Você está na página 1de 7

SEMIOLOGIA OFTALMICA – PEQUENOS ANIMAIS

❖ INTRODUÇÃO

- AS AFECÇÕES QUE ENVOVELM O BULBO DO OLHO E SEUS ANEXOS SÃO VÁRIAS E DISTINTAS.

- O EXAME OFTÁLMICO PODE SER DIVIDIDO EM PARTES:

1. RESENHA 2. ANAMNESE 3. EXAME FISICO GERAL 4. EXAME FISICO ESPECÍFICO

- A. Anamnese dirigida ao exame oftalmológico. - B. Exploração oftalmológica.

- 1. Inspeção à distância (luz ambiente, sem manipulação) - 2. Contenção do paciente oftalmológico

- 3. Palpação de estruturas associadas: gânglio e músculos mastigadores.

- 4. Avaliação do filme lacrimal: Inspeção (epifora e reflexo da superfície corneal), teste de Schirmer,
Valorizacao da permeabilidade lacrimal, teste de fluoresceína, cateterizarão e “flush” dos ductos
nasolacrimais

- 5. Pálpebras. - 6. Conjuntiva. - 7. Córnea. - 8. Câmara anterior. - 9. Pupila. - 10. Iris. - 11. Cristalino. -
12. Vítreo e fundo do olho.

✓ GENÉTICA:

▪ Entrópio em cães Sharpei ▪ luxação de lentes em Terriers

▪ Sequestro corneal em Persa e Birmaneses ▪ Degeneração corneana em Siameses e Abissínios

✓ IDADE:

▪ Catarata em cães idosos ▪ Neoplasias em cães idosos

▪ Prolapso 3° pálpebra animais jovens (3 a 12 meses) ▪ Anomalia do olho do Collie congênito

✓ SEXO:

▪ Entrópico: cães machos jovens ▪ CCS: cadelas castradas ▪ Úlceras traumáticas: machos

❖ ANAMNESE:

✓ É UM DOS PASSOS MAIS IMPORTANTES PARA CHEGAR NO DIAGNÓSTICO.

- DETERMINAR:

✓ SAÚDE GERAL ✓ DOENÇA SISTÊMICA ASSOCIADA ✓ MEDICAMENTOS

✓ ANTECEDENTES FAMILIARES ✓ ORIGEM DO ANIMAL ✓ HISTÓRICO DE VIAGENS


✓ PRESENÇA DE OUTROS ANIMAIS

✓ SAÚDE OFTÁLMICA ✓ DURAÇÃO DOS SINAIS CLÍNICOS E VELOCIDADE DE EVOLUÇÃO

✓ PRIMEIRO SINAL ✓ COMPROMETIMENTO UNI OU BILATERAL

✓ CORRIMENTO OU ALTERAÇÃO DE COR ✓ HISTÓRICO DE TRAUMA ✓ TRATAMENTO

✓ DOR OCULAR

❖ EXPLORAÇÃO OFTALMICA

- EXAME OFTALMOLÓGICO.

✓ O EXAME OFTÁLMICO SEGUE UMA ORDEM CRONOLÓGICA, DOS TECIDOS OCULARES


SUPERFICIAIS PARA OS PROFUNDOS.

- OS TESTE MAIS USADOS SÃO:

✓ TESTE LACRIMAL DE SCHIMER. ✓ AMOSTRAS PARA CITOLOGIA E CULTURA. ✓ INSTALAÇÃO DE


MIDRIÁTICOS E OFTALMOSCOPIA. ✓ CORANTES (FLUORESCEÍNA E ROSA BENGALA)

✓ TONOMETRIA (AVALIA PRESSÃO INTRAOCULAR)

- Fazer Sempre os testes e exames que poderão a vir a ser alterados pelas nossas ações futuras:

*Reflexo pupilar direto e consensual *Teste de Schirmer *Colheitas para culturas se houver
indicação

❖ INSPEÇÃO Á DISTÂNCIA

* Com luz ambiente, sem manipulação OBSERVAR:

- Sinais de desconforto ocular ( blefarosmasmo, piscar com mais frequência)

- Conformação periocular e da orbita

- Assimetrias, deformações, tumefacções presença de corrimentos anormais (classificação)

- Posição e tamanho do globo ocular fenda palpebral

- Desvio do eixo visual (estrabismo e descrição da direção do desvio: lateral, medial, dorsal, ventral)

- Posicionamento da 3a pálpebra presença de alterações da pele e pelo periocular (eritema,


alopecia) - Movimentos oculares (nistagmo)

❖ CONTENÇÃO

- Maior conforto possível para o animal e também para o auxiliar

- Segurança - Área ocular livre para poder ser examinada

- Não fazer pressão sobre o pescoço - Garantir a manutenção de estruturas na sua posição natural
- Especial atenção a contenção de raças braquicefalicas exoftálmicas (risco de proptose)

❖ PROPTOSE GLOBO OCULAR

✓ O globo ocular sai de seu lugar parcial ou totalmente ✓ Shitsu, pequinês, pinscher

❖ PÁLPEBRA

- Piscar de olhos (frequência, encerramento completo) - Fenda palpebral (tamanho)

- Reflexo palpebral - Pele palpebral (inspeção e palpação)

- Bordo palpebral (visível em toda a superfície de ambas as pálpebras sem manipulação)

* ENTRÓPIO:

- Inversão da pálpebra, que passa a tocar a superfície corneana, criando áreas de atrito

- Chow Chow, Sharpei , Golden Retrivier, Poodle, Shitzu, Lhasa Apso, Pug e gatos Persa.

* ECTRÓPIO:

- Eversão palpebral - Pálpebra com sua borda interna voltada para a direção contrária ao olho. -
Cocker Spainel , São Bernardo, Mastim Napolitano, Fila Brasileiro.

* 3° PÁLPEBRA:

- Avaliação da 3ª pálpebra ou MEMBRANA NICTITANTE - Posição - Mobilidade (fazer pressão sobre o


globo na zona lateral da pálpebra superior) - Bordo - Superfície externa - Exploração da superfície
interna

* PROTUSÃO 3 PALPÉBRA:

✓ Olho de cereja ✓ Inflamação da glândula lacrimal presente na terceira pálpebra

✓ Bulldog Beagle , Cocker, Boxer, Mastiff, São Bernardo e Basset Hound

* CÍLIOS: Os cílios - emergem da lamela palpebral anterior, próximo a base das Glândulas de
Meibomius – PROTEÇÃO OCULAR
* DISTIQUÍASE:

- Mau posicionamento de cílios isolados ou múltiplos na pálpebra

- Emergem das glândulas társicas em direção ao bulbo do olho

* TRIQUÍASE:

- Desvio do crescimento dos cílios para dentro - Direção ao globo ocular - Congênito ou adquirido

* CONJUNTIVA

- Alterações de coloração, irregularidades, edema

- Conjuntiva palpebral (fazer eversao palpebral de forma a permitir inspeção completa)

- Conjuntiva bulbar (transparente e por isso vemos a esclera branca), -distinção da vascularização

- Vasos conjuntivais (menor calibre, tortuosos, moveis)

- Vasos esclerais (maior calibre, mais retos, imóveis)

- Para facilitar a distinção pode ser aplicada de adrenalina tópica que faz com que haja
vasoconstrição dos vasos conjuntivais

* CÂMARA ANTERIOR

- Importante: iluminação tangencial com observação frontal e vários ângulos de iluminação e de


observação

- Forma* - profundidade* - conteúdo / transparência (hifena, sinequia [aderência entre tecidos],


presença de estruturas anormais) * - sinequias (anteriores, posteriores) *

❖ CÓRNEA

- Avaliação da córnea (auxílio de fonte de luz adicional)

- Córnea deve ser transparente, convexa, lisa, reflectiva e úmida


- Não deve apresentar presença de irregularidades, opacidades, vascularização e pigmentação (se
presentes e essencial o registo do formato, padrão de distribuição e profundidade)

- Importante observação tangencial e utilização de vários ângulos de orientação da luz

* TESTES DIAGNÓSTICOS:

- COLORAÇÃO COM FLUORESCEÍNA. ✓ A APLICAÇÃO DO CORANTE DE FLUORESCEÍNA É FEITO


ATRAVÉS DE UMA TIRA DE PAPEL. ✓ OBJETIVOS: ✓ DETECTAR ÚLCERAS;

✓ AVALIAR INTEGRIDADE DA CÓRNEA;

✓ QUANDO O EPITÉLIO ESTIVER LESADO (ÚLCERA DE CÓRNEA) A FLUORESCEÍNA IRÁ SE LIGAR AO


ESTROMA (SEGUNDA CAMADA DA CÓRNEA) CONFIRMANDO ASSIM A PRESENÇA DE LESÃO

* CAMADAS DA CÓRNEA E TESTE DE FLUORESCEÍNA.

1- EPITÉLIO 2- ESTROMA 3- MEMBRANA DESCEMET 4- ENDOTÉLIO

* AFECÇÕES DA CÓRNEA:

✓ A CÓRNEA SAUDÁVEL DEVE SER: TRANSPARENTE, LISA, BRILHANTE E AVASCULAR. ✓ ULCERAÇÃO


CORNEAL: CONSISTE NA PERDA DE UMA OU MAIS CAMADAS DA CÓRNEA.

- CLASSIFICAÇÃO: ✓ PROFUNDIDADE: SUPERFICIAL, PROFUNDA, DESCEMENTOCELE.

✓ GRAU DE INFECÇÃO: SIMPLES E COMPLICADAS. ✓ CAUSA: TRAUMÁTICA, QUÍMICA E INDOLENTE.

* ÚLCERA DE CÓRNEA:

✓ SINTOMATOLOGIA: DOR, FOTOFOBIA, BLEFAROESPASMO, LACRIMEJAMENTO, EDEMA, SECREÇÃO


MUCOSA, NEOVASCULARIZAÇÃO CORNEAL.

✓ DIAGNÓSTICO: TESTE FLUORESCEÍNA POSITIVO: CORA O ESTROMA.

* PUPILA:

- Inicialmente sem fonte de luz adicional

- Simetria (anisocoria), forma Tamanho (midríase, miose), reflexo pupilar

- Sala escurecida (período de adaptação), direcionar e retirar foco de luz forte (mínimo 3 vezes)
avaliar resposta (velocidade e extensão da constrição pupilar direta (olho que está a ser avaliado) e
consensual (olho contralateral) repetir para o outro olho

- Cuidado na avaliação da resposta em pacientes ansiosos (especial atenção nos gatos)


* ÍRIS:

- Cor, superfície, espessura e defeitos - HETEROCROMIA

*CRISTALINO: Localização (luxação anterior e posterior) - Transparência (cataratas)

✓ O USO DE COLAR ELISABETANO É OBRIGATÓRIO E INDISPENSÁVEL SEJA NO TRATAMENTO


MEDICAMENTOSO OU CIRÚRGICO.

* CERATOCONJUNTIVITE SECA (CCS)

✓ CAUSADA PELA BAIXA PRODUÇÃO DO FASE AQUOSA DO FILME LACRIMAL LEVANDO A


INFLAMAÇÃO DA CÓRNEA E CONJUNTIVA.

- A LÁGRIMA É COMPOSTA POR 3 FASES: 1. CAMADA LIPÍDICA. 2. CAMADA AQUOSA. 3. CAMADA


MUCOSA.

* TESTES DIAGNÓSTICOS.

TESTE LACRIMAL DE SCHIRMER: ✓ AVALIA A PRODUÇÃO LACRIMAL EM MILÍMETROS DE UMIDADE


(FASE AQUOSA DO FILME LACRIMAL). - Normal ≥ 15 mm

- 11-14 mm (suspeita de queratoconjuntivite seca)

- 6-10 mm (queratoconjuntivite seca leve ou moderada) - ≤ 5 mm (queratoconjuntivite seca severa)

* CCS EM CÃES SINAIS CLÍNICOS:

✓ OPACIDADE CORNEAL. ✓ SECREÇÃO ESPESSA. ✓ PIGMENTAÇÃO. ✓ NEOVASCULARIZAÇÃO.

✓ BLEFAROESPASMO. ✓ SUPERFÍCIE CORNEAL IRREGULAR. ● conjuntivite alérgica em cães

- DIAGNÓSTICO: ✓ SINAIS CLÍNICOS + TESTE DE SHIRMER= VALORES ABAIXO DE 15mm/min


* UVEÍTE: A úvea inflamada tende a surgir a partir de traumas oculares e doenças comuns em cães e
gatos, podendo, inclusive, levar à cegueira. Nos olhos dos animais existem três estruturas: a íris, o
corpo ciliar e a coroide. Juntas, eles formam a úvea

* EXAMES

- SCHIMMER - FLUORESCEINA - TONOMETRIA - CULTURAS

Você também pode gostar