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Relatório referente ao curso de extensão - Oftalmologia de pequenos animais

Ana Luiza Cotta Leal dos Reis 25/06/2021


Medicina Veterinária - Matipó - 10ºP

Os são estruturas complexas, são ligados a 6 (seis) dos 12 (doze) pares de nervos
cranianos, possuem vasculatura complexa, possuem estruturas que sobrevivem sem
vascularização sanguínea, possuem nervos desmielinizados para que o aspecto
transparente seja mantido, entre outros. As aves por sua vez tem controle absoluto
dos olhos, podendo controlar musculatura para focar em diferentes locais de uma
única vez, controlam também a dilatação da pupila, sendo então o mecanismo
principal da sobrevivência dos mesmos. O olho é composto pela esclera, córnea,
humor aquoso, íris, pupila, cristalino, ondulas, corpo ciliar, vítreo e a papila óptica.
Possuem 3 camadas, a esclera, não vascularizada e a mais externa, a coróide,
vascularizada, e a retina, altamente inervada. A anatomia do olho é dividida em
câmaras, sendo 3 (três) delas: anterior, entre a córnea e a íris, preenchida pelo
humor aquoso; posterior, entre íris e lente e a vítrea entre lente e retina, sendo essa
preenchida pelo corpo vítreo. Essas câmaras por si, sendo divididas em 2 (dois)
segmentos, o anterior compreendendo as câmaras anterior e posterior, e o posterior
compreendendo a câmara vítrea. Dividida também em 3 (três) túnicas, externa,
sendo essa fibrosa, composta pela córnea e a esclera, média, vascular, composta
pela úvea e a interna, nervosa, composta pela retina. A lágrima é considerada uma
parte do olho, sendo conhecida como filme pré-corneano, tendo função de
lubrificação, combate a micróbios e nutrição da córnea. O tamanho da pupila pode
ser classificado como midríase, onde ela se apresenta dilatada, miose, contraída e
anisocoria, possui dilatações diferentes em cada olho. A atrofia de íris também pode
acontecer, por perda de massa magra em idosos, apresentando-se como rasgos. No
exame oftálmico deve se ter 2 (dois) colírios obrigatórios, um anestésico e um
midriático. A principal diferenciação entre catarata e esclerose nuclear do cristalino é
o exame de fundo de olho, a oftalmoscopia, se for permitido a observação do fundo
do olho é esclerose, senão, catarata, pois a esclerose é uma descamação do
cristalino para dentro do olho, não afetando a visão do animal. O nervo óptico dos
cães e gatos possui diferenças, o do cão de apresenta mais triangular, cheio de
vascularização no centro e apresenta fundo capital menor, já nos gatos apresenta-se
mais arredondado, com fundo capital amplo e sem vascularização central. Um dos
casos mais comuns é a prolapso da terceira pálpebra, conhecido como “Cherry Eye”,
o tratamento é cirurgico, com reposicionamento da glândula. O entrópio também é
bastante comum, ocorrendo quando há inversão da pálpebra e os cílios entram em
Relatório referente ao curso de extensão - Oftalmologia de pequenos animais
Ana Luiza Cotta Leal dos Reis 25/06/2021
Medicina Veterinária - Matipó - 10ºP
contato com o olho. Deve ser observado se a rima palpebral ou linha d 'água está
exposta ou não. O tratamento é cirúrgico, sendo necessário a retirada de uma
pequena parte da pálpebra.A ceratoconjuntivite seca se caracteriza por alta
produção de secreção purulenta no olho, pode apresentar um olho super
pigmentado, não podendo se distinguir os componentes. Pode ocorrer pela
produção escassa de lágrimas, remoção da terceira pálpebra ou obstrução do canal
lacrimal. O tratamento é contínuo com colírio lubrificante de preferência à base de
ácido hialurônico. A úlcera de córnea pode ser classificada como superficial ou
profunda. O tratamento pode ser cirúrgico ou medicamentoso dependendo do tipo. A
tobramicina é muito utilizada nos casos superficiais, para as mais graves é bastante
utilizada a moxifloxacina. A doxiciclina e amoxicilina com clavulanato são ótimos
opções para uso oral para combate antibiótico, apresentando ótimas concentrações
oculares. O uso de corticoides é contraindicado. Os microorganismos mais comuns
de causarem tal quadro são as Pseudomonas, Aspergillus e Fusarium. Em casos
muito graves para que não haja mais degradação da córnea é indicado o uso de
EDTA, doxiciclina e o soro autólogo. O uso de anti-inflamatórios não esteroidais é
recomendado por curto período de tempo e em casos onde há muita inflamação,
críticos, pois atrasam a cicatrização. O edema da córnea, ou “Blue Eyes”, é causado
pela deficiência de drenagem de água da córnea, tendo tratamento cirúrgico. O
pannus, mais comum em pastores, é uma doença imunomediada sem causa
conhecida ainda. O Florida Spots se caracteriza como uma mancha esbranquiçada
com um núcleo denso, sem tratamento, puramente estético. Coloboma palpebral é
uma condição onde a pálpebra não é completamente formada, apresentando mais
em gatos, onde é necessário uma cirurgia reconstrutiva. A triquíase é uma condição
onde os pelos da pálpebra do animal caem, iniciando um quadro de dano, tendo
tratamento cirúrgico. Úlceras crônicas em gatos são sempre virais, sendo o Herpes
vírus a causa mais comum encontrada, recomendado o tratamento com antivirais,
sendo o principal de eleição o Fanciclovir. A cromodacriorréia é um quadro onde o
animal começa a apresentar manchas amarronzadas no pelo ao redor dos olhos,
geralmente ocorre quando há obstrução do canal lacrimal.

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