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1- A RACIOLOGIA
Na antropologia são estudadas duas teorias para explicar a origem das raças humanas, são
elas: a teoria Policêntrica e a teoria Monocêntrica, que passamos a descrever.
TEORIA POLICÊNTRICA – esta teoria foi fundada nos Estados Unidos da América, por
Franz Weidenreich, e segundo esta, a formação do homem actual ter-se-ia realizado em vários
territórios independentes. Na base desta teoria, está o facto de, segundo estes seguidores,
existirem semelhanças entre os representantes dos vários grupos humanos actuais e os
representantes de grupos que existiram no passado e dos quais existem fósseis, tais como o
Homem de Java, Homem de Pequim, Homem da Rodésia e do Homem de Neanderthal, ou
seja, segundo esta teoria os actuais grupos humanos são descendentes dos grupos que
existiam no passado, e como tal, são diferentes uns dos outros, com um passado evolutivo
diferente, em territórios diferentes.
TEORIA MONOCÊNTRICA - esta teoria, pelo contrário, considera que inúmeras provas
existentes apontam para o facto, de que o homem actual surgiu num território único, que se
pensa ser uma região situada entre a Ásia central e Meridional e o Nordeste Africano.
Os apoiantes desta teoria consideram que, nesse território terá ocorrido cruzamentos
genéticos entre os vários hominídeos existentes, facto esse, que só terá contribuído para o
enriquecimento do seu património genético, só mais tarde se teriam formado várias
populações, que devido à posterior evolução, teriam dado origem aos vários grupos humanos
actuais.
Hoje em dia, na população mundial humana, existem 35 tipos de DNA mitocondrial que
derivaram dos originais e que se foram modificando devido à substituição progressiva de
alguns nucleótidos.
Nas ruas de qualquer cidade grande podemos ver uma amostra da variedade aparente da
humanidade: tons de pele que vão do leite claro ao marrom escuro; texturas de cabelo
variadas, desde as finas e lisas até as grossas e crespas. As pessoas usam frequentemente
características físicas como essas – juntamente com a área de origem geográfica e a cultura
compartilhada – para se agruparem a si mesmas e a outras em “raças”. Mas qual é, do ponto
de vista biológico, a validade do conceito de raça? As características físicas transmitem
alguma informação confiável sobre a constituição genética da pessoa, para além da indicação
de que possui os genes associados a olhos azuis ou cabelos enrolados?
A ideia de “raça” há muito tempo vem sendo questionada pela chamada genética de
populações, que se debruça sobre a variabilidade biológica das populações humanas. Desde
as atrocidades do nazismo, no contexto da Segunda Guerra Mundial, a ideia de “raça”, do
ponto de vista biológico, vem sendo refutada por biólogos e cientistas sociais. Falar em raças
humanas, do ponto de vista biológico, não faz mais sentido.
Os genes, unidades que carregam todas as informações sobre o organismo de um ser humano,
determinam as características físicas. Mas as partículas que definem a cor do cabelo ou
formato do rosto são tão poucas que perdem seu significado quando comparadas ao número
total de genes. A cor da pele de uma pessoa pode representar uma adaptação biológica a
certas condições geográficas ao longo da sua evolução. Na região dos negros, por exemplo, o
sol é bastante forte. Como o excesso de energia solar prejudica o organismo, a cor negra
protege a pele contra os raios nocivos.
A origem da palavra raça é obscura. Alguns estudiosos entendem que a sua etimologia
provém da palavra latina “radix” que significa raiz ou tronco; enquanto outros acham que ela
tem origem na palavra italiana “razza”, que significa linhagem ou criação. Seja qual for a sua
origem, ela foi introduzida na literatura científica há cerca de 200 anos e desde então tem
aparecido em tantos diferentes contextos que até hoje a palavra “raça” não teve o seu
significado exactamente claro.
A questão é difícil, em parte porque a definição implícita a respeito de que torna a pessoa
membro de uma raça particular difere conforme a região do mundo. Alguém classificado
como “negro” nos Estados Unidos, por exemplo, pode ser considerado “branco” no Brasil e
“de cor” (uma categoria distinta do “negro” e do “branco”) na África do Sul.
Portanto, a raça, mais que uma realidade biológica, é uma categoria cultural. Desde o ponto
de vista do senso comum utiliza-se a palavra “raça” em vez de grupo étnico e também “raça”
no sentido de grupo étnico com base biológica (algo que não é assim, porém pensa-se assim).
Portanto, a “raça” é um grupo percebido culturalmente. A raça é um grupo ao qual se lhe tem
atribuído um nome, uma etiqueta, mas sem base genética ou biológica. Portanto, a raça não
existe como categoria biológica, senão que existe enquanto categoria simbólica e social, o
que a converte em um conceito mais real e importante.
Características do Caucasóides
Pele rosada pela transparência dos vasos sanguíneos, tom de pele mais claro nuns e mais
morenos nos outros. São de cabelos lisos ou ondulados, sistemas pilosos mais ou menos
abundantes no corpo e na cara. Lábio de espessura média, nariz bastante fino e proeminente,
raiz nasal bastante alta, queixo muito ou pouco saído e geralmente a cara não é larga.
Características do Australóides
Tipos de Australóides
Tipos de Mongoloides