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EXAME DA CABEÇA
Crânio
Semiotécnica: palpar a calota craniana
Couro cabeludo – pontos dolorosos, temperatura, mudança de coloração, tumores, feridas, cicatrizes,
tumefações;
ROTINA EM CRIANÇAS:
- exame das fontanelas anteriores (se hipertensa e saliente, indica aumento da pressão intracraniana;
se hipotensa e deprimida, indica desidratação);
- perímetro craniano: parâmetro do desenvolvimento do segmento cefálico.
Face
- Inspeção e palpação: pele, simetria, deformações, sensibilidade, motricidade, mímica facial
Olhos e supercílios
INSPEÇÃO
- sobrancelhas (madarose), arcos superciliares, pálpebras, cílios;
- fenda palpebral, aparelho lacrimal, globos ocular (exoftalmia, enoftalmia, desvio ou estrabismos,
nistagmo);
- conjuntivas (coloração, secreção, vasos), escleróticas (icterícia), córnea, íris;
- pupilas (forma, localização, tamanho e reflexos, discorias, ectopias, anisocoria, midríase, miose, etc.).
Madarose: alopécia dos supercílios
Ptose palpebral: queda ou localização anormalmente baixa, diminuindo a fenda palpebral
Xantelasma: depósitos cutâneos de lipídios na região palpebral. Presente na hiperlipidemia
Hordéolo: abscesso por infecção nas glândulas ciliares
Triquíase: desvio dos cílios que convergem em direção ao globo ocular
Pterígio: espessamento vascularizado da conjuntiva, de forma triangular, que se dirige do angulo interno
do olho em direção à córnea
Ectrópio: eversão da margem palpebral, que expõe a conjuntiva palpebral
Entrópio: inversão da margem palpebral em direção ao globo ocular
Halo senil: anel opaco e esbranquiçado na córnea
Anisocoria: pupilas de tamanhos diferentes
Anel de Kayser-fleisher: deposição de granulações de Cu3+. Presente na Doença de Wilson.
Obs.: Não confundir icterícia com a coloração amarelada da esclerótica de pessoas negras (depósitos irregulares
de gordura)
REFLEXOS: Fotomotor, Consensual, Corneano e de Acomodação-Convergência
MOTRICIDADE OCULAR (fazer “H”)
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MANOBRA OTOSCOPIA: na criança, deve-se tracionar o pavilhão auditivo para baixo e para trás,
buscando retifica o canal audtitivo; no adulto, deve-se tracionar o pavilhão auditivo para cima e para trás.
Cavidade oral
- Avaliar: lábios, tonsilas, mucosa, palato, língua e dentes;
- Inspeção e palpação: integridade, umidade, coloração, dentição, gengivas, língua (posição,
integridade, umidade, textura, coloração, papilas, movimentação), lábios (coloração, forma, textura,
flexibilidade, lesões), fenda labial, palato duro, palato mole, amígdalas e úvula;
Alterações na língua: (avaliar a língua dentro da boca em repouso, fora da boca e tocando o palato)
Saburrosa: acúmulo de substância branco-acizentada ou amarelada na superfície. Pode estar presente
em pessoas saudáveis ao acordar e é comum em tabagistas e hábitos precários de higiene.
Língua geográfica: áreas irregulares e delimitadas por bordas esbranquiçadas. Não tem significado
clínico.
Macroglossia: aumento global da língua. Comum no hipotiroidismo, amiloidose e acromegalia.
Glossite: inflamação generalizada, caracterizada por vermelhidão e dor.
Língua em framboesa: superfície vermelho brilhante e granular. Comum na escarlatina.
Língua escrotal: presença de sulcos irregulares, decorrente de deficiência de vitaminas do complexo B.
Língua lisa: atrofia das papilas. Comum na anemia e desnutrição proteica.
CHECK LIST
Tamanho e forma do cânio
Postura e movimentos da cabeça
Superfície e couro cabeludo
Exame geral da face (pele, simetria, deformações, sensibilidade, motricidade, mímica facial)
Exame dos olhos e dos supercílios(sobrancelhas, arcos superciliares, pálpebras, cílios, fenda
palpebral, aparelho lacrimal, globos ocular, conjuntivas, escleróticas, córnea, íris, pupilas)
Exame dos lábios
Exame da cavidade oral
Exame otorrinolarinoglógico (ouvido, nariz e garganta)
Exame da cavidade oral: lábios, tonsilas, mucosa, palato, língua e dentes
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EXAME DO PESCOÇO
INSPEÇÃO ESTÁTICA:
- Examinar presença de sinais flogísticos, cicatrizes, coluna cervical, musculatura, postura, volume,
forma, simetria, tumores;
- Alterações da forma e volume podem acontecer devido a aumento da tireoide, dos linfonodos, das
parótidas;
Exames das Jugulares: verificar a turgência jugular (é patológica quando persiste mesmo na posição
semissentada ou sentada e traduz hipertensão venosa).
Obs.:
- A turgência jugular pode ser normal no decúbito dorsal, mas desaparece na posição sentada.
- Sinal de Kussmaul: ingurgitamento das veias jugulares ou das suas pulsações durante a
inspiração; é sugestivo de restrição sistólica do átrio direito. (Em condições fisiológicas, a inspiração
diminui a pressão intratorácica e aumenta o retorno venoso, o que reduz as pulsações e a turgência
jugular).
INSPEÇÃO DINÂMICA:
- Avaliar movimentação, batimentos ectópicos.
PALPAÇÃO:
- Analisar pontos dolorosos;
Exame das Carótidas: palpação do pulso carotídeo; caracterizar ritmo, frequência, intensidade e
simetria.
Exame da tireóide
- Analisar volume, consistência, mobilidade, superfície, sensibilidade, frêmito, sopro;
Semiotécnica
Abordagem posterior:
Paciente sentado e examinador posicionado de pé atrás dele. O examinador apoia os polegares
na nuca do paciente e com os outros dedos localiza o istmo da tiroide, abaixo da cartilagem cricoide e
acima da fúrcula esternal. Além disso, pode-se pedir ao paciente para deglutir, pois isso facilita a
localização dessa glândula, que é móvel à deglutição. Para palpação dos lobos, deve-se solicitar ao
paciente que incline a cabeça para o lado a ser examinado, a fim de relaxar a musculatura. Ao exame do
lobo esquerdo, o examinador deve empurrar a glândula com mão direita, enquanto palpa com a mão
esquerda. Ao exame do lobo direito, executa-se manobra contrária à descrita.
Abordagem anterior:
Paciente sentado ou de pé, com o examinador posicionado à sua frente, também sentado ou de
pé. O examinador apoia os polegares no tórax do paciente e com os outros dedos localiza o istmo da
tiroide, abaixo da cartilagem cricoide e acima da fúrcula esternal. Além disso, pode-se pedir ao paciente
para deglutir, pois isso facilita a localização dessa glândula, que é móvel à deglutição. Ao exame do lobo
esquerdo, o examinador deve empurrar a glândula com mão direita, enquanto palpa com a mão
esquerda. Ao exame do lobo direito, executa-se manobra contrária à descrita.
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Semiotécnica:
Com o examinador posicionado atrás do paciente,
pede-se ao paciente para inclinar ligeiramente a cabeça em
direção ao lado a ser examinado. A palpação é executada em
movimentos circulares, com as polpas digitais, percorrendo
todos os níveis linfonodais superficiais e profundos. Para a
palpação dos níveis profundos, o examinador pode rebater o
músculo ECM com os dedos.
Áreas de drenagem:
AUSCULTA:
- Ausculta das carótidas
- Ausculta da tireoide
ADENOMEGALIAS
Cadeias ganglionares:
Cervicais, submandibulares, submentonianas, retroauriculares, occipitais, infra e supraclaviculares, axilares,
inguinais.
Descrição:
Localização, tamanho (do maior linfonodo), simetria, forma, consistência (cístico, fibroelástico ou pétreo),
sensibilidade (doloroso ou indolor); fixação (móvel ou aderido a planos profundos); alterações da pele
circunjacente (fístulas, retrações, sinais flogísticos, ulcerações, etc), coalescência (junção de dois ou mais
linfonodos).
Linfonodo de Virchow
- linfonodo supraclavicular esquerdo aumentado e endurecido, sugestivo de câncer abdominal
(comumente câncer gástrico)
- Sinal de Troisier
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