Semiologia 3

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SEMIOLOGIA

Prof Hilda Nalon


Exame Físico
• Completo e ordenado após a anamnese.
• O exame físico deve cobrir todas as regiões
anatômicas em busca de alterações clínicas
compatíveis, em princípio, com a queixa do
paciente.
• Exceção : urgência / sucinta e dirigida ao
distúrbio que ocasionou a urgência.
Exame físico
• Urgência: Situação em que o paciente deve
ser atendido com a maior rapidez, ou seja, no
mais curto espaço de tempo possível, pois
existe algo de gravidade variável que está por
acontecer.
• Emergência: Situação em que o paciente deve
ser atendido no ato, pois algo de grave já está
acontecendo.
REQUISIÇÃO CLÍNICA (PREPARO DO
EXAMINADOR)
• Sentidos aguçados – é importante haver um
treinamento, o qual ocorre somente durante a
vida profissional, de estimular o
desenvolvimento dos sentidos visão, tato,
olfato e audição. É óbvio que o
comprometimento de um ou mais sentidos
dificulta sobremaneira o exame físico, mas
não necessariamente o inviabiliza.
REQUISIÇÃO CLÍNICA (PREPARO DO
EXAMINADOR)
• Segurança – o relacionamento entre clínico e
paciente é fundamental. O paciente colabora
fornecendo dados e auxiliando no exame
físico, por meio de postura adequada. Já o
examinador deve se mostrar seguro, confiante
e decisivo em seus atos, a fim de transmitir
tranquilidade ao paciente.
Pacientes deficientes, tensos, ansiosos.
REQUISIÇÃO CLÍNICA (PREPARO DO
EXAMINADOR)
• Conhecimento das estruturas anatômicas –
para examinar um paciente, é necessário
conhecer a morfologia das várias estruturas a
serem examinadas. Devemos estar atentos
para reconhecer e interpretar possíveis
alterações de cor, textura e forma, discernindo
o que foge do padrão de normalidade.
REQUISIÇÃO CLÍNICA (PREPARO DO
EXAMINADOR)
• Conhecimento de fisiologia – uma vez
conhecidos os elementos que formam o
complexo estomatognático e suas estruturas
anexas, é fundamental saber como esses
elementos funcionam.
Ex. abertura da boca, glândulas salivares.
REQUISIÇÃO CLÍNICA (PREPARO DO
EXAMINADOR)
• Boas condições de visualização
• Iluminar adequadamente: a boca é uma
cavidade profunda e escura, impossível de ser
visualizada sem iluminação adequada. Existem
no mercado refletores e lanternas específicos
para essa finalidade.
REQUISIÇÃO CLÍNICA (PREPARO DO
EXAMINADOR)
• Secar as áreas a examinar: sem esse
procedimento, é difícil realizar a observação
correta. O brilho excessivo e os fenômenos
ópticos que a lâmina espessa de saliva
proporcionam distorcem a visualização do
objeto a ser observado.
REQUISIÇÃO CLÍNICA (PREPARO DO
EXAMINADOR)
• Afastar estruturas: algumas estruturas se interpõem
à visão durante o exame físico, como lábios e língua,
encobrindo áreas que podem estar sendo objeto do
exame físico naquele momento.
Instrumentos como espátulas de madeira e
abaixadores de língua metálicos permitem deslocar
essas estruturas, expondo de modo visível a área a
ser examinada. Podem-se também utilizar
compressas de gaze, principalmente para manusear
e imobilizar a língua
REQUISIÇÃO CLÍNICA (PREPARO DO
EXAMINADOR)
• Cooperação do paciente
Intimamente ligado ao item sobre segurança.
Deve-se solicitar a total colaboração do
paciente no que for possível, entendendo,
todavia, eventuais problemas físicos e/ ou
emocionais que possam dificultar essa
colaboração.
Manobras de Semiotêcnica
• As manobras de semiotécnica são os recursos
clínicos utilizados para colher sinais.
Diretamente: por meio dos órgãos dos
sentidos do examinador, ou
Indiretamente: utilização de instrumentos e
aparelhos que de alguma forma ampliem os
sentidos.
Inspeção
• Utiliza-se a visão de modo direto (“a olho nu”)
ou indireto, por meio de lentes e espelhos. As
estruturas a serem inspecionadas devem estar
secas e com boa visibilidade. A inspeção
precede a palpação, sendo o primeiro passo
do exame físico.
Inspeção
Palpação
• Ato de palpar, ou seja, tocar com a polpa dos dedos.
• Colhem-se sinais pelo tato e pela compressão.
• Obtêm-se informações sobre a superfície, ao passo
que a compressão fornece impressões sobre a
porção mais profunda da área que se está palpando.
• Observam-se modificações de textura, espessura,
consistência, sensibilidade, volume, conteúdo,
elasticidade e temperatura.
Palpação
Percussão
• Ato ou efeito de percutir (bater, tocar). Leves batidas originam
vibrações, por meio das quais se identifica o estado físico do
conteúdo da estrutura .
• Pode auxiliar no diagnóstico da patologia periapical e/ou
periodontal por meio da percussão dental vertical ou horizontal
em relação ao longo eixo do dente, pela sensibilidade dolorosa
por meio da percussão em estruturas com inflamação.
• Indireta: cabo do espelho Direta: dedos
Exemplo: superfície oclusal, e horizontalmente, na face
vestibular da coroa, procurando evidenciar patologia inflamatória
na região periapical ou periodontal, respectivamente.
Percussão
Auscultação
• Ato de ouvir sons e ruídos produzidos no
organismo.
• Utiliza-se a audição de forma direta ou indireta,
com o uso do estetoscópio. Em odontologia, o seu
emprego é restrito, mas importante na avaliação
fisiológica da articulação temporomandibular, em
que se podem detectar distúrbios por meio de
sons característicos, principalmente estalidos
produzidos durante a abertura e o fechamento.
Olfação

• Manobra em que se utiliza o olfato. É um


recurso válido na detecção de certas alterações
fisiopatológicas, como o odor cetônico dos
diabéticos. Para os olfatos mais treinados e
aguçados, é possível diferenciar odores como os
produzidos na gengivite ulcerativa necrosante,
na osteorradionecrose ou mesmo na necrose
produzida no carcinoma epidermoide.
Punção

• Ato ou efeito de pungir ou puncionar; em outras


palavras: picar, perfurar.
• Consiste na introdução de uma agulha no interior de
tecidos.
• Se, ao tracionar o êmbolo, não se observar o
aparecimento de líquido ou semissólido, conclui-se que
a lesão em questão tem conteúdo sólido ou não tem
conteúdo algum. Quanto ao líquido puncionado, pode-
se observar sangue, saliva, líquido cístico, pus ou outro.
Punção
Diascopia

• “Observar por meio de” e consiste em visualizar uma


determinada estrutura comprimida por uma lâmina de vidro.
Essa manobra é conhecida também como vitropressão, sendo
utilizada em lesões escuras, suspeitas de hemangioma ou nevo,
fazendo-se compressão com uma lâmina de vidro sobre a área
a ser estudada. Caso haja desaparecimento da coloração escura
e no lugar ocorra isquemia, reaparecendo paulatinamente a
partir do momento da retirada da compressão, pode-se
concluir que se trata de lesão vascular (p.ex., hemangioma).
Caso a coloração da lesão permaneça, conclui-se ser uma lesão
pigmentada.
Diascopia/Vitropressão
Exploração cirúrgica

• Examina o interior de determinadas estruturas


orgânicas ou lesões.
• Pode-se realizar a exploração de uma área por
meio de incisão com bisturi, expondo o
conteúdo e visualizando seu interior.
Exploração cirúrgica
Sondagem

• Explorar fístulas ou trajetos fistulosos na pele


ou na mucosa com um cone de guta-percha
introduzido para localizar, por meio de
radiografia, a origem de eventual infecção.
Podem-se também sondar e explorar ductos
das glândulas salivares em busca de
obstruções, como cálculos salivares.
Sondagem
Sondagem
Raspagem

• Ato de remover ou escarear áreas superficiais


da mucosa bucal com a finalidade de saber se
lesões com áreas brancas se destacam quando
raspadas.
Raspagem
Fotografia

• Recurso que pode ser utilizado em lesões que


mudam de forma ou posição, como é o caso
da língua geográfica. É utilizado para o
controle de lesões em diferentes estágios.
Fotografia
Ordenha

• Tipo específico de palpação que consiste no ato


de comprimir dinamicamente glândulas
salivares percorrendo o ducto no sentido
posteroanterior das glândulas salivares e de
seus ductos, provocando a eliminação de saliva.
• Avaliar quantidade, qualidade, alterações físicas
e eventuais elementos associados, como pus e
sangue, que podem emergir do orifício de saída.
Ordenha
Referências
• -Estomatologia. Kignel, Sérgio .e cols.
Estomatologia. Bases do diagnóstico para o clínico
geral. 2ª Ed. Editora Santos. São Paulo. 2005
• - Semiotécnica, diagnóstico e tratamento das
doenças da boca/organizadores, Léo Kriger e
cols.- São Paulo:Artes médicas, 2013.
• https://
www.google.com.br/search?q=gengiva+normal&h
l
ACESSO EM 19/08/2019.

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