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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:

Importância de estudo da Botânica sistemática na Agronomia

Rifa Momade – 708220413

Curso: Licen. Em Ensino de Biologia


Disciplina: Botânica Sistemática
Ano de Frequência: 2º Ano
Turma: J
Tutor: Clementina Sanculane

Nampula, Setembro de 2023


1. Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota
máxima do Subtot
tutor al
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
organizacion
Estrutura  Discussão 0.5
ais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(indicação clara do 2.0
Introdução problema)
 Descrição dos objectivos 1.0
 Metodologia adequada ao
objecto do trabalho 2.0
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
(expressão escrita
3.0
cuidada, coerência/coesão
Analise e textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
relevante na área de 2.0
estudo
 Exploração dos dados 2.5
Conclusão  Contributos teóricos e 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos Formatação de letra, parágrafo,
gerais espaçamento entre linhas 1.0
Normas APA
Referência 6a edição em  Rigor e coerente das
s citações e citações/referências 2.0
bibliográfi bibliografia bibliográficas
cas

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Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 5
1.1. Objectivo geral .................................................................................................................... 5
1.2. Objectivos específicos ......................................................................................................... 5
1.3. Metodologia ......................................................................................................................... 5
2. Variedade das espécies vegetais ............................................................................................. 6
3. Os processos determinantes da biodiversidade ou diversidade biológica .............................. 7
3.1 – Factores climáticos ............................................................................................................ 8
3.1.1 – Temperatura .................................................................................................................... 8
3.1.2 – Humidade ....................................................................................................................... 8
3.1.3 – Luz solar ......................................................................................................................... 9
3.1.4 – Vento .............................................................................................................................. 9
3.2 – Factores topográficos ...................................................................................................... 10
3.3 – Factores edáficos ............................................................................................................ 10
4. Conclusão ............................................................................................................................. 11
5. Referências Bibliográficas .................................................................................................... 12

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1. Introdução

As plantas podem ser classificadas em quatro grupos básicos: briófitas, pteridófitas,


gimnospermas e angiospermas. Esses grupos podem ser divididos ainda em plantas vasculares
e plantas avasculares. Gimnospermas e angiospermas, por sua vez, são plantas vasculares com
sementes. Segundo o “modelo da corcova”, desenvolvido em 1973 pelo biólogo britânico
John Philip Grime, a diversidade de plantas tende a ser maior em lugares que não sejam nem
tão hostis nem tão hospitaleiros. Em um ambiente com altas temperaturas e onde faltam
recursos, por exemplo, poucas espécies de plantas sobrevivem. É neste contexto que surge a
importância do desenvolvimento deste trabalho, para mostrar a importância do estudo da
botânica sistemática na agronomia.

1.1. Objectivo geral

Este trabalho tem por objectivo compreender os percursos históricos da botânica sistemática
e sua importância do estudo na Agronomia.

1.2. Objectivos específicos

 Descrever as diversidades das espécies;


 Identificar os processos determinantes da biodiversidade ou diversidade biológica.

1.3. Metodologia

Lakatos (1988:81): “Metodologia é o conjunto das actividades sistemáticas e racionais que,


com maior segurança e economia, permite alcançar o objectivo, conhecimentos validos e
verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista”. Para a elaboração do presente trabalho foi feita inicialmente uma leitura
bibliográfica sobre a escolha da metodologia de pesquisa, que consistiu na exploração literária
da matéria, tendo como base a internet e manual de geografia da 11ª classe e o manual da
disciplina.

Estruturalmente, o presente trabalho apresenta capa, folha de rosto, índice, introdução,


desenvolvimento, considerações finais e referências bibliográficas.

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2. Variedade das espécies vegetais

Sistemática vegetal é a área da botânica que estuda a diversidade das plantas e as suas
relações evolutivas.

As actividades de um sistemata envolvem a descoberta, descrição e a interpretação da


diversidade biológica. Os sistematas reconstroem a filógina através de um enfoque
filogenético que é expressado na forma de um cladograma. O cladograma é uma
representação diagramática de uma hipótese sobre relações evolutivas.

O método filogenético mais amplamente utilizado hoje para classificação de organismos é a


cladística. Os sistemas de classificação são preditivos e apresentam a síntese das informações
que foram reconstruídas pela filogenia. É possível contar a “história” evolutiva do grupo a
partir de qualquer ponto seleccionado da árvore. A forma, ou a topologia, é determinada pelas
conexões entre os ramos da árvore evolutiva.

As plantas são organismos eucariontes e autotróficos capazes de converter energia solar em


energia química pelo processo da fotossíntese. Os vegetais são apontados como um ramo da
árvore evolutiva da vida que abriga o clado das plantas verdes ou viridófitas composto pelas
algas verdes e as plantas terrestres. O grupo mais próximo das plantas terrestres ou
embriófitas são as “carófitas”, um grupo de algas verdes.

O clado plantas verdes tem as seguintes sinapomorfias: presença de clorofila a e b contidas


nos cloroplastos; reserva de carboidratos em forma de amido e a presença de dois flagelos
anteriores em forma de chicote em algum momento no ciclo de vida, que podem ser
modificados ou às vezes perdidos. Estes caracteres são indicados no ramo onde se acredita ter
ocorrido evolução.

O objectivo fundamental da sistemática é descobrir todos os ramos que formam a árvore


evolutiva da vida, documentar as modificações que ocorrem durante o processo histórico e
evolutivo desses ramos, descrever e nomear todas as espécies possíveis encontradas na
natureza. Por isto a sistemática vegetal está directamente relacionada ao estudo da biologia
evolutiva.

A sistemática vegetal engloba a taxonomia, disciplina onde os grupos de organismos são


descritos. As espécies são designadas e recebem nomes científicos. O Código Internacional de
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Nomenclatura Botânica (ICBN) rege as regras que determina o uso de nomes científicos. Os
seres vivos começaram a ser nomeados no início do século XVIII pelo naturalista sueco Carl
Von Linnaeus. Sua meta era nomear e descrever todos os tipos conhecidos de plantas, animais
e minerais. Linnaeus publicou o livro Species Plantarum em 1753 apresentando o sistema de
nomenclatura binomial. A partir desta publicação os nomes científicos são compostos, até
hoje, por duas palavras latinizadas formadas pelo género e o epíteto específico. Esta
publicação o tornou um pioneiro pela criação desse sistema.

A classificação é baseada em uma hierarquia, logicamente organizada e consiste em localizar


uma entidade dentro desse sistema. A identificação determina se uma planta não conhecida
pertence a um grupo de plantas já identificado. A maneira mais comum de identificar plantas
é enviando uma amostra do material colectado a um especialista botânico ou para um para
botânico bem treinado que conheça a flora regional onde o espécime foi colectado.

A sistemática vegetal foi baseada desde o seu fundamento em morfologia e anatomia


comparadas. Com o advento da sistemática molecular, a sistemática vegetal está sendo
transformada pela utilização de técnicas moleculares, onde o gene é utilizado para comparar
organismos em seu nível mais básico. Essas técnicas são determinadas por sequenciamento
genético.

A sistemática vegetal se mostra uma área do conhecimento importante, pois é através dela que
podemos conhecer melhor a biota existente, prever modos de utilização e conservação do
potencial florístico, auxiliar na busca por plantas de interesse económico além de relacionar
outras áreas das ciências biológicas como a biologia da conservação, biodiversidade,
etnobotânica, ecologia e evolução.

3. Os processos determinantes da biodiversidade ou diversidade biológica

A distribuição geográfica dos animais está dependente dos mesmos factores que influem na
distribuição das plantas. As plantas, por sua vez, condicionam a distribuição dos animais,
especialmente dos herbívoros, que delas se alimentam, consequentemente, dos carnívoros que
procuram os herbívoros.

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Os factores principais são:

 Climáticos (luz solar, temperatura, humidade).


 Topográficos (altitude, declive do solo, exposição, etc.).
 Edáficos (natureza do solo, influência física e química do meio).

3.1 – Factores climáticos

3.1.1 – Temperatura

A necessidade de calor é, de modo geral, variável conforme a espécie ao longo do ciclo de


Vida. As plantas requerem um óptimo de temperatura compreendido entre um valor mínimo
(zero específico ou limiar inferior), abaixo do qual a Vida se torna impossível para elas. Do
mesmo modo, há também um limite superior específico, acima do qual a Vida se torna
impossível para a espécie. Por isso, as plantas dividem-se em:

 Megatérmicas – São plantas mais exigentes em calor, isto é, o seu óptimo está entre
20 °C e um pouco mais como a maioria das espécies da floresta.
 Microtérmicas – São as espécies menos exigentes em calor; o seu óptimo é próximo
dos 0 °C, por exemplo, as coníferas da taiga.
 Hequistotérmicas – São espécies vegetais adaptadas aos climas de frio rigoroso quase
sempre abaixo dos zero graus.
 Mesotérmicas – São plantas que melhor se adaptam, quer ao calor do Verão, quer aos
Invernos frios dos climas temperados; o seu óptimo é cerca de 15 °C.
 Euritérmicas – São plantas que suportam grandes amplitudes térmicas e estão
adaptadas ao frio e a altas temperaturas. Perdem a folha na época fria como defesa;
outras possuem folhas largas e grandes a fim de aumentarem a evaporação na época
quente, provocando uma diminuição da temperatura.

3.1.2 – Humidade

A humidade permite a fotossíntese e a dissolução dos sais minerais.

Em relação as necessidades em humidade, as plantas dividem-se em: higrófilas, hidrófilas,


tropófilas, xerófilas e halófitas.
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 Higrófilas - São plantas muito exigentes à água; vivem permanentemente em meio
aquático (algas).
 Hidrófilas – São plantas muito exigentes à água, vivem em ambientes muito húmidos
na superfície terrestre, no clima equatorial ou à beira dos rios (arroz).
 Tropófilas – Estão compreendidas entre as higrófilas e as xerófilas, isto é, aquelas que
se adaptam a um período húmido e a um período seco, espécies dos climas temperados
ou tropicais; perdem a folha na estação seca.
 Xerófilas – Espécies vegetais dos climas com estação seca ou desértica.
Desenvolvem-se em ambiente de pouca água.
 Halófitas - Espécies dos climas temperados ou tropicais que vivem em meios
salgados, especialmente junto ao mar, ou sob influência das marés: avicénia, coqueiro,
etc. Perdem a folha na estação seca.

3.1.3 – Luz solar

Todas as plantas com clorofila precisam de luz para realizar a fotossíntese, mas as espécies
não têm as mesmas exigências em luz solar; há um óptimo para cada espécie que se adapta a
um determinado grau de luminosidade, nesta base distinguem-se dois tipos de plantas:

 Heliófitas: as mais exigentes em luz, como o girassol.


 Esquisiáfitas: as que desenvolvem todo o seu ciclo apenas com alguma luz ou na
sombra, como é o caso das hortícolas.

3.1.4 – Vento

O vento desempenha um papel importante na dispersão das plantas. E no transporte de pólen,


ajudando a fecundação.

Devido à agitação das folhas, o vento vai renovando o ar húmido substituindo-o por mais
seco, activando a transpiração, e disseminando, as sementes.

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3.2 – Factores topográficos

O relevo do solo é o principal agente responsável pelas condições locais em que vivem os
vegetais terrestres. Durante parte do ano, as encostas umbrias apenas recebem luz difusa ao
passo que as soalheiras são frequentemente banhadas por luz solar directa. A exposição das
encostas tem uma influência extraordinária na cobertura vegetal, quer devido às diferenças de
temperatura, quer as precipitações atmosféricas, assim como ao predomínio dos ventos e à
intensidade da luz.

3.3 – Factores edáficos

As plantas procuram substâncias minerais para a sobrevivência; segundo este critério podem
ser agrupadas em:

 Calcícolas – As que preferem terrenos de calcário.


 Calcífugas – As que vivem em terrenos ricos em cloreto de sódio.
 Halófitas – As que preferem solos ricos em sais de potássio enquanto que as plantas
de solos ricos em proteínas se designam nitrófilas.

A combinação dos vários elementos: (temperatura, pressão, humidade, precipitação, vento)


em períodos curtos constitui o tempo e, em longos períodos o clima. A classificação climática
abrange os aspectos ligados à temperatura, precipitação e vegetação. A distribuição da fauna e
da flora não é uniforme e é condicionada pelos factores climáticos, edáficos e topográficos.

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4. Conclusão

A diversidade das plantas é estudada pela sistemática vegetal, uma área da botânica que se
dedica a descobrir, descrever e interpretar a diversidade biológica das plantas e suas relações
evolutivas1. As plantas são seres vivos pluricelulares produtores, que produzem seus próprios
alimentos a partir de água, sais minerais, dióxido de carbono e energia solar para a produção
de glicose, e liberam oxigénio. Elas podem ser agrupadas em plantas com flor e plantas sem
flor, como líquenes, fetos e musgos.

Portanto, com esta temática ficou claro sobre o papel da botânica sistemática para o
agrónomo, afinal, agronomia, ou ciências agrícolas, é um campo de estudo sobre o cultivo do
solo pelo homem. Seu objectivo é desenvolver, através de pesquisas, técnicas que melhoram a
produtividade, como a selecção de variedades resistentes, o desenvolvimento de agrotóxicos e
o melhor modo de usá-los, o manejo de irrigação e controle das características do solo e
outras, que estão fortemente relacionadas com o local onde serão aplicadas, visando, muitas
vezes a modificação do meio para alcançar os resultados esperados.

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5. Referências Bibliográficas

JUDD, W.S.; Campbell, C.S.; Kellogg, E.A.; Stevens, P.F.; Donoghue, M.J. Sistemática
vegetal: um enfoque filogenético. 3ª ed. Artmed, Porto Alegre. 612p.

RAVEN, P. H.; Eichhorn, S. E.; Evert, R. F. Biologia Vegetal. 8ª ed. Guanabara Koogan. Rio
de Janeiro. 2014

WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.

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