Você está na página 1de 94

MAP 4.

0 | The Beauty Journey

2 3
E M P OWE R E D BY
MAP 4.0 | The Beauty Journey

SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS_________________________________________________ 09

RECOMENDAÇÕES_________________________________________________ 11

INTRODUÇÃO ______________________________________________________ 13

CAPÍTULO 1 – BEAUTY DEFYNERS___________________________________ 17


Dra. Christine Guarnieri

CAPÍTULO 2 - SKIN QUALITY ________________________________________ 59


Dra. Christine Guarnieri

CAPÍTULO 3 - HIPERIDROSE - TRATAMENTO COM TOXINA BOTULÍNICA A � 89


Dra. Ana Carla Mesquita

CAPÍTULO 4 - SIGNATURE TECHNIQUES______________________________ 110

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_____________________________________ 166


MAP 4.0 | The Beauty Journey

AGRADECIMENTOS
Agradecemos imensamente a valiosa colaboração e dedicação a este projeto dos especialis-
tas, dermatologistas e cirurgiões plásticos:

Dra. Alessandra Haddad Dra. Juliana Sarubi


Dra. Alessandra Romiti Dr. Luiz Avelar
Dra. Andreia Fogaça Dr. Marcus Morais
Dra. Christine Guarnieri Dra. Maria Alice Gabay
Dra. Cintia Cunha Dra. Maria Paula Del Nero
Dr. Daniel Coimbra Dr. Mauricio Sato
Dr. David Sena Dra. Meire Parada
Dra. Doris Hesxel Dr. Nuno Osório
Dra. Eliandre Palermo Dr. Rodrigo Ferraz
Dr. Fabiano Magacho

APOIO E REVISÃO TÉCNICO-CIENTÍFICOS:

Dra. Ana Carla Mesquita


Dra. Cristhine Kamamoto

APOIO MARKETING GALDERMA:

Bruna Pessuto
Marcelle Magalhães
Rafaella Arantes

9
MAP 4.0 | The Beauty Journey

RECOMENDAÇÕES
O presente material foi elaborado com base na melhor evidência científica disponível, nas boas
práticas clínicas e na experiência dos autores.

Por favor, as instruções de uso dos produtos e as referências bibliográficas devem ser consul-
tadas para maiores informações.

As imagens apresentadas são meramente ilustrativas.

11
MAP 4.0 | The Beauty Journey

INTRODUÇÃO
Singular. que fizemos. No MAP 2.0 as particularidades
de gênero e os aspectos étnicos foram abor-
Se procurarmos esse adjetivo no dicionário
dados, explorando em maiores detalhes a
vamos encontrar significados como: único
avaliação facial sistematizada.
de sua espécie; distinto; ímpar e até palavras
mais interessantes como especial e raro. No MAP 3.0 fomos além. Na busca de um
olhar global sobre o paciente, reforçamos a
E foi assim, levando a singularidade como
visão de individualidade e inovamos ao colo-
premissa que o MAP, Managing Aesthetic
car não só o rosto, mas o corpo no centro do
Patients surgiu. Considerando que cada tra-
debate. Discutindo as principais queixas cor-
tamento deve ser individualizado e que cada
porais, avaliação clínica e tratamento de pa-
paciente deve ser único, especial, criamos
cientes que buscam se sentir bem por inteiro.
com um time de especialistas, dermatologis-
tas e cirurgiões plásticos um protocolo de sis- Nesta quarta edição tudo isso se encontra
tematização da avaliação e do diagnóstico do e se complementa. Este ano, apresenta-
paciente. mos uma abordagem mais holística do pa-
ciente estético, vamos do macro ao micro
Na primeira edição, MAP 1.0 propusemos
e trazemos uma nova visão da face através
quais seriam as prioridades de tratamento
do conceito de Beauty Defyners. Além disso,
considerando a faixa-etária dos pacientes:
abordamos a importância do Skin Quality
30, 40, 50 e 60 anos, sempre pautados nos
mostrando opções de tratamento com o áci-
conhecimentos científicos de anatomia e en-
do poli-L-lático e Skinboosters™ de acordo
velhecimento facial, utilizando as técnicas
com o perfil do paciente e necessidades es-
mais seguras e reprodutíveis.
pecificas; mostramos a toxina botulínica além
Para mergulharmos fundo nas definições de do terço superior - com o seu uso para hi-
um plano de tratamento personalizado, pre- peridrose - e navegamos pelo mundo das
cisávamos enriquecer a discussão e foi isso Signature Techniques.

A Jornada da beleza nunca termina. Pelo contrário, ela se transforma.

Boa leitura e bem-vindo ao MAP 4.0!

13
BEAUTY DEFYNERS
CAPÍTULO 1
BEAUTY DEFYNERS
Dra. Christine Guarnieri
• Médica e Dermatologista pela Faculdade de Medicina da USP.
• M
 embro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade
Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
• M
 édica Pesquisadora do Ambulatório de Cosmiatria
da Dermatologia do HC-USP (2000-2013).
• Clínica Privada em São Paulo.
MAP 4.0 | The Beauty Journey

BEAUTY DEFYNERS

INTRODUÇÃO
Nossa escolha consciente de admirar a be- adequados. Nossos rostos transmitem infor-
leza e buscar o autoembelezamento é mo- mações sobre a identidade, estado de saúde,
tivada por uma variedade de complexas estado emocional e atitude, fatores que de-
dinâmicas sociais. Todos os dias, nossos sempenham um papel fundamental quando
comportamentos interpessoais são guiados nos relacionamos socialmente.4,5 A atração
por julgamentos rápidos e constantes de es- facial ocorre precocemente: alguns minutos
tética visual. Esses julgamentos inconscien- após o nascimento, os bebês já exibem gran-
tes causam viés em nossos processos cog- de sensibilidade a estímulos faciais.6,7 De fato,
nitivos e influenciam a forma como tratamos um aspecto não-verbal central da relação
as pessoas.1,2 mãe-bebê é representado pelo contato visual
e pela expressão facial da mãe.8-10
O rosto é uma fonte de grande fascínio para
cientistas e pesquisadores devido à capaci- Em meados da década de 1970, Terry e co-
dade dos seres humanos para processar in- laboradores11 conduziram uma série de es-
formações a partir de outros rostos. De fato, tudos em que avaliaram a atratividade facial.
os humanos têm uma tendência quase au- Eles descobriram que os participantes atri-
tomática de categorizar uma pessoa como buíam consistentemente maior importância
atraente ou pouco atraente, com a capaci- à boca e aos olhos, seguidos pelos cabelos,
dade de diferenciar em 100 milissegundos, nariz e estrutura facial. Rostos atraentes têm
mostrando que a beleza pode ser avaliada uma capacidade inata de atrair o olhar de
rapidamente e com pequena quantidade de uma pessoa. Os resultados de uma pesquisa,
informações.3 onde as pessoas foram questionadas: “Quais
características faciais chamam sua atenção e
Ao interagirmos, a atenção das pessoas é
prendem sua atenção?”, foram: olhos (62%),
fortemente atraída pelo rosto uma da outra
cabelos (22%) e boca (8%).13
com a finalidade de detectar imediatamente
elementos visíveis que são vitais para iniciar Foi proposto por Shepherd e colaborado-
e manter a comunicação e o comportamento res14 que o método mais direto e simples de

17
MAP 4.0 | The Beauty Journey

avaliar quais características faciais são mais percepção diária das características faciais, Esta característica pode ser qualquer recurso Essa abordagem também ajuda a evitar de-
importantes para o espectador é examinar o os médicos geralmente diagnosticam e anali- facial exclusivo (recursos invariantes, como cepções para o paciente quando tentativas
movimento de seus olhos. Métodos de ras- sam a estética facial com base em caracterís- olhos, nariz, maçãs do rosto ou mandíbula) de assimilação a padrões específicos ou ten-
treamento ocular, nos quais os movimentos ticas anatômicas estáticas confiáveis, como que aciona a recompensa do apelo estético. dências de beleza não são possíveis.
oculares do espectador são rastreados e re- relações faciais equilibradas e simetria.25 Sua identidade provocará uma resposta neu-
O aprimoramento das características auxi-
gistrados enquanto ele ou ela veem fotogra- rológica como se fosse um reflexo involuntá-
A beleza é uma composição sinérgica sutil liares (como a qualidade da pele) pode fazer
fias ou imagens, podem ser uma ferramenta rio. Portanto, isolar a característica principal
de geometria, proporção, volumes e planos. muito para aumentar a relação sinal/ruído en-
objetiva para medir componentes de atrativi- como uma primeira impressão, separada de
Quanto mais simétrica a face, mais atraente é tre a força do recurso e os fatores que podem
dade facial. As fixações oculares refletem a outras informações recebidas (características
a sua percepção em ambos os sexos. A bele- estar interferindo nele. Sulcos, rugas, danos
alocação da atenção de maneira direta.15 Se variantes, como qualidades da pele e do ca-
za facial, no entanto, é curiosamente intrigan- causados pelo sol e telangiectasias faciais
os olhos do espectador são atraídos consis- belo), é a chave para manter sua prioridade na
te por suas sutis imperfeições e diferenças. A são todos elementos do ruído de fundo der-
tentemente para características particulares abordagem de tratamento. Ao priorizar o jul-
assimetria em um milímetro ou grau cria um matológico que devem ser minimizados co-
do rosto, podemos assumir que essas carac- gamento valioso formado na primeira impres-
interesse e uma estética únicos para a apa- letivamente para reduzir o ruído de fundo e
terísticas são de maior interesse para o es- são, incorporamos o que nosso subconscien-
rência em certos indivíduos.26 promover o impacto estético.
pectador.16 Além disso, objetos ou caracterís- te vê como a característica mais reconhecível
ticas mais interessantes para um espectador Shamban27 em 2019 descreve o conceito e distintiva do paciente. Esse recurso pode se Dependendo da etnia, existem diferenças su-
podem levar a uma maior duração do olhar SF, que leva em consideração os elementos tornar uma pedra angular subliminar no plano tis na aparência que unificam os indivíduos de
quando ele ou ela veem esses objetos ou re- biológicos e psicossociais da estética facial, de tratamento individualizado do paciente. uma origem étnica semelhante. O aprimora-
cursos específicos.17 buscando aprimorar não apenas os elemen- mento de uma característica única pode alte-
O importante alinhamento entre uma persona
tos que tornam nossos rostos mais recom- rar sua forma, mas o resultado deve sempre
Yarbus e colaboradores mostraram que, ao e sua característica definidora (principal) pode
pensadores visualmente, mas também os manter a harmonia com a etnia do pacien-
olhar para um rosto, a região dos olhos, boca ser facilmente destacado por exemplos de ce-
elementos que definem nossa marca pesso- te. Contradizer esse princípio arriscaria uma
e nariz são os principais objetivos da obser- lebridades. Pela própria natureza de seu tra-
al. Na experiência deste autor, SF represen- aparência não natural. Mais importante ainda,
vação, de modo que o registro das posições balho, muitas celebridades precisam confiar
ta o conceito mais coerente para identificar essa abordagem de tratamento busca pre-
do olhar resulta em aproximadamente um em seus traços faciais para definir sua marca
e preservar os elementos importantes para o servar a marca pessoal de cada paciente.27
triângulo com pontos de canto na área dos pessoal. O status de não celebridade torna
reconhecimento, garantindo, assim, o apri-
olhos e da boca.18 nossos recursos distintos ainda mais impor- Neste capítulo, vamos nos ater aos resulta-
moramento estético no contexto da individu-
tantes. O reconhecimento e a familiaridade dos das pesquisas citadas acima, na identifi-
A percepção individual da estética facial e alidade. Os 4 princípios principais do conceito
que experimentamos em nossos círculos cação dos principais promontórios de beleza
da atratividade é influenciada por fatores de SF são (a) identificar a característica mais
sociais dependem muito de nossas caracte- faciais, ou seja, áreas da face que desviam
combinados, incluindo características ana- distintiva do paciente; (b) adequar a persona-
rísticas únicas. Idealmente, a abordagem SF e fixam primariamente nosso olhar e propor
tômicas;19,20 estados psicossociais,21,22 como lidade do paciente à sua característica princi-
permite que o profissional ajude o paciente a um método de avaliação, além de considera-
autoestima, formação cultural e idade; e mo- pal; (c) destacar esta característica aumentando
se concentrar em sua individualidade, em vez ções sobre o tratamento destas áreas. Uma
vimentos tridimensionais, como expressões a razão sinal/ruído; (d) preservar o alinhamento
de tentar se adaptar a um padrão universal. vez que sabemos serem os olhos, o nariz e a
faciais.23,24 No entanto, diferentemente da com a estética cultural e étnica do paciente.

18 19
MAP 4.0 | The Beauty Journey

boca o que dirige nossa atenção em relação


ao belo e atraente, “beauty triangles” foram
desenhados ao redor dessas estruturas, com
o objetivo de direcionar nossa abordagem e
colocar nossos resultados em linha com as
últimas pesquisas comportamentais relacio-
nadas à beleza e à atratividade.

BEAUTY DEFYNERS: CONCEITO


O conceito de Beauty Defyners, áreas defi- consequentemente, abordagens terapêuticas
nidoras da beleza facial, que permeia toda específicas.
a narração deste capítulo, foi desenvolvido
Abordaremos também o conceito de Beauty
durante reunião com um board de médicos
Frames, as regiões ao redor destes triângulos.
especializados em avaliação e tratamento
O tratamento destas molduras dos triângulos
estético da face. Dentro das estratégias es-
também tem grande importância e impacto
tabelecidas, foram definidas 3 grandes áre-
nos Beauty Defyners.
as de “tratamento de impacto” para a face:
o triângulo periorbital, o triângulo perinasal
e o triângulo perioral. Cada uma destas áre-
as mostra aspectos anatômicos peculiares,
tem dinâmicas de envelhecimento únicas e,

20 21
MAP 4.0 | The Beauty Journey

BEAUTY DEFYNERS: OS TRIÂNGULOS

Figura 1: Marcação dos triângulos Figura 2: Imagem anatômica dos triângulos

Os 2 triângulos periorbitais englobam a re- lateralmente a região malar lateral e medial- O triângulo perinasal compreende o nariz e a A borda superior do triângulo perioral é a
gião dos olhos e a região malar central, logo mente o triângulo perinasal. região malar medial. Seus limites são: superior- base nasal, a inferior a região mentoniana e
abaixo. Externamente a eles, encontram-se mente a região frontal, lateralmente os triângulos seus limites laterais, as comissuras labiais.
superiormente as regiões frontal e temporal, periorbitais e inferiormente o triângulo perioral.

22 23
MAP 4.0 | The Beauty Journey

BEAUTY DEFYNERS: TRIÂNGULOS PERIORBITAIS

Figura 3: Triângulos periorbitais Figura 4: Imagem anatômica dos triângulos periorbitais

24 25
MAP 4.0 | The Beauty Journey

AVALIAÇÃO do rosto alta” é um extraordinário marcador dos moles em um vetor póstero superior para CONSIDERAÇÕES SOBRE ANATOMIA
estético escultural, encontrado geneticamen- demonstrar o resultado desejado, paralela-
A região orbital compreende a órbita óssea, Compreender a anatomia da face média é
te em algumas pessoas.31,32 mente à descida dos ligamentos de retenção
o globo ocular e tecidos moles periorbitais, a chave para a compreensão da anatomia
ósteocutâneos. Ramesh et al. sugerem que
em interface com uma variedade de arcos e de todo o rosto. Embora exceções estejam
No homem atraente com traços marcantes, essa manobra não apenas neutraliza direta-
curvas. presentes em algumas áreas da face, existe
existem trapézios faciais invertidos. Notavel- mente a descida das forças gravitacionais,
uma base comum: o arranjo estrutural em 5
A borda supra-orbital lateral em mulheres mente, essa forma se estende da largura bi- mas também permite a recolocação dos teci-
camadas. Em geral, estas camadas podem
é um marcador estético escultural por uma zigomática, angulando infero-obliquamente, dos adiposos nas posições jovens, resultan-
ser estratificadas em: pele (camada 1), tecido
maior amplitude lateral abaixo da borda, sus- para a porção paramental lateral do queixo. do em uma aparência rejuvenescida. Então,
adiposo subcutâneo = camada areolar super-
tentando uma sobrancelha graciosamente O coxim adiposo malar é de base larga su- ao acessar esta região terapeuticamente, é
ficial (camada 2), sistema músculoaponeu-
cônica e frequentemente arqueada. Este vo- periormente e posicionado antero medial- importante levar em conta os vetores faciais
rótico superficial (SMAS) (camada 3), tecido
lume reflete as contribuições do músculo or- mente, com um ápice caudal afilado que se de melhoria, para considerar e/ou posicionar
adiposo profundo = camada areolar profunda
bicular dos olhos, retro-orbicular dos olhos, estende para baixo na face média inferior. corretamente o preenchimento. Em muitos
(camada 4) e fáscia profunda (camada 5).37
gordura periocular e contorno da borda or- A subprojeção da bochecha do homem cria casos, o tratamento da região temporal pos-
bital.28 A borda orbital superior proeminente um nivelamento na zona malar. Frequente- terior afeta a região pálpebro-malar de manei- Em um artigo de revisão publicado em 2013,38
do homem contribui para a aparência ocular mente, a forma do complexo malar aparece ra significativa.35 a Dra. Eliandre Palermo descreve a anatomia
masculina anatomicamente menor e seme- esqueletizada e afunilada póstero-lateralmen- da região periorbital:
te como uma forma triangular bem definida A análise volumétrica das alterações dos te-
lhante a uma fenda. O contorno da pálpebra
sobre o contorno do arco zigomático. cidos moles faciais com o envelhecimento
inferior, bochecha e a Ogee curve são man- Ossos
tem implicações clínicas significativas. Se as
tidos pelos ligamentos orbitomalar e zigo- Kwart demonstrou que a região ocular é a alterações no envelhecimento da face média A órbita é composta por sete ossos: etmoi-
mático-cutâneo, músculo orbicular do olho área na qual os olhos do examinador mais forem causadas apenas por ptose, a corre- de, esfenoide, zigomático, frontal, maxilar, la-
e componentes inferiores do coxim adiposo se fixam quando julgam a idade e a atrativi- ção anatômica dessas alterações implicaria crimal e palatino, que se anastomosam para
palpebral e da bochecha.29,30 Os coxins adi- dade.33 Sezgin et al. mostraram que a área na suspensão dos tecidos envolvidos para formar um quadrilátero ósseo, em forma de
posos frontais e os músculos corrugadores e periorbital é o local em que a maioria das reaproximar sua posição original da juventu- pirâmide.39
glabelar contribuem para uma plenitude cen- mulheres com mais de 40 anos se concentra de. Se também houver hipertrofia de tecidos
tral na zona glabelar em ambos os sexos. quando se olha no espelho e o local em que A porção superior da órbita é formada pelo
faciais com o envelhecimento, a correção da
essa faixa etária mais gostaria de mudar, que ptose deve ser seguida pela redução destes processo orbital do osso frontal e da asa me-
A beleza facial da mulher emana do terço mé-
é o oposto da faixa etária de 30 a 39 anos, compartimentos envolvidos. Por outro lado, nor do esfenoide. A cerca de 2,5 cm da linha
dio da face. As eminências malares envoltas
que mais gosta dessa área.34 se houver atrofia de tecidos faciais, a corre- média encontramos um pequeno entalhe na
por coxins volumétricos de gordura constro-
ção da ptose deve ser seguida pelo aumento borda óssea que pode ser sentido a palpa-
em um “Triângulo da Beleza” visualmente in- Na consulta estética, durante a análise da re-
dos compartimentos envolvidos.36 ção, a incisura supraorbital (forame em 25%
vertido, diminuindo das proeminências bizigo- gião pálpebro malar, os pacientes costumam dos casos).40 Ele perfura o arco superciliar na
máticas até o queixo. A aparência da “maçã puxar seus compartimentos de pele e teci- linha médiopupilar a cerca de um terço da
distância a partir do aspecto medial da mar-

26 27
MAP 4.0 | The Beauty Journey

gem orbital. Por ele passam a artéria e o ner- A porção central do músculo orbicular do » Músculo Zigomático los, irregularidades no contorno ou inchaço
vo supraorbital. Logo acima e paralela à mar- olho cobre a pálpebra e é referida como por- O músculo zigomático maior se origina no prolongado dos tecidos moles. Como essas
gem supraorbitrária está a arcada supraciliar, ção palpebral.42 arco zigomático e se conecta ao complexo estruturas anatômicas em camadas estão em
que se posiciona logo abaixo da sobrancelha muscular orbicular da boca no modíolo. Ob- uma posição íntima, a colocação do material
e acima do seio frontal. Esta é mais proemi- » Músculos Extraoculares de preenchimento em um local não intencio-
serva-se constantemente uma lamina subs-
nente nos homens e frequentemente ausen- Os principais músculos extraoculares são o tancial de tecido conjuntivo fibroso que se es- nal pode ocorrer com bastante facilidade, a
te nas mulheres, contribuindo, muitas vezes, levantador da pálpebra superior, os quatro tende da parte inferior do músculo zigomático menos que haja um entendimento sólido da
para a queda da sobrancelha feminina na sua músculos retos (superior, inferior, lateral e maior e se liga aos processos zigomático e al- anatomia local.47
porção lateral. O preenchimento supraperios- medial) e dois músculos oblíquos (superior e veolar da maxila, abrangendo a fossa canina.45 Profundamente ao músculo orbicular do olho,
tal com ácido hialurônico nessa região pode inferior).43
o coxim suborbicular (SOOF) pode ser iden-
ajudar a elevar o terço lateral da sobrancelha.
» Retratores da Pálpebra Superior Tecido adiposo tificado delimitado superiormente pelo liga-
Inferiormente, se localiza a placa orbital da Os olhos são cercados por compartimentos mento retentor orbicular e inferiormente pelo
Os retratores da pálpebra superior são com-
maxila junto à placa orbital do osso zigomá- de gordura que fornecem planos de desliza- ligamento zigomático-cutâneo.48 O SOOF se
postos pelos músculos frontal, elevador da
tico e à placa orbital dos ossos palatinos. A mento para o movimento das pálpebras e do estende medialmente até 2 a 4 mm medial-
pálpebra superior, tarsal superior (ou de Mül-
cerca de 1 cm da margem inferior, sobre o globo ocular. Existem 2 coxins adiposos na mente à linha pupilar média e forma, assim,
ler) e pelo ligamento de Whitnall.
declive da maxila, está o forame infraorbitrá- pálpebra superior - nasal e central. o limite lateral profundo da cavidade lacri-
rio. Esta abertura, dirigida de cima para baixo O músculo elevador da pálpebra superior mal. (Observe que o canal lacrimal é com-
e medialmente, situa-se aproximadamente a quando muda para uma direção diagonal Na pálpebra inferior há três compartimen- posto apenas por 3 camadas: pele, músculo
2,5 cm da linha média e transmite os nervos vertical, divide-se em aponeurose anterior e tos de gordura - nasal, central e lateral. Os e periósteo). Demonstrou-se que o SOOF é
e vasos infraorbitários.41 músculo tarsal de Müller posterior. É respon- compartimentos nasal e central são separa- composto por 2 subcompartimentos, isto é,
sável pela elevação da pálpebra superior e, dos pelo músculo oblíquo inferior, que eleva SOOF medial e lateral.49
Músculos portanto, pela abertura do olho.44 o olho. O septo orbital mantém os coxins de
gordura no lugar na região da órbita. O coxim O termo gordura malar foi introduzido na lite-
» Músculo orbicular dos olhos » Retratores da Pálpebra Inferior de gordura da sobrancelha é o de gordura re- ratura em referência ao tecido gorduroso fa-
tro-orbicular dos olhos (ROOF). O bloco de cial desta região e que abaixa com a idade.50
A segunda camada palpebral é o músculo or- Os retratores da pálpebra inferior são consti-
gordura suborbicular (SOOF) repousa sobre a Esta camada adiposa superficial consiste em
bicular do olho, um músculo estriado forma- tuídos por uma lâmina de tecido fibroso, têm
eminência malar.46 múltiplas regiões independentes.51 Por exem-
do pelas porções palpebral e orbital. A parte origem na bainha do músculo reto inferior e
plo, gordura malar pode envolver tanto a gor-
orbital tem contração voluntária, enquanto a sua inserção na borda inferior do tarso. Esse
Não há gordura entre as partes tarsal e pré- dura superficial quanto profunda.
porção palpebral pode apresentar movimen- tecido assemelha-se em morfologia e função
-septal do músculo orbicular do olho e a pele
to voluntário e involuntário. A porção orbital à aponeurose do músculo levantador da pál- Superficialmente existem os coxins nasola-
subjacente. Na região do espaço pré-sep-
cobre a margem orbital e suas fibras mes- pebra superior. Os retratores são responsá- bial, medial e malar médio. Qualquer altera-
tal, existe uma borda óssea vertical de 5 a
clam-se com o músculo procerus medialmen- veis pelo abaixamento da pálpebra inferior ao ção de um destes compartimentos distintos
8 mm, onde a colocação inadvertida de ma-
te e com o músculo frontal superiormente. olhar para baixo. leva a diferentes efeitos sobre a pele local. O
terial de preenchimento pode produzir nódu-

28 29
MAP 4.0 | The Beauty Journey

mesmo conceito se aplica aos coxins gordu- pla e firme entre músculo e osso, denomina- sa do que a pele da pálpebra inferior e uma ramos terminais da artéria carótida externa e
rosos profundos. A gordura profunda malar da espessamento orbital lateral.54 Na região quantidade substancial de tecido subcutâneo estão sujeitas a alta variação anatômica. Elas
compreende os coxins suborbicular e malar medial da porção infra-orbital, o ligamento re- pode ser identificada aqui. A diferença entre correm em direção à pálpebra inferior e aí
medial profundo.52 tentor orbicular pode ser separado em duas esses dois tipos de pele (pálpebra versus face formam o plexo arterial representado majori-
lamelas que se fundem na área do canal lacri- média) acentua a deformidade da junção pál- tariamente pelas artérias palpebral medial in-
O coxim malar medial profundo se localiza
mal em um único ligamento, em camadas.55 pebro-malar. No entanto, durante o envelhe- ferior e palpebral medial superior.
abaixo da fascia superficial da face. Ele apre-
Lá o ligamento retentor orbicular muda seu cimento, a gordura subcutânea também está
senta limites bem definidos, o ligamento de A circulação da órbita provém da artéria caró-
nome para ligamento lacrimal antes de se in- ausente na parte lateral da pálpebra inferior,
retenção orbicular, coxim bucal e coxins ocu- tida interna e anastomoses com o suprimento
serir próximo ao tendão cantal medial. o que pode aumentar a deformidade do sul-
lar e suborbicular. Sua provável função é for- da artéria carótida externa. O primeiro ramo
co pálpebro-malar e levar à impressão de um
necer apoio para os nervos, veias e artérias e O ligamento zigomático não apenas suspen- da artéria carótida interna é a artéria oftálmi-
olho encovado e uma face esqueletizada.
melhorar o deslizamento para o músculo ele- de os músculos zigomático maior e zigomá- ca, e o primeiro ramo da artéria oftálmica é a
vador do ângulo da boca, o qual envolve. Do tico menor à eminência malar, mas existem Ao inspecionar a pálpebra inferior e a junção artéria central da retina, que entra na bainha
ponto de vista estético, sua principal função é acessórios osseocutâneos que conectam a malar, três sulcos podem ser observados. O do nervo óptico 1 cm atrás do globo para su-
fornecer projeção anterior da bochecha. pele sobre a eminencia malar do zigoma e mais superior é o sulco palpebral inferior, que prir a retina. As artérias supra-orbitais e su-
demarcam a borda inferior do SOOF.56 geralmente é coberto pelos cílios da pálpebra pratrocleares se ramificam da artéria oftálmi-
Ligamentos da Região Pálpebro-Malar inferior e é considerado o local onde a margem ca e suprem a fronte. A artéria supra-orbital
Transição Pálpebro-malar inferior do tarso se encontra com os músculos passa pelo entalhe supra-orbital (forame em
Os ligamentos são importantes para os sinais retratores. Os outros dois sulcos são medial- 8%)60 e geralmente pode ser palpada com o
de envelhecimento facial, porque a atrofia dos A pele da pálpebra inferior pode ser conside- mente o sulco nasojugal que está localizado dedo.
tecidos ocorre ao longo deles. Os principais rada uma das mais finas do corpo humano, na extremidade inferior e representa a locali-
ligamentos orbitais são o espessamento orbi- medindo em média 0,82 ± 0,21 mm.57 zação da veia angular. Lateralmente, é visível DIAGNÓSTICO
tal lateral (conhecido como LOT) que adere as um sulco, representando o final da órbita e a
pálpebras à borda orbital lateral e ao ligamen- Na porção lateral da pálpebra inferior, pode É importante avaliar sempre a pele, coxins
ser observada uma fina camada de gordura pálpebra inferior e o início do osso zigomático,
to orbitomalar (ligamento retentor orbicular), o sulco orbito-malar, sulco pálpebro-malar ou adiposos, vetor e posição da pálpebra. A
que é um tecido fibroso de condensação que subcutânea, que está ausente na parte medial pele é a camada mais superficial e pode ser
da pálpebra inferior, isto é, no canal lacrimal. simplesmente junção palpebral-malar.58
liga a pele a borda orbital inferior e o septo avaliada primeiro. Observe a espessura, a
orbital ao longo do arco marginal e define a Aqui a pele palpebral que recobre o músculo redundância, ou as rugas (mais comuns em
orbicular do olho é quase translúcida e alguns Vascularização da pálpebra inferior e da
borda superior do SOOF.53 O ligamento re- pacientes de pele fina). A pele mais espes-
autores atribuem o efeito Tyndall resultante junção pálpebro-malar
tentor orbicular pode ser considerado como sa tem menos probabilidade de apresentar
a conexão pan-orbital entre o músculo orbi- como a causa da aparência azulada do canal As principais artérias que fornecem supri- rugas, mas provavelmente apresenta peso
cular do olho e a porção anterior da órbita ós- lacrimal, o que também pode ser observado mento sanguíneo para essa região são facial, associado e potencial flacidez da pálpebra.63
sea (rebordo), tanto na área supra quanto na na parede nasal lateral medialmente a essa angular, infraorbital, zigomático orbital, facial A queixa de “olheiras” é frequentemente cau-
infra-orbital. Na parte lateral, ao nível da linha área. A pele que cobre a bochecha superior transversa e o ramo anterior da artéria tem- sada por deformidades no canal lacrimal; no
pupilar média, é detectável uma conexão am- (camada de gordura malar) é mais espes- poral superficial.59 Todas essas artérias são entanto, essa alteração pode ser multifatorial.

30 31
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Alterações na espessura e flacidez da pele, > 6 mm do globo.67 Se esse for o caso, o su- do limbo medial, ou imediatamente lateral a o espaço submuscular da órbita medial é li-
hiperpigmentação e alterações actínicas tam- porte palpebral é ruim. O suporte inadequado ele. Evite injeções profundas diretas nesta gado ao periósteo com muita densidade, é
bém desempenham papel. A pele fina ou a pode levar a vários problemas no procedi- área, optando por injetar apenas lateralmen- difícil injetar no espaço entre os músculos e
associação venosa subcutânea proeminente mento de preenchimento, se não for aborda- te. Injeções mais mediais que se aproximam os ossos.
acentuam o escurecimento periorbital. Além do previamente.68 do canto medial devem ser completamente
A correção da deformidade do canal lacrimal
disso, o prolapso da gordura orbital pode in- evitadas. Se for necessário preenchimento
Em relação ao canal lacrimal, é importan- através de técnicas não cirúrgicas apresenta
diretamente causar uma sombra nas pálpe- nessa área, ele pode ser injetado lateralmente
te avaliar os seguintes fatores: 1. qualidade desafios únicos. Ao contrário de outras con-
bras inferiores.64 e empurrado medialmente.70
da pele, pois pacientes com pele grossa e cavidades faciais (como os sulcos nasolabiais,
O músculo orbicular do olho é então avalia- lisa terão melhores resultados do que aque- Podemos utilizar cânula ou agulha, mas re- que são facilmente preenchidos), o canal la-
do: se o orbicular é hipertrofiado ou relaxado; les com pele fina e extremamente enruga- comenda-se a cânula para evitar compro- crimal exige tratamento tecnicamente mais
isso pode ser determinado pedindo ao pa- da; 2. definição da concavidade, uma vez metimento vascular ao injetar em um coxim exigente devido à amplitude da concavidade,
ciente para sorrir ou apertar os olhos. Todos que quanto mais definida, mais passível de adiposo profundo ao músculo orbicular dos alterações na qualidade da pele (afinamento)
os 3 coxins de gordura podem ser avaliados correção (preenchimento); 3. o coxim adi- olhos.71 O uso de cânula reduz o potencial de e presença dos coxins adiposos orbitais ad-
com o paciente olhando para cima. Observe poso orbital, pois os maiores são mais difí- sangramento e comprometimento vascular jacentes.74
os coxins malares, sulcos nasojugais proemi- ceis de corrigir devido ao “inchaço” causado da região infraorbital.72
A volumização do compartimento ROOF na
nentes/deformidades no canal lacrimal. pela injeção; e 4. a cor da pele sobrejacen-
Quando existe um prolapso leve da gordura face envelhecida pode melhorar a forma e a
te, pois o preenchimento pode melhorar a
A posição da pálpebra pode ser negligencia- septal intraorbital ou um achatamento amplo aparência periorbital. Antes da injeção, deve-
sombra, mas não melhora a pigmentação.69
da, mas também é altamente importante para da região infraorbital, podemos restaurar a -se tentar palpar o entalhe supra- orbital. Este
se obter um resultado esteticamente agradá- deficiência de volume usando um preenche- é um limite medial e todas as injeções devem
vel.65 A pálpebra inferior deve repousar no lim- dor de ácido hialurônico (AH). O ponto de en- permanecer lateralmente a esse limite para
CONSIDERAÇÕES SOBRE O
bo inferior, mas pode ficar frouxa com a idade, trada ideal de injeção com cânula para defici- evitar lesão vascular. Recomenda-se a iden-
TRATAMENTO
especialmente no caso de pele grossa e pe- ência de volume da região infraorbital é de 2 tificação topográfica da localização estimada
sada. A frouxidão da pálpebra inferior é tes- No geral, ao injetarmos profundamente na cm abaixo da linha horizontal do canto lateral, dos vasos supra-orbitais e supratrocleares an-
tada com as duas manobras clínicas: o teste face média, os tópicos abaixo devem ser lem- na linha vertical da margem interna da borda tes da injeção. O injetor executa uma técnica
de pressão e o teste de distração. O teste de brados para evitar canulação intravascular ou orbital lateral. Devemos injetar o preenchedor de beliscar e puxar os tecidos da sobrancelha.
pressão avalia a força orbicular e tarsal, bem lesão vascular: sob o sulco infraorbital, incluindo a gordura A agulha ou cânula é inserida lateralmente à
como a estabilidade cantal, medial e lateral,66 • Geralmente, o forame infraorbitário estará profunda, SOOF e órbita lateral para empur- cauda da sobrancelha e avançada medial-
e é realizado puxando a pálpebra inferior em localizado a aproximadamente um terço da rar a parte deprimida localizada inferiormen- mente em um plano cefálico profundo até a
direção à borda orbital inferior e liberando-a. distância entre os cantos medial e lateral te.73 No entanto, o SOOF não está localizado borda supra-orbital. A injeção retrógrada é re-
Se houver uma demonstração escleral óbvia até 11 mm abaixo da borda infra-orbital. na parte medial da área orbital com base na alizada até que o efeito estético desejado seja
ou um retorno lento à posição, isso indica linha vertical do limbo medial, e portanto o alcançado.
Clinicamente, o forame infraorbitário fica um
um suporte insuficiente. O teste de distração preenchedor deve ser injetado sob o músculo
pouco menos do que uma largura de dedo
avalia se a pálpebra inferior pode ser puxada próximo ao periósteo na órbita medial. Como
abaixo da borda infraorbital no plano vertical

32 33
MAP 4.0 | The Beauty Journey

O preenchimento malar profundo pode me- BEAUTY FRAME DA do envelhecimento facial geralmente não é per- As cânulas deslizam facilmente ao longo da
lhorar o canal lacrimal. O efeito é mediado cebido diretamente pelo paciente, mas pode extensão superficial do septo infratemporal no
REGIÃO PERIORBITÁRIA:
pelo septo orbital. Um consenso de 2012 so- contribuir para o seu sentimento geral de insa- espaço temporal superior. O aumento cirúrgico
bre rejuvenescimento periocular recomendou REGIÃO TEMPORAL tisfação com a mudança de aparência facial.77 com AH demonstra que a volumização pode ser
que a restauração da face média deve ser um ANTERIOR E POSTERIOR realizada nos planos submuscular e supramus-
Para uma avaliação objetiva pré-tratamento e
passo essencial, pois o tratamento da área cular neste compartimento.
Na face jovem, a área da têmpora é lisa e con- determinar a adequação ao rejuvenescimento
malar tem o impacto positivo mais significati-
vexa e eleva-se nivelada ao arco fronto-zigo- temporal, recomenda-se o uso da escala de Existem dois compartimentos de gordura na
vo. É importante restaurar o contorno malar,
mático, de modo que a margem óssea anterior envelhecimento temporal de quatro pontos. região temporal, o temporal lateral superficial
pois este volume ancora a estrutura da face
da têmpora (incluindo a borda externa da borda Estágio 1: fossa temporal normal, convexa e o temporal anterior superficial. A borda cefá-
média. Em segundo lugar, uma avaliação dos
orbital superolateral) não seja visível. A sobran- ou reta. Etapa 2: sinais precoces de uma leve lica do coxim adiposo temporal lateral superfi-
efeitos do preenchimento malar na aparência
celha, composta pelos pêlos da sobrancelha e depressão. Estágio 3: concavidade da fossa cial é a crista temporal e o septo temporal su-
dos sulcos nasolabiais e nasojugal deve ser
sua convexidade subjacente de tecidos moles, temporal, com alguns vasos temporais visíveis. perior; o compartimento é um bom alvo para
realizada porque esses sinais de envelheci-
também faz uma importante contribuição esté- As caudas da sobrancelha também caem. a volumização. As cânulas rombas encontram
mento podem ser diminuídos.75
tica para a região periorbital e deve ser consi- Estágio 4: esqueletização da fossa temporal, resistência nos limites caudal e cefálico do
Os ligamentos zigomático-cutâneos arbori- derada um continuum da região temporal. Com ossos são visíveis; veias e artérias severamente compartimento, correspondendo aos septos
zam através dos orbiculares inseridos na pele. a idade, a perda de volume do complexo da visíveis; severa concavidade da fossa.78 temporais à medida que se inserem na pele.
testa/têmpora cria um vetor angulado, fazendo O coxim adiposo orbital lateral superficial está
Cranialmente a esta inserção da pele e super- com que a cauda da testa gire bruscamente Um método para entender a anato-
localizado caudal ao septo temporal inferior.
ficialmente ao músculo orbicular encontra-se na direção posterior, ocultando-a parcialmen- mia temporal é dividir a região nos com-
o compartimento de gordura “malar” infraor- te da vista frontal. A área temporal se achata partimentos temporais superior e inferior. Arthur Swift descreveu a técnica “1 up and
bital. A compreensão dessa relação profunda inicialmente e depois forma uma concavidade O compartimento temporal superior é delimita- 1 over” para volumização temporal profunda
é importante porque as aplicações no com- suave. Isso desmascara a borda da órbita late- do superiormente pelo septo temporal superior. anterior. Swift afirma que o ramo anterior do
partimento infraorbital são propensas a maus ral, contribuindo para o aspecto “esquelético” É nesse ponto que o periósteo se converte em temporal profundo, não fica a mais de 1,8 cm
resultados estéticos secundários à diminui- da face. A margem da fossa temporal também fáscia temporal profunda. Não existem estrutu- da borda orbital lateral. A área alvo está 1 cm
ção da drenagem linfática nessa região.76 se torna mais aparente, começando na cauda ras vitais no compartimento temporal superior superior à borda supra-orbital ao longo da li-
da sobrancelha e estendendo-se como uma li- e é dentro dos limites desse espaço que está nha de fusão temporal e 1 cm lateral a partir
nha curva no início, medialmente, antes de girar localizado o compartimento de gordura tempo- da linha de fusão dentro da fossa temporal.
superolateralmente, quando vista de frente. A ral pelas duas lâminas da fáscia temporal pro- Esse local é medial para qualquer vasculatura
comparação da face envelhecida com as foto- funda.79 temporal grande e a injeção profunda diminui
grafias anteriores ajuda a ilustrar o recorte da
cauda da sobrancelha na vista frontal, enquanto
a deflação do volume gira a cauda da sobran-
celha posteriormente para dentro da cavidade
temporal. O esvaziamento temporal em função

34 35
MAP 4.0 | The Beauty Journey

a chance de lesões vasculares. O injetor deve direção à derme. A aspiração pré-injeção é extri-
usar um produto de alto G’, como Restylane® tamente recomendada. É necessário um avan-
Lyft™ ou Restylane® Defyne™. Antes da injeção ço estrito da cânula no subcutâneo para evitar
no local de destino, pode-se sentir um pulso o deslocamento em planos mais profundos. O
com pressão digital para garantir que não haja injetor pode avaliar isso em tempo real, levantan-
uma artéria atravessando a zona de destino. do todo o comprimento da cânula e garantindo
O injetor colocará a agulha profundamente que seus contornos sejam facilmente visíveis. O
no osso. Antes de depositar o bolus, o injetor comprimento total da cânula é avançado cranial-
pode colocar o dedo indicador da mão con- mente e os dedos da mão não dominante com-
tralateral na linha do cabelo da têmpora para primem o canal de injeção durante a aplicação
impedir a propagação do material de preen- do produto. Um bolus de 1 mL de produto com
chimento na fossa temporal embaixo da linha alto G’, como Restylane® Lyft™. é administrado
do cabelo, maximizando assim a distribuição lentamente, sem movimento lateral da cânula.
do preenchedor nas porções mais visíveis do
As injeções na têmpora posterior resultam
local.
predominantemente em efeitos de elevação
Cotofana et al.80 descreveram a técnica de ele- regionais, incluindo a face medial e inferior.
vação temporal (elevação minimamente invasiva A compreensão desses conceitos pode facili-
supra-SMAS temporal posterior), usada exclusi- tar e otimizar o tratamento da região supraci-
vamente por seus efeitos de elevação, à medida tada, com resultados mais naturais. Estudos
que o produto é aplicado no plano subdérmico anteriores demonstraram que, se as áreas la-
da têmpora posterior. Esta área é coberta pelo terais da linha dos ligamentos forem direciona-
cabelo e, portanto, não é uma área que exibe das primeiro, o volume necessário para tratar a
perda de volume considerável. Os principais face medial é estatisticamente reduzido.
efeitos de elevação podem ser esperados na
face medial e inferior e essa técnica pode melho-
rar a aparência da linha da mandíbula, do sulco
labiomandibular e, em alguns casos, do sulco
nasolabial. A indicação clínica é para casos de
leve a moderada flacidez facial. Durante o pro-
cedimento, o ponto de acesso cutâneo está lo-
calizado 1 cm anterior ao ápice do tragus. Uma
cânula romba de 22 G 50 mm (em alguns casos
70 mm) é inserida no plano subcutâneo, com
o chanfro da cânula apontando para cima em

36 37
MAP 4.0 | The Beauty Journey

BEAUTY DEFYNER: TRIÂNGULO PERINASAL

Figura 5: Triângulo perinasal Figura 6: Imagem anatômica do triângulo perinasal

38 39
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Por estar localizado centralmente na te entre os terços superior e inferior da face. nasal. O dorso nasal cria ângulo obtuso com riores é formada pelo esqueleto cartilaginoso.
face, o nariz tem influência significativa no a junção da testa (linha traçada do ângulo na- As cartilagens laterais superiores se fundem
O nariz feminino mais atraente é menor; a
equilíbrio das características faciais. Assim sofrontal através da raiz) e mede aproximada- com os ossos nasais e septo através de uma
ponta nasal é afinada e as narinas são finas e
como os olhos e a boca, desempenha um mente entre 115 e 135 graus. O comprimento adesão fibrosa. A junção destas cartilagens
redondas; deve exibir uma suavidade estrutu-
papel importante na estética e atratividade ideal deve ser a hipotenusa de um triângulo com os ossos nasais e septo é conhecida
ral com fluxo curvilíneo da borda supraorbital
faciais.81 retângulo, em que um cateto é a distância do como a “pedra angular” nasal. As cartilagens
medial para a abóbada nasal lateral e comple-
angulo até a asa nasal e o outro cateto a dis- laterais inferiores fornecem suporte para o
mentar as características faciais adjacentes.
AVALIAÇÃO tância do sulco nasoalar à ponta nasal.83 terço inferior do nariz e a ponta nasal.

Uma rinoplastia injetável bem-sucedida só No perfil, há um nivelamento amplo, geral-


A ponta nasal cria um ângulo reto ou ligeira-
pode ser realizada com conhecimento anatô- mente com uma ponta elegante e uma curva Músculos:
mente obtuso com o lábio superior, depen-
mico preciso do nariz. O nariz é uma estrutura em forma de S, da testa ao queixo.
dendo do sexo. Nos homens, esse ângulo » Nasal
facial tridimensional que apresenta variações A forma alar/columela é em “asas de gaivota” é próximo de 90 graus, enquanto nas mu-
Porção transversal: origina-se na maxila late-
consideráveis na aparência externa e na sua na visão frontal. lheres, esse ângulo é mais obtuso, entre 95
ral ao nariz e insere-se no dorso do nariz. Esta
estrutura anatômica, observáveis em cada in- e 110 graus. Do ponto de vista da base, o
Já o nariz masculino é predominantemente parte comprime a abertura nasal.
divíduo e em diferentes grupos étnicos.82 nariz deve se assemelhar a um triângulo equi-
maior, cinzelado e angulado, com ponta nasal látero.84 Porção Alar: origina-se acima do incisivo la-
A estrutura osteocartilaginosa nasal é a pedra mais cheia e pele mais espessa. Os perfis na- teral e insere-se na cartilagem alar. A função
angular da proporção e do equilíbrio medial da sais do homem podem variar de um arco proe-
Ossos nasais e suporte cartilaginoso desta porção é abrir a narina puxando a carti-
face. Anatomicamente, esta estrutura triangu- minente a um dorso reto com destaques linea- lagem alar para baixo e lateralmente.86
lar verticalmente alongada, orientada no terço res reflexivos da crista dorsal. Favoravelmente, O arcabouço ósseo do nariz é mínimo e se
central da face, influencia as orientações es- o ângulo nasolabial aproxima-se de 100 a 110 constitui basicamente pelos próprios ossos » Procerus
paciais “reais e ilusórias” para o aparecimento no perfil da mulher e 90 no perfil do homem. nasais. O restante de sua base óssea é cons-
da distância intercantal, profundidade ocular, O procerus se origina no osso nasal e na car-
tituído por contribuições de ossos da face,
largura bizigomática, projeção da face média, tilagem lateral superior enquanto se insere na
como o osso frontal, o etmoide, o esfenoide
queixo e perfil estético. O nariz é construído CONSIDERAÇÕES SOBRE ANATOMIA pele da glabela. A função do procerus é enru-
e o maxilar superior.85
de formas e planos sutis e é individualmente gar a pele sobre o dorso do nariz, puxando o
único em tamanho, formato, comprimento e Relações Nasofaciais A estrutura cartilaginosa do nariz é formada, ângulo medial das sobrancelhas para baixo.87
tipo. Sua avaliação deve incluir largura, altura na porção da ponta, pela cartilagem alar, no
Na avaliação facial, o rosto é dividido em dorso pela cartilagem lateral e internamente » Depressor do septo nasal
dorsal, projeção e angulação da ponta e rela-
quintos verticais e terços horizontais. O nariz pelo septo cartilaginoso que se apoia no osso O músculo depressor do septo se origina na
ções dorso/ponta.
ocupa a junção do quinto vertical médio e do vômer. Estas cartilagens são as principais res- maxila acima dos incisivos centrais e se inse-
Esteticamente, o nariz deve ser simétrico e terço horizontal médio da face; começa na fi- ponsáveis pela forma do nariz. O terço supe- re no septo anterior. A função principal desse
reto, equilibrado proporcionalmente e deve se xação dos ossos nasais ao osso frontal ou à rior do nariz é formado pelos ossos nasais; no músculo é puxar o nariz inferiormente.
misturar sutilmente com a face, fazendo a pon- sutura nasofrontal e se estende até a ponta entanto, a parte inferior dos dois terços infe-

40 41
MAP 4.0 | The Beauty Journey

» Elevador do lábio superior e asa nasal olar frouxo é um plano relativamente avascu- suprimento vascular para a parede lateral na- a ponta nasal, especialmente em pacientes
Este músculo se origina no processo frontal lar, que permite que os músculos miméticos sal, asa e ponta nasal. A artéria angular tam- asiáticos devido a presença de estruturas de
da maxila e se insere na cartilagem alar e lá- nasais deslizem livremente sobre a estrutura bém forma uma arcada com ramos da artéria suporte mais fracas.
bio superior. A função desse músculo é abrir nasal rígida. A camada final é o pericôndrio e infraorbital, que é um ramo da artéria maxilar
Depois de comparar e analisar o formato ide-
a narina e elevar o lábio superior. periósteo que cobrem o esqueleto osteocar- interna.
al e o formato do nariz do paciente, é defini-
tilaginoso.
da qual parte deve ser preenchida e quanto.
Tecido subcutâneo CONSIDERAÇÕES SOBRE O
Encontrar o ponto inicial do ângulo nasofron-
Suprimento Arterial ao Nariz Externo TRATAMENTO
O tecido nasal entre a pele e a estrutura os- tal ideal é muito importante. A raiz nasal deve
teocartilaginosa consiste em quatro cama- Existe uma vasta rede de suprimento san- começar no nível da prega supratarsal na vis-
No nariz, preenchedores com G’ (G Prime) ta lateral em pacientes asiáticos, mas varia de
das: gordura subcutânea, sistema músculo guíneo para a pele e o revestimento interno
mais alto, como Restylane® Lyft™, tendem a acordo com a preferência do paciente, a altu-
aponeurótico nasal superficial (SMAS), ca- do nariz. Essa rede surge dos sistemas da
ser mais eficazes do que aqueles com um G’ ra da testa e o comprimento do nariz.93
mada gordurosa profunda e pericôndrio ou artéria carótida interna e da artéria carótida
mais baixo. G’ é conhecido como índice de
periósteo. A gordura superficial é aderente externa.91
elasticidade e é uma representação da capa- O nariz pode ser dividido em 4 partes para
à derme e pode ser difícil de distinguir dela. A artéria carótida interna dá origem à artéria cidade do preenchedor de resistir à deforma- o procedimento: raiz, rhinion, supratip e pon-
No entanto, essa camada varia de espessura oftálmica, que fornece a artéria nasal dorsal ção. Os preenchedores de AH mais firmes, ta. Diferentes métodos de injeção podem ser
ao longo do comprimento do nariz e é muito e a artéria etmoidal anterior. A artéria nasal de alto G’, como Restylane® Lyft™, simulam utilizados, pois cada parte possui uma es-
mais evidente na glabela, onde a pele é mais dorsal emerge no septo orbital apenas supe- mais fielmente os ossos e cartilagens natu- pessura diferente do tecido subcutâneo, bem
espessa.88 No fundo dessa camada gorduro- rior ao canto medial e irriga o dorso nasal e a rais, produzindo resultados mais definidos, como características e resistência diferentes
sa superficial está o SMAS nasal. O SMAS parede lateral. A artéria etmoidal anterior pe- precisos e nítidos. Preenchedores mais sua- das estruturas de suporte. Após marcar as 4
nasal é contínuo com o SMAS do resto da netra na lâmina papirácea e corre entre a via ves e flexíveis podem alargar as áreas de apli- seções, deve ser marcado também qualquer
face e contém os músculos miméticos na- de saída do seio frontal e as células aéreas cação sem tanta altura ou definição. defeito que exija preenchimento em ambos
sais. Semelhante ao SMAS da face, existem etmóideas anteriores. Emite um ramo (artéria os lados do nariz.
ligamentos frouxos que conectam o SMAS A rinoplastia injetável compreende 2 etapas
nasal externa) que penetra na estrutura ósseo
nasal à pele subjacente e à estrutura osteo- principais: injeção no dorso nasal e injeção O preenchimento é geralmente realizado na
cartilaginosa na região trapezoidal e ajuda a
cartilaginosa subjacente. No nível profundo na ponta. Estruturas relativamente sólidas e seguinte ordem: raiz; rhinion; ponta; e, final-
suprir a pele do dorso nasal.92
do SMAS nasal está uma camada gordurosa firmes suportam o dorso nasal, ou seja, os mente, a área supratip.94 Outra região que
profunda.89 Essa camada gordurosa profunda A carótida externa fornece suprimento de ossos nasais e as cartilagens laterais supe- pode ser tratada com preenchedores de AH
é análoga aos coxins adiposos faciais profun- sangue ao nariz através da artéria facial e da riores, tornando mais fácil o preenchimento. no triângulo perinasal para restaurar as per-
dos (isto é, gordura suborbicular dos olhos, artéria maxilar interna. A artéria facial divide- No entanto, não é fácil projetar ou alongar das teciduais do envelhecimento nessa área é
tecido adiposo bucal, etc). Entre essa cama- -se em artéria labial superior e artéria angular. a fossa canina. 
da de gordura profunda e o periósteo e/ou A primeira segue medialmente para a colume-
pericôndrio do esqueleto cartilaginoso existe la e termina em um ramo columelar. A artéria
uma camada areolar frouxa.90 Esse plano are- angular arboriza em 7 a 14 ramos e fornece

42 43
MAP 4.0 | The Beauty Journey

BEAUTY DEFYNER: TRIÂNGULO PERIORAL

Figura 7: Triângulo perioral Figura 8: Imagem anatômica do triângulo perioral

44 45
MAP 4.0 | The Beauty Journey

A região perioral inclui os lábios superior e infe- O vermelhão do lábio superior consiste estru- A correlação tridimensional dinâmica da ima- oral. Eles são os responsáveis pelo fecha-
rior, além do queixo. É delimitada lateralmente turalmente em 3 tubérculos e o lábio inferior gem digital (DIC) pode medir objetiva e quan- mento da cavidade oral durante a mastigação
pelos sulcos nasogenianos e labiomandibu- consiste em 2 tubérculos. titativamente a deformação facial dinâmica e e em repouso; afetam os sons proferidos que
lares e prolonga-se superiormente da região as rugas.98,99 A tensão observada na região facilitam a linguagem falada e proporcionam
A proporção vertical ideal da altura do lábio
subnasal para a mentoniana. A região perioral perioral é amplamente negativa, porque du- mudanças na expressão facial que facilitam a
superior para o inferior é definida como 1:1,6.
abrange o terço inferior das proporções fa- rante o movimento facial, as rugas dinâmicas linguagem não falada. Eles fornecem informa-
Com a simetria de lado a lado seguindo a
ciais. Conhecimento aprofundado da anato- produzidas refletem a compressão da pele e ções sensoriais sobre os alimentos antes de
mesma proporção.
mia perioral, incluindo o lábio e o queixo, é dos tecidos subcutâneos secundários à con- serem colocados na boca. Para realizar sua
fundamental para a obtenção de ótimos re- Os atributos de um lábio jovem incluem ever- tração muscular mimética. Um paciente com multiplicidade de funções, requerem um sis-
sultados estéticos e funcionais.95 são, mostrando 2 a 3 mm da área superior rugas mais proeminentes terá uma magnitu- tema complexo de músculos e estruturas de
dos dentes e a projeção do lábio inferior 2 mm de maior de tensão, pois o aumento da com- suporte.104
Possui compartimentos superficiais distintos
além do lábio superior no perfil. A definição pressão dos tecidos produz um sulco mais
de gordura e é um componente esteticamen-
entre o vermelhão e o contorno labial também profundo.100 Ossos
te fundamental que ajuda a expressar emo-
é observada. Estas características diminuem
ção, juventude e vigor. É uma região anatô- A queda dos cantos da boca pode ser vista As metades esquerda e direita da mandíbu-
com a idade. Outra característica do lábio jo-
mica única de elementos ósseos e de tecidos em indivíduos de várias idades. Enquanto em la, se formam originalmente como dois ossos
vem é a projeção anterior central. O lábio en-
moles sujeitos a forças dinâmicas, resultando indivíduos mais jovens a força do platisma e distintos, mas no segundo ano de vida os dois
velhecido entra em colapso, assumindo uma
em formação complexa de rugas e atrofia de do depressor do ângulo da boca é respon- ossos se fundem na linha média para formar
aparência achatada na vista lateral. Um lábio
partes moles durante o envelhecimento. sável por este movimento e pode ser corri- um. A parte central horizontal de cada lado é
jovem também tem um ângulo menos agudo
gida por injeções de toxina botulínica, esse o corpo da mandíbula. A porção superior do
da comissura até o pico do arco do cupido,
AVALIAÇÃO raramente é o caso em mulheres idosas.101,102 corpo é a margem alveolar, correspondendo
em comparação com o lábio de um indivíduo
Ptose, perda de elasticidade, expressão fa- às margens alveolares das maxilas. O queixo
A aparência da boca é uma síntese de forma mais velho.
cial repetitiva, gravidade e o envelhecimento que se projeta, na parte inferior do corpo na
e função únicas em tamanho, formato e volu- extrínseco contribuem para a curva descen-
O queixo pode se apresentar em várias linha média, é considerado uma característica
me. O contorno da boca é arqueado, envol- dente, que eventualmente resulta em sulcos
formas: média, superprojetada, retrognática, distintiva do crânio humano.
vendo as cristas alveolares superiores, infe- labiomandibulares. Esses sulcos, no geral,
quadrada, cônica, arredondada, em fenda.
riores e a dentição. O lábio superior no geral estão associados ao envelhecimento e dão Nos dois lados do queixo está o forame men-
Idealmente, o queixo deve ser delicado e re-
tem formato de M e se torna esteticamente um aspecto de tristeza à face. Sua aparên- toniano (FM), uma abertura para o ramo men-
dondo na mulher e forte e cinzelado no homem.
atraente por sua borda vermelha e curvilínea cia negativa pode ser aumentada ainda mais toniano do nervo mandibular.
Queixos fortes são esteticamente indicados
elevada, que se mistura medialmente ao arco pela perda de volume nas partes laterais do
para o homem, enquanto a subprojeção leve A correta localização do FM é fundamental
do cupido.96 lábio inferior.103
e alinhada verticalmente com a parte superior para diversos procedimentos anestésicos e
As bordas e tubérculos do vermelhão criam na vista de perfil são preferíveis na mulher.97 cirúrgicos, uma vez que esta estrutura não
destaques reflexivos estéticos distintos e for- O coxim adiposo mentoniano pode apresen- CONSIDERAÇÕES SOBRE ANATOMIA é palpável ou visível.105 O bloqueio anestési-
mas de expressão. tar covinhas ou fendas. co neste local possibilita anestesia da pele do
Os lábios circundam a entrada da cavidade

46 47
MAP 4.0 | The Beauty Journey

mento, lábio inferior e gengiva vestibular dos » Músculo Zigomático maior » Depressor do ângulo da boca e puxa a comissura lateralmente, o que con-
dentes anteriores e tem grande aplicabilidade. Origina-se no osso zigomático, imediatamen- Origina-se na porção anterior da mandíbula tribui para a formação do sulco nasolabial.
A lesão inadvertida do nervo mentual pode ser te anterior à linha de zigomático- temporal e abaixo dos dentes caninos e pré- molares.
uma complicação associada a procedimentos » Depressor do lábio inferior
passa inferior e medialmente sobre o bucina-
locais, o que pode ocasionar parestesia ou Suas fibras passam superiormente e giram Tem origem na mandíbula anterolateral e me-
dor e o elevador do angulo da boca para in-
anestesia temporária ou definitiva.106 medialmente para se inserir no modíolo. dialmente à inserção do músculo depressor
serção no modíolo.
do ângulo da boca.
Deprime e move lateralmente a comissura.
Músculos Superiormente, suas fibras são profundas ao
músculo orbicular do olho. Encontra-se profundamente ao depressor
» Elevador do lábio superior e da asa
Existem 12 músculos faciais que afetam a angular da boca.
nasal
forma e a função da área perioral. Inferiormente, as fibras são superficiais aos
vasos faciais e ao nervo facial. Surge do processo frontal da maxila. As fibras passam superiormente para se inse-
Os músculos da região perioral podem ser rir em forma de leque na derme labial inferior
classificados de acordo com suas origens e Após a contração, esse músculo eleva e As fibras passam inferiormente para se inserir e no músculo orbicular da boca.
inserções, bem como com suas localizações, move lateralmente a comissura. na cartilagem lateral da alar nasal, na derme
do lábio superior e no músculo orbicular da Atua para deprimir o lábio inferior e puxá-lo
em relação às principais estruturas.
» Bucinador boca. Na contração, dilata a narina e eleva o levemente lateralmente.
Origina-se no processo alveolar posterior da lábio superior
» Músculo Orbicular da boca » Mentoniano
maxila, da rafe pterigomandibular e do corpo
Comprime os lábios e pressiona-os contra os » Elevador do lábio superior Origina-se na mandíbula e se insere na derme
da mandíbula.
dentes após a contração. Surge da borda orbital inferior da maxila, pro- da pele do queixo.
Pressiona os lábios e a bochecha contra os fundamente ao orbicular dos olhos e supe-
O orbicular profundo da boca é responsável dentes. O ducto parotídeo perfura o buci- O local de inserção das fibras mentonianas
riormente ao forame infraorbital.
pela ação de esfíncter dos lábios. nador depois de cruzar a borda anterior do na derme pode ser observado na expressão
músculo masséter. Suas fibras são inseridas na derme do lábio de careta.
Composto por longos segmentos verticais
superior e no orbicular da boca.
que se curvam para fora nas margens livres Atua para elevar o lábio inferior.
» Risório
superiores e inferiores para formar uma pro- Após a contração, o músculo eleva o lábio
trusão marginal. Origina-se na fáscia parotídea e passa me-
superior. Vascularização
dial e anteriormente em um plano transversal
» Músculo Elevador do ângulo da boca para inserir-se no modíolo. » Zigomático menor A artéria carótida externa passa pelo lado do
pescoço até a mandíbula, onde se divide nos
Origina-se na fossa canina da maxila abaixo Após a contração, o risório “puxa” a comissu- Origina-se no zigoma profundamente ao
ramos esquerdo e direito. O ramo esquerdo
do forame infraorbital. Eleva a comissura. A ra lateralmente e produz o sorriso sardônico. musculos orbiculares dos olhos e logo lateral
viaja sob a glândula parótida e passa na frente
artéria facial e o nervo infraorbital viajam em à sutura zigomático-maxilar.
da orelha como a artéria temporal superficial.
um plano superficial ao músculo.
Após a contração, o zigomático menor eleva O ramo direito da carótida externa passa na

48 49
MAP 4.0 | The Beauty Journey

frente do músculo masseter e atrás do mús- co, mas é superficial para os bucinadores e orbicular. A inserção do músculo orbicular da nentes da perda de volume em pacientes com
culo depressor do ângulo da boca, através elevadores de ângulo da boca.109 À medida boca na derme é o ponto de diferenciação envelhecimento facial, os compartimentos su-
de um entalhe palpável na mandíbula. Nesse que a artéria facial se aproxima da base alar entre gordura superficial e profunda. Essa in- perficiais periorais devem ser abordados. O
ponto, o vaso é conhecido como artéria fa- do nariz, emite a artéria nasal lateral que irriga serção ocorre na borda úmida do vermelhão rejuvenescimento perioral ideal requer um lif-
cial. A artéria facial passa para a frente e para a asa e dorso do nariz; a partir deste ponto, labial.113 ting e preenchimento dos coxins envolvidos,
cima através da bochecha até o ângulo da a artéria facial é conhecida como artéria an- seguido do tratamento das rugas verticais
Outro compartimento de gordura (chamado
boca, onde dá origem a artéria labial inferior e gular. A artéria angular ascende ao longo do profundas. Os preenchedores de AH têm sido
compartimento nasolabial profundo) descrito
artéria labial superior. As artérias labiais supe- lado do nariz, passa para o ângulo medial do utilizados com sucesso para proporcionar vo-
clinicamente e anatomicamente, encontra-se
riores e inferiores formam uma rede vascular olho e anastomosa com o ramo dorsal nasal lumização perioral.118 Idealmente, o rejuvenes-
superficialmente ao músculo elevador do lá-
circular ao redor da boca, com vários peque- da artéria oftálmica.110 cimento perioral deve envolver a substituição
bio superior no espaço pré-maxilar, mas pro-
nos vasos sanguíneos ramificando-se radial- da gordura atrofiada por uma abordagem ana-
Coxins gordurosos fundamente ao músculo orbicular da boca.114
mente. Ao realizar o aumento labial, o profis- tomicamente direcionada com ácido hialurô-
sional não só deve estar ciente da localização Pessa descreveu a presença de gordura pro- A gordura submuscular do queixo é distinta nico para os compartimentos superficiais pe-
nas artérias labiais inferiores e superiores, fundamente ao músculo orbicular da boca. da gordura suborbicular da boca. A gordu- riorais, para levantar e preencher a região.
mas também deve entender que esses vasos Essa gordura está localizada imediatamente ra submental é encontrada imediatamente
O ácido hialurônico pode servir como o pre-
sangüíneos apresentam grande variabilidade abaixo do músculo e é encontrada tanto no abaixo do músculo mentoniano em ambos
enchedor ideal, pois não apenas fornece
anatômica.107,108 vermelhão labial quanto no entorno. Fotogra- os lados da linha média do queixo.115 Os dois
reposição de volume para a região perioral,
fias macroscópicas mostraram a definição compartimentos de gordura submentoniana
Mais comumente, as artérias labiais inferiores mas também pode promover regeneração
entre músculo e lábio e o limite inferior des- não estão em continuidade na linha média.116
e superiores estão localizadas sob o músculo dérmica.119
te compartimento no lábio superior. O corte
orbicular. A aplicação acima do músculo or-
vertical do lábio inferior mostra novamente a DIAGNÓSTICO É importante avaliar também as proporções
bicular da boca ajudaria a evitar injeção inad-
gordura profundamente ao músculo orbicular do queixo tanto em comprimento quanto em
vertida na artéria labial. No entanto, existem Com o envelhecimento, os lábios tornam-se
da boca. O volume dessa gordura foi mantido projeção anterior em relação aos outros ter-
ramos das artérias labiais localizadas acima finos e perdem a nitidez na borda úmida e
em muitas amostras, independentemente da ços da face para adequada programação te-
do músculo orbicular da boca na área do arco colunas filtrais; a gordura subcutânea atro-
idade avançada. A dissecção de retalho sob rapêutica.
do cupido. Deve-se tomar cuidado ao au- fia, destacando as rugas finas.117 A perda de
o orbicular identificou gordura labial profun-
mentar o arco do cupido, bem como o exame volume e suporte labial são acentuados pelo
da. A fotografia macroscópica documentou a
constante da pele para detectar qualquer evi- aumento da profundidade dos sulcos nasola-
gordura do vermelhão até sulco labiomento-
dência de empalidecimento ou cianose local. biais e das linhas de marionete. O tratamento
niano.111
A artéria facial continua ao longo do lado da de rejuvenescimento perioral é direcionado
Glândulas mucosas são ocasionalmente ob- para reverter esse processo e restaurar uma
boca e através da bochecha. Está localizada
servadas na gordura submuscular.112 A gor- aparência mais jovem, levantando e preen-
profundamente nos músculos maiores e me-
dura profunda é identificada sob o músculo chendo os compartimentos de gordura.
nores do SMAS, platisma, risório e zigomáti-
Para gerenciar com êxito todos os compo-

50 51
MAP 4.0 | The Beauty Journey

CONSIDERAÇÕES SOBRE O bial e facial. Quanto à toxina botulínica, há di- para tratar áreas adjacentes e relacionadas, BEAUTY FRAME: REGIÃO
TRATAMENTO versas possibilidades de locais de aplicação como, comissuras orais, linhas de marionete
MANDIBULAR
O aumento da gordura suborbicular do ver- na região do triângulo perioral.122 e sulco mental.
melhão labial pode melhorar a projeção, a Anatomicamente, o suporte dos tecidos mo-
É importante entender a relação entre o de- A flacidez da pele e o acúmulo de gordura no
forma e o contorno dos lábios. O aumento les da face inferior é dado principalmente pela
pressor do ângulo da boca e o depressor do pescoço, na linha da mandíbula e nas áre-
de volume do lábio também diminui as rugas mandíbula. Na juventude, há uma plenitude e
lábio inferior. As injeções de toxina botulínica as submentares podem exagerar a aparência
que ocorrem como resultado do colapso do continuidade da borda inferior da mandíbu-
no depressor do ângulo da boca devem ser de um queixo pequeno e diminuir significati-
tecido de suporte (gordura profunda). O au- la que serve como plataforma para a inser-
superficiais e imediatamente mediais ao liga- vamente o ângulo cervicomental. A flacidez
mento da gordura profunda do lábio superior ção da musculatura facial inferior, ligamentos
mento mandibular, para evitar a injeção inad- pode ser tratada com segurança e eficácia
melhora a projeção anterior, recriando uma e septo mandibular. Esses acessórios criam
vertida no depressor do lábio inferior. por injeções de PLLA.123,124 Em pacientes
forma convexa jovem. Já o aumento de volu- o andaime estrutural das partes moles para
com pele de espessura adequada, podem
me da junção cutâneo-vermelhão tem efeitos » Tratamento do queixo os tecidos subcutâneos subjacentes, produ-
ser consideradas técnicas subdérmicas mi-
diferentes: atenua as rugas periorais e confe- zindo assim o contorno estético da face in-
As injeções podem ser primeiro realizadas nimamente invasivas de suspensão através
re um contorno mais definido ao lábio supe- ferior e da borda mandibular. Esse comple-
para aumentar a dimensão anterior do queixo. de preenchimento. Faixas platismais, mas-
rior, observado durante a juventude. xo anatômico se move em uníssono com o
Em seguida, a dimensão vertical é abordada, seteres, mentalis e depressor do ângulo oral
movimento da mandíbula na fala, expressões
A relação das rugas periorais com a perda de se necessário, localizando o mento e moven- (DAO) podem ser tratados com toxina botu-
faciais e alimentação. Com o envelhecimen-
gordura foi descrita por Kesselring.120 A gor- do-o inferiormente usando uma técnica de línica para complementar o aumento men-
to, ocorrem alterações involucionais que re-
dura submental provavelmente influencia a múltiplas camadas. Os preenchimentos dér- toniano.125 Um músculo mental hiperdinâmi-
sultam na perturbação dos contornos faciais
profundidade da prega lábio mentoniana. Adi- micos com AH de alto G’ (Restylane® Lyft™) co é comum nesta população de pacientes
inferiores. A atrofia do osso mandibular ocor-
cionar volume a este compartimento diminui demonstraram ser eficazes na melhoria das e contribui para o aparecimento de retrusão
re de maneira semelhante ao que acontece
a profundidade do sulco que se acentua com dimensões anterior, transversal e vertical do puxando o mentalis superior e profundamen-
com outras regiões projetadas do esqueleto
o passar do tempo. Esses achados apoiam o queixo. Volumes de 1 a 2 mL de produto po- te, diminuindo a posição vertical do pogônio,
facial, como o queixo e as bordas orbitais.
crescente corpo de evidências que apontam dem ser injetados em uma única sessão. o que resulta em deslocamento inferior da
Essa atrofia não é generalizada, mas é distri-
para a atrofia da gordura como um fator sig- massa de tecido mole do queixo e uma apa-
É importante não considerar o queixo isola- buída irregularmente em vários locais ao lon-
nificativo na causa do envelhecimento facial. rência mais arredondada. A injeção concomi-
damente, mas como uma parte da mandíbu- go da margem mandibular, dependendo das
A perda de volume resulta em alterações tri- tante de toxina botulínica no músculo mental
la, que reabsorve em função da idade. Para forças biomecânicas subjacentes que afetam
dimensionais do contorno dos lábios superior hiperdinâmico também pode prolongar a lon-
alguns pacientes, o aumento do queixo por si a mandíbula nessa região em particular. Es-
e inferior.121 gevidade do material de preenchimento.126,127
só não produzirá o resultado estético que eles sas forças incluem aquelas geradas pelo mo-
procuram; nesses casos, deve-se considerar vimento muscular, gustação, fala e as forças
As aplicações nas comissuras labiais ocor-
o uso de terapias concomitantes que abor- impostas pela pele e pelos tecidos moles. A
rem no plano subcutâneo superficial, a um
dem a periferia dessa região. Ao usar preen- área da mandíbula anterior imediatamente in-
polegar de largura do ângulo da boca. Esta
chedores de AH para aumento do queixo, ferior ao forame mental é uma das áreas em
técnica evita possíveis lesões nas artérias la-
o mesmo produto também pode ser usado

52 53
MAP 4.0 | The Beauty Journey

que o remodelamento mandibular atrófico é


pronunciado. A depressão óssea anatômi-
da mandíbula superior e inferior que se esten-
dem sobre a borda inferior da mandíbula.128
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ca resultante nesse local é conhecida como O rosto e a beleza das mulheres têm sido de emocionalmente ligadas. Ao longo dos anos,
A perda de volume posterolateral e do ân-
sulco mandibular anterior. Essa depressão importância central nas culturas ao longo da a área periorbital afeta a atratividade geral e a
gulo da mandíbula pode ser solucionada
óssea está situada logo antes das ligações história. Já em 3000 a.C. elas usavam ma- seleção de parcerias131 enquanto a qualidade
usando AH e ácido poli-L-lático (PLLA). Uma
do ligamento mandibular. Juntamente com a quiagem primitiva para melhorar a aparência da pele, forma e posição das sobrancelhas,
injeção supraperiosteal no ângulo inferopos-
lenta reabsorção óssea que ocorre no sulco do rosto e principalmente dos olhos. Prova- a condição dos cílios (cor, comprimento, for-
terior da mandíbula para acentuar o compri-
mandibular, ocorrem alterações nos compo- velmente, o fato de esses atributos serem ma), formato dos olhos, eixo e altura da fis-
mento da linha da mandíbula pode ser rea-
nentes de tecidos moles da região. Há deis- tão difíceis de decifrar e medir objetivamente sura palpebral foram considerados fatores
lizada com AH, tomando cuidado para não
cência parcial das inserções musculares e desafiou artistas, filósofos e médicos. Gran- importantes para atratividade por diferentes
adicionar largura à face inferior em uma mu-
estruturas fasciais na área; portanto, há um de parte das pesquisas métricas faciais pas- autores.132,133
lher que já pode ter uma face inferior larga.
agravamento do direcionamento das ações sadas e presentes se concentrou em como
Para masculinizar e ampliar o rosto em um ho- No final, a atratividade é composta por uma
musculares locais. Isso resulta em uma hiper- definir os constituintes complexos da face
mem, o AH pode ser usado subdermicamen- combinação de qualidade da pele e promon-
trofia compensatória de outras porções dos ideal, reconhecendo a importância das di-
te sobre o masseter, tendo cuidado para não tórios faciais (olhos, nariz e boca). É impor-
componentes musculares que ainda estão ferenças individuais na percepção e atrativi-
injetar na glândula parótida, causando poten- tante observar que os resultados dos estudos
firmemente ligados. Os músculos pertinen- dade sociais.129 Estudos clínicos conduzidos
cialmente uma sialocele. O AH e o PLLA tam- até agora publicados não podem ser gene-
tes na área incluem o músculo depressor do sob configurações controladas, por exemplo
bém podem ser utilizados ao longo do com- ralizados em diferentes nações, culturas ou
ângulo da boca (DAO), o músculo mentalis classificações de atratividade, estimativas de
primento da mandíbula, no plano subcutâneo grupos étnicos, porque, em última análise, a
e o músculo depressor do lábio inferior. Por idade etc., parecem ter enorme relevância
com uma cânula de ponta romba, anterior ao beleza está nos olhos de quem vê e a atrati-
trás do músculo DAO, inserido na pele, está para o planejamento adequado de interven-
masseter para criar uma linha da mandíbula vidade é influenciada por uma infinidade de
o ligamento mandibular. Com a atrofia dos ções estéticas. O rosto, com sua posição ex-
mais proeminente. fatores sócio demográficos individuais e ex-
compartimentos de gordura subjacentes e a posta, expressa emoções humanas elemen-
ternos,134 que correlacionam-se fortemente
hipertrofia desses músculos, nota-se altera- Além do tratamento do contorno mandibular tares, como simpatia ou antipatia, raiva ou
com as preferências individuais e subjetivas.
ções na face central inferior, que incluem o para reposição das perdas teciduais relacio- prazer, surpresa ou tristeza, e desempenha
aprofundamento das rugas melomentais, dos nadas ao envelhecimento, essa área é fre- um papel fundamental nesse sentido.130 Já na
sulcos mental e labiomandibulares. O deline- quentemente tratada para correção de alte- infância, os humanos reconhecem pessoas
amento dos coxins adiposos da face inferior rações constitucionais e/ou embelezamento
é um conceito relativamente recente e inclui a facial.
identificação dos compartimentos de gordura

54 55
SKIN QUALITY
CAPÍTULO 2
SKIN QUALITY
Dra. Christine Guarnieri
• Médica e Dermatologista pela Faculdade de Medicina da USP.
• M
 embro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade
Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
• M
 édica Pesquisadora do Ambulatório de Cosmiatria
da Dermatologia do HC-USP (2000-2013).
• Clínica Privada em São Paulo.
MAP 4.0 | The Beauty Journey

SKIN QUALITY

INTRODUÇÃO
As pessoas se preocupam cada vez mais mento, após a aplicação tópica e/ou injetável
com sua própria saúde e beleza nos últimos de produtos que estimulem a neocolagênese
anos e existe uma ligação direta entre o esta- e restaurem parcialmente os componentes
do e beleza da pele e a saúde. A condição da da matriz dérmica, diminuindo o fotodano ou
superfície da pele depende da caracterização o envelhecimento intrínseco da pele.1,2
de sua textura.
Há vários fatores que afetam a qualidade
O conceito de qualidade da pele (skin quality) cutânea, como o tipo de pele, a superfície se-
está relacionado a parâmetros clínicos tais bácea que a recobre, os hábitos cotidianos,
como rigidez, teor de hidratação, elasticida- a aplicação de cosméticos entre outros. Além
de, rugosidade, e presença ou ausência de disso, a pele humana é também afetada por
sulcos e linhas. Uma boa qualidade de pele é raça, gênero, idade, personalidade; mas ape-
definida por poros de tamanhos pequenos e nas a observação ou o uso de métodos tradi-
regulares, uniformidade de textura e do tom cionais pode levar a erros diagnósticos. Com
da pele, presença mínima de rugas e presen- o rápido desenvolvimento de técnicas de
ça mínima de cicatrizes. imagens computadorizadas, a análise destas
pode ser usada quantitativamente para ava-
A melhora objetiva nos parâmetros de quali-
liar as características da textura cutânea, de
dade da pele pode ser medida e geralmente
maneira a adquirir dados objetivos.3
está relacionada à produção de novo colá-
geno e ao retardo do processo de envelheci-

59
MAP 4.0 | The Beauty Journey

ENVELHECIMENTO COMO FATOR DE SKIN


QUALITY
O envelhecimento é um processo contínuo, e outros tipos de radiação, poluentes quími-
cuja precisão é de difícil mensuração, porque cos (por exemplo, liberados durante o consu-
é percebido como uma série complexa de mo de nicotina), estimulação física repetitiva
mudanças fisiológicas e estruturais frequen- (movimentos da mímica facial), estilo de vida
temente sutis que ocorrem ao longo do tem- e dieta podem atuar como aceleradores ou
po. Essas mudanças são representadas por intensificadores de sinais de envelhecimento.
uma ampla diversidade de estados funcionais
A epiderme é um tecido de rápida prolifera-
e de saúde vivenciados pelos indivíduos. O al-
ção, cujo pool de células proliferativas está
cance dessas mudanças na faixa etária mais
localizado na camada basal. É também um
avançada é altamente individual e apenas em
tecido auto-renovável, necessário durante
parte associado à idade cronológica.
toda a vida útil de um organismo. Suas célu-
Essa diversidade é uma característica do las são capazes de se dividir apenas por um
envelhecimento humano. Fatores internos e número restrito de vezes, antes de sofrerem
externos podem influenciar o aparecimento uma parada permanente da divisão celular,
de alterações relacionadas à idade intrínseca que dura até a morte e esse fenômeno é co-
(cronológica) e extrínseca (induzidos pelo am- nhecido como senescência replicativa.4 O en-
biente) e são executados por diferentes me- curtamento telomérico atua como um relógio
canismos, sendo seus efeitos sinérgicos para mitótico para impedir a proliferação desregu-
o indivíduo afetado. Os fatores extrínsecos lada das células amplificadoras de trânsito e Figura 1. Esquema matriz extracelular – envelhecimento celular

adicionais, incluindo radiação ultravioleta (UV) sua progênie na epiderme.5 (Figuras 1 e 2). Adaptado de Varani J, Schuger L, Dame MK, et al. Reduced Fibroblast Interaction with Intact Collagen as a Mechanism for Depressed Collagen Synthesis in Photodamaged Skin. J Invest
Dermatol. 2004;122(6):1471-9.

60 61
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Encurtamento Exaustão das


do telômero células estaminais
(stem cells)

Alterações epigenéticas Ativação da senescência

CA
MI
Interrupção do ciclo celular NÔ Inibição da proteólise

CEL
GE

ULAR
Dano do DNA nuclear Resistência da apoptose
SI
ST

M
Ê

IC
A

METABÓLIC A
Aumento da inflamação Inibição da autofagia

Estresse oxidativo Dano mitocondrial


ROS
ROS
ROS
ROS

Figura 2. Fatores do envelhecimento celular Figura 3. Envelhecimento da derme e epiderme

Adaptado de Roh DS, Panayi AC, Bhasin S, et al. Implications of Aging in Plastic Surgery. Plast Reconstr Surg Glob Open. 2019; 7(1): e2085 Adaptado de Roh DS, Panayi AC, Bhasin S, et al. Implications of Aging in Plastic Surgery. Plast Reconstr Surg Glob Open. 2019; 7(1): e2085

Ainda, a epiderme envelhecida é frequente- de reparo de DNA e menor produção de suor Vários modelos de envelhecimento cutâneo dérmica são os glicosaminoglicanos (como o
mente associada a múltiplos comprometi- e sebo.6 A capacidade regenerativa da pele sugeriram que o acúmulo progressivo de fi- ácido hialurônico, que ganhou muita atenção
mentos estruturais e funcionais importantes é afetada (Figura 3) por extensa exposição a brócitos senescentes na derme leva a uma na dermatologia nos últimos anos), molécu-
como, por exemplo, atrofia epidérmica devido radiação ou produtos químicos, acidentais ou redução subsequente da produção de co- las extremamente hidrofílicas. O aumento nos
à rotatividade celular diminuida, reepitelização terapêuticos. Esses agentes externos preju- lágeno tipo I e perda de seu volume, o que níveis de glicosaminoglicanos altera a reolo-
lenta, função de barreira de fragilizada, me- diciais também desencadeiam senescência também está associado à superprodução gia da matriz. Sabe-se que a baixa rigidez da
nor resistência mecânica, menor capacidade celular em resposta a danos no DNA. local de metaloproteinases da matriz.7 Ou- matriz extracelular influencia o fenótipo das
tro componente da matriz extracelular (MEC) células mesenquimais e afeta a sua sobre-

62 63
MAP 4.0 | The Beauty Journey

vivência.8 O ácido hialurônico também pode


ligar fatores de crescimento e citocinas de
Embora tradicionalmente descrita como par-
te da pele, a camada adiposa subcutânea é
COLÁGENO E SKIN QUALITY
depósito e, assim, criar gradientes temporais geralmente estudada em relação à nutrição O envelhecimento intrínseco leva a um impac- duzida, o que provavelmente impede a subs-
e espaciais dessas moléculas,9 importantes e endocrinologia, separadamente de outros to significativo na rede de fibrilas de colágeno tituição. Com o tempo, os restos fragmenta-
também na modulação do ambiente pró e compartimentos da pele. A gordura “branca” da pele humana. A redução da quantidade de dos de fibrilas de colágeno se acumulam e
anti-inflamatório local. subcutânea representa 85% a 90% da gor- colágeno ocorre em cerca de 1% de perda ao se tornam facilmente observáveis na derme
dura corporal total nas mulheres, indepen- ano durante a fase adulta com seu início por fotoenvelhecida18 e intrinsicamente envelhe-
O teor de elastina é estimado em apenas 2%
dentemente do índice de massa corporal (o volta dos 30 anos.17 cida. Histologicamente, os fibroblastos neste
da massa total da proteína dérmica e, ape-
restante é gordura visceral ou “marrom”).12 A tipo de pele são cercados por matriz de colá-
sar do conteúdo relativamente modesto, ela A degradação transitória aumentada e a pro-
proporção de gordura subcutânea /visceral geno fragmentada. Na pele cronologicamen-
é importante nas propriedades mecânicas do dução reduzida de fibrilas de colágeno que
é menor em indivíduos do sexo masculino.13 te envelhecida e fotoenvelhecida, o acúmulo
tecido. Os colágenos são o principal compo- ocorrem em resposta à exposição da pele à
A quantidade relativa de gordura subcutânea de colágeno fragmentado diminui a resistên-
nente extracelular da derme. Os colágenos irradiação UV fornece informações sobre os
varia muito em todo o corpo, com o abdome cia mecânica da matriz extracelular colágena
formadores de fibrila (por exemplo, colágeno mecanismos que promovem o déficit susten-
contendo até quatro vezes mais gordura sub- e, desse modo, diminui as forças mecânicas
tipos I, III e V) se agrupam em estruturas 3D tado de colágeno (hipocolagênese), que ca-
cutânea do que a parte inferior das pernas nos fibroblastos residentes. Esse fenômeno é
com outras proteínas da matriz, como as fi- racteriza a pele humana fotoenvelhecida. O
ou a cabeça. Curiosamente, a gordura sub- crítico porque as forças mecânicas que con-
bras de elastina e a matriz não fibrilar. Este microambiente dérmico impõe funções alte-
cutânea não é organizada como uma cama- trolam a forma da célula estão intimamente
tapete não fibrilar também contribui como radas de fibroblastos na pele humana enve-
da contínua, mas altamente particionada em acopladas às funções dos fibroblastos. Os
material viscoelástico e evita qualquer movi- lhecida e evidências indicam que o acúmulo
compartimentos distintos e independentes, fibroblastos dérmicos humanos respondem
mento da rede. Coletivamente, todos esses de matriz extracelular dérmica fragmentada é
separados por barreiras septais, pelo menos à baixa força mecânica aumentando seus ní-
componentes determinam o comportamento um fator-chave que medeia muitas dessas ca-
na face.14 O envelhecimento causa uma re- veis de radicais livres, reduzindo a produção
mecânico da derme e de outros tecidos ricos racterísticas. Devido à reticulação, que confe-
distribuição de gordura que resulta em uma de colágeno e aumentando a expressão de
em colágeno.10 re resistência geral à degradação adicional de
redução na proporção de gordura subcutâ- metaloproteinases.19 Assim, a fragmentação
fragmentos de fibrila de colágeno tipo I, os re-
Fenômenos clínicos comuns podem estar liga- nea/ visceral.15 Em áreas expostas ao sol, do colágeno alimenta um ciclo autoperpetu-
manescentes de fibrila de colágeno parecem
dos à arquitetura dérmica alterada: o aumento como o rosto, o envelhecimento também ador de estresse oxidativo, síntese reduzida
permanecer ligados dentro da matriz extrace-
da rigidez na derme fotodanificada pode ser causa uma redistribuição de gordura entre de colágeno e aumento da fragmentação do
lular dérmica. Além disso, a degradação do
atribuído ao aumento da reticulação entre as os compartimentos faciais subcutâneos, que colágeno.
colágeno é acompanhada de colagênese re-
fibras, o que resulta em maior rigidez de toda é uma parte importante do envelhecimento
a rede de colágeno.11 Pode ocorrer também facial percebido. Essas alterações morfológi-
uma cisão fibrilar devido ao encurtamento das cas estão associadas à alteração fisiológica
fibrilas nas fibras, o que irá separá-las mais do metabolismo dos adipócitos e à síntese de
facilmente. A degradação dos proteoglicanos adipocinas.16
leva ainda a perda de água e impede o desli-
zamento das fibrilas no interior das fibras.

64 65
MAP 4.0 | The Beauty Journey

ÁCIDO HIALURÔNICO E SKIN QUALITY ÁCIDO HIALURÔNICO INJETÁVEL E SKIN QUALITY


As propriedades estruturais e mecânicas da que ocorre naturalmente, encontrado na ma- O aumento do suporte estrutural na derme por tem fácil injeção, bem como manutenção da
matriz extracelular dérmica são fatores-chave triz extracelular de muitos tecidos, incluindo injeção de ácido hialurônico reticulado causa forma ao longo do tempo e são temporárias.
no declínio da função dos fibroblastos, com o a cartilagem hialina humana, articulação si- compressão focal da matriz extracelular colá- As propriedades mínimas de reatividade e mi-
passar do tempo. Assim, em teoria, o aumen- novial, pele, cérebro, humor vítreo e tecidos gena, resultando em fibroblastos estirados e gração tecidual sustentam a percepção do AH
to do suporte estrutural da matriz extracelular conjuntivos. Na matriz extracelular dérmi- formação de aderências focais com a matriz como implante e foram essenciais para a apro-
dérmica pode ser uma estratégia potencial ca, o AH extracelular está ligado a si ou aos extracelular adjacente. A sinalização mediada vação deste.
para restaurar as capacidades sintéticas de proteoglicanos, desempenhando papéis de por TGF-β, por sua vez, estimula a expressão
As vantagens biomecânicas e bioquímicas do
fibroblastos na pele humana intrínseca e ex- preenchimento de espaço e de absorção a da integrina e a reorganização da actina no
AH levaram a sua maior utilização em relação
trinsecamente envelhecida. De fato, estudos choques.24 Sua produção dérmica é sintetiza- citoesqueleto, sugerindo que o TGF-β é um
a outros injetáveis. Suas propriedades volumi-
in vitro mostram que os fibroblastos em um da principalmente por fibroblastos dérmicos, fator de crescimento “mecanorregulador”. A
zadoras, efeitos osmóticos, propriedades me-
ambiente mecanicamente mais rígido produ- com taxa de produção 10 vezes maior que os partir destas observações, concluiu-se que a
cânicas viscoelásticas e efeitos bioquímicos no
zem mais colágeno e menos MMPs do que queratinócitos epidérmicos, e coloração mais injeção de ácido hialurônico na pele envelheci-
ambiente celular são bem estabelecidas, ele
os fibroblastos cultivados em uma matriz de forte na derme papilar.25 da reestrutura a MEC, induzindo fibroblastos a
possui uma alta densidade de carga fixa que
colágeno mais flexível.20 Mais recentemente, alongamento e ativação. Os efeitos biomecâ-
A reticulação de AH com proteínas da matriz é osmoticamente ativa, atraindo moléculas de
foi demonstrado que o aumento local de for- nicos do AH no microambiente do local injeta-
resulta na formação de estruturas supermole- água e resultando em inchaço, constrito por
ças mecânicas na derme pode efetivamente do são essenciais para o seu sucesso como
culares e aumenta a rigidez tecidual.26 O AH rede de colágeno reticulado do tecido cutâneo
reprogramar fibroblastos para regular a pro- preenchedor. Além de simples agentes volu-
também reage com receptores associados à humano. É teorizado que a abundância natural
dução de colágeno na pele humana in vivo.21 mizantes, mostraram aumento da produção
membrana celular, como CD44, ou receptor de AH dentro da derme ao longo do sistema
de colágeno local, bem como capacidade de
A injeção de ácido hialurônico reticulado, um endotelial do vaso linfático 1 para regular a linfático auxilia na regulação do teor de água
alterar a morfologia dos fibroblastos.29
preenchimento dérmico comumente usado proliferação, diferenciação e migração celu- na derme. Quando injetado para preenchi-
em dermatologia, já foi utilizada para melho- lar.27 A taxa de rotatividade de AH na derme As seguintes características são necessárias mento tecidual, AH absorve água, aumentan-
rar o suporte estrutural da matriz extracelular é menor que 24 horas e a da epiderme é de para um implante ideal: biocompatibilidade ou do a força compressiva do produto injetado.31
dérmica na pele envelhecida. O ácido hialurô- 2 a 4 horas: essa rápida depuração do AH é baixa reatividade tecidual, migração mínima, Esse efeito de intumescimento pode levar à rá-
nico (AH) é um glicosaminoglicano composto mediada por uma combinação das hialuroni- facilidade de aplicação, bioabsorvibilidade, pida expansão 24 horas após o procedimento,
por unidades repetidas de ácido glucurônico dases 1 e 2.28 A distribuição do AH se altera não teratogenicidade e não carcinogenicida- dependendo do grau de hidratação do preen-
e acetilglucosamina e consiste em uma das com o envelhecimento e nos diferentes locais de.30 O AH preenche todos esses requisitos: chedor antes da injeção32,34
moléculas mais abundantes na matriz extra- anatômicos; seu metabolismo varia de acor- foi demonstrado que suas moléculas se ligam
A reatividade mínima do tecido e a migração
celular da derme (~ 0,5 mg/g de peso úmi- do com a localização: na epiderme é degra- ás células circundantes à injeção e produzem
do AH injetado são características importan-
do) e a epiderme (~ 0,1 mg/g) da pele huma- dado pela enzima hialuronidase após a endo- muito pouca reação inflamatória porque o AH
tes, tanto para a aprovação de segurança
na.22 Mais de 50% do total de AH no corpo citose, enquanto na derme o AH degradado é é estruturalmente idêntico entre as espécies,
quanto para prevenção de formação de cica-
está presente na pele.23 O AH é um polímero drenado pelos linfáticos aferentes. possui propriedades viscoelásticas que permi-
triz, ou inflamação. O AH atinge esses obje-

66 67
MAP 4.0 | The Beauty Journey

tivos provavelmente através de seus grupos combinação de propriedades mecânicas, de- trutura dérmica extracelular de maneira mais A melhoria da qualidade da pele pelo AH re-
carboxila terminais carregados negativamente nominadas viscoelasticidade; precisam ser difusa e homogênea do que injeções localiza- ticulado “Skinboosters™” evoluiu nos últimos
(-COO), que levam a propriedades de adesão viscosos o suficiente para serem facilmente das para tratar rugas ou corrigir perda de vo- anos, como uma indicação adicional (após
celular irregulares, com reatividade e migração extruidos através de uma agulha ou cânula e, lume. Além disso, para criar estímulo suficien- preenchimento de rugas e volumização) do
teciduais mínimas.35 no entanto, elásticos o suficiente para manter te, geralmente é necessário um tratamento uso de preenchimentos dérmicos à base de
sua forma uma vez implantados na face e sub- sequencial: um tratamento mensal, realizado AH. O procedimento hidrata a derme e cria
A reologia (ciência que estuda como um ma-
metidos a tensões mecânicas da mímica facial 2-3 vezes, melhora a qualidade da pele de uma matriz extracelular estável, dando supor-
terial flui e se deforma em resposta a diferen-
e outras forças externas. O módulo elástico maneira clinicamente evidente. Estudos adi- te aos fibroblastos intradérmicos, essencial
tes estressores mecânicos) do produto é fun-
(G’) refere-se a como um material pode recu- cionais e relatos de caso substanciaram o para sua função normal. Vários processos que
damental para o desempenho geral e pode
perar sua forma após uma força mecânica de conceito de “Skinboosters™” como um novo melhoram a integridade estrutural e a aparên-
orientar os médicos na otimização dos resul-
cisalhamento externo.38-40 tratamento para melhoria da pele atavés da cia estética do envelhecimento da pele estão
tados estéticos, dependendo da área da face
injeção de AH reticulado.44 Curiosamente, o em desenvolvimento e pesquisas adicionais
tratada.37 Os preenchedores precisam ter uma
AH não reticulado injetado através da mesma identificarão o papel relativo de cada compo-
técnica, demonstra resultados controversos, nente, para que possamos estabelecer prá-
provavelmente devido ao efeito insuficiente ticas recomendadas, seleção de produtos e
O CONCEITO SKINBOOSTERS™ ou não sustentado na estabilização da estru-
tura dérmica extracelular.45,46
técnicas para obter melhores resultados.47

O primeiro produto projetado especificamen- sexo feminino.42 O procedimento foi realizado


te para suporte e hidratação cutânea dér- em 3 sessões mensais e os pesquisadores
mica foi o Restylane® Vital, composto por observaram que as injeções de Restylane®
pequenas partículas estabilizadas de gel de Vital por micropunctura aumentaram signifi- ÁCIDO POLI-L-LÁTICO E SKIN QUALITY
AH de tecnologia NASHA® (Non Animal Sta- cativamente a elasticidade da pele e criaram
A qualidade de vida relacionada à saúde ga- Tendo como mecanismo de ação uma reação
bilized Hyaluronic Acid) na concentração de um impacto positivo na rugosidade superficial
nhou interesse substancial na maioria dos granulomatosa de corpo estranho, observou-
20 mg/mL indicado para peles mais espes- da pele. Como a melhora nesses parâmetros
campos da medicina. Vários estudos mos- -se a degradação completa das partículas de
sas. Já o produto Restylane® Vital Light é ficou evidente 24 semanas após a última ses-
traram que muitas condições da pele podem PLLA dentro de 9 ou 30 meses após as inje-
menos concentrado (12 mg/mL) e pode ser são de injeção, os autores concluíram que a
se correlacionar com uma qualidade de vida ções de Sculptra®, como relatado por Lem-
injetado em áreas de pele mais fina. Ambos colocação intradérmica de AH melhorou a
acentuadamente reduzida.48 Rejuvenesci- perle et al52 e Vleggaar e Bauer53, respectiva-
os produtos contêm cloridrato de lidocaína 3 biossíntese de novos compostos dérmicos e
mento e melhoria da qualidade cutânea com mente. Por outro lado, no estudo de Stein,54
mg/mL. A idéia de melhoria da qualidade da não se deve apenas a uma melhor hidratação
ácido poli-L-lático (PLLA) tem sido objeto de 38% dos voluntários tratados com Sculptra®
pele por AH injetável, sem visar rugas espe- da pele, como inicialmente esperado. Condi-
várias publicações ao longo dos últimos 10 apresentaram partículas de PLLA em biópsias
cíficas ou perda volumétrica, foi introduzida zente com a compreensão atual do processo
anos,49 algumas relatando também melho- realizadas 28 meses após a última injeção de
por Kerscher et al,41 ao injetarem microdo- biológico induzido pela injeção de AH reticu-
ria da qualidade da pele em áreas faciais e Sculptra®, mostrando que a degradação to-
ses de Restylane® Vital intradermicamente, lado, o tratamento de uma área, conforme
extrafaciais como o dorso das mãos, região tal do PLLA dentro de poucos meses pode
na região malar inferior de 19 pacientes do sugerido por Kerscher et al,43 restaura a es-
cervical e colo, nádegas, coxas e braços.50,51 não ocorrer, pelo menos não em todos os

68 69
MAP 4.0 | The Beauty Journey

indivíduos. Reszko et al. confirmaram à mi- III, para o bem documentado aumento de es- Quando injetado no plano subcutâneo super- da pele tratada, dando a impressão de uma
croscopia óptica a presença de PLLA 3 anos pessura dérmica mediado por Sculptra® e a ficial, logo abaixo da derme, o ácido poli-L-lá- pele saudável, jovem e bem preservada. Se-
após a injeção subcutânea em um relato de melhoria da qualidade da pele. Esse efeito di- tico leva a uma melhora na qualidade cutânea, gundo, por atuar na atrofia cutânea resgatan-
caso.55 Esse achado está alinhado com o es- minuiu entre 18 e 24 meses após a injeção.57 que é caracterizada por três sinais. O primeiro do a espessura dérmica e terceiro, pelo trata-
tudo de Stein e permite supor que as partícu- Goldberg et al. investigaram a resposta do te- é uma luminosidade causada pela hidratação mento sequencial da própria flacidez.60
las de PLLA são degradadas de uma maneira cido humano ao PLLA injetado na região retro-
muito mais lenta, mostrando que diferenças auricular de 14 voluntários saudáveis, exami-
metabólicas interindividuais também devem nando a neoformação de colágeno e a reação
ser levadas em consideração e que não está inflamatória local. O nível médio de colágeno
claro se e como alguns indivíduos degradam tipo I aumentou de maneira estatisticamente
o PLLA mais rapidamente que outros. Stein significante aos 3 e 6 meses. Durante o mes-
mostrou ainda, à microscopia ótica, numero- mo período, o nível de aumento do colágeno
sas células gigantes de corpo estranho em tipo III não atingiu significância estatística. Es-
torno de partículas de PLLA birrefringentes, tí- ses aumentos no colágeno tipos I e III ao lon-
picas de uma reação granulomatosa de corpo go de 6 meses também foram observados em
estranho. Em geral, estas reações compreen- mais de 70% dos indivíduos, avaliados pela
dem os seguintes eventos: absorção de pro- análise qualitativa das amostras. A avaliação
teínas do hospedeiro, recrutamento de células histológica da reação inflamatória indicou
e encapsulação fibrótica.56 Stein demonstrou que, aos 3, 6 e 12 meses, nenhum indivíduo
ainda, em biópsias e através da coloração de apresentou inflamação moderada ou grave.58
CD68, abundância de macrófagos e grande
Bohnert et al. concluíram que injeções se-
número de fibroblastos nas proximidades das
quenciais de PLLA podem melhorar a quali-
partículas de PLLA, local onde por imunoflu-
dade da pele, através da avaliação de fato-
orescência se revelou também a deposição
res como hidratação, elasticidade, perda de
substancial de colágeno. A expressão elevada
água transepidérmica, presença de eritema,
de mRNA de TGFβ1 10 meses após a inje-
alteração na pigmentação, tamanho dos po-
ção inicial de PLLA neste estudo pode refletir
ros, brilho e maciez cutânea. Essa melhoria
o acúmulo de PLLA e, portanto, a estimulação
foi hipoteticamente relacionada a neocola-
contínua para síntese colagênica. Além disso,
gênese induzida pelo produto, mas também
constatou-se que fibroblastos estimulados
pelo estímulo de células tronco induzido pela
por PDGF (fator de crescimento derivado de
aplicação, com posterior secreção de fatores
plaquetas) produziram hialuronan, o que pode
de crescimento, regeneração tecidual e reju-
contribuir, juntamente com colágeno tipos I e
venescimento do local tratado.59

70 71
MAP 4.0 | The Beauty Journey

PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS DE SKIN QUALITY


SKIN QUALITY
A partir do exposto ao longo deste capítu- Seguindo os protocolos a seguir, quando é PROTOCOLO DE TRATAMENTO

lo, sobre a melhoria clínica e histológica dos identificado um grau de flacidez moderado Sem flacidez Protocolo Poupança Protocolo
ou perda de contorno de colágeno Sculptra®
parâmetros cutâneos com o uso de ácido com perda de contorno, este quadro dire- Skinboosters™

hialurônico e ácido poli-L-lático, foram pro- ciona a escolha para o uso do Sculptra® ini-
postos três planos de tratamento distintos cialmente, que pode ser seguido pela injeção Desejo
de melhora
Flacidez e perda de
contorno presentes
Protocolo Ainda rugas finas, pequenas
imperfeições, necessidade de
Protocolo
Sculptra® Skinboosters™
para a abordagem e melhoria da qualidade de Restylane® Skinboosters™ após cerca de da qualidade
da pele
melhora qualidade geral

da pele em diferentes perfis de pacientes. 30 a 60 dias para complementar e otimizar o


Flacidez associada a rugas Sculptra® face + Restylane®
tratamento da qualidade de pele minimizan- finas na região periorbitária Skinboosters™ perioral e/ou

Os protocolos de Skin Qualilty englobam a apli- e/ou perioral periorbitário na mesma sessão

do poros abertos, reduzindo a rugosidade,


cação de ácido poli-L-lático e ácido hialurôni-
conferindo hidratação e luminosidade à pele.
co de pequenas partículas com o intuito de
Naquelas situações de ausência de flacidez
melhora da qualidade da pele. Ambos podem
ou flacidez leve, com formação de rugas à
ser injetados numa mesma sessão nas situa- Tabela 1: Protocolo Skin Quality
mímica facial, poros abertos e perda de lumi-
ções em que regiões anatômicas distintas fo-
nosidade, por exemplo, conforme a avaliação
rem tratadas. Para aplicação em uma mesma
médica, é possível lançar mão inicialmente do
área de tratamento, é recomendado respei-
uso do Restylane® Skinboosters™. Posterior-
tar o intervalo de tempo necessário entre as
mente, em um segundo momento, é possível
sessões. O principal parâmetro para escolher
injetar Sculptra® na face com o objetivo de ga-
com qual produto começar o tratamento de
nho adicional de colágeno e tratamento dessa
Skin Quality é a presença da flacidez cutânea.
flacidez leve ou prevenção da flacidez.

72 73
MAP 4.0 | The Beauty Journey

PLANO DE TRATAMENTO 1:
QUANDO COMEÇAR COM RESTYLANE® SKINBOOSTERS™

SEQUÊNCIA TERAPÊUTICA: PERFIL DE PACIENTE:


• Restylane® Skinboosters™ (2 mL): dia 1 • Flacidez facial leve ou ausente
• Restylane® Skinboosters™ (1 mL): • Rugas de “acordeão”ao sorrir e gesticular
30 dias após (Figuras 4 a 9) • Rugas perioculares ao sorrir
• Se necessário, Sculptra® (1 frasco): • Volume facial adequado
30 a 60 dias após a segunda sessão de • Rugas periorais
Restylane® Skinboosters™ (Figura 10) • Paciente que deseja melhorar os critérios
de qualidade de pele, como textura,
luminosidade e poros

Figura 4. Skin Quality - Skinboosters™: áreas de aplicação​

74 75
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Figura 5. Técnica de aplicação: Skin Quality - Skinboosters™ (região periorbitária): Cânula Figura 6. Técnica de aplicação: Skin Quality - Skinboosters™ (região periorbitária): Agulha

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Restylane® Skinboosters™ Vital Light Aplicação em retroinjeção em leque Restylane® Skinboosters™ Vital Light Distribuir o produto na região no
25G lateralmente à borda orbitária do produto sentido da ruga ou transversalmente
a ela em retroinjeções curtas
PONTO DE ENTRADA VOLUME
Região zigomática 0,5 mL de cada lado
PLANO DE APLICAÇÃO PLANO DE APLICAÇÃO
Subcutâneo superficial Derme profunda ou plano subcutâneo
VOLUME COMENTÁRIO
superficial
0,5 mL por lado • Aplicar lateralmente ao rebordo
orbitário lateral
• Não injetar na região da pálpebra
inferior

76 77
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Figura 7. Técnica de aplicação: Skin Quality - Skinboosters™ (região perioral): Cânula Figura 8. Técnica de aplicação: Skin Quality - Skinboosters™ (região perioral): Agulha

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Restylane® Skinboosters™ Vital Light Retroinjeção e leques transversais Restylane® Skinboosters™ Vital Light Distribuir o produto na região no
25G às rugas sentido da ruga ou transversalmente
do produto a ela em retroinjeções curtas
PONTO DE ENTRADA VOLUME
Ponto lateral ao canto dos lábios Atenção à anatomia local para 0,5 – 1 mL Atenção à anatomia local para
PLANO DE APLICAÇÃO segurança no procedimento PLANO DE APLICAÇÃO segurança no procedimento
VOLUME Subcutâneo superficial Derme profunda ou plano subcutâneo
superficial
0,5 - 1 mL

78 79
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Figura 9. Técnica de aplicação: Skin Quality - Skinboosters™ (região submalar) : Cânula

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Restylane® Skinboosters™ Vital ou Retroinjeção em leque
Vital Light 25G

VOLUME PLANO DE APLICAÇÃO


0,5 – 1 mL por lado Subcutâneo superficial

OBSERVAÇÃO:
Caso seja de preferência do médico injetor, a aplicação nesta região pode ser realizada com a agulha do produto. Neste caso
distribuir os pontos de aplicação a cada 1 cm e injetar 0,02 ml por ponto. Aplicação na derme profunda ou plano subcutâneo
superficial. Cuidado para não superficializar.

80 81
MAP 4.0 | The Beauty Journey

PLANO DE TRATAMENTO 2:
QUANDO COMEÇAR COM SCULPTRA®

SEQUÊNCIA TERAPÊUTICA: PERFIL DE PACIENTE:


• Sculptra:® realizar tratamento conforme a • Flacidez leve a moderada
avaliação facial (Figura 10) - áreas, quantida-
• Flacidez ao “pinch test” na região inframalar
de de frascos e sessões de acordo com as
e pré auricular
necessidades do paciente.
• Presença de linhas de compressão (linhas
• Restylane® Vital™ ou Vital Light™: para re-
criadas a partir de força ascendente e incluem
finamento de acordo com a avaliação clínica
elementos de cisalhamento. As principais
(Figuras 4 a 9) - 1 a 2 ml, 30 a 60 dias após
ações que causam essa compressão são:
tratamento concluído com Sculptra®.
dormir de lado, enviar mensagens de texto
com mau alinhamento do pescoço e contato
habitual da mão para o rosto).

Figura 10. Técnica de aplicação: Skin Quality - Sculptra®: Cânula

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Sculptra ®
Retroinjeção em leque
23G/22G
PONTO DE ENTRADA
Pelo ângulo da mandibula, região pré PLANO DE APLICAÇÃO RECOMENDAÇÃO:
auricular ou malar
Subcutâneo superficial Consultar a instrução de uso do produto
para informações sobre indicações, preparo,
VOLUME diluição e manuseio do produto, além dos
cuidados pós-aplicação.
• Mandibular: 1 mL por lado
• Pré-auricular: 1 mL por lado
• Malar: 1 ml por lado
• Em geral 0,1 a 0,2 ml/cm2

OBSERVAÇÃO:
Para a região submalar, caso seja de preferência do médico injetor, a aplicação pode ser realizada com agulha 26G 1/2
em retroinjeções curtas no plano subcutâneo superficial (0,3 a 0,5 ml por lado - 0,02 ml por retroinjeção).
Cuidado para não superficializar.

82 83
MAP 4.0 | The Beauty Journey

PLANO DE TRATAMENTO 3:
QUANDO ASSOCIAR SCULPTRA®
E RESTYLANE® SKINBOOSTERS™ NA MESMA SESSÃO
(EM ÁREAS DIFERENTES)

SEQUÊNCIA TERAPÊUTICA: PERFIL DE PACIENTE:


• Sculptra®: realizar tratamento conforme a • Flacidez leve a moderada
avaliação facial - áreas, quantidade de fras- • Rugas periorais
cos e sessões de acordo com as necessi-
• Rugas perioculares ao sorrir
dades do paciente. (Figura1)
• Presença de linhas de compressão acen-
• Skinboosters™ Vital Light nas regiões pe-
tuadas
rioral e/ou periorbitária. (Figuras 5 a 8) - Se
necessário, planejar sessões subsequen-
tes de acordo com a avaliação clínica do
paciente.

Figura 11. Técnica de aplicação Skin Quality Sculptra® e Skinboosters™

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Sculptra ®
Retroinjeção em leque
23G/22G
PONTO DE ENTRADA
Região zigomática e ângulo da PLANO DE APLICAÇÃO RECOMENDAÇÃO:
mandíbula
Subcutâneo superficial Consultar a instrução de uso do produto
para informações sobre indicações, preparo,
VOLUME diluição e manuseio do produto, além dos
cuidados pós-aplicação.
• Mandibular: 1 mL por lado
• Pré-auricular: 1 mL por lado
• Malar: 1 ml por lado
• Em geral 0,1 a 0,2 ml/cm2

OBSERVAÇÃO:
Para a região submalar, caso seja de preferência do médico injetor, a aplicação pode ser realizada com agulha 26G 1/2
em retroinjeções curtas no plano subcutâneo superficial (0,3 a 0,5 ml por lado - 0,02 ml por retroinjeção).
Cuidado para não superficializar.

84 85
CAPÍTULO 3

HIPERIDROSE - TRATAMENTO
COM TOXINA BOTULÍNICA A
HIPERIDROSE -
TRATAMENTO COM
TOXINA BOTULÍNICA A
Dra. Ana Carla Mesquita
• Médica e Dermatologista pela UNICAMP.
• Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
• Preceptora no Ambulatório de Dermatologia da UNICAMP (2011-2014).
• Consultório Privado em Campinas-SP.
MAP 4.0 | The Beauty Journey

HIPERIDROSE
TRATAMENTO COM TOXINA BOTULÍNICA A

INTRODUÇÃO
A hiperidrose é uma doença dermatológica muito focal e não ocorre durante o sono.1,2
frequente, que tem grande impacto na qualidade
Neste capítulo, vamos fazer uma revisão sobre
de vida. Pode ser primária, em 93% dos casos,
a epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico e
ou secundária, decorrente de outras doenças,
opções de tratamento da hiperidrose, abordan-
condições orgânicas ou uso de medicações.1
do particularmente a hiperidrose primária focal
Em geral, a hiperidrose primária é idiopática, e o seu tratamento com a toxina botulínica A.

EPIDEMIOLOGIA
A hiperidrose é uma condição caracterizada dantes de medicina no Rio de Janeiro, repor-
pela sudorese excessiva, além daquela fisio- tou prevalência de 20,6%.4 De todo modo, é
logicamente necessária para a termorregula- uma doença considerada bastante frequente.
ção do organismo, com impacto na qualida-
Cerca de 93% dos pacientes com hiperidrose
de de vida dos pacientes.1,2
tem a sua forma primária, idiopática.3
Os dados de prevalência da hiperidrose va-
A doença afeta tanto homens, como mulhe-
riam ao redor do mundo, de acordo com a
res, mas as mulheres tendem a buscar mais
população estudada e da metodologia uti-
ajuda médica do que os homens, e se quei-
lizada, sendo de 2 a 38%.1 Dados recentes
xam principalmente de acometimento axilar.
mostram prevalência de 4,8% na população
Esse fato pode levar à impressão equivocada
norte-americana, o que é considerado subes-
de que o problema afeta mais as mulheres.2
timado.3 Um estudo brasileiro realizado em
Os homens, por sua vez, tendem a ter mais a
Botucatu, com 4.033 participantes, mostrou
hiperidrose craniofacial.
prevalência de 0,93%.2 Um outro, com estu-

89
MAP 4.0 | The Beauty Journey

A média de idade de aparecimento da hipe- cência geralmente está relacionado ao acome- A produção de suor é regulada por estrutu- As vias aferentes chegam ao hipotálamo pela
ridrose primária é de 14 a 25 anos. É uma timento das axilas, enquanto na idade adulta ras corticais cerebrais, na região pré- óptica porção lateral da medula espinhal. As vias efe-
condição mais comum entre pessoas com 18 está mais associado à hiperidrose craniofacial.5 do hipotálamo, e pelo sistema nervoso au- rentes saem do córtex cerebral para o hipo-
a 39 anos do que em jovens abaixo de 18 tônomo. Existem receptores térmicos distri- tálamo e medula. Descem pelo corno lateral
As áreas corporais mais afetadas pela hipe-
anos de idade3 e do que em idosos acima de buídos pelo corpo, nos órgãos internos, hi- da medula espinhal, de onde vão para o gân-
ridrose são: axilar 51%, plantar 30%, palmar
65 anos, o que pode representar, neste caso, potálamo, tronco cerebral, medula espinhal glio simpático paravertebral. As fibras amielí-
24% e facial 10%.
regressão espontânea da doença. e pele. nicas tipo C pós-ganglionares, por sua vez,
É comum os pacientes apresentarem mais de inervam as glândulas écrinas, estimulando os
Quando o aparecimento da hiperidrose é na in-
um local de acometimento: 18% têm a forma receptores muscarínicos pós-sinápticos.3
fância, a forma mais comum de apresentação
axilar-palmar e 15% a forma palmoplantar.3
é palmoplantar. O início do quadro na adoles-

ANATOMIA E FISIOLOGIA DA SUDORESE


Existem 3 tipos de glândulas sudoríparas: As glândulas apócrinas são menos numero-
écrina, apócrina e apoécrina. As mais abun- sas do que as écrinas e se tornam ativas na
dantes são as écrinas, relacionadas à hiperi- puberdade. Produzem suor viscoso, rico em
drose primária (Figura 1). proteínas, ácidos graxos, amônia e açúcares,
liberado através de um ducto tubular para a
Há aproximadamente 3 milhões de glându-
região infundibular do folículo piloso.
las sudoríparas écrinas distribuídas por todo
o corpo, em maior quantidade nas palmas, Estão localizadas na região anogenital, peri-
plantas e axilas.3 Não estão presentes nos lá- mamilar e axilar e são invervadas por fibras
bios, mamilos, pequenos lábios, glande e ca- adrenérgicas.
nal auditivo externo, por exemplo.
Não se sabe exatamente sua função, mas,
Elas secretam o suor, hipotônico, claro e sem acredita-se que esteja relacionada à produ-
odor, através de um ducto sudoríparo que de- ção de ferormônios e ao odor corporal.3
semboca diretamente na superfície da pele.
É controversa a existência de glândulas
São inervadas pelo sistema nervoso autôno- apoécrinas, que apresentam características Figura 1. Glândulas sudoríparas
mo simpático, por fibras colinérgicas. Tam- dos outros 2 tipos de glândulas sudoríparas, Adaptado de Hyperhidrosis: symptoms and causes. https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/hyperhidrosis/symptoms-causes/syc-20367152

bém são responsivas a catecolaminas, na su- localizadas principalmente nas regiões axilar
dorese relacionada ao estado emocional. e perianal. São inervadas tanto por fibras co-
linérgicas quanto adrenérgicas.

90 91
MAP 4.0 | The Beauty Journey

FISIOPATOLOGIA Os critérios diagnósticos são:3,5 Dentre as causas potenciais estão:

Pelo menos 6 meses de hiperidrose focal, vi- − linfomas; doenças mieloproliferativas; in-
Não existem alterações do número ou tama- córtex cíngulo anterior e hipotálamo.3 O hipo- fecções crônicas, como tuberculose, ma-
sível, que excede as necessidades termorre-
nho das glândulas écrinas na hiperidrose pri- tálamo receberia estímulos do córtex, mas lária, HIV; hipertireoidismo, diabetes insi-
gulatórias, com pelo menos 2 dos seguintes
mária. A sudorese excessiva decorre de uma não contrabalanceado pelos componentes pidus, acromegalia; insuficiência cardíaca
critérios:
alteração funcional do sistema nervoso au- termorreguladores. Além disso, parece ha- congestiva, endocardite; acidente vascular
tônomo, que leva à hiperexcitabilidade e ao ver aumento da expressão de receptores de • Acometimento preferencialmente de áreas
cerebral, síndrome de Parkinson, entre ou-
estímulo das glândulas sudoríparas écrinas acetilcolina e alfa-7 nicotínicos nos gânglios de maior densidade de glândulas écrinas
tros.
normais.3,6 Outra teoria propõe que haja con- simpáticos, contribuindo para o hiperestímulo (palmas, axilas, plantas, craniofacial);
trole central anormal das emoções. A sudore- do sistema.7 • Bilateral e simétrica; Medicações que podem estar envolvidas:
se emocional é regulada pelo sistema límbico, • Impacto em atividades diárias; − antidepressivos tricíclicos, ansiolíticos, an-
• Ocorrência pelo menos 1 vez por semana; tipsicóticos, inibidores da recaptação de
serotonina, aciclovir, insulina, anti-inflama-
• Início antes dos 25 anos de idade;
TIPOS DE HIPERIDROSE • História familiar positiva;
tórios não esteroides, antieméticos. Uso
de álcool e cocaína também podem levar
A hiperidrose é classificada em primária ou Cerca de 35 a 56% dos pacientes têm histó- • Ausência de sintomas noturnos. à hiperidrose.
secundária. ria familiar positiva, indicando associação ge-
nética. Sugere-se que seja uma doença com Quadros de hiperidrose secundária focal si-
HIPERIDROSE SECUNDÁRIA métrica são a hiperidrose compensatória e a
fenótipo variável, de herança autossômica
HIPERIDROSE PRIMÁRIA dominante, com penetrância incompleta.3 É bem menos frequente do que a forma pri- sudorese gustatória. Quadros assimétricos
A hiperidrose primária é idiopática, focal, bi- mária. Está associada a doenças de base, podem decorrer de tumores, lesões neuroló-
O diagnóstico é clínico, feito por meio da his- como desordens endocrinológicas, metabó- gicas, doenças cutâneas, síndrome de Frey.
lateral e simétrica. Acomete principalmente
tória clínica e exame físico.8 Devem ser excluí- licas, infecciosas, neurológicas, síndromes de
as axilas, palmas, plantas e a região cranio- Quando há sudorese excessiva assimétrica,
das causas de base, de hiperidrose secundá- ansiedade e uso de medicações, por exem-
facial.1,3 unilateral ou generalizada, com sintomas no-
ria. Perguntas como história familiar, idade de plo.3
Dentre os pacientes com hiperidrose, 93% início do quadro, uso de medicações, sudore- turnos, início após os 25 anos de idade e a
têm hiperidrose primária. se no sono, locais de acometimento, padrão A hiperidrose secundária é geralmente gene- ausência de história familiar, a possibilidade de
e frequência da sudorese excessiva auxiliam ralizada, mas pode em alguns casos ser focal hiperidrose secundária deve ser investigada.3,8
Pode ser induzida por fatores emocionais, ati- ou regional. Pode ocorrer durante o sono.3
no diagnóstico. Febre, adenomegalia e outros
vidade física ou estímulos térmicos.
sintomas sugerem causas secundárias.
Algumas condições, como gravidez, meno-
pausa, calor excessivo ou febre3,6 podem le-
var à hiperidrose secundária.

92 93
MAP 4.0 | The Beauty Journey

IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA HIPERIDROSE


A hiperidrose pode afetar as atividades diárias, Um estudo realizado no Brasil, mostrou que PRIMÁRIA
sociais e profissionais. O impacto na qualida- 48% dos participantes com hiperidrose pri-
O tratamento da hiperidrose depende da etio- O tratamento com os anticolinérgicos orais
de de vida pode ser equivalente ao da psoríase mária reportaram qualidade de vida ruim ou
logia, se primária ou secundária, da localiza- (oxibutinina, glicopirrolato, bornaprina) é uma
grave, artrite reumatoide e esclerose múltipla. muito ruim.2
ção, da gravidade, do impacto na qualidade alternativa, quando os métodos tópicos ou
Sentimento de frustração, constrangimento,
O tratamento da hiperidrose primária com to- de vida, da disponibilidade dos métodos te- localizados falharem, principalmente nos ca-
baixa autoestima são frequentes entre os pa-
xina botulínica pode levar à substancial me- rapêuticos e da experiência do médico as- sos de hiperidrose multifocal ou generalizada,
cientes. Depressão e ansiedade ocorrem mais
lhora da qualidade de vida dos afetados.1,9 sistente.10,11 Deve-se iniciar com as terapias em que o uso das terapias localizadas é mais
comumente nos pacientes com hiperidrose do
mais conservadoras, antes de se optar por complicado. Também deve ser tentado antes
que em pessoas sem esse problema3.
métodos mais invasivos ou cirúrgicos. de se indicar a simpatectomia.12,13 A oxibu-
tinina em doses baixas, até 10 mg por dia,
De modo geral, para a hiperidrose focal ou
MÉTODOS QUALITATIVOS PARA AVALIAR O IMPACTO NA mostrou nos estudos melhora da sudorese e
multifocal, a recomendação é iniciar com os
QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM HIPERIDROSE antitranspirantes tópicos, como os sais de alu-
da qualidade de vida dos afetados. O princi-
pal evento adverso é a boca seca,8,12,13 sendo
A escala de gravidade da hiperidrose (HDSS) Escores 3 e 4 indicam hiperidrose grave, es- mínio, em doses progressivas, até se atingir o
descritos também olhos secos, turvação visu-
foi proposta pelo Canadian Hyperhidrosis core 2, moderada e 1 indica ausência de hi- controle da sudorese com adequada tolerabi-
al, tontura, constipação intestinal. Os eventos
Advisory Committee.6 A escala ajuda na pro- peridrose. Estima- se que uma melhora de 2 lidade. São considerados efetivos, com razo-
adversos são dependentes da dose e alguns
posta e avaliação do sucesso da terapêutica pontos represente redução de cerca de 80% ável perfil de tolerabilidade. Apresentam como
autores propõem iniciar com doses baixas, e
instituída. da sudorese.3 principal evento adverso a irritação cutânea
aumentá-las progressivamente ao longo de 6
local.12 Estudos mostraram redução de 50 a
semanas, para elevar a tolerabilidade dos pa-
Como você classificaria a gravidade da sua hiperidrose? 60% da sudorese após 4 semanas de uso.10,11
cientes.7,13
Devem ser aplicados na pele seca, à noite, de-
Minha transpiração nunca é perceptível e não interfere nas minhas atividades diárias 1
vendo permanecer na pele por 6 a 8 horas.12 Para hiperidrose axilar, é descrito também
Minha transpiração é tolerável, mas às vezes interfere nas minhas atividades diárias 2
como opção terapêutica o uso de tecnologias
Minha transpiração é quase insuportável e frequentemente interfere em minhas atividades diárias 3 A toxina botulínica A é considerada como se-
de microondas, ultrassom ou radiofrequência,
Minha transpiração é insuportável e sempre interfere nas minhas atividades diárias 4 gunda linha de tratamento para a hiperidrose
sempre levando em consideração o custo-be-
axilar primária, quando a terapia tópica não foi
Pontuação: 1 - leve, 2 - moderada, 3 e 4 - grave
nefício. Os métodos cirúrgicos locais podem
suficiente para os resultados satisfatórios.10
ser indicados, como excisão, curetagem, li-
Tabela 1. Escala de Gravidade da Hiperidrose6
Para a hiperidrose palmar primária, se os an- possucção, de acordo com a experiência do
Adaptado de Solish et al.6
titranspirantes tópicos não forem suficientes, médico, considerando os possíveis efeitos
a iontoforese é a segunda linha de tratamento colaterais, a morbidade e risco de cicatrizes.
e, em caso de falha, a toxina botulínica pode
ser indicada.10,11

94 95
MAP 4.0 | The Beauty Journey

A simpatectomia transtorácica endoscópica


é o último recurso terapêutico, efetiva em 68
ocorre em 98% dos casos, em diferentes in-
tensidades. Se incomodar o paciente, pode
TOXINA BOTULÍNICA PARA TRATAMENTO DA
a 100% dos casos, com índice de satisfação ser tratada com toxina botulínica local e uso HIPERIDROSE PRIMÁRIA
que diminui com o passar do tempo, sen- de anticolinérgicos.11
do de 67 a 93%. A sudorese compensatória MECANISMO DE AÇÃO de toxina botulínica tipo A. São medicamen-
tos biológicos, diferentes entre si em pesos
A toxina botulínica é a toxina bacteriana mais
moleculares, envoltórios proteicos, formas de
Palmar Plantar Axilar Craniofacial Generalizada letal na natureza, produzida pelo Clostridium
armazenamento, de preparo, doses e com-
botulinum, bactéria anaeróbica, Gram positi-
Antitranspirantes tópicos portamento farmacocinético. Portanto, suas
va, produtora de esporos. Existem 7 soroti-
Iontoforese com água não mineral unidades são específicas para cada prepara-
pos de toxina botulínica,1 sendo que as pre-
ção e não são intercambiáveis.14
Iontoforese com meio suplementado parações comerciais disponíveis no Brasil são
Aplicação de toxina botulínica
Dysport® é uma toxina botulínica A, com peso molecular de cerca de 500 kDa, com qua-
Medicação Oral
se 30 anos de história, desde seu lançamento no Reino Unido.15 É apresentado como
Dispositivos médicos: pó liofilizado, em frascos de 300 ou 500 unidades (unidades Speywood ou de Dysport®).
Microondas, Ultrassom,
Laser, Radiofrequência Os excipientes são solução de albumina humana 20% e lactose. Tem indicação em bula
para o tratamento da hiperidrose axilar e palmar em adultos.14
Procedimentos
Cirúrgicos Locais
A toxina botulínica bloqueia a inervação co- mente a proteína SNAP 25 (synaptosomal
Simpatectomia linérgica nas junções neuromusculares e a associated protein de 25 kD), impedindo a
Tabela 2: Opções de tratamento para pacientes com hiperidrose
inervação autonômica simpática para as glân- transmissão colinérgica para os receptores
dulas sudoríparas, salivares e lacrimais. Essa pós-ganglionares das glândulas sudoríparas
Adaptado de Nawrocki S, Cha J.11
ação se dá pelo bloqueio da exocitose das écrinas. (figuras 2 e 3) Esse efeito é reversí-
vesículas de acetilcolina (ACh) na terminação vel, havendo retorno funcional da condução
pré-sináptica, por clivagem de proteínas do na junção neurossecretora, através de novos
complexo SNARE (N ethylmaleimide-sensi- brotamentos axonais, aumento dos recepto-
tive factor attachment protein receptors). A res de acetilcolina e regeneração das junções
toxina botulínica do tipo A cliva especifica- sinápticas.11

96 97
MAP 4.0 | The Beauty Journey

O tratamento da hiperidrose primária focal EVENTOS ADVERSOS


com toxina botulínica é seguro, efetivo e com
Dentre os eventos adversos estão dor, equi-
alto índice de satisfação dos pacientes.1,10,16
moses, cefaleia e hiperidrose compensatória,
A satisfação com o tratamento é frequente-
que pode ocorrer em até 5% dos casos.
mente maior com o uso da toxina botulínica
do que com outros métodos de tratamento O evento adverso mais comum é a dor re-
não cirúrgicos. No tratamento da hiperidrose lacionada à injeção, principalmente no trata-
axilar, o índice de satisfação dos pacientes va- mento das palmas.1,9,14 Ela pode ser controla-
ria de 66 a 100%.1 da com uso de métodos anestésicos, como
crioanalgesia, anestesia vibratória, anestési-
CONTRAINDICAÇÕES cos tópicos e bloqueios dos nervos mediano,
ulnar e radial.9 No tratamento da hiperidrose
As contraindicações ao uso de toxina botu-
palmar também pode ocorrer fraqueza mus-
línica são alergia a algum dos componentes
Figura 2. Mecanismo de ação: internalização da toxina botulínica e bloqueio da liberação de ACh pelo neurônio simpático
cular transitória, descrita em 6 a 77% dos
da formulação, gravidez e lactação. Não é re-
pacientes, dependendo da dose e técnica
Adaptado de Kreyden OP, Scheidegger EP. Anatomy of the sweat glands, pharmacology of botulinum toxin, and distinctive syndromes associated with hyperhidrosis. Clin Dermatol. 2004 comendável o uso em casos de infecção no
Jan-Feb;22(1):40-4. de aplicação. Tem duração média de 24- 72
local da injeção, doenças neuromusculares,
horas, podendo persistir por até 2 semanas.
como miastenia gravis e síndrome de Eaton-
Geralmente, a força do punho é mantida, ha-
-Lambert. Atenção especial deve ser dada
vendo fraqueza na máxima oposição dos de-
quando há uso concomitante de medicações
dos.9 Outro evento adverso temporário é a
que podem modificar o metabolismo da toxi-
dor local, que pode durar 1 a 2 dias. Eventual
na botulínica, como inibidores da colinestera-
ressecamento das mãos pode ser contorna-
se, antibióticos aminoglicosídeos ou bloque-
do com o uso de hidratantes.1,9
adores de canal de cálcio.1

Figura 3. Clivagem das proteínas do Complexo SNARE pelos diferentes tipos de toxina botulínica

Adaptado de Lim ECH, Seet RCS, Chow A, et al. Topical botulinum toxin to treat hyperhidrosis? No sweat! Med Hypotheses 2006; 67: 27–32.

98 99
MAP 4.0 | The Beauty Journey

EFICÁCIA Estudo duplo-cego, comparativo de Dysport® TESTE DE MINOR Passo a passo:


com outra toxina botulínica para o tratamen-
O tratamento da hiperidrose axilar com toxi- Teste iodo-amido, para delimitar a área de su- 1. Limpeza da região
to da hiperidrose palmar, com 36 pacientes,
na botulínica tem ótimos resultados, com boa dorese,18 principalmente na hiperidrose axilar, 2. Secagem da pele da área com gaze, 15
mostrou que o tratamento com 200 U de
eficácia na redução da sudorese e alto índice em que a sudorese pode ultrapassar a região minutos antes da realização do teste
Dysport® (200 unidades Speywood) foi mais
de satisfação dos pacientes. Em ensaio clíni- de pelos da axila. Na hiperidrose palmar, de
potente para reduzir a sudorese do que 100 3. Aplicação da tintura de iodo
co com Dysport®, 98% dos participantes dis- modo geral, toda a palma apresenta sudorese.3
unidades da outra toxina. A eficácia foi avalia- 4. Aplicação do amido, com ajuda de uma
seram que recomendariam o tratamento para
da após 1 mês da aplicação, por meio do teste Pode ser usado também para a avaliação gaze ou peneira pequena
outras pessoas17. De modo geral, a duração
de Minor (iodo- amido).20 qualitativa do resultado do tratamento.
do efeito é maior do que no tratamento das 5. Aguardar alguns minutos. A região de
linhas hiperdinâmicas da face, persistindo por Sugere-se fazer a documentação fotográfica sudorese terá coloração azul escura ou
6 a 10 meses.1,11 PROCEDIMENTO do teste de Minor. roxa.
Em um estudo retrospectivo com 117 parti- − Termo de consentimento
cipantes,19 avaliados por um período de 17 − Delimitação da área de hiperidrose - teste
anos, 62% dos pacientes apresentaram au- de Minor
mento da duração do efeito da toxina botulí-
− Fotografia
nica no tratamento da hiperidrose axilar com
as sucessivas aplicações, mostrando perfil de − Anestésico tópico
segurança e eficácia sustentada no longo pra- − Limpeza, antissepsia
zo. Esse dado é consistente com o demons- − Marcação dos pontos
trado em outras publicações científicas.10,14

Figura 4: Materiais necessários - Teste de Minor

100 101
MAP 4.0 | The Beauty Journey

HIPERIDROSE AXILAR O número de pontos pode variar de acordo


com o tamanho da área de hiperidrose de
• Dose recomendada: 100 s.U*, podendo cada paciente.
chegar a 200 s.U* por axila14,17 (40 a 80 uni-
A dose pode ser ajustada nas aplicações
dades volumétricas)
subsequentes, conforme o resultado de efi-
• Distribuição dos pontos a cada 1,5 cm
cácia obtido.
De modo geral: *s.U: unidades Speywood.

• Cerca de 10 a 20 pontos14,18
• Unidades por ponto: de 5 a 10 s.U* (2 a 4
unidades volumétricas)
• Aplicação intradérmica - junção dermoepi-
dérmica1

Figura 5: Pontos de aplicação da toxina botulínica A na axila

PRODUTO PLANO DE APLICAÇÃO


Dysport® (Toxina Botulínica A) Intradérmico

VOLUME
100 a 200 s.U* (40 a 80 U**) por axila
Cerca de 10 a 20 pontos
5 a 10 s.U* (2 a 4 U**) por ponto

*s.U: unidades Speywood. ** U: unidades volumétricas.


As unidades de toxina botulínica são específicas para cada preparação e não são intercambiáveis.

102 103
MAP 4.0 | The Beauty Journey

HIPERIDROSE PALMAR O número de pontos pode variar de acordo


com o tamanho da área de hiperidrose de
A dose necessária é geralmente maior do que cada paciente.
a usada para a hiperidrose axilar.1,11
A dose pode ser ajustada nas aplicações
Alguns autores recomendam, no primeiro subsequentes, conforme o resultado de efi-
tratamento do paciente, tratar inicialmente a cácia obtido.14
mão não dominante, e após algumas sema-
nas, a mão dominante. Desta forma, alguns
ajustes podem ser feitos após a avaliação da
resposta à terapia inicial.9
• Dose recomendada: 120 s.U* a 250 s.U* por
palma14 (48 a 100 unidades volumétricas)
• Distribuição dos pontos a cada 1,5 cm

De modo geral:

• Cerca de 6 a 25 pontos por palma14


• Unidades por ponto: 5 a 10 s.U* (2 a 4 uni-
dades volumétricas)
• 2- 3 pontos de aplicação nos dedos- con-
siderar 2 a 3 pontos nas falanges distais,
porque é uma área que costuma incomo- Figura 6: Pontos de aplicação da toxina botulínica A nas mãos
dar os pacientes9
• Aplicação intradérmica- junção dermoepi- PRODUTO PLANO DE APLICAÇÃO
dérmica1 Dysport® (Toxina Botulínica A) Intradérmico

VOLUME
120 a 250 s.U* (48 a 100 U**) por palma
Cerca de 6 a 25 pontos por palma
5 a 10 s.U* (2 a 4 U**)

Distribuição dos pontos a cada 1,5 cm

*s.U: unidades Speywood. ** U: unidades volumétricas.


As unidades de toxina botulínica são específicas para cada preparação e não são intercambiáveis.

104 105
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Considerar métodos anestésicos para maior conforto do paciente:9,11,14,21


RECONSTITUIÇÃO DO DYSPORT®
1. Anestésico tópico ocluído com plástico; 4. Combinação de anestesia vibratória com
2. Anestesia vibratória: uso de massagea- crioanestesia; Frasco de 500 s.U* - reconstituído Seringas de 0,3 mL ou 0,5 mL -
dores na superfície volar e palmar (cobrir 5. Bloqueios nervosos são gold standard, em 2 mL de soro fisiológico. gradação a cada 0,01 mL - cada
com luva para proteção de contato; mas, as opções anteriores têm ganhado Para cada 0,01 mL, teremos 2,5 s.U*. 0,01 mL, o risquinho da seringa,chamado
preferência. de unidade volumétrica.
3. Crioanestesia: com uso de bexigas de
gelo e pressão local; trocar com fre-
Frasco de 500 s.U* - reconstituído Seringas de 1 mL, com gradação
quência à medida que for derretendo,
em 4 mL de soro fisiológico. a cada 0,02 mL - cada 0,02 mL, o
para manter a baixa temperatura. Man-
Para cada 0,02 mL, teremos 2,5 s.U*. risquinho da seringa, chamado de
ter no local por 7 a 10 segundos antes
unidade volumétrica.
da injeção;

Frasco de 300 s.U* - reconstituído em Seringas de 0,3 mL ou 0,5 mL -


1,2 mL de soro fisiológico. gradação a cada 0,01 mL- cada 0,01 mL,
Para cada 0,01 mL, teremos 2,5 s.U*. o risquinho da seringa, chamado
de unidade volumétrica.

Frasco de 300 s.U* - reconstituído Seringas de 1 mL, com gradação


em 2,4 mL de soro fisiológico. a cada 0,02 mL - cada 0,02 mL, o
Consultar informações A reaplicação não deve Para cada 0,02 mL, teremos 2,5 s.U*. risquinho da seringa, chamado de
unidade volumétrica.
na bula do ser feita antes de
medicamento. 3 meses14

CONCLUSÃO
A hiperidrose é uma doença dermatológica vidade, impacto na qualidade de vida e dis-
prevalente, que pode ter significativo impacto ponibilidade do método.
na qualidade de vida dos pacientes, podendo
O tratamento da hiperidrose primária focal
levar a considerável constrangimento, afetan-
com toxina botulínica A demonstrou perfil de
do a vida social e profissional.
eficácia e segurança favoráveis, amplamente
Há diferentes opções de tratamento, que de- utilizado em caso de falha das estratégias te-
vem ser escolhidos de acordo com tipo, gra- rapêuticas tópicas.11

106 107
CAPÍTULO 4
SIGNATURE TECHNIQUES

SIGNATURE TECHNIQUES
MAP 4.0 | The Beauty Journey

FIRM & LYFT ™ Alterações ósseas que ocorrem progressiva-


mente no processo de envelhecimento tem
No processo de envelhecimento da pele, a es-
pessura da derme diminui em consequência
importante papel no aparecimento dos sinais de alterações estruturais das fibras coláge-
clínicos de perda de projeção, acentuação de nas, elásticas e da substância fundamental.15
sulcos e ptose da face.7,11 Alterações no con- Há um balanço negativo do metabolismo do
INTRODUÇÃO torno da órbita, com perdas nas regiões su- colágeno, com redução na síntese e aumento
A técnica Firm & Lyft™ combina a aplicação dos contornos faciais, decorrente do bioestí- peromediais e inferolaterais; alargamento da de sua degradação pelas metaloproteinases.
do ácido poli-L-lático Sculptra®, bioestimula- mulo de colágeno pelo ácido poli-L-lático,1-4 abertura piriforme;12,13 perdas maxilares, que O conteúdo de colágeno é reduzido em cerca
dor de colágeno, com ácido hialurônico de é combinado com o efeito de volumização e levam a uma retrusão do terço médio; reab- de 1% ao ano a partir dos 30 anos de idade.
alta capacidade de elevação tecidual (alto G elevação teciduais, imediatos, dado pelo áci- sorção anterior do zigoma, remodelação pos- As fibras elásticas diminuem em quantidade
prime – G’) Restylane® Lyft™ ou Restylane® do hialurônico de alta firmeza.5,6 terior e inferior do arco zigomático; redução e ficam mais delgadas. Há progressiva redu-
Defyne™, em uma mesma sessão de trata- do ramo e altura da mandíbula, com aumento ção da quantidade de mucopolissacarideos
Compreender o processo de envelhecimento do seu ângulo; mento mais anterior, oblíquo da substância fundamental, especialmente o
mento facial global.
facial é crucial para um melhor planejamento e curto, são algumas das mudanças ósseas ácido hialurônico. Estas mudanças influen-
Esta associação de 2 produtos únicos, com estratégico do tratamento, permitindo abor- faciais, contribuindo para que o rosto adquira ciam negativamente no turgor da pele.10,16,17
mecanismos de ação diferentes, proporciona dagem precoce e associando diferentes ca- um aspecto mais côncavo na visão de per-
uma sinergia de efeitos para melhora dos con- tegorias de produtos, para otimização dos A hipoderme se afina progressivamente no
fil.7,12,13
tornos e proporções faciais. O efeito gradual, resultados. envelhecimento, em situações de emagreci-
duradouro e natural de melhora da firmeza e Os coxins adiposos superficiais e profundos mento e atividades esportivas de alta perfor-
sofrem deflação, levando à perda de tran- mance, contribuindo para a flacidez. Os pa-
sições suaves entre uma região da face e cientes ao palparem a pele, a sentem mais
outra, reduzindo as convexidades da face e fina e mais flácida.
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO FACIAL aumentando sombras. Pela perda de sus-
tentação, algumas regiões deslizam sobre as
Sabe-se que o processo de envelhecimen- ra estratégica, abordando prioritariamen-
outras, contribuindo para aparecimento de
to ocorre nas diferentes camadas da face: te as áreas que são pilares ou ou que tem
sulcos, como os nasojugais, nasolabiais e o
ossos, coxins adiposos, músculos e pele.7 impacto importante em outras áreas da face,
surgimento dos jowls.14
Embora aconteça em ritmo variável nos indi- além de permitir o tratamento precoce dos
víduos, de acordo com características gené- sinais do envelhecimento. Desta forma, ob-
ticas, constitucionais, estruturais da face e de tém-se resultados bonitos e naturais, para o
estilo de vida, o conjunto de alterações pro- “envelhecer bem”.10
gressivas do envelhecimento do rosto é cada
vez melhor conhecido.8,9 Esta compreensão
permite planejar os tratamentos de manei-

110 111
MAP 4.0 | The Beauty Journey

SCULPTRA® - ÁCIDO POLI-L-LÁTICO INJETÁVEL RESTYLANE® - GEL DE ÁCIDO HIALURÔNICO


É um polímero sintético bioestimulador de Estes dados foram corroborados no estudo Os géis de ácido hialurônico (AH) são os pro- utilizaram volume menor de produto em rela-
colágeno, cujos efeitos decorrem do estímu- de Stein e cols,4 que avaliou o estímulo de dutos mais utilizados para os preenchimentos ção ao tratamento inicial.5,22
lo de uma resposta inflamatória controlada, colágeno após a injeção de PLLA, com bióp- faciais. São biocompatíveis, seguros e efeti-
São géis com alto G’, portanto, com gran-
subclínica, que culmina com a deposição de sias da pele dos braços, sítio de tratamento vos na correção de sulcos, reposição de vo-
de capacidade de elevação tecidual, espe-
colágeno no tecido.18 Ao ser injetado, leva das participantes. Foi demonstrado aumento lume e melhora das proporções faciais.
cialmente o Restylane® Lyft™. Apresenta in-
ao recrutamento de monócitos, macrófagos da expressão gênica de colágeno precoce-
Os géis da tecnologia NASHA® (Non Animal tegração tecidual focal, permanece no local
e fibroblastos. Uma cápsula é formada em mente, 2 semanas após a primeira aplicação,
Stabilized Hyaluronic Acid) são usados cli- onde foi aplicado.
torno de cada microesfera individualmente. e sustentada, até 10 meses após a última
nicamente há 20 anos, com satisfação dos
À medida que o ácido poli-L-lático (PLLA) é aplicação (foram realizadas 4 sessões, com Os géis OBT™ (Optimal Balance Technology)
pacientes e resultados respaldados por vasta
metabolizado, permanece a deposição de intervalo de 3 meses entre elas). são géis mais suaves e flexíveis. Foram estu-
literatura científica.21
novo colágeno, com consequente aumento dados em diferentes áreas e tratamentos fa-
O ácido poli-L-lático é degradado por hidró-
da espessura tecidual.19 Não há evidência de Estudos clínicos mostram que os efeitos da ciais,23 mostrando duração de até 18 meses
lise, seguida pelo processo de oxidação do
fibrose residual. aplicação de Restylane® podem ser mantidos nos tratamentos globais da face.24 Restylane®
ácido lático, que por sua vez é convertido
por até 36 meses, com 2 retratamentos, que Defyne™ é o gel com maior G’ na linha OBT™.
Este processo começa 10 dias após a apli- em ácido pirúvico. Na presença da acetilco-
cação, aumentando progressivamente até 12 enzima A, ocorre liberação de CO2 e, conse-
meses. quentemente, decomposição em citrato, que

Goldberg e cols3 investigaram a resposta te-


é incorporado ao ciclo de Krebs e resulta na
formação de CO2 e água, com eliminação
AVALIAÇÃO FACIAL
cidual humana ao PLLA injetável, por meio da
através da urina, fezes e respiração.10 É uma etapa fundamental do tratamento es- Deve-se observar o rosto de maneira tridi-
avaliação da formação de colágeno e da re-
tético facial, que permite a identificação das mensional, para que se possa avaliar se a
ação inflamatória. O nível médio de colágeno No sexto mês, muitas partículas de ácido
necessidades de cada paciente, para estabe- correção de uma determinada área pode ter
do tipo I teve um aumento significativo aos poli-L-lático tornam-se porosas e circunda-
lecer as prioridades e planejar a abordagem.8 impacto sobre outra.
três e seis meses em relação ao basal. A ava- das por macrófagos. É totalmente eliminado
liação histológica da inflamação indicou que do organismo em aproximadamente 18 me- Envolve avaliação no repouso e na movimen- A maioria das pessoas tende a perder volume
nenhum participante apresentou inflamação ses.20 tação facial, em diferentes ângulos, obser- em todas as camadas estruturais, e por isso
moderada ou grave nas análises de três, seis vando áreas de sombras, depressões e sul- toda a face pode ser abordada, para que o
e 12 meses.3 cos. A palpação é importante, porque ajuda tratamento tenha resultado mais satisfatório,
na identificação das áreas de maior atrofia e natural e sutil.
de flacidez.

112 113
MAP 4.0 | The Beauty Journey

PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO FIRM & LYFT™ A moldura da face tem outro importante pi-
lar, que é a região mandibular, cujo tratamen-
• Pacientes que têm indicação de tratamen-
to facial global, para melhora de contornos
Sabe-se da importância da volumização e re- Os ligamentos faciais mais importantes estão to em seu ângulo e linha é fundamental para e flacidez,10 portanto, com indicação para
posicionamento do terço médio do rosto nos localizados em uma linha lateral à rima lateral melhorar o contorno facial.9 Sculptra®, e que desejam ter algum resul-
tratamentos de rejuvenescimento e embele- da órbita, que se estende da região temporal tado imediato.
Estes conceitos embasam o tratamento facial
zamento faciais. A sustentação desta região até a mandíbula, chamada de linha dos liga- • Pacientes com perda de volume na região
global com a técnica Firm & Lyft™.
impacta positivamente no terço inferior, con- mentos. As camadas faciais estão dispostas malar e que desejam iniciar tratamento pre-
tribuindo para melhora do contorno facial.25,26 de maneira obliqua medialmente a esta linha, Indicações da técnica Firm & Lyft™: ventivo para flacidez da pele.
enquanto que são paralelas lateralmente a
De fato, a região zigomática pode ser consi-
ela. Esta diferença implica em resultados par-
derada um dos pilares de sustentação facial.9
ticulares dos tratamentos destas áreas. In-
A perda de projeção desta área contribui
jeções anteriores à linha dos ligamentos no
TÉCNICA FIRM & LYFT™
para a ptose do terço médio. Cotofana e cols
terço médio levam a maior projeção, já aplica- A sessão consiste em 2 etapas:
mostraram, em estudo recente, que não há
ções posteriores a ela, levam a efeito de lifting
queda ou deslocamento dos coxins adiposos 1. Aplicação de Sculptra® na região poste- lane® Defyne™ nas regiões malar, zigo-
das regiões inferiores do rosto.28
profundos do terço médio no envelhecimen- rior da face, a “moldura” do rosto: regiões mática e fossa canina
to, corroborando o benefício dos tratamentos As regiões posteriores compõem a moldura temporal, pré- auricular e linha mandibu-
com preenchedores, em planos profundos do rosto. A abordagem desta moldura, em lar posterior
desta região, em melhorar a projeção anterior termos de reposição de volume e melhora da
2. Aplicação de Restylane® Lyft™ ou Resty-
e promover efeito lifting das regiões inferio- firmeza da pele, contribui para tracionar, pos-
res.26 teriormente e superiormente, as regiões me-
diais e as mais inferiores.
O uso de preenchedores é importante para
valorizar a estrutura desta área. O ácido A região temporal sofre perda de volume no
hialurônico de G prime alto (alta firmeza), por processo de envelhecimento, decorrente de
PASSO 1: APLICAÇÃO DE SCULPTRA® PASSO 2: MASSAGEM VIGOROSA LOGO
sua alta capacidade de elevação tecidual, flacidez da pele, atrofia muscular e alterações APÓS A APLICAÇÃO DE SCULPTRA®
promove efeito lifting e definição da região.9 nos coxins profundos e superficiais e, portan- Reconstituição do Sculptra® (sugestão de uso de clorexedine degermante
Outro pilar importante é a região da abertura to, é importante na abordagem facial global.29 para ajudar a deslizar)
piriforme, por isso a correção da depressão 8 mL 2 mL
A região pré-auricular, que possui apenas lidocaína sem 10 mL Orientar massagem em casa, 5x ao dia, por
desta área é fundamental nos tratamentos fa- SWFI* 24 - 72h vasoconstritor
coxins adiposos superficiais, também sofre 5 dias, evitando massagear o local de aplica-
ciais globais.
redução volumétrica com o envelhecimento, ção do preenchedor de AH.
*Água estéril para injeção
Cotofana e cols27 propuseram o conceito do pela atrofia dos compartimentos de gordura
arranjo da face em camadas e sua importân- e flacidez da pele. PASSO 3: APLICAÇÃO DE RESTYLANE®
cia para procedimentos seguros e efetivos. LYFT™ OU RESTYLANE® DEFYNE™

114 115
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Sculptra®
Moldura do rosto - FIRM

Restylane®
LyftTM ou Restylane®
DefyneTM
Região malar para
sustentação da face - LYFT

Figura 1. Áreas de aplicação Firm & Lyft™ (Sculptra® e Restylane® Lyft™ ou Restylane® Defyne™)

116 117
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Figura 2. Técnica de aplicação Firm & Lyft™ Sculptra® Figura 3. Técnica de aplicação Firm & Lyft™ ou Restylane® Defyne™

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Sculptra® Retroinjeção em leque Restylane® Lyft™ ou Restylane® Aplicação em bolus
22G Defyne™ do produto
PONTO DE ENTRADA Atenção com artéria zigomático-
PLANO DE APLICAÇÃO Atenção em interromper a VOLUME facial e forame infraorbitário.
• Região zigomática PLANO DE APLICAÇÃO
injeção chegando próximo do 0,1-0,2 mL por ponto
• Região do pré-jowl Subcutâneo superficial orifício de entrada, para evitar Supraperiostal
acúmulo do produto nesta área
VOLUME
• Região temporal - 0,5 a 1,5 mL do
produto por lado ​
• Região pré- auricular - 1,5 a 2,5
mL do produto por lado ​
• Linha mandibular posterior - 1,5 a
2,5 mL do produto por lado
RECOMENDAÇÕES
• Injeção sempre lenta, cuidadosa • Atenção principalmente nas regiões da fossa canina, em
RECOMENDAÇÕES • Manobra de refluxo antes de cada injeção que a artéria facial é mais superficial, localizada no sub-
cutâneo. Na região do forame infraorbitário, na região malar
• Não aplicar na região do arco zigomático, onde será injeta- • Meio frasco de Sculptra por lado
®
• Considerar a anatomia facial da região, posicionamento medial, cerca de 8mm abaixo do rebordo orbitário inferior,
do o preenchedor de AH. e profundidade dos vasos. na direção do limbo medial. Nas regiões zigomáticas mais
• Reconstituição do Sculptra®: 8 mL de água estéril para inje-
• Marcação das regiões de tratamento, a 90o: região tempo- táveis, deixando hidratar por 24 a 72 horas. Imediatamente • Volume utilizado depende da necessidade de cada pacien- laterais da face, os vasos zigomáticofaciais e artéria trans-
ral, pré auricular e linha mandibular posterior antes da injeção, acrescentar 2 mL de lidocaína 2% sem te, tamanho da área, grau de perda volumétrica ou grau de versa da face.
• Antissepsia e assepsia do rosto todo vasoconstritor. Volume final da suspensão: 10 mL10 ptose do terço médio: varia de 1 a 2 mL por tratamento.

118 119
MAP 4.0 | The Beauty Journey

QUANTIDADE RECOMENDADA: Na reavaliação em 30 a 45 dias:


• Sculptra®, 1 frasco (meio frasco por lado • Restylane® Lyft™ ou Restylane® Defyne™: 1. Volumização e suporte malar adequados, com boa melhora da flacidez da pele:
da face) 1 a 2 mL (0,5 a 1 mL por lado da face) Manutenção do tratamento anualmente.
2. Volumização e suporte malar adequados, com incompleta melhora da flacidez da pele:
Planejamento de sessões adicionais de Sculptra®, a cada 30-45 dias, de acordo com a necessidade.
SUSTENTAÇÃO 3. Volumização e suporte malares ainda insuficientes, com flacidez ainda evidente:
ESCOLHA DO PREENCHEDOR Ácido Hialurônico de Alto G' Planejamento de outra sessão de Firm & Lyft™, (em 30-45 dias)
DE ÁCIDO HIALURÔNICO:
4. Volumização e suporte malares ainda insuficientes, com adequada melhora da flacidez:
Caso o paciente tenha pele muito fina, COBERTURA TECIDUAL
Planejamento de nova sessão de preenchimento, de acordo com a necessidade do paciente
com delgada cobertura de partes moles,
utilizar o Restylane® Defyne™ no lugar
do Restylane® Lyft™. Boa cobertura Pouca cobertura
tecidual tecidual
FIRM & LYFT™
Restylane® Defyne™ é da tecnologia OBT™,
gel de ácido hialurônico com mais flexibidade
PROTOCOLO DE TRATAMENTO
e integração tecidual mais suave.6 Restylane® Restylane®
Lyft™ Defyne™ COMO PLANEJAR AS DEMAIS SESSÕES?

Suporte malar adequado com a primeira sessão?


CUIDADOS PÓS- PROCEDIMENTO:
Massagem local, 5x ao dia, por 5 dias. Orientar o paciente a não massagear a região Planejar demais sessões
Sim Não
malar/ zigomática (área da aplicação do pre- de preenchimento
enchedor de ácido hialurônico).
Resposta adequada Flacidez ainda Boa resposta
flacidez
PLANO DE TRATAMENTO evidente flacidez

Firm & Lyft™ Seguir com


FIRM & LYFT™ Sim Não
após 30-45 dias preenchimento
PROTOCOLO DE TRATAMENTO conforme indicação

1ª SESSÃO
Manutenção Planejamento demais sessões Sculptra®
a cada 12 meses a cada 30-45 dias (panfacial ou lateral,
1-2 ml DE RESTYLANE® LYFT™ dependendo da necessidade)
1 FRASCO DE SCULPTRA®
Ancoragem e suporte
Região lateral face
na região malar e zigomática

120 121
MAP 4.0 | The Beauty Journey

RELAX & REFRESH Escritores dizem, ao longo da história, que os


olhos são a janela da alma. De fato, a região
por levar a um enfraquecimento temporário e
reversível da musculatura tratada. Mas, isola-
periocular é uma das mais importantes para damente, não trata a perda de estrutura de
a nossa aparência. É também uma das que partes moles associada ao envelhecimento.18
mais sofrem com o envelhecimento intrínseco
INTRODUÇÃO e extrínseco, exposição a fatores externos,
Particularmente nas regiões perioral e perior-
bitária, que são de grande expressividade, é
O envelhecimento da face é um processo através de receptores chamados de integri- como a radiação ultravioleta, e consequen-
recomendável utilizar a menor dose possível
que acomete todas as suas camadas- ossos, nas, leva a um aumento da tensão mecânica te perda de volume e alteração na textura da
de toxina botulínica, para atingir o efeito de-
coxins adiposos, músculos e pele em ritmo no citoesqueleto dos fibroblastos, que ativa a pele.10 Da mesma maneira, os tratamentos
sejado, sem comprometer a função destas
diferente em cada indivíduo, de acordo com produção de componentes da matriz extra- desta área têm grande impacto na beleza do
áreas, permitindo manter a naturalidade das
características genéticas, constitucionais e celular. O colágeno fragmentado não é capaz rosto.
expressões, importante para resultados agra-
de hábitos de vida.1-3 de prover o suporte adequado para a ativida-
Os lábios são importantes componentes fa- dáveis e bonitos.10,14,15,19
de plena dos fibroblastos.7,8
Há perda de volume tecidual em todos esses ciais na interação social e afetiva, ao falar,
Além disso, associar gel de ácido hialurônico
planos.2,3 A derme perde volume e elasticida- Paralelamente às alterações cutâneas, con- sorrir e beijar. São considerados tão expres-
como um tratamento de campo, para melho-
de, com redução de suporte de glicosamino- trações musculares repetidas e crônicas, al- sivos quanto os olhos, podendo transmitir di-
rar a estrutura e qualidade da pele, contribui
glicanos, proteoglicanos, fibras colágenas e terações do tônus muscular dinâmico e no versas emoções como, tranquilidade, ansie-
para resultados mais seguros e satisfatórios,
elásticas.4 Estas mudanças decorrem da per- repouso, contribuem para a formação das dade, sensualidade, tristeza ou alegria, por
com melhora estética destas áreas e redução
da da habilidade dérmica de regeneração dos linhas faciais hipercinéticas, como as rugas exemplo.11
das linhas finas.10,14,15,19
componentes da matriz extracelular.5 periorais e perioculares.9 Estas são inicialmen-
Levando em consideração os múltiplos fato-
te dinâmicas, tornando- se estáticas com o A combinação de Toxina Botulínica
O ácido hialurônico corresponde a 2/3 dos res e alterações envolvidos no envelhecimen-
passar do tempo. A perda de volume de pele A - Dysport®, com Restylane® Skinboosters™,
glicosaminoglicanos da pele. Tem como prin- to do rosto, é natural entendermos a impor-
e subcutâneo focal, acentua a profundidade e constitui a técnica Relax & Refresh, para tra-
cipal função a ligação de água, que contribui tância dos tratamentos combinados, com
a gravidade destas linhas. Somam- se, ainda, tamento das linhas periorbitárias e periorais.
para a viscoelasticidade, hidratação e estru- diferentes mecanismos de ação, atuando de
as perdas dos coxins adiposos e reabsorção
tura da pele. A perda desta substância é uma maneira sinérgica no rejuvenescimento da
óssea, que levam a alterações mais profun-
das mais marcantes alterações do processo face.3 Estudos mostram que a satisfação dos
das no processo de envelhecimento.4
de envelhecimento intrínseco.6 pacientes aumenta quando há associação de
Dentre as regiões definidoras de beleza fa- tratamentos na abordagem facial global.12,13
Há um balanço negativo do metabolismo do
cial, duas são particularmente importantes e
colágeno, com redução na síntese e aumento A Toxina Botulínica A é efetiva e segura14-17 para
sofrem especialmente com as alterações de-
de sua degradação pelas metaloproteinases. o tratamento das linhas faciais hipercinéticas,
generativas de partes moles e com as altera-
Sabe- se que para a adequada função dos
ções decorrentes das contrações musculares
fibroblastos, eles devem estar ligados a uma
repetidas: a periorbital e a perioral.10
estrutura colágena robusta. Esta ligação,

122 123
MAP 4.0 | The Beauty Journey

CONSIDERAÇÕES SOBRE A TOXINA INDICAÇÕES


BOTULÍNICA A Tratamento de rugas dinâmicas, estáticas e Pacientes com doenças neuromusculares,
qualidade da pele nas regiões periorbitária e como miastenia gravis, gestantes e lactantes
Dysport® é uma medicação efetiva e segura Um estudo para tratamento das linhas perio-
perioral: ou pacientes que tenham alguma hipersensi-
no tratamento das linhas faciais hiperfuncio- rais com toxina botulínica mostrou suavização
bilidade aos componentes da formulação de
nais, conforme vasta literatura científica.14,17,20 das rugas e efeito na eversão dos lábios.21 Ou- Região periorbitária:
Dysport® não devem ser submetidos ao trata-
tro estudo mostrou que a dose de 15 unida- Linhas hiperfuncionais periorbitárias, com
O seu efeito se inicia entre 24 e 72 horas, com

mento.
des de Dysport® (unidades Speywood) levou presença de sinais de perda de volume de
duração média de 5 meses.20
à fraqueza incômoda do músculo orbicular partes moles e/ou afinamento da pele na Presença de infecção ou inflamação no local
Tratamentos repetidos, múltiplos e subsequen- da boca em uma porcentagem dos partici- região laterocantal. da aplicação também é uma contraindicação.
tes se mostraram seguros e bem tolerados.16 pantes, mas com o ajuste de dose para 10
• Linhas hiperfuncionais periorbitárias re- Atenção deve ser dada no uso de medica-
unidades de Dysport®, esse evento adverso
O tratamento das linhas perioculares é uma siduais, após tratamento otimizado com ções que possam interferir na transmissão
não foi significativo.17 Estes dados corrobo-
indicação comum, com boa resposta, con- Dysport® neuromuscular, como aminoglicosídeos, qui-
ram a recomendação de uso de doses baixas
forme demonstrado em estudos. Tem influên- • Linhas periorbitárias estáticas nina e bloqueadores do canal de cálcio, por
de toxina botulínica A e de combinação com
cia no posicionamento da sobrancelha e na exemplo.20,28
outras modalidades terapêuticas, para o tra- Região perioral:
abertura ocular.20 tamento das linhas verticais periorais. São contraindicações ao tratamento com
• Linhas periorais estáticas e/ou dinâmicas
Skinboosters™ a presença de infecção ou
inflamação de pele no local da aplicação, his-
AVALIAÇÃO DO PACIENTE tória de hipersensibilidade aos componentes
CONSIDERAÇÕES SOBRE OS SKINBOOSTERS™ da fórmula, doenças autoimunes em ativida-
Uma boa avaliação clínica e facial é sempre de. Atenção deve ser dada a pacientes com
Os Skinboosters™, da linha Restylane®, melhora estética avaliada nos estudos clíni-
o primeiro passo para qualquer abordagem história de anafilaxia ou reações de hipersen-
são géis de ácido hialurônico da tecnologia cos, com alta satisfação dos pacientes.23
estética. sibilidade repetidas.
NASHA® (Non Animal Stabilized Hyaluronic
Além de restaurar o balanço hídrico, estudos
Acid), usados há mais de 10 anos, como tra- O médico deve entender as necessidades
mostraram que o gel de ácido hialurônico Pela ausência de estudos de segurança, ges-
tamento de “campo”, de uma área, para me- únicas de cada paciente, os objetivos e ex-
NASHA® promove estímulo de fibroblastos, tantes e lactantes também não devem ser sub-
lhora da qualidade, linhas finas,22 elasticida- pectativas com o tratamento para fazer a me-
aumentando o número e a espessura das fi- metidas ao tratamento com Skinboosters™.29
de e rugosidade superficial da pele.5,8,23,24 Há lhor recomendação.28
bras colágenas na área do tratamento. O me-
evidência científica, com bases histológicas A documentação fotográfica é importante,
canismo de ação é o estiramento mecânico Pacientes com expectativas irreais não são
e bioquímicas, de que o gel NASHA® pode com registros frontal, dos perfis e oblíquos di-
na derme, que promove estiramento e estí- bons candidatos ao tratamento.
levar a mudanças dérmicas significativas.8,25 reitos e esquerdos, tanto no repouso quanto
mulo dos fibroblastos.26,27
Os tratamentos com Skinboosters™ levam a Devem ser avaliadas as contraindicações e re- na movimentação.
comendações de atenção para os tratamentos.

124 125
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Caso haja alguma assimetria ou característi-


ca marcante, que possa interferir no resulta-
interfere sobre a outra. Neste capítulo, não
discutiremos detalhes da avaliação facial, já
CONCLUSÃO
do do tratamento, é fundamental explicar e apresentada em livro anterior do MAP. Abor- A técnica Relax & Refresh permite oferecer tra- pele, amenizando as linhas hiperfuncionais das
orientar o paciente. daremos, especificamente, os tratamentos tamentos sinérgicos, para melhora do balan- regiões perioculares e periorais, com o objetivo
das regiões periorbitária e perioral, como um ço das forças musculares, com toxina botulí- de obter resultados mais satisfatórios e naturais.
É sempre importante levar em consideração
tratamento de refinamento, complementar às nica, e melhora da espessura e qualidade da
no planejamento do tratamento a avaliação da
outras abordagens estéticas faciais.
face como um todo, porque uma área facial

A TÉCNICA RELAX & REFRESH


A técnica envolve 2 etapas: 2 semanas depois
• Etapa 1: tratamento das linhas faciais hi- • Etapa 2: aplicação de Restylane® Skin-
perfuncionais da região periorbitária e/ou boosters™ na região periorbitária e/ou pe-
perioral com Dysport®.20 rioral, de acordo com as características e
Conforme recomendações da bula do medi- necessidades de cada paciente.*
camento e das boas práticas de aplicação, • Uma segunda sessão de aplicação de
constantes na literatura médica relevante. Restylane® Skinboosters™ poderá ser
realizada após 30- 45 dias.

* Para as regiões perioral e periorbitária recomendamos o uso de Restylane® Skinboosters™ Vital Light, por serem áreas que geral-
mente apresentam pele mais fina.

126 127
MAP 4.0 | The Beauty Journey

RELAX
DYSPORT® NA REGIÃO PERIORBITÁRIA20 DYSPORT® NA REGIÃO PERIORAL

Figura 1. Técnica de aplicação: Relax (Dysport® na região periorbitária) Figura 2. Técnica de aplicação: Relax (Dysport® na região perioral)

PRODUTO PLANO DE APLICAÇÃO TÉCNICA PRODUTO PLANO DE APLICAÇÃO TÉCNICA


Dysport® (Toxina Botulínica A) Subcutâneo superficial 3 pontos de cada lado Dysport® (Toxina Botulínica A) Subcutâneo superficial 4 a 6 pontos
• 2 a 4 pontos superiores
Aplicar a 0,5 • 2 pontos inferiores
VOLUME VOLUME
Procurar não fazer aplicação cm dos ápices
5 a 10 s.U* (2 a 4 U**) por ponto muito inferior, para evitar o 1,25-2,5 s.U* (0,5-1 U**) por ponto (para evitar o
Usar a menor dose necessária para o acometimento da musculatura achatamento do • Distância longa
efeito desejado. zigomática. arco do cupido) columelo-labial
Atenção para pacientes com Aplicar a 1 cm • Assimetrias prévias
muita flacidez das pálpebras, das comissuras • Pouca exposição da arcada
bolsa infrapalpebral, edema superior (dinâmica)
palpebral matutino e scleral-
show.
RECOMENDAÇÕES14 RECOMENDAÇÕES15,30
• Agulha voltada para a direção oposta dos olhos Importante mencionar, de todo modo, que pode ser realiza- • Definição da dose depende da força muscular, gravidade • Atenção à profissão e hobbies do paciente: atores, músicos,
• A injeção no ponto mais inferior deve ser superficial do o tratamento habitual das linhas faciais hiperfuncionais das rugas, grau de elastose. professores podem não tolerar qualquer diminuição de força
como um todo. • O objetivo deve ser amenizar e não eliminar as linhas periorais. no orbicular da boca.
• Injeções 1-2 cm do rebordo orbital lateral
• As unidades de toxina botulínica são específicas para cada • Cuidado com dose excessiva, para evitar fraqueza signifi- • As unidades de toxina botulínica são específicas para cada
• Obs: não serão considerados neste capítulo as particulari- preparação e não são intercambiáveis. preparação e não são intercambiáveis.
dades de tratamentos de outras regiões com Dysport®. cativa do orbicular da boca, que pode levar a dificuldade ao
comer, beber, falar alguns fonemas.
*s.U: unidades Speywood. ** U: unidades volumétricas. *s.U: unidades Speywood. ** U: unidades volumétricas.

128 129
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFRESH
Escolha do produto, de acordo com as carac- de Restylane® Skinboosters™ Vital Light
terísticas da pele de cada paciente. Na téc- por serem áreas com pele mais fina.
nica Relax & Refresh recomendamos o uso

Figura 3. Técnica de aplicação: Refresh (Skinboosters™ na região periorbitária): Cânula Figura 4. Técnica de aplicação: Refresh (Skinboosters™ na região periorbitária): Agulha

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Restylane® Skinboosters™ Vital Light Aplicação em retroinjeção em leque Restylane® Skinboosters™ Vital Light Distribuir o produto na região no
25G lateralmente à borda orbitária do produto sentido da ruga ou transversalmente
a ela em retroinjeções curtas
PONTO DE ENTRADA VOLUME
Região zigomática 0,5 mL de cada lado
PLANO DE APLICAÇÃO PLANO DE APLICAÇÃO
Subcutâneo superficial Derme profunda ou plano subcutâneo
VOLUME COMENTÁRIO
superficial
0,5 mL por lado • Aplicar lateralmente ao rebordo
orbitário lateral
• Não injetar na região da pálpebra
inferior

130 131
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFRESH
Escolha do produto, de acordo com as carac- de Restylane® Skinboosters™ Vital Light
terísticas da pele de cada paciente. Na téc- por serem áreas com pele mais fina.
nica Relax & Refresh recomendamos o uso

RESTYLANE® SKINBOOSTERS™ NA REGIÃO PERIORAL30

Figura 5. Técnica de aplicação: Refresh (Skinboosters™ na região perioral): Cânula Figura 6. Técnica de aplicação: Refresh (Skinboosters™ na região perioral): Agulha

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Restylane® Skinboosters™ Vital Light Retroinjeção e leques transversais Restylane® Skinboosters™ Vital Light Distribuir o produto na região no
25G às rugas sentido da ruga ou transversalmente a
do produto ela em retroinjeções curtas
PONTO DE ENTRADA VOLUME
Ponto lateral ao canto dos lábios Atenção à anatomia local para 0,5 – 1 mL Atenção à anatomia local para
PLANO DE APLICAÇÃO segurança no procedimento PLANO DE APLICAÇÃO segurança no procedimento
VOLUME Subcutâneo superficial Derme profunda ou plano subcutâneo
superficial
0,5 - 1 mL

132 133
MAP 4.0 | The Beauty Journey

KYSSABILITY Lábios volumosos e projetados, que ficam


bem em mulheres jovens, provavelmente não
mais seguras, minimizando o risco de even-
tos adversos.4 Além disso, saber reconhecer
vão ficar harmônicos em mulheres mais ve- precocemente e tratar eventuais complica-
lhas, com perda do suporte facial ósseo e ções é fundamental, discussão que foge do
Um dos definidores de beleza da face são os e belos.3 Os preenchimentos labiais estão de partes moles. Além disso, muitas mulhe- escopo do presente capítulo, mas que pode
lábios.1 Há uma imensa variabilidade de tipos atualmente entre os procedimentos estéti- res não querem o estigma de estarem com ser encontrada em vasta literatura médica e
de lábios, com uma combinação de carac- cos mais realizados ao redor do mundo.4 O os “lábios feitos”, “preenchidos”, preferindo livro anterior do MAP®.
terísticas distintas, como formato, tamanho, embelezamento (beautification) é geralmente mudanças sutis, relacionadas à vitalidade,
Cabe ao médico fazer uma precisa avaliação
volume, altura e expressão, que os fazem procurado por mulheres mais jovens, que de- autocuidado e bem-estar.7 Assim, uma única
facial, identificando o que deve ser valorizado,
únicos em cada indivíduo.2 São importantes sejam lábios mais volumosos ou mais proje- técnica ou forma de abordagem de preenchi-
o que pode ser melhorado, as características
componentes faciais na interação social e tados. No rejuvenescimento, a busca é por mento labial não é capaz de promover uma
de cada paciente e os aspectos que definem
afetiva, ao falar, sorrir e beijar. São conside- melhora no formato, no contorno e nas pro- valorização da beleza ou rejuvenescimento
a sua essência, permitindo a elaboração um
rados tão expressivos quanto os olhos, po- porções.4 de todos os formatos labiais, em todos os
plano de tratamento individualizado, através
dendo transmitir tranquilidade, ansiedade, pacientes.
No envelhecimento, ocorre uma menor expo- de técnica adequada, para realçar a beleza e
sensualidade, alegria, sofrimento ou carinho,
sição do vermelhão dos lábios, há progressiva Complicações de preenchimentos labiais fo- atingir resultados harmônicos, proporcionais
por exemplo.2
perda de volume labial e alongamento do lá- ram descritas na literatura. Não são frequen- e naturais, tanto no repouso, como à movi-
Estudos antropométricos mostram que lábios bio superior, conforme descrito por Gonzalez- tes, considerando o grande volume de inje- mentação. Auxiliar o médico neste processo,
mais largos e cheios são considerados atraen- Ulloa.6 Como este processo é multifatorial, os ções realizadas mundialmente, possivelmente sistematizando a avaliação facial, levando em
tes para as mulheres.3,4 Popenko e cols5 estu- objetivos do tratamento de rejuvenescimento pelas ricas anastomoses que existem nos lá- consideração o conhecimento da anatomia,
daram as dimensões mais atraentes dos lábios incluem melhora das linhas finas, redefinição bios, mas incluem isquemia, necrose e com- com técnicas seguras, efetivas e com produ-
em mulheres caucasianas, através da avalia- do arco do cupido e do contorno do verme- prometimento da visão.8,9 Por isso, é crucial o tos apropriados, é a identidade do MAP®.
ção de 150 indivíduos e encontraram que as lhão, redução da altura da parte cutânea do conhecimento detalhado da anatomia facial,
faces consideradas mais atraentes foram as lábio superior e eversão do vermelhão.4 para que possam ser aplicadas as técnicas
com aumento de 53,5% do volume labial.
Embora o que é entendido como belo se
Os lábios são essenciais para a boa propor- aproxime nos diferentes locais do mundo,
cionalidade da face6 - lábios muito finos e pe- não se pode falar de um ideal único de be-
ANATOMIA
quenos podem dar a impressão de uma pon- leza. Há diversidades étnicas, culturais e de O lábio superior se estende da área marginal Ao longo da borda dos lábios, na transição
ta nasal maior ou de uma mandíbula muito estilo de vida, que determinam as caracterís- do vermelhão (borda livre inferior) até a base do vermelhão com a pele, existe um cilindro
projetada.3,5 ticas faciais e as preferências estéticas.3 Da do nariz, limitado lateralmente pelos sulcos estreito de cor mais clara do que a pele, cha-
mesma forma, é fundamental considerar o di- nasolabiais. Os limites do lábio inferior são a mada de linha branca (White roll). Duas eleva-
É crescente a procura por procedimentos
morfismo sexual, particularidades estruturais borda livre superior do vermelhão, as comis- ções paramedianas na borda do vermelhão
estéticos não cirúrgicos, sendo desejáveis
nos homens e mulheres, no planejamento do suras labiais lateralmente e o sulco mentola- do lábio superior definem o arco do cupido,
lábios mais volumosos, considerados joviais
tratamento. bial inferiormente (figura 1).6 uma curvatura em forma de “M”.2,10 A partir

134 135
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Figura 1: Áreas anatômicas dos lábios Figura 2: Áreas anatômicas dos lábios

das regiões apicais do arco do cupido em a pars intermedia: estratificado, várias ca- depressor do ângulo oral, depressor do lábio destes vasos é crítico para aplicar uma se-
direção ao nariz, 2 colunas verticais definem madas, parcialmente queratinizado. Não inferior e mentoniano na porção inferior. gura técnica de injeção, reduzindo o risco de
uma área de depressão central, chamada de há folículos pilosos, há algumas glândulas complicações.
O orbicular da boca é um músculo tipo esfínc-
filtro, limitado superiormente pela columela. sebáceas, mais nos ângulos da boca.
ter, de 2 camadas, organizado em fibras cir- A artéria facial pode ser identificada superfi-
Uma leve projeção na parte central do lábio • mucosa, a pars mucosa: estrutura similar
culares e perpendiculares à comissura labial. cialmente ao bucinador, profundamente aos
superior, na altura do filtro, é chamada de tu- a de outras partes da mucosa oral, epitélio músculos da mímica facial na região bucal.
bérculo central.10 Na direção das colunas do não queratinizado, estratificado. Os compartimentos de gordura nos lábios
Está presa ao modíolo, pilar muscular forma-
filtro, no vermelhão, são formados os tubér- são bastante delgados. Consistem em com-
A maxila e os dentes dão o suporte ósseo do pela fusão dos músculos acima mencio-
culos labiais laterais. O vermelhão do lábio partimento superficial, profundo ao vermelhão
para o lábio superior, enquanto a mandíbu- nados, por uma estrutura ligamentar.
superior consiste estruturalmente em 3 tubér- e superficial ao músculo orbicular da boca; e
culos e o lábio inferior consiste em 2 tubércu- la e os dentes inferiores fornecem a estrutura
compartimento profundo, abaixo do músculo Está localizada a cerca de 15 mm (10 a 20
los (figura 2).2 para o lábio inferior.
orbicular da boca e superficial à mucosa la- mm) das comissuras labiais no plano hori-
O músculo dominante na região é o orbicular bial, plano em que as artérias labiais são en- zontal, a cerca de 11 mm de profundidade.1,8
Os lábios são compostos por 3 partes:
da boca, mas os lábios sofrem influência de contradas na maior parte das pessoas. As artérias labiais emergem da artéria facial e
• cutânea, a pars cutanea: epitélio estrati-
vários outros músculos, como o depressor correm em direção à linha média, anastomo-
ficado queratinizado. Há folículos pilosos, A irrigação arterial é dada pelas artérias la-
do septo nasal, elevador do lábio superior e sando- se com os vasos contralaterais.
glândulas sebáceas e sudoríparas. biais superior e inferior, ramos da artéria facial
da asa do nariz, elevador do lábio superior,
• intermediária (semimucosa) ou o vermelhão, (AF). Entender a localização e profundidade A artéria labial superior (ALS) está a cerca de
risório e zigomáticos maior e menor.1 Além do

136 137
MAP 4.0 | The Beauty Journey

3mm de profundidade, ao longo do verme- estão no plano submucoso (entre a mucosa e


lhão.1,11 Origina-se acima do ângulo da boca na o músculo orbicular da boca), 17,5% localiza-
maioria das pessoas, ou no nível deste ângulo.4 das no plano intramuscular e 2,1% dos casos
no plano subcutâneo.
A artéria labial inferior (ALI) e, em menor im-
portância, as artérias labiomentonianas ho- Existe uma variação de curso das artérias en-
rizontais e verticais irrigam o lábio inferior. A tre os planos de 29% para o superior e 32%
artéria labiomentoniana vertical é ramo da no lábio inferior. Importante considerar que,
submentoniana, enquanto a horizontal origi- na linha média, as artérias labial superior e in-
na-se da artéria facial. A artéria labial inferior ferior estão mais superficiais - em 28,5% dos
pode estar ausente em alguns indivíduos, casos, as ALI foram encontradas no plano in-
principalmente de origens asiáticas e turcas. tramuscular.
Trevidic e Criollo-Lamilla4 estudaram a anato-
Como conclusão deste estudo, o plano mais
mia labial em 20 hemifaces, encontrando que
seguro para injeção nas regiões labiais para-
a ALI, ao emergir da AF, tem um curso tipica-
medianas é o plano subcutâneo. Atenção es-
mente intramuscular, cruzando o músculo or-
pecial deve ser dada na linha média, em que
bicular da boca no terço medial do hemilábio, Figura 3: Artérias labiais - plano subcutâneo​ Figura 4: Artérias labiais - plano intramuscular
tanto a ALS quanto a ALI podem ser encon-
assumindo um plano submucoso.
tradas em planos mais superficiais.8
Cotofana e cols8 estudaram 193 cadáveres,
A inervação motora do lábio é dada por ra-
em estudo multicêntrico, para determinar
mos do nervo facial, zigomático, bucal e mar-
mais precisamente a posição e o curso das
ginal da mandíbula. A inervação sensitiva do
artérias labiais superiores e inferiores, para
lábio superior é provida pelos nervos maxilar
orientar os médicos nos preenchimentos
e infraorbitário, enquanto que o lábio inferior é
desta região. Neste estudo, os autores iden-
inervado pelo mentoniano.
tificaram que o curso das arteriais labiais é
muito variável entre os indivíduos. Que a ALS A pele desta área tem alta densidade de fi-
tem seu curso ao longo do contorno do ver- bras sensitivas mielinizadas, além de meca-
melhão do lábio superior, enquanto que a ALI noceptores, como os corpúsculos de Ruffini,
está inferiormente à borda do vermelhão do Meissner e Merkel.
lábio inferior.
A drenagem linfática vai para os gânglios sub-
mentonianos.1
Em relação ao plano, em 78,1% dos casos,
Figura 5: Artérias labiais - plano retromuscular

138 139
MAP 4.0 | The Beauty Journey

AVALIAÇÃO FACIAL bonita a proporção do lábio superior em relação


ao inferior de 1:1,65 (a proporção estética consi-
lábio inferior para o superior continua a mesma,
sendo que, neste caso, o lábio superior estaria a
A beleza dos lábios é determinada pela estru- tamanho, características do arco do cupido e derada “ideal” em diferentes vertentes artísticas, 2 mm para trás desta linha.2,6
tura da região, tanto óssea, quanto de partes filtro, posição das comissuras e presença de chamada de “phi” ou “Golden ratio”), sendo que
Uma outra forma de avaliar, é traçando uma li-
moles. Importantes características a serem rugas periorais. nos afrodescendentes e nos orientais essa pro-
nha do ponto subnasal (Sn) até o ponto mais
avaliadas são a forma, o tamanho, a simetria porção se aproxima mais de 1:1.6
Fundamental orientar o paciente quanto às ex- anterior do mento. A projeção ideal do lábio su-
e o volume dos lábios.1 É importante avaliar
pectativas do tratamento, sobre o que pode ser No perfil, o lábio inferior deve estar levemente perior é 3,5 mm anterior a esta linha e do lábio
os lábios em diferentes ângulos, no repouso
atingido com o tratamento de preenchimento. mais projetado do que o lábio superior. Utilizan- inferior, 2,2 mm anterior a ela, conforme figura 7.
e à movimentação, avaliando seu formato e
do a linha imaginária de Ricketts (linha reta que
O lábio superior (vermelhão superior e parte
vai da ponta nasal ao pogônio), o lábio superior
cutânea do lábio superior) corresponde a 1/3 do
está cerca de 4 mm para trás desta linha, en-
terço inferior da face. Os outros 2/3 são com-
quanto o lábio inferior está a 2 mm desta linha.
postos pelo vermelhão inferior e a parte cutânea
Há autores que dizem que o lábio inferior pode
que vai até a borda do queixo.
tocar esta linha, mas a relação da projeção do

Avaliando o terço inferior do nariz


ao mento, no perfil, são considera-
das bonitas as transições que são
suaves, arredondadas. As únicas
angulações devem ser as da tran-
sição do lábio superior para o infe-
rior.2
Figura 6: Areas anatômicas dos lábios - alturas e proporções
É fundamental a avaliação dos lá-
bios no sorriso.1,2 No sorriso har-
A projeção e o tamanho relativo do lábio supe- alongamento do filtro, da parte cutânea do lá- mônico, são expostos cerca de 2/3
rior em relação ao inferior são tão significantes bio e uma atrofia do vermelhão, levando a uma dos dentes superiores, sendo que
quanto a proporção dos lábios em relação a ou- desproporção.6 Estudo recente mostrou que a os dentes inferiores são apenas
tras estruturas faciais.6 proporção vermelhão do lábio superior (a) para a um pouco ou não são expostos.
parte cutânea do lábio superior (b) considerada Os cantos dos lábios devem se
A altura do vermelhão do lábio superior em re-
atraente é 1;1,2 a 1:2,3 (figura 7).12 elevar no sorriso, enquanto o filtro
lação à altura total do lábio superior (pele e se-
e a linha branca devem ficar mais
mimucosa) também é importante como defini- O lábio inferior, no geral, deve ser maior do que o
suaves. Figura 7. Proporções labiais - perfil
dora de beleza. No envelhecimento, existe um lábio superior. Nos caucasianos, é considerada

140 141
MAP 4.0 | The Beauty Journey

MENSURAÇÃO LABIAL ESPESSURA LABIAL Se um lábio é muito fino, é fundamental orien-


tar o paciente que o tratamento para aumen-
Os lábios podem ter diferentes espessuras
tar o volume deve ser feito em etapas, para
LARGURA DOS LÁBIOS (altura do vermelhão), de muito finos a muito
se chegar a uma espessura mais mediana ou
Distância entre as comissuras labiais no re- Lábios largos: comissuras mais laterais à espessos (figuras 9-12).14

espessa de maneira harmônica e natural.
pouso. linha pupilar Deve ser avaliada na visão frontal, do lábio
• Lábios médios: comissuras nas linhas pu- como um todo, e não isoladamente do lá-
Deve corresponder à distância dos 6 dentes
pilares bio superior ou inferior, porque a proporção é
superiores, estando as comissuras localiza-
das na face externa dos caninos. Idealmente • Lábios pequenos: comissuras mais me- muito importante.
deve corresponder à distância interpupilar.13 diais à linha pupilar

Figura 9: Espessura dos lábios - muito fino Figura 10: Espessura dos lábios - fino

Figura 8: Largura dos lábios

É importante que seja proporcional ao rosto radas, dando impressão de lábios normais ou
do paciente. Lábios muito estreitos podem menores, através do aumento da distância bi-
dar a impressão de mandíbula muito larga. zigomática e bigonial, com aplicação de pre-
Por outro lado, quando há lábios muito lar- enchedores nas regiões zigomáticas e man-
gos, as proporções faciais podem ser melho- dibulares. Figura 11: Espessura dos lábios – médio Figura 12: Espessura dos lábios – espesso

142 143
MAP 4.0 | The Beauty Journey

BEAUTY DEFYNERS DOS LÁBIOS FORMATO DO FILTRO


Determinado pelas colunas do filtro, com uma Há diferentes formatos, que devem ser res-
São parâmetros importantes de definição de • Reto: linhas marcadas em bem definidas,
depressão central. Borda inferior é o arco do peitados no tratamento de preenchimento,
beleza dos lábios. formando ângulos próximos aos retos no
cupido e a superior, a columela. para resultados naturais e bonitos.
arco do cupido. A altura do vermelhão dimi-
nui suavemente em direção às comissuras.
FORMATO DO LÁBIO SUPERIOR
• Convexo: as linhas do contorno são mais
O contorno do vermelhão do lábio superior
suaves. Os ângulos do arco do cupido são
tem uma forma de “M”, que se estende de
mais arredondados. As porções laterais
uma comissura à outra (figura 13).
tendem a manter uma altura proporcional-
As curvas formadas podem ter diferentes ca- mente maior do que no lábio mais reto.
racterísticas, didaticamente classificadas em • Côncavo: As linhas do contorno tendem a
formato reto, convexo e côncavo. curvar para dentro, perdendo volume nas
porções laterais.

Figura 13: Formato lábio do superior Figura 14: Formato do Filtro

É importante orientar o paciente quanto a harmônicos, mas que nem sempre é possível
estas diferenças individuais, que é possível mudar ou atingir um formato específico.
valorizar os lábios e deixa-los mais bonitos e

144 145
MAP 4.0 | The Beauty Journey

FORMATO DO LÁBIO INFERIOR RELAÇÃO LÁBIO SUPERIOR/ LÁBIO INFERIOR


É dado pelo contorno e o volume do verme- Na avaliação para o tratamento, considerar O lábio inferior, no geral, deve ser maior do rada “ideal” em diferentes vertentes artísticas,
lhão do lábio inferior. Pode ser mais redondo, qual a necessidade específica do paciente, que o lábio superior. Fatores importante como chamada de “phi” ou “Golden ratio”), sendo
oval, achatado; ou pode ser um pouco mais para priorizar o tratamento de melhora do etnia e características individuais de cada pa- que nos afrodescendentes e nos orientais
angulado, formando um aspecto trapezoide contorno e/ou do volume labial. ciente devem ser levadas em consideração essa proporção se aproxima mais de 1:1.
ou triangular. na determinação da proporção ideal.10
Em relação à proporção da altura do vermelhão
Nos caucasianos, é considerada bonita a do lábio superior para o do lábio inferior, os lá-
proporção do lábio superior em relação ao in- bios podem ser: iguais (1:1), inferior dominante
ferior de 1:1,6 (a proporção estética conside- (por exemplo 1:1,6) ou superior dominante.

Figura 16: Relação lábio superior/inferior - iguais (1:1) Figura 17: Relação lábio superior/inferior – inferior dominante

Figura 15: Formato do lábio inferior

Figura 18: Relação lábio superior/inferior – superior dominante

146 147
MAP 4.0 | The Beauty Journey

COMISSURAS LABIAIS DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES


As comissuras labiais são fundamentais na tos labiais tendem a se posicionar mais infe-
O mento é o maior segmento do terço inferior, em um estudo que a relação da altura do ter-
avaliação. Dependendo de seu formato e riormente, deixando as comissuras com um
tanto em homens quanto em mulheres. ço inferior para a altura da face é cerca de
orientação, representam diferentes expres- formato de semicírculo voltado para baixo,
48% nos homens e 45% nas mulheres.6
sões de sentimentos ou sinais de envelheci- progressivamente mais profundas. Essa ca- A altura do vermelhão não varia entre homens
mento. racterística, além de sinal de envelhecimento, e mulheres, mas a altura total do lábio supe- Os homens geralmente não apresentam li-
confere à face uma expressão de tristeza. rior e do lábio inferior é maior nos homens. A nhas radiais periorais, o que pode ser expli-
Comissuras juvenis são retas ou voltadas
altura do vermelhão superior em relação ao cado pela pele mais espessa do que a das
para cima. Com o passar da idade, os can-
lábio superior é maior nas mulheres do que mulheres, com maior volume de tecido sub-
nos homens. cutâneo adiposo ao redor dos folículos pilo-
sos. Embora as alterações que ocorrem no
Nos homens, a largura labial tende a ser maior
envelhecimento sejam as mesmas em ambos
do que nas mulheres.6
os sexos, os sinais do envelhecimento nesta
Os homens têm o terço inferior mais proemi- região são, em geral, menos marcantes nos
nente do que as mulheres, sendo proposto homens do que nas mulheres.15

ENVELHECIMENTO
O envelhecimento labial é muito influenciado Há achatamento dos dentes que aparece em
Figura 19: Comissuras retas Figura 20: Comissuras voltadas para cima pelas alterações da maxila, mandíbula e dos diferentes graus a partir dos 50- 60 anos de
dentes, agravado por fatores extrínsecos, idade, com possíveis perdas dentárias. Há
como exposição solar e tabagismo.1 perda óssea na maxila, com diminuição dos
seus ângulos, fazendo um movimento para
As diferentes estruturas faciais, ossos e par-
dentro, acentuado pelo aumento da abertura
tes moles, sofrem modificações no processo
piriforme, com queda da ponta nasal. Ocorre
de senescência. O ritmo de aparecimento
também perda óssea na mandíbula, os ân-
dos sinais de envelhecimento é muito variável
gulos mandibulares aumentam, o mento fica
individualmente, dependendo da genética e
mais proeminente, aumentando a concavida-
do estilo de vida, da estrutura facial, espessu-
de da face no perfil. Os lábios perdem sua
ra da pele, condições dos dentes e oclusão,
sustentação com alteração do ângulo naso-
idade da menopausa, entre outros fatores.2
labial (figuras 22-24).
Figura 21: Comissuras voltadas para baixo

148 149
MAP 4.0 | The Beauty Journey

nhas finas, que surgem mais precocemente Os lábios perdem progressivamente a defini-
nos tabagistas. As linhas periorais aparecem ção de contorno, da transição cutâneo-mu-
por volta dos 50 anos nos lábios superiores e cosa no processo de envelhecimento.
por volta dos 60 anos, nos inferiores. O ver-
Em resumo, no envelhecimento, o vermelhão
melhão fica mais pálido.2,16
progressivamente fica mais fino, menos de-
Dois parâmetros principais devem ser leva- finido, o arco do cupido alarga e perde sua
dos em consideração1 na avaliação do enve- definição, com achatamento do filtro. A borda
lhecimento labial: do vermelhão fica menos visível. Os lábios fi-
cam menos projetados, com linhas no verme-
1. Formato do lábio
lhão e linhas radiais periorais. As comissuras
Avaliação feita no perfil, da altura dos lábios apresentam queda, com progressiva forma-
em relação aos incisivos frontais e o grau de ção dos sulcos labiomentonianos.16
inversão.1

2. Superfície labial
Figura 22: Figura 23: Figura 24:
Envelhecimento dos lábios – 25 anos Envelhecimento dos lábios – 45 anos Envelhecimento dos lábios – 70 anos
Avaliação frontal do número e gravidade das
linhas radiais perilabiais, definição do filtro,
arco do cupido e linha branca mucocutânea.
Há progressiva redução dos coxins adiposos, subcutâneo, têm sinais de envelhecimen-
que contribuem para estes sinais, com acen- to dos lábios mais precocemente do que as
tuação dos sulcos nasolabiais e labiomento- pessoas com maior robustez de partes mo-
nianos, perda do contorno facial, inversão do les. Os músculos nesta região vão ficando KYSSABILITY - ASSESMENT
“triângulo da juventude”, com formação dos atróficos, perdendo a flexibilidade das expres- De acordo com todas as análises e informa- deficiências ou assimetrias constitucionais.
jowls e formato mais “pesado” do rosto. sões. O orbicular da boca progressivamente ções relevantes a respeito dos lábios que
perde volume e densidade, o lábio superior Nos tratamentos de rejuvenescimento, o ob-
Alterações de envelhecimento labiais podem vemos publicadas em literatura e que já fo-
progressivamente aumenta e fica mais fino, o jetivo é restaurar as curvaturas e convexida-
ser vistas a partir dos 25 anos de idade. Têm ram apresentadas ao longo desse capítulo
vermelhão dos lábios diminui e a linha branca des naturais dos lábios.16
influência de fatores constitucionais, movi- foi criada a Kyssability Technique, um conjun-
desaparece.2 to de quatro abordagens de preenchimento
mentação dos músculos da mímica facial e O rejuvenescimento dos lábios é fundamental
mastigatórios, além das questões odontoló- A parte cutânea do lábio superior fica mais labial com ácido hialurônico. para a aparência atraente de todo o rosto.
gicas, já mencionadas. Nota-se que pessoas ressecada, pela perda de glândulas sebáce- Nos pacientes mais jovens, o preenchimento Parâmetros essenciais a serem considerados
com rosto mais magro, com menos tecido as, contribuindo para o aparecimento de li- labial tem a intenção de valorizar a beleza, au- no plano de tratamento labial são:
mentar o volume dos lábios, corrigir eventuais

150 151
MAP 4.0 | The Beauty Journey

• Simetria • Projeção tecnologias de luz e laser, microagulhamento,


peelings, entre outras técnicas.
KYSSABILITY - ESCOLHA DO PRODUTO
• Proporções • Volume
• Contorno A escolha do preenchedor adequado é uma cidual mais delicada, ou quando há muitas
Aplicação de preechedores no subvermelhão
etapa crucial do planejamento do tratamento. alterações de superfície labial, um produto
Independente da situação, o tratamento deve e região peristomal (ou marginal), lateral e me-
Os preenchedores de ácido hialurônico tem mais flexível, com integração tecidual mais
proporcionar lábios mais bonitos no repouso, dial, pode ser usada para aumentar o volume
características reológicas distintas, que im- distribuida, o Restylane® Kysse™, um gel da
mas também à movimentação. Manter a boa labial e aumentar a sua convexidade.
plicam em performance nos tecidos também linha OBT™ (Optimal Balance Technology), é
funcionalidade dos lábios é crucial para resul-
Se a deficiência for apenas lateral ou medial, distintas. Desta forma, o produto adequado, indicado.17
tados naturais e agradáveis aos pacientes.
essas zonas podem ser preenchidas isolada- no plano correto, com técnica apropriada,
Um estudo comparativo de Restylane® Kys-
Importante considerar a estrutura dos lábios mente. Lábios muito finos precisam ser tra- permite ao médico injetor atingir os melhores
se™ com outro gel de ácido hialurônico,
e das áreas adjacentes como um todo no pla- tados no vermelhão, subvermelhão e zona resultados, belos e naturais, com satisfação
mostrou que os 2 produtos foram seguros
nejamento do tratamento. Quando há defici- peristomal. dos pacientes.
e efetivos, levando a prolongada melhora da
ências de volume ou projeção do terço médio
Injeção no vermelhão dos lábios pode aumen- Quando se deseja maior precisão, em pa- aparência labial. Porém, o volume de Restyla-
da face, das regiões malares, zigomáticas e
tar o tamanho do lábio e definir ou modificar o cientes com melhor robustez de estrutura de ne® Kysse™ necessário para atingir estes re-
fossa canina, é recomendável considerar a
arco do cupido. Para aumentar a curvatura do partes moles, um produto com maior firmeza sultados foi significativamente menor do que
abordagem destas áreas previamente. Isto
arco do cupido, quando ele é achatado, o tra- e integração tecidual focal é desejável, como o do produto comparado.18
porque o reposicionamento, o efeito lifting e a
tamento deve ser nas zonas lateral e ápice do os da tecnologia NASHA® (Non Animal Stabi-
tração decorrentes destas correções, influen- Os eventos adversos comuns e esperados
arco do cupido, no vermelhão do lábio, não lized Hyaluronic Acid). O Restylane®, pelo pe-
ciam muito na aparência dos lábios, podendo estão relacionados à injeção, como edema,
injetando na zona central do filtro. Para redu- queno tamanho das suas partículas, é ade-
reduzir a quantidade de preenchedor neces- eritema, dor e pápulas no sítio da injeção,
zir a curvatura do arco do cupido, injetar nas quado para os tratamentos labiais.
sária para o preenchimento labial e possibili- em geral, leves e moderados em intensidade,
tando resultados mais satisfatórios e bonitos.1 zonas lateral e central do filtro, e não no ápice.
Quando há necessidade de maior correção com resolução espontânea.18
Aplicação nas comissuras é recomendada de volume, em pacientes com estrutura te-
Deve- se avaliar com cautela quando há mui-
ta flacidez ou alongamento do lábio superior, quando os cantos dos lábios estão voltados
uma vez que apenas com preenchimentos la- para baixo, associada à injeção nos cantos QUANDO UTILIZAR CADA UM DOS PRODUTOS
biais o resultado estético pode não ser agra- labiais inferiores.3
RESTYLANE® KYSSE™ RESTYLANE®
dável.
É importante levar em consideração as ca-
racterísticas próprias dos lábios de cada in- Tecnologia OBT™ Tecnologia NASHA®
Para potencializar os resultados estéticos na
região labial, assim como em outras áreas fa- divíduo pois algumas delas não podem ser Gel mais suave e flexível Gel mais firme
ciais, uma combinação de tratamentos pode modificadas com o tratamento, sendo funda-
Estrutura tecidual mais delicada Estrutura tecidual mais robusta
ser necessária, associando toxina botulínica, mental alinhar as expectativas após a avali ção.
Quando se deseja contorno mais Quando se deseja maior definição de
delicado contorno

152 153
MAP 4.0 | The Beauty Journey

KYSSABILITY - TÉCNICAS DE APLICAÇÃO


De acordo com o assessment, com a iden- A Kyssability Technique consiste em 4 técni-
tificação das prioridades de tratamento para cas de aplicação de preechedores de ácido
cada paciente, a escolha da técnica ou do hialurônico para tratamento dos lábios, con-
conjunto de técnicas é definida. Além disso, siderando os principais pilares para reestrutu-
envolve a escolha o produto apropriado para ração e embelezamento da região labial: ever-
cada indicação. são, volumização, beautification e contorno.

O objetivo do tratamento é melhorar a apa- Para facilitar a localização das áreas de apli-
rência dos lábios, respeitando as proporções cação, dividimos cada hemilábio com 4 linhas
adequadas ao rosto do paciente. Deve- se verticais: a mais medial passando pelo ápice
proporcionar lábios mais bonitos, tanto no do arco do cupido (L1), a mais lateral no can-
repouso, quanto à movimentação, mantendo to do lábio (L4) e 2 outras linhas equidistantes
a boa funcionalidade dos lábios, fundamental dessas duas (L2 e L3), definindo 3 comparti-
para o aspecto natural e agradável aos pa- mentos ou espaços (E1, E2 e E3 - Figura 25 ).
cientes.21

Estudo recente mostrou que o preenchimen-


to labial, associado, quando necessário, ao
tratamento da região perioral, levou a melhora
estética da região, a resultados naturais no
Figura 25: Áreas de aplicação
repouso e à movimentação, com satisfação
dos pacientes e de seus parceiros.21

154 155
MAP 4.0 | The Beauty Journey

A. EVERSÃO B. VOLUMIZAÇÃO3,22,23

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Restylane® Kysse™ Aplicação em microbolus na junção Restylane® Kysse™ ou Restylane® Aplicação em retroinjeção ou bolus
ou Restylane® 22-25G muscosa-semi mucosa na região das 22-25G ou do produto no corpo do vermelhão ou na zona
linhas L2 e L3. peristomal (transição mucosa-
VOLUME semimucosa) nos espaços E1, E2 e
PONTO DE ENTRADA Ponto de entrada:
0,5 a 1 mL no total E3.
PLANO DE APLICAÇÃO Ponto lateral ao
Ponto lateral ao canto dos lábios Em E2 aplicar metade do volume canto dos lábios
Retromuscular utilizado em E1 ARTÉRIA LABIAL
VOLUME Em E3 ¼ do volume utilizado em E1 PLANO DE APLICAÇÃO Atenção ao plano correto,
considerar que na porção central
Microbolus de até 0,05 mL Subcutâneo
RECOMENDAÇÃO dos lábios as artérias podem
estar em planos mais superficiais
RECOMENDAÇÃO Evitar sobrecorreção. Para lábios muito
finos, considerar fazer o tratamento em
Evitar sobrecorreção. mais de uma etapa, com intervalo de 1
a 2 meses entre elas.

156 157
MAP 4.0 | The Beauty Journey

C. BEAUTIFICATION10,16 D. CONTORNO15

PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA PRODUTO DISPOSITIVO TÉCNICA


Restylane® Kysse™ Aplicação do preenchedor nos Restylane® Kysse™ Aplicação em retroinjeção na linha de
ou Restylane® 22-25G ou do produto tubérculos labiais em bolus ou Restylane® 22-25G ou do produto transição pele-vermelhão, priorizando
o vermelhão
Ponto de entrada: A aplicação pode ser Ponto de entrada:
VOLUME feita a partir da borda VOLUME
Ponto lateral ao ARTÉRIA LABIAL Ponto lateral ao ARTÉRIA LABIAL
pele-vermelhão em
Bolus de 0,05 a 0,2 mL canto dos lábios direção aos tubérculos 0,2 a 0,6 mL no total canto dos lábios
Atenção ao plano correto, Atenção ao plano correto,
ou diretamente no
por tubérculo labial corpo do vermelhão considerar que na porção central considerar que na porção
dos lábios dos lábios as artérias podem RECOMENDAÇÃO central dos lábios as artérias
estar em planos mais superficiais PLANO DE APLICAÇÃO
Evitar sobrecorreção. podem estar em planos mais
RECOMENDAÇÃO PLANO DE APLICAÇÃO Intradérmico profundo ou subcutâneo superficiais
superficial
Evitar sobrecorreção. Subcutâneo

158 159
MAP 4.0 | The Beauty Journey

RECOMENDAÇÕES
• Deve-se injetar lentamente, para maior • Evitar bolus de mais de 0,1 mL.
segurança, minimizando a chance de aci- • Não usar agulhas para aplicações no plano
dentes vasculares e reduzindo o trauma te- retromuscular, profundo, submucoso.
cidual, diminuindo a possibilidade de equi- • Evitar entradas forçadas, em áreas de re-
moses e edema.
sistência da cânula - reposicionar.
• Evitar sobrecorreção, que pode deixar um • Agulhas podem ser usadas para injeções
aspecto não natural, “feito”.
superficiais, intradérmicas profundas ou
• Injeções lentas, com baixa pressão, em pe- subcutâneas superficiais.22
quenos volumes,16 com distribuição preci-
sa e uniforme do produto.

160 161
MAP 4.0 | The Beauty Journey

CONCLUSÃO
No presente material, apresentamos um novo Com esse trabalho, reforçamos nosso com-
olhar sobre a face ao introduzir o conceito de promisso em contribuir para o seu contínuo
Beauty Defyners. Passamos pelos capítulos desenvolvimento técnico-científico, em busca
seguintes para o manejo do paciente com dos melhores resultados nos procedimentos
queixas relacionadas à qualidade de pele e ao estéticos de sua prática clínica diária, sempre
tratamento da hiperidrose e finalizamos essa prezando pela individualização do tratamento
jornada com técnicas e planos de tratamento e lembrando que cada paciente é ÚNICO.
exclusivos e seguros para os procedimentos
com toxina botulínica A Dysport®, preenche-
dores de ácido hialurônico Restylane® e Res-
tylane® Skinboosters™ e ácido poli-L-lático
Sculptra®.

162 163
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

REFERÊNCIAS
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 1 - BEAUTY DEFYNERS
1. Trujillo LT, Jankowitsch JM, Langlois JH. Beauty is in the ease of the beholding: a neurophysiological test of the averageness 23. Van der Geld P, Oosterveld P, Van Heck G, Kuijpers- Jagtman AM. Smile attractiveness: self-perception and influence on perso-
theory of facial attractiveness. Cogn Affect Behav Neurosci. 2014; 14(3):1061–76. nality. Angle Orthod. 2007; 77:759–765.
2. Halberstadt J, Rhodes G. The attractiveness of nonface averages: implications for an evolutionary explanation of the attractive- 24. Mueser KT, Grau BW, Sussman S, Rosen AJ. You’re only as pretty as you feel: facial expression as a determinant of physical
ness of average faces. Psychol Sci. 2000; 11(4):285–9. attractiveness. J Pers Soc Psychol. 1984; 46:469.
3. Aharon I, Etcoff N, Ariely D, Chabris CF, O’Connor E, Breiter HC. Beautiful faces have variable reward value: fMRI and behavioral 25. Sarver D, Jacobson RS. The aesthetic dentofacial analysis. Clin Plast Surg. 2007; 34:369–394.
evidence. Neuron. 2001; 32(3):537–51.
26. Schmid PM. Sculptural Aesthetic Surface Anatomy of the Face. Advances in Cosmetic Surgery 2 (2019) 11–21.
4. Adams, Reginald & Kleck, Robert. (2003). Perceived Gaze Direction and the Processing of Facial Displays of Emotion. Psycho-
27. Shamban A. The signature featureTM : A new concept in beauty. J Cosmet Dermatol. 2019;18(3):692-699.
logical science. 14. 644-7. 10.1046/j.0956-7976.2003.psci_1479.
28. Ekman P (1993) Facial expression and emotion. Am Psychol 48(4):384–392.
5. Aharon I, Etcoff N, Ariely D, Chabris CF, O’Connor E, Breiter HC. Beautiful faces have variable reward value: fMRI and behavioral
evidence. Neuron. 2001; 32(3):537-551. 29. Kirkpatrick SW, Bell FE, Johnson C, Perkins J, Sullivan LA(1996) Interpretation of facial expressions of emotion: the influence of
eyebrows. Genet Soc Gen Psychol Monogr 122(4):405–423.
6. Hoehl S, Peykarjou S. The early development of face processing--what makes faces special?. Neurosci Bull. 2012; 28(6):765-
788. 30. Scomacao IR, Graf RM, Maluf I Jr, Forte AJ, da Silva Freitas R(2013) Evaluation of photographic variables in patients withindica-
tion for facial rejuvenation. Aesthet Plast Surg 37(6):1114–1119.
7. Wilkinson N, Paikan A, Gredebäck G, Rea F, Metta G. Staring us in the face? An embodied theory of innate face preference. Dev
Sci. 2014; 17(6):809-825. 31. Zimm AJ, Modabber M, Fernandes V, Karimi K, Adamson PA(2013) Objective assessment of perceived age reversal and impro-
vement in attractiveness after aging face surgery. JAMAFac Plast Surg 15(6):405–410.
8. Condon WS, Sander LW. Neonate movement is synchronized with adult speech: interactional participation and language acqui-
sition. Science. 1974; 183(4120):99-101. 32. Chauhan N, Warner JP, Adamson PA (2012) Perceived age changeafter aesthetic facial surgical procedures quantifying outco-
mes ofaging face surgery. Arch Fac Plast Surg 14(4):258–262.
9. Flom R, Bahrick LE. The development of infant discrimination of affect in multimodal and unimodal stimulation: The role of inter-
sensory redundancy. Dev Psychol. 2007; 43(1):238-252. 33. Kwart DG, Foulsham T, Kingstone A (2012) Age and beauty arein the eye of the beholder. Perception 41(8):925–938.
10. Rochat P. The innate sense of the body develops to become a public affair by 2-3 years. Neuropsychologia. 2010; 48(3):738- 34. Sezgin B, Findikcioglu K, Kaya B, Sibar S, Yavuzer R (2012)Mirror on the wall: a study of women’s perception of facialfeatures as
745. they age. Aesthet Surg J 32(4):421–425.
11. Terry RL, Davis JS. Components of facial attractiveness. PerceptMot Skills 1976;42(3):918. 35. Ramesh S, Johnson P, Sarcu D, Wulc AE. Gravity in Midfacial Aging: A 3- Dimensional Study [published online ahead of print,
2020 Jan 24]. Aesthet Surg J. 2020; sjaa021.
12. Shaw WC. The influence of children’s dentofacial appearance ontheir social attractiveness as judged by peers and lay adults.
Am JOrthod 1981;79(4):399-415. 36. Gosain, A. K., Klein, M. H., Sudhakar, P. V., & Prost, R. W. (2005). A Volumetric Analysis of Soft-Tissue Changes in the Aging Mi-
dface Using High-Resolution MRI: Implications for Facial Rejuvenation. Plastic and Reconstructive Surgery, 115(4), 1143– 1152.
13. Jones B. Beauty. Sunday Times. Dec. 11, 1977;6:74-75.
37. Cotofana S, Schenck TL, Trevidic P, et al. Midface: Clinical Anatomy and Regional Approaches with Injectable Fillers. Plast Re-
14. Shepherd J, Davies G, Ellis H. Studies of cue saliencey. In: DaviesG, Ellis H, Shepherd J, eds. Perceiving and Remembering
constr Surg. 2015;136(5 Suppl):219S-234S.
Faces. NewYork City: Academic Press; 1981:105-131.
38. Palermo E. Anatomy of the periorbital region. Surg Cosmet Dermatol 2013;5(3):24556.
15. Chua HF, Boland JE, Nisbett RE. Cultural variation in eye move-ments during scene perception. Proc Natl Acad Sci USA
2005;102(35):12629-12633. 39. Petruzzelli GJ, Hampson CM, Meyers AD, Kokoska MS, Kellman RM, Slack CL, et al. Orbit Anatomy. [Internet]. New York: Meds-
cape; 2011 [cited 2013 Sept 9]. Available from: http://emedicine.medscape.com/article/835021-overview.
16. Berlyne DE. The influence of complexity and novelty in visual fig-ures on orienting responses. J Exp Psychol 1958;55(3):289-296.
40. Salasche SJ, Bernstein G, Senkarik M. Surgical anatomy of the skin. Appleton& Lange, 1988. p. 183-197.
17. Biederman I, Mezzanotte RJ, Rabinowitz JC. Scene perception:detecting and judging objects undergoing relational violations.
CognPsychol 1982;14(2):143-177. 41. Smith RL. Anatomia da órbita: introdução. [Internet]. São Paulo: Unifesp. Disponível em: www.oftalmo.epm.br/aluno/discipli-
na_eletiva/anatomia_olho/anatomia_olho.pdf.
18. Yarbus AL (1967) Eye movements and visions. Plenum Press, New York.
42. Kaminer MS, Dover JS, Arndt kA. Atlas of Cosmetic Surgery. Saunders, 2002,351-384.
19. Baud Baudouin J-Y, Tiberghien G. Symmetry, averageness, and feature size in the facial attractiveness of women. Acta Psychol
(Amst). 2004; 117: 313–332. 43. Palermo EC. Rejuvenescimento da região palpebral. In: Kadunc B, Palermo E, Addor F, Metsavaht L, Rabello L, Mattos R, et al.
Tratado de cirurgia dermatológica, cosmiatria e laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012.
20. Rhodes G, Proffitt F, Grady JM, Sumich A. Facial symmetry and the perception of beauty. Psychon Bull Rev. 1998; 5:659–669.
p. 455-87.
21. Dorsey J, Korabik K. Social and psychological motivations for orthodontic treatment. Am J Orthod. 1977; 72:460.
44. Lacordia MHFA, Januario FSM, Pereira JCC. Estrabismo após toxina botulínica para fins estéticos. Rev Bras Oftalmol.
22. Cross JF, Cross J. Age, sex, race, and the perception of facial beauty. Dev Psychol. 1971; 5:433. 2011;70(3):179-81.

166 167
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 1 - BEAUTY DEFYNERS
45. Cotofana S, Gotkin RH, Frank K, Lachman N, Schenck TL. Anatomy Behind the Facial Overfilled Syndrome: The Transverse 68. Floyd EM, Perkins SW. Managing the Lower Eyelid Complex in the Thick- Skinned Patient. Facial Plast Surg. 2018;34(1):50-58.
Facial Septum. Dermatol Surg. 2019;10.1097
69. Stutman RL, Codner MA. Tear trough deformity: review of anatomy and treatment options. Aesthet Surg J. 2012;32(4):426-440.
46. Woodward JA. Periocular Fillers and Related Anatomy. Cutis. 2016; 98:330-335
70. Scheuer JF 3rd, Sieber DA, Pezeshk RA, Campbell CF, Gassman AA, Rohrich RJ. Anatomy of the Facial Danger Zones: Maxi-
47. Glashofer MD, Flynn TC. Complications of temporary fillers. In: Carruthers J, Carruthers A, Dover JS, Alam M, eds. Procedures mizing Safety during Soft-Tissue Filler Injections. Plast Reconstr Surg. 2017 Jan; 139(1):50e-58e.
in Cosmetic Dermatology: Soft Tissue Augmentation. 3rd ed. London: Elsevier Saunders; 2013:179–187
71. Goldman A, Wollina U. Facial rejuvenation formiddle-aged women: a combined approach withminimally invasive procedures. Clin
48. O’Brien JX, Ashton MW, Rozen WM, Ross R, Mendelson BC. New perspectives on the surgical anatomy and nomenclature of Interv Aging 2010; 5:293–9.
the temporal region. Plast Reconstr Surg 2013;131(3): 510—22.
72. Sandoval LF, Huang KE, Davis SAet al. Trends in the use of neurotoxins and dermal fillers by US physicians. J Clin Aesthet Der-
49. Mojallal A, Cotofana S. Anatomy of lower eyelid and eyelid-cheek junction. Ann Chir Plast Esthet. 2017;62(5):365-374. matol2014; 7:14–9.
50. Chia CY, Almeida MW, Ritter PD, de Aquino Nery E. Malar fat pad reposition- ing in facelifting: a simple technique of suspension 73. Stocks D, Sundaram H, Michaels Jet al. Rheological evaluation of the physical properties of hyaluronic acid dermal fillers. J Drugs
and fixation. Aesthet Surg J 2010; 30: 790–797 Dermatol 2011; 10: 974–80.
51. Rohrich RJ, Pessa JE. The fat compartments of the face: anatomy and clinical implications for cosmetic surgery. Plast Reconstr 74. Stutman RL, Codner MA. Tear trough deformity: review of anatomy and treatment options. Aesthet Surg J. 2012;32(4):426-440.
Surg 2007; 119: 2219–2227, discussion 2228–2231
75. Raspaldo H, Gassia V, Niforos FRet al. Global, 3-dimen-sional approach to natural rejuvenation: part 1 - recommendations for
52. Rohrich RJ, Arbique GM, Wong C, Brown S, Pessa JE. The anatomy of suborbi- cularis fat: implications for periorbital rejuvena- volume restoration and the periocular area. J Cosmet Dermatol 2012; 11: 279–89.
tion. Plast Reconstr Surg 2009; 124: 946– 951
76. Pessa J, Rohrich R. Facial Topography: Clinical Anatomy of the Face. St. Louis: Quality Medical Publishing; 2012.
53. Kikkawa DO, Lemke BN, Dortzbach RK. Relations of the superficial musculoaponeurotic system to the orbit and charac- teriza-
77. Ross, J. J., & Malhotra, R. (2010). Orbitofacial Rejuvenation of Temple Hollowing With Perlane Injectable Filler. Aesthetic Surgery
tion of the oribitomalar ligament. Ophthal Plast Reconstr Surg. 1996; 12: 77-88.
Journal, 30(3), 428–433
54. Muzaffar AR, Mendelson BC, Adams WP. Surgical anatomy of the ligamentous attachments of the lower lid and lateral canthus.
78. Raspaldo, H. (2012). Temporal Rejuvenation with Fillers: Global Faceculpture Approach. Dermatologic Surgery, 38(2 Part 1),
Plast Reconstr Surg 2002;110(3):873— 84.
261–265.
55. Wong C-H, Hsieh MKH, Mendelson B. The Tear Trough Ligament. Plast Reconstr Surg 2012;129(6):1392—402.
79. Surek, C. C. (2019). Facial Anatomy for Filler Injection. Clinics in Plastic Surgery, 46(4), 603–612
56. Furnas DW. The retaining ligaments of the cheek. Plast Reconstr Surg. 1989; 83:11-16.
80. Cotofana S, Gaete A, Hernandez CA, et al. The six different injection techniques for the temple relevant for soft tissue filler aug-
57. Ha RY, Nojima K, Adams WP, Brown SA. Analysis of facial skin thickness: defining the relative thickness index. Plast Reconstr mentation procedures - Clinical anatomy and danger zones. J Cosmet Dermatol. 2020;19(7):1570-1579.
Surg 2005;115(6):1769—73
81. Thornhill R, Gangestad S. Facial attractiveness. Trends Cogn Sci 1999; 3(12):452–60.
58. Terminologia anatomica: international anatomical terminology by the Federative Committee on Anatomical Terminology (FCAT).
82. Farkas L. Anthropometry of the head and face in medi-cine. New York: Elsevier; 1981.
Stuttgart: Georg Thieme Verlag [ISBN-10: 3-13].
83. Frankel A, Mehta U. Nasal analysis. In: Azizzadeh B, Murphy M,Johnson C Jr, Numa W, eds. Master Techniques in Rhinoplasty.
59. Surek CK, Vargo J, Lamb J. Deep Pyriform Space. Plast Reconstr Surg 2016;138(1):59—64.
Philadelphia, PA: Elsevier; 2011:31–42.
60. Foster J, ed. Orbit, Eyelids, and Lacrimal System. San Francisco, CA: American Academy of Ophthalmology; 2016. 2016-2017
84. Weeks DM, Thomas JR. Beauty in a multicultural world. Facial PlastSurg Clin North Am 2014;22(3):337–341
Basic and Clinical Science Course; section 7.
85. Bloom JD, Antunes MB, Becker DG. Anatomy, physiology, andgeneral concepts in nasal reconstruction. Facial Plast Surg Clin-
61. Cotofana S, Steinke H, Schlattau A, Schlager M, Sykes JM, Roth MZ, et al. The anatomy of the facial vein: implications for plastic,
North Am 2011;19(1):1–11.
reconstructive, and aesthetic procedures. Plast Reconstr Surg 2017;139(6):1346—53.
86. Hur MS. Anatomical relationships of the procerus with the nasal ala and the nasal muscles: transverse part of the nasalis and
62. Zide BM, Jelks GW. Surgical Anatomy of the Orbit: The System of Zones. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins; 2006.
levator labii superioris alaeque nasi. Surg Radiol Anat. 2017 Aug;39(8):865-869.
63. Floyd EM, Perkins SW. Managing the Lower Eyelid Complex in the Thick- Skinned Patient. Facial Plast Surg. 2018;34(1):50-58.
87. Kuramoto E, Yoshinaga S, Nakao H, Nemoto S, Ishida Y. Characteristics of facial muscle activity during voluntary facial ex-
64. Stutman RL, Codner MA. Tear trough deformity: review of anatomy and treatment options. Aesthet Surg J. 2012;32(4):426-440. pressions: Imaging analysis of facial expressions based on myogenic potential data. Neuropsychopharmacol Rep. 2019
Sep;39(3):183- 193.
65. Perkins SW, Prischmann J. The art of blepharoplasty. Facial PlastSurg 2011;27(01):58–66
88. Guyuron B. Rhinoplasty. Edinburgh, UK: Elsevier/Saunders; 2012.
66. Perkins SW, Latorre R. Blepharoplasty: a facial plastic surgeon’sperspective: In: Romo T, ed. Aesthetic Facial Plastic Surgery.
New York, NY: Thieme; 2000:262–287 89. Kim DW, Mau T. Surgical anatomy of the nose: a foundation forrhinoplasty. In: Johnston JT, Rosen CA, eds. Bailey’s Head and
NeckSurgery: Otolaryngology. Vol 2. 5th ed. Baltimore, MD: LippincottWilliams and Wilkins; 2014:2919–2940
67. Sultan B, Genther DJ, Perkins SW. Measurement of change inlower eyelid position in patients undergoing transcutaneousskin-
-muscleflap lower eyelid blepharoplasty. JAMA Facial PlastSurg 2016;18(06):429–435 90. Prendergast PM. Anatomy of the face and neck. In: Shiffman MA, Di Giuseppe A, eds. Cosmetic Surgery: Art and Techniques.
Berlin: Springer; 2013:29–45

168 169
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 1 - BEAUTY DEFYNERS
91. Jung DH, Kim HJ, Koh KS, Oh CS, Kim KS, Yoon JH, Chung IH: Arterial supply of the nasal tip in Asians. Laryngoscope 110: 113. Clymer MA. Evolution in techniques: Lip augmentation. Facial Plast Surg. 2007;23:21.
308–311 (2000).
114. Surek CK, Vargo J, Lamb J. Deep pyriform space: anatomicalclarifications and clinical implications. Plast Reconstr Surg
92. Nakajima H, Imanishi N, Aiso S: Facial artery in the upper lip and nose: Anatomy and clinical application. Plast Reconstr Surg 2016;138(1):59–64.
109: 855–861 (2002)
115. Pezeshk RA, Stark RY, Small KH, Unger JG, Rohrich RJ. Role of Autologous Fat Transfer to the Superficial Fat Compartments
93. Yun YS, Choi JC, Jung DH. External nasal appearance by Koreans, photo analysis. J Rhinol 1998;5(2):103–7. for Perioral Rejuvenation. Plast Reconstr Surg. 2015;136(3):301e-309e.
94. Moon, H. J. (2018). Injection Rhinoplasty Using Filler. Facial Plastic Surgery Clinics of North America, 26(3), 323–330. 116. Rohrich RJ, Pessa JE. The anatomy and clinical implications of perioral submuscular fat. Plast Reconstr Surg. 2009;124(1):266-271.
95. Lighthall JG, Fedok FG. Treating Scars of the Chin and Perioral Region. Facial Plast Surg Clin North Am. 2017;25(1):55-71. 117. Ponsky D, Guyuron B. Comprehensive surgical aesthetic enhancement and rejuvenation of the perioral region. Aesthet Surg J.
2011;31:382–391.
96. Sarnoff D, Gotkin R. Six steps to the “perfect” lip. J Drugs Dermatol 2012; 11 (9): 1081–8.
118. Perkins NW, Smith SP Jr, Williams EF III. Perioral rejuvenation: Complementary techniques and procedures. Facial Plast Surg
97. Iblher N, Kloepper J, Penna V, et al. Changes in the aging upper lip-a photomorphometric and MRI-based study (on a quest to
Clin North Am. 2007;15:423–432, vi.
find the right rejuvenation approach). J Plast Reconstr Aesthet Surg 2008; 61(10): 1170–6.
119. Pezeshk RA, Stark RY, Small KH, Unger JG, Rohrich RJ. Role of Autologous Fat Transfer to the Superficial Fat Compartments
98. Wilson AJ, Chin BC, Hsu VM, Mirzabeigi MN, Percec I. Digital image correlation: A novel dynamic three-dimensional ima-
for Perioral Rejuvenation. Plast Reconstr Surg. 2015;136(3):301e-309e.
ging technique for precise quantification of the dynamic rhytid and botulinum toxin type a efficacy. Plast Reconstr Surg.
2015;135(5):869e-876e. 120. Kesselring UK. Rejuvenation of the lips. Ann Plast Surg. 1986; 16:480.
99. Wilson AJ, Chang B, Taglienti AJ, et al. A quantitative analysis of onabotulinumtoxinA, abobotulinumtoxinA, and incobotulinum- 121. Rohrich, R. J., & Pessa, J. E. (2009). The Anatomy and Clinical Implications of Perioral Submuscular Fat. Plastic and Recons-
toxinA: A randomized, double-blind, prospective clinical trial of comparative dynamic strain reduction. Plast Reconstr Surg. tructive Surgery, 124(1), 266–271.
2016;137:1424-1433.
122. Thayer ZM, Dobson SD. Geographic variation in chin shape challenges the universal facial attractiveness hypothesis. PLoS One
100. Chang CS, Chang BL, Lanni M, Wilson AJ, Beer J, Percec I. Perioral Rejuvenation: A Prospective, Quantitative Dynamic Three- 2013; 8:e60681.
-Dimensional Analysis of a Dual Modality Treatment. Aesthet Surg J. 2018;38(11):1225-1236.
123. Fabi SG, Massaki AN, Goldman MP. Clinical efficacy and safety of monopolar radiofrequency device with comfort pulse techno-
101. Goldman A, Wollina U. Elevation of the corner of the mouth using botulinum toxin type A. J Cutan Aesthet Surg. 2010;3(3):145– logy for the treatment of facial and neck laxity in men. Skinmed 2016;14:181–5
150.
124. Dendle J, Wu D, Fabi S, Belo C, et al. A retrospective evaluation of subsurface monopolar radiofrequency for lifting of the face,
102. Wollina U, Payne CR. Aging well – the role of minimally invasive aesthetic dermatological procedures in women over 65. J Cos- neck and body. Dermatol Surg 2016; 42:1261–5.
met Dermatol. 2010;9(1):50–58.
125. Almeida T. The facial Platysma and its underappreciated role in lower face dynamics and contour. Dermatol Surg 2017;43:1402–9.
103. Wollina U. Perioral rejuvenation: restoration of attractiveness in aging females by minimally invasive procedures. Clin Interv Aging.
126. Coleman KR, Carruthers J. Combination therapy with BOTOX and fillers: the new rejuvenation paradigm. Dermatol Ther 2006;
2013;8:1149-1155.
19:177–88.
104. Beer , K. R. (2007). Rejuvenation of the lip with injectables. Retrieved from http://medscape.com/viewarticle/559079.
127. Dayan SH, Ellis DA, Moran ML. Facial fillers: discussion and debate. Facial Plast Surg Clin North Am 2012; 20:245–64.
105. Phillips JL, Weller RN, Kulid JC. The mental foramen: Part I. Size, orientation, and positional relation to the mandibular second
128. Mittelman, H., & Fedok, F. (2016). Augmenting the Prejowl: Deciding between Fat, Fillers, and Implants. Facial Plastic Surgery,
premolar. J Endod. 1990; 16: 221-3.
32(05), 513–519.
106. Nishioka GJ. Neurosensory disturbance associated with the anterior mandibular horizontal osteotomy. J Oral Maxillofac Surg.
129. Cunningham MR, Barbee AP, Pike CL: What do women want? Facialmetric assessment of multiple motives in the perception of
1988; 46:107-10.
male facial physical attractiveness. J Pers Soc Psychol 59:61-72, 1990.
107. Lee , S. , Gil , Y. C. , Choi , Y. J. , Tansati , T. , Kim , H. J. , & Hu , K. S . (2015). Topographic anatomy of the superior labial artery
130. Volpe CR, Ramirez OM: The beautiful eye. Facial Plast Surg Clin North Am 13:493-504, 2005.
for dermal fi ller injection. Plastic and Reconstructive Surgery, 135(2), 445 – 450 .
131. Geary DC, Vigil J, Byrd-Craven J: Evolution of human mate choice. J Sex Res 41:27-42, 2004.
108. Samizadeh S, Pirayesh A, Bertossi D. Anatomical Variations in the Course of Labial Arteries: A Literature Review [published cor-
rection appears in Aesthet Surg J. 2019 Nov 13;39(12):NP555]. Aesthet Surg J. 2019;39(11):1225-1235. 132. Korczyn AD, Laor N, Nemet P: Sympathetic pupillary tone in old age. Arch Ophthalmol 94:1905-1906, 1976.
109. Lee SH, Lee M, Kim HJ. Anatomy-based image processing analysis of the running pattern of the perioral artery for minimally 133. Schreiber JE, Singh NK, Klatsky SA: Beauty lies in the “eyebrow” of the beholder: a public survey of eyebrow aesthetics. Aesthet
invasive surgery. Br J Oral Maxillofac Surg. 2014;52(8):688-692. Surg J 25:348-352, 2005.
110. Wang D, Chen W. Zhongguo Xiu Fu Chong Jian Wai Ke Za Zhi. 2017;31(2):246-250. 134. Heidekrueger PI, Sinno S, Tanna N, Szpalski C, Juran S, Schmauss D, Ehrl D, Ng R, Ninkovic M, Broer PN: The Ideal Buttock
Size: A Sociodemographic Morphometric Evaluation. Plast Reconstr Surg 140:20e-32e, 2017.
111. Kruglikov I, Trujillo O, Kristen Q, et al. The Facial Adipose Tissue: A Revision. Facial Plast Surg. 2016;32(6):671-682.
112. Ohana J. L’utilisation de lambeaux locaux dans la reconstruction faciale [Use of local flaps in facial reconstruction]. Ann Chir Plast
Esthet. 1986;31(1):94-96.

170 171
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 2 - SKIN QUALITY
1. Fisher GJ, Varani J, Voorhees JJ. Looking older: fibroblast collapse and therapeutic implications. Arch Dermatol. 2008;144(5):666- 21. Quan T, Wang F, Shao Y, Rittie´ L, Xia W, Orringer JS, Voorhees JJ, Fisher GJ. 2013. Enhancing structural support of the dermal
672. microenvironment activates fibroblasts, endothelial cells, and keratinocytes in aged human skin in vivo. J Invest Dermatol 133:
658–667.
2. Wu Y, Tian Y, Xu J, Zhong S, Wang R, Wu W. A randomized study showing improved skin quality and aesthetic appearance of
dorsal hands after hyaluronic acid gel treatment in a Chinese population. J Cosmet Dermatol. 2020;19(7):1627-1635. 22. Oh JH, Kim YK, Jung JY, Shin JE, Kim KH, Cho KH, et al.: Intrinsic aging- and photoagingdependent level changes of glycosa-
minoglycans and their correlation with water content in human skin. J Dermatol Sci 62: 192-201, 2011.
3. Pang H, Chen T, Wang X, Chang Z, Shao S, Zhao J. Quantitative evaluation methods of skin condition based on texture feature
parameters. Saudi J Biol Sci. 2017;24(3):514-518. 23. Stern R, Maibach HI: Hyaluronan in skin: aspects of aging and its pharmacologic modulation. Clin Dermatol 26: 106-122, 2008.
4. Hayflick L, Moorhead PS. The serial cultivation of human diploid cell strains. Exp Cell Res 1961;25:585-621. 24. Anderegg U, Simon JC, Averbeck M: More than just a filler - the role of hyaluronan for skin homeostasis. Exp Dermatol 23: 295-
303, 2014.
5. Buckingham EM, Klingelhutz AJ. The role of telomeres in the ageing of human skin. Exp Dermatol 2011; 20:297-302.
25. Oh JH, Kim YK, Jung JY, Shin JE, Chung JH: Changes in glycosaminoglycans and related proteoglycans in intrinsically aged
6. Quan T. Molecular mechanisms of skin aging and age-related diseases. Available at: https://books.google.cz/books?id=j-
human skin in vivo. Exp Dermatol 20: 454-456, 2011.
771CwAAQBAJ&dq= smetana+lacina+brož&hl=cs&source=gbs_navlinks_s. Accessed August 10, 2018.
26. Anderegg U, Simon JC, Averbeck M: More than just a filler - the role of hyaluronan for skin homeostasis. Exp Dermatol 23: 295-
7. Mays PK, Bishop JE, Laurent GJ. Age-related changes in the proportion of types I and III collagen. Mech Ageing Dev 1988;
303, 2014.
45:203-212.
27. Bourguignon LY, Wong G, Xia W, Man MQ, Holleran WM, Elias PM: Selective matrix (hyaluronan) interaction with CD44 and
8. Alaish SM, Yager D, Diegelmann RF, et al. Biology of fetal wound healing: hyaluronate receptor expression in fetal fibroblasts. J
RhoGTPase signaling promotes keratinocyte functions and overcomes age-related epidermal dysfunction. J Dermatol Sci 72:
Pediatr Surg 1994;29:1040- 1043.
32-44, 2013.
9. Skardal A, Murphy SV, Crowell K, et al. A tunable hydrogel system for long- term release of cell-secreted cytokines and bioprinted
28. Lee DH, Oh JH, Chung JH. Glycosaminoglycan and proteoglycan in skin aging. J Dermatol Sci. 2016;83(3):174-181.
in situ wound cell delivery. J Biomed Mater Res B Appl Biomater 2017; 105:1986-2000.
29. Wang F, Garza LA, Kang S, et al. In vivo stimulation of de novo collagen production caused by crosslinked hyaluronic acid dermal
10. Strnadova K, Sandera V, Dvorankova B, et al. Skin aging: the dermal perspective. Clin Dermatol. 2019;37(4):326-335.
filler injections in photodamaged human skin. Arch Dermatol 2007; 143(2):155–63.
11. Lynch B, Bonod-Bidaud C, Ducourthial G, et al. How aging impacts skin biomechanics: a multiscale study in mice. Sci Rep 2017;
30. Baumann L. Dermal fillers. J Cosmet Dermatol 2004; 3(4):249–50
7:13750.
31. Huss FR, Nyman E, Bolin JS, et al. Use of macroporous gelatine spheres as a biodegradable scaffold for guided tissue regene-
12. Ross R, Leger L, Morris D, de Guise J, Guardo R. 1992. Quantification of adipose tissue by MRI: Relationship with anthropome-
ration of healthy dermis in humans: an in vivo study. J Plast Reconstr Aesthet Surg 2010;63(5):848–57.
tric variables. J Appl Physiol 72: 787–795.
32. Bogdan Allemann I, Baumann L. Hyaluronic acid gel (Juvederm) preparations in the treatment of facial wrinkles and folds. Clin
13. Ross R, Shaw KD, Martel Y, de Guise J, Avruch L. 1993. Adipose tissue distribution measured by magnetic resonance imaging
Interv Aging 2008;3(4): 629–34.
in obese women. Am J Clin Nutr 57: 470–475.
33. Rohrich RJ, Ghavami A, Crosby MA. The role of hyaluronic acid fillers (Restylane) in facial cosmetic surgery: review and technical
14. Rohrich RJ, Pessa JE. 2008. The retaining system of the face: Histologic evaluation of the septal boundaries of the subcutaneous
considerations. Plast Reconstr Surg 2007;120(Suppl 6):41S–54S.
fat compartments. Plast Reconstr Surg 121: 1804–1809.
34. Huss FR, Nyman E, Bolin JS, et al. Use of macroporous gelatine spheres as a biodegradable scaffold for guided tissue regene-
15. Chumlea WC, Baumgartner RN. 1989. Status of anthropometry and body composition data in elderly subjects. Am J Clin Nutr
ration of healthy dermis in humans: an in vivo study. J Plast Reconstr Aesthet Surg 2010;63(5):848–57.
50: discussion 1231–1235.
35. Kim ZH, Lee Y, Kim SM, et al. A composite dermal filler comprising cross- linked hyaluronic acid and human collagen for tissue
16. GuoW, Pirtskhalava T, Tchkonia T, XieW, Thomou T, Han J, Wang T, Wong S, Cartwright A, Hegardt FG, et al. 2007. Aging results
reconstruction. J Microbiol Biotechnol 2015;25(3):399–406.
in paradoxical susceptibility of fat cell progenitors to lipotoxicity. Am J Physiol Endocrinol Metab 292: E1041–E1051.
36. Mashiko T, Mori H, Kato H, et al. Semipermanent volumization by an absorbable filler: onlay injection technique to the bone. Plast
17. Uitto J. 2008. The role of elastin and collagen in cutaneous aging: intrinsic aging versus photoexposure. J Drugs Dermatol.
Reconstr Surg Glob Open 2013;1(1). pii:e4–e14.
Feb;7(2 Suppl):s12-6.
37. Pierre S, Liew S, Bernardin A. Basics of dermal filler rheology. Dermatol Surg 2015;41(Suppl 1):S120–6.
18. Varani J, Perone P, Fligiel SE, Fisher GJ, Voorhees JJ. 2002. Inhibition of type I procollagen production in photodamage: Cor-
relation between presence of high molecular weight collagen fragments and reduced procollagen synthesis. J Invest Dermatol 38. Caton T, Thibeault SL, Klemuk S, et al. Viscoelasticity of hyaluronan and nonhyaluronan based vocal fold injectables: implications
119: 122–129. for mucosal versus muscle use. Laryngoscope 2007;117(3):516–21.
19. Mauch C, Hatamochi A, Scharffetter K, Krieg T. 1988. Regulation of collagen synthesis in fibroblasts within a threedimensional 39. Bogdan Allemann I, Baumann L. Hyaluronic acid gel (Juvederm) preparations in the treatment of facial wrinkles and folds. Clin
collagen gel. Exp Cell Res 178: 493–503. Interv Aging 2008;3(4): 629–34.
20. Rittie´ L, Berton A, Monboisse JC, Hornebeck W, Gillery P. 1999. Decreased contraction of glycated collagen lattices coincides 40. Pierre S, Liew S, Bernardin A. Basics of dermal filler rheology. Dermatol Surg 2015;41(Suppl 1):S120–6.
with impaired matrix metalloproteinase production. Biochem Biophys Res Commun 264: 488–492.

172 173
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 2 - SKIN QUALITY
41. Kerscher M, Bayrhammer J, Reuther T. Rejuvenating influence of a stabilized hyaluronic acid-based gel of nonanimal origin on
facial skin aging. Dermatol Surg. 2008;34:720–726.
42. Reuther T, Bayrhammer J, Kerscher M. Effects of a three-session skin rejuvenation treatment using stabilized hyaluronic acid-ba-
sed gel of non-animal origin on skin elasticity: a pilot study. Arch Dermatol Res. 2010;302:37–45.
43. Kerscher M, Bayrhammer J, Reuther T. Rejuvenating influence of a stabilized hyaluronic acid-based gel of nonanimal origin on
facial skin aging. Dermatol Surg. 2008;34:720–726.
44. Distante F, Pagani V, Bonfigli A. Stabilized hyaluronic acid of non-animal origin for rejuvenating the skin of the upper arm. Derma-
tol Surg. 2009;35(Suppl 1):389–393; discussion 394.
45. Amin SP, Phelps RG, Goldberg DJ. Mesotherapy for facial skin rejuvenation: a clinical, histologic, and electron microscopic
evaluation. Dermatol Surg. 2006;32:1467–1472.
46. Landau M, Fagien S. Science of Hyaluronic Acid Beyond Filling: Fibroblasts and Their Response to the Extracellular Matrix. Plast
Reconstr Surg. 2015;136(5 Suppl):188S-195S.
47. Landau M, Fagien S. Science of Hyaluronic Acid Beyond Filling: Fibroblasts and Their Response to the Extracellular Matrix. Plast
Reconstr Surg. 2015;136(5 Suppl):188S-195S.
48. Augustin M, Lange S, Wenninger K, Seidenglanz K, Amon U, Zschocke I. Validation of a comprehensive Freiburg Life Quality
Assessment (FLQA) core questionnaire and development of a threshold system. Eur J Dermatol. 2004;14; 107-113.
49. Bartus C, William Hanke C, Daro-Kaftan E. A decade of experience with injectable poly-L-lactic acid: a focus on safety. Dermatol
Surg. 2013;39; 698-705.
50. Haddad A, Menezes A, Guarnieri C, et al. Recommendations on the Use of Injectable Poly-L-Lactic Acid for Skin Laxity in Off-
-Face Areas. J Drugs Dermatol. 2019;18(9):929-935.
51. Lorenc ZP. Techniques for the optimization of facial and nonfacial volumization with injectable poly-l-lactic acid. Aesthetic Plast
Surg. 2012;36; 1222- 1229.
52. Lemperle G, Morhenn V, Charrier U. Human histology and persistence of various injectable filler substances for soft tissue aug-
mentation. Aesthetic Plast Surg. 2003;27; 354-366; discussion 367.
53. Vleggaar D, Bauer U. Facial enhancement and the European experience with Sculptra (poly-l- lactic acid). J Drugs Dermatol.
2004;3; 542-547.
54. Stein P, Vitavska O, Kind P, Hoppe W, Wieczorek H, Schürer NY. The biological basis for poly-L-lactic acid-induced augmenta-
tion. J Dermatol Sci. 2015;78(1):26-33.
55. Reszko AE, Sadick NS, Magro CM, Farber J. Late-onset subcutaneous nodules after poly-L- lactic acid injection. Dermatol Surg.
2009;35 Suppl 1; 380-384.
56. Junge K, Binnebosel M, von Trotha KT, Rosch R, Klinge U, U PN, et al. Mesh biocompatibility: effects of cellular inflammation and
tissue remodelling. Langenbecks Arch Surg. 2012;397; 255-270.
57. Stein P, Vitavska O, Kind P, Hoppe W, Wieczorek H, Schürer NY. The biological basis for poly-L-lactic acid-induced augmenta-
tion. J Dermatol Sci. 2015;78(1):26-33.
58. Goldberg, D., Guana, A., Volk, A., & Daro-Kaftan, E. (2013). Single-Arm Study for the Characterization of Human Tissue Respon-
se to Injectable Poly-L-Lactic Acid. Dermatologic Surgery, 39(6), 915–922.
59. Bohnert, K., Dorizas, A., Lorenc, P., & Sadick, N. S. (2019). Randomized, Controlled, Multicentered, Double-Blind Investigation
of Injectable Poly-L-Lactic Acid for Improving Skin Quality. Dermatologic Surgery, 45(5), 718–724.
60. Avelar LET and Cazerta CE. The improvement of the skin quality with the use of PLLA. J Dermat Cosmetol. 2018;2(2):101–102.

174 175
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 3 - HIPERIDROSE - TRATAMENTO COM
TOXINA BOTULINICA A 
1. Nawrocki S, Cha J. Botulinum toxin: pharmacology and injectable administration for the treatment of primary hyperhidrosis. J
Am Acad Dernatol. 2020;82:969-79.
2. Hasimoto EM, Cataneo DC, Reis TA, Cataneo AJ. Hyperhidrosis: prevalence and impact on quality of life. J Bras Pneumol.
2018;44(4):292-298.
3. Nawrocki S, Cha J. The etiology, diagnosis, and management of hyperhidrosis: A comprehensive review. Etiology and clinical
work-up. J Am Acad Dermatol. 2019;81:657-66.
4. Morard MRS, Martins RB, Ribeiro AL, et al. Primary hyperhidrosis prevalence and characteristics among medical students in Rio
de Janeiro. PLoS ONE. 2019;14(9): e0220664.
5. Homberger J, Grimes K, Naumann M, et al. Recognition, Diagnosis and treatment of primary focal hyperhidrosis. J Am Acad
Dermatol. 2004;51 (2):274-86.
6. Solish N, Bertucci V, Dansereau A, et al. A comprehensive approach to the recognition, diagnosis, and severity-based treatment
of focal hyperhidrosis: recommendations of the Canadian Hyperhidrosis Advisory Committee. Dermatol Surg. 2007;33:908-23.
7. Wolosker N, Tievelis MP, Krutman M, et al. Long-term results of the use of oxybutynin for the treatment of plantar hyperhidrosis.
Int J Dermatol. 2015;54:605-11.
8. Grabell D, Hebert A. Current and emerging medical therapies for primary hyperhidrosis. Dermatol Ther. 2017; 7:25-36.
9. Glaser DA, Hebert AA, Pariser DM, Solish N. Palmar and plantar hyperhidrosis: best practice recommendations and special
considerations. Cutis. 2007; 79(suppl 5):18-28.
10. Wechter T, Feldman SR, Taylor SL. The treatment of primary focal hyperhidrosis. Skin Ther Lett. 2019;24(1):1-7.
11. Nawrocki S, Cha J. The etiology, diagnosis, and management of hyperhidrosis: a comprehensive review. Therapeutic options. J
Am Acad Dernatol. 2019;81:669- 80.
12. Almeida ART, Moreira VRM, Ferrari F. Topical and systemic anticholinergic for treating hyperhidrosis. Shangai Chest. 2019; 3:41-
47.
13. Wolosker N, Krutman M, Teivelis MP, et al. Quality of Life before Hyperhidrosis Treatment as a Predictive Factor for Oxybutynin
Treatment Outcomes in Palmar and Axillary Hyperhidrosis. Ann Vasc Surg. 2014; 28: 970–976.
14. Bula de Dysport®.
15. Monheit GD, Pickett A. AbobotulinumtoxinA: a 25- year history. Aesth Surg J. 2017;(S1):S4-S11.
16. Naumann M, Lowe NJ, Kumar CR, Hamm H. Botulinum toxin type A is a safe and effective treatment for axillary hyperhidrosis
over 16 months: a prospective study. Arch Dermtol. 2003; 139(6):731-6.
17. Heckman M, Baumann AOC, Plewig G. Botulinum toxin A for axillary hyperhidrosis (excessive sweating). N Engl J Med. 2001;
344:488-93.
18. Talarico-Filho S, Mendonça Nascimento M, Sperandeo DE, A double-blind, randomized, comparative study of two type A botu-
linum toxins in the treatment of primary axillary hyperhidrosis. Dermatol Surg. 2007;33(1 Spec No.):S44-S50.
19. Bethin C, Maillard H. Duration of efficacy increases with the repetition of botulinum toxin A injections in primary axillary hyperhi-
drosis: a 15- year study in 117. Acta Derm Venereol. 2019;99:1237-40.
20. Rystedt A, Swartling C, Farnstrand C, Naver H. Equipotent concentrations of Botox and Dysport® in the treatment of palmar
hyperhidrosis. Acta Derm Venereol. 2008; 88:458-461.
21. Lowe NJ, Yamauchi OS, Lask G, Patnaik R, Iyer S. Efficacy and safety of botulinum toxin type A in the treatment of palmar
hyperhidrosis: a double- blind, randomized, placebo- controlled study. Derm Surg. 2002; 28:822-7.

176 177
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 4 - SIGNATURE TECHNIQUES
FIRM & LYFT™
1. Alessio R, Rzany B, Eve L, Grangier Y, Herranz P, Olivier-Masveyraud F, et al. European expert recommendations on the use of 20. Machado Filho CDS, Santos TC, Rodrigues APLJM, Cunha MG. Ácido Poli L Lático: um agente bioestimulador. Surg Cosmet
injectable poly-L- -lactic acid for facial rejuvenation. J Drugs Dermatol. 2014;13(9):1057-66. Dermatol. 2013;5(4):34550
2. Vleggaar D, Fitzgerald R, Lorenc ZP, Andrews JT, Butterwick K, Comstock J, et al. Consensus recommendations on the use of 21. Edsman K, Nord LI, Ohrlund A, Lärkner H, Kenne AH. Gel properties of hyaluronic acid dermal fillers. Dermatol Surg.
injectable poly-L-lactic acid for facial and nonfacial volumization. J Drugs Dermatol. 2014;13(4 Suppl):s44-51. 2012;38:1170–1179.
3. Goldberg D, Guana A, Volk A, Daro- Kaftan E. Single- arm study for the characterization of human tissue response to injectable 22. Narins RS, Brandt FS, Dayan SH, et al. Persistence of nasolabial fold correction with a hyaluronic acid dermal filler with retreat-
poly- l- lactic acid. Dermatol Surg. 2013;39(6): 915-922. ment: results of an 18-month extension study. Dermatol Surg. 2011 May;37(5):644-50.
4. Stein P, Vitavska O, Kind P, Hoppe W, Wieczorek H, Schürer NY. The biological basis for poly-L-lactic acid-induced augmenta- 23. Farhi D, Trevidic P, Kestemont P, et al. The Emervel French survey: a prospective real-practice descriptive study of 1,822 patients
tion. J Dermatol Sci. 2015;78:26-33. treated for facial rejuvenation with a new hyaluronic acid filler. J Drugs Dermatol. 2013;12(5):e88-e93.
5. Narins RS, Dayan SH, Brandt FS, et al. Persistence and improvement of nasolabial fold correction with nonanimal-stabilized 24. Talarico S, Meski AP, Buratini L, Manela-Azulay M, Simpson H, Sidou F, Kerrouche N. High Patient Satisfaction of a Hyaluronic
hyaluronic acid 100,000 gel particles/mL filler on two retreatment schedules: results up to 18 months on two retreatment sche- Acid Filler Producing Enduring Full-Facial Volume Restoration: An 18-Month Open Multicenter Study. Dermatol Surg. 2015
dules. Dermatol Surg. 2008;34(Suppl1):s2-8. Dec;41(12):1361-9
6. Lundgren B, Sandkvist U, Bordier N, Gauthier B. Using a new photo scale to compare integration of different hyaluronan based 25. Vanaman Wilson M, Jones I, Butterwick K, Fabi S. Role of nonsurgical chin augmentation in full face rejuvenation: a review and
fillers after injection in human ex vivo skin. J Drugs Dermatol. 2018;17(9):982-986. our experience. Dermatol Surg. 2018; 00:1-9.
7. Toledo Avelar LE, Cardoso MA, Santos Bordoni L, de Miranda Avelar L, de Miranda Avelar JV. Aging and Sexual Differences of 26. Cotofana S, Gotkin RH, Frank K, et al. The Functional Anatomy of the Deep Facial Fat Compartments: A Detailed Imaging-Based
the Human Skull. Plast Reconstr Surg Glob Open. 2017;5(4):e1297.  Investigation. Plast Reconstr Surg. 2019;143(1):53-63. 
8. Haddad A, Meski APG, Cazerta C, et al. Managing the Aesthetic Patient. J Drugs Dermatol. 2019;18(1):92-102. 27. Cotofana S, Lachman N. Anatomy of the Facial Fat Compartments and their Relevance in Aesthetic Surgery. J Dtsch Dermatol
Ges. 2019;17(4):399-413
9. Avelar LET, Cazerta CEP, Avè MN, Shitara DI. Dynamic Changes of Facial Supporting Cornerstones (Pillars): Considerations in
Aesthetic Approach. J Drugs Dermatol. 2018;17(4):466-470. 28. Casabona G, Frank K, Koban KC, et al. Lifting vs volumizing - The difference in facial minimally invasive procedures when res-
pecting the line of ligaments. J Cosmet Dermatol. 2019; 00:1-7
10. Haddad A, Kadunc BV, Guarnieri C, Noviello JS, Cunha MG, Parada MB. Conceitos atuais no uso do ácido poli- l- lático para
rejuvenescimento facial: revisão e aspectos práticos. Surg Cosmet Dermatol. 2017;9(1):60-71. 29. Suwanchinda A, Webb KL, Rudolph C, et al. The posterior temporal supraSMAS minimally invasive lifting technique using soft-
-tissue fillers. J Cosmet Dermatol. 2018;17:617–624.
11. Shaw RB, Jr., Kahn DM. Aging of the midface bony elements: a three- dimensional computed tomographic study. Plast Reconstr
Surg. 2007;119(2):675-81; discussion 82-3.
12. Mendelson B, Wong CH.  Changes in the facial skeleton with aging: implications and clinical applications in facial rejuvena-
tion. Aesthetic Plast Surg. 2012;36:753–760.
13. Wong CH, Mendelson B. Newer understanding of specific anatomic targets in the aging face as applied to injectables: aging
changes in the craniofacial skeleton and facial ligaments. Plast Reconstr Surg. 2015;136(5 Suppl):44S–48S.
14. Rohrich RJ, Pessa JE. The fat compartments of the face: anatomy. and clinical implications for cosmetic surgery. Plast Reconstr
Surg. 2007;119(7):2219-27; discussion 2228-31.
15. Quan T, Fisher GJ. Role of age-associated alterations of the dermal extracellular matrix microenvironment in human skin aging:
A Mini-Review. Gerontology. 2015;61(5):427-34.
16. Fisher GJ, Varani J, Voorhees JJ. Looking older: fibroblast collapse and therapeutic implications. Arch Dermatol.
2008;144(5):666-72.
17. Uitto J. The role of elastin and collagen in cutaneous aging: intrinsic aging versus photoexposure. J Drugs Dermatol. 2008
Feb;7(2 Suppl):s12-6.
18. Lacombe V. Sculptra: a stimulatory filler. Facial Plast Surg. 2009;25(2):95-9.
19. Fitzgerald R, Vleggaar D. Facial volume restoration of the aging face with poly-l-lactic acid. Dermatol Ther. 2011;24(1):2-27.

178 179
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 4 - SIGNATURE TECHNIQUES
RELAX & REFRESH
1. Haddad A, Meski APG, Cazerta C, et al. Managing the Aesthetic Patient. J Drugs Dermatol. 2019;18(1):92-102. 20. Bula de Dysport®
2. Toledo Avelar LE, Cardoso MA, Santos Bordoni L, de Miranda Avelar L, de Miranda Avelar JV. Aging and Sexual Differences of 21. Semchyshyn N, Sengelmann R. Botulinum toxin A treatment of perioral rythides. Dermatol Surg. 2003; 29:490-495.
the Human Skull. Plast Reconstr Surg Glob Open. 2017;5(4):e1297. 
22. Gubanova EI, Dyachenko YY, Rodina MY, et al. Brand new hydrobalance technology based on stabilized hyaluronic acid for
3. Sundaram H, Kiripolsky M. Non- surgical rejuvenation of the upper eyelid and brow. Clin Plast Surg. 2013; 40:55-76. long-term skin hydration. Esteticheskaya Meditsina (Aesthetic Medicine) 2010; 1:94-98.
4. Tansatit T, Apinuntrum P, Phetudom T. Cadaveric assessment of lip injections: locating the serious threats. Aesth Plast Surg. 23. Streker M, Reuther T, Krueger N, Kerscher M. Stabilized hyaluronic acid-based gel of non-animal origin for skin rejuvenation:
2017:41:430-440. face, hand, and décolletage. J Drugs Dermatol. 2013;12(9):990-994.
5. Ribé A, Ribé N. Neck skin rejuvenation: histological and clinical changes after combined therapy with a fractional non-ablative 24. Kerscher M, Bayrhammer J. ReutherT ReJuvenating influence of a stabilized hyaluronrc acid-based gel of nonanimal origin on
laser and stabilized hyaluronic acid-based gel of non-animal origin. J Cosmet Laser Ther. 2011;13(4):154-161.  facial skin aging. Dermatol Surg 2008; 34: 720-726
6. Streker M, Reuther T, Krueger N, Kerscher M. Stabilized hyaluronic acid-based gel of non-animal origin for skin rejuvenation: 25. Belmontesi M, Angelis F, Gregorio C, Iozzo I, Romagnoli M, Salti G. Injectable Non-Animal Stabilized Hyaluronic Acid as a Skin
face, hand, and décolletage. J Drugs Dermatol. 2013;12(9):990-994. Quality Booster: An Expert Panel Consensus. J Drugs Dermatol. 2078;77(1):83-88. 
7. Quan T, Fisher GJ. Role of age-associated alterations of the dermal extracellular matrix microenvironment in human skin aging: 26. Wang F. Garza LA Kang S, et al. In vivo stimulation of de novo collagen production caused by cross-linked hyaluronic acid dermal
A Mini-Review. Gerontology. 2015;61(5):427-34. filler injections in photodamaged human skin. Arch Dermatol. 2007;143: 155-163.
8. Landau M, Fagien S. Science of Hyaluronic Acid Beyond Filling: Fibroblasts and Their Response to the Extracellular Matrix. Plast 27. Distante F Pagani V. Bonfogli A Stabilized hyaluronic acid of non-animal origin for rejuvenating the skin of the upper arm. Dermatol
Reconstr Surg. 2015;136(5 Suppl):188S-195S.  Surg. 2009;35 389-393.
9. Carruthers JD, Glogau RG, Blitzer A. Facial Aesthetics Consensus Group Faculty. Advances in facial rejuvenation: botulinum type 28. Kane M, Monheit G. The practical use of abobotulinumtoxinA in Aesthetics. Aesth Surg J. 2017;37(S1):S12-S19.
A, hyaluronic acid dermal fillers and combination therapies consensus recommendations. Plast Reconstr Surg. 2008; 121 (S 5):
5S-30S. 29. Bertucci V, Lynde CB. Current Concepts in the Use of Small-Particle Hyaluronic Acid.  Plast Reconstr Surg. 2015;136(5 Su-
ppl):132S-138S. 
10. Greco JF, Soare A, Beddingfield F, Kim J. Eyes, lashes and brows. Approachs to periorbital rejuvenation. IN: Comprehensive
aesthetic rejuvenation: a regional approach. Editora: Informa Healthcare. 2012. 30. Kerscher M, et al. Restylane® Skinboosters™ for the improvement of the skin quality.Results of a consensus meeting. Cosmetic
Medicine. 2017; 17(2): 28-34.
11. Gubanova E, Caisey L. The aesthetic units of the lips. The lips shape and ageing. An aesthetic atlas. Ed. Med’com. 2012.
12. Fagien S, Carruthers JD. A comprehensive review of patient reported satisfaction with botulinum toxin type A for aesthetic pro-
cedures. Plast Reconstr Surg. 2008; 102:1915-25.
13. Molina B, David M, Jain R, Amselem M, Ruiz Rodriguez R, Ma MY et al. Patient satisfaction and efficacy of full facial rejuvenation
using a combination of botulinum toxin type A and hyaluronic acid filler. Dermatol Surg. 2015;41:S325-332.
14. Ascher B, Talarico S, Cassuto D, et al. International consensus recommendations on the aesthetic usage of botulinum toxin type
A (Speywood Unit)--Part I: Upper facial wrinkles. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2010;24(11):1278-1284
15. Ascher B, Talarico S, Cassuto D, et al. International consensus recommendations on the aesthetic usage of botulinum to-
xin type A (Speywood Unit)--Part II: Wrinkles on the middle and lower face, neck and chest. J Eur Acad Dermatol Venereol.
2010;24(11):1285-1295
16. Lorenc ZP, Kenkel JM, Fagien S, et al. A review of AbobotulinumtoxinA (Dysport®). Aesthet Surg J. 2013;33(1 Suppl):13S-7S. 
17. Hexsel D, Brum C, Porto MD, et al. Full-face injections of variable total doses of abobotulinum toxin type A: A randomized, phase
IV clinical trial of safety and efficacy. J Drugs Dermatol. 2013;12(12):1356-1362.
18. Beer K, Julius H, Dunn M, Wilson F. Remodeling of periorbital, temporal, glabellar and crow’s feet areas with hyaluronic acid and
botulinum toxin. J Cosmet Dermatol. 2013; 13:143-150.
19. Rubin MG, Cox SE, Kaminer MS, Solish N. Correcting age-related changes in the face by use of injectable fillers and neuroto-
xins. Semin Cutan Med Surg. 2014;33(4 Suppl):S81-S84. 

180 181
MAP 4.0 | The Beauty Journey

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 4 - SIGNATURE TECHNIQUES
KYSSABILITY
1. Wolina U, Goldman A. Sustained Attractiveness and Natural Youthful Appearance by Upper Lip Rejuvenation : Minimally Invasive 21. Nikolis A, Bertucci V, Solish N. Post- marketing study to evaluate lip enhancement, naturalness and both partner and subject
Procedures to Combat Facial Aging. Wien Med Wochenschr. 2018 Oct;168(13-14):361-366 satisfaction after treatment with HA. Poster presented at….
2. Gubanova E, Caisey L. The aesthetic units of the lips. The lips shape and ageing. An aesthetic atlas. Ed. Med’com. 2012. 22. Tansatit T, Apinuntrum P, Phetudom T. Cadaveric assessment of lip injections: locating the serious threats. Aesth Plast Surg.
3. Jacono A. A New Classification of Lip Zones to Customize Injectable Lip Augmentation. Arch Facial Plast Surg. 2008;10(1):25-29 2017:41:430-440.

4. Trevidic P, Criollo- Lamilla G. French kiss technique: an anatomical study and description of a new method for safe lip eversion. 23. Surek CC, Guisantes E, Schnarr K, Jelks G, Beut J. “No-Touch” Technique for Lip Enhancement.  Plast Reconstr Surg.
Dermatol Surg. 2020;00:1-8. 2016;138(4):603e-13e. 

5. Popenko N, Tripathi P, Devcic Z, Karimi K,Osann K, Wong B. A quantitative approach to determining the ideal female lip aesthetic 24. Dmitrieva, I. Lip enhancement: modern injection products. Anatomy and lip enhancement. Ed E2E.2013.
and its effect on facial attractiveness. JAMA Facial Plastic Surgery. 2017;19(4):261-267.
6. Kar M, Muluk NB, Bafaqeeh SA, Cingi C. Is it possible to define the ideal lips? Acta Otorhinolaryngol Ital 2018;38:67-72
7. Corduff N. The 12-point Revitalization Guide to Pan-facial Application of Injectable Fillers in Older Women. J Clin Aesthet Der-
matol. 2018;11(8):35–40
8. Cotofana S, Pretterklieber B, Lucius R, Frank K, Haas M, Schenck T et al. Distribution pattern of the superior and inferior labial
arteries: impact for safe upper and lower lip augmentation procedures. Plast Reconstr Surg. 2017;139:1075-1082.
9. Kapoor KM, Kapoor P, Heydenrych I, Bertossi D. Vision Loss Associated with Hyaluronic Acid Fillers: A Systematic Review of
Literature. Aesthetic Plast Surg. 2020;44(3):929-944
10. Chiu A, Fabi S, Dayan S, Nogueira A. Lip injection techniques using small- particle hyaluronic acid dermal filler. J Drugs Dermatol.
2016; 15(9):1076-1082.
11. Lee SH, Gil YC, Choi YJ, Tansatit T, KimHJ, Hu KS. Topographic anatomy of the superior labial artery for dermal filler injection.
PlastReconstrSurg. 2015;135:445–50.
12. Baudoin J, Meuli J, Summa P, Waft W, Raffoul W. A compreghensive guide to upper lip aesthetic rejuvenation. J Cosmet Der-
matol. 219; 18:444-450.
13. Gubanova E, Caisey L. Width of the lips. The lips shape and ageing. An aesthetic atlas. Ed. Med’com. 2012.
14. Gubanova E, Caisey L. Thickness of the lips. The lips shape and ageing. An aesthetic atlas. Ed. Med’com. 2012.
15. Penna, Vincenzo MD; Stark, G. Bjoern MD; Iblher, Niklas MD Aging Changes of the Male Lips—A Lesser Evil Than in Females?,
Annals of Plastic Surgery: March 2017 - Volume 78 - Issue 3 - p 334-337. 
16. Greene R. Comparing the use of injectable fillers for the youthful and more mature lip. Facial Plast Surg 2019; 35:134-139.
17. Lundgren B, Sandkvist U, Bordier N, Gauthier B. Using a new photo scale to compare integration of different hyaluronan based
fillers after injection in human ex vivo skin. J Drugs Dermatol. 2018;17(9):982-986.
18. Hilton S, Sattler G, Berg AK, Samuelson U, Wong, C. Randomized, Evaluator-Blinded Study Comparing Safety and Effect of Two
Hyaluronic Acid Gels for Lips Enhancement. Dermatol Surg. 2018;44:261–269.
19. Azib N et al. Anaesthesia of the lips prior to filler injection. Anatomy and lip enhancement. Ed E2E.2013.
20. Ghannam S, Sattler S, Frank K, Freytag D, Webb K, Devineni A, Cotofana S. Treating the lips and its anatomical correlate in
respect to vascular compromise. Facial Plast Surg. 2019;35:193-203.

182 183
MAP 4.0 | The Beauty Journey

DYSPORT® toxina botulínica A 300U e 500U.

Apresentação: embalagem contendo frasco-ampola com 300 U ou 500 U de pó liofilizado para uso intramus- kg, divididas entre ambos os membros inferiores. A dose total máxima administrada não deve exceder 1.000 U/
cular ou subcutâneo. Indicações: distonia cervical/torcicolo espasmódico; blefaroespasmo; espasmo hemifa- paciente. Distonia cervical / torcicolo espasmódico: dose inicial de 500 U, dividida e administrada em 2 a 3
cial; hiperidrose axilar e palmar em adultos; linhas faciais hiperfuncionais, incluindo linhas glabelares ou látero- músculos distônicos do pescoço e doses subsequentes na faixa de 250 a 1.000 unidades. Não são recomen-
-cantais; espasticidade de membros superiores e/ou inferiores em pacientes adultos pós-AVC; deformidade do dadas doses acima de 1.000 U. Blefaroespasmo e espasmo hemifacial: dose inicial de 40 U por olho; dose
pé equino espástico em pacientes adultos com espasticidade pós- AVC; deformidade em pé equino dinâmico máxima: 120 U por olho. Hiperidrose axilar: 100 U por axila, 10 U por ponto. Hiperidrose palmar: dose total por
em pacientes pediátricos portadores de paralisia cerebral com capacidade de deambulação e idade superior palma 120 U, sendo 10 U por ponto e dose máxima 30 U/kg. Linhas faciais hiperfuncionais: 50 U dividida em
a 2 anos. Contraindicações: hipersensibilidade à toxina botulínica A ou a qualquer outro componente da for- 5 pontos. Linhas latero-cantais moderadas a graves: 30 U por olho em pacientes com até 50 anos e 45 U por
mulação. Cuidados e advertências: as unidades de DYSPORT (unidades Speywood) são específicas e não
®
olho em pacientes acima de 50 anos. Linhas horizontais da região frontal: 30 a 45 U para tratamento parcial, e
são intercambiáveis com outras preparações de toxina botulínica A. A eficácia e a segurança de DYSPORT® de 60 a 80 U para paralisia total. Reações adversas: Reações adversas a DYSPORT® estão relacionadas, em
dependem do armazenamento adequado, seleção correta da dose e técnicas apropriadas de reconstituição geral, à fraqueza temporária da musculatura adjacente, que pode ser minimizada mediante uso das mínimas
e administração. A reconstituição somente deve ser feita com solução salina a 0,9% (soro fisiológico). DYS- doses eficazes, nos respectivos grupamentos. Espasticidade de membros inferiores em adultos pós-AVC: dis-
PORT® deve ser usado com cautela e sob cuidadosa supervisão em pacientes com evidências de deficiência fagia, fraqueza muscular nos membros inferiores, marcha anormal, lesão acidental/quedas. Espasticidade de
na transmissão neuromuscular (e.g. miastenia grave). Os pacientes e seus cuidadores devem ser alertados so- membros superiores em adultos pós-AVC: reações no local da injeção e fraqueza muscular. Espasticidade na
bre a necessidade de tratamento médico imediato em caso de problemas respiratórios, de deglutição ou fala. paralisia cerebral pediátrica: diarreia, fraqueza muscular nos membros inferiores, incontinência urinária, marcha
Raramente, foi observada a formação de anticorpos contra a toxina botulínica em pacientes em uso de DYS- anormal, lesão acidental/quedas. Distonia cervical / torcicolo espasmódico: disfagia, fraqueza muscular no
PORT . Recomenda-se que o frasco-ampola de DYSPORT seja usado para tratar um único paciente, durante
® ®
pescoço e boca seca. Blefaroespasmo e espasmo hemifacial: ptose, fraqueza do músculo facial, diplopia, xe-
uma única sessão. Qualquer resíduo remanescente do produto que não tenha sido utilizado deve ser descar- roftalmia, lacrimejamento e edema palpebral. Hiperidrose axilar e palmar em adultos: sudorese compensatória,
tado. DYSPORT deve ser usado somente quando estritamente necessário em pacientes com tempo de san-
®
dor no local da aplicação e fraqueza dos músculos adjacentes. Linhas faciais hiperfuncionais, incluindo linhas
gramento prolongado, infecção ou inflamação local sobre a área a ser injetada. Cuidados especiais devem ser glabelares ou latero- cantais: edema palpebral, secura dos olhos, reações no local da injeção, dor de cabeça e
tomados nos pacientes portadores de coagulopatia ou em uso de anticoagulantes. Há um risco potencial de fraqueza dos músculos adjacentes. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO RESTRITO A HOSPITAIS E
fraqueza muscular ou distúrbios visuais que, se ocorrer, pode temporariamente prejudicar a capacidade de diri- CLÍNICAS MÉDICAS. Para mais informações, consulte a bula completa do produto. MS 1.6977.0001. Bula
gir ou de operar máquinas. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orienta- aprovada pela ANVISA em 16/01/2020. SAC 0800 770 1820. www.ipsen.com.br.
ção médica ou do cirurgião-dentista. Interações medicamentosas: possível potencialização por fármacos
que interfiram direta ou indiretamente na função neuromuscular. Cuidados no armazenamento do medica-
mento: conservar entre 2°C e 8°C (sob refrigeração). Não congelar. Posologia: em adultos, doses acima de
Contraindicação: hipersensibilidade conhecida à toxina botulínica
1.500 U por sessão não são recomendadas. Injeções podem ser repetidas conforme necessário para manter A ou a qualquer outro componente da formulação. Interação me-
resposta adequada, mas não mais frequentemente do que a cada 12 semanas. Espasticidade de membros
inferiores em adultos pós-AVC: até 1.500 U. Espasticidade de membros superiores em adultos pós-A-
dicamentosa: possível potencialização por fármacos que interfi-
VC: até 1.000 U. Espasticidade na paralisia cerebral pediátrica: dose inicial de 20 U/kg; dose máxima 30 U/ ram direta ou indiretamente na função neuromuscular.

184 185
MAP 4.0 | The Beauty Journey

Setembro/2020. BR/OTH/0497/0920 | BR/OTH/0436/0820 | BR/OTH/0438/0820 | BR/DYS/0180/0620 | BR/OTH/0365/0720 |


186 BR/OTH/0365/0720A | BR/RES/0709/0720. Material destinado exclusivamente à classe médica. Proibida Reprodução.
187
MAP 4.0 | The Beauty Journey

188 189

Você também pode gostar