
A endogamia pode ser importante em situações em que a variabilidade genética for
prejudicial. Um exemplo clássico e o predomínio de endogamia em espécies adaptadas
a habitats extremos, como solos saturados de metais pesados (Jain 1976).
Nestes casos, qualquer variabilidade pode modificar o arranjo de características
genéticas que permite as plantas sobreviver naqueles ambientes. Claro que mecanismos
de reprodução assexuada ou apomixia poderiam ser interessantes nestas situações, mas a
cleistogamia ou mesmo mecanismos de endogamia menos estritos podem proporcionar
a segurança reprodutiva e, ao mesmo tempo, manter algum grau de variabilidade e
flexibilidade reprodutiva.
Num outro extremo, podemos considerar as espécies dioicas, entre as quais a endogamia
e virtualmente impossível. Com os sexos separados em plantas diferentes, toda a
polinização resulta em fluxo génico entre indivíduos. Nesses casos, mesmo
polinizadores relativamente generalistas poderiam efetuar polinizações entre indivíduos
e esta possibilidade de utilizar vetores relativamente simples seria um dos principais
motores para a evolução da dioicia (Baker 1955, Bawa 1980, Charlesworth 1993,
Pannell & Dorken 2006). Mas, se por um lado, este sistema permite as plantas usarem
vetores relativamente generalistas, por outro, o estabelecimento da dioicia gera uma
dependência total das plantas em relação a estes polinizadores. E interessante notar que,
nas plantas dioicas, a única saída para garantir a segurança reprodutiva na ausência de
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polinizadores seria a reprodução assexuada. Não por acaso, a apomixia foi descrita pela
primeira vez no seculo XIX para uma espécie dioica, Alchornia ilicifolia,
Euphorbiaceae (Baker 1983).
Na verdade, não. Mesmo que a primeira vista o predomínio de hermafroditismo pareça
favorecer a autopolinização, este parece ter surgido paradoxalmente como uma forma de
aumentar o fluxo de pólen entre as plantas das angiospermas (Allen & Hiscock 2008).
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Adaptações morfológicas e temporais podem ser combinadas em algumas plantas para
promover a alogamia.
Movimentos de estames, estiletes e estigmas, bem como de outras partes florais, podem
ajudar a promover a polinização e direcionar o fluxo de pólen.
A protoandria em Ferdinandusa speciosa (Rubiaceae) e associada ao crescimento do
estilete, que gera a hercogamia de aproximação quando se inicia a fase feminina (Castro
& Oliveira 2001).
O fechamento dos lobos estigmáticos associados a hercogamia de aproximação pode
evitar autopolinizações em várias espécies de Bignoniaceae (Milet-Pinheiro et al. 2009).
Por outro lado, a curvatura dos lobos estigmáticos atem sua contaminação por pólen da
própria flor, como ocorre em algumas Asteraceae (Lloyd & Schoen 1992), ou o
movimento dos polinários ate assegurarem a autopolinização em algumas espécies de
Orchidaceae (Johnson & Edwards 2000), são mecanismos que restringem a alogamia ou
pelo menos asseguram a reprodução na ausência de polinizações adequadas.
Mudanças de coloração, do horário de abertura, do fechamento e da duração da flor
podem interferir nos serviços de polinização selecionando os tipos de polinizadores e
influenciando o fluxo e a qualidade do pólen que chega a flor.
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3. Conclusão
A polinização e, sem duvida, a forma mais efetiva de otimizar o processo reprodutivo,
mas as plantas dispõem de um arsenal muito mais amplo para interferir neste processo.
Os sistemas de reprodução são constituídos por mecanismos variados, incluindo
adaptações estruturais, fenológicas e fisiológicas que podem ser utilizados pelas plantas
para controlar a reprodução sexuada e otimizar a escolha de parceiros. Estes sistemas de
reprodução podem controlar o fluxo de pólen, o crescimento de tubos polínicos e a
alocação de recursos para a progénie, ampliando ou reduzindo a variabilidade genética
em unção das condições ambientais onde as plantas estão crescendo.
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4. Referencias Bibliográficas
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