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Docente: Maria Viais

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EXAME CLINICO GERAL QUALITATIVO

 Nessa etapa iremos avaliar um aspecto mais subjetivo do paciente. Geralmente graduamos as
qualidades em graus, medidos de uma a quatro cruzes (Como por exemplo: “desidratado
+/4+”. Isso significa que do máximo que uma pessoa pode ficar desidratada, 4 cruzes, o
paciente se encontra com uma cruz)

Avaliação do estado geral:

Avaliação subjetiva

Avaliação do grau de palideza

Avaliação do grau de hidratação

Avaliação da presença de icterícia:

 Tecnica e preparo

 Ambiente deve ser tranqüilo

 Assegurar a privacidade do cliente

 Lavar as mãos antes e depois

 Preparo psicológico;

 Ajudar o cliente a subir e descer da mesa de exame

 Aquecer estetoscópio.

PREPARAÇÃO PSICOLOGICA

 Explicar a finalidade do exame;

 Ao examinar cada sistema orgânico, explicar com maior detalhe;

 Deixar o cliente relaxado e manter o contato visual;

 Nunca forçar o cliente a continuar;

 Adaptar a velocidade do exame de acordo com a tolerância

 física e emocional do cliente;

 Acompanhar as expressões faciais do cliente;

 Ao examinar a genitália (caso o cliente permita), manter uma

 terceira pessoa de preferência do mesmo sexo do cliente

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AVALIAÇÃO POR SISTEMAS

 SISTEMA NEUROLOGICO

 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

CONSCIÊNCIA: conhecimento de si mesmo e do ambiente.

- Nível de Consciência: avaliada pela Escala de Coma de

 Glasgow (AO, MRV, MRM)

Escala de glasgow

AVALIAÇÃO PUPILAR

 Observar diâmetro,

 forma e reação à luz

 Observar midríase e miose

Anisocoria, isocoria

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EXAME DA CABEÇA E DO PESCOÇO

posição de preferencia sentado,


com a cabeça ereta e em equilibrio
Tcnicas Inspecção e Palpação

CRÂNIO

 - Observar: desproporcional, presença de lesões,

 cistos, características dos cabelos , pontos dolorosos

 e tumorações

FACE

 Observar:

 alterações na coloração da pele, manchas,

fáscies

OLHOS

 Observar: pálpebras (fissura, ptose), globos oculares

 (exoftalmia, enoftalmia, estrabismo, nistagmo), córnea,

 esclerótica, acuidade visual, pupilas (midríase, miose

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Infiltração das glandulas lacrimais

Carcionoma basocelular

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FOSSAS NASAIS

Observar: forma e tamanho, seios

Os seios da face

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A pesquisa da sinusite–compressão local

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OUVIDO

 - Forma, tamanho, conduto auditivo


 - otorragia, otorréia.

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Anormalidades do orelha

Tofos Gota

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BOCA
 coloração, lábios, gengiva, dentes, língua, amígdalas

inspecção do vestíbulo oro -gengival


Faringites e amigdalite

amigdalite
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Amigdalite aguda
Torus mandibularis

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carcionoma

Afta

Torus mandibularis

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Alguns exemplos de alterações dentárias

 Dentes de Hutchinson

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DESGASTE DENTÁRIO

Gengivite severa

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O exame dos lábios

 Deformidades e hemangiomas

 Edema (generalizado ou local)

 Lábios secos

 Hiperpigmentados (Peutz-Jeghers)

 Herpes labial e as erupções febrís

 Cancros sifilíticos

 Quelites (Desnutricional ou por “Candida”)

 Leucoplasias e carcinomas -FUMO e SOL !!

Outros achados típico

Herpes simples

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Edema alérgico

Síndrome Peutz Jeughers

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Carcinoma
Outros achados do exame físico:

 Observar aspectos da oclusão mandibular

 Problemas da articulação temporo-mandibular

 Cefaléias crônicas, sitofobia

 Prognatismo familiar, outras alts

 Osteomielites de mandíbula

 Tumores primários ou secundários

 Observar o hálito do paciente !

O exame do hálito:
 Fétido(infecções orais, de vias aéreas superiores, abscessos pulmonares, tumores)

 Alcoólico-clássico

 Urêmico(de urina)

 Cetônico (Diabetes Mellitus e de jejum)

 Hepático(“hálito hepatico”)

 “Cheiro de rato”-INFECÇÕES !! febre tifóide

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A língua:
 Merece exame cuidadoso !!

 Pouco valorizada “atualmente” pelos médicos!?

 Hidratação, Coloração, Estado de higiene, Doenças neurológicas

 Em alguns casos fornece aspectos típicos que permitem o diagnóstico de várias doenças:

 Cicatrizes –nos epiléticos

 Candidíase–em imunodeprimidos

Alguns aspectos anormais da língua


 Geográfica Atrófica

 Candidíase oral Língua escrotal

 Em caviar –varizes De papagaio -desidratação

 Em caviar -varizes

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O exame da face:
 Fácies (típica ou atípica)

 “ A face é o espelho da ALMA ”

 COR: Palidez, cianose, argiria e icterícia

 Forma e Aspecto

 Os pulsos arteriais

 A pele e os fâneros

 Tumores basocelulares e espinocelulares

 Ossos faciais

Algumas fácies típicas:


Doença de Cushing

 Mongolismo

 Mixedematosa e Renal

 Acromegálica

 Hanseníase -Leonina

 Lupus, dermatomiosite e esclerodermia

 Paralisia facial

 Sindrome de Sjögren ou de Mickulicz

Adenoidiana

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Facies Renal edema peri-orbitário

Exemplos de fácies:

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Exame do pescoço
 Exame físico recomendado:

 Inspecione quanto a simetria, pulsos (arteriais e venosos), massas, cistos, etc

 Confira a mobilidade (ativa e passiva)

 Palpegentilmentecadeias ganglionares, traquéia, carótidas e glândula tireóide

 Auscultea tireóide, as artérias carótidas e a região supraclavicular

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Turgência venosa jugular anormal

Massas da região anterior do pescoço:

 cisto branquial bócio

 tumores de esôfago

 adenomegalias cervicais

 meningocele

 cisto tireoglosso

 cisto teratodermóide

 higroma cístico

 linfangiomas

 aneurism

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 as de carótida

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Principais cadeias ganglionares:

 pré-auricular e auricular posterior

 occipital

 tonsilar (ângulo da mandíbula)

 Sub-maxilar, sub-mentoniana

 cervical anterior, média e posterior

 cervical profunda (inacessível normalmente)

 Supraclavicular

Exame dos gânglios cervicais


 Conhecer a sua área de drenagem e examiná-los cuidadosamente

 Tamanho

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 Forma

 Limites

 Mobilidade

 Temperatura

 Aderência a planos superficiais ou profundos

 Consistência

 Dor a palpação

Exame da tireóide
 Examiná-la cuidadosamente !! -causa tosse e desconforto

 Tamanho, forma, limites, mobilidade, calor, aderência a planos superficiais ou profundos,


consistência e grau de dor a palpação.

 Adenomegalia satélite ?

 Sopro e frêmitos

Palpação do instmo tireoidiano

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Palpação da tireóide(com a glândula luxada -via anterior e posterior)

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Exame clínico geral Quantitativo
Nessa etapa iremos avaliar aspectos mensuráveis do paciente.

Como medidas de pressão arterial, peso, altura, IMC, circunferência abdominal, frequência cardíaca,
pulsação e frequência respiratória.

Altura e Peso

Para aferição da altura, o paciente deve estar com os pés descalços, em postura ereta e olhar no
horizonte.

O peso preferencialmente deve ser aferido em balança analítica, pois pode ser calibrada conforme o
ambiente em que está situada.

Além de doenças do desenvolvimento, o peso e a altura são importantes para determinar o IMC
(Índice de Massa Corporal):

IMC = peso/altura² (kg/m²)

Conforme o IMC, categoriza-se o paciente em magreza, eutrofia, sobrepeso e graus de


obesidade.

É importante notar a proporção massa muscular/massa de gordura, pois pode levar a interpretações
errôneas acerca do IMC.

Existe mais de um tipo de circunferência que pode ser medida: abdominal, de cintura e de quadril.

A circunferência abdominal é medida logo acima da crista ilíaca, na altura da cicatriz umbilical.

A circunferência de quadril é medida na linha do trocânter maior do fêmur; já a circunferência de


cintura, no ponto médio entre a crista ilíaca e a última costela, ao nível das espinhas ilíacas ântero
superiores. Com essas duas últimas medidas, pode-se calcular a relação cintura-quadril.

A gordura visceral (presente entre as vísceras) está relacionada à resistência à insulina e


hipertrigliceridemia. Dentre as 3 circunferências apresentadas, aquela que possui maior correlação
com a obesidade visceral é a circunferência da cintura abdominal.

Na medição das circunferências, é importante notar também a disposição do tecido adiposo, pois
algumas doenças podem levar a uma depleção muito grande (como a caquexia no câncer) e outras
podem levar a acúmulos em locais determinados (como a adiposidade central, na Síndrome de
Cushing).

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 Bibliografia
BEVILACQUA et al. Manual do exame clínico. 11. ed. Rio de

 Janeiro: Cultura médica, 1997.

 EPSTEIN et al. Exame clínico. 2.ed. Rio de Janeiro: Artmed,

 1998.

 POTTER, P. Semiologia em enfermagem. 4.ed. Rio de

 Janeiro: Reichmann & Affonso, 2002.

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