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OFTALMOLOGIA EM ANIMAIS SELVAGENS

 Introdução
- Contenção química altera o reflexo pupilar.
- Característica individual da doença  às vezes têm maior ou menor capacidade de
progredir, etc.
- Sempre examinar com lanternas!
- Fazer na penumbra, pois pode bater o reflexo da luz na córnea e atrapalhar o
exame.

 Anatomia ocular
- Glândula de 3ª pálpebra também é chamada de glândula de Harder.
- Glândula da 3ª pálpebra + glândula lacrimal = produzem lágrima  olho brilhoso,
não deve ter secreção nenhuma.
- Parte branca do olho = esclera  recoberta por conjuntiva.
- Pupila.
- Íris = parte colorida do olho.
- Pupila e íris ficam recobertas pela córnea.
- Existem espécies sem cílios ou pseudocílios.
- Músculos orbiculares = responsáveis pelo fechamento das pálpebras.
- Fórnix conjuntival = une conjuntiva bulbar a conjuntiva palpebral.
- Corpo ciliar = filtra o sangue e produz líquido que preenche região interior do
olho; confere pressão ao olho.

 O que observar na anatomia ocular?


- Realização de algum teste lacrimal  realizar primeiro, pois estresse irá aumentar
a produção lacrimal.
- Transparência dos meios ópticos (córnea, humor aquoso, lente e vítreo  tudo o
que é transparente).
- Hiperemia nos vasos da conjuntiva (hiperemia conjuntival).
- Secreção demasiada em um ou ambos os olhos.
- Alteração na coloração da íris.
- Pupilas de tamanhos diferentes (midríase – dilatação, miose – contração). Aves têm
musculatura estriada, ou seja, controlam a movimentação da pupila  alguns répteis
também controlam.
- Simetria facial.
- Dificuldade de deambulação (caminhar) ou alimentação.
- Fluoresceína para evidenciação de úlceras.

 Realização de teste lacrimal


- Teste lacrimal de Schirmer  espécies acima de 2kg. Deixar por 1 minuto.
- Teste da ponta de papel endodôntico  espécies abaixo de 2kg. Deixar por 15
segundos; animais pequenos 1 minuto.
- Variação dos valores dificulta o diagnóstico!  palavras chave: Schirmer tear test
value, especie, normal; endodontic papear point tear test value, especie, normal.
- Objetivo dos testes: medir a camada aquosa da lágrima (lágrima tem 3 camadas:
gordurosa, aquosa (maior parte) e mucoide).
- Ex.: roeko paper points número 30 (precisa ser 30).

 Transparência dos meios ópticos


- Diferenciar opacidades corneanas, no humor aquoso e da lente.
- Cornea: brilhante, fonte de luz refletindo.
- Afecções oculares afetam diferentes estruturas ou simultâneas.

 Hiperemia dos vasos da conjuntiva


- Olhos vermelhos.
- Indicativo de doenças inflamatórias/infecciosas.
- Úlcera de córnea, conjuntivite, uveíte, síndrome do olho seco, glaucoma e
blefarite.
- Blefarite em aves e répteis: indicativo de hipovitaminose A. Considerar sarnas
(ácaros), vírus e bactérias.

 Secreção
- Serosa: lágrima.
- Mucoide.
- Mucopurulenta  pode ter aspecto esverdeado.

OBS: Panoftalmite = inflamação de tudo o que tem no olho.

 Alteração na coloração da íris


- Indicativo de uveíte ou neoplasia.
- Saber a coloração e forma normal para a espécie.
- Se for o único sinal pode ser uma alteração, mas com normalidade.

 Pupilas de tamanhos diferentes


- Indicativo de síndromes neurológicas, retinopatias ou uveítes.
- Uveíte – como tem muita prostaglandina no olho, ela acaba estimulando a
musculatura da pupila a contrair. Se tem uveíte apenas em um olho, observaremos
que uma pupila está contraída e a outra não.

 Simetria facial
- Assimetria no tamanho e no volume orbitário  afecções dentárias, afecções
respiratórias (principalmente em aves e répteis, difícil em mamíferos) e neoplasias
retrobulbares.

 Dificuldade de deambulação e alimentação


- Descartar doenças ortopédicas.
- Testes visuais com alimentos ou objetos de cores fortes  priorizar azul e amarelo,
já em aves pode ser utilizado qualquer cor.
- Avaliação com obstáculos.
- Fazer teste no claro e escuro.

 Fluoresceína para evidenciação de úlceras


- Córnea íntegra não retém fluoresceína.
- Exame rápido e barato.
- Todos os olhos com sinais de dor  blefarospasmos.
- Pode mandar manipular 10ml com 0,1%.
- Podemos deixar 3 meses na geladeira.
- Pingar fluoresceína e lavar com solução fisiológica em seguida  avaliar.

 Úlcera de córnea
- Tipos: superficiais, estromais, descemetocele e perfuração.
- Superficial: não complicadas, progressiva ou refratária (úlcera indolente 
tratamos várias vezes e não fecha; comum em corujas).
- Estromais: superficial ou profunda.
- Descemetocele: quando chega na camada de descemet.
- Perfuração: quando não há mais camada para perfurar. Há possibilidade de formar
sinequia anterior  causa glaucoma.

- Sinais clínicos:
 Blefarospasmos: fechamento do olho devido a dor.
 Epífora (extravasamento da lágrima).
 Hiperemia conjuntival.
 Fotofobia.
 Edema de córnea local ou generalizado (doença endotelial)  coloração
azulada.
 Miose.
 Vascularização e tecido de granulação.
 Ceratomalácia ou melting (complicação).
 Concavidade no tecido corneano (sugere úlcera estromal pelo menos
superficial).
 Fluoresceína positivo (cora tecido hidrofílico  estroma). Não cora
membrana de descemet.
 Fatores complicadores da úlcera
- Comportamentais: agressividade, ansiedade e inteligência.
- Ambientais: recusa em aplicar as medicações e/ou utilizar equipamentos contra
automutilação.
- Infecções: principalmente gram negativas. Hipópio (pus na câmara anterior) 
pode ser asséptico, mas não melhor não pagar pra ver.

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