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Visão

Olho

O olho é o órgão da visão dos animais que permite detectar a luz e transformar
essa percepção em impulsos eléctricos. Os olhos mais simples apenas
detectam se as zonas ao seu redor estão iluminadas ou escuras. Os olhos
compostos que se encontram nos artrópodes (alguns insectos e crustáceos)
são formados por unidades de detecção chamadas omatídeos, que dão uma
imagem pixelada dos objectos. Nos seres humanos e em
outros vertebrados a retina é constituída por dois tipos de células foto-
receptoras, os bastonetes, que permitem a percepção de claro e escuro, e
os cones, responsáveis pela percepção das cores.

Esclera

A esclera (do grego skleros), também conhecida como esclerótica ou branco do


olho, é a membrana externa, branca, em crianças com tom mais azulado e em
alguns animais preta, como no cavalo, e fibrosa do globo ocular.[2] Na fase de
desenvolvimento embrionário, é formada pela crista neural.[3] Em
alguns vertebrados, a esclera origina o anel esclerótico, resultado de sua fusão
com placas cartilaginosas.

É onde estão inseridos os músculos do bulbo do olho (extra-oculares). A


superfície visível da esclera é coberta por uma membrana transparente e fina,
chamada conjuntiva, que deriva da camada epitelial externa da córnea e que
também cobre a face interna das pálpebras. É opaca e contém fibras
de colágeno e elastina. Nas crianças, é mais fina e apresenta algum pigmento,
aparentando levemente azulada. Nos idosos, entretanto, o depósito
de gordura na esclera faz com que ela aparente uma coloração levemente
amarelada. Existem algumas doenças como a esclerite que causam cegueira
parcial. Essas doenças produzem uma linha vertical no campo visual,
resultando em menos de 100% de visibilidade.

O olho humano tem diâmetro antero-posterior de aproximadamente 24,15


milímetros, diâmetros horizontal e vertical ao nível do equador de
aproximadamente 23,48 milímetros, circunferência ao equador de 75
milímetros, pesa 7,5 gramas e tem volume de 6,5cc. O homem pisca os olhos
por cerca de 25 mil vezes por dia.
O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez
fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras.
Possui em seu exterior seis músculos que são responsáveis pelos movimentos
oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função
de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída pela córnea e
a esclera e serve para proteção. A camada média ou vascular é formada
pela íris, a coroide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar a parte vascular. A camada
interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.

Um olho humano

Existe ainda o humor aquoso que é um líquido incolor e que existe entre a
córnea e o cristalino. O humor vítreo é uma substância gelatinosa que
preenche todo o espaço interno do globo ocular atrás do cristalino. Tudo isso
funciona para manter a forma esférica do olho.

O cristalino é uma espécie de lente que fica dentro de nossos olhos. Está
situado atrás da pupila e orienta a passagem da luz até a retina. A retina é
composta de células nervosas que leva a imagem através do nervo óptico para
que o cérebro as interprete.

Não importa se o cristalino fica mais delgado ou espesso, estas mudanças


ocorrem de modo a desviar a passagem dos raios luminosos na direção da
mancha amarela. À medida que os objetos ficam mais próximos o cristalino fica
mais espesso, e para objetos a distância fica mais delgado a isso chamamos
de acomodação visual.

O olho ainda apresenta, as pálpebras, as sobrancelhas, as glândulas lacrimais,


os cílios e os músculos oculares. A função dos cílios ou pestanas é impedir a
entrada de poeira e o excesso da luz. As sobrancelhas também têm a função
de não permitir que o suor da testa entre em contato com os olhos.

A conjuntiva é uma membrana que reveste internamente duas dobras


da pele que são as pálpebras. São responsáveis pela proteção dos olhos e
para espalhar o líquido que conhecemos como lágrima.

O líquido que conhecemos como lágrimas são produzidos nas glândulas


lacrimais, sua função é espalhar esse líquido através dos movimentos das
pálpebras lavando e lubrificando o olho.
O ponto cego é o lugar de onde o nervo óptico sai do olho. É assim chamada
porque não existem, no local, receptores sensoriais, não havendo, portanto,
resposta à estimulação. O ponto cego foi descoberto pelo físico francês Edme
Mariotte (1620 - 1684).

Distúrbios de refração

Os distúrbios de refração, causados por problemas no cristalino ou na córnea,


são problemas de visão que são corrigidos com o uso de óculos ou lentes de
contato, e até mesmo com cirurgia refrativa, em alguns casos. Podem vir ou
não associados a doenças oculares mais graves, que serão avaliadas pelo
médico oftalmologista . Cada caso abaixo pode vir puro ou associado a outro
distúrbio de refração. São eles:

Miopia - Os portadores de miopia têm dificuldade para enxergar longe. Em


alguns casos, a visão também é ruim para perto.

Hipermetropia - Os portadores de hipermetropia têm dificuldades para enxergar


perto. Em graus maiores, a dificuldade pode ser também para longe.

Presbiopia - Também chamado de vista cansada, comum após os 40 anos. Os


portadores têm dificuldades para enxergar perto, principalmente para leitura de
letras pequenas, para costurar, para colocar a linha no buraco da agulha e para
escrever. A maioria das pessoas que nunca usou óculos, nem nunca precisou
usar, cairá neste grupo após os 40 anos de idade, com algumas exceções. A
dificuldade para perto tende a piorar com a idade.

Astigmatismo - É uma diferença existente entre as curvaturas corneanas na


maioria das vezes, resultando em dificuldade para enxergar uma reta em
determinada posição e não em outra. É corrigido com lentes de óculos
chamadas "cilíndricas".

Sistema lacrimal

O sistema lacrimal ou aparelho lacrimal engloba as glândulas lacrimais e as


vias de drenagem da lágrima para o nariz.

Cada olho possui um par de glândulas lacrimais, atrás e ao lado do olho. As


glândulas lacrimais secretam fluido lacrimal, uma solução de água e sais, cuja
função é umedecer o olho. Quando há excesso de fluido, como acontece em
fortes emoções, acontece o choro, onde o excesso de fluido escorre nos dutos
nasolacrimais, que levam este excesso ao nariz.

Olho seco

Quando dizemos olho seco, estamos dizendo, em outras palavras, que existe
um déficit na lubrificação ocular, que pode ser mais ou menos intenso. O olho
produz lágrimas, porém, por algum motivo, a quantidade ou a qualidade da
lágrima produzida não é adequada para manter os olhos com a umidade ideal.
Os olhos, quando mal lubrificados, começam a apresentar sintomas
característicos, que podem ser resolvidos de forma simples na maior parte dos
casos. Olho seco é um problema extremamente frequente na prática
oftalmológica. Eu inclusive arriscaria dizer que é um dos problemas mais
frequentes que encontramos no dia-a-dia de consultório. Apesar de parecer um
problema simples, o olho seco pode complicar com alterações graves e
irreversíveis da superfície ocular.

O olho seco é uma alteração decorrente da má lubrificação da superfície


ocular, que geralmente possui uma dessas causas:

1) produção deficiente de lágrimas;

2) ou à sua evaporação em taxas excessivas.

A lágrima é uma camada protetora extremamente importante para os olhos.


Além da função óbvia de defesa, ela também é responsável pela nutrição da
córnea e por manter os olhos lubrificados e com uma boa mecânica, evitando
ressecamento e atrito entre as pálpebras e as estruturas oculares propriamente
ditas. De forma geral, podemos dizer que alguns fatores podem interferir nesse
equilíbrio entre produção e evaporação da lágrima, causando o olho seco.

As principais causas que favorecem o aparecimento do olho seco são:

1) Baixa umidade do ar, como em situações de clima seco, ou mesmo em


ambientes fechados com uso de ar condicionado

2) Pouca frequência de piscar, como acontece quando realizamos atividades


que demandam atenção por tempo prolongado, como acontece quando
fazemos uso intenso de computador ou uma leitura prolongada – afinal, o
piscar é um mecanismo extremamente importante para espalhar as lágrimas
pelos olhos.

3) Algumas doenças como diabetes ou hipotireoidismo

4) Idade

5) Algumas alterações hormonais, como a própria menopausa

6) E alguns medicamentos, sendo muito comum com contraceptivos orais, por


exemplo.

Sintomas do olho seco

O olho seco causa sintomas que são facilmente confundidos com outras
situações. É muito comum atendermos pacientes com olho seco que se
queixam de uma infecção prolongada, alergia, ou mesmo dor intensa nos
olhos. Como o olho seco é resultado da má lubrificação da parte anterior dos
olhos, que é extremamente inervada, os sintomas podem sim ser intensos.

São sintomas comuns do olho seco:

1) Sensação de corpo estranho (ou achar que está com areia nos olhos)

2) Desconforto ocular

3) Irritação

4) Sensação de vista cansada

5) Vermelhidão, que piora principalmente pela manhã e ao final do dia

6) Ardor

7) Dor, que por vezes pode ser intensa

8) Maior sensibilidade à luz

9) Lacrimejamento excessivo. O olho seco deixa o olho desprotegido. Dessa


forma, qualquer estímulo – até mesmo o vento batendo diretamente nos olhos,
por exemplo – atinge um olho sem a devida proteção, desencadeando um
reflexo de maior produção lacrimal, que nem sempre é na frequência e
qualidade necessária para lubrificação correta dos olhos).

Antes de pensar em tratamento, o paciente com esses sintomas deve procurar


o oftalmologista. Como você pôde notar, esses sintomas são muito frequentes
também em outras afecções, por isso é importante a realização de um
diagnóstico correto.

Tratamento do olho seco

A base do tratamento do olho seco são os lubrificantes oculares, também


conhecidos como lágrimas artificiais. Existem uma infinidade desses
lubrificantes no mercado, cada um com uma indicação e composição
diferentes. Por isso, é extremamente importante consultar um oftalmologista
antes de fazer uso de um ou outro colírio. Normalmente, os colírios são
reservados para os casos mais leves. Géis podem ser usados em casos de
olho seco de maior intensidade.

Para os casos que não melhoram mesmo com esses tratamentos ou


associados a distúrbios maiores, existem algumas outras opções (incluindo
cirurgias, transplantes de glândulas salivares, plugues de canal lacrimal e
outras opções), que devem ser discutidas caso a caso. Quando não tratado, o
olho seco pode evoluir para uma condição mais séria. Os sintomas tendem a
piorar, principalmente com dor e ardor mais frequentes. Casos que não são
avaliados a tempo podem desenvolver lesões e úlceras de córnea, que pode
culminar, inclusive, com perda de visão. Além disso, pode acontecer processos
anormais de cicatrização ocular e desenvolvimento de sequelas no médio e
longo prazo.

Glândula lacrimal

A glândula lacrimal, parte do sistema lacrimal, está localizada na parte anterior


e lateral do teto da órbita ocular. A glândula lacrimal está alojada na fossa da
glândula lacrimal, no osso frontal, recebendo inervação simpática e
parassimpática do SNA. Sua função é produzir o fluido lacrimal para a
lubrificação e limpeza do globo ocular.

A glândula lacrimal recebe inervação sensitiva através do nervo


lacrimal, proveniente do nervo oftálmico. O nervo oftálmico é a primeira divisão
do nervo trigêmeo.
Lágrima

A lágrima ou fluido lacrimal é um líquido composto de água, sais


minerais, proteínas e gordura, produzido pelas glândulas lacrimais(do sistema
lacrimal) nas pálpebras superiores do olho humano para lubrificar e limpar o
olho. É produzido em grande quantidade quando alguém chora. O filme
lacrimal, que recobre a córnea e a conjuntiva bulbar, é constituído por três
camadas. A mais externa, formada por lípidos originados pela secreção
das glândulas de Meibómio, tem como função atrasar a evaporação de água. A
seguir a esta temos a camada aquosa, esta contém água, sais
minerais, complexos imunológicos, entre outras substâncias e é responsável
por parte da oxigenação do epitélio corneal assim como por proporcionar
à córnea uma superfície óptica regular e lisa. Por fim, a camada mais interna,
em contacto com a superfície corneal, é constituída
por glicoproteínas segregadas pelas glândulas caliciformes, permite que a fase
aquosa hidrófila se espalhe sobre a córnea hidrofóbica, transformando
a córnea numa superfície hidrófila.

Discromatopsia hereditária: daltonismo

A discromatopsia hereditária também é conhecida como daltonismo. É


caracterizada pela ausência de percepção de cor ou incapacidade de distinguir
certos tons de cores.

A frequência da ausência de percepção de cores nas pessoas é, em média, 8%


nos homens e 0,5% nas mulheres.

Uma pessoa daltónica não tem os 3 cones normais necessários para a


percepção de cor.

ou falta um dos cones e a pessoa é "dicromática" .i.e. só tem percepção de 2


segmentos de cores.

se há ausência do vermelho, denomina-se protanopia, se é o verde, é


deuteranopia (o mais frequente), quando é o azul é tritanopia (muito raro)

Se há uma deficiência num dos outros cones, o daltónico tem também


tricromacia anómala.

se há deficiência no vermelho, é designada de protanomalia

se é no verde , é deuteranomalia
se é no azul, é tritanomalia

Discromatopsia adquirida

A discromatopsia adquirida é um transtorno da visão da cor como


consequência da deterioração dos cones, nervo óptico ou córtex visual, após
uma doença.

Esta evolui no tempo e pode ser associada a uma degradação do campo


visual.

As doenças responsáveis por este transtorno incluem: descolamento de retina,


degeneração macular, trauma do nervo óptico, doença de Leber, exposição
solar intensa.

Ao contrário da discromatopsia hereditária, esta anomalia pode progredir


positivamente, graças ao tratamento oferecido contra a doença inicial.

Placas pseudo isocromáticas: teste de Ishihara

Este teste foi criado em 1917 por Ishihara Shinobu.

É formado por 38 placas chamadas "pseudo isocromáticas", placas feitas de


pequenos círculos coloridos, formando um fundo no qual aparece um símbolo
(letra ou número).

As pessoas que não apresentam discromatopsia distinguem claramente o


símbolo, enquanto aquelas que possuem o distúrbio terão dificuldade.

O objetivo é destacar a existência de um potencial de discromatopsia, mas não


permite a detecção da sua gravidade.

O EPR por sua vez conecta-se com as células fotorreceptoras sensíveis à luz.
É importante lembrar que tanto o EPR como as células fotorreceptoras não
contêm vasos sanguíneos. A nutrição da parte externa da retina é feita através
de vasos da coroide, enquanto que, a porção mais interna, é feita pelos ramos
da artéria central da retina. As veias seguem a distribuição das artérias.

O olho humano possui dois tipos de células responsáveis por nos fazerem
enxergar: os cones e os bastonetes.
Os bastonetes são células que necessitam de pouca luz para serem
sensibilizadas. Entretanto não conseguem formar imagens coloridas ou
nítidas. É por isso que a noite ou em locais escuro é muito difícil se distingüir
cor.

Já os cones são sensibilizadas com uma quantidade grande de luz e geram as


imagens nítidas e coloridas. Existem 3 tipos de cones, os azuis, os vermelhos e
os verdes. Eles são chamados assim, pois o cone azul é ativado por ondas de
comprimento muito aproximado às que formam a cor azul, também chamadas
de ondas curtas, enquanto os cones verdes se sensibilizam por ondas de
comprimento próximo ao verde, também, chamadas de ondas médias e os
cones vermelhos com ondas de comprimento próximo ao vermelho, também
chamadas de longas.

Assim, as cores vermelho, azul e verde são as 3 cores que nossos olhos
captam. Todas as outras cores que vemos são formadas a partir dessas 3
cores. Por isso essas 3 cores são consideradas as cores primárias da visão e
também da síntese aditiva de cor.

Nosso cérebro e as cores

Trata-se de nada menos que luzes absorvidas e refletidas por objetos, com
comprimentos de ondas diferentes. Nossos olhos e nosso cérebro «fabricam»
as cores, o que gera variações inevitáveis de percepções de uma pessoa para
outra.

As cores se baseia em uma categoria específica de fotorrreceptores, células


que revestem a retina: os cones , chamados assim por causa de sua forma,
absorvem a luz através de três tipos de pigmentos visuais. Assim, alguns cones
respondem a comprimentos de ondas curtas, para o azul (cones S, ou short),
outros, para ondas médias, em torno do verde (cones M, medium), e ainda
outros, para comprimentos de ondas longas para o vermelho (cones L, long).
Quando uma radiação luminosa os alcança, ocorre uma cascata de reações
que leva à criação de sinais elétricos, enviados para o córtex pelas células
nervosas.

Surpreendemente, a densidade dos cones verdes em relação aos vermelhos


pode ser muito diferente de um indivíduo para outro: a relação varia de 0,1 para
16. Além disso, a percepção de cada um depende do contexto, uma vez que os
neurônios da retina processam o sinal para aumentar os contrastes coloridos
na borda dos objetos, entre o verde e o vermelho e entre o azul e o amarelo
(combinação do vermelho e do verde). E enquanto nossos olhos são capazes
de distinguir cerca de 15 mil nuances de cores, ainda somos incapazes de
determinar a nuance exata de uma delas em uma tabela. Na teoria, nossa
visão tricromática torna visível todo o espectro da luz visível, do violeta para o
vermelho, isto é, entre 390 e 780 nanômetros.

Mas segundo os indivíduos, esse espectro pode ser mais ou menos largo,
conter mais roxo e menos vermelho ou vice-versa. Além disso, dependendo da
idade ou do estado de saúde, nossos olhos filtram mais ou menos a luz. Isto
talvez possa explicar em parte, o caso do vestido azul -preto-branco-ouro, que,
neste inverno, desencadeou paixões na internet: com a idade, seríamos menos
sensíveis à luz azul. No entanto, é preciso ter em conta outro parâmetro: a cor
de um objeto não depende apenas de quem o vê mas também da intensidade
da luz que o ilumina.

Uma vez que esta luz é mais ou menos forte, a cor torna-se inevitavelmente
diferente. É por este motivo que, na fotografia, é necessário proceder a um re-
equilíbrio para refletir as condições de iluminação: é o que chamamos de
balanço do branco. Mas, nossos olhos também podem se adaptar às condições
de luz ambiente, o que percebemos muito bem ao nos deslocarmos de um
quarto escuro para outro muito bem iluminado. Assim, confrontados com a
imagem do vestido fotografado com muita luz, alguns o vêem nas suas
verdadeiras cores, azul e preto. Enquanto outros optam por uma fotografia
superexposta, com um vestido branco e dourado.

Na retina existem células receptoras que são sensíveis a determinados


comprimentos de onda, os cones contêm três tipos de pigmentos selectivos e
assim apresentam sensibilidades diferentes.

A anomalia ocorre quando existe uma redução na quantidade de um ou mais


desses fotopigmentos ou então alguma alteração na sua sensibilidade
espectral. Uma das consequências a nível visual traduz-se na alteração da
sensibilidade dos diferentes comprimentos de onda que estão associados a
cada cor.

Um dos objectivos foi esclarecer a possível origem destes distúrbios,


clarificando as várias possibilidades, de modo a tentar distinguir um defeito
congénito, de um defeito adquirido por alguma patologia inerente. Existe uma
variedade de testes que permite catalogar os defeitos visuais relacionados com
as cores. Existem testes mais rápidos do que outros, devido à sensibilidade do
próprio teste. Neste trabalho será adoptada uma componente prática de um
dos testes abordado pormenorizadamente, com a intenção de dinamizar os
conceitos teóricos.
Para o homem a noção de luz está associada ao conhecimento e à verdade. A
compreensão do mundo que nos rodeia através da luz «ver claramente» tem
uma conotação sensorial, perceptiva e cognitiva. O olho é um mediador
privilegiado entre o mundo exterior e o homem. Durante muito tempo a visão
estava associada a um feixe invisível que saía do olho para adquirir os detalhes
dos objectos. Esta teoria fisicamente errada, não é filosoficamente incorrecta
se substituírem por um raio o eixo visual que os complexos processos
cognitivos conduzem sucessivamente em neurociência nos apresentassem um
conhecimento mais preciso dos mecanismos da visão

A luz pode então ser considerada como sendo formada por pacotes de
partículas de energia – os quanta - combinando características de onda e de
corpúsculo, propagando-se no espaço com velocidade constante. A luz de
pequeno comprimento de onda tem mais ondas por feixe que a de maior
comprimento de onda

As estruturas externas do olho são, a cavidade orbitária, os músculos


extrínsecos oculares, as pálpebras e o aparelho lacrimal. As orbitas são duas
cavidades largas e profundas, escavadas entre a face e o crânio e separadas
uma da outra pelas fossas nasais. As suas paredes têm uma função protectora
do aparelho ocular e proporcionam um suporte rígido ao globo ocular, sendo
também local de fixação dos músculos externos

As pálpebras são formações musculomembranosas, que evitam a desidratação


e cuja função consiste em proteger o sistema visual contra as agressões
externas, como é o caso dos traumatismos ao excesso de luz e evitam a
desidratação. O aparelho lacrimal é composto por glândulas exócrinas e
compostas, situadas na parte superior, anterior e externa da órbita e dividem-
se em duas porções unidas entre si, a orbitária e a palpebral. O sistema
lacrimal é o responsável pela produção e eliminação das lágrimas e a sua
função consiste em estabelecer o equilíbrio entre a lubrificação corneana e a
limpeza da superfície

Os músculos extrínsecos, implantados na superfície externa do sistema ocular,


asseguram os movimentos coordenados de ambos os globos oculares, de
modo a que apenas um dos dois eixos visuais se dirija para o objecto que se
pretende ver, o cérebro assimila os estímulos provenientes de ambos os olhos
e elabora uma imagem tridimensional única. São seis os músculos extrínsecos
oculomotores, responsáveis por todos os movimentos do globo ocular, os
quatro rectos e os dois oblíquos. O músculo elevador da pálpebra superior
também é um músculo extrínseco, mas não oculomotor.

A córnea é uma membrana transparente, rica em terminações nervosas


sensitivas, derivadas dos nervos ciliares do ramo oftálmico do trigémeo, quase
circular e situada na parte anterior do globo ocular. A face anterior é convexa e
encontra-se permanentemente banhada pelo filme lacrimal. A face posterior é
côncava e limita a câmara anterior do olho que está continuamente banhada
pelo humor aquoso. Trata-se da primeira e mais poderosa superfície refractiva
do sistema óptico do olho. O poder refractivo depende da sua curvatura e da
diferença entre os índices refractivos córnea/ar. As superfícies, anteriores e
posteriores da córnea contribuem para o poder dióptrico ocular com
aproximadamente 43 dioptrias (D) representando cerca de 70% do grau
refractivo total do olho. É um dos raros tecidos avasculares do organismo. A
córnea de uma forma saudável não contém vasos porém factores derivados do
sangue impõem importantes relações no metabolismo corneano. Tanto o
epitélio como o endotélio da córnea são metabolicamente activos. A superfície
da córnea é coberta pelo filme lacrimal que protege a córnea da desidratação e
mantém a superfície regular. Podemos sub- dividir a superfície corneal em
cinco camadas, epitélio, membrana de browman (constituída por fibras
colageneas), estroma (correspondente a 90% da espessura da córnea),
membrana de descemet (também constituída por fibras colageneas) e o
endotélio (camada única com cerca de 5X105 células poligonais),.

A camada vascular contém três segmentos a coroideia, o corpo ciliar e a íris. A


coroideia situada entre a retina e a esclera cobre a superfície interna da
esclerótica estendendo-se até à ora serrata (zona de transição entre finalização
da coroideia e o começo do corpo ciliar). Trata-se da porção mais extensa da
úvea e é composta por inúmeros vasos sanguíneos. A sua principal função
consiste em nutrir as estruturas que não apresentam irrigação própria,
principalmente os elementos sensoriais da retina. O corpo ciliar situado entre a
ora serrata e a íris é o responsável pela função secretora do humor aquoso
(líquido que ocupa a parte anterior do olho). A íris constitui a parte anterior da
camada vascular e divide o segmento anterior do olho em câmara anterior e
câmara posterior sendo a sua principal função aumentar a quantidade de luz
que atravessa o olho, quando está escuro e diminui-la quando a luminosidade
é intensa. No centro da íris existe uma abertura circular, a pupila através da
contracção ou dilatação das fibras musculares que regula a passagem dos
raios luminosos até ao fundo do olho.

O cristalino tem uma forma biconvexa, transparente e elástica que se localiza


entre a íris e o humor vítreo. Apresenta na sua constituição células organizadas
longitudinalmente. Devido ao poder acomodativo, a sua principal função
consiste na sua adaptação, consoante as necessidades requeridas pela visão.
O poder refractivo em jovens pode ser aumentado voluntariamente de 18D até
aproximadamente 32D. À medida que o sistema envelhece o cristalino vai
perdendo algumas das suas características, como por exemplo, a capacidade
elástica limitando a sua capacidade de acomodar e desencadeando
dificuldades de focagem, nomeadamente nas tarefas de perto, o que
designamos por presbiopia.
As células horizontais cujos dendritos estão em contacto com os fotoreceptores
têm como função estabelecer protecção à retina em casos de excesso de luz,
isto é inibem a resposta das células a que estão ligadas, de modo a diminuir a
sensibilidade e assim proteger a retina. As células amácrinas não têm axónios
e apresentam todos os seus dendritos saindo do mesmo lado da célula. As
células horizontais respondem à iluminação mantida, enquanto as células
amácrinas respondem à mudança na iluminação. As células ganglionares são
responsáveis pelo processamento de detalhe de alto contraste e resolução de
cor.

O nervo óptico é formado pelos axónios das células ganglionares que à saída
do disco óptico adquirem uma bainha de mielina. O número das células
ganglionares varia de pessoa para pessoa, pelo que as fibras do nervo óptico
também são variáveis. A lâmina formada pelo entre - cruzamento dos dois
nervos ópticos chama-se quiasma óptico.

A informação visual da retina temporal direita e da retina nasal esquerda


(representado pela cor amarela) é transferida para o hemisfério direito. Já a
informação da retina temporal esquerda e da retina nasal direita (representado
pela cor rosa) já é transferida para o hemisfério direito. O tracto óptico é um
conjunto de fibras que vão do quiasma até ao corpo geniculado lateral. A partir
daí as radiações ópticas dispersam-se em forma de um leque, penetrando
profundamente nos hemisférios cerebrais ao nível dos lobos occipitais – cortéx
visual. A área cortical em que a maioria dos axónios do núcleo geniculado
lateral estabelecem sinapse designa se cortéx visual estriado.

O núcleo geniculado lateral (NGL) selecciona a informação que será


transmitida ao cortéx visual primário (área 17 de Brodman), a maior parte desta
área localiza-se na superfície medial do lobo occipital. Podemos subdividir o
NGL em camadas ventrais 1 e 2 que contêm neurónios maiores e nas quatro
camadas dorsais de 3 a 6 que contêm as células menores. As camadas
ventrais são as camadas magnocelulares (que provêm da projecção das
células ganglionares do tipo M) e as camadas dorsais são as camadas
parvocelular (que ocorre da projecção das células ganglionares do tipo P).
Ainda existe munerosos pequenos neurónios que se localizam ventralmente e
que se designam, células coniocelulares que recebem impulsos de células
ganglionares da retina do tipo não-M e não-P e se projectam para o cortéx
visual. As células parvocelulares codificam as informações das cores no
vermelho e verde, o sistema magnocelular codifica os movimentos rápidos e o
sistema coniocelulares desempenha um papel na visão das cores no azul –
amarelo.

A visão escotópica ocorre em ambientes com pouca iluminação, baixa


acuidade visual, ausência de descriminação de cores e é efectuado pelos
bastonetes. Por outro lado a visão fotópica ocorre sob condições luminosas,
apesar da sua sensibilidade diminuir em ambientes pouco iluminados, é
caracterizada por uma óptima acuidade visual e para além disso processa-se à
discriminação da cor. Os cones são as células sensoriais nervosas
responsáveis por este tipo de visão. Em condições de iluminação média (visão
mesópica) tanto os cones, como os bastonetes contribuem para esta visão. A
capacidade em detectar estímulos em condições escotópicas, é determinada
pela curva de absorção da rodopsina e pode ser demonstrado através da
medida da sensibilidade espectral escotópica. Em primeiro lugar é necessário
adaptar o indivíduo a uma sala escura durante 45 minutos para maximizar a
regeneração da rodopsina. Posteriormente é determinado o limiar que é a
menor quantidade de energia necessária para que esse indivíduo consiga
detectar estímulos dos vários comprimentos de onda.

A maioria de nós já teve a experiência de, depois de estar algum tempo ao sol
entrar numa sala escura não conseguir visualizar, imediatamente, os objectos
com clareza. No entanto, ao fim de alguns minutos começa-se a recuperar a
„‟visão‟‟ e já se consegue observar os objectos. Esta melhoria gradual da visão
após exposição à luz (neste caso o sol), está relacionada com a adaptação ao
escuro. Por exemplo, consideram um indivíduo que é exposto a uma fonte de
luz muito intensa. Em seguida apaga a luz e determina-se o limiar de detecção
ao longo do tempo. Analisando-se o gráfico verifica-se que o limiar de detecção
à medida que o tempo vai passando, é significativamente menor nos
bastonetes, o que evidencia a sua elevada sensibilidade em ambientes
escuros. Este tipo de análise tem sido muito vantajosa para o diagnóstico
clínico de alguns problemas ao nível da retina. Uma curva, de adaptação
anormal ao escuro, é comum em determinados sintomas que são típicos da
retinose pigmentar, incluindo o caso de cegueira nocturna e uma recuperação
visual lenta após a exposição a uma luz brilhante, que ocorre muitas vezes na
oftalmoscopia. O gráfico da 16 figura foi obtido com um estímulo de 420nm.

Num dia cheio de sol, a adaptação à claridade é estudada com um


procedimento de limiar diferencial. O limiar é determinado com um flash de luz
(diferencial) que é apresentado sobre um fundo de intensidade uniforme. Se a
intensidade do fundo é aumentada repetimos a medida do limiar.

A acuidade visual em condições fotópicas é da ordem de 20/20, enquanto que,


a acuidade escotópica é de cerca de 20/200. Isto significa que, em condições
fotópicas, o ser humano vê melhor pois tem uma maior capacidade de perceber
os detalhes e uma sensibilidade ao contraste superior. Por outro lado, a
capacidade de detectar um estímulo é muito maior em condições escotópicas.
Na figura 14 podemos observar que para um estímulo de 500nm seja
detectado em condições fotópicas deverá ser cerca de mil vezes mais intenso
do que no caso de condições escotópicas. Pode então concluir-se que em
condições fotópicas a sensibilidade ao contraste e a resolução visual são
maiores mas, em condições escotópicas é maior a sensibilidade absoluta.
Pode considerar-se que o compromisso entre a resolução visual e sensibilidade
está, de certa forma, relacionado com a forma como cones e bastonetes estão
ligados aos elementos receptores posteriores da retina.

Os bastonetes comunicam com as células ganglionares de maneira a somarem


a informação espacial, permitindo grande sensibilidade mas pobre resolução.
Por outro lado os cones comunicam de maneira a maximizar a resolução mas
sacrificam a sensibilidade.

Ao contrário do sistema fotópico, o sistema escotópico apresenta uma


excelente sensibilidade porque, devido ao elevado grau de somação temporal e
sensibilidade absoluta, é capaz de somar a informação simultaneamente, no
espaço (somação espacial) e no tempo (somação temporal). Em contrapartida
o sistema fotópico apresenta uma excelente resolução espacial e temporal. A
lei de Bloch, representação temporal da lei de Ricco, pode ser
matematicamente representada pela expressão. Consiste numa expressão
matemática que nos permite comprovar todas as características referenciadas
anteriormente.

O olho é o órgão do nosso corpo que permite captar imagens do ambiente em


redor. É nele que se inicia o processo que entendemos por visão, processo
esse que, no caso do ser humano, é responsável por mais de 90% das
informações que somos capazes de captar. Significa isso que qualquer lesão
neste órgão que, implique a queda da acuidade visual tem como consequência
sérias limitações à interacção do indivíduo com o mundo ao seu redor.

A cor é uma percepção visual provocada pela acção de um feixe de fotões


sobre células especializadas da retina que transmitem, através de informação
pré-processada ao nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor é
relacionada com os diferentes comprimentos de onda do espectro
electromagnético e é algo que nos é tão familiar que se torna difícil
compreender que ela não corresponde a propriedades físicas do mundo, mas
sim à sua representação interna a nível cerebral. Ou seja, os objectos não têm
cor, a cor corresponde a uma sensação interna provocada por estímulos físicos
de natureza muito diferente que dão origem à percepção da mesma por um ser
humano.

A explicação para a visão das cores é fundamentada na teoria tricromática.


Esta teoria considera a existência de três tipos de fotoreceptores (cones),
constituídos por pigmentos de diferentes comprimentos de onda: vermelho
(560nm), verde (530nm) e azul (430nm), pelo que a percepção normal das
cores é o resultado da adição da informação obtida pelos três cones. Alguns
autores sugerem que os indivíduos podem ser classificados de acordo com a
sua percepção cromática, em tricromatas normais e anormais, dicromatas e
acromatas ou monocromatas.
Tricromata

Encontra-se estabelecido que a maioria dos seres humanos possui uma visão
tricromática (três tipos de fotopigmentos M, L e S). Dentro do grupo tricromata
podemos referenciar a existência de tricromatas anómalos que constituem o
maior grupo de indivíduos com discromatopsia. A sua visão é semelhante ao
dos indivíduos com visão normal, isto é, possuem três sistemas receptores,
vermelho, verde e azul, mas, no entanto, apresentam uma deficiência nos
sistemas.

Tonalidade

A tonalidade estreitamente associada com o comprimento de onda. Um


estímulo de 540nm tem uma tonalidade verde, enquanto que um estímulo de
570nm tem uma tonalidade mais amarelada.

Saturação

Uma cor desnaturada não manifesta uma intensidade muito forte, parece que
está misturada com branco, por outro lado, uma cor saturada apresenta uma
forte tonalidade sem parecer “deslavada” como a desnaturada.

Discriminação do comprimento de onda

A nossa capacidade de distinguir um comprimento de onda de outro, é maior


em certas zonas do espectro electromagnético do que noutras. Esta afirmação
pode ser mais facilmente percebida considerando a curva representada na
figura 30 (recorrendo à experiência do campo bipartido).

A fisiologia da visão das cores estabeleceu duas teorias: a teoria tricromática e


a teoria das cores oponentes. Cada uma das teorias demonstra um
determinado funcionamento, a teoria tricromática explica o funcionamento da
retina sensorial (dos três tipos de cones), enquanto que, a teoria das cores
oponentes explica o funcionamento do que acontece após a retina sensorial (a
partir do processamento das células ganglionares).

Sistema de cores de Munsell

A ilustração do sistema Munsell de cores mostra: um círculo de matizes ao


nível de luminância 5 e saturação 6; um eixo de luminosidade neutra de 0 até
10; e purezas da cor violeta-azul (5PB) ao nível de luminosidade 5

O sistema de cores de Munsell é um sistema de ordenamento de cores


perceptualmente uniforme que possibilita um arranjo tridimensional das cores
num espaço cilíndrico de três eixos e que permite especificar uma determinada
cor através de três dimensões. Foi criado pelo professor Albert H. Munsell na
primeira década do século XX e é usado ainda hoje na área de engenharia
elétrica (cores de painéis elétricos), engenharia
ambiental, Arqueologia, Antropologia, agronomia e pedologia.
Na ilustração, o matiz (hue) é disposto no eixo circular, a pureza da
cor (chroma) no eixo radial e a luminosidade (value) no eixo vertical.

O arranjo não é necessariamente limitado a um espaço cilíndrico; às vezes o


sistema é lembrado como um arranjo que se assemelha a uma "árvore de
cores".

Os conceitos matiz, pureza, luminosidade empregados por Munsell na


definição de uma cor são usadas universalmente, tendo dado origem, inclusive,
a nomes de modelos de cor como HSV, HLS, HSB e outros.

Dimensões das cores

O parâmetro cor consiste de 5 cores de base e 5 secundárias:

As cores do sistema de cores de Munsell em saturação máxima

Vermelho (R),

Amarelo (Y),

Verde (G),

Azul (B),

Violeta (P)

Laranja (YR),

Verde-amarelo (GY),

Azul-Verde (BG),

Azul-violeta (PB),

Vermelho-violeta (RP).

O parâmetro V (value) ou luminosidade, variando de 0 a 10, em que 5 é o valor


médio e 10 é o branco.

O parâmetro C (chroma) ou saturação,variando de 0 a 12 ou mais.


Especificação de uma cor

A cor é especificada conforme o formato H V/C. Por exemplo:

5P 5/10, em que 5P é o código da cor violeta, 5 significando luminância média


e saturação 10 indicando um alto grau de pureza.

Aplicações

O sistema de cores de Munsell é comercializado nos EUA desde 1917. O seu


catálogo de cores se presta à descrição muito precisa da cor, dando suporte à
comunicação de cor.

Há cartões de cores da marca Munsell para efeito de padronização, calibração,


checagens.

O Munsell ColorChecker é utilizado em fotografia digital sendo utilizado em


estúdios de publicidade.

RAL

RAL é um sistema de definição de cores desenvolvido originalmente em 1927


na Alemanha a partir de uma tabela de 40 tonalidades.

Em 1927 o Reichsausschuß für Lieferbedingungen und Gütesicherung, uma


comissão alemã para definição de normas técnicas criou uma coleção de 40
tons denominado RAL 840 a fim de padronizar a descrição de cores
na indústria.

Em 1930 o sistema foi revisado e recebeu o nome RAL 840 R. Novamente foi
revisado em 1961 em função da adição de novas tonalidades ao conjunto,
recebeu o nome RAL 840 HR

Atualmente, o termo RAL designa uma ampla linha de produtos destinados ao


controle de reprodução de cores na indústria, artes gráficas e sistemas digitais.

Iridologia

A iridologia (também conhecida como iridodiagnose ou irisdiagnose) é uma


prática de medicina alternativa cujos proponentes afirmam que os padrões,
cores e outras características da íris podem ser examinados para determinar
informações sobre a saúde sistêmica do paciente. Os praticantes apresentam
suas observações em mapas da íris, que a dividem em zonas que
correspondem a partes específicas do corpo humano. Iridologistas vêm os
olhos como "janelas" sobre o estado de saúde do corpo.

Iridologistas afirmam que podem utilizar os mapas para distinguir entre os


sistemas e órgãos saudáveis do corpo daqueles que estão hiperativos,
inflamados ou estressados. Iridologistas reivindicam que esta informação
demonstra a suscetibilidade do paciente a determinadas doenças, reflete
problemas anteriores ou prevê futuros problemas de saúde.

Contrária à medicina baseada em evidências, a iridologia não é suportada


por pesquisas científicas de qualidade e é amplamente considerada como
uma pseudociência. As características da íris são uma das mais estáveis
características do corpo humano ao longo da vida. A estabilidade da estruturas
da íris é o fundamento da tecnologia biométrica que utiliza o reconhecimento
da íris (en) para fins de identificação.

Em 1979, Bernard Jensen, um líder iridologista estadunidense, e outros dois


iridologistas falharam em estabelecer as bases de sua prática quando
examinaram as fotografias dos olhos de 143 pacientes, em uma tentativa de
determinar quais tinham doenças renais. Desses pacientes, quarenta e oito
tinham sido diagnosticados com doença renal e o restantes apresentavam
função renal normal. Com base em sua análise da íris dos pacientes íris, os
três iridologistas não foram capazes de distinguir quais pacientes tinham
doença renal dos que estavam saudáveis.

Lacunas

As lacunas aparecem na íris como pequenos buracos, covas onde as fibras


da íris se separam. Basicamente, quando se observa uma lacuna na íris, pode-
se concluir que já existiu ou existe um problema na parte
do corpo correspondente a essa lacuna. Através da cor e da profundidade da
lacuna consegue-se determinar em que estágio se encontra. O corpo reage a
estas lacunas, aumentando a circulação de sangue e linfa no tecido irritado.
Quando o sangue e a linfa não consegue chegar ao tecido afectado, os órgãos
começam a atrofiar, as lacunas começam a aparecer mais profundas afectando
a segunda parte da íris.

Há vários tipos de lacuna:

Lacuna Aberta;
Lacuna Fechada-encapsulamento de toxinas e material mórbido no tecido;

Lacuna Pêra-este é um sinal para tendência de cancro;

Lacuna Torpedo-possíveis sinais de tumores, dependendo da cor e


profundidade;

Lacuna Escada e Lacuna telha de madeira- sinal pré-canceroso;

Lacuna Favo de Abelha-sinal de desequilíbrio endócrino. Desenvolvimento de


cirrose;

Lacuna Aspargo-considerado pelos iridologistas um sinal clássico para cancro;

Lacuna Folha- é uma das mais frequentes. Significa um processo genético de


predisposição a tumores benignos

Iridologistas geralmente usam equipamentos como lanternas, lentes de


aumento, câmeras ou lâmpadas de fenda para o exame detalhado da íris. Os
achados são geralmente comparados a um gráfico que correlaciona zonas
específicas da íris com porções específicas do corpo humano. Os gráficos
típicos dividem a íris em 80 a 90 zonas e nem sempre relacionam a mesma
porção da íris ao mesmo órgão.

De acordo com os iridologistas, detalhes da íris supostamente refletem


mudanças específicas nos tecidos dos órgãos. Por exemplo, sinais de
"inflamação aguda", "inflamação crônica" e "catarral" corresponderiam a
"envolvimento", "manutenção" ou "cura" dos órgãos correspondentes à zona da
íris afetada. Outros achados seriam os "anéis de contração" e "klumpenzellen",
que indicam outras condições.

Outra corrente da iridologia afirma ser possível identificar deficiências


nutricionais e de oligoelementos, que causam predisposição ao aparecimento
de doenças e podem ser corrigidas antes que as mesmas se desenvolvam.
Afirma-se também ser factível determinar como o indivíduo aprende, se
expressa, se modifica e como gera seus relacionamentos, desde a infância,
dando a oportunidade de agir sobre distúrbios psicológicos.

O hábito de examinar os olhos de uma pessoa para ajudar a avaliar a sua


saúde existe pelo menos desde a antiga Grécia. A primeira descrição de
princípios da iridologia como homolateralidade é encontrada na Chiromatica
Medica, obra publicada em 1665 por Philippus Meyeus (Philip Meyen von
Coburg). Trinta anos mais tarde, em 1695, mais um livro surgiu, intitulado "Os
olhos e seus sinais", de autoria de Cristian Haertls.
O primeiro uso da palavra Augendiagnostik ("diagnóstico do olho"), é atribuído
a Ignatz von Péczely, um médico húngaro do século XIX. A história mais
comum sobre como o método foi criado é a de que von Péczely encontrou
linhas na íris de um paciente que estava tratando de uma fratura na perna que
eram muito semelhantes às de uma coruja cuja pata von Péczely havia
quebrado anos antes (no entanto, essa história foi desmascarada como falsa
pelo sobrinho do mesmo, August von Péczely, no primeiro congresso
internacional de iridologia).

Outros nomes importantes na história da iridologia foram o


pastor germânico Felke, que no início do século XX descreveu novos sinais
iridológicos, desenvolveu uma forma de homeopatia para doenças específicas
e fundou o Instituto Felke; Bernard Jensen, um quiroprata norte-americano que
popularizou a prática nos Estados Unidos, defendia o uso de alimentos naturais
para desintoxicação e dava aulas sobre iridologia.

Poucos pesquisadores investigaram cientificamente os fundamentos da


iridologia. Em um estudo publicado na revista Medical Hypotheses, um grupo
tentou explicar os parâmetros observados na transparência da íris que distribui
luz na ora serrata (borda da retina ótica) postulando a chamada functio ocularis
systemica, baseada na qual tentaram desenvolver o método terapêutico terapia
de luz trans-iridal, mas não houve nenhuma confirmação independente da
teoria ou da terapia. Também tentou-se desenvolver imagens
computadorizadas da íris com o objetivo de aprimorar o diagnóstico.

Alguns estudos procuraram analisar a validade da iridologia como método


diagnóstico. Em 1979, um grupo de pesquisadores utilizou diapositivos de 143
pacientes, sendo 95 saudáveis, 24 com doença renal leve e 24
com nefropatia severa, que foram sequencialmente analisados por três
iridologistas que separadamente procuraram diagnosticar doença e gravidade.
Os diagnósticos foram incorretos na grande maioria dos casos e praticamente
não houve concordância entre os iridologistas. Outro estudo com método
semelhante, utilizando pacientes saudáveis e portadores de colecistopatia,
obteve os mesmos resultados. Em ambos, os iridologistas consentiram em
participar do estudo, concordaram com o método e tiveram a possibilidade de
excluir as fotografias que considerassem de qualidade insuficiente para
avaliação.

Ernst, 2000, analisou a literatura científica disponível até o momento sobre o


estudo da iridologia, um total de 77 artigos publicados. Todos os estudos
realizados sem controle e vários dos realizados (sem lado cego), portanto de
baixa qualidade em termos de metodologia científica, sugeriam que a iridologia
seria uma ferramenta diagnóstica válida. Sobre os únicos 4 estudos com
metodologia científica correta, concluiu: "Em conclusão, poucos estudos
controlados com avaliação cega sobre validade diagnóstica foram publicados.
Nenhum encontrou qualquer benefício da iridologia. Como a iridologia tem o
potencial de causar dano pessoal e econômico, pacientes e terapeutas
deveriam ser desencorajados de utilizá-la."

No entanto, outro levantamento feito posteriormente por Salles, encontrou


cerca de 120 trabalhos que citam a Iridologia como ferramenta de diagnose
complementar. Para uma análise mais profunda foram considerados 25 artigos
de bases científicas indexadas, dos quais 14 apresentam conclusões a favor da
Iridologia e 11 se colocam contra, segundo Salles.

Podemos definir a iridologia como um método de diagnose feito através de uma


análise minuciosa da íris, que nos revela o estado orgânico e as características
mentais da pessoa, uma vez que há na estrutura da íris uma correspondência
com o nosso corpo como um todo. Esse método nos promove uma valoração
da qualidade orgânica e dos riscos de saúde que estão rondando o indivíduo,
já que através dele podemos detectar o grau de inflamação e intoxicação do
organismo, estágios agudos, crônicos e degenerativos das doenças em
diversos órgãos entre outras debilidades.

Emocionalmente falando, a iridologia nos permite avaliar o grau de estresse, a


tendência a depressão, os conflitos internos, como a pessoa reage às
adversidades da vida, além dos órgãos de choque (parte do corpo que recebe
as emoções mal - elaboradas e por isso, adoece). É importante você
compreender que a iridologia não é uma adivinhação, mas uma maneira de
avaliar a sua saúde e, portanto, deve ser feita em ambiente tranqüilo e com
total privacidade para o examinado, que estará expondo não só a sua saúde,
mas também as suas emoções.

Primeiramente, é feita uma anamnese (pergunta-se para a pessoa o que ela


sente e quais são os sintomas que vem apresentando) e em seguida são
fotografadas as íris da pessoa; alguns profissionais fazem a análise na mesma
consulta, e outros pedem que a pessoa retorne uma segunda vez, para que
haja tempo de fazer um estudo mais aprofundado e correlacionar os órgãos
afetados aos sintomas apresentados. Ambos os atendimentos duram em
média, 50 minutos.

A iridologia não substitui exames laboratoriais, porém facilita a sua escolha. A


constatação e comprovação da doença somente pode ser feita através de
exames como a ultra-sonografia, tomografias computadorizadas, ressonância
magnética e etc. A iridologia não é uma terapia e sim uma ferramenta de pré-
diagnose, possibilitando ao profissional agir de forma preventiva e corretiva,
indicando consulta médica, terapia floral, acupuntura, cromoterapia,
homeopatia e psicologia, como tratamento auxiliar, promovendo uma
integração entre profissionais de diferentes áreas de atuação.

O olho está formado aos 6 - 7 anos de idade e na íris fica registrado o que
chamamos de órgãos de choque ou órgãos de menor resistência, isto é, os
órgãos que nasceram mais fracos. São esses órgãos que primeiro sofrem as
conseqüências frente a uma agressão (trauma, estresse, desnutrição, etc...), e
é a partir dessa idade que a pessoa pode ser analisada. Não podem ser
avaliadas pessoas que possuem algum problema ocular como glaucoma,
derrame, deslocamento da córnea, etc.

Pela íris não é revelado, por exemplo, se uma pessoa tem diabetes, mas sim
que há deficiência no pâncreas, podendo ser, por exemplo, hipoglicemia (falta
de açúcar no sangue) ou hiperglicemia (excesso de açúcar - diabetes). É
possível saber, no entanto, se a doença está em estado agudo ou crônico, qual
a emoção envolvida e, muitas vezes, qual o nutriente necessário para suprir a
carência existente. Percebe-se, ainda, se a constituição física é boa ou ruim, as
tendências, hereditariedades, o sistema imunológico, a capacidade do corpo de
reagir a determinada doença, intoxicações, contaminações e etc.

Os aspectos emocionais podem ser avaliados através da análise da


representação da nossa área mental na íris, e da correlação entre os órgãos
afetados, as características da personalidade, o histórico de vida da pessoa e a
representação emocional do órgão de choque . Problemas no rim, por exemplo,
estão relacionados aos nossos medos.

Os iridologistas acreditam que, através da análise da íris, é possível fazer


um check-up do nosso estado de saúde, descobrindo eventuais desequilíbrios.
O corpo transmite à íris, através de sinais, marcas, alterações de cor e de
padrões, um quadro clínico físico e/ou emocional da pessoa em questão. Uma
técnica holística que permite “olhar para dentro do corpo” e verificar o
funcionamento do organismo, descobrir quais as zonas mais fortes e quais
aquelas que estão sobrecarregadas com toxinas. Porém, importa esclarecer
que a análise iridológica não determina se uma pessoa sofre de determinada
doença intestinal, por exemplo, mas alerta para a existência de alguma
instabilidade ou inflação nesse órgão. Apresenta-se, acima de tudo, como um
método de diagnóstico precoce e de prevenção, revelando a origem do mal-
estar físico, psíquico ou emocional.

Na consulta de iridologia, e para além das habituais perguntas – relativamente


ao actual estado de saúde e queixas relevantes, profissão, ritmo de trabalho,
dieta, funcionamento intestinal, qualidade do sono, rotina de exercício físico,
ocupação de tempos livres, relacionamentos – o iridologista utiliza
equipamentos tão diversos como lanternas, lentes de aumento, câmaras ou
lâmpadas de fenda para efectuar um exame detalhado da íris. Através da
observação de desenhos, raios, buracos, pontos ou mudanças de cores, o
iridologista compara essas zonas da íris com gráficos que mostram a sua zona
correspondente no corpo humano. Regra geral, as “tabelas ou mapas da íris”
dividem esta em cerca de 90 zonas distintas. Diz-se, não raras vezes, que os
“olhos são o espelho da alma” e, no caso da iridologia, não só se aplica
(nomeadamente no diagnóstico de perturbações emocionais), como vai mais
além, uma vez que as alterações reflectidas na íris são ainda um espelho das
perturbações físicas de determinado órgão ou sistema.

O diagnóstico

A observação da íris, e consequente comparação com a sua tabela, indica o


actual estado dessa zona do corpo. Por exemplo, pode apontar para uma
“inflamação aguda” ou “inflamação crónica”, o que significa que o órgão
correspondente necessita de ser vigiado ou mesmo tratado. Outros
diagnósticos incluem os "anéis de contracção", "klumpenzellen", a identificação
de deficiências nutricionais e/ou minerais, se o sangue está limpo ou
intoxicado, se existe algum tipo de contaminação, qual a emoção ligada a esse
mal-estar e o que necessita para ser eliminado… são, no fundo, um conjunto
de sinais que, se não forem tratados atempadamente, podem desencadear
vários tipos de doenças.

Para além de uma detecção precoce de sintomas físicos, a iridologia vai mais
longe: os especialistas desta terapia alternativa afirmam que a observação da
íris permite ainda determinar os processos de aprendizagem da pessoa, a
forma como se expressa, como se relaciona com aqueles que a rodeiam, os
seus pontos de stress, se é introvertida ou extrovertida, que tipo de profissional
é, se sofreu algum trauma e em que idade… o que permite um tratamento
eficaz de distúrbios emocionais e psicológicos.

A história diz-nos que, milhares de anos antes de Cristo, já os chineses e os


tibetanos relacionavam as alterações e as marcas dos olhos com as
perturbações ou anomalias dos órgãos internos. Os filósofos da antiga Grécia,
incluindo o pai da medicina moderna Hipócrates, atestaram esta sabedoria
milenar em vários trabalhos escritos que foram encontrados, juntamente com
outros, no famoso centro de estudos de medicina do século IX, a Escola de
Salerno. No entanto, a primeira obra publicada com informação sobre a
iridologia e os seus princípios surge em 1665, pela mão de Phillipus Meyeus
que lhe atribuiu o título “Chiromatica Medica”. Um pouco mais tarde, em 1695,
a iridologia tem direito a um livro inteiro, com a publicação de “Os olhos e os
seus sinais”, de Cristian Haertls.
Porém, a palavra “Augendiagnostik”, que significa precisamente "diagnóstico do
olho", surge apenas no século XIX, graças ao médico húngaro Ignatz von
Péczely. Reza a história que em criança, Ignatz von Péczely terá tratado de
uma coruja com uma pata partida, tendo descoberto, na mesma altura, um
sinal ou uma espécie de linha na íris da coruja, que foi desaparecendo à
medida que a sua pata se curava. Uma “coincidência” que o médico húngaro
aplicou no seu quotidiano profissional e que o levou a elaborar o primeiro mapa
iridológico.

Os iridologistas acreditam que, através da análise da íris, é possível fazer um


check-up do nosso estado de saúde, descobrindo eventuais desequilíbrios. O
corpo transmite à íris, através de sinais, marcas, alterações

de cor e de padrões, um quadro clínico físico e/ou emocional da pessoa em


questão. Uma técnica holística que permite “olhar para dentro do corpo” e
verificar o funcionamento do organismo, descobrir quais as zonas mais fortes e
quais aquelas que estão sobrecarregadas com toxinas.

Porém, importa esclarecer que a análise iridológica não determina se uma


pessoa sofre de determinada doença intestinal, por exemplo, mas alerta para a
existência de alguma instabilidade ou inflação nesse órgão. Apresenta-se,
acima de tudo, como um método de diagnóstico precoce e de prevenção,
revelando a origem do mal-estar físico, psíquico ou emocional.

Observe o mapa dos olhos direito e esquerdo do olho humano segundo a


iridologia. Observe que cada parte dos olhos é representado por
algum órgão ou parte do corpo humano….

A Iridologia não é ciência oculta. Emprega-se método científico, estudado,


registrado ao longo dos anos com sua eficiência, quando Ignaz, médico
hungaro, percebeu que - após sua coruja de estimação ter quebrado uma das
suas pernas, apareceu um sinal no olho do seu pássaro. E, na medida que iria
se cicatrizando a luxação ou a fissura, o sinal no olho iria desaparecendo, ou
seja, a sua pigmentação iria ficando mais suave. A partir de então, o médico
Johnson, americano, desenvolveu e aprofundou os estudos da Irisdiagnose,
que hoje, também entrou no campo do comportamento humano. Criando assim
a Iridologia Comportamental.

Na medida que fui estudando, percebi que, pessoalmente, era cético aos
Laudos Iridológicos, porque o Iridologista informava que a íris tinha cor marrom,
do tipo hematógena, e que o comportamento da pessoa, detectada, através da
íris - era do tipo corrente e aquele tipo de pessoa era agitada, gostava de
desafios, não adaptável a rotinas, bem como, facilidade de adaptação a várias
profissões. E, depois passava a descrever as predisposições as enfermidades
que o cliente viria a se desenvolver por ter comprometido o órgão de choque do
corpo humano do cliente, descrevendo o passado, presente e futuro daquela
cliente no que diz respeito a sua saúde.

O olhar exerce naturalmente uma grande atração sobre nós! Sabemos que “os
olhos são as janelas da alma” e que pelo brilho do olhar percebemos se
alguém está apaixonado ou soltando faíscas de raiva! É muito difícil esconder o
que sentimos quando alguém nos olha nos olhos. O que ainda não sabíamos e
que vem sendo demonstrado é que a configuração de nossa íris é um mapa
que nos mostra tanto aspectos físicos quanto emocionais e que este estudo
pode se constituir num importante aliado nos processos de tratamento de
sintomas e doenças e, especialmente, de autoconhecimento.

Não é exclusividade da iridologia estudar o que ocorre dentro do corpo humano


através da observação de áreas externas – princípio da reflexologia podal ou
da auriculoterapia. As medicinas tradicionais, tais como a chinesa, a ayurvédica
(indiana) e a xamânica (indígena), já se baseavam no fato de que nosso corpo
possui áreas reflexas, a partir das quais podemos montar mapas que nos
orientam a tratar órgãos e sistemas sem termos acesso direto a eles.

No caso da iridologia, que baseia seus estudos na íris, contamos com o fato de
que os olhos, terminações do nervo ótico, são um prolongamento exterior do
sistema nervoso autônomo, cobertos apenas pelas pálpebras. A íris é formada
por um tecido de fibras nervosas que recebem as informações de todo o
sistema nervoso, que fazem do olho tanto o “espelho da alma” quanto a “janela
do corpo”, por onde se pode observar a constituição física e psíquica do
indivíduo.

A iridologia irá atuar descobrindo eventuais desequilíbrios no organismo. Esta


técnica permite o terapeuta olhar através da íris todo o funcionamento do
organismo.

Com a diagnose pode-se verificar se o paciente apresenta alguma doença ou


disfunção, ou até se expressa uma inflamação no órgão. Muitos iridologistas
afirmam que através da íris é possível detectar a saúde como um todo.

A iridologia é uma prática antiga que recentemente está ganhando aval da


comunidade científica, apesar de muitos médicos contestarem afirmando que
ela não é tão eficaz como se diz. Vale ressaltar que a técnica não é
reconhecida pelo Conselho Federal da Medicina.
Antes da consulta, o paciente responde algumas perguntas através da
anamnese, e posteriormente é utilizada uma câmera com equipamento de alta
resolução para captar a imagem dos olhos do paciente.

O diagnóstico é feito por um profissional capacitado que irá observar as fibras


e a cor da íris. Com isso, ele consegue verificar se há uma alteração em algum
órgão do corpo. Os especialistas afirmam que pela íris do olho pode-se notar
alterações resultantes de medicamento, depósitos de droga e até os hábitos
dos pacientes.

ara chegar aos resultados, os iridologistas fazem uso de gráficos da íris para
detectar quais partes do corpo estão saudáveis, doloridas ou doentes. Na íris é
possível encontrar as diversas camadas desde o branco até o preto. O branco
representa o estado agudo da doença, já o preto o estado crônico.

Benefícios da iridologia

O paciente tem uma consciência geral da saúde;

Sabe quais órgãos estão ativos;

Conhece melhor as condições do seu sistema nervoso e digestivo,

Vai mostrar as partes do seu corpo que podem estar com problemas;

Pode apontar uma inflamação presente no organismo, caso exista.

Apesar de seus benefícios e sua procura estar aumentando pelo número de


pacientes que cresce a cada ano, não existe uma comprovação científica que
comprove a utilidade da iridologia. Mas mesmo não havendo a comprovação,
também não há como se afirmar que a técnica faz mal ou prejudique o
paciente.

Alguns médicos tradicionais reconhecem que através do olho é possível


detectar doenças, mas eles garantem que esta não é a única saída e que o
melhor a fazer, são os exames. Já nos Estados Unidos alguns médicos
descrevem a iridologia como uma importante ferramenta de diagnóstico. Cada
cultura com suas aceitações.

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