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Análise da face em
Harmonização Orofacial
(parte I): a perspectiva frontal
RESUMO ABSTRACT
À medida que os profissionais de saúde aumentam sua capaci- As health professionals increase their ability to change lines,
dade de mudar linhas, formas e ângulos faciais, intensifica-se shapes and facial angles, the need to understand what is
a necessidade de entender o que é esteticamente agradável e aesthetically pleasing and to translate this into defined goals and
de se traduzir isso em objetivos definidos e sequência de tra- sequence of clinical treatment in orofacial balance intensifies.
tamento clínico em Harmonização Orofacial. A análise facial é Facial analysis is indispensable for the success of any orofacial
indispensável ao sucesso de qualquer proposta de Harmonização harmonization proposal, since it aims to assist in the diagnosis of
Orofacial, pois visa auxiliar o diagnóstico de possíveis assimetrias, possible asymmetries, imbalances and/or facial deficiencies and
desequilíbrios e/ou deficiências faciais, e no planejamento em in planning in multidisciplinary aesthetic dentistry. The present
Odontologia estética multidisciplinar. O presente trabalho tem work aims to describe facial analysis in frontal perspective (part I),
como objetivo descrever a análise facial em perspectiva frontal characterizing key elements to be observed in the face diagnosis.
(parte I), caracterizando elementos-chave a serem observados Subsequently, facial analysis in lateral perspective (part II) will be
no diagnóstico da face. Posteriormente, será publicada a análise published, characterizing other facial elements equally important,
facial em perspectiva lateral (parte II), caracterizando outros visualized when patient is positioned in profile. There are many
elementos faciais igualmente importantes, visualizados quando points to be observed, and precise measurements can indicate
o paciente está posicionado em perfil. São muitos os pontos a in which regions asymmetries predominate, thus enabling better
serem observados, e as mensurações precisas podem indicar em planning of clinical techniques in orofacial balance.
quais regiões predominam as assimetrias, possibilitando, assim, Key words – Orofacial balance; Face analysis; Aesthetics;
melhor planejamento das técnicas clínicas em Harmonização Proportion; Symmetry.
Orofacial.
Palavras-chave – Harmonização Orofacial; Análise de face; Esté-
tica; Proporção; Simetria.
1
Doutora em Dentística e Mestra em Cariologia – FOP/Unicamp; Especialista em Periodontia – EAP/APCD; Professora horista dos cursos de pós-graduação em
Odontologia Estética e Especialização em Implantodontia – Centro Universitário Senac; Master em Toxina e Preenchimento – MARC Miami; Professora de cursos livres
de Imersão em Perio-Implantodontia Plástica aplicada à Odontologia Estética multidisciplinar e Imersão em Visagismo e Harmonização Orofacial.
2
Mestre em Prótese e Especialista em Periodontia – São Leopoldo Mandic; Especialista em Implantodontia – FMU; MBA em Visagismo – Estácio; Master em Toxina e
Preenchimento – MARC Miami; Professor de Cursos Livres de Imersão em Visagismo e Harmonização Orofacial.
3
Clínico geral – Universidade Metodista; Especializando em Implantodontia – Facset; Master em Toxina e Preenchimento – Marc Miami; Professor assistente de cursos
livres de Imersão em Visagismo e Harmonização Orofacial.
4
Clínico geral; Professor de cursos livres de Imersão em Visagismo e Harmonização Orofacial.
5
Mestra e doutora em Dentística – FOP/Unicamp; Professora de Dentística – Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Recebido em fev/2019
Aprovado em fev/2019
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Figuras 2 – A e B. Face e pescoço devem ser isolados do meio circundante através de um tecido próprio (veludo molhado negro) dividido em duas
partes, quando as fotografias são realizadas em ambiente clínico.
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Se a câmera for uma DSLR profissional ou semi- 2. Definição de referências pontuais anatômicas indis-
profissional, a sugestão é: fotografar no modo e no foco pensáveis à análise da face
manuais, com F entre 2,8 e 11, velocidade 1/125 e ISO 200. Algumas posições anatômicas externas são frequen-
Deve-se evitar fotografar no foco automático, pois as fotos temente utilizadas como referência para as medidas e as
ficam com tamanhos diferentes, tornando difícil ou quase análises faciais, e devem ser reconhecidas na estrutura
impossível deixá-las no mesmo tamanho, posteriormente, facial durante a fase de diagnóstico e planejamento. Com
na apresentação. O paciente deve estar olhando para o seu a face em perspectiva frontal, devem ser localizados os
horizonte (como se estivesse se vendo no espelho), nem seguintes pontos anatômicos: glabela, násio, pogônio e
para cima nem para baixo, a roupa deverá ter cor neutra subnasal; e as seguintes linhas anatômicas: mento em
(branca, preta ou cinza). tecido mole e tríquio (início da área pilosa), Figuras 4.
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Pesquisa Básica
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Figura 5 – Disposição frontal dos terços da face divididos através de linhas horizontais que passam pelo tríquio,
glabela, subnasal e mento em tecido mole. Esses terços podem ser medidos através de réguas digitais calibradas
manualmente com paquímetros digitais.
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O terço inferior localiza-se entre a linha subnasal e o mento mento). É possível determinar o comprimento da hemiface
e deveria possuir tamanho vertical intermediário, por conter frontal esquerda ou direita (Figuras 6).
apenas a boca. O mento é avaliado quanto à sua simetria, Em relação ao exame dos olhos, Arnett & Bergman
relações verticais e morfologia e muito frequentemente é (1993)16 citam que estes devem estar simétricos tanto
mais pronunciado que o resto da face15-16. Se o terço inferior no sentido horizontal quanto no sentido transversal. A
apresentar-se aumentado, tal desarmonia pode sugerir assimetria do globo ocular sugere a existência de desen-
a ocorrência de mordida cruzada acentuada ou mordida volvimento deficiente do osso maxilar do lado afetado, po-
aberta severa ou, até mesmo, a associação de ambas. dendo ter sido causado pela presença de mordida cruzada,
Se o terço inferior estiver diminuído, a presença dessa respiração mista ou bucal.
desarmonia facial pode sugerir a ocorrência de mordida
profunda severa acompanhada ou não de deficiência no 3. Espelhamento digital da face em perspectiva frontal
desenvolvimento mandibular. Apesar de as faces humanas mostrarem alto grau
A igualdade dos terços médio e inferior não deve de simetria, certa dose de assimetria é aceitável, as cha-
ser usada como fator determinante no planejamento de madas assimetrias flutuantes. Neste tipo de assimetria,
alterações na altura facial. A exposição dos incisivos e há pequenas diferenças entre o lado esquerdo e o lado
o intervalo interlabial, dentro do terço inferior, são mais direito da face do indivíduo, que aparecem principalmente
importantes na avaliação do equilíbrio da face do que a durante a fala e nas expressões faciais17. Uma hemiface é,
igualdade dos terços médio e inferior. De fato, os indivíduos geralmente, mais expressiva do que a outra3.
não são perfeitamente simétricos e, frequentemente, há Para o estudo da simetria facial são utilizadas duas
uma predominância vertical de algum dos terços17. técnicas de manipulação para confecção de faces simé-
As distâncias horizontais da face também podem ser tricas: a técnica de hemifaces e a técnica de morphing18.
avaliadas, após se determinar a linha média da face (uma Ambas têm pontos positivos e negativos na confecção de
linha vertical que passa pelo ponto central da glabela, faces simétricas, que podem prejudicar ou melhorar a atra-
independentemente da posição da ponta do nariz ou do tividade das faces manipuladas. A técnica da composição
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Pesquisa Básica
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Figuras 7 – Fotos essenciais à análise de espelhamento digital da face. A. Frontal com lábios selados. B. Frontal sorrindo.
digital por espelhamento de hemifaces é uma maneira sim- no tamanho de 810 pt de largura por 1050 pt de altura, é
ples e mais viável, clinicamente, de determinar a simetria/ inserida sobre um slide negro, de tamanho 4:3, no software
assimetria da face do paciente, previamente à realização de apresentações (Apple Inc.), embora qualquer software de
dos procedimentos em Harmonização Orofacial. Para a apresentações possa ser utilizado. A coluna “imagem” deve
realização dessa técnica, são utilizadas fotos frontais, com ser selecionada no editor de slides à direita da tela, com
lábios selados e sorrindo (Figuras 7), e ela é descrita pelas o botão “editar máscara”. Nesta função, o limite vertical
composições bilaterais com formação de faces compostas direito da moldura deve ser posicionado sobre a glabela,
da metade direita (composição de face direita-direita) e simulando a linha média da face e determinando a sua
faces compostas da metade esquerda (composição de face divisão em duas hemifaces. A hemiface direita permanece
esquerda-esquerda). visível e a hemiface esquerda é omitida (Figuras 8). Em
A técnica de espelhamento facial é bem simples: a seguida, a hemiface direita é duplicada, e posteriormente
foto frontal do paciente, com lábios selados ou sorrindo, girada horizontalmente através da função “virar” na coluna
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Figuras 8 – A e B. A foto frontal (com lábios selados ou sorrindo) deve ser inserida sobre um slide de tamanho 4:3, com fundo branco ou negro, no
software de apresentações (Keynote). A coluna “imagem” deve ser selecionada no editor de slides à direita da tela, com o botão “editar máscara”.
Na função máscara, o limite vertical direito da moldura é posicionado sobre a glabela, simulando a linha média da face e determinando a sua
divisão em duas hemifaces. A hemiface direita permanece visível e a hemiface esquerda é omitida.
[9]
Figura 9 – A hemiface visível (direita) é duplicada após clique no botão direito do mouse, e girada horizontalmente com a função “virar”, disponível
na coluna “organizar” no editor de slides à direita da tela. O resultado obtido corresponde à “face DD”, composta do espelhamento das hemifaces
do lado direito da paciente.
“organizar” do editor de slides (Figura 9). O resultado obtido vez que as faces geradas pela técnica do espelhamento
é a “face DD”, composta do espelhamento das hemifaces diferem bastante entre si. Segundo alguns autores16, as
do lado direito da paciente. O mesmo processo é repetido áreas faciais em que as assimetrias são mais comuns são
com a hemiface esquerda e com a foto frontal da paciente o mento (queixo), os ângulos mandibulares (gônios) e os
sorrindo, de modo que, ao final das análises, são geradas arcos zigomáticos (ápice malar).
duas faces (DD e EE) além da face real (ou plena) da pa-
ciente (Figura 10A). 4. A face esteticamente agradável em perspectiva frontal
As faces geradas foram dispostas ao lado da face real Em uma face esteticamente agradável, existem al-
ou plena, que fica no centro, e comparadas visualmente. guns parâmetros e medidas que devem ser observados. A
Quanto mais parecidas forem as faces, mais simétrica distância bizigomática (entre os ápices zigomáticos) deve
(e estética) será a pessoa. Visualizando as três faces, é pos- ser cerca de 30% maior que a distância bigoníaca (entre
sível perceber a localização e a magnitude das assimetrias. os gênios mandibulares), ou seja, o terço inferior da face
No caso da paciente em questão, ela possui assimetrias em deve ser mais estreito em perspectiva frontal, causando o
nariz, mento, sulco nasogeniano, olhos e orelhas (Figuras 10). efeito visual de rosto em formato de triângulo invertido16
A análise da foto frontal com sorriso revela a discrepância (Figura 12). Deficiências nas distâncias bizigomáticas estão
entre as linhas média facial e dental (Figura 10B). frequentemente associadas à retrusão de maxila15-16.
Essa avaliação torna-se bastante útil para revelar ao Quanto à proporção altura (medida do tríquio ao
paciente, antes de qualquer tratamento, as assimetrias mento) versus largura (medida entre zigomáticos) da
inerentes à sua face, que, muito provavelmente, poderão face, existem diferenças entre os gêneros. Na mulher, a
se manter em algum grau, mesmo após qualquer procedi- largura do rosto deve corresponder a 70% da medida do
mento estético realizado para a Harmonização Orofacial. seu comprimento, enquanto no homem, a largura da face
Uma face simétrica pode ser observada nas Figuras 10, com deve corresponder a 65% do valor do seu comprimento.
a paciente séria ou sorrindo, na qual as três faces geradas Dessa forma, a proporção facial altura/largura ideal é de
se parecem muito. Por outro lado, a assimetria pode ser 1,3:1 para a mulher e 1,35:1 para o homem (mulher: altura
facilmente identificada na paciente das Figuras 11, uma 30% = largura; homem: altura 35% = largura), Figura 1319.
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Figuras 10 – Faces espelhadas (DD e EE) e plena (real) com fotos frontais. A. Séria. B. Sorrindo. Em perspectiva frontal, com
lábios selados, é possível perceber pequenas assimetrias em nariz, mento, sulco nasogeniano, lábios, olhos e orelhas. Essa face
exemplifica uma face simétrica espelhada: as três faces se parecem muito porque o nível de assimetria é pequeno.
[ 11a ]
[ 11b ]
Figuras 11 – A e B. Exemplo de face assimétrica espelhada sob análise em fundo fotográfico branco, as diferenças são
bastante perceptíveis, e envolvem: volume de têmpora e malar; plano oclusal; nível de comissura labial; volume de mento;
linha média dental; filtro labial; nariz; olhos e orelhas.
[ 13 ]
Figura 13 – Proporção altura versus largura da face: para mulheres (1,3:1) e para homens (1,35:1).
[ 14 ]
Figura 14 – As linhas verticais e horizontais em face frontal devem estar paralelas entre si. A principal linha horizontal é a
bipupilar e deve ser reconhecida para avaliar o nivelamento horizontal da face. Assimetrias podem ser avaliadas através de
linhas horizontais, considerando as asas do nariz, as comissuras e os vértices labiais, os cantos interno e externo dos olhos, os
ápices malares, as sobrancelhas e as orelhas. A principal linha vertical é a linha média facial, que atravessa o centro da glabela.
Linhas verticais revelam posição das asas do nariz em relação aos olhos, comissuras labiais em relação à íris, posição do ápice
nasal e do mento em relação à linha média.
A principal linha vertical é a linha média facial, que boca larga teria essa linha vertical invadindo a íris. As linhas
atravessa o centro da glabela. Linhas verticais revelam verticais bilaterais que tangenciam as comissuras labiais
posição das asas do nariz em relação aos olhos, comissuras devem também tangenciar a pupila ou a linha externa da
labiais em relação à íris, posição do ápice nasal e do mento íris quando o paciente sorri. Essas linhas mostram se a
em relação à linha média. A linha vertical que passa pela boca do paciente é pequena (quando ela passa pelo meio
asa do nariz, bilateralmente, permite verificar se o nariz é da pupila) ou grande (quando tangencia a distal da íris).
correto, largo ou estreito para a face (Figura 14). O ideal é A boca é um receptor – órgão que assume trocas com o
que a linha vertical que tangencia a asa do nariz quando meio externo –, e seu tamanho e largura é, ou deve ser,
o paciente está com a face em repouso toque o início da proporcional à amplitude e à frequência de suas trocas.
esclera (branco do olho). Para que ocorra uma proporção A linha vertical que passa pela lateral da asa do na-
ideal, a largura da base do nariz deve ser um pouco maior riz deve passar na porção medial da face vestibular dos
que a largura do olho, enquanto a largura da boca deve se primeiros pré-molares, demonstrando a relação ideal de
aproximar da distância interpupilar1. Quanto mais dentro largura dos seis dentes anteriores superiores. Mostra
da esclera está a linha, mais largo é o nariz. Se a linha não ainda a disposição ideal do arco maxilar, se ele deve ser
toca a esclera, o nariz é estreito para a face. Sugere centrais mais quadrado ou mais triangular até que a linha toque na
abaixo, ou na média ou acima da média de largura. Sugere porção medial da face vestibular dos primeiros pré-molares
ainda arco maxilar mais triangular ou mais quadrado. superiores (Figura 15).
Outra linha vertical pode ser desenhada saindo A exposição ideal dos dentes no sorriso radial é de
da comissura labial em direção à linha interna da íris, três quartos da altura da coroa, a 2 mm de gengiva, sendo
tangenciando-a. Essa linha permite verificar se a largura maior nas mulheres do que nos homens. A variabilida-
da boca em repouso é correta para a face (Figura 15). Uma de na exposição dos dentes e da gengiva ao sorrir está
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Pesquisa Básica
relacionada com: (1) comprimento labial; (2) comprimento mentoniano. Seu comprimento normal, entre o ponto mais
maxilar vertical; (3) comprimento anatômico da coroa e (4) superior do lábio até o tecido mole do mento (Li – Pg’),
magnitude da elevação dos lábios com sorriso. fica entre 38 mm e 44 mm (Figura 16A)15-16. A exposição
O excesso de exposição gengival pode ser causado do lábio inferior, quando em repouso, deve ser 25% maior
por lábio superior curto, excesso vertical de maxila, coroa que a do lábio superior. Um lábio inferior anatomicamente
clínica curta e/ou elevação dos lábios ao sorrir. Exposição curto está associado, algumas vezes, com más-oclusões
deficiente inclui lábio superior longo, deficiência vertical de classe II. Um lábio inferior anatomicamente longo pode
de maxilar e hipotonia labial. A diminuição da exposição ser associado a más-oclusões de classe III1.
dos incisivos é tratada com alongamento maxilar, quando Na posição de repouso, quando existe uma boa es-
encontrada em combinação com a diminuição da distância tética, haverá um espaço interlabial de 1 mm a 5 mm15-16
interlabial, a menor altura de um terço da face inferior e o onde é possível verificar a exposição dentária (particular-
comprimento normal do lábio superior. mente dos incisivos centrais; Figura 16B). Em mulheres,
O terço inferior da face deve ser avaliado com cautela, essa exposição pode variar entre 1,0 mm e 3,0 mm para
pois existem muitos detalhes importantes a serem obser- ser esteticamente agradável, e em homens entre 1 mm e
vados. O lábio superior corresponde à região situada entre 1,5 mm. O ideal é que apareça em maior comprimento os
o ponto subnasal e o estômio, devendo ocupar um terço centrais superiores e em menor comprimento os laterais
da distância subnasal mentoniana20. Seu comprimento superiores, os caninos podem ou não aparecer. Quanto à
normal, medido do subnasal ao ponto mais inferior do lábio, correspondência entre a linha média facial e a linha média
é de 19 mm a 22 mm (Figura 16A)15-16. A proporção normal dental, os desvios de até 2 mm podem ser imperceptíveis
entre os volumes verticais dos lábios superior e inferior é ao observador. Porém, nenhum grau de inclinação é acei-
de 1:215-16. Segundo Landgraf et al (2002)20, o lábio inferior tável para a linha média dental.
e o mento correspondem a dois terços da distância sub- Um aumento no espaço interlabial com os lábios
nasal mentoniana e situam-se entre os pontos estômio e em repouso é observado quando existe um lábio superior
[ 15 ]
Figura 15 – As linhas verticais que passam pela comissura labial em direção ao globo ocular, em repouso e ao sorrir, determinam
a largura da boca e a proporção dela em relação à face. Quando o lábio está em repouso, essas linhas devem tangenciar o limite
interno da íris. Quando a paciente sorri, as mesmas linhas devem deslocar-se para o limite externo da íris.
[ 16a ]
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